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Portuguesa
Texto de
divulgação
científica
1ª Série
Aula 3 – 4º Bimestre
Conteúdo Objetivos
● Gênero texto de divulgação ● Analisar e compreender textos
científica; de divulgação científica;
● Marcadores discursivos. ● Identificar a organização e a
hierarquia das informações em
textos de divulgação científica;
● Reconhecer a função dos
marcadores discursivos em
textos escritos.
Para começar Técnica LEMOV:
Vire-se e converse
O que seriam textos de
divulgação científica? Será que
há relação entre eles e as obras
de ficção científica?
Troque as suas impressões
sobre isso com o seu colega.
Foco no conteúdo
Texto de divulgação
científica
Os textos de divulgação científica são utilizados para compartilhar
informações de cunho científico. São elaborados geralmente por
pesquisadores e por professores com a intenção de divulgar
informações a pessoas (público leitor) que, em grande parte,
desconhecem o tema. Apresentam dados, informações, teorias,
conceitos, metodologias científicas, com forma de pesquisas,
estudos teóricos, resultados investigativos etc. sobre um
determinado assunto. Os suportes de divulgação são revistas,
blogs, vlogs e páginas de sites voltados à divulgação científica.
Foco no conteúdo
A linguagem desse gênero deve ser explicativa, acessível e ampla.
É necessário que a escrita seja clara, objetiva e impessoal, atenda à
norma-padrão, esteja na 3ª pessoa e tenha, predominantemente,
verbos no tempo presente do indicativo. Os recursos utilizados, na
maioria das vezes, podem ser ilustrações, fotos, infográficos, dados
estatísticos, relações de causa e efeito, entre outros. A estrutura
específica é aquela tipicamente usada em textos argumentativos e
expositivos, composta por: introdução, desenvolvimento e
conclusão.
Currículo em Ação – Linguagens e suas Tecnologias. Volume 2 – Parte 2. 1ª série. São
Paulo, 2022.
Foco no conteúdo
POR QUE OS
SUBMARINOS AFUNDAM?
Leandro Mendes & Mary Jacomine
A palavra submarino, originalmente, significava sob o mar.
Algumas empresas que realizavam montagens “sob o mar”
(submarinas) denominavam essas tarefas de engenharia submarina.
Dessa forma, uma designação referente a um navio submersível
surgiu para reduzir o termo “barco submarino”, e obras literárias
clássicas, como a do autor Júlio Verne, “Vinte Mil Léguas
Submarinas”, acabaram utilizando essa denominação. Porém, a
pergunta que vem a calhar é: Por que o submarino afunda?
Foco no conteúdo
Segundo dados publicados na revista especializada Science Sea, em
março de 2021, referente à pesquisa realizada pelo oceanógrafo e
pesquisador holandês Cordelius Freebel, do Instituto Holandês de
Oceanografia (IHO), o submarino, uma embarcação especializada
para operações submersas, foi usado pela primeira vez na Primeira
Guerra Mundial, com a finalidade científica, não somente em águas
doces, mas também no mar, a fim de operar em profundidades
consideradas impossíveis para seres humanos mergulhadores
alcançarem. Essa embarcação submersível tem reservatórios entre as
partes interna e externa do casco. Para que ele afunde, esses
reservatórios devem ser preenchidos com a própria água do mar, de
maneira controlada, até ajustar o peso para o valor desejado.
Foco no conteúdo
E, para que ele volte a flutuar, é necessário expulsar a água de seus
tanques para deixá-lo mais leve, e fazer com que o empuxo (força
que empurra, que atua como elemento de impulsão) se torne maior
do que o seu peso. O raciocínio é simples. É assim desde a criação
dos primeiros modelos, no século XVII, porém com um adendo: tais
modelos desciam no máximo 5 metros, e não tinham os tanques de
ar. Dessa maneira, a cabine do piloto precisava ser inundada até os
seus joelhos para a submersão acontecer. E tudo isso impulsionado
no braço, pois, na época, o motor a vapor consumia todo o ar
disponível para a tripulação.
Foco no conteúdo
Esse conjunto teve evolução no século XIX, quando chegaram os
motores elétricos. Entretanto, surgiu um novo inconveniente: o
submarino precisava submergir toda hora para recarregar as
baterias. Essa obrigação só foi sanada na década de 1950, com a
chegada dos submarinos nucleares, que são movidos por reatores,
e podem ficar mergulhados por tempo indeterminado. A velocidade
e a profundidade também aumentaram bastante. Os modelos
nucleares alcançam 78 km/h, contra os 18 km/h dos elétricos, que
só chegavam a 260 metros de profundidade, enquanto os nucleares
atingem 850 metros.
Texto cedido pelos autores para uso neste material.
Na prática
1 – Qual parágrafo traz a informação que responde à
pergunta do título?
2 – Os parágrafos apresentam diversas informações
científicas. Como podemos saber, ao longo do texto, que
essas informações são confiáveis?
Na prática Correção
1 – Qual parágrafo traz a informação que responde à
pergunta do título?
Terceiro parágrafo: “Esta embarcação submersível tem
reservatórios entre as partes interna e externa do casco. Para
que ele afunde, esses reservatórios devem ser preenchidos
com a própria água do mar, de maneira controlada, até
ajustar o peso para o valor desejado. E para que ele volte a
flutuar, é necessário expulsar a água de seus tanques para
deixá-lo mais leve, e fazer com que o empuxo (força que
empurra, que atua como elemento de impulsão) se torne
maior do que o seu peso. O raciocínio é simples.”
Na prática Correção
2 - Os parágrafos apresentam diversas informações
científicas. Como podemos saber, ao longo do texto, que
essas informações são confiáveis?
A citação da revista especializada e do pesquisador holandês,
presentes no segundo parágrafo, valem como respaldo
científico: “Segundo dados publicados na revista
especializada Science Sea, em março de 2021, referente à
pesquisa realizada pelo oceanógrafo e pesquisador holandês
Cordelius Freebel, do Instituto Holandês de Oceanografia
(IHO)”. Lembrando que sempre cabe conferir se a publicação
citada de fato existe e se é confiável, para evitar cair em fake
news.
Na prática
3 – Leia o trecho a seguir, um recorte do primeiro parágrafo
do texto, para responder ao que se pede:
(...) Dessa forma, uma designação referente a um navio
submersível surgiu para reduzir o termo barco submarino, e obras
literárias clássicas, como a do autor Júlio Verne, “Vinte Mil Léguas
Submarinas”, acabaram utilizando essa denominação.(...)
a) A expressão em negrito apresenta sentido de adição, de
conclusão ou de consequência de uma ideia?
b) O marcador discursivo em destaque se relaciona com uma
palavra ou com todo o parágrafo anterior? Justifique a sua
resposta.
Na prática Correção
3–
a) A expressão em negrito apresenta sentido de adição, de
conclusão ou de consequência de uma ideia?
O primeiro parágrafo traz uma introdução. Ou seja, uma
apresentação do assunto a ser tratado. O termo “dessa forma”
se refere à consequência de uma ideia.
b) O marcador discursivo em destaque se relaciona com uma
palavra ou com todo o parágrafo anterior? Justifique a sua
resposta.
A expressão tem relação com todo o parágrafo anterior, pois
serve para retomar e auxiliar na explicação da origem da
nomenclatura “submarino”, tema tratado ao longo do texto.
Técnicas LEMOV:
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