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Agrupamento de

Escolas da Batalha 160301

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 1


Agrupamento de
Escolas da Batalha 160301

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO


DE SISTEMAS INFORMÁTICOS

Ano Letivo: 2012 / 2013

Ano: 10 Turma: E

Disciplina: RC Módulo : 1

Nome do aluno: ____________________________________

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Módulo 1 - Comunicação de Dados


Conteúdos

1. Componentes de um sistema de comunicações

1. Sistemas Simplex, Half-Duplex e Full-Duplex

1. Transmissão de sinais analógicos e digitais

1. Técnicas de conversão analógico-digital

1. Modulação em Amplitude, Frequência e Fase

1. Grandezas e medidas (Decibel, Largura de banda, Throughput, Bit rate)

1. Técnicas de codificação (Non Return Zero, Return Zero, Diferenciais)

1. Ligações síncronas e assíncronas

1. Técnicas de detecção e correcção de erros em transmissões digitais

1. Técnicas de compressão de dados (sem perca de informação, com perca de informação)

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Sistema de comunicação de dados


 1 Sistema de comunicação de dados
o 1.1 Componentes de um sistema de comunicação de dados
o 1.2 Padrões
 1.2.1 RS-232-C
 1.2.2 X.21
o 1.3 História
o 1.4 Webgrafia

Sistema de comunicação de dados


A comunicação de dados constitui o processo de comunicação de informações em estado binário
entre dois ou mais pontos. O campo da comunicação de dados representa uma das tecnologias de
mais rápida evolução. Actualmente, podemos conversar recorrendo ao uso do microfone e vídeo,
essa informação é dividida em pacotes e transmitida pela Internet, sem qualquer custo adicional
além da tarifa mensal do nosso ISP (Internet Service Provider). Assim, o uso tradicional da
comunicação de dados como meios de comunicação para mover dados entre dispositivos terminais
e computadores está a evoluir em direcção a um mecanismo de transmissão de voz, dados e vídeo.

Componentes de um sistema de comunicação de dados


Emissor
É onde se imite uma mensagem para o receptor. O emissor, geralmente, procura descobrir
todo o perfil da mensagem, antes desta ser enviada, para verificar se encontra as condições
necessárias para o seu envio.
Canal
O meio de transmissão é o suporte físico que transporta o sinal entre o emissor e o
receptor.
Sinal
Forma de como a mensagem é transportada no canal de comunicação.
Receptor
É onde se recebe uma mensagem que foi enviada pelo emissor, onde é descodificada
(transformada de sinais em mensagem recuperada) e se pode recuperar por completo a
mensagem enviada pelo emissor.

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 A comunicação de dados só tem sucesso se a mensagem enviada respeitar as regras de


transmissão (protocolos) predefinidas. Nenhum canal de transmissão esta emunde a erros,
isto é, todos estão sujeitos a ruído e distorção, o que pode levar a que o dado fique
corrompido.

 Os equipamentos que geram e recebem dados são conhecidos por DTE (“Data Terminal
Equipment”). Alguns exemplos dos que desempenham essa função são os computadores,
terminais remotos, terminais multibancos.

 Os que se encarregam de modular ou codificar os dados de maneira a ajustar as condições


do meio de transmissão, como por exemplo os modems, são conhecidos por DCE(“Data
Circuite–Terminating Equipment”).

 A ligação que existe entre o DTE e o DCE envolve na maioria das vezes vários condutores,
pois, para além dos dados, também é imprescindível que circule muita informação de
controlo. Existem varias implementações standard, as principais são RS-232-C e X.21.

Padrões
RS-232-C

O padrão RS-232-C serve para fazer troca em serial de dados binários entre um DTE e um DCE. É
frequentemente usado nas portas seriais dos PCs. Hoje em dia o padrão RS-232-C vem sendo
superado pelo USB para comunicação local. O USB é mais rápido utiliza um software mais
simples e conectores mais simples e rápidos de usar. Apesar já da sua pouca utilização continua a
ser usado em periféricos para pontos de vendas (caixas registadoras, leitores de códigos de Barras)
e para as áreas industriais (dispositivos de controlo remoto).

X.21

A interface X.21 foi introduzida em meados da década 1970 pela ITU-T. Tinha sido introduzido
para fornecer uma interface para digital sinalizando entre operadoras de telecomunicações e de
equipamentos dos clientes.

História
A comunicação teve um grande desenvolvimento ao longo destes séculos. Uma das primeiras
formas de comunicação ocorreu, aproximadamente, há 4000 anos a.C., onde se desenhava nas
grutas das cavernas, como forma de comunicar e de transmitir aquilo que faziam. O código Morse
consistia na combinação de "pontos" e "espaço" que representam os caracteres. Alguns caracteres
podiam ser transmitidos mais rapidamente, pois dispõem apenas de um símbolo como o "E" e o

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"T", enquanto o "Z", "Q" e "J" são compostos por 4 símbolos. O código de Morse era inadequado
para a codificação e descodificação por máquina, porque devido aos comprimentos das variáveis
dos códigos que correspondiam aos caracteres tornava impossível a sua codificação e
descodificação. O código ASCII (American Standard Code for Information Interchange) foi
adoptado pelo governo dos USA, que utilizavam em comunicação de dados. Ao início, o código
compreendia um código de bit e um bit opcional de paridade que servia para controlar a validade
sobre o código transmitido. Com apenas 7 bit era possível codificar 128 estados diferentes. Assim
com o código ASCII e a sua evolução ao longo dos anos, permitiu uma das características mais
marcantes das civilizações modernas, que é a circulação de informação (0, 1) que é tratada e
encaminhada por meios eléctricos, electrónicos e informáticos, entre diversos pontos do globo.

Webgrafia
http://pt.wikipedia.org

http://www.mmzones.net/06-07/materia/principal.htm

http://www.dei.isep.ipp.pt/~andre/documentos/dte.html

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Transmissão de dados Simplex, Half-Duplex e


Full-Duplex
Tabela de conteúdo
 1 Transmissão de Dados
o 1.1 Modo Analógico
o 1.2 Modo Digital
o 1.3 Baseband
o 1.4 Broadband
o 1.5 Série
o 1.6 Paralelo
o 1.7 Difusão
o 1.8 Multicast
o 1.9 Broadcast
o 1.10 Ponto a Ponto
o 1.11 Sequencial
 2 Sistemas Simplex, Half-Duplex e Full Duplex
o 2.1 Simplex
o 2.2 Half-duplex
o 2.3 Full Duplex
 3 Tipos de transmissão
o 3.1 Transmissão (As)síncrona
o 3.2 Síncrona
o 3.3 Assíncrona
o 3.4 Multiplexagem Vs Desmultiplexagem
 4 Portas série
 5 Portas Paralelo

Transmissão de Dados
O que é uma Rede de Computadores?

Conjunto de 2 ou mais computadores (e outros dispositivos) conectados entre si onde se dá


compartilhamento de serviços, que podem ser: dados, impressoras, mensagens (e-mails), entre
outros. A Internet, por exemplo, é um sistema de comunicação que conecta muitas redes de
computadores. Existem também várias formas e recursos de vários equipamentos que podendo ser
interligados e compartilhados, consoante os meios de acesso, protocolos e também requisitos de
segurança.

