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PRIMEIRA PARTE
Escolha 01 (uma) questão para responder (valor: 5 pontos).
QUESTÃO 1
Costuma-se dar esse nome [de poeta] mesmo a quem publica matéria
médica ou científica em versos, mas, além da métrica, nada há de
comum entre Homero e Empédocles; por isso, o certo seria chamar
poeta ao primeiro e, ao segundo, antes naturalista do que poeta. (Cap.1,
p.20)
1
ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A poética clássica. trad. Jaime Bruna. São Paulo: Cultrix; Editora da
Usp, 1981.
QUESTÃO 2
Com relação às nossas práticas de tradução literária, Paulo Henriques Britto (2012, p.
44) propõe que devemos “aprender a conviver com o imperfeito e o incompleto”, considerando
que
2
BRITTO, Paulo Henriques. A tradução literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
QUESTÃO 3
Ainda de acordo com a concepção geral deste livro, identifique alguns dos recursos
formais e ideológicos presentes na prosa de Dostoiévski que a diferenciam da situação narrativa
acima descrita, atribuindo-lhe, assim, caráter inovador e mesmo revolucionário.
3
BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoievski. Tradução, notas e prefácio de Paulo Bezerra. 2.ed.
rev. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997. [Obs. nesta prova atualizou-se a ortografia.]
QUESTÃO 4
Sendo tais respostas insuficientes, Moisés promove novas especulações sobre o modo
de circulação da poesia, o papel do leitor e a qualidade de recepção do fato poético na era da
globalização. Tais preocupações o conduzem à análise da relação do leitor com o dogma do
progresso e do consumo, da crise do sujeito poeta e leitor, e da lógica da incompatibilidade
entre imaginação e cognição, raciocínio e emoção no século XXI. Com base nas reflexões de
Carlos Felipe Moisés:
4
MOISÉS, Carlos Felipe. Poesia & Utopia: sobre a função social da poesia e do poeta. São Paulo: Escrituras
Editora, 2007, Coleção Ensaio Transversais, 35.
QUESTÃO 5
No fragmento acima transcrito temos uma boa síntese dos sintomas da crise que Peter
Szondi descreve na sua Teoria do Drama Moderno [1880-1950]5. Depois de indicar os sintomas
da crise que abalou a forma dramática entre os anos de 1880 e 1950, o teórico comenta algumas
tentativas de salvamento do drama e também algumas tentativas de solução da crise através da
proposição de formas novas para o teatro. Aponte e explique, tão sucintamente quanto possível,
ao menos duas das novas formas que distinguiram o teatro moderno na primeira metade do
século XX.
5
SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno [1880-1950]. Saõ Paulo: Cosac Naify, 2001.
QUESTÃO 6
Partindo dessas palavras de Eco, vemos que há pelo menos duas concepções divergentes
de Beleza: de um lado, a ideia do belo simétrico, uniforme, proporcional; de outro, um belo
inquieto, desproporcional, discrepante, inusitado. De um lado, o conjunto orgânico; de outro, o
encontro entre partes mutantes e paradoxais. Comente uma ou mais obras literárias que se
apresentam como seguindo alguma(s) dessa(s) noções de Beleza.
6
ECO, Umberto (Org.). História da beleza. Trad. Eliana Aguiar. 5. ed. Rio de janeiro: Record, 2015.
QUESTÃO 7
Nesta passagem, o autor busca estabelecer critérios para um julgamento crítico do que
seria um poema “bem-sucedido”. Discuta esses critérios, considerando os conceitos que
mobiliza, sua pertinência e limites.
7
HAMBURGER, Michael. A verdade da poesia. Tensões na poesia modernista desde Baudelaire. Tradução de
Alípio Correia de Franca Neto. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
QUESTÃO 8
8
MORETTI, Franco (Org.). A cultura do romance. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
QUESTÃO 9
FIGURA 1 FIGURA 2
Com base nessas informações e também nas considerações tecidas por Denis Bertrand,
no capítulo 7 de Caminhos da semiótica literária9, intitulado "Figuratividade e percepção"
(2003, p. 233-61), pede-se:
9
BERTRAND, Denis. Caminhos da semiótica literária. Trad. Grupo Casa. Bauru, SP: EUSC, 2003.
QUESTÃO 10
10
SARRAZAC, Jean-Pierre (Org.). Lé xico do drama moderno e contemporâ neo. Trad. André Telles. São Paulo:
Cosac Naify, 2012.
SEGUNDA PARTE
Escolha uma das análises propostas abaixo (Drama, Narrativa ou Poema) e responda, a partir
da leitura das obras constantes na Bibliografia para a Prova de Conhecimentos específicos que
se encontra no edital deste Processo Seletivo. (valor: 5 pontos)
ANÁLISE: DRAMA
“[…]
11
RODRIGUES, Nelson. Vestido de noiva: drama em três atos: peça psicológica. Roteiro de leitura e notas de
Flávio Aguiar. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
ANÁLISE: NARRATIVA
Como quem enfia as pedras dum colar, junto umas às outras as palavras, elas
vão ficando unidas, não caem no chão, representam uma ordem. Mas se as
pérolas não se separam e ficam alinhadas segundo uma certa lei é porque,
embora invisível, as percorre um fio perdurável. De súbito, pergunto-me: que
fio perdurável, embora invisível, sustém as minhas palavras? O papel deste
caderno? (ABELAIRA, 1999, p. 61).
[...]
12
ABELAIRA, Augusto. Bolor. Rio de Janeiro: Lacerda, 1999.
ANÁLISE: POEMA
O MUSEU VIVO
Buzina
profecias de devastação para devaneio
dos que esperam escapar,
e em caprichado definitivo arco-íris
revela
o esplendor da verdade
sem verdade.
13
ANDRADE, Carlos Drummond. As impurezas do branco. Posfá cio Betina Bischof. Saõ Paulo: Companhia das
Letras, 2012. p. 49-50.