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Apostila Modulo 215 Historia Da Igreja Matheus Soares
Apostila Modulo 215 Historia Da Igreja Matheus Soares
1. INTRODUÇÃO
2. O IMPÉRIO ROMANO NA ÉPOCA DO NASCIMENTO E MINISTÉRIO DE JESUS
I. O Império Romano do Nascimento do Cristianismo
II. O Território Romano e os Nomes da Época
III. Comparação com Impérios Antigos
IV. Cristo veio da Plenitude dos Tempos
V. A liderança de Cristo
3. O MINISTÉRIO DE JESUS
I. Cronologia do Ministério
II. Governantes da Época de Jesus
III. Jesus veio trazer o Reino de Deus
IV. Grupos Religiosos da Época de Jesus
4. O INÍCIO DA IGREJA
I. Os principais períodos da história da Igreja
5. O PERÍODO APOSTÓLICO
I. Principais acontecimentos do início da Igreja
II. Cronologia da vida de Paulo
III. Cronologia da escrita dos livros do Novo Testamento
IV. Sobre os Evangelhos
6. ERA DAS PERSEGUIÇÕES
I. As primeiras perseguições
II. Por que tantas perseguições?
III. As dez grandes perseguições
IV. Principais acontecimentos das Dez Perseguições
V. A morte dos imperadores
VI. A morte dos apóstolos
7. ERA IMPERIAL
I. Imperador Constantino
II. Consequências negativas do Edito da Tolerância
III. Resultados da união da Igreja e Estado
IV. Outras datas importantes dentro da Era Imperial
V. Os pais da igreja e sua importância
VI. Os escritos dos pais da igreja
VII. O Concílio de Cartago e a Formação do Cânone do Novo Testamento
VIII. Pontos interessantes sobre o Cânon do Novo Testamento
IX. Os Concílios, as Heresias e as Polêmicas
8. IDADE MÉDIA OU IGREJA MEDIEVAL
I. Condições de vida na Idade Média
II. Principais pontos do Cristianismo e do mundo na Idade Média
III. O declínio da igreja e a necessidade de uma reforma
9. A REFORMA PROTESTANTE
I. Os pré-reformadores
II. Martinho Lutero
III. Cronologia final da vida de Lutero
IV. A Reforma em outros lugares da Europa
V. Ulrich Zwinglio
VI. João Calvino
VII. Calvinismo e Arminianismo
VIII. John Knox
IX. William Tyndale
X. A contra-reforma
10. MOVIMENTOS MISSIONÁRIOS E AVIVAMENTOS
I. Missões e avivamentos
II. Jonathan Edwards
III. George Whitefield
IV. John Wesley
V. Dwight Lyman Moody
VI. Charles H. Spurgeon
11. MOVIMENTO PENTECOSTAL
I. Avivamento do País de Gales
II. Charles Fox Paham e o Seminário de Betel
III. A situação da igreja brasileira
IV. A igreja do evangelho pleno de Seul - David Paul Yonggi Cho
V. O maior evangelista da história da Igreja
INTRODUÇÃO
Então que esse curso possa nos ajudar a entender o momento em que nós estamos
vivendo como igreja e que compreendamos que para termos chegado até aqui muitas
pessoas já sofreram, lançando as sementes através das quais hoje nós podemos
colher os frutos do evangelho. Que esse curso também possa inspirar você aqui
através da história de homens que foram tão poderosamente usados por Deus.
O IMPÉRIO ROMANO NA ÉPOCA DO
NASCIMENTO E MINISTÉRIO DE JESUS
A Bíblia nos traz um relato do cenário das configurações dos impérios mundiais. Na
visão de Daniel, por exemplo, cada parte da estátua representava um império que
havia de surgir: após o período do império babilônico, haveria os assírios, os medo-
persas, os gregos e, por último, os romanos. O curso da história sempre foi guiado
por Deus.
