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Elementos de Máquinas II

Molas

Prof. Dr. William Maluf 1


1. Perspectiva histórica

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Arco e flecha

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Pinça de bronze

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Catapulta

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Mola de relógio

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Suspensão de veículos: século 16

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Suspensão de veículos: século 18

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Suspensão de veículos: século 19

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Suspensão de veículos: atual

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2. Definições iniciais

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Definições iniciais
• As molas são elementos empregados na absorção de energia potencial elástica,
oriunda de deformação mecânica.

• Quando solicitadas a partir de sua posição de repouso, exercem solicitação


oposta aproximadamente proporcional à sua mudança de comprimento. Essa
aproximação não funciona para grandes deflexões.

• As molas são classificadas em função da carga aplicada (compressão/tração,


torção, flexão) e/ou do seu formato.

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Definições iniciais
• As molas, idealmente, devem ser confeccionadas com material que tenha alto limite de
escoamento e elevada resiliência (capacidade de absorver energia elástica).
• As molas que são solicitadas dinamicamente devem ter elevada resistência à fadiga. Em
algumas aplicações deve-se analisar a necessidade de possuir resistência à corrosão.
Deformação plástica
s
Limite de resistência
Fratura
Limite de escoamento

b
𝑏 Módulo de elasticidade (Young)
𝑎a 𝑏
𝐸=
resiliência 𝑎
e
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Constante de rigidez (K) da mola

Força aplicada
𝐹
𝐾=
𝛿 Deflexão

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Combinações de molas

Série Paralelo

1 1 1 1
= + + ⋯+ 𝐾𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐾1 + 𝐾2 + ⋯ + 𝐾𝑛
𝐾𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐾1 𝐾2 𝐾𝑛

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Materiais para confecção de molas
• Alta resistência à tração
• Alto limite de resistência ao escoamento
• Baixo módulo de elasticidade
• Elevada resistência à fadiga
• Superior resistência à corrosão

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Materiais para confecção de molas
• Aços de médio a alto conteúdo de carbono

• Aços-liga

• Ligas de cobre berílio e bronze fósforo

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Tratamentos térmicos em materiais de molas
• Endurecidos para aumentar a resistência

• Pequenas seções são encruadas em um processo de repuxamento a frio

• Seções grandes sofrem geralmente tratamento térmico

• Tratamentos térmicos de baixa temperatura para aliviar tensões residuais e estabilizar


dimensões

• Têmpera à alta temperatura seguida de revenimento é utilizada para endurecer grandes molas
que devem ser conformadas na condição recozida https://youtu.be/99KNCCIiMQI

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Tabela de materiais para fios de mola
No ASTM Material No SAE Descrição

A227 Fio repuxado 1066 Fio de mola mais barato e de uso mais geral. Adequado para carregamento, porém inadequado para carga
a frio (encruado) de fadiga ou impacto. O intervalo de temperaturas vai de 0 a 120°C (250°F).
A228 Fio musical 1085 Material mais tenaz e de uso mais generalizado para molas de pequenas espiras. Resistência mais alta de
tração e fadiga de todos os fios musicais. Intervalo de temperaturas de 0 a 120 °C (250°F).
A229 Fio revenido em 1065 Aço de uso geral para molas. Menos custoso e disponível em tamanhos maiores que os fios musicais.
óleo Adequados para carga estática, mas inadequados para carga de fadiga ou impacto. Intervalo de temperatura
de 0°C a 180°C (350°F).
A230 Fio revenido em 1070 Qualidade de mola para válvula – adequado para carga de fadiga.
óleo
A232 Cromo vanádio 6150 Liga mais popular de aço para mola. Qualidade de mola para válvula – adequada para carga de fadiga.
Também boa para cargas de choque e impacto. Para temperaturas até 220°C (425°F). Disponível na forma
recozido e pré-revenido. Qualidade de mola para válvula – adequado para carga de fadiga.
A313(302) Aço inoxidável 30302 Adequado para aplicações de fadiga.

A401 Cromo silício 9254 Qualidade de mola de válvula – adequado para carregamento de fadiga. Segunda resistência mais alta para
fio musical e tem resistência mais elevada à temperatura máxima de até 220°C (425°F).
B134, 260 Latão de mola CA-260 Baixa resistência – boa resistência à corrosão.