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Em que consiste uma Transmissão de Dados?

Transmissão entre duas ou mais máquinas, onde existe um envio de dados e, consequentemente,
uma mutua partilha dos mesmos, utilizando canais próprios, nos quais as mensagens são divididas
em pacotes de dados (encapsulamento).

A transmissão pode ser dividida em duas partes:

 Modo analógico;

 Modo digital;

Modo Analógico

Transforma movimentos em sinal eléctrico (ou mecânico), que seja similar.

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Modo Digital

Representa um valor "instantâneo" duma situação e não representa um movimento contínuo. Não
apresenta uma faixa muito ampla nem reflecte actividade constante.

Mas os tipos de transmissão podem ainda ser classificados:

 Quanto ao número de sinais suportados pelo canal:

Baseband

Também conhecida como banda-base, consiste numa transmissão digital em que cada meio
apenas suporta um sinal de cada vez, e o sinal utiliza toda a largura de banda do canal para uma
única transmissão. O fluxo de sinais pode ser bidireccional. Esta é a técnica de transmissão mais
utilizada nas redes do tipo LAN (Local Area Network).

Broadband

Também conhecida como banda-larga, consiste numa transmissão, por sua vez, analógica, ou via
B-ISDN (Broadband ISDN - RDIS de banda larga) em que, através de multiplexação, é possível a
transmissão simultânea de vários sinais pelo mesmo meio de transmissão (sinais de voz, vídeos e
dados), ou seja, permite a utilização de vários sinais em simultâneo, cada um com a respectiva
frequência. O fluxo de sinais é unidireccional. Esta técnica é utilizada no acesso à Internet do tipo
ADSL e por cabo.

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Série

Todos os bits seguem pelo mesmo fio sequencialmente, é o sistema utlizado nas redes de
computadores (obedecendo a protocolos bem definidos);

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Paralelo

Normalmente agrupados em 8 bits, em que cada conjunto de bits segue por 8 fios diferentes em
simultâneo, o que leva a uma maior transmissão de informação do que na transmissão em série,
num mesmo período de tempo, mas exige um maior nº de fios por cabo, o que encarece e,
consequentemente, não se torna apropriado a longas distâncias.

Quanto aos receptores a que se destina

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Difusão

Ocorre em redes em que a mensagem enviada por um computador é enviada para todos os outros,
embora apenas o destinatário a leia.

Multicast

A informação é enviada para um grupo de receptores seleccionados.

Broadcast

A informação é enviada para todos os receptores.

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 quanto aos receptores a que se destina:

Ponto a Ponto

Este tipo de transmissão é realizada entre dois computadores, onde não existem intermediários,
mas, de acordo com o conceito actualmente aceite, este permite a inclusão de aparelhos
intermediários entre o emissor e o receptor, como por exemplo, uma videoconferência na Internet.

Sequencial

Esta transmissão é típica das redes em anel, em que a mensagem vai passando de computador em
computador, até chegar ao seu destinatário.

Sistemas Simplex, Half-Duplex e Full Duplex


Simplex

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Uma comunicação é dita simplex quando existe um transmissor e um receptor, sendo que este
papel não se inverte nunca no período de transmissão. A transmissão tem sentido unidireccional,
ou seja, um só sentido. Podemos ter um transmissor para vários receptores, e o receptor não tem a
possibilidade de sinalizar se os dados foram recebidos.

Ex: Transmissões de TV; Transmissão de Rádio;

Half-duplex

Uma comunicação é considerada half duplex (também pode ser designada por semi-duplex)
quando temos dois dispositivos, um transmissor e um receptor, em que ambos podem transmitir e
receber dados, apesar de não ser em simultâneo. Esta é uma transmissão com sentido bidirecional,
porque nem sempre é o dispositivo X a trocar informações com Y, dado que o inverso pode
também acontecer. Durante uma transmissão deste tipo, em determinado instante, um dispositivo
X será o transmissor e o dispositivo Y será receptor. Num outro instante, como foi anteriormente
referido, os papéis podem ser invertidos. Por exemplo, o dispositivo X poderia transmitir dados
que Y iria receber; seguidamente, o sentido da trasmissão seria invertido e Y transmitiria para X a
informação, tendo em atenção que isto só acontece se os dados foram recebidos
correctamente e na sua totalidade, ou, outro lado, se foram detectados erros de transmissão. A
operação de troca de sentido de transmissão entre os dispositivos é chamada de turn-around e o
tempo necessário para os dispositivos trocarem as funções de transmissor e receptor é chamado de
turn-around time.

Ex: Walkie Talkie.

Full Duplex

Uma comunicação é chamada full duplex (ou simplesmente duplex) quando temos, uma vez mais,
dois dispositivos: o transmissor e o receptor, podendo os dois transmitir dados
(simultaneamente) em ambos os sentidos (transmissão bidireccional). Poderíamos entender uma
linha full-duplex como equivalente a duas linhas simplex, uma em cada direcção. Como as

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transmissões podem ser simultâneas em ambos os sentidos e não existe perda de tempo com turn-
around (operação de troca de sentido de transmissão entre os dispositivos), uma linha full-duplex
tem a possibilidade de transmitir mais informações por unidade de tempo que uma linha half-
duplex, considerando-se a mesma taxa de transmissão de dados.

Tipos de transmissão
Transmissão (As)síncrona

Uma transmissão, feita através de uma linha de comunicação de dados, pode ser de dois tipos:

Síncrona

Tipo de transmissão de dados em que o emissor está completamente sincronizado com o receptor
(através de um relógio ou clock), antes e durante a transmissão, e em que cada bloco de
informação é transmitido e recebido num dado instante de tempo bem definido e conhecido pelo
transmissor e receptor;

Assíncrona

Tipo de transmissão de dados que não recorre à utilização de um sinal de sincronia entre o emissor
e o receptor, estando a informação necessária para a organização dos dados, codificada dentro dos
mesmos;

Multiplexagem Vs Desmultiplexagem

Consiste na operação de transmitir várias comunicações diferentes em simultâneo através de um


único canal físico, onde o dispositivo que efectua este tipo de operação chama-se Multiplexer
(Multiplexador).

 FDM: (Frequency Division Multiplexing)

Cada sinal é modulado por uma portadora com frequência diferente. A largura de banda do canal
tem de ser maior do que as somas das larguras de banda dos vários canais.

Ex: TV por cabo.

 TDM: (Time Division Multiplexing)

Durante uma fatia de tempo (slot), a largura de banda do meio de transmissão será ocupada por
uma dada transmissão.

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 STDM: (Statistical Time Division Multiplexing)

Variante do anterior com um algoritmo que permite aproveitar o tempo em que um não transmite,
enviando dados de outro slot, o que evita o desperdício de banda.

Portas série
Uma porta é um canal através do qual se estabelece uma comunicação entre um computador e o
mundo exterior. Existem dois tipos de portas: série e paralelas. As portas não são nada mais, nada
menos do que ligações físicas que permitem ligar um PC a outros PC's (ou a periféricos como
impressoras, modems, etc..)