Judá, cuja capital era Jerusalém, passou por todos esses períodos de império sendo
vassala desses povos. Em 586 a.C., Nabucodonosor entrou em Jerusalém, destruiu
o templo e levou o povo cativo por um período de 70 anos. Tempos depois, o império
babilônico teve seu fim: os medo-persas dominaram todo o território, sendo sucedidos
pelos gregos sob Alexandre, o Grande, até a chegada dos romanos.
A grande questão que vamos perceber é que, desde a época do retorno da Babilônio,
essas gerações de ex-cativos não tinham mais o controle da terra. Depois da geração
dos reis, há governadores da Judeia e, após isso, pessoas responsáveis por seu
manejo, a exemplo de Pilatos, mas jamais acontece o retorno à monarquia.
De fato, isso é chave para entender o grande anseio dos judeus, que buscavam um
líder que deveria ser um messias político, não um salvador de um reino de Deus sobre
os homens, mas alguém que livrasse Israel do poderio romano.
Este império ocupava o território que hoje é ocupado por aproximadamente 30 nações
e possuía quase cinco milhões de quilômetros quadrados. Além disso, o império
romano também havia construído estradas que cobriam quase 85 mil quilômetros por
seu território. Com isso, assegurou um período de estabilidade nunca vista antes por
todo o mundo da época às margens do Mediterrâneo.
Isso é fundamental para compreendermos que esse tempo em que Jesus nasce é o
tempo em que o maior império que já existiu havia se consolidado, se fortalecido, e,
em pouco tempo, havia expandido e conquistado muitas terras, estabelecendo sua
cultura e linguagem.
Qual é o significado da palavra plenitude: aquilo que é completo, pleno, cheio até a
medida. Deus age mediante tempos de plenitude. A plenitude dos tempos indica
medidas que precisavam ser alcançadas para a vinda do messias, são elas:
A liderança de Cristo
Cronologia do Ministério
Fariseus: Esse era o mais bem conhecido de todos os grupos. Não era um
grupo grande, mas tinham muita influência. Fariseu é um nome aramaico que
significa “separado”, e eles o eram de fato. A fonte dos ensinos dos fariseus
era a Tanakh.
Jesus concordava com boa parte do que eles ensinavam, mas não como eles
agiam. Ele disse: “Observai e fazei tudo quanto eles vos disserem. Mas não
procedais de conformidade com as suas obras, pois dizem e não fazem” (Mt
23:3). A pregação deles possuía muitas verdades, mas eles não praticavam o
que ensinavam.
Outro aspecto dos fariseus é que eles davam grande ênfase a cumprir a lei e
as suas tradições. Chegavam a considerar suas tradições superiores à Lei
Mosaica. Por isso Jesus os disse que “deixando o mandamento de
Deus, se apegam às tradições dos homens” (Mc 7:8)
A igreja começou após a missão ser dada para que pregasse o evangelho (Mc 16:15).
Em Atos 1:8, Cristo informou que após eles receberem poder eles seriam
testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra. Curiosamente,
Cristo só autoriza eles serem testemunhas o que haviam presenciado durante 3 anos
e meio com Jesus após eles receberem o poder. Antes disso, Jesus sempre dizia que
ninguém contasse o que Ele havia feito.
Só há uma autorização para testemunharem o que eles haviam visto depois deles
receberem o poder que viria do alto. Ou seja, o Senhor estava ensinando que o
evangelho não é um conjunto de conhecimentos humanos ou uma mera informação,
mas sim as boas novas testemunhadas com poder. Jesus não deixou ninguém
testemunhar sem antes receber poder.
● A qualidade da Igreja:
Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à
comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos
estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e
sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que
criam mantinham-se unidos e tinham tudo em
comum. Vendendo suas propriedades e bens,
distribuíam a cada um conforme a sua
necessidade. Todos os dias, continuavam a
reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em
suas casas, e juntos participavam das refeições,
com alegria e sinceridade de coração, louvando a
Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o
Senhor lhes acrescentava todos os dias os que
iam sendo salvos.
