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Primeira Versão
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‘’
Foto da capa: Vista Parcial da cidade de Rio Grande
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PLANO AMBIENTAL MUNICIPAL
DE RIO GRANDE
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APRESENTAÇÃO
4
Prefeitura Municipal do Rio Grande - SMMA
Janir Branco
Norton M. Gianuca
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Coordenação
Coordenador Adjunto
Consultores
Marcus Polette
Erik Salas
Tiago Gandra
Inventário da Flora
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Inventário da Fauna
Gabriela Hollmann
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SUMÁRIO
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LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 – Mapas
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SIGLAS
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NEMA – Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental
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1. LOCALIZAÇÃO E DIVISÃO TERRITORIAL DO MUNICÍPIO DO RIO GRANDE
O município de Rio Grande está localizado na Planície Costeira do Rio Grande do Sul
(Figura1), entre os paralelos 31° 47’ 02’’ e 32° 39’ 45’’ de Latitude Sul e entre os
meridianos de 52° 03’ 10’’ e 52° 44’ 10’’ de Longitude Oeste. O município tem uma área
de 3.338 km2 dividida em cinco Distritos:
2° Distrito: Ilha dos Marinheiros e ilhas menores (Ilha das Pombas, dos Cavalos, da
Pólvora, Leonídio, Caldeirão, das Cabras e Constância).
4° Distrito: Taim
Limita-se ao norte com o município de Pelotas e a Laguna dos Patos, ao sul com Santa
Vitória do Palmar, à leste com o Oceano Atlântico e a Oeste com Pelotas e Arroio
Grande através da Lagoa Mirim e Canal de São Gonçalo.
As áreas e setores portuários, definidas pelo Plano de Zoneamento das Áreas do Porto
Organizado do Rio Grande (1995) localizam-se na margem oeste do estuário,
adjacente à extremidade da península onde se situa o centro administrativo de Rio
Grande (Porto Velho, Porto Novo), do pontal da Mangueira até a raiz do molhe oeste
(Superporto) e margem leste do Canal da Barra de Rio Grande (São José do Norte).
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15 27º
10
-5
RIO GRANDE
-10 BRASIL DO SUL
-15
-20
-25
-30
-35
-40
-45
-50
34º
-90 -85 -80 -75 -70 -65 -60 -55 -50 -45 -40
58º 49º30'
Pelotas
6480000
Laguna
dos Patos
3 Distrito
6470000
Torotama
Rio Grande
Arroio Grande
6450000 5 Distrito
6440000 1 Distrito
Cassino
6430000
4 Distrito
BR 471
6420000
6410000 OCEANO
ATLÂNTICO
Lagoa
Mirim
6400000
6390000
metros
Santa Vitória do Palmar
0 10000 20000
6380000
340000 350000 360000 370000 380000 390000 400000
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2. CONCEITOS BÁSICOS DO PLANO AMBIENTAL MUNICIPAL
Dunas Móveis: Corpos de areia acumulados naturalmente pelo vento e que, devido à
inexistência ou escassez de vegetação, migram continuamente; também conhecidas
por dunas livres, dunas ativas ou dunas transgressivas;
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Licenciamento Ambiental: Procedimento administrativo de natureza autorizatória,
pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação, a
operação e a desativação de empreendimentos e atividades que utilizam os recursos
ambientais consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições
legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
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e) altere desfavoravelmente o patrimônio genético e cultural (histórico,
arqueológico, paleontológico, turístico, paisagístico e artístico);
Trecho da Orla Marítima: Seção da orla marítima abrangida por parte ou todo da
unidade paisagística e geomorfológica da orla, delimitado como espaço de intervenção
e gestão;
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Unidade geoambiental: Porção do território com elevado grau de similaridade entre as
características físicas e bióticas, podendo abranger diversos tipos de ecossistemas
com interações funcionais e forte interdependência.
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3. ENFOQUE
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4. DIRETRIZES
IV – Inventário dos usos presentes dos recursos socioambientais locais e dos conflitos
resultantes;
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5. PRINCÍPIOS ORIENTADORES
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10. Levar em consideração o Sistema Estadual de Proteção Ambiental – SISEPRA,
conforme a Lei Estadual nº 10.330/94, de 27 de dezembro de 1994, em metas a
serem alcançadas pelo município em prazos a serem definidos por meio de um
amplo processo de discussão entre os mais diversos atores municipais.
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6. OBJETIVOS
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j) Estabelecer e conduzir padrões de uso e ocupação do solo frente às mudanças
climáticas globais.
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7. METODOLOGIA
7.1 Antecedentes
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7.2 Metodologia do Workshop
Este procedimento possibilitou uma boa visualização territorial das principais atividades
econômicas do município. Os conflitos das atividades com o ambiente e aqueles
decorrentes da sobreposição de interesses ficaram mais evidentes, subsidiando a
etapa seguinte em que foram preenchidas matrizes para a avaliação da importância
dos conflitos. Para auxiliar na tarefa, além do mapa de interesses no território estavam
disponíveis: um mapa da legislação ambiental, com as diferentes áreas protegidas por
lei e uma proposta de Zoneamento Ecológico Econômico, indicando, com base em
atributos naturais e socioeconômicos, as regiões apropriadas para preservação,
conservação e desenvolvimento no município de Rio Grande.
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As seguintes secretarias colaboraram: Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA; Coordenação e Planejamento –
SMCP; Administração – SMA; Pesca – SMP; Serviços Urbanos – SMSU; Habitação e Desenvolvimento Urbano – SMHADUR,
Segurança Trânsito e Transporte – SMSTT; e Turismo Esporte e Lazer – SMTEL.
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base nos resultados individuais, o mediador de cada grupo fez a ponderação das
interações, identificando quais as mais conflituosas na visão dos participantes e dando
origem a uma matriz de consenso. Desta maneira foram construídas três matrizes
indicando os conflitos de alto grau de importância, que de alguma forma se relacionam
aos principais problemas do município e se tornaram alvo das discussões
subseqüentes na construção do plano.
SUBGRUPOS INTERESSES
Pecuário
Pesqueiro
Grupo 1
Florestal
Agrícola
Industrial
Grupo 2 Transporte
Portuário
Urbano
Turismo
Grupo 3
Cultural
Conservação da natureza
A lógica do trabalho realizado pelos grupos, na seqüência, foi uma descrição dos
problemas ambientais decorrentes dos conflitos de interesses existentes em Rio
Grande e a posterior identificação de três considerados como prioritários. A cada um
destes problemas principais foi associada uma meta – considerada como um objetivo
capaz de ser quantificado. Para cada Problema/Meta foram elencadas três ações
possíveis de serem realizadas na esfera de atuação municipal, inclusive com
alternativas de financiamento. Uma condição desejada para as ações, porém não
excludente, foi o encadeamento das mesmas, que ocorre quando a execução de uma
ação fornece subsídios à implementação das demais.
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Em uma outra etapa, os mesmos grupos continuaram o trabalho descrito acima, cada
um no seu ritmo e tratando seus respectivos interesses. A (Figura 3) ilustra o
procedimento metodológico adotado a partir da identificação dos problemas prioritários.
A Curto
1
P1 M1 A Médio
2
A Longo
3
Após a definição das três ações necessárias ao cumprimento de cada meta, ocorreu a
classificação destas quanto ao seu tipo: técnica, legal, institucional, financeira, política
ou educacional. E cada grupo definiu um horizonte de tempo para considerar como
curto, médio ou longo prazo. Neste ponto, é importante destacar que estes horizontes
temporais foram diferentes para cada grupo e devem ser homogeneizados na versão
final do PLAM.
Ao fim do workshop, foram produzidos três quadros gerais – um por grupo – contendo
os seguintes elementos:
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a) três problemas prioritários, relacionados com os conflitos existentes entre as
atividades econômicas e destas com o ambiente;
c) nove ações, sendo três ações propostas para o cumprimento de cada meta;
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8. INVENTÁRIO AMBIENTAL MUNICIPAL
Toda a área do município de Rio Grande está localizada sobre terrenos sedimentares
cuja evolução se processou desde 325.000 anos atrás até hoje. O mapa geológico-
geomorfológico da área do município mostra que os terrenos mais antigos situam-se a
oeste e são representados por sedimentos marinhos, eólicos e lagunares
pleistocênicos (Barreiras 2 e 3 e Interbarreiras). Os sedimentos mais modernos, de
idade holocênica, estão representados pelos sedimentos lagunares dos terraços 3, 4 e
5 e pelos sedimentos eólicos e marinhos da Barreira 4.
Para Long & Paim (1987), o processo de migração do canal de Rio Grande é que
permitiu o assentamento dos feixes de cordões litorâneos, pela interação entre os
processos físicos ligados ao escoamento lagunar e deriva litorânea interagindo com a
geomorfologia pretérita. Os autores ressaltam que o principal fator da evolução do
canal de Rio Grande é fluvial, mediante migração dos meandros que o compõem,
erodindo os flancos côncavos do canal.
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Os mantos de aspersão eólica que aparecem com bastante expressividade sobre os
cordões litorâneos não têm sua origem ligada a nenhum fenômeno de erosão costeira,
mas sim à destruição das dunas litorâneas que cobriam cada um dos cordões por
processos de deflação por ventos dominantes do quadrante NE (Long, 1989).
8.2 CLIMA
A temperatura média anual fica abaixo de 20ºC chegando a menos de 14ºC nas
maiores altitudes. As médias das temperaturas mínimas do mês de julho são inferiores
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a 10ºC sendo que no inverno as geadas são comuns. No verão, as médias das
temperaturas máximas são bem elevadas atingindo 30-32ºC (IBGE, 1986).
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Os ventos são os grandes responsáveis pela dinâmica costeira, pois além de serem a
causa das ondas e correntes litorâneas que modelam as zonas costeiras, têm
influência direta no regime de enchentes e vazantes do estuário e também promovem o
transporte eólico da areia seca da praia para as dunas e destas para zonas mais
interiores.
Tomazelli (op. cit.), analisou os dados de três estações meteorológicas nas cidades de
Torres, Imbé e Rio Grande, correspondentes a um período de 13 anos (1970 a 1982).
A TABELA 3 apresenta os dados de direção e velocidade para a estação de Rio
Grande.
TABELA 3: Frequência percentual dos ventos (direção e velocidade) registrados na estação de Rio
Grande no período de 1970 a 1982 (Tomazelli, 1993). Total de observações: 13.628.
As frentes frias (SF) propagam-se de Sudoeste para Nordeste com uma frequência
anual de aproximadamente 6,5 dias (Tozzi, 1995), sendo regidas por centros de baixa
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pressão ciclônicos que se deslocam em médias latitudes, provocando tempestades
oceânicas e continentais.