Uma porta série transmite dados em série, um bit de cada vez. É também denominada de porta de
comunicação assíncrona ou porta RS-232C (protocolo standard para transferência de dados em
série).

As portas série são consideradas bidireccionais. Comparativamente às portas paralelas, que


enviam (apenas) um byte de cada vez, as portas série são mais lentas (para uma mesma velocidade
de relógio, a porta série é oito vezes mais lenta do que a porta paralela), mas podem comunicar
a distâncias muito maiores e são mais flexíveis no que respeita a transferência de dados
bidireccionais.

Portas Paralelo
São um dispositivo de entrada e saída. A porta paralela, por não possuir uma alta velocidade de
transmissão tem, actualmente, a sua aplicação limitada a impressoras e scanners. Actualmente, em
caso de transmissões rápidas, utiliza-se a interface USB (Universal Serial Bus), que atinge taxas
de transmissão bem maiores. A porta paralela pode servir para controlar qualquer tipo de processo
como, por exemplo, a interface entre a máquina e um sensor. O sensor, ao ser accionado, mandaria
tal informação para a porta paralela e a máquina procederia ao disparo de sirenes, conectadas as
saídas da porta paralela.

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Transmissão de Sinais Analógicos e Digitais


Transmissão Dados

Uma transmissão de dados é efectuada quando uma efectuada através de: um emissor, um
receptor, um cabo ou um meio de transmissão, uma mensagem e codificação. Os meios de
transmissão podem ser guiados ou não guiados. Os guiados são onde os sinais vão ao longo de um
meio material. Os não guiados são transmitidos através do ar ou a água, ou seja são propagados
pelo o meio. algumas das características dos não guiados : as baixas frequências,
omnidiretccionais, frequências altas, direccionais). neste momento da actualidade, a tendência é
para generalizar as redes digitais o que está a causar uma evolução nas redes telefónicas para
RDIS (Redes Digitais com Integração de Serviços).

os guiados podem ser os cabos como:

 eléctricos (pares entrançados(UTP, STP), coaxais)altas frequências


 ópticos (fibra óptica)

os não guiados são:

 suportes magnéticos
 transmissão sem fios (rádio-frequência, infra-vermelhos, micro ondas, raios lazer)

Ainda na transmissão, este pode ser de dados analógicos e de dados digitais.

Dados
Os dados analógicos tomam valores contínuos, que variam entre intervalos de tempo, e são como
exemplo, a voz e a temperatura. Os dados digitais, vão variando de forma discreta entre 0 (baixa
tensão) e 1 (alta tensão), sendo este um sistema binário. Nestes, a transmissão é feita por sinais
electromagnéticos ou eléctricos.

Sinais
Por sua vês, um sinal também pode ser digital ou analógico. Um sinal analógico, é um sinal
continuo que se representa numa onda. Neste caso, utilizam-se a amplitude ou a frequência de
onda para se proceder a uma transformação de sinais analógicos para digitais-modulação. Um
modem molda essas características para 0 e 1 (sistema digital). A modulação consta na
transformação dos dados analógicos para digitais. Os modem têm valores fixos para analisar as
amplitudes e lhe dar a respectiva indicação digital. Os sinais digitais são uma sequência de 2
níveis de impulsos de tensão. Quando há uma transmissão de sinais que vai ser enviada, o modem

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procede a uma demolação para transformar os sinais digitais em sinais analógicos, sempre que for
necessária. para alem disso, é preciso ter uma grande banda larga para a transmissão destes sinais.

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1Técnicas de Conversão Analógico-Digital


 1 Definição
 2 Vantagens
 3 Desvantagens
 4 Conversão Analógico-Digital - Passos
o 4.1 Digitalização
o 4.2 Amostragem dos Sinais
o 4.3 Quantificação
o 4.4 Codificação
 5 Modulação
o 5.1 O que é Modulação?
o 5.2 Tipos de Modulação
o 5.3 Técnicas
 6 Webgrafia

Técnicas de Conversão Analógico-Digital


Definição

Um Conversor Analógico-Digital (A/D) é um dispositivo electrónico capaz de gerar uma


representação digital de uma grandeza analógica. Por exemplo, um conversor A/D de 10 bits,
preparado para um sinal de entrada analógica de tensão variável de 0V a 5V pode gerar números
binários de 0 (0000000000) a 1023 (1111111111) (ou seja, capturar 1024 pontos do sinal),
dependendo do sinal de entrada.

Vantagens
As vantagens relativamente aos sinais digitais são muitas, tais como:

Os sinais digitais são muito menos sensíveis a interferências;

 É possível transmitir mais informação através de sistemas digitais do que em sistemas


analógicos;
 Podem ser enviados directamente a computadores, que são equipamentos que utilizam
sistemas digitais.

Estas vantagens também se fizeram verdade com o aparecimento telefónico digital. Através da
digitalização dos sinais telefónicos permitiu-se desenvolver equipamentos mais compactos, porém
com maior capacidade, mais precisos e menos sensíveis a ruídos. A qualidade dos serviços
oferecidos pelas companhias telefónicas cresceu consideravelmente e com a possibilidade de
utilização dos processadores digitais de sinais DSP e(Digital Signal Processor) e computadores,
podendo-se expandir a gama de serviços oferecidos ao consumidor, gerando mais satisfação.

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Desvantagens
Existem muitas desvantagens na utilização de formas analógica, principalmente com a
comunicação de dados, sendo por isso necessário a realização de um processo de conversão do
sinal de voz analógico para digital.

Conversão Analógico-Digital - Passos


Digitalização

Chama-se digitalização ao processo de transformação de um sinal analógico num sinal digital.


Geralmente, este processo é constituído por três fases:

 Amostragem dos Sinais;


 Quantificação;
 Codificação.

Amostragem dos Sinais

A fase de Amostragem dos Sinais consiste num processo onde são retiradas amostras do sinal
original que serão utilizadas para a reconstituição deste sinal original no lado do receptor. Nyquist,
o Matemático, descobriu através do Teorema de Pitágoras, que um sinal pode ser perfeitamente
reconstituído, se deste forem extraídas amostras com, no mínimo, o dobro da largura de banda
deste sinal.

Quantificação

O sinal analógico mostrado, em forma de impulsos de sinais PAM, precisa-se de aumentar esta
infinidade de valores possíveis noutros que passam a ser representados por uma quantidade finita
de bits para obter um sinal digital. Esta conversão é feita por um circuito chamado conversor
analógico-digial ADC.

Codificação

Os valores em quantificação anteriormente referidos precisam de ser codificados em sequência de


bits, pois um sinal digital binário só pode ter dois valores diferentes (0 ou 1). Em função do valor
em quantidade referido nas amostras, gera-se o código de pulsos (PAM) onde se realiza o processo
de codificação.

O PCM (Pulse Codification Module) é a técnica mais comum utilizada dentro de um processo de
digitalização de áudio, pois produz uma aproximação razoável da voz humana. Porém, para se
reproduzir adequadamente sons mais complexos, como músicas por exemplo, devem-se utilizar
técnicas mais sofisticadas.

Aspectos:

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Optimizar o uso do canal; Fazer com que o canal transmitido resista mais aos ruídos; Diminuir a
taxa de erros do sinal transmitido; Utilizar a menor banda possível possibilitanto cabos mais
simples.