B159 Fósforo bronze CA-510 Resistência mais alta que a do latão – melhor resistência à fadiga – boa resistência à corrosão. Não pode ser
tratado termicamente ou dobrado ao longo dos grãos.
B197 Berílio cobre CA-172 Resistência à corrosão. Resistência maior que a do latão – melhor resistência à fadiga – boa resistência à
corrosão. Pode ser tratado termicamente ou dobrado ao longo dos grãos.
- Inconel
Elementos X-750
de Máquinas II - Prof. Dr. William Maluf Resistência à corrosão. 19
Custos de materiais para fios de mola

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3. Tipos de molas e aplicações

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Tipos de molas
Molas helicoidais de
compressão

Molas helicoidais Molas de barra de Molas de torção


de extensão extensão

Molas arruela ou de prato

Molas de Molas de
Molas de Mola de força
voluta potência ou
viga constante
motor

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4. Curva característica das molas
helicoidais de compressão

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Geometria de molas helicoidais de compressão
• Diâmetros [mm] • f: folga diametral mínima [mm]
d: arame ou fio • 𝑓 = 0,10 ∙ 𝐷 para D<13 mm
D: médio da espira • 𝑓 = 0,05 ∙ 𝐷 para D>13 mm d
De: externo da espira
Di: interno da espira • λ: ângulo de hélice [º] l
H P
• P: passo de espiras [mm] 𝑃 = 𝜋 ∙ 𝐷 ∙ tan 𝜆 = 𝑒 + 𝑑
e
• e: espaçamento ou folga entre espiras [mm]
• Nt: número total de espiras
• Na: número de espiras ativas 𝑁𝑎 = 𝑁𝑡 − 𝛽
Di
• H: altura livre em repouso [mm] 𝐻 = 𝑃 ∙ 𝑁𝑎 + 𝛼 ∙ 𝑑 𝐷𝑖 = 𝐷 − 𝑑
• hsólida: altura sólida [mm] ℎ𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑎 = 𝑑 ∙ 𝑁𝑎 + 𝛼 ∙ 𝑑 D
De 𝐷𝑒 = 𝐷 + 𝑑
• hinterf: altura de interferência [mm] ℎ𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓 = ℎ𝑓 − ℎ𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑎
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Geometria de molas helicoidais de compressão
Pino no qual a mola está instalada 𝑝𝑖𝑛𝑜𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = 𝐷𝑖 − 𝑓

Furo no qual a mola


está instalada 𝑓𝑢𝑟𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 = 𝐷𝑒 + 𝑓

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Tipos de extremidades de molas helicoidais
𝑁𝑎 = 𝑁𝑡 − 𝛽
Simples Em esquadro
Simples Em esquadro
esmerilhada e esmerilhada

𝛼=1 𝛼=0 𝛼=3 𝛼=2


𝛽=0 𝛽=1 𝛽=2 𝛽=2

𝑁𝑎 = 𝑁𝑡 𝑁𝑎 = 𝑁𝑡 − 1 𝑁𝑎 = 𝑁𝑡 − 2 𝑁𝑎 = 𝑁𝑡 − 2
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Flambagem de molas helicoidais de compressão
0,75
𝐻
𝛿

0,70
Relação entre deflexão total e altura livre

0,65
0,60
0,55 Instável
0,50
0,45
0,40
0,35
0,30
0,25 c 𝐹 8∙𝐶 3 ∙𝑁𝑎
b
• Deflexão: 𝛿 = = ∙𝐹
0,20 𝐾 𝐺∙𝑑
0,15 Estável Legenda
0,10 • G: módulo de elasticidade transversal
0,05 • Na: número de espiras ativas
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 𝐻 • C: índice de mola
Relação entre altura livre e diâmetro médio
𝐷
• F: força de compressão aplicada

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Operação de molas helicoidais de compressão
Situação segura: hf > hsólida Situação
Fi indesejada
hf = hsólida
di Ff
df Fsólida
dsólida
H hi
hf
hsólida
Mola livre Pré-carga ou Carga final
carga inicial ℎ𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓 = ℎ𝑓 − ℎ𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑎

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Operação de molas helicoidais de compressão
Recomendação: o valor mínimo de altura
D de interferência seja de pelo menos 10-
15% do curso útil de trabalho (du).
d Fsólida
0,10 ∙ 𝛿𝑢
𝑜𝑢 ≤ ℎ𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓
0,15 ∙ 𝛿𝑢
H
𝛿𝑢 = 𝛿𝑓 − 𝛿𝑖
hsólida
P
𝐻 = ℎ𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑎 + ℎ𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓 + 𝛿𝑢 + 𝛿𝑖