Atos 2:42-47
Isso nos mostra que a igreja primitiva não era perfeita como muitos pensam.
Ela tinha conflitos na liderança (Paulo e Pedro), tinha carnalidade e imoralidade
(Tiatira), tinha pessoas que faziam “coisas boas” para quererem status
(Ananias e Safira), tinha pessoas que queriam beneficiar parentes
independentemente da vontade de Deus (Barnabé e Martos), etc…
Provavelmente já estava em
20 d.C. Jerusalém e a partir dos 13 anos já
iniciara seus estudos com Gamaliel
Na época do Concílio de Jerusalém (49 d.C.), não havia ainda sido escrito nenhum
dos livros do Novo Testamento. A Igreja no dia-a-dia da vida cristã dispunha apenas
das memórias dos primeiros discípulos. Entretanto, antes que chegasse o ano 70
d.C., grande parte dos livros do Novo Testamento já estavam circulando. Veja
algumas datas:
Sobre os Evangelhos
Os três primeiros evangelhos são chamados sinóticos, termo que indica uma visão
semelhante na narrativa dos fatos. Já o evangelho de João não está tão interessado
em construir uma biografia de Jesus, mas sim revelá-lo como o Cristo, Filho de Deus.
Mateus foi escrito para judeus, frisando que os eventos da vida de Jesus aconteceram
“para que se cumprisso o que fora dito” nas profecias do Antigo Testamento.
Marcos foi escrito para os romanos. Marcos tem essa tendência de relatar dados
específicos do evangelho, e é muito provável que o texto tenha sido ditado por Pedro,
que compartilha as informações com Marcos.
Lucas escreve para gregos. Assim como Marcos, ele não foi um dos discípulos,
recebendo as informações para repassar para os gregos. Lucas vai, a partir da
segunda viagem missionária, viajar juntamente com Paulo. Durante a prisão de Paulo
em Cesaréia, Lucas vai para Jerusalém coletar informações, pesquisando para sua
obra escrita.
As primeiras perseguições
Em 51 d.C., houve uma perseguição liderada pelo imperador Cláudio, que também
acabou afetando alguns cristãos - At 18:1-2. Priscila e Áquila foram expulsos de Roma
nessa perseguição. O historiador romano Suetônio registrou que essa expulsão de
Roma se deu por causa de alguns “judeus” que estavam pregando sobre Cristo e
causando “distúrbios” na cidade.
Vale a pena lembrar que nessa época os romanos não diferenciavam judeus e
cristãos. Para eles todos eram judeus e, por causa disso, Lucas mantém essa
expressão no texto de Atos. Essa perseguição não causou mortes, apenas expulsões.
A igreja foi muito perseguida pelo império por suas convicções (que não deixavam ela
prestar culto ao imperador romano e nem oferecer sacrifícios pagãos) e também pelo
fato de que os romanos consideravam tanto os judeus como os cristãos como o
mesmo povo.
Embora pareça fazer pouco sentido essas expressões para essas acusações no séc.
XXI, elas possuíam certa importância naquela época pelo fato de que os cristãos se
reuniam de forma secreta em lugares fechados - devido às perseguições - e, por
causa disso, os romanos acreditavam que tais práticas eram realizadas nessas
reuniões que aconteciam de maneira reservada. No entanto, como disse Tertuliano:
“o sangue dos mártires é a sementeira da igreja”.
A primeira grande perseguição imperial foi realizada por Nero entre 64 e 68 d.C. Em
18 de Julho de 64 d.C., Nero (considerado o pior imperador de Roma, tendo matado
até sua própria mãe) decidiu, sob o desejo de construir uma nova Roma, incendiar
antiga cidade. Foram nove dias de incêndio sobre toda a cidade, que teve 10 dos 14
bairros queimados.
