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“E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles” (Êx 25:8). Era propósito de
Deus estar perto do seu povo, e por isso Ele pediu para que Moisés construísse o tabernáculo no deserto, o local
de Sua habitação. O santuário também tinha o propósito de ensinar ao povo de Israel acerca da redenção. O
tema do santuário está em toda a Bíblia. Quando vamos até o Pentateuco encontramos 45 capítulos sobre o
santuário. Nos profetas, encontramos mais 45 e nos Salmos encontramos 150 versos específicos sobre o
santuário. No NT encontramos muito também, pois em João encontramos Jesus cumprindo as festividades. No
Apocalipse, encontramos sete partes sendo que cada uma inicia com algo do santuário. Nos escritos de Paulo e
Pedro, também encontramos o santuário. Jesus é o cordeiro, o sacerdote, a oferta, o propiciatório, a bacia da
purificação, etc... Jesus é a concretização de todo o santuário. Portanto, é seguro dizer que na Bíblia temos mais
sobre o santuário do que de qualquer outra coisa.
Devemos entender que a vida religiosa do povo de Israel girava em torno do santuário, referências
ao sistema ritual permeiam todas as Escrituras. Várias passagens da Bíblia só podem ser totalmente
compreendidas a menos que tenhamos algum conhecimento do santuário e suas cerimônias tipológicas.
Esse tema ganha ainda mais importância quando aprendemos que existe um santuário no céu e
que Jesus está lá neste momento como sumo sacerdote, intercedendo por nós (Hb 8:1,2).
VEJA!
COMO ERA O SANTUÁRIO
O tabernáculo construído por Moisés foi depois substituído pelo templo de Salomão, depois pelo templo de
Zorobabel e por último pelo templo de Herodes, porém ele sempre possuía 3 partes: o pátio, o lugar Santo e
o lugar Santíssimo. E em cada parte tinham os respectivos objetos, como mostrados na figura abaixo:
PORTA DA VIDA
(lugar do véu) PORTA DO CAMINHO
NORTE
ALTAR DE
MESA DOS PÃES
INCENSO
BACIA DE
BRONZE
LESTE
OESTE
SANTO DOS SANTO LUGAR
SANTOS (ou átrio interior)
ALTAR DE
HOLOCAUSTOS
ARCA DO CANDELABRO
TESTEMUNHO
SUL
PORTA DA VERDADE
COBERTURAS
O santuário possuía 4 tipos de coberturas, cada um com o seu significado, na seguinte ordem, de fora para
dentro:
Peles de texugo: Representa Jesus cobrindo Sua divindade com a humanidade.
Peles de carneiro tintas de vermelho: Representa o sangue de Jesus.
Peles de cabra: Representa a perfeição de Jesus e a pureza.
Linho fino torcido de azul, púrpura e carmesim com querubins bordados: Representa a realeza, pureza e
obediência de Jesus.
OS SACRIFÍCIOS
No ritual do santuário aconteciam vários tipos de ofertas. Existiam as
ofertas queimadas (Lv 1), as ofertas pacíficas (Lv 3), as ofertas pelo
pecado e pela culpa (Lv 4-6) e ofertas de manjares (Lv 2).
Porém, existia uma oferta que era diária. Todos os dias, por duas vezes, de
manhã e a tarde o sacerdote sacrificava um cordeiro. O sacrifício da manhã
remia os pecados cometidos pelo povo durante a noite e o sacrifício da
tarde remia os pecados cometidos pelo povo durante o dia.
Os animais que podiam ser sacrificados eram o Cordeiro Macho (Ex 12:5);
Novilho (Nm 8:8); Ovelha (Lv 5:6); Pombinha ou rolinha (Lv 12:6); Cabrito
(Ex 12:5); Boi (Lv 4:10); Cabra (Lv 4:27-35); Bode (Nm 29:5); Aves (Lv
14:1-32); Novilha Ruiva (Nm 19:2); Novilha que nunca trabalhou (Dt 21:1-
9); Cordeiro (Lv 14:10); Bezerro (Nm 29:8); Cordeira (Lv 14:10).
OS SACERDOTES
Tão importante quanto à estrutura do Santuário é o tema do sacerdócio.
Todo o sistema de culto centralizado no Santuário está baseado no
princípio que o homem pecador não pode viver por si só perante um Deus santo. Da mesma forma o pecado
impede que o homem se aproxime de Deus livremente. Precisa de um representante, um mediador, um
intercessor. Os sacerdotes deviam ter uma especial consagração a Deus e cumprir com as formalidades do
culto. Os sacerdotes eram da tribo de Levi, pois essa tribo não se curvou ao bezerro de ouro construído por Arão
no deserto.