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Índice de mola

𝐷
𝐶=
𝑑

Recomendação: 4 ≤ 𝐶 ≤ 12

• C < 4: dificulta a fabricação

• C > 12: suscetível à flambagem

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Cálculo da rigidez da mola helicoidal
Na região elástica, a deformação/deflexão d da F Diagrama de carga x tempo Legenda
mola guarda relação linear com a carga F Ff Fxt F: força na mola
F [N] Diagrama de carga x deflexão Fi: força inicial
Fxd Ff: força final
Ff Fi+1 di: deflexão inicial
df: deflexão final
𝑡𝑎𝑛 𝛼 = 𝐾 Fi du: curso útil
Fi Rigidez da mola 0 ti ti+1 tf t

a titi+1
f
0 di df d [mm]
du

𝐹𝑓 𝐹𝑖 𝐹𝑓 − 𝐹𝑖 𝐹𝑓 − 𝐹𝑖
𝑡𝑎𝑛 𝛼 = = = = =𝐾
𝛿𝑓 𝛿𝑖 𝛿𝑓 − 𝛿𝑖 𝛿𝑢

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Cálculo da rigidez da mola de torção
Na região elástica, a distorção angular q da T Diagrama de carga x tempo Legenda
mola guarda relação linear com o torque T Txt
Tf T: torque na mola
T [Nmm] Ti: torque inicial
Diagrama de torque x distorção Tf: torque final
Tf Txq Ti+1 qi: distorção inicial
Ti qf: distorção final
𝑡𝑎𝑛 𝛼 = 𝐾
qu: curso útil
Ti Rigidez da mola 0 ti ti+1 tf t

a
0 qi qf q [rad]
qu

𝑇𝑓 𝑇𝑖 𝑇𝑓 − 𝑇𝑖 𝑇𝑓 − 𝑇𝑖
𝑡𝑎𝑛 𝛼 = = = = =𝐾
𝜃𝑓 𝜃𝑖 𝜃𝑓 − 𝜃𝑖 𝜃𝑢

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Trabalho de molejo A [Nmm]
Cargas estáticas: A▲
A energia absorvida na região elástica (U) ou
Cargas dinâmicas: A▄
trabalho de molejo (A) são calculados pela
área sob o gráfico
F ou T Diagrama de esforço x deflexão

Ff
𝑭∙𝜹
𝑼=𝑨=
𝟐
Fi
a
Car buffer
0 di d df d ou q
u Spring buffer

𝐹 𝑇 Elevator buffer
𝑡𝑎𝑛 𝛼 = 𝐾 = =
𝛿 𝜃
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Cálculo da rigidez da mola helicoidal
• 2º teorema de Castigliano aplicado à mola helicoidal de compressão, considerando apenas T:
𝜕𝑇 𝐿 𝜋𝐷𝑁𝑎 𝐷 𝐷 𝐷 𝐷
𝜕𝑈 𝑇 𝐹 ∙ ∙ 𝐹 ∙ ∙ 8 ∙ 𝐶 3∙ 𝑁
𝜕𝐹 2 2 2 2 𝑎
𝛿= =න 𝑑𝑥 = න 4 𝑑𝑥 = 𝜋 ∙ 𝐷 ∙ 𝑁𝑎 ∙ 4 = ∙𝐹
𝜕𝐹 𝐽𝐺 𝜋 ∙ 𝑑 𝜋 ∙ 𝑑 𝐺∙𝑑
0 0 ∙ 𝐺 ∙ 𝐺
32 32
Parafuso do grampo
𝐹 𝐺∙𝑑
• Rigidez: 𝐾 = =
𝛿 8∙𝐶 3 ∙𝑁𝑎
Arruela esférica Grampo
𝐹 8∙𝐶 3 ∙𝑁𝑎 Fenda
• Deflexão: 𝛿 = = ∙𝐹
𝐾 𝐺∙𝑑
Legenda Peça a ser Sulco
• G: módulo de elasticidade transversal fixada Mola
• Na: número de espiras ativas Pino

• C: índice de mola
• F: força de compressão aplicada

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Frequência natural da mola helicoidal de compressão
𝑁
𝛾𝑎ç𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑜 = 78,5 ∙ 10−6
𝜔𝑛 1 𝑘 1 𝑔∙𝐺 𝑚𝑚3
𝑓𝑛 = = ∙ = ∙
2∙𝜋 2∙𝜋 𝑚 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝐶 ∙ 𝐷 ∙ 𝑁𝑎 2∙𝛾
Preferencialmente, a frequência natural da mola deve ser maior que cerca de
13 vezes a frequência de qualquer esforço aplicado
Legenda
• fn: frequência natural [Hz]
• G: módulo de elasticidade transversal [MPa]
• g: aceleração da gravidade [mm/s2]
• Na: número de espiras ativas
• Nt: número total de espiras
• C: índice de mola
𝜋 2 ∙ 𝑑2 ∙ 𝐷 ∙ 𝑁𝑡 ∙ 𝜌
• D: diâmetro da mola [mm] 𝑚𝑡 =
• g: peso específico do material da mola 4
• r: densidade do material da mola −6
𝑘𝑔
𝜌𝑎ç𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑜 = 7,85 ∙ 10
• mt: massa total da mola [kg] 𝑚𝑚3