Modulação
O que é Modulação?

É o processo em que algumas das características de um sinal é modificado pela acção de outro
sinal.

 Processo de Modulação

No processo de modulação é sempre necessário quando o sinal a ser transmitido não possui as
características compatíveis com as do meio de transmissão a ser utilizado.

 Processo de Demodulação

O processo de demodulação consiste no serviço inverso ao da modulação, ou seja é a extracção do


sinal modulado da informação transmitida na sua forma original, subtraindo as imperfeições que
foram introduzidas no decorrer do trajecto da origem até o destino.

Tipos de Modulação

 Modulação Analógica

As técnicas de modulação para sinais analógicos mais utilizados são: AM, FM e PM.

 Modulação Digital

Do mesmo modo que há diversas técnicas de modulação para sinais analógicos, as informações
digitais também podem ser colocadas sobre uma portadora de diferentes modos.

Técnicas

As técnicas de modulação para sinais digitais mais utilizadas actualmente são: FSK, PSK e ASK.
Para utilização em modems o processo de modulação é padronizado pelo CCITT(ITU) de maneira
que qualquer fabricante empregará sempre a mesma técnica de modulação, é lógico que
dependendo das características de transmissão, velocidades, etc.

Webgrafia
 Modulação
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 Codificação

 Conversão Analógico-Digital

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Modulação

Tabela de conteúdo
 1 Modulação
o 1.1 Técnicas de transmissão
o 1.2 Modulação em frequência (FM)
o 1.3 Desvantagens da Modulação em Frequência
o 1.4 Modulação em Amplitude (AM)
o 1.5 Modulação em fase (PM)
 2 Webgrafia

Modulação
É o processo que consiste numa operação realizada sobre o sinal de dados a transmitir, que produz
um sinal apropriado ao meio de transmissão. Este processo permite moldar as características do
sinal a transmitir e adaptá-lo ás características do canal.

A operação de modulação permite também:

 Deslocar o espectro do sinal a transmitir para a banda de frequências mais disponível;

 Produzir um sinal modulado com um espectro mais estreito que o original;

 Tornar o sistema de transmissão mais robusto relativamente ao ruído, ou interferência;

 Adaptar a sensibilidade do receptor às características do canal;

Figura1-Modulação
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Técnicas de transmissão

Estas estão divididas em dois grandes grupos as destinadas á transmissão de sinais analógicos e
outro destinado á de sinais digitais. A transmissão pode ser feita em banda base ou com recurso de
portadoras isto é eléctricas ou ópticas, por outro lado a transmissão analógica em banda base é
limitada a sistemas de transmissão a muito curtas distancias, esta é uma solução pouco imune de
ruído.A transmissão de sinais analógicos recorre a técnicas baseadas na modulação de portadoras é
muito utilizada na difusão de som (radiodifusão) e sinais de televisão.

Modulação em frequência (FM)

Foi iniciada no início do sec XX nos Estados Unidos, esta é uma modalidade de transmissão
através de ondas, esta é imune aos ruídos e interferências uma vez que a informação é transportada
pela frequência instantânea do sinal modelado e não pela amplitude da portadora. Esta frequência
utiliza um sistema de envio de informação digital que permite apresentar informações sintonizadas
a essa emissora. A modulação em frequência consiste em fazer variar a frequência de uma
portadora de forma directamente proporcional à amplitude do sinal a transmitir.

Figura2-Modulação em Frequência

Desvantagens da Modulação em Frequência

Dos receptores de frequência modulada de apresentarem uma característica como efeito de


captura. Esse efeito ocorre sempre que existir dois ou mais sinais emitidos na mesma frequência,
ai o receptor irá responder a esse sinal com maior frequência e ignorar os menores.

Modulação em Amplitude (AM)

É a forma de modulação em que a amplitude é um sinal transmitido por onda, em que esse mesmo
pode variar. Nessa modulação, a amplitude codifica o sinal a outra codifica o outro sinal. Os sinais

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 24


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modulados em AM são muito sensíveis ao ruído e interferência aditivos, uma vez que a
informação é transportada pela amplitude da portadora.

Figura3-Modulação em Amplitude

Modulação em fase (PM)

É um tipo de modulação analógica que se baseia na alteração da fase da portadora de acordo com
o sinal modulador (mensagem)é usada para transmissão de dados.

Figura4-Modulação em Fase

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Grandezas e Medidas
 1 O Bel
 2 O Decibel
o 2.1 Vantagens da utilização do dB
 3 Largura de Banda
o 3.1 Limitantes essenciais da largura de banda
 4 Throughput
o 4.1 Factores determinantes do Throughput
 5 Bit rate
o 5.1 Bit rates e multimédia
 6 Webgrafia

O Bel
O bel (designado pela letra B) é uma escala relativa, adimensional (sem dimensão) de um sinal a
uma referência. Pelo facto de ser uma escala logarítmica, uma diferença de 1 bel corresponde a
uma relação de 10 em potência. É costume utilizar-se mais o submúltiplo do bel, o decibel (dB).
Uma diferença de 1 decibel corresponde a uma relação de ?<math>a^{2+2}</math>? , ou seja,
aproximadamente 1,259. Esta medida é muito utilizada para exprimir o valor de grandezas
logarítmicas como o nível de campo, de potência, de intensidade sonora, o nível de pressão
acústica e de atenuação. Todos os logaritmos de base 10 são utilizads para se obter os valores
numéricos das grandezas expressas em bel.

O nome Bel surgiu em homenagem ao físico Alexander Graham Bell, já que foi este o inventor do
telefone e também das respectivas grandezas.

O Decibel
A medida decibel (dB) é a razão entre duas quantidades, podendo ser usada numa grande
variedade de medições, como por exemplo medições em acústica, física e electrónica, mas
também é muito usado na medição da intensidade dos sons. Uma particularidade desta medida, é o
facto de ser adimensional , assemelhando-se à percentagem. O decibel é uma medida logarítmica .
O decibel é uma medida relativa que permite representar relações entra duas grandezas de mesmo
tipo, como por exemplo relações de potências, tensões, correntes, e qualquer outra relação
adimensional. Consequentemente, o decibel, permite definir ganhos e atenuações, relação
sinal/ruído, dinâmica, entre outros.

Vantagens da utilização do dB

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 É mais vantajoso somar os valores em dB nas etapas sucessivas de uma sistema, do que
multiplicar os seus factores de multiplicação.

 Uma vez que o decibel é uma medida logarítmica, é mais vantajosa a sua utilização, pois o
ouvido humano tem resposta logarítmica.

 Em telecomunicações são muito utilizados números extremamente grandes ou


extremamente pequenos. O uso de logaritmos torna estes números pequenos e fáceis de
manipular, transformando os produtos em somas e as divisões em subtracções.