Segundo Tozzi (op. cit.), a situação mais comum que provoca eventos de marés
meteorológicas são os Sistemas Frontais intensos com deslocamento sobre o Oceano
Atlântico Sul. Devido às diferenças de até 20 milibares entre os centros de alta e de
baixa pressão, esses Sistemas Frontais geram ventos de intensidade muito forte
(acima de 30 nós) com uma pista de atuação (“fetch”) desde o sul da Argentina até a
região sul do Brasil.
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Estes corpos de água doce recebem sua carga hídrica a partir de dois complexos
hidrográficos – Patos e Mirim, os quais captam água de cerca de 60% da área do
estado além de uma porção do território Uruguaio.
Toda essa carga hídrica, após ser captada pelos corpos lagunares na sua borda
ocidental, acaba desaguando no Oceano Atlântico pelo canal de Rio Grande. O
município encontra-se na Bacia Hidrográfica L40.
A borda oriental dos corpos lagunares caracteriza-se por uma extensa faixa arenosa
que se extende lateralmente até o mar e é nesta região que se situa o município de Rio
Grande. Por ser uma área extremamente plana (cotas médias de 5 m), com um
substrato arenoso poroso e permeável, a drenagem é muito pobre, inexistindo cursos
d’água mais significativos, havendo apenas córregos, arroios, lagos ou açudes de
pequeno porte. A área dos corpos lagunares interiores atinge 50 km2 correspondendo a
1,5 % da área do município. A maioria dos arroios que ocorrem nos entornos das
áreas urbanas tem sua origem ligada aos banhados das cavas dos cordões litorâneos.
Destaca-se ao Norte o Arroio das Cabeças e Arroio Martins, que deságuam no Saco do
Martins e ao Sul os Arroios Bolaxa e Vieira que deságuam no Saco da Mangueira
(Figura 5).
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Figura 5. Vista Parcial do Arroio Bolaxa – Rio Grande.
8.4 SOLOS
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São solos arenosos, ácidos, extremamente pobres em nutrientes minerais disponíveis
para as plantas, sendo, portanto baixos os valores de soma e saturação em bases.
Estes solos são ocupados com campos naturais de baixa qualidade servindo como
pastagem e, pela má drenagem que apresentam, têm forte limitação aos cultivos
agrícolas, sendo mais recomendada a sua utilização com pastagem ou
reflorestamento.
De uma maneira geral, os solos das áreas mais elevadas do município são
predominantemente arenosos, não inundáveis, de baixa fertilidade e imperfeitamente a
mal drenados (PVA-PLd = Podzólico Vermelho, Amarelo, plíntico distrófico e eutrófico e
Planossolo distrófico e eutrófico). Nesta planície não inundável, outra porção apresenta
solos mal drenados, rasos e de média fertilidade (PL-HGP = Planossolo eutrófico e Glei
Pouco Húmico eutrófico). Tais solos apresentam condições para atividades agrícolas
diversificadas desde que sejam manejados para correção da drenabilidade e fertilidade.
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TABELA 4: Classes de Solos
PVe1 Podzólico Vermelho Amarelo plíntico eutrófico e distrófico, Ta, A fraco, Textura
arenosa/média, rel. plano, fase veg. campestre com Glei Pouco Húmico indiscriminado.
PVe2 Podzólico Vermelho Amarelo plíntico eutrófico e distrófico, Ta, A fraco, Textura
arenosa/média, rel. plano, veg. campestre fase erodida com Glei Pouco Húmico
indiscriminado.
PVd1 Podzólico Vermelho Amarelo plíntico distrófico, Tb, A fraco, Textura arenosa/média, rel.
plano, fase veg. campestre com Solo Orgânico e Glei Pouco Húmico indiscriminados.
PVd2 Podzólico Vermelho Amarelo plíntico distrófico, Tb, A fraco, Textura arenosa/média, rel.
plano, veg. campestre, fase erodida com Solo Orgânico e Glei Pouco Húmico
indiscriminados.
PLd1 Planossolo solódico distrófico, Ta, A fraco, textura arenosa/argilosa, relevo plano, fase
veg. campestre e Planossolo eutrófico, Ta, A moderado, text. arenosa/argilosa, relevo
plano, fase veg. campestre e Solonetz indiscriminado.
PLe3 Planossolo solódico eutrófico, Ta, textura arenosa/argilosa, relevo plano, fase veg.
campestre e Solonetz, A fraco, text. arenosa/média, relevo plano, fase veg. campestre.
PLe4 Planossolo eutrófico, Ta, A moderado, text. arenosa/argilosa, rel. plano, fase veg.
campestre com Gley Pouco Húmico eutrófico, Ta, A proeminente, text. arenosa/média,
relevo plano, fase veg. campestre e Solonetz, A fraco, text. arenosa/média, rel. plano,
fase veg. campestre.
PLe5 Planossolo solódico eutrófico, Ta, A fraco, text. arenosa/média, rel. plano, fase veg.
campestre e Solonetz, A fraco, text. arenosa/média, rel. plano, fase veg. campestre,
com Glei Pouco Húmico indiscriminado.
PLe6 Planossolo solódico eutrófico, Ta, A fraco, text. arenosa/média, rel. plano, fase veg.
campestre e Solonetz, A fraco, text. arenosa/média, rel. plano, fase veg. campestre.
Planície Média
HGPe1 Glei Pouco Húmico eutrófico, Ta, A proeminente, Text. arenosa/média, relevo plano,
fase veg. campestre com Planossolo indiscriminado.
38
Planície Média Baixa
HGPe2 Glei Pouco Húmico eutrófico, Ta, A chernozêmico, text. arenosa, relevo plano, fase
veg. campestre e Planossolo solódico eutrófico, Ta, A proeminente, textura
arenosa/média, relevo plano, fase veg. campestre.
Glei Pouco Húmico, eutrófico, Ta, A proeminente, Text. média/argilosa, fase veg.
campestre e Glei Húmico indiscriminado.
HGPe3
HGPe4 Glei Pouco Húmico, eutrófico e distrófico, text. argilosa, relevo plano, fase veg.
campestre com Glei Húmico e Solo Aluvial indiscriminados.
Banhados Fluviais
HGe1 Glei Húmico eutrófico, text. média/argilosa, relevo depressão, fase veg. banhado e Solo
Orgânico distrófico, Ta, rel. plano, fase veg. aquática.
HGPe5 Glei Pouco Húmico solódico eutrófico, Ta, A proeminente, Text. arenosa/média, relevo
plano, fase veg. gramíneas aquáticas com Glei Pouco Húmico salino indiscriminado.
HGe2 Glei Húmico e Glei Pouco Húmico solódico eutrófico, Ta, A proeminente, Text.
média/argilosa, relevo plano, fase veg. aquática e Solonchak, A proeminente, text.
média/argilosa, relevo plano, fase veg. aquática.
Banhados Lacustres
HGe3 Glei Húmico eutrófico, Ta, A proeminente, text. média/arenosa, relevo plano, fase veg.
aquática e Solo Aluvial eutrófico, Ta, A proeminente, text. média/arenosa, relevo plano,
fase veg. aquática.
HGe4 Glei Húmico salino eutrófico, Ta, A chernozêmico, text. argilosa, rel. plano, fase veg.
aquática, Solo Orgânico e Glei Tiomórfico indiscriminados.
Complexo do S. Gonçalo
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Banhados Marginais L. dos Patos
Traços de Praia
HPd1 Podzol Hidromórfico distrófico, Tb, A fraco, text. arenosa, rel. plano, fase veg.
gramíneas e Solo Aluvial eutrófico, Ta, A orgânico, text. média/arenosa, rel. plano, fase
veg. aquática com Glei Húmico indiscriminado.
Dunas Lacustres
AQd1 Areias Quartzosas distróficas, Tb, A fraco, textura arenosa, rel. plano, veg. campestre,
fase lacustre.
HPd2 Podzol Hidromórfico distrófico, A fraco, text. arenosa, rel. plano, fase veg. campestre e
Areias Quartzosas distróficas, Tb, A fraco, rel. plano, fase veg. campestre, com Glei
Húmico e Solo Orgânico indiscriminados.
HPd3 Podzol Hidromórfico distrófico, A fraco, text. arenosa, rel. plano, fase veg. campestre e
Areias Quartzosas distróficas, Tb, A fraco, rel. plano, fase veg. campestre.
HPd4 Podzol Hidromórfico distrófico, A fraco, text. arenosa, rel. plano, fase veg. campestre e
Areias Quartzosas distróficas, Tb, A fraco, rel. plano, fase veg. campestre com Glei
Húmico e Solo Orgânico indiscriminados.
Dunas Marinhas
40
8.5 FAUNA
41
8.5.1 Unidades Naturais Terrestres
8.5.1.1 Mamíferos
b) Espécies endêmicas
42
minutus nos campos litorâneos e dunas interiores, este seria o caso de ampliação da
área de distribuição de uma espécie endêmica regionalmente.
Figura 6. Tuco-tuco
Figura 7. Cervo-do-pantanal
43
Fontana, Bencke & Reis, 2003; González, 2001; Silva, 1994), o rato-dos-montes
Akodon reigi (González, 2001), e o tapiti Sylvilagus brasiliensis (Cimardi, 1996;
Fontana, Bencke & Reis, 2003; Silva, 1994).
45
8.5.1.2 Aves
b) Espécies endêmicas
8.5.2.1 Mamíferos
b) Espécies endêmicas
48
lontra Lontra longicaudis, o guaxinim Procyon cancrivorus, e a capivara Hydrochoerus
hydrochoeris.
8.5.2.1 Aves
b) Espécies endêmicas
8.5.2.2 Peixes
a) Composição e diversidade de espécies
Pouco se conhece sobre os peixes do Canal São Gonçalo. Os poucos trabalhos
científicos publicados tratam dos peixes de ambientes próximos como a Lagoa Mirim e
o Banhado do Taim. Aparentemente, até o momento, Burns et al. (2006) representa a
primeira e única referência na literatura científica tratando especificamente da
ictiofauna do Canal São Gonçalo. Nesse trabalho preliminar, os autores analisam o
efeito sobre a movimentação dos ocasionada pela presença de uma eclusa
estabelecida na porção inferior do canal, próxima a sua junção com a Lagoa dos Patos.
Pesquisas em andamento pelo Laboratório de Ictiologia da FURG uma rica ictiofauna
formada por cerca de 85 espécies, incluindo espécies de origem estuarina e marinha
que podem ocorrer no Canal São Gonçalo quando a água salgada consegue penetrar
até aquela região. Uma análise prévia dos padrões de dominância da ictiofauna nas
zonas marginais (< 2m) do canal mostra que apenas umas poucas espécies dominam
em termos de abundância relativa e freqüência de ocorrência, como os lambaris
(Cheirodon ibicuhiensis, Cyanocharax alburnus, Hyphessobrycon luetkenii, Astyanax
fasciatus) a sardinha de água doce (Platanichthys platana) e as tainhas (Mugil platanus
e M. curema).
