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OS IMPACTOS AMBIENTAIS DA PRODUÇÃO E DESCARTE DAS NOVAS TECNOLOGIAS

A tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas, tanto pelas facilidades que ela
proporciona quanto pela capacidade de conexão. No entanto, a adesão em massa aos aparelhos pode
gerar consequências no meio ambiente.

EMISSÃO DE CARBONO E GASES DE EFEITO ESTUFA

Hoje a internet é responsável por cerca de 4% da emissão de carbono no mundo. Daqui a


poucos anos, em 2025, a projeção é de que o valor dobre. Na prática, um vídeo de meia hora pode gerar cerca
de 1,6 kg do composto na atmosfera terrestre. Apesar de serem emissores em potencial, os vídeos não são os
únicos vilões no cenário digital. Um simples e-mail enviado ou uma breve pesquisa no Google também são
capazes de gerar CO2.
A explicação para o fenômeno de interferência da web na vida real é que a internet precisa de objetos físicos
para funcionar. São tantas estruturas necessárias para proporcionar pequenas atividades no mundo conectado
que os impactos na emissão de gases chegam a ser maiores que os da indústria da aviação, por exemplo.

POLUIÇÃO PELOS MATERIAIS DAS ESTRUTURAS DOS DISPOSITIVOS


Grande parte dos dispositivos tecnológicos são produzidos em plástico.
Desde PCs e celulares até smartwatches, a presença do material é indispensável. O
plástico possibilitou muitos avanços positivos em diversos setores do mundo, mas
também significa um empecilho para uma vida mais sustentável hoje.
O que complica ainda mais o cenário é a velocidade com que os aparelhos
eletrônicos são substituídos, como os smartphones, cujo tempo útil é de
aproximadamente dois anos. Na contramão desta rapidez, o componente de cada um
deles demora anos para se decompor, como é o caso do plástico, que precisa de 450
anos para desaparecer por completo.
Para além do plástico, o mercúrio e o chumbo são componentes que também preocupam quando o assunto é
descarte de eletrônicos. Os materiais mencionados são tóxicos e podem causar implicações mais sérias na
saúde das pessoas em contato. E quando os aparelhos não são destinados a um lugar ideal, os químicos
perigosos podem chegar até os humanos pela contaminação de lençóis freáticos.

DESCARTE INDEVIDO DE TECNOLOGIA


O Brasil é o quinto maior produtor de lixo eletrônico do mundo. Em um ano, o país descartou cerca de 2 milhões
de toneladas de resíduos eletrônicos, mas deste total, menos de 3% foi reciclado.
O problema é que um único dispositivo pode liberar vários componentes tóxicos
capazes de contaminar o solo. O ideal é que as pessoas passem a se desfazer dos
aparelhos em locais corretos, como ecopontos, para que os metais pesados não
cheguem até os humanos por contaminação de solo e água. Entre as
consequências do contato com os químicos liberados, as principais são intoxicação,
câncer e inflamação no pulmão.

GASTO DE ÁGUA
A água é a maior fonte de energia elétrica no país. As hidrelétricas são
responsáveis por 67% do montante de energia gerada, sobretudo
pelos rios. Por isso, ao falar de uma grande necessidade de
eletricidade para o funcionamento dos aparelhos, fala-se também
sobre uma sobrecarga do sistema energético – e consequentemente
de um consumo enorme de água.
Dispositivos como celulares e computadores precisam reabastecer
constantemente a bateria, o que demanda pelo menos duas horas na
tomada. Isto consome bastante eletricidade, o que pode ser um
problema diante de crises energéticas em decorrência da falta de água
vivenciada no último ano.

USO MASSIVO E CONSTANTE DE ENERGIA


Uma simples mensagem de texto pelo WhatsApp pode emitir carbono.
Naturalmente, também demanda energia. Mas se uma ação tão pontual já
consome energia, os data centers que ficam constantemente ligados para permitir
o funcionamento de bancos de dados podem gastar quantias ainda maiores de
eletricidade.
A onda crescente de home office também aumenta a preocupação. Todas estas
situações acabam interferindo nos outros tópicos, como gasto de água, poluição e
consumo acelerado de novos itens tecnológicos.

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