Largura de Banda
A Lagura de Banda é uma medida expressa em Hertz sendo, numa definição simplificada e um
pouco vaga, a diferença entre a maior frequência e a menor frequência que o canal suporta. Uma
maneira de compreendermos melhor o significado da largura de banda é pensarmos no ouvido
humano. Existe uma frequência de sons abaixo da qual não conseguímos ouvir e outra frequência
de sons acima, que também não é audível pelo ouvido humano. A diferença entre as duas
frequências é considerada a largura de banda do ouvido humano. No campo das telecomunicações,
largura de banda de um canal é importante, pois determina os valores das frequências que podem
passar por esse mesmo canal, valores esses que têm implicações no número de portadores que se
podem usar na modulação. A relação entre a largura de banda e a transmissão do canal é que
quanto maior for a largura de banda, mais o canal pode transmitir.

Limitantes essenciais da largura de banda

 Meio físico de transmissão, na medida em que cada meio tem a sua frequência máxima de
transmissão

 Dispositivos de rede, pois estes apresentam as suas próprias taxas de erro. Se a taxa de erro
for de valor elevado, então somos obrigados a colocar um overhead muito grande de
controlo de erros em cojunto com os bits a transmitir. Todo este processo faz com que a
velocidade de transmissão e a largura de banda sejam reduzidas.

Throughput
Throughput (taxa de transferência) é a quantidade de dados transferidos de um lugar para o outro,
ou também a quantidade de dados processados num determinado espaço de tempo. Por exemplo,
podemos utilizar o Throughput para nos referirmos à quantidade de dados transferidos nos discos
rígidos, usando como unidades básicas de medidas o Kbps, Mbps e o Gbps. O Throughput pode

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 27


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ser traduzido como uma taxa de transferência efectiva de um sistema, podendo ser menor que a
taxa de entrava, devido às perds e atrasos do sistema.

Factores determinantes do Throughput

 Dispositivos de interligação

 Tipos de dados que estão a ser transferidos

 Topologias de rede

 Número de utilizadores na rede

 Computadores utilizados

 Ruído

Bit rate
Bit rate ou bitrate consiste na taxa de bits ou taxa de transferência de bits. No campo das
telecomunicações e da computação, o bit rate consiste no número de bits convertidos ou
processados por uma determinada unidade de tempo. Essa unidade de tempo consiste num
segundo, sendo assim o bit rate é medido em bits por segundo(bps ou b/s). Ou então chega mesmo
a usar outras medidas tais como Kbps, Mbps, Gbps, etc. tendo em conta o seguinte:

 1.000 bps = 1 Kbps (1 kilobit ou mil bits por segundo)

 1.000.000 bps = 1 Mbps (1 megabit ou um milhão de bits por segundo)

 1.000.000.000 bps = 1 Gbps (1 gigabit ou mil milhões de bits por segundo)

Numa comunicação, o Bit rate útil consiste na capacidade de transferência de um canal excluindo
os dados de controlo tranmitidos (pela correcção de erros, por exemplo).

Bit rates e multimédia

No campo da multimédia digital, o bit rate consiste na quantidade de informações e/ou detalhes
que estão guardados por unidade de tempo num gravação digital (áudio ou vídeo), por outras

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 28


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palavras, é o número de bits usados por segundo para reprsentar o conteúdo a ser exibido. Existe
uma relação entre a quantidade de bit rates e a qualidade; quanto maior for o bit rate, maior será a
qualidade, consequentemente o tamanho do arquivo também aumenta. Como exemplo temos o
MP3, que para ter uma qualidade próxima à do CD, o bit rate é de 128 Kbits, já para a qualidade
de rádio, são precisos 64 Kbits, e para obter uma qualidade de telefone, são precisos 32 Kbits.
Quanto aos formatos de vídeo, existem formatos com bit rate fixo e também bit rate variável,
respeitando um limite estabelecido. Com isto, um vídeo em Divx, podemos ter um bit rate de 1000
Kbits num sketch com pouca movimentação, já numa cena de acção podemos ter 6000 Kbits,
consequentes de, por exemlo, mudanças de tela/cenário mais rápidas.

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 29


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Técnicas de Codificação
 1 Codificação de Dados
o 1.1 Técnicas de Codificação de Dados
 1.1.1 Non Return to Zero - Level
 1.1.2 Return Zero
 1.1.3 Codificações Bifásicas
 1.1.3.1 Manchester
 1.1.4 Variantes Bifásicas
 1.1.4.1 Mark e Space
 1.1.5 Miller
 1.1.6 Codificação Bipolar Simples ou AMI
 2 Glossário
 3 Webgrafia

Codificação de Dados
A codificação de dados significa a alteração das características de um sinal para o tornar adequado
a uma certa aplicação, como por exemplo a transmissão ou o armazenamento de dados.

Existem três tipos de codificação:

 Codificação de canal: códigos detectores e correctores de erros;

 Codificação de fonte: criptografia e compressão de dados;

 Códigos de linha: classificam a forma do sinal que será usado para representar os símbolos de
informação. No caso do sistema binário, especificam o sinal dos bits 0 e 1.

Técnicas de Codificação de Dados


Non Return to Zero - Level

A forma mais simples de codificação consiste em associar um nível de tensão a cada bit. Esta
codificação é conhecida por NRZ-L (“Non Return to Zero - Level”), onde um bit 1 será
codificado sob a forma de uma tensão elevada e um bit 0 sob a forma de uma tensão baixa.

Existem mais duas codificações NRZ:

 NRZ-M (“NRZ - Mark”), que produz uma transição de nível sempre que surge um bit 1.

 NRZ-S (“NRZ - Space”), que produz uma transição de nível sempre que surge um bit 0.

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 30


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Assim, a frequência máxima gerada é igual a metade da taxa de transmissão (2 bit/Hz).

Return Zero

A codificação RZ (“Return Zero”) difere das anteriores pelo que o nível de tensão volta sempre
ao nível zero após uma transição provocada pelos dados a transmitir (a meio da transmissão do
bit). Geralmente um bit 1 é representado por um nível elevado mas, no decorrer da transmissão do
bit o nível retorna a zero. Desta forma, a frequência máxima gerada é o dobro da anterior, sendo
igual à taxa de transmissão (1 bit/Hz).

O grande problema das codificações NRZ e RZ é o facto de gerarem uma componente contínua (a
média do sinal não é zero), dificultando assim o isolamento entre emissor e receptor.

Em certas sequências de bit 1 ou 0 produz-se um sinal sem qualquer variação. O receptor deve
estar sincronizado com o emissor (ler os bits no ponto correcto), para assim evitar a origem de
erros.

Exemplos de codificações NRZ e RZ

Codificações Bifásicas

Manchester

As codificações bifásicas são caracterizadas por transições de nível em todos os bits, onde o ponto
de transição depende dos dados a transmitir.

Na codificação bifásica de nível, mais conhecida por “Manchester”, os bits 1 produzem uma
transição de nível elevado para baixo a meio do bit e os bits 0 produzem transições de nível baixo
para nível elevado também a meio do bit.

No início de cada bit são produzidas as transições de nível necessárias para se manter a
codificação coerente:

 Se o bit é 1 e o nível está baixo;

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 31


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 Se o bit é 0 e o nível está alto.

A variante “Manchester” diferencial produz sempre uma transição de nível a meio dos bits e uma
transição no início dos bits zero.

Variantes Bifásicas

Mark e Space

As variantes bifásicas “mark” e “space” provocam sempre uma transição de nível entre os bits.
No caso de bifásica-M os bits 1 provocam uma transição a meio do bit. No caso de bifásica-S os
bits 0 provocam uma transição a meio do bit.