50
b) Espécies endêmicas
Não existem espécies de peixes endêmicas ao Canal São Gonçalo.
c) Espécies ameaçadas de extinção
Das 85 espécies de peixes registradas para o Canal São Gonçalo, (TABELA 5), cinco
são consideradas pelo IBAMA (2004) como sobrexplotadas ou ameaçadas de sobre-
explotação: o bagre marinho (Genidens barbus), a pescadinha-real (Macrodon
ancylodon), a corvina (Micropogonias furnieri), a tainha (Mugil platanus) e a anchova
(Pomatomus saltatrix). São todas as espécies de origem marinha que ocorrem em
abundância na região estuarina da Lagoa dos Patos durante parte do seu ciclo de vida
(bagre marinho, corvina, tainha) ou apenas de modo ocasional, especialmente durante
a penetração da cunha salina durante o verão (pescadinha-real, anchova) (Chao et al.
1985). Dentre as espécies que ocorrem no Canal São Gonçalo, nenhuma consta na
lista de ameaçadas de extinção na instrução normativa lista No5 do IBAMA (2004).
TABELA 5 - Lista de peixes com presença registradas no Canal São Gonçalo entre 2004 e 2006, a partir
de coletas realizadas com arrasto de praia, arrasto de fundo e tarrafa. Fonte: Dados não publicados de
Garcia & Vieira, Burns & Vieira e Bemvenuti et al. (Laboratório de Ictiologia – FURG)
51
ORDEM FAMILIA ESPÉCIE
52
ORDEM FAMILIA ESPÉCIE
53
8.5.3 LAGOA MIRIM
8.5.3.1 Mamíferos
b) Espécies endêmicas
54
cinereus, o morcego-negro Myotis riparius, a capivara Hydrochoerus hydrochoeris, o
tuco-tuco-branco Ctenomys flamarioni, e o veado-catingueiro Mazama gouazoupira.
8.5.3.2 Aves
55
b) Espécies endêmicas
56
Na categoria vulneráveis (VU), registram-se o pato-de-crista Sarkidiornis melanotos, o
uru Odontophorus capueira, o gavião-belo Busarellus nigricollis, o gavião-cinza Circus
cinereus, a águia-chilena Geranoetus melanoleucus, a acauã Herpetotheres
cachinnans, o narcejão Gallinago undulata, o maçarico-acanelado Tryngites
subruficollis, a pomba-galega Patagioenas cayennensis, a pomba-amargosa
Patagioenas plumbea, o anu-coroca Crotophaga major, o bacurau-rabo-de-seda
Caprimulgus sericocaudatus, o pica-pau-de-banda-branca Dryocopus lineatus, o
macuquinho-pintado Psilorhamphus guttatus, o limpa-folha-miúdo Anabacerthia
amaurotis, o lenheiro Asthenes baeri, o junqueiro-de-bico-reto Limnoctites rectirostris, a
boininha Spartonoica maluroides, o uí-pi Synallaxis albescens, a maria-da-restinga
Phylloscartes kronei, o guaracavuçu Cnemotriccus fuscatus, e a viuvinha Colonia
colonus.
8.5.3.3 Peixes
a) Composição e diversidade de espécies
Embora existam levantamentos da ictiofauna em ambientes adjacentes, como o
Banhado do Taim, até o momento não existem levantamentos da ictiofauna realizados
especificamente para a Lagoa Mirim. As referências na literatura sobre os peixes dessa
região são escassas, sendo restritas a uma breve descrição da pesca artesanal
(Machado 1976; Garcez & Botero 2005) e aspectos da taxonomia (Bemvenuti, 1995a;
Bemvenuti 1995b) e alimentação de peixes-rei (Piedras & Pouey 2005). Um
levantamento prévio realizado pelo Laboratório de Ictiologia da FURG indica a
presença de 38 espécies de peixes na Lagoa Mirim. Esse número provavelmente está
subestimado, pois como mencionado anteriormente, a região carece de estudos
específicos sobre sua fauna de peixes. Dentre as espécies de peixes que ocorrem nas
zonas rasas (< 2m) da Lagoa Mirim (Garcia & Vieira, dados não publicados), as
espécies mais abundantes parecem ser o peixe-rei (Odontesthes mirinensis), os
lambaris (Cyanocharax alburnus, Astyanax fasciatus), o birú (Cyphocharax voga), a
sardinha (Platanichthys platana), o barrigudinho (Jenynsia multidentata) e pequeno
bagre de água-doce (Corydoras paleatus).
57
Atualmente, a comunidade pesqueira da Macro-Região da Lagoa Mirim é composta por
cerca de 335 pescadores artesanais dispostos em 5 colônias e/ou associações,
atuando, principalmente sobre os estoques de jundiá (Rhamdia quelen); Pintado
(Pimelodus maculatus) e traíra (Hoplias malabaricus) (Garcez & Botero 2005).
Observações de campo sugerem que existe ainda uma pesca insipiente de corvina e
tainha, porém pouco se sabe sobre a atividade pesqueira deste grupo de pescadores
na Lagoa Mirim.
b) Espécies endêmicas
Até o presente momento, não há espécies de peixes endêmicas a Lagoa Mirim.
c) Espécies ameaçadas de extinção
Das 38 espécies de peixes registradas preliminarmente para a Lagoa Mirim (TABELA
6), três são consideradas pelo IBAMA (2004) como sobrexplotadas ou ameaçadas de
sobre-explotação: o bagre marinho (Genidens barbus), a corvina (Micropogonias
furnieri) e a tainha (Mugil platanus). São espécies de origem marinha que ocorrem em
abundância, durante parte do seu ciclo de vida, na região estuarina da Lagoa dos
Patos (Chao et al. 1985), sendo também importantes componentes da pesca artesanal
nessa região. Nenhuma das 38 espécies consta na lista de ameaçadas de extinção na
instrução normativa lista No5 do IBAMA (2004).
TABELA 6 - Lista de peixes com presença registradas na Lagoa Mirim, a partir de coletas realizadas com
arrasto de praia na margem leste da lagoa entre março de 2004 e março de 2005 (Garcia & Vieira, dados
não publicados) e de espécies registradas na pesca artesanal (Machado 1976; Garcez & Botero 2005).
(Laboratório de Ictiologia – FURG)
58
Cyanocharax alburnus (Hensel, 1870)
Hyphessobrycon luetkenii (Boulenger, 1887)
Oligosarcus jenynsii (Günther, 1864)
Oligosarcus robustus Menezes, 1969
Macropsobrycon uruguayanae Eigenmann, 1915
Siluriformes Ariidae Genidens barbus (Lacepède, 1803)
Heptapteridae Pimelodella australis Eigenmann, 1917
Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824)
Pimelodidae Parapimelodus nigribarbis (Boulenger, 1889)
Pimelodus maculatus Lacepède, 1803
Trichomycteridae Homodiaetus anisitsi Eigenmann & Ward, 1907
Callichthyidae Corydoras paleatus (Jenyns, 1842)
Loricariidae Rineloricaria longicauda Reis, 1983
Cyprinodontiformes Anablepidae Jenynsia multidentata (Jenyns, 1842)
Atheriniformes Atherinopsidae Odonthestes humensis de Buen, 1953
Odonthestes mirinensis Bemvenuti, 1995
Odontesthes perugiae Evermann & Kendall, 1906
Odonthestes retropinnis (de Buen, 1953)
Odontesthes bonariensis (Valenciennes, 1835)
Perciformes Sciaenidae Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823)
Cichlidae Crenicichla punctata Hensel, 1870
Gymnogeophagus gymnogenys (Hensel, 1870)
Mugilidae Mugil platanus Gunther, 1880
Gobiidae Ctenogobius shufeldti (Jordan & Eigenmann, 1887)
Pleuronectiformes Paralichthyidae Paralichthys orbignyanus (Valenciennes, 1842)
8.5.4.1 Mamíferos
59
b) Espécies endêmicas
8.5.4.2 Aves
b) Espécies endêmicas
Nas categorias quase ameaçadas (QA) e não ameaçadas (NA), não foi registrada
nenhuma espécie. As demais espécies registradas enquadram-se na categoria de
status desconhecido (SD).
61
8.5.4.3 Répteis
b) Espécies endêmicas
8.5.4.4 Anfíbios
Visando descrever os hábitats que compõem a região estuarina da Lagoa dos Patos,
separaram-se aqui estes ambientes segundo Bemvenuti (1987a). Neste artigo, o autor
faz uma síntese dos conhecimentos obtidos em pesquisas desenvolvidas durante um
62
período de 10 anos (aproximadamente de 1977-1987) na área citada, especificamente
relacionadas à fauna bentônica de fundos moles. Em complemento a este, são citados
resultados encontrados por outros autores nestes diferentes hábitats.
8.5.4.5.1 Marismas
As margens das regiões estuarinas, sob influência das marés e/ou inundações, podem
apresentar densas concentrações de gramíneas halófitas emersas. Este tipo de
ambiente, conhecido como marisma, tem como principal elemento estruturador a
presença de gramíneas do gênero Spartina (Capitoli et al. 1978). No estuário da Lagoa
dos Patos, a espécie S. densiflora ocupa os níveis mais elevados da praia (com menor
grau de umidade) enquanto no intermareal desenvolve-se S. alterniflora (Capitoli et al.
1978).
A baixa amplitude de maré astronômica nos estuários do Rio Grande do Sul determina
uma zona intermareal irregularmente inundada, que se encontra sob uma forte
influência das condições meteorológicas, cujas variações no nível da água são
provocadas pelas enchentes e vazantes.
Durante o dia é muito difícil observar qualquer um destes organismos nos planos
intermareais. Neste período, indivíduos da espécie C. granulata localizam-se nas
marismas, numa zona acima dos planos, entre os caules de Spartina ou ocupando
suas tocas no substrato. Os caranguejos C. angulatus e R. harrissi (este último de
hábitos essencialmente crípticos) abrigam-se em distintos tipos de estruturas no
epistrato, enquanto as espécies de maior mobilidade, C. sapidus e F. paulensis,
permanecem superficialmente enterradas no sedimento ou, assim como ocorre com P.
argentinus, escondidas em hábitats de macrófitas enraizadas. A maior atividade destas
espécies, incluindo a alimentação, ocorre no período noturno (Garcia et al. 1996,
Kapusta & Bemvenuti 1998).