As vestimentas seriam “para honra” a fim de elevar a função sacerdotal aos olhos do povo, para que
considerassem as ministrações sacerdotais com maior reverência. Esta vestimenta sacerdotal também serviria
para distinguir entre os sacerdotes. Além disso, as vestimentas deviam ser um recordativo permanente para os
próprios sacerdotes de sua santa posição e das exigências que esta os impunha de viver uma vida consagrada.
1Cr 4:1. Abaixo segue uma imagem das vestes do sacerdote e do sumo sacerdote.
AS CORES
O santuário era repleto de cores. Desde as suas coberturas, até nas cortinas, pilastras, objetos e nas vestes
sacerdotais. Cada uma delas tem uma representação:
Vermelho: o sangue de Cristo (Hebreus 9:11 e 12)
Azul: Obediência (Números 15:38 e 39)
Púrpura: Realeza (Marcos 15:16-18)
Branco: pureza, retidão (Apocalipse 19:8)
SACERDOTE
Área de Atuação: Pátio e Lugar Santo
Sua roupa: uma túnica branca, um turbante e
um cinto.
Lições espirituais:
Ap 1:6 "e nos fez reis e sacerdotes para Deus e
seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre.
Amém!"
Ap 5:10 “e para o nosso Deus os fizeste reis e
sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.”
Ap 20:6 "Bem-aventurado e santo aquele que
tem parte na primeira ressurreição; sobre estes
não tem poder a segunda morte, mas serão
sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com
ele mil anos.
SUMO SACERDOTE
Área de Atuação: Lugar Santíssimo
Sua roupa: Um peitoral, uma estola sacerdotal,
uma sobrepeliz, uma túnica bordada, uma mitra
e um cinto.
Ligação Espiritual: Cristo é nosso sumo
sacerdote Hb 4:14-15; 8:1-2.
CRISTO E O SANTUÁRIO
No ministério de Cristo na terra, podemos encontrar uma incrível relação com o santuário. Na primeira parte ele
seria um sacrifício perfeito na terra, na segunda Ele seria o intercessor da humanidade.
O tabernáculo é o local onde a presença de Deus está. A porta que dá acesso é a única maneira por onde o
pecador poderia chegar lá, pode apontar ou significar Cristo, pois o mesmo é a única “porta” de entrada que dá
acesso a Deus.
O pátio simboliza a terra. Se o cordeiro morria no pátio, e se o verdadeiro cordeiro que é Cristo morreu na terra,
então a terra é o pátio do santuário celestial.
A pia é o símbolo do batismo. Nesta fase, Cristo chega ao rio Jordão pra ser batizado por João Batista,
ensinando a grande lição de que por esta fase todos deveriam passar para serem aceitos como cristãos,
mediante arrependimento.
Nesta fase Cristo revela-se a humanidade como a luz do mundo e como pão da vida. Aquele que iluminaria os
caminhos dos homens e seria o verdadeiro alimento para eles. Mostra ser o único meio de salvação.
O altar de incenso, símbolo das orações. Cristo viveu uma vida de oração, dando exemplo de dependência total
de seu Pai, pela manhã, a tarde e de madrugada estava ele a orar incessantemente por forças. Outra lição é que
em seu ministério Jesus vive sempre para interceder por nós.
O véu, separa o homem de Deus. Feito de linho branco, azul, púrpura, e escarlata, da mesma maneira que as
cortinas decoradas que cercavam o Santo dos Santos. O véu nunca poderia ser tocado, exceto pelo sumo
sacerdote. O véu ensina-nos sobre Jesus Cristo. Em Hebreus diz que nós podemos entrar confiadamente no
Santo dos Santos, pelo sangue de Cristo, “pelo véu”.
Já na segunda fase, onde encontramos a arca da aliança no lugar santíssimo, aprendemos uma bela lição,
Cristo é nosso mediador, nosso advogado, o sumo sacerdote e será nosso juiz. É ele que intercede por nós,
Autor: PR. THIAGO ALVES – pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Petrolina-PE
REFERÊNCIAS:
SILVA. Rodney Martins, O Santuário, Centro de nossa esperança. Uberlândia, outubro de 2010.
http://santuariocerimonias.blogspot.com.br/2011/08/mesa-dos-paes.html, acessado em: 14 de maio de 15 às
14:30.
http://santuariocerimonias.blogspot.com.br/2009/07/o-servico-no-santuario.html, acessado em: 14 de maio de 15
às 14:40.