Exemplos de codificações bifásicas

As vantagens das codificações bifásicas relativamente aos métodos NRZ e RZ são notáveis. Assim
sendo, a componente continua do sinal é muito menor e a existência de transições de nível em
todos os bits tornam a sincronização mais simples.

Outra vantagem das codificações bifásicas é o facto de algumas transições de nível serem pré-
determinadas, facilitando a detecção de erros.

Miller

A codificação de “Miller” é mais complexa, o seu objectivo é manter uma sincronização


facilitada, sem aumentar a largura de banda.

Os bits 1 provocam uma transição de nível a meio do bit. Entre dois bits zero consecutivos
produz-se igualmente uma transição de nível:

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 32


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Exemplo da codificação de “Miller”

Com este método, a frequência base máxima gerada nunca é superior a metade da taxa de
transmissão (2 bit/Hz).

Codificação Bipolar Simples ou AMI

Todos os métodos até aqui descritos são unipolares, ou seja, apenas assumem uma polaridade (por
exemplo sempre positivo). Existem técnicas polares em que o sinal também assume valores
negativos, neste caso a codificação deixa de ser binária e o sinal passa a ter 3 níveis distintos.

O exemplo mais comum é a codificação bipolar simples ou AMI (“Alternate Mark Inversion”),
em que os bits 1 são representados por impulsos com metade da duração do bit, contendo sentidos
alternados:

Exemplo da codificação bipolar simples ou AMI

A frequência máxima gerada é então metade da taxa de transmissão (2 bit/Hz). Esta não possui
uma componente contínua e a alteração de sentidos facilita a detecção de erros, porém uma
sequência de zeros produz um sinal nulo, o que dificulta a sincronização.

Glossário
 Sinal

 Códigos Detectores e Correctores de Erros

 Criptografia

 Compressão de Dados

 Bit

Webgrafia
 Codificação de Dados

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 33


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 Técnicas de Codificação de Dados

Ligações Síncronas e Assíncronas


 1 Ligações Síncronas e Assíncronas
o 1.1 Comunicação e Transmissão de Dados
 1.1.1 Comunicação Síncrona
 1.1.2 Comunicação Assíncrona
o 1.2 Comunicação Síncrona Vs Assíncrona
o 1.3 Webgrafia

Ligações Síncronas e Assíncronas


Uma transmissão, feita através de uma linha de comunicação de dados, pode ser de dois tipos:

• Transmissão Síncrona: Tipo de transmissão de dados em que o emissor está completamente


sincronizado com o receptor (através de um relógio ou clock), antes e durante a transmissão, e em
que cada bloco de informação é transmitido e recebido num dado instante de tempo bem definido
e conhecido pelo transmissor e receptor;

• Transmissão Assíncrona: Tipo de transmissão de dados que não recorre à utilização de um


sinal de sincronia entre o emissor e o receptor, estando a informação necessária para a organização
dos dados, codificada dentro dos mesmos;

Vamos então analisar melhor estas definições começando pela necessidade da criação destes tipos
de transmissões

Comunicação e Transmissão de Dados


Nota: Isto é apenas um resumo sobre o processo de comunicação. Para saber mais sobre o
processo e os meios envolvidos na comunicação consulte: [André Costa]

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 34


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Esquema da Comunicação
O homem sempre teve necessidade de comunicar. Por isso, foi inventando formas de comunicação
como a linguagem escrita, falada, gestual, entre outros métodos, que nos permitem comunicar e
transmitir informação. Com a evolução do tempo e das tecnologias o homem arranjou meios que
permitem estabelecer uma comunicação, mesmo com um ponto que esteja em qualquer outro lado
do planeta, sem que seja necessário estar presente físicamente.

No entanto, neste processo, nunca deixou de ser necessário haver uma mensagem, que se
prentende enviar com a informação prentendida, um emissor, que envia essa mesma mensagem,
um receptor, que recebe a mensagem enviada, uma linguagem, que permita a descodificação da
mensagem, e um meio de transmissão, por onde a mensagem é enviada.

Na informática, estamos constantemente a comunicar e nem damos conta disso, especialmente se


estivermos ligados à Internet. Essa comunicação é feita através de "pacotes" de Bits que contêm a
informação enviada. Quando, por exemplo, tentamos enviar algum ficheiro, dados, ou qualquer
outro sinal digital a alguém, utilizando uma linha de comunicação de dados, neste caso a Internet,
é necessário que todos estes pacotes de dados sejam organizados e controlados de alguma maneira,
para que o receptor consiga receber a mensagem em perfeitas condições. Para isso, criaram-se dois
tipos de comunicação. São elas a comunicação Síncrona e Assíncrona. Vamos analisar as duas,
começando pela comunicação síncrona.

Comunicação Síncrona

Num sistema de comunicação síncrona, o emissor e o receptor estão em plena sincronia mesmo
antes da comunicação iniciar e permanecem sincronizados um com o outro durante toda a
transmissão. Para isso, tanto o emissor como o receptor possuem um relógio (clock),
completamente sincronizado e dependente um do outro, que serve de mecanismo de sincronização
do fluxo de dados existente entre os dois. Este relógio interno, encontra-se num dispositivo de
recepção (por exemplo o modem) e determina de quantas em quantas unidades de tempo é que o
fluxo de bits recebidos, deve ser segmentado, de modo a que cada segmento assuma o mesmo
tamanho e formato com que foi emitido.

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 35


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Transmissão do Bloco de Informação Numa Comunicação Sincrona

Para manter o relógio do emissor sincronizado com o do receptor, existe outro mecanismo
chamado sincronizador ou recuperador de relógio, que é transmitido periodicamente de modo a
manter a sincronia. O relógio que sincroniza o emissor e o receptor, vai permitir, também, que
ambos saibam desde logo a taxa de transmissão utilizada na transferência e o tamanho dos dados
ordenados e conhecidos. Por isso, a transmissão é muito bem preparada, sabendo-se exactamente
quando irá a informação chegar ao destino e a sua ordem exacta.

A comunicação síncrona é mais cara do que a assíncrona, pois necessita de um relógio no


hardware para permitir o seu sincronismo, e é muito utilizada em redes com altas taxas de
transmissão, no entanto, hoje em dia praticamente só há comunicação síncrona, porque o hardware
ficou mais barato e as taxas de transmissão devem ser cada vez maiores.

Comunicação Assíncrona

Transferência do Bloco de Informação numa Comunicação Assíncrona


Uma comunicação assíncrona é feita com um outro tipo de relógio. Nesta, os relógios que
sincronizam o emissor com o receptor, são independestes um do outro e isso vai fazer com que
haja desacertos que vão aumentando com o comprimento do bloco de informação. Para isso, foi
necessário a introdução dos bits de start e stop (os chamados bits de controlo), juntamente com
os restantes bits de informação, que permitem indicar ao receptor o que foi realmente transmitido
e a ordem exacta da mesma.

A grande desvantagem desse tipo de transmissão é a má utilização do canal, pois os caracteres são
transmitidos irregularmente, e os vários bits de controlo vão baixar a velocidade da transferência e
a sua eficiência.