Nos planos de águas rasas das áreas estuarinas da Lagoa dos Patos são encontrados
crustáceos peracáridos (anfípodes, isópodes e tanaidáceos) e um gastrópode
Hydrobiidae, constituindo-se nos principais integrantes da epifauna sedentária. Entre
estes organismos de pequena mobilidade que vivem sobre o substrato, o gastrópode
Heleobia australis é a espécie dominante, apresentando uma ampla distribuição
batimétrica em fundos areno-lodosos de ambientes mixohalinos, ocorrendo desde o
limite inferior do intermareal até áreas do canal, na Lagoa. Esta espécie, que apresenta
uma elevada resistência à dessecação (Bemvenuti 1992), pode ser encontrada em
65
altas densidades (até 60.000 ind./m2) em planos rasos (Bemvenuti et al. 1978). Apesar
do pequeno tamanho (no máximo 5 mm), esta espécie atinge uma biomassa elevada
em ambientes estuarinos devido a sua abundância. Capitoli & Bemvenuti (1978), por
exemplo, registraram 246 g/m2, correspondentes a uma densidade de 45.616 ind./m2 no
Saco da Mangueira, na Lagoa dos Patos.
9.5.4.5.5 Meiofauna
A partir dos resultados, verificou-se que a meiofauna é distinta nos dois hábitats
(nematódeos e ostrácodes nos planos rasos e nematódeos e copépodes nas
marismas) e que essa diferença é explicada pelas características do meio ao qual
estão sujeitas. Acredita-se que a distribuição de finos e de recursos alimentares, no
plano raso; e a vegetação e topografia, na marisma, sejam causadores de variações
significativas na abundância dos organismos em escalas verticais. Quanto à variação
66
temporal, observou-se um decréscimo da infauna e um incremento da epifauna
meiobentônica no inverno, provavelmente, causados pela temperatura mais baixa e
pela menor pressão de predação no estuário, nesta época do ano.
8.5.4.5.6 Infauna
O poliqueta Laeonereis acuta é um organismo típico dos planos rasos nos estuários do
Rio Grande do Sul (Rosa-Filho & Bemvenuti 1998). Este poliqueta comedor de depósito
distribui-se desde o intermareal até cerca de 1 m de profundidade, alcançando
densidades (5.127 ind./m2) e biomassa (28,26 g/m2) expressivas na região estuarina da
Lagoa dos Patos (Bemvenuti 1987a, 1997a).
68
recrutamentos do pelecípode, na porção sul da Lagoa, refletem-se na baixa
persistência temporal registrada para a espécie nesta região (Bemvenuti 1987a).
8.5.4.5.7 Infralitoral
Nas enseadas estuarinas da Lagoa dos Patos, dominadas por planos de águas rasas,
dificilmente ocorrem profundidades maiores do que 2 m. Desta forma, a maior extensão
69
da região infralitoral, entre a isóbata de 2 m e a borda dos canais (entre 5 e 6 m de
profundidade), encontra-se na parte central do corpo estuarino.
Nesta região, na porção sul da Lagoa dos Patos, as condições ambientais são
fortemente influenciadas pela salinidade, que pode permanecer por vários meses com
registros próximos a zero ou apresentar marcadas flutuações de baixa previsibilidade
(Bemvenuti et al. 1992). Este fato condiciona uma comunidade estruturada a partir de
um reduzido número de espécies, cujos dominantes ocorrem em altas densidades e
mostram marcadas flutuações espaço-temporais. Verifica-se, também, que a ocupação
de amplos nichos tróficos e espaciais pela macrofauna bentônica refletem-se numa
baixa diversidade de organismos em cada um dos níveis da trama trófica estuarina
(Bemvenuti 1997c).
Nos planos rasos das enseadas estuarinas, verificou-se que a predação atua como um
importante fator estruturador da comunidade bentônica durante os meses de verão.
Sob estas condições ambientais, K. schubartii ocorre com densidades superiores a
10.000 ind./m2, constituindo-se numa das espécies dominantes da comunidade de
fundos moles (Bemvenuti 1997b). Este fato atesta que a proteção proporcionada pela
manutenção dos distintos estágios de vida no interior do substrato, combinada com
uma eficiente renovação dos estoques populacionais, representam uma eficiente
estratégia sob situações em que ocorre uma elevada intensidade da predação
(Bemvenuti 1987b, 1997b).
A maior biomassa entre o zoobentos infralitoral na Lagoa dos Patos é encontrada entre
os exemplares do pelecípode Erodona mactroides, que atinge valores médios de 281
g/m2 na parte norte da zona estuarina. Nesta área, onde estão representadas todas as
classes de tamanho, este molusco atinge até 30 mm de comprimento e uma densidade
média de 461 ind./m2 (Bemvenuti et al. 1978). Nas enseadas localizadas na parte sul
do estuário, onde ocorrem as maiores densidades de E. mactroides (média de 3.722
ind./m2), a biomassa atinge somente 105 g/m2 em função do menor tamanho dos
exemplares. Nestes locais, a espécie mostra uma expressiva mortalidade e os
exemplares dificilmente ultrapassam 13 mm de comprimento, tamanho correspondente
a 1 ano de vida (Bemvenuti et al. 1978).
71
parte sul do estuário; nesta área, entretanto, B. improvisus ocorre em baixas
densidades em fundos moles (entre 2 e 30 ind./m2), uma vez que nestes locais E.
mactroides não atinge tamanho suficiente para suportar a epibiose.
8.5.4.5.8 Canais
72
Os canais naturais ou artificiais na região estuarina da Lagoa e, particularmente, os
localizados próximos à região da desembocadura, apresentam condições ambientais
rigorosas decorrentes da baixa previsibilidade nas flutuações de salinidade e da
elevada instabilidade do substrato. Estes hábitats podem apresentar uma intensa
hidrodinâmica, determinando um tipo de substrato dominado por material biodetrítico
com uma elevada instabilidade física, que determina condições desfavoráveis para a
manutenção das associações bentônicas no local (Capitoli et al. 1978, Bemvenuti et al.
1992, Bemvenuti 1997b).
8.5.4.6 Peixes
a) Composição e diversidade de espécies
Em meados da década de 70, tiveram início os estudos científicos sobre os peixes do
estuário da Lagoa dos Patos (Castello 1985). Entre 1979 e 1984 foi feito um amplo
levantamento dos peixes que habitam essa região, e desde 1996, estudos ecológicos
vem sendo realizados mensalmente pelo Laboratório de Ictiologia da Fundação
Universidade Federal de Rio Grande.
Ao longo desse período têm sido registradas cerca de 126 espécies,as quais podem
ser divididas em duas associações distintas: aquelas que habitam as águas rasas
(<2m) e aquelas mais comuns em águas profundas (>2m) (Chao et al. 1985; Vieira et
al. 1998, Garcia et al. 2003). As zonas rasas apresentam uma fauna de peixes
característica, pois oferecem condições favoráveis ao desenvolvimento das formas
juvenis (filhotes) de inúmeras espécies de peixes, enquanto que as águas mais
profundas, além de abrigar indivíduos de maior tamanho, servem como corredor para
peixes de grande mobilidade ou como refúgio durante condições de vazante (Vieira et al.
1998).
73
Os peixes mais comuns nas zonas rasas são os pequenos peixes estuarinos que vivem
no estuário o ano todo (chamados de ‘residentes’) e também juvenis (filhotes) de
alguns peixes que se reproduzem no mar, e entram no estuário para se alimentar e
crescer (chamados de ‘estuarino-dependentes’). No primeiro grupo estão, por exemplo,
o pequeno peixe-rei (Atherinella brasiliensis) e no segundo a tainha (Mugil platanus).
Em geral, os peixes normalmente encontrados nas zonas rasas (baixios) do estuário
são: as tainhas (Mugil platanus, M. curema, M. gaimardianus), os peixes-rei (Atherinella
brasiliensis e Odontesthes argentinensis), três espécies de sardinhas (Brevoortia
pectinata, Platanichthys platana e Ramnogaster arcuata), o barrigudinho (Jenynsia
multidentata) e a corvina (Micropogonias furnieri). Espécies de água doce como os
carás, lambaris e barrigudinhos também podem ocorrer, especialmente em anos de
muita chuva no estado, como nos anos em que ocorre o fenômeno El Niño (Garcia et
al. 2003). Portanto, as zonas de pouca profundidade (baixios) do estuário são muito
importantes nas fases iniciais (pós-larvas e juvenis) do ciclo de vida de diversas
espécies capturadas pela pesca artesanal do estuário da Lagoa dos Patos, como a
corvina (M. furnieri), a tainha (M. platanus) e o peixe-rei (O. argentinensis). É por isso
que essas áreas são chamadas de ‘berçários’ naturais para os peixes da região e
precisam ser protegidas e conservadas (Chao et al. 1986; Vieira et al. 1998). Já em
águas mais profundas (>2m), ocorrem formas adultas de espécies importantes na
pesca artesanal e industrial do sudeste do Brasil, como a corvina, os bagres-marinhos
e o linguado (Paralichthys orbignyana) (Vieira et al. 1998).
Em relação à importância sócio-econômica, o estuário da Lagoa dos Patos é uma área
importante de criação e crescimento para grande parte dos peixes comercialmente
explorados pela pesca artesanal do litoral sul do Brasil. Esta região tem sido uma área de
pesca importante desde o final do século passado e concentra a maior parte da pesca
artesanal do Estado do Rio Grande do Sul (Reis, et al., 1994; Vieira et al., 1998). Estas
espécies usam o estuário como zona de alimentação e crescimento, e muitas destas,
como a corvina, a tainha e os bagres-marinhos (do gênero Genidens) sustentam a pesca
artesanal de peixes no estuário (Reis et al. 1994). De fato, mais de 90% dos registros de
desembarque de teleósteos capturados pela pesca artesanal no Rio Grande do Sul
provêm do estuário da Lagoa dos Patos (Reis et al., 1994), e seus valores, para o estado,
variam entre 37.425 toneladas (1973) e 11.538 t. (1962) com uma média de 21.127 t.
Dentre as espécies mais importantes para a pesca artesanal do estuário da Lagoa dos
Patos destacam-se a corvina, o bagre-marinho e a tainha, que juntos perfazem cerca de
74
60% do total capturado. Embora a pesca tradicionalmente seja multi-especifica, cada uma
das principais espécies tem um período de pico para sua captura, os quais constituem as
safras (Haimovici te al., 1989; Reis et al., 1994), sendo estes períodos nitidamente
associados às variações climáticas locais (i.e., frentes frias, etc) e a hidrografia da Lagoa
(penetração da água salgada).
A análise dos dados históricos de desembarque e esforço de pesca indica uma redução
atual nos estoques de diversas espécies que são exploradas em conjunto pela pesca
artesanal e industrial, tais como a corvina, a pescadinha, a miraguaia, e os bagres-
marinhos (Reis et al., 1994; Haimovici, 1998).
b) Espécies endêmicas
Até o momento não foram descobertas espécies de peixes endêmicas ao estuário da
Lagoa dos Patos.
75
TABELA 7 - Lista de peixes com presença registrada no estuário da Lagoa dos Patos. Fontes: Chao et
al. 1982, Chao et al. 1985, Pereira 1994, Garcia et al. 2003. (Laboratório de Ictiologia - FURG).