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5. Critério estático para molas
helicoidais de compressão

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ME6520 / NM8520 / ME8520
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Critério estático de molas helicoidais de compressão
Tensão de cisalhamento atuante ≤ Tensão de cisalhamento admissível

8∙𝐹∙𝐶 𝜏𝑒
𝐾𝑆 ∙ 2

𝜋∙𝑑 𝑛𝑚𝑒𝑐
1
Fator de concentração de tensão estático: 𝐾𝑆 = 1 +
2∙𝐶

Solicitações nmec ASTM A227: 𝜏𝑒 = 1174,7 ∙ 𝑑 −0,1822


Leves nmec > 1,50 ASTM A228: 𝜏𝑒 = 1442,8 ∙ 𝑑−0,1625
Médias nmec > 1,75 ASTM A229: 𝜏𝑒 = 1226,9 ∙ 𝑑 −0,1833
Severas nmec > 2,75 ASTM A232: 𝜏𝑒 = 1276,9 ∙ 𝑑 −0,1453
Para não sofrer cisalhamento: 𝑛𝑚𝑒𝑐 ≥ 1 ASTM A401: 𝜏𝑒 = 1379,6 ∙ 𝑑 −0,0934
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ME6520 / NM8520 / ME8520
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Critério estático de molas helicoidais de compressão
• Por precaução, sempre deve-se aplicar esse critério para a situação particular de força sólida.

• Mesmo sendo uma situação indesejada, é importante saber o que aconteceria caso Fsólida seja
aplicada.

• Quando acontece essa situação, a mola perde sua função.


8 ∙ 𝐹𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑎 ∙ 𝐶 𝜏𝑒
𝐾𝑆 ∙ ≤

hsólida
𝜋∙𝑑 2 𝑛𝑚𝑒𝑐𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜
• E a situação pode ser mais catastrófica ainda se, além da
mola deixar de executar sua função, ela sofra falha
estática por cisalhamento do fio.

• De acordo com o livro do Shigley : 𝑛𝑚𝑒𝑐𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 ≥ 1,2


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6. Critério dinâmico para molas
helicoidais de compressão

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Critério dinâmico de molas helicoidais de compressão
𝐹𝑚á𝑥 + 𝐹𝑚í𝑛 8 ∙ 𝐹𝑚 ∙ 𝐶
𝐹𝑚 = 𝜏𝑚 = 𝐾𝑆 ∙
2 𝜋 ∙ 𝑑2
𝐹𝑚á𝑥 − 𝐹𝑚í𝑛 8 ∙ 𝐹𝑎 ∙ 𝐶
𝐹𝑎 = 𝜏𝑎 = 𝐾𝑊 ∙
2 𝜋 ∙ 𝑑2
Fator de concentração de tensão dinâmico Força na mola Fmáx
4∙𝐶−1 0,615
de Wahl: 𝐾𝑊 = +
4∙𝐶−4 𝐶

Força de compressão [N]


𝜏𝑎 𝜏𝑚 1
Soderberg: + ≤
𝑆𝑛 𝜏𝑒 𝑛𝑆

𝜏𝑎 𝜏𝑚 1
Goodman: + ≤
𝑆𝑛 𝜏𝑟 𝑛𝐺
Fmín
𝜎𝑒
Conversões: 𝜏𝑒 = ; 𝜏𝑟 = 0,8 ∙ 𝜎𝑟
3 t [s]
Para não sofrer fadiga: 𝑛𝑆 ≥ 1 ou 𝑛𝐺 ≥ 1
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Resumo dos critérios de projeto para molas helicoidais
de compressão
• Frequência natural: preferencialmente, a frequência natural da mola deve ser
maior que cerca de 13 vezes a frequência de qualquer esforço aplicado.

• Flambagem: deve-se verificar no ábaco se a configuração é estável.

• Critério estático: tensão de cisalhamento atuante no fio deve ser menor ou igual
à tensão de cisalhamento admissível.

• Critério dinâmico: tensão de cisalhamento dinâmica atuante no fio deve ser


menor ou igual à tensão de fadiga admissível.

• Geometria fundamental: calcular as dimensões principais das molas.


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Referências nos livros: mechanical springs

Collins: cap. 14 Mott: cap. 19 Norton: cap. 14

Juvinall: cap. 12 Niemann: cap. 12 Shigley: cap. 10

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