Comunicação Síncrona Vs Assíncrona


• No modo de comunicação síncrona todos os bits transmitidos são bits de informação e por isso a
eficiência de transmissão é 100%. Porém, no modo de comunicação assíncrona nem todos os bits
transmitidos são de informação, pois contam também os bits de start e stop, sendo a eficiência de
transmissão de 80%. Uma diferença de 20% face à comunicação síncrona.

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 36


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• O sistema de comunicação síncrona, devido à sua maior eficiência, proporciona maior taxa de
bits de informação, para a mesma frequência de operação.

• Na comunicação assíncrona, a introdução dos bits de start e stop, entre os bits de informação, faz
diminuir a velocidade de transmissão relativamente à transmissão síncrona, que só possui bits de
informação.

• A comunicação síncrona é mais cara do que a assíncrona, pois necessita de um relógio no


hardware para permitir o seu sincronismo, e é muito utilizada em redes com altas taxas de
transmissão, no entanto, hoje em dia praticamente só há comunicação síncrona, porque o hardware
ficou mais barato e as taxas de transmissão devem ser cada vez maiores.

Webgrafia
• http://www2.fis.ua.pt/fisica2006_CD/pdf/FAP28%20-%20SISTEMAS%20DE%20COMUNICA
%C3%87%C3%83O%20S%C3%8DNCRONA%20E%20ASS%C3%8DNCRONA%20DE.pdf

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_s%C3%ADncrona

• http://www.guj.com.br/posts/list/71538.java

• http://esmf.drealentejo.pt/pgescola/g2t10/html/cartip/tiptrans/sincass.htm

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 37


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Técnicas de detecção e correcção de erros em


transmissões digitais
 1 Introdução
 2 Erros na transmissão de dados
 3 Tipos de esquemas de detecção de erros
o 3.1 Esquemas de repetição
o 3.2 Esquemas de paridade
o 3.3 CRC
o 3.4 CheckSum
 4 Tipos de mecanismos de correcção de erros
o 4.1 ARQ
o 4.2 ECC
o 4.3 Outros Exemplos
 5 Referências

Introdução
Em informática, mais concretamente numa transmissão de dados entre sistemas digitais, um erro é
um "defeito" na mensagem/informação a ser transmitida, fazendo com que esta seja modificada
para um valor que não corresponde ao da original, o que é extremamente inconveniente. A
detecção e correcção de erros numa comunicação de dados é crucial para que esta seja feita de
uma forma correcta e isenta de erros.

Erros na transmissão de dados


A ocorrência de erros em transmissão de dados, é motivada por diversas causas:

 Diafonia entre dois canais de voz;


 Indução devido à proximidade da linha de dados a fios de alta tensão;
 Ruídos industriais;
 Ruídos electromagnético;
 Falha na sincronização do receptor em relação ao transmissor;
 Defeito nos componentes electrónicos que implementam o transmissor/receptor entre
muitos outros.

Qualquer equipamento de transmissão de dados deve ser capaz de detectar erros e, eventualmente,
até corrigi-los. Pode-se perceber como esse equipamento detecta e trata o erro através do seguinte
esquema:

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 38


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Existem diversos métodos, na maioria muito simples, para que seja possível a detecção e
correcção de erros numa comunicação de dados observando que, quanto mais eficiente for o
método, melhor. Qualquer um dos métodos existentes na actualidade transmitem mais informação
do que a original pois geralmente são inseridos dados de "confirmação" (dados extra/redundantes)
na mensagem original a transmitir que serão fundamentais para a detecção de erros na mesma.

Tipos de esquemas de detecção de erros


Esquemas de repetição

Este mecanismo consiste, basicamente, em enviar uma mensagem repetidamente. Por exemplo, se
a mensagem a enviar fosse "silva", graças a este mecanismo, seria enviada a mensagem "silva"
mas repetida três vezes, assim: "silva silva silva". Imaginemos que ao chegar ao receptor esta
mensagem continha erros "silvr silva silva" o mecanismo detectava o erro pois uma das repetições
não coincidiam. Este mecanismo não é muito eficiente pois para além de ser necessário enviar o
triplo da mesma informação(transmite três vezes a mesma informação) pode acontecer que o erro
ocorra no mesmo sítio - "silvr silvr silvr" como todas coincidem a mensagem "silvr" era dada
como a, mensagem correcta.

Esquemas de paridade

Em comunicação de dados, um bloco (ou pacote) de informação é constituída por um conjunto de


uns(1) e zeros(0):

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 39


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A verificação de paridade ("parity check") é um dos esquemas mais simples na detecção de erros.
Basicamente este método conta o número de ocorrências do "1" - quantas vezes se repete no
bloco:

Depois é adicionado ao pacote um bit de paridade que tomará o valor 1 se o número de "1" for par,
ou 0 se o número de "1" for ímpar. No nosso caso como o número de ocorrências de "1" na nossa
trama é de oito(8 é par) o bit de paridade a enviar juntamente com ela será o valor correspondente
"1":

No receptor, depois de recebida a mensagem, é testado o bit de paridade para verificar se


ecorresponde com a paridade do número de "1" da mensagem. Se corresponder então assume-se
que não há erro na trama, senão há erro. Para além de ser um método simples e eficiente na
detecção de erros, este esquema tem uma falha:

Mensagem enviada:= "10001010" - 2 (par) ocorrencias de "1" logo o bit de paridade é 1;

Mensagem recebida: "10111010" - 4 (par) ocorrencias de "1" e bit de paridade é igualmente 1.

Resultado: O que aconteceu é que houve uma deformação da trama durante o seu envio de
"10001010" para "10111010" e o mecanismo não acusou erro porque o bit de paridade está de
facto correcto.

CRC

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 40


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O CRC("Cyclic Redundancy Check") consegue ser ainda mais eficiente mas também mais
complexo que os anteriores. Este mecanismo, ao contrário dos anteriores, não utiliza bits de
paridade mas uma sequência de bits conhecida por FCS (“Frame Check Sequence”). O FCS é
calculado no emissor e enviado como um dado redundante. O receptor, depois de receber a trama,
vai fazer de novo o mesmo cálculo e verificar se coincide com o calculo que o emissor gerou no
pacote e assim é possível determinar se houve ou não erro na transmissão.

O FCS é o resto da divisão polinomial entre os dados a enviar, e um polinómio gerador


adequadamente escolhido. Para efectuar esta divisão, cada posição dos bits no bloco de dados ou
arquivo é considerado como uma potência de x no polinómio, e o valor do bit é o coeficiente
correspondente (0 ou 1). Por exemplo, a sequência de bits 1001101100110100 deve ser
considerada como sendo o polinómio:

P(x) = 1x15 + 0x14 + 0x13 + 1x12 + 1x11 + 0x10 + 1x9 + 1x8 + 0x7 + 0x6 + 1x5 + 1x4 + 0x3 + 1x2 + 0x1 +
0x0

ou seja:

P(x) = x15 + x12 + x11 + x9 + x8 + x5 + x4 + x2

Existem vários divisores predeterminados:

CheckSum

No emissor é feita uma soma de verificação do pacote. No receptor é feito o mesmo procedimento
e comparada o resultado da soma de verificação do receptor com os dados redundantes do bloco.
Se coincidir não é detectado qualquer erro, senão houve erro na transmissão.