77
ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE AUTOR
78
ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE AUTOR
b) Espécies endêmicas
Não foi registrada nenhuma espécie nas categorias provavelmente extintas (PE), e
criticamente ameaçadas (CA).
b) Espécies endêmicas
Não foi registrada nenhuma espécie de ave costeira ou marinha endêmica na região.
Não foi registrada nenhuma espécie de ave costeira ou oceânica nas categorias
provavelmente extintas (PE), E criticamente ameaçadas (CA).
80
giganteus, a pardela-preta Procellaria a. aequinoctialis, o fura-bucho-de-capuz
Pterodroma incerta, o atobá-do-cabo Morus capensis, o narcejão Gallinago undulata, O
maçarico-acanelado Tryngites subruficollis, e a gaivota-de-rabo-preto Larus atlanticus.
Não foi registrada nenhuma espécie de ave na categoria não ameaçadas (NA). As
demais espécies registradas enquadram-se na categoria de status desconhecido
(SD).
b) Espécies endêmicas
Nesta região, não foi registrada nenhuma espécie endêmica de réptil marinho.
Nesta região, não foi registrada nenhuma espécie nas categorias provavelmente
extintas (PE), criticamente ameaçadas (CA), em perigo (EP), vulneráveis (VU), quase
ameaçadas (QA), e não ameaçadas (NA). Todas as espécies registradas enquadram-
se na categoria de status desconhecido (SD).
81
8.6 FLORA
A vegetação da planície costeira sul-rio-grandense pertence ao domínio das
florestas perenes e savanas de acordo com o sistema de DANSEREAU
(COLINVAUX, 1973. IN: Tagliani, 2005). Já no sistema de DE CONDOLLE, que foi a
primeira classificação de vegetação nos moldes modernos, encontra-se incluído no
tipo Mesotérmico.
No sistema de WALTER (1975, In Tagliani, op.cit), onde também são incluídas as
grandes zonas climáticas, a planície costeira do Rio Grande do Sul pertence ao
Zonobioma V caracterizado pelo clima úmido temperado quente (Oceânico) e pelas
florestas sempre verdes "que no Brasil se prolongam muito para o sul e variam de
floresta tropical a sub-tropical e também até floresta quente - temperada". WALTER
considera a região do planalto, onde predominam as florestas de coníferas
(Araucaria augustifolia) e a região dos pampas, com florestas de galeria, como
pertencentes ao mesmo domínio (ZB V).
Este Zonobioma inclui as áreas entre 30o e 35o de latitude em ambos os hemisférios,
que constituem as áreas de transição entre as regiões tropical - subtropical e as
regiões temperadas típicas.
Estas classificações ecológicas, no entanto, não fornecem uma indicação muito
precisa sobre a fisionomia da vegetação em termos regionais, uma vez que abrange
várias formações com estruturas distintas em nível de formas de vida, de biomassa,
de composição florística e de stand. Tampouco é útil para descrever os padrões
locais de distribuição espacial.
Para este propósito torna-se necessário adotar classificações mais específicas, com
um maior nível de detalhamento, onde sejam consideradas as diferenças locais
associadas às peculiaridades geomorfológicas do ambiente, as quais fazem da
planície costeira sul-rio-grandense um segmento bastante distinto dentro do litoral
brasileiro.
Na classificação morfoclimática e fitogeográfica de AB' SABER (1977In: Tagliani,
op.cit.), a planície costeira sul-riograndense pertence ao domínio das pradarias
mistas subtropicais gaúchas, cujos limites confundem-se com o do domínio das
pradarias pampeanas, sendo considerada uma área de transição entre este domínio
e o dos planaltos de Araucária. Pelo fato de ser geologicamente recente, a flora
litorânea apresenta poucos exemplares endêmicos, originando-se a partir da
migração de regiões vizinhas mais antigas, contando com elementos andinos,
82
austral-antárticos e holoárticos (RAMBO, 1956) e elementos tropicais provenientes
da Mata Atlântica.
Na classificação de ALONSO (1977, In: Tagliani, op.cit.), a cobertura vegetal da
planície costeira do Rio Grande do Sul está enquadrada na categoria “Campo”, na
margem ocidental da Lagoa dos Patos e Mirim, e “Vegetação Litorânea” no restante
da planície. Nesta última, estão incluídas a vegetação de dunas, de restinga e a de
terras baixas e margens lagunares.
Mais recentemente, TEIXEIRA & NETO (1986, In: Tagliani op.cit.) denominaram de
“Áreas de Formações Pioneiras” a vegetação da planície costeira, subdividindo-a em
2 categorias: 1) Áreas de influência marinha, que recobrem a maior parte dos
depósitos eólicos (dunas fixas e vivas), areias e depósitos síltico - argilosos, ricos
em matéria orgânica, depositados próximos à linha de costa em planícies de maré e
feixes de restinga; 2) Áreas de influência fluvial, situadas em torno das margens da
Lagoa Mirim, maior parte das margens da Lagoa dos Patos e margem oeste da
Lagoa Mangueira.
As formações vegetais do município encontram-se mapeadas no mapa 1.3
(Anexo1), onde foi empregada uma escala de mapeamento maior, de 1:100.000,
adotou-se o seguinte esquema de classificação para as formações vegetais na no
município de Rio Grande. As seguyintes formações encontram-se identificadas no
mapa:
84
Neves (1993) em seu estudo com diatomáceas epífitas sobre macrófitas emergentes
de marismas (Scirpus olneyi) encontrou semelhança com os gêneros encontrados nas
macrófitas submersas, sendo Achnantes, Amphora, Cocconeis, Cylindrotheca,
Epithemia, Mastogloia, Navícula, Pleurosigma, Rhopalodia e Synedra.
TABELA 8. Lista das espécies de fitoplâncton no Estuário da Lagoa dos Patos e Região Costeira
adjacente.
Coscinodiscaceae Coscinodiscus+Thalassiosira
85
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
Naviculaceae Amphiprora sp.
Diploneis sp.
Meuniera membranacea
Pleurosigma spp.
86
TABELA 9. Lista das espécies de nanoflagelados no Estuário da Lagoa dos Patos e Região Costeira
adjacente
87
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
88
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
P. grossi
P. longicauda
P. orientalis
P. obovata
Callegaro & Salomoni (1988) identificaram 103 taxa nas Lagoas do Jacaré, do Nicola e
Mangueira pertencente à classe Bacilarophyceae, sendo 10 novas citações para o RS
(TABELA 10).
Alves-da-Silva (1988) em seu estudo identificou 38 taxa da classe Euglenophyceae na
Estação Ecológica do Taim, sendo 13 citados pela primeira vez no RS (TABELA 10).
Rosa & Miranda-Kiesslich (1989) encontraram 36 taxa da classe Chlorophyceae, sendo
13 descritas pela primeira vez para o RS (TABELA 10).
Werner & Rosa (1992) em seu trabalho no Arroio Taim e nas lagoas do Nicola, do
Jacaré e Mangueira descrevem 31 espécies de cianofíceas, sendo Nodularia
spumigena registrada pela primeira vez para o Brasil e as espécies Aphanothece
nidulans, Lyngbya aerugineo-coerulea, L. hieronymusii, L. contorta, L. putealis,
Oscillatoria articulata, O. chalybea, O. hamelii, O. ornata var. crassa, O. willei,
Pseudanabaena catenata e Spirulina laxissima sendo descritas pela primeira vez para
o estado do RS (TABELA 10).
Flores et al. (1999a e 1999b) e Ludwig et al. (2004) encontraram em seus estudos nas
lagoas do Nicola, das Flores e Mirim no município de Rio Grande 43 taxa pertencentes
às classes Bacillariophyceae, Fragilariophyceae sendo duas novas citações de
ocorrência no RS (Fragilaria neoproducta e Opephora olsenii) e Coscinodiscophyceae,
sendo desta classe quatro novas citações para o RS (Stephanodiscus hantzschii var.
hantzschii, Aulacoseira crenulata var. crenulata,A. muzzanensis var. muzzanensis e
Pleurosira socotrensis var. pangeroni) .
Corrêa (2005) em seu estudo nas Lagoas Nicola e Jacaré encontrou diatomáceas dos
gêneros Surirella, Pinularia, Nitzschia, Epithemia, Cymbella, Synedra, Eunotia,
Melosira, Neidium, Gomphonema, Rhopalodia, Pleurosigma e Navícula, dinoflagelado
do gênero Peridinium, euglenofíceas dos gêneros Phacus e Trachelomonas,
89
clorofíceas dos gêneros Pediastrum, Scenedesmus, Quadrigula, Spirogyra,
Staurastrum, Tetraedron e Volvox, cianofíceas dos gêneros Anabaena e Spirulina e
ciliados do gênero Tintinnopsis
90
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
E. didyma
E. exigua
E. faba
E. flexuosa
E. indica
E. major
E. monodon
E. paralella
E. pectinalis
E. veneris
Opephora martyi
91
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
N. viridula
Neidium iridis
Mastogloia smithii
Stauroneis acuta
S. anceps
S. phoenicenteron
92
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
Pachycladella umbrina
93
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
94
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
P. undulatus
Phacus sp.
Strombonas ensifera
S. fluviatilis
S. verrucosa
Trachelomonas acanthophora
T. armata
T. dastuguei
T. hispida
T. kelooggii
T. volvocina
T. volvocinopsis
Trachelomonas sp.
95
comenta que a colonização das algas nos baixios do estuário inferior depende da
presença temporária de substratos mais ou menos estáveis, embora algumas espécies
também forma grandes biomassas flutuantes nas enseadas.
TABELA 11. Lista das espécies de macroalgas no Estuário da Lagoa dos Patos.
96
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
Kylinia crassipes
97
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
98
CLASSE ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE
Schizothrix lamyi
S. muelleri
Spirulina labyrinthiformis
São formadas por plantas fanerógamas (plantas que apresentam flor), que de acordo
com Seeliger (1998b) vegetam grande parte das áreas rasas (<1,5 m) próximas às
margens do estuário, podendo recobrir aproximadamente 120 km2 (Costa et al, 1997)
das áreas com circulação reduzida e sedimento arenoso. No estuário da Lagoa dos
Patos a principal espécie colonizadora é Ruppia marítima, podendo ocorrer outras
espécies em períodos prolongados de baixa salinidade (Zannichellia palustris,
Potamogeton striatus, Myriophyllum aquaticum e Ceratophyllum demersum) (TABELA
12).
Seeliger (1998b) afirma que as condições de irradiância (luz), temperatura e salinidade
na água permitem o crescimento perene de R. maritima no estuário, contudo ciclos
anuais é o mais constatado, podendo começar entre o início da primavera ou do verão
e cessar entre o final do verão ou do outono. Dentre os fatores que podem causar o
desaparecimento de populações anuais de R. maritima no final do verão ou no outono
Seeliger (1998b) destaca o regime de luz mais que temperatura e salinidade, a
dessecação, o sombreamento por algas epífitas e massas flutuantes de macroalgas.
