tamanha importância que supera até a própria existência. Dessa maneira, mostra-se importante a discussão acerca das armadilhas do uso de cigarros eletrônicos para saúde de jovens brasileiros, uma vez que, necessidade de validação e a falta de conhecimento configuram como fatores que contribuem para esse pernicioso cenário. De início é notório destacar que o uso de cigarros eletrônicos, popularmente chamados de "pods" ou "vapes", são utilizados como forma de se fazer pertencente a um grupo social. Já que na adolescência e início da vida adulta o desejo de pertencer a um grupo é demasiadamente verídico, logo, se há uma cultura que promove o uso de "vapes", os classificando como algo "popular" e "cool", a consequência disso será: indivíduos que se sentem invalidados socialmente aderem ao uso de cigarros eletrônicos, mesmo que não possuam apreço pelos efeitos das substâncias que esses dispositivos oferecem para alcançarem validação que almejam. Nesse contexto, o verso "não basta existir, é necessário também pertencer.", da poetisa Clarice Lispetor sintetiza essa problemática. Ademais, a falta de conhecimento é um aspecto impulsionador para o uso de "vapes". Mesmo se tenha a impressão de que o cigarro eletrônico é a alternativa mais "saudável" ao cigarro de tabaco, a realidade é justamente ao contrário. Em relatório do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor), é alertado que um "vape" pode conter até 20 cigarros comuns em seus níveis de nicotina. Ele também é usado por tabagistas que querem parar de fumar, embora não haja comprovação científica de que o cigarro eletrônico consiga ajudar a superar o vício por tabaco. Logo, se evidência que a carência de noção por parte dos jovens sobre cigarros eletrônicos é nocivo, uma vez que a falta de compreensão pode acarretar sérios danos à saúde. Portanto, fica evidente a necessidade de medidas que venham conter o uso de cigarro eletrônico pela população jovem brasileira. Em suma, cabe ao o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), o oferecimento tratamento integral e de graça, via SUS, a quem deseja se livrar do uso de "pods". Outrossim, é ideal a realização de campanhas publicitárias com intuito de elucidar e alertar os jovens brasileiros sobre os perigos que o cigarro eletrônico pode ocasionar.