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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE IMPERATRIZ


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE AGRONOMIA

GUSTAVO DE ANDRADE BEZERRA


NIEDJA BEZERRA COSTA

Classe Aves

Imperatriz
2010
GUSTAVO DE ANDRADE BEZERRA
NIEDJA BEZERRA COSTA

Classe Aves

Resumo entregue para obtenção de


nota na disciplina de zoologia agrícola
do curso de Agronomia da
Universidade Estadual do Maranhão.
Orientador: Profa. Isabele Batista

Imperatriz
2010
Classe Aves
As aves são vertebrados de sangue quente, com apenas um côndilo no crânio;
um único osso no ouvido médio; membros anteriores basicamente modificados para o
vôo; corpo coberto de penas. As aves são chamadas de endotérmicos porque produzem
seu próprio calor. Além disso, são chamados de homeotérmicos, porque podem manter
a temperatura de seus corpos razoavelmente alta, ainda que constante. Os ossos das aves
são muito leves, principalmente, nas espécies que voam. As aves modernas não
possuem dentes.

O sistema muscular das aves difere em muitos aspectos do sistema muscular da


maioria dos vertebrados terrestres. O músculo da mandíbula e do pescoço exibem
muitas especializações, associadas a hábitos alimentares, uso do bico e mobilidade do
pescoço. Os músculos abdominais também são poucos desenvolvidos. O grande peitoral
isoladamente pode representar até um quinto do peso total de uma ave.

O aparelho circulatório das aves possui uma separação completa entre sangue
venoso e o arterial. Além disso, o coração tem quatro câmaras. Os eritrócitos das aves
são nucleados.

O aparelho digestivo apresenta muitas modificações, como à ausência de dentes


nas aves. Nas aves granívoras e carnívoras, existe uma porção do esôfago em forma de
saco, chamado de papo, que se destina ao armazenamento temporário de alimentos. O
estômago das aves é formado por uma porção glandular anterior, chamada
proventrículo, que secreta os sucos gástricos, e uma câmara posterior, muscular e com
paredes espessas, chamada moela.

O aparelho respiratório das aves é muito eficiente e mais complexo do que em


outros vertebrados de respiração aérea. Os pulmões são pequenos e incapazes de grande
expansão. Entretanto, os pulmões das aves são ligados a 9 sacos aéreos, situados em
várias partes do corpo. Os sacos aéreos não são revestidos de epitélio respiratório e
servem de reservatório.

O cérebro das aves é grande e recobre o diencéfalo e os lobos ópticos.

Os olhos das aves são extremamente desenvolvidos e proporcionalmente grandes


em relação ao tamanho do corpo. Um das características raras dos olhos das aves é a
presença de uma estrutura parecida com um leque, chamado pente, que se estende até a
câmara posterior, a partir do ponto de emergência do nervo óptico, na retina.

Na maioria das aves, falta o ouvido externo. Existe apenas um osso no ouvido
médio, a columela, que transmite as vibrações da membrana timpânica para o ouvido
interno.

As penas são estruturas especializadas, restritas aos membros da classe das


aves., filogeneticamente, pensa-se que elas tenham surgido das mesmas estruturas
epidérmicas que deram origem às escamas dos répteis. A coloração das penas pode ser
dada por grânulos de pigmento, por difração e reflexão da luz, como resultado da
estrutura das penas, ou por ambos. As penas servem para o aquecimento, proteção,
flutuação e vôo.

As penas, uma vez formada, são estruturas mortais e estão sujeitas à deterioração
constante, como resultado da oxidação e abrasão.

O bico de uma ave é uma modificação curiosa das maxilas inferior e superior e é
utilizado para muitos fins, que incluem, entre outros, a busca de alimentos, defesa,
construção do ninho e alisamento das penas. O formato do fico reflete os hábitos das
espécies. Nas espécies granívoras, tais como nos tentilhões, o bico, geralmente, é forte e
cônico e afila-se bruscamente. Isso facilita não só apanhar o alimento, como também o
descascar das sementes.

As unhas nas aves mostram certa variação nos diferentes grupos. Na maioria das
aves, elas tendem a ser lateralmente comprimidas, curvas e pontudas, o que é muito bem
ilustrado pelas unhas da maioria das aves que se empoleiram.

Classificação:

- Subclasse Archeornithes (aves ancestrais)

Aves extintas com dentes em ambas as maxilas, causa longa com penas, três
dedos com garras nos membros anteriores, vértebras separadas do sacro e anficélicas.

- Subclasse Neornithes (aves verdadeiras)

Aves viventes e extintas, com o esterno bem desenvolvido, em geral com uma
quilha, cauda alongada, vértebras anficélicas ou heterocélicas.

Ordens de importância agrícola:

- Ordem Falconiformes (aves de rapina diurnas)

São carnívoras; bico curvo na extremidade, com ceroma nu onde as narinas se


abrem; pés potentes, sendo que o polegar é oponível.

- Ordem Strigiformes (corujas)

Aves predadoras noturnas; cabeça grande, bico curvo na extremidade com


ceroma; olhos dirigidos para frente; plumagem frouxa e críptica; com vários tons de
marrom; cinza e branco; pés com garras; artelho externo reversível.

- Ordem Passeriformes (passarinhos)

Forma do bico variável; asas variando de curta e arredondada a muito longa e


pontuda; a cauda varia de curta a muito longa; 4 artelhos funcionais, no mesmo plano,
nunca reversíveis, nem unidos por palmouras.
Relação das aves com a agricultura

Muitas aves consomem insetos e sementes de plantas daninhas, sendo um dos


agentes de redução de tais organismos. Certas aves as vezes, danificam plantações
comendo sementes, plantas jovens, frutos, ou sendo dispersores de sementes de ervas
daninhas. As monoculturas, introduzidas pelo homem, favorecem o crescimento
explosivo de aves, como o estorninho.

O pássaro preto constrói seu ninho em forma de uma tigela funda, que é
intrelaçada ao redor do colmo do arroz. O macho adulto apresenta cor castanha escura
na coroa, garganta e peito. As fêmeas e machos possuem coloração marrom oliváceo.
Atacam lavouras de arroz.

O vira-bosta consome os grãos de arroz depositados na superfície do solo ou


parcialmente enterrados e arranca com facilidade as plântulas recém emergidas, cujas
raízes estão a menos de 2 cm de profundidade e come o endosperma daquela semente,
causando a morte da plântula, causando a redução parcial ou total do “stand”
dependendo da quantidade de aves ocorrentes na área e aumentando os custos da
lavoura, com nova semeadura e cobertura de sementes.

Métodos de controle:

O controle de aves prejudiciais é muito delicado e complexo, pois qualquer


medida tomada de forma errônea ou equivocada pode causar impactos desastrosos ao
meio ambiente. Além disso, deve-ser sempre solicitar o parecer do IBAMA
anteriormente a prática do controle, e observar as questões legais.

- Para caturritas: caça com armas de fogo;

- Para pombos: realização de colheita antecipadas; caça com armas de fogo;

- Para pássaros: utilizar dispositivos que produzem ruídos; controle com armas
de fogo.

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