99
TABELA12. Lista das espécies que formam as pradarias submersas.
100
TABELA 13. Lista das espécies encontradas em áreas úmidas, alagadas e adjacências (campos úmidos
e campos secos). Os números indicam a forma biológica segundo Esteves (1988) e Irgang & Gastal
(1996): 1 — Flutuante livre; 2 - Flutuante fixa; 3 - Submersa fixa; 4 - Anfíbia; 5 – Emergente
101
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
Asteraceae Aster squamatus 4
Baccharis microcephala 4, 5
B. penningtonii 4
B. trimera
Bidens laevis 2, 4, 5
Eclipta prostrata 4, 5
Eclipta sp.
Enhydra anagallis 2, 3
E. sessifolia 2,3,4,5
Erechthites hieracifolia 4, 5
E. valerianaefolium
Eupatorium tremulum 4
Eupatorium sp.
Gymnocoronis spilanthoides 3, 5
Mikania cordifolia 5
M. periplocifolia 4, 5
Pluchea sagittalis 4
102
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
103
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
E. debilis
E. maculosa 4
E. nana 4
E. obtusa 4
E. obtusetrigona
E. radicans 4
E. viridanis
Eleocharis sp.
Fimbristylis autumnalis 4, 5
F. complanata
F. squarrosa 4, 5
Fuirena umbellata 4, 5
F. robusta 4, 5
Kyllinga vaginata 4
Rhynchospora rostrata 4, 5
R. uleana
Rhynchospora sp.
Scirpus californicus 5
S. cubensis 4
S. giganteus 4, 5
S. olneyi 4
S. submersus 2, 3
Scleria distans
S. hirtella 4
104
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
Fabaceae Cassia corymbosa 4
Erythrina crista-galli 4
Sesbania punicea 4
Vigna luteola 4, 5
V. longifolia 4
Juncaceae J. buchenauii 4
J. bufonius 4
J. capillaceus 4
J. dichotomus
J. microcephalus 4, 5
J. scirpiodes 4
Juncus sp.
105
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
Lentibulariaceae Utricularia foliosa
U. gibba 1, 5
U. inflata 1
U. laxa 4, 5
U. tricolor 4, 5
Marsileaceae M. quadrifolia 1
Regnellidium diphyllum 2, 4, 5
106
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
L. peploides 2, 3, 4
Ludwigia sp.
107
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
Polygalaceae Monnina sp.
Poligala leptoculis 4, 5
108
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
109
Figura 8. Formas biológicas das plantas de ambientes aquáticos (Modificado de Esteves, 1988 e Irgang
& Gastal, 1996).
110
Figura 9. Distribuição espacial das marismas no estuário da Lagoa dos Patos
111
Existem pelo menos 95 espécies vegetais que foram descritas para o ambiente das marismas
e adjacências (transição para campos, banhados de água doce e dunas) (TABELA 14) (Silva et
al., 1993; Costa et al., 1997; Costa, 1999; Azevedo, 2000; Costa & Marangoni, 2000;
Marangoni, 2003; Peixoto & Costa, 2004) sendo representadas por plantas tropicais como
Paspalum vaginatum e Acrostichum danaefolium e por espécies de clima temperado frio como
Atriplex patula e Limonium brasiliensis, tornando este ambiente parte de uma transição
biogeográfica temperada quente (Costa, 1998a). Dentre as espécies vegetais que compõem as
marismas do estuário da Lagoa dos Patos, destacam-se cinco espécies rizomatosas perenes
que recobrem mais de 50% da superfície total, a saber, as poáceas Spartina alterniflora e
Spartina densiflora, as ciperáceas Scirpus maritimus e Scirpus olneyi e a juncácea Juncus
kraussii (Costa, 1998a). Estas espécies dominantes ocorrem ao longo de uma ampla faixa de
distribuição vertical (Figura 10) e demonstram um alto grau de sobreposicionamento, contudo
apresentam preferências específicas em relação à topografia, com máximas abundâncias em
diferentes pisos intermareais (Costa, 1998a).
Figura 10. Distribuição vertical das plantas dominantes das marismas no Estuário da Lagoa dos Patos
em função do Nível Médio de Água (m) e Freqüência de alagamento (%) (Modificado de Costa, 1998a).
112
Figura 11. Distribuição espacial das diferentes comunidades vegetais das marismas do Estuário da
Lagoa dos Patos em função do Nível Médio de Água e Salinidade. TCU – Transição para Campos
Úmidos; TBD – Transição para Brejos entre Dunas; MRA – Marisma Raramente Alagada; MEA –
Marisma Esporadicamente Alagada; MFAO – Marisma Freqüentemente Alagada Oligohalina; MFAM –
Marisma Freqüentemente Alagada Meso-Euhalina (Extraído de Costa, 1998a).
TABELA 14. Lista das espécies encontradas nas áreas de marismas e adjacências (campos úmidos,
campos secos e banhados).
FAMÍLIA ESPÉCIE
Aizoaceae Sesuvium portulacastrum
Tetragonia expansa
113
FAMÍLIA ESPÉCIE
Hydrocotyle bonariensis
114
FAMÍLIA ESPÉCIE
Cyperus sp
Eleocharis sp
Fimbristylis spadiceae
Scirpus maritimus
S. olneyi
115
FAMÍLIA ESPÉCIE
Lolium temulentum
Panicum racemosum
Panicum sp
Paspalum nicorae
P. vaginatum
Poidium uniolae
Polypogon maritimus
Rhynchelytrum repens
Setaria geniculata
Spartina alterniflora
S. ciliata
S. densiflora
Sporobolus indicus
Stenotaphrum secundatum
Solanaceae Solanum sp
S. americanum
116
a) Comunidades Vegetais Transicionais
São áreas com altura topográfica de +0,80 e 0,30 m do nível médio de água
(NMA) da Lagoa dos Patos e são raramente alagadas por águas salobras ou doces,
sendo densamente vegetadas por Juncus kraussii.
A maior parte das áreas interiores e margens erosivas das ilhas e áreas
marginais entre +0,10 e +0,30 m do NMA, são dominadas por Spartina densiflora.
Associada a S. densiflora ocorre a Salicornia gaudichaudiana, sendo abundante em
planos lamosos adjacentes e, Vigna luteola e Senecio tweediei.
8.6.3 Dunas
Segundo Cordazzo & Seeliger (1995) as dunas são feições naturais da maioria das
praias arenosas do mundo que recebem contínuos aportes de areias, transportados
pelos ventos dominantes. De acordo com Cordazzo & Seeliger (1995) as dunas
formam-se devido à interação do vento, areia e plantas, sendo o vento o agente
transportador de areia seca que ao encontrar a vegetação, perde a força, sendo então
depositada, concomitantemente, as plantas através da porção rastejante rizomatosa e
raízes ajudam na fixação da areia, auxiliando no crescimento adicional das dunas.
117
Segundo Seeliger (1998) as dunas costeiras frontais (entre latitudes 32º e 34º) são
colonizadas por plantas herbáceas, sendo a vegetação arbórea mais restrita às dunas
interiores mais antigas.
São encontradas pelo menos 67 espécies vegetais herbáceas nas dunas
costeiras (TABELA 15) (Cordazzo & Seeliger, 1987; Cordazzo & Seeliger, 1988) e 25
espécies herbáceas em uma duna interior mais antiga (TABELA 16) (Marangoni, 2006).
FAMÍLIA ESPÉCIE
Amaranthaceae Blutaparon portulacoides
118
FAMÍLIA ESPÉCIE
119
FAMÍLIA ESPÉCIE
Plantaginaceae Plantago australis
120
TABELA 16. Lista das espécies encontradas em uma duna interior mais antiga
FAMÍLIA ESPÉCIE
Apiaceae Centella asiatica
Hydrocotyle bonariensis
TABELA 17. Lista das espécies descritas para as áreas de campo arenoso seco, úmido e adjacências
(dunas e banhados).
FAMÍLIA ESPÉCIE
Acanthaceae Dicliptera iminuta
D. cf. pohliana
Ruellia sanguinea
Alismataceae Echinodorus sp
122
FAMÍLIA ESPÉCIE
123
FAMÍLIA ESPÉCIE
P. purpurascens
Senecio cisplatinus
S. crassiflorus
S. grisebachii
S. oligophyllus
S. selloi
Senecio sp.
Solidago chilensis
Sommerfeldtia spinulosa
Tagetes minuta
Trixis praestans
Vernonia lithospermifolia
Vernonia sp.
Xanthium saccharatum
124
FAMÍLIA ESPÉCIE
125
FAMÍLIA ESPÉCIE
Fuirena robusta
Kyllinga brevifolia
K. pumila
K. vaginata
Scirpus californicus
S. olneyi
Scleria distans
Pycreus polystachyos
Rhynchospora microcarpa
R. tenuis
Rhynchospora sp
Scleria arundinacea
S. hirtella
126
FAMÍLIA ESPÉCIE
Scutellaria racemosa
Teucrium vesicarium
127
FAMÍLIA ESPÉCIE
Pelexia bonariensis
128
FAMÍLIA ESPÉCIE
Oplismenopsis najada
Oplismenus setarius
Panicum aquaticum
P. demissum
P. grumosum
P. gouinii
P. cf. ovuliferum
P. prionitis
P. racemosum
P. tricholaenoides
Paspalidium geminatum
Paspalum modestum
P. paspalodes
P. plicatulum
P. pumilum
Paspalum x riograndense I. L. Barreto (Inéd.)
P. urvillei
P. vaginatum
Polypogon chilensis
P. maritimus
Pseudoechinolaena polystachia
Schizachyrium microstachyum
S. spicatum
Setaria parviflora
Sorghastrum setosum
Sporobolus indicus
Steinchisma decipiens
S. hians
Stenotaphrum secundatum
Pontederiaceae Eichhornia sp
Pontederia lanceolata
Pontederia sp
129
FAMÍLIA ESPÉCIE
130
FAMÍLIA ESPÉCIE
S. sisymbriifolium
Solanum commersonii
S. diflorum
S. nigrescens
S. sisymbriifolium
S. cf. sublobatum
Solanum sp.
131
Figura 12. Dossel de Mata nativa no município de Rio Grande
132
TABELA 18. Lista das espécies encontradas nas áreas de mata de restinga e de mata turfosa. São
descritas as formas biológicas de desenvolvimento (arbórea = AB, arbustiva = AR e liana = L).
133
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
Malvaceae Abutilon Sp AR
Pavonia Sp AR
134
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
Meliaceae Melia azedarach AB
Thichilia claussenii AB
135
FAMÍLIA ESPÉCIE FORMA BIOLÓGICA
136
TABELA 19. Lista das espécies epífitas encontradas nas áreas de mata de restinga e de mata turfosa.