Tipos de mecanismos de correcção de erros


Porque detectar os erros numa comunicação de dados não basta é necessário, depois de detectado
o erro(se existir), corrigi-lo. Seria vantajoso se o receptor pudesse determinar o erro para o
corrigir. Pelo seguinte exemplo, isto é possível:

 Mensagem: "Msmo sem algms letrs cseguims entendr a mensgm"

Mesmo estando a mensagem modificada é-nos possível lê-la - até a um certo ponto, claro que se a
modificarmos um pouco mais é-nos impossível entende-la:

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 41


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 Mensagem: "ão d p prr a ms" - "Não dá para perceber a mensagem"

Estes dois exemplos podem ser aplicados também à correcção de erros nas transmissões digitais.

No que toca à correcção de erros em pacotes existem duas alternativas:

 Pedido automático de repetição (ARQ - Automatic repeat request) -> Utiliza a repetição
como método de correcção de erros em tramas.

 Auto-correctores (ECC - error-correcting code) -> Faz uso de uma aumento significativo
da informação de controlo para corrigir o erro.

ARQ

No receptor, este mecanismo(ARQ - Automatic repeat request) irá "informar" o emissor,enviando


um ACK (aviso de recepção), de que não houve erro na transmissão no trama que foi enviado. Se
o emissor não receber o ACK até passar um determinado período de tempo então é porque esse
bloco continha erros e o emissor vai enviar de novo o bloco em questão até que receba o ACK ou
até que atinja um determinado número de repetições de envio.

ECC

Os mecanismos(ECC - Error-Correcting Code) obrigam a um aumento significativo da


informação de controlo, sendo por isso usados somente em situações específicas em que não haja
outra alternativa, por exemplo numa transmissão "Simplex" (unidireccional). Se houver erro este
mecanismo irá recorrer a um ou mais esquemas de detecção referidos anteriormente para saber
exactamente em que bit(que varia entre 1 ou 0) está o erro para para inverter esse bit.

Outros Exemplos

 LRC (Logitudinal Redundancy Check)

 Ecoplexing

 Paridade Combinada (VRC + LRC)

 Código de Razão Constante

 Bits de Hamming

Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Detec%C3%A7%C3%A3o_e_correc%C3%A7%C3%A3o_de_erros
(Versão portuguesa)

http://en.wikipedia.org/wiki/Error_detection_and_correction (Versão inglesa)

http://www.dei.isep.ipp.pt/~andre/documentos/deteccao-erros.html
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 1 Técnicas de compressão de dados


o 1.1 Compressão de dados
 2 Classificação
o 2.1 Compressão de dados sem perda de informação
o 2.2 Compressão de dados com perda de informação
o 2.3 Simetria
o 2.4 Adaptabilidade
o 2.5 De fluxo e de bloco
o 2.6 Classificação quanto a operação
 2.6.1 Métodos estatísticos ou métodos de aproximação de entropia
 2.6.2 Métodos baseados em dicionários, ou métodos de redução de redundância
 2.6.3 Transformações

Técnicas de compressão de dados


Compressão de dados

Resume-se a reduzir o espaço ocupado por dados num determinado dispositivo (ex: discos
rígidos). É uma operação efectuada por variados algoritmos de compressão, diminuindo a
quantidade de bits para representar um dado. Esse dado pode ser uma imagem, um texto ou até
mesmo um ficheiro qualquer.Destina-se também a retirar as repetições através de uma regra
chamada de código ou protocolo, que elimina os bits repetidos, de modo a reduzir o seu tamanho
nos ficheiros.Embora possam parecer sinónimos, compressão e compactação de dados são
processos diferentes. A compressão reduz a quantidade de bits enquanto que a compactação une
dados que não estejam unidos (ex: desfragmentação de discos).

Classificação
Compressão de dados sem perda de informação

A informação adquirida depois da descompressão é igual à informação original (antes de ser


comprimida), diferente da compressão com perda de dados. Esses métodos são vantajosos para
dados que são adquiridos directamente por meios digitais onde uma pequena perda de dados guia
o não funcionamento ou torna os dados incompreensíveis.

Compressão de dados com perda de informação

Por outro lado, algumas situações deixem que perdas de dados pouco significativos aconteçam.
Nesses casos, podemos comprimir os dados simplesmente esquecendo esses detalhes. Assim, os

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 44


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dados adquiridos depois da descompressão não são parecidos aos originais, pois "perderam" as
informações insignificantes, e dizemos então que é um método de compressão com perdas.

Simetria

Quando falamos de métodos simétricos ou assimétricos de compressão de dados, estamos a falar


nas diferentes complicações entre a compressão e a descompressão. Quando a compressão e a
descompressão são feitas executando-se métodos ou algoritmos parecidos dizemos que o método
de compressão é simétrico. Quando o método de compressão é mais complicado que o de
descompressão (em casos raros, o de descompressão é mais complexo que o de compressão),
dizemos que o método de compressão é assimétrico. Este tipo de método é útil quando vamos
comprimir apenas uma vez, mas descomprimir várias vezes (ex: músicas em formato MP3). Nesse
caso temos todo o tempo do mundo para comprimir, mas a descompressão tem de ser feita em
tempo real.

Adaptabilidade

A compressão de dados pode ser baseada em métodos fortes, cujas regras não mudam de acordo
com os dados, nem a medida que os dados são lidos. São os métodos não adaptativos. Quando os
diferentes métodos conseguem adaptar-se aos dados a medida que estes são processados o método
é adaptativo.

De fluxo e de bloco

Os métodos de compressão de dados tratam os dados como um fluxo sucessivo de dados. Esses
métodos são classificados como métodos de compressão de bloco como por exemplo o método de
Burrows-Wheeler. Os métodos tradicionais são conhecidos como métodos de compressão de
fluxo.

Classificação quanto a operação

Os métodos de compressão são também classificados pela forma como trabalham, e pelo objectivo
que procuram atingir. Nesta forma de classificação podemos indicar:

Métodos estatísticos ou métodos de aproximação de entropia

São métodos que usam as probabilidades de acontecimento dos símbolos no fluxo de dados e
alteram a representação de cada símbolo ou grupo de símbolos.Têm como objectivo reduzir o

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 45


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número de bits usados para representar cada símbolo ou grupo de símbolos, e assim aproximar o
tamanho médio dos símbolos ao valor da entropia dos dados (ex: codificação de Huffman ou a
codificação aritmética).

Métodos baseados em dicionários, ou métodos de redução de redundância

São os métodos que usam dicionários ou outras estruturas similares de forma a eliminar repetições
de símbolos excessivos ou repetidos (ex: Programas mais usados de compressão sem perda)

Transformações

São métodos que sozinhos não comprimem os dados, mas são capazes de transformar dados que
não seriam comprimidos ou seriam pouco comprimidos pelos métodos normais, em dados que
podem ser mais facilmente comprimidos (ex: São em geral usados para compressão com perdas de
forma a eliminar a conexão entre os dados próximos e assim identificar quais dados podem ser
eliminados sem prejuízo do resultado final)

Redes de Comunicação TGPSI -10 Ano 46

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