FAMÍLIA ESPÉCIE
Bromeliaceae Aechmea recurvata
Tillandsia aeranthos
T. geminiflora
T. stricta
T. usneoides
Vriesea gigantea
Vriesea sp.
137
FAMÍLIA ESPÉCIE
Bromeliaceae Aechmea recurvata
Tillandsia aeranthos
T. geminiflora
T. stricta
T. usneoides
Vriesea gigantea
Vriesea sp.
138
8.6.6 Plantas Medicinais
TABELA 20. Lista das espécies de plantas medicamentosas no município de Rio Grande com os
respectivos nomes populares
139
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME POPULAR
Euphorbiaceae Phyllanthus lathyroides Erva bombinha ou Quebra-pedra
140
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME POPULAR
C. limon limoeiro
Ruta graveolens Arruda
TABELA 21. Lista das espécies em perigo (EN) ou vulnerável (VU) segundo lista da flora ameaçada do
RS.
141
FAMÍLIA ESPÉCIE STATUS
142
9. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
143
10. DIAGNÓSTICO TERRITORIAL
1- Sítio: Caçapava
Localidade: Taim Município: Rio Grande
Sítio: Pré-colonial
Cultura: Tradição Tupiguarani (subtradição Guarani)
Coordenadas: GPS - 32º 44’ 44” latitude sul 52º 30’ 45” longitude oeste
Mapa: 32º 45’ 00” latitude sul 52º 31’ 08” longitude oeste
Mapa: 32º 45’ 16” latitude sul 52º 31’ 23” longitude oeste
5 - Sítio: Taim
Localidade: Taim Município: Rio Grande
Sítio: Pré-colonial
Cultura: Tradição Vieira
Coordenadas: 32º 30’40 latitude sul 52º 34’59” longitude oeste
145
11. DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL
O Plano Ambiental Municipal deve ser dinâmico o suficiente no que tange ao cotidiano
da operação dos empreendimentos e das atividades dos gestores públicos, portanto,
os critérios para tomada de decisão devem ser claros e politicamente fortalecidos.
146
Para que o arranjo das instituições e organizações possa promover a interação, é
importante que as atribuições e espaços de atuação sejam claramente estabelecidos
considerando as instâncias de deliberação, ou seja:
Para cada espaço e instância, iniciativas políticas devem ser realizadas considerando
aspectos conjunturais específicos, ou seja, no âmbito dos Conselhos devem ser
produzidas agendas que possibilitem o andamento do Plano. O que significa emitir
resoluções, moções, declarações e aprovações que legalizarão e legitimarão as
políticas a serem implementadas no PLAM.
Para tal, é importante um suporte técnico e político que subsidie e facilite os atos dos
Conselhos, como Comissões e Grupos de Trabalho, com caráter permanente ou
temporário.
147
11.1 Principais Atores Setoriais
ATORES
CLASSES DE USOS
DIRETOS INDIRETOS
1. Agricultura SMAG, COMAPERG EMATER, FETAG, IRGA,
EMBRAPA, SINDICATO DOS
TRABALHADORES RURAIS,
FEPAGRO, SIND. RURAL, MIN.
AGRICULTURA, SEC. EST. DA
AGRICULTURA
2. Pesca IBAMA, Fórum da LP, SEAP
SMP
3. Recreação/turismo SMTEL, COMTUR SETUR
4. Pesquisa FURG CEA
COMDEMA, SMMA FEPAM, SEMA, PRÓ-MAR DE
NEMA , SMEC DENTRO, COREDE, FURG
5. Meio Ambiente
ASCALIXO, NOGUEIRA &
PADILHA, IBAMA, DEFAP,
PATRAM, ONGs AMBIENTAIS
MINISTÉRIO PÚBLICO
6. Suprimento de água CORSAN CORSAN
7. Suprimento de Energia CEEE CEEE
8. Defesa/segurança civil MARINHA, EXÉRCITO, BRIGADA MILITAR
BRIGADA MILITAR,
SMSTT POLÍCIA CIVIL
9. Desenvolvimento CIRG, CÂMARA DO SEDAI, CEDIC
Industrial COMÉRCIO
10. Desenvolvimento SUPRG, FURG, PRATICAGEM,
Portuário INTERSINDICAL, OGMO SINDANAVE
IAB, SINDUSCON,
SEARG, URAB, SMHADU
11. Desenvolvimento
Urbano
148
11.2 Administração Pública Municipal
PREF EIT O
MUNICIP AL
VIC E-
PREF EIT O
SMH A
SMS TT SEC SMAG SMP SMMA SMEC SMS SMA SMCP SMF SMTEL SMOV SMSU SMC AS
DUR
Con selh os
Tu telares
Con selh o Con selh o Jun ta de
CO MGE Con selh o
C MC TT CO MAPER G CO MDE MA Muni cipal Muni cipa l Recurs os CO MBE M C MAS
PAR da Mulher
Educa ção da Sa úde Fiscai s
C MI
CO MSE A
C MD M
149
11.2.2. Secretaria Municipal de Educação e Cultura
SMEC
SMOV
U.
U.
U. Pavimentação
Planos e
Administração e
Traçados
Arruamento
Div.
Div. Div. Div.
Div. Fiscalização Div. Div.
Almoxarifado Águas Conservação
Administração Pavimentação de Projetos Pavimentação
Compras Pluviais de Ruas
e Saneamento
Coord. Coord.
Coord. Obras Fábrica Art.
Vias Urbanas Rodoviárias Cimento
150
SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÂO
(Cont.)
SMOV
U.
U.
Construção U.
Constr. U. Usina
Manutenção Viaturas e
Conserv. Asfáltica
Estradas Oficinas
Fisc. Prédios Públ.
Mun.
Coord.
Pav..
Asfáltica
SMA
Unidade de
Unidade de Unidade de
Recursos
Material Administração
Humanos
Div.
Registro Div.Pessoal Div.Pessoal Div.Seleção e Div.Compras e DIv.Protocolo
Div.Arquivo
Financeiro Celetista Estatutário Treinamento Empenhos Geral
SMHADU
Unidade de Unidade de
Administração Habitação
Divisão de Produção,
Divisão de Registro Comercialização
Fundiários e Administração
de Lotes Urbanos
152
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
SMMA
Unidade de Unidade de
Licenciamento Unidade de
Administração Educação Ambiental
e Arborização
Div. de Div. de
Arborização Projetos e Cursos
153
SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO ESPORTES E LAZER
SMTEL
Div. de Div. de
Div. de Pessoal Promoção de Esporte
Promoção de Turismo
e Material
e Eventos Recreação e Lazer
Figura 19. Estrutura administrativa da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer de Rio Grande.
SMCAS
Unidade de
Coordenadoria dos Unidade de
Cidadania e
Centros comunitários Administração
Ação Social
Div.
Adm. Centro Setor de Div. Div. de Núcleo
Setor De de de
Comunitário Apoio
Financeiro Programas Creches Apoio
Municipal Administrativo
Pedagógico
Adm.Auxiliar
de Centro Setor
Setor
Comunitário Setor de de Núcleo
Setor de Viaturas e de
Municipal Almoxarifado de Apoio
Instalações Creches Pedagógico
e Compras
Figura 20. Estrutura administrativa da Secretaria da Cidadania e Ação Social de Rio Grande.
154
11.2.9 Secretaria Especial do Cassino
SEC
Unidade de
Unidade de
Obras
Administração
e Urbanismo
Div.Praças,
Div.Reg.
Div.Horto Div.Manut. de Jardins Div. Div.
Comerc. Div.
Municipal Máquinas e e Manutenção de Iluminação
dos Terrenos Fiscalização
e Camping Viaturas Limpeza Vias Públicas Pública
de Marinha
Pública
155
indústrias da zona rural, entrosar-se com aquelas que têm vinculação com produtos
oriundos da agricultura e pecuária e preservar e conservar o ambiente natural.
SMAG
Div.Horto
Div.Mercado Div.Central de
Florestal Div.Feiras Livres
Público Hortigranjeiros
Povo Novo
Patrulha Agrícola
156
estruturas de apoio à produção e circulação do pescado a partir do Município. (Lei Nº
6.057, de 11 de fevereiro de 2005)
SMP
Unidade de Aqüicultura
Unidade de Administração
e Pesca
157
SECRETARIA MUNICIPAL DE SERVIÇOS URBANOS
SMSU
Unidade Unidade
Unidade de de
Unidade de Unidade de Unidade Unidade
de Construção Fiscalização
Limpeza Praças e de de
Iluminação e Predial Administração
Pública Jardins Vigilância
Pública Conservação e
de Próprios Territorial
Div.
Div. de
de
Varrição
Coleta
e
de
Capinação
Lixo
SMSTT
Figura 25. Estrutura administrativa da Secretaria de Segurança, Transporte e Trânsito de Rio Grande.
158
11.2.14 Secretaria Municipal de Fazenda
A Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) tem como objetivos fundamentais: orientar a
política financeira e fiscal do Município e executar as atividades à imposição dos
tributos e arrecadação das rendas municipais; controlar o recebimento, guarda,
pagamento e movimentação de dinheiro e outros valores dos cofres municipais;
ministrar controle contábil orientando a contabilidade pública e assessoramento do
Prefeito, quanto a assuntos financeiros ; interpretar a legislação fiscal relacionada com
suas atribuições, baixando atos normativos; proceder a previsão da receita tributária
municipal e promover o acompanhamento e controle do comportamento da
arrecadação em suas variações globais e setoriais , tomando as medidas necessárias
para mantê-las nos níveis previstos na programação financeira do Governo; estudar os
efeitos da política tributária nos setores da produção, da indústria, do comércio e da
prestação de serviços.
SMF
Unidade de
Unidade de Controle Unidade de Rendas Fiscalização
Tributária
Div. Div. de
Div. Div. de Div. de Div. de
Div. de Div. de Imposto Div. de Div. de Fiscalização
de Cadastro Rendas Fiscalização
Contabilidade de Patrimônio Predial e ISSQN Cobranças de
Tesouraria Imobiliário Diversas Auxiliar
Territorial Tributos
SMS
Div. de
Almoxarifado Div.de Div. de Divi. de
Informática Viaturas SAMHOP Investigação
e Compras Fiscalização Farmácia Estatística
Epidemiológica
160
SECRETARIA MUNICIPAL DE COORDENAÇÃO E PLANEJAMENTO
SMCP
Unidade de
Unidade Unidade Unidade Unidade de Controle
Planejamento de Planejamento de Levantamentos Urbanístico
Econômico Urbano Administração Topográficos
Logo, fica claro que existe uma complexa estrutura administrativa e organizacional do
município que favorece ao truncamento das relações através da superposição de
atribuições ou de lacunas de relacionamento institucional e de responsabilização na
execução de tarefas específicas.
O PLAM deve ser construído como um instrumento que possibilite uma distribuição
mais justa e eficiente do manejo dos recursos naturais renováveis e não-renováveis do
município.
161
11.3.2 Papel do Governo Municipal:
- integrar o Programa junto às ações dos mais diversos instrumentos do Plano e ainda
em outros instrumentos preconizados pela política estadual e federal;
- divulgar o PLAM
- aportar recursos;
- por fornecer subsídios técnicos por meio de práticas dos instrumentos previstos pelo
PLAM;
- capacitar.
162
11.3.5 Papel das Organizações Não Governamentais
163
12 - ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PLANO AMBIENTAL
A coordenação das ações do Plano Ambiental Municipal de Rio Grande deve ser
conduzida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente tendo o COMDEMA como
principal orgão de apoio. A responsabilidade de sua execução caberá a diversos atores
públicos e privados que intervém no meio ambiente.
164
XIX – acompanhar a execução dos Planos Ambientais setoriais e sugerir as
providências necessárias ao cumprimento de suas metas;
165
13 - INSTRUMENTOS DE EXECUÇÃO
Os instrumentos que o Plano Ambiental Municipal utiliza para atingir os seus objetivos
são os seguintes:
Programas Ambientais
• Programa de Controle e Licenciamento Ambiental
• Subprograma de Planejamento urbano
• Sistema Municipal de Licenciamento Ambiental
• Sistema Municipal de Saneamento e Qualidade Ambiental
• Sistema Municipal de Monitoramento Ambiental
• Programa de Manejo e Planejamento Ambiental
• Programa de Educação Ambiental
• Subprograma de Educação Ambiental Formal
• Subprograma de Educação Ambiental Não Formal
Zoneamento Ecológico Econômico Municipal – ZEEM
Sistema de Informações Geoambientais – SIGEO
Sistema de Monitoramento Ambiental Municipal - SISMAM;
Relatório de Qualidade Ambiental Municipal - RQAM;
Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e Estudo Prévio de Impacto de
Vizinhança (EPIV).
Os instrumentos previstos demandam dispêndio de recursos por parte do Poder
Público municipal e devem, portanto ser objeto de controle social, garantida a
participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil. Uma
descrição dos programas, subprogramas, projetos e/ou ações é descrito a seguir.
O PLAM é constituído por três programas ambientais que integram todos os projetos
ambientais de longo prazo em desenvolvimento no município, bem como as ações
recomendadas no workshop para construção participativa do PLAM (ANEXO 8). Cabe
à Prefeitura Municipal de Rio Grande, a sua execução, sob a coordenação da SMMA
que estabelecerá os protocolos de cooperação, contratos de serviços e convênios
necessários, com os órgãos públicos e privados para a sua execução. Os recursos
para tal advirão tanto dos orçamentos das secretarias municipais, dos órgãos e
empresas conveniadas, como do Fundo Municipal de Meio Ambiente, entre outras
fontes de financiamento externas.
166
13.1.1 Estrutura Funcional do Plano Ambiental Municipal do Rio Grande
Gestão do
abastecimento SMSU CORSAN
hídrico
Programa
de Controle Gestão de SMSU
e efluentes SMMA CORSAN
Licenciamento Sistema Municipal líquidos
Gestão de SMSU, SMMA, SUPRG,CDL,SENAC,ASCALI
Ambiental de Saneamento e
resíduos SMCP XO, URAB,RECICLADORAS
(PCLA) Qualidade SMSU
sólidos
Ambiental
SMSQA
Gestão de
emissões SMMA CIRG, FEPAM, COMDEMA
aéreas
167
PROGRAMAS SUBPROGRAMAS COORDENAÇAO PROJETOS COORDENAÇÃO ORGANIZAÇÕES
DE PROJETO COLABORADORAS
Monitoramento
Ambiental do
Porto de Rio SUPRG SUPRG, FURG, SMMA
Grande
Monitoramento
da Qualidade
SMMA FEPAM, CIRG
do Ar
Monitoramento
da Qualidade
Sistema Municipal FURG/ SMMA CORSAN
da Água de
de Monitoramento LABGERCO
Consumo
Ambiental
SISMMA
Enquadramen-
SMMA FURG/SEMA
to das Águas
Monitoramento
s das
atividades de
licenciamento SMMA COMDEMA
municipal
Monitoramento
das APPs do
SMMA, SEDAI CIRG
Distrito
Industrial
Monitoramento
do Plano SMCP
SMMA, SMS, SMSU, SMSTT
Diretor
Monitoramento
Museu
Ambiental da Nema
Oceanográfico
Faixa de Praia
Programa de Plano de
Manejo e manejo da Apa
SMMA NEMA, FURG
Planejamento SMMA da Lagoa
Ambiental Verde
(PMPA)
168
PROGRAMAS SUBPROGRAMAS COORDENAÇAO PROJETOS COORDENAÇÃO ORGANIZAÇÕES
DE PROJETO COLABORADORAS
Plano de
manejo das
SMMA/SEC NEMA/FURG
dunas
costeiras
Sistema
Municipal de
Unidades de SMMA NEMA, FURG
Conservação
– SMUC
Plano de
manejo da CONSELHO DA
SMMA, FURG
Ilha dos ILHA
Marinheiros
Projeto Orla COMGEPRO VÁRIOS
Plano de
SEDAI
Manejo das CIRG, FURG, VÁRIOS
COGEAMA/DIRG
Apps do DI
Agenda 21
SMMA/NEMA VÁRIOS
Local
Plano de
manejo
FURG SMP, IBAMA
integrado da
pesca
Programa de
Ocupações SMSU, SMCP,
Educação
irregulares SMHADU, SMMA
Ambiental e
Pequenas SUPRG/SMP
Comunicação
Educação embarcações CIRG/COGEAMA
Social
Ambiental Não SMEC/ SMMA
(PEACS) VÁRIOS
Formal APPs FURG
Fórum da
SMP
Lagoa dos
Patos
169
PROGRAMAS SUBPROGRAMAS COORDENAÇAO PROJETOS COORDENAÇÃO ORGANIZAÇÕES
DE PROJETO COLABORADORAS
Uso de
SMAG VÁRIOS
Agrotóxicos
Patrulha
Ambiental
Mirim
Gerenciamen
to dos
FURG/PPGEA, SMEC,
Resíduos SMMA
SMCAS, SEC,SMSU
Sólidos
(Coleta
Seletiva)
Arborização
Urbana
Objetivo
170
13.1.2.1 Subprograma de Planejamento Urbano
Projetos/ações:
C. Gestão urbana
171
Programa de Educação Ambiental (PEA). A partir deste diagnóstico, será necessário
realizar o planejamento de como ocorrerão a transferência ou a adequação destas
moradias irregulares, sempre se levando em conta aspectos econômicos, sociais e
ambientais. Após o planejamento, ações de manejo poderão ser tomadas para a
regularização destas comunidades. Após a transferência/adequação das comunidades,
é importante que haja fiscalização e monitoramento para controlar/evitar novas
ocupações irregulares e o andamento do processo de manejo, para que novas
ocupações irregulares não se estabilizem ao longo dos anos, o que dificulta o processo
de manejo.
Projetos/ações
172
13.1.2.3 Sistema Municipal de Saneamento e Qualidade Ambiental - SMSQA
Projetos/ações:
174
empresas para ampliar e aperfeiçoar o sistema de monitoramento e manter
rigorosamente os mais elevados padrões de qualidade do ar.
Objetivo
Coordenação/execução: SUPRG
B. Monitoramento da Qualidade do Ar
Coordenação: FEPAM
Coordenação/execução: CORSAN
175
D. Monitoramento do Enquadramento das Águas
Coordenação: SMMA
Coordenação/execução: SMCP
Projetos/ações:
176
C. Projeto Orla
Coordenação/execução: COMGEPRO
Coordenação/execução: SMMA
Coordenação: SUPRG
G. Agenda 21
As seguintes ações deverão ainda ser conduzidas pelo município dentro deste
programa:
177
desenvolvimento do plano final. Caberá ao município a articulação do arranjo
institucional necessário para a sua efetiva implementação.
A educação ambiental deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada,
contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal. Esta não
deve ser implantada apenas como disciplina específica no currículo de ensino.
A dimensão socioambiental tendo como foco o município de Rio Grande deve ser
encorajada nos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas
as disciplinas. Os professores em atividade devem receber formação complementar
em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao
cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
178
13.1.4.1 Educação Ambiental Formal
179
13.1.4.2 Educação Ambiental Não-Formal
VII - o ecoturismo.
182
A B
C D
Figura 28. Áreas de Preservação Ambiental no município: A) Matas nativas; B) Dunas frontais e
interiores; C) Marismas; D) Banhados de água doce.
183
Figura 29: Arroio Bolaxa: Zona de Conservação Ambiental da APA da Lagoa Verde
184
Figura 30. Zonas de desenvolvimento: Campos litorâneos próximos a Barra de Rio Grande.
185
A
Figura 31: Zonas de recuperação Ambiental: A) Margem do Saco da Mangueira (Vila Don Bosquinho); B)
Áreas de florestamentos no interior da Ilha dos Marinheiros; C) Margem do Estuário da Lagoa dos Patos
(Prainha)
186
Os dados gerados pelas organizações públicas e privadas que atuam no Plano
Ambiental no município de Rio Grande serão incorporados ao Sistema de Informações
Geoambientiais.
III – Fornecer subsídios para a elaboração do Plano Diretor, Plano Ambiental Municipal,
Projeto Orla, e o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro.
187
13.6 Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
I – adensamento populacional;
IV – valorização imobiliária;
VI – ventilação e iluminação;
Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para
consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado.
188
14. FUNCIONAMENTO INSTITUCIONAL DO PLAM
Sendo o PLAM um loco de integração de projetos e programas, cada qual com sua
caracteristica própria, se propõe que os programas tenham os seus respectivos
responsáveis (diretores), e que estes possam ser escolhidos de acordo com sua
capacidade e responsabilidade técnica e institucional.
189
14.2 Fluxo Financeiro e operacional
O Plano Ambiental Municipal para ser um instrumento efetivo de gestão deve ter
sustentabilidade financeira para que os diversos projetos e programas possam ser
efetivados ao longo do tempo. Para isso é proposta uma estrutura e um fluxo
financeiro para o PLAM.
190
Quanto ao fluxo operacional de recursos é importante salientar que este processo deve
possuir um rígido critério de duas vias. Sendo estabecido um Fundo Muncipal de Meio
Ambiente e este estar diretamente ligado ao CONDEMA e SMMA deve existir para
cada Programa do PLAM uma estrutura formada por um diretor que deve ser o
responsável pela gerencia dos mais diversos projetos existentes. Este por sua vez
deve relatar periodicamente o estágio de andamento do Programa e dos projetos. Da
mesma forma os responsáveis pelos projetos devem estar diretamente ligados aos
diretores dos Programas e assim por diante.
191
15.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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