Nero, a partir de então, iniciou uma perseguição terrível contra os cristãos. Tácito
registra que “Alguns foram vestidos com peles de animais e perseguidos por cães até
serem mortos; outros crucificados; outros incendiados ao pôr-do-sol, para que
pudessem servir de iluminação à noite”. Essa foi a primeira das dez grandes
perseguições que continuaram, quase que sem interrupções, durante três séculos.
c. Nessa época surgiu uma certa divisão dentro da igreja. Pois alguns
cristãos temendo a morte diziam não ser cristãos diante do tribunal, e
após serem absolvidos voltaram para a comunidade cristã que eles
faziam parte. Dentro da liderança da igreja, havia os que aceitavam
perdoá-los e reintegrá-los, mas também aqueles que diziam que porque
havia negado a Cristo, não podiam mais fazer parte da igreja.
b. Ele lançou um decreto que era proibido tornar-se cristão. A partir desse
momento, o cristianismo não era apenas perseguido, mas sim proibido
em todo o império romano. Isso fazia com que todos os cristãos
tivessem a “certeza” de que estavam condenados à morte.
A grande prova disso é que depois que Fabiano, Bispo de Roma, foi
martirizado por Décio, ninguém teve coragem de ocupar seu lugar. Os
poucos cristãos que ainda permaneceram fiéis foram cruelmente
perseguidos e torturados.
b. Nessa época, o Bispo Sisto II - que havia aceitado ser líder da igreja em
Roma - foi decapitado em pleno culto enquanto ministrava o ato da ceia.
Durante esta perseguição, morreram também Cipriano, Bispo de
Cartago, e Orígenes de Alexandria, ambos considerados “pais da
igreja”. Um outro caso interessante de martírio dessa época foi o de
Cirilo, um adolescente que não negou a sua fé diante da perseguição
imperial.
● Valeriano, depois de ser preso por Sapor, rei da Pérsia, passou a ser usado
como um “banco” onde o rei subia para montar em seu cavalo, e depois de
sofrer sete anos esse e outros insultos, foram-lhe arrancados os dois olhos e
esfolaram-no vivo;
● Valério foi acometido por uma doença terrível e, assim como Herodes, teve
seu corpo comido por bichos;
A morte dos apóstolos (100 a 313 d.C. sendo a primeira perseguição em 64 d.C.)
André Foi morto em uma cruz, e pregou ali aos seus perseguidores,
em Patras, na Grécia
Ele já era favorável ao cristianismo e depois dessa vitória com esse sinal ele decidiu
lançar um decreto pondo fim às perseguições. Esse decreto foi o Edito da Tolerância,
que foi promulgado em 313 d.C.
Imperador Constantino
Em 330 d.C.; Constantino mudou a capital do Império para Bizâncio, e trocou o seu
nome para Constantinopla.
● Mundanismo, secularismo
Igreja e estado se tornaram uma coisa só. A grande prova disso é que podia-se
presenciar a tragédia de ver um imperador romano presidir os concílios da igreja e
tomar parte nos debates. Literalmente, o santo havia misturando-se com o profano.
Esse título só foi dado muitos séculos depois quando as futuras lideranças olharam
para trás e reconheceram a importância do legado que esses homens deixaram para
o cristianismo e a história da teologia cristã. Não foram eles que se denominaram
“pais da igreja”, a história que deu esse título para eles.
Tiveram uma relação direta com os Dedicaram suas vidas com todas as
apóstolos. suas habilidades literárias em defesa do
Cristianismo perante as heresias e as
São eles: Clemente de Roma, Inácio de perseguições do Império
Antioquia, Papias e Policarpo.
São eles: Tertuliano, Justino, o Mártir,
Irineu, Cipriano, Orígenes, Jerônimo,
Eusébio de Cesaréia, João Crisóstomo
e Agostinho.
● Carta à igreja em Corinto por Clemente de Roma (96 d.C.). Nessa carta,
Clemente repreende a igreja em Corinto por facções internas que haviam,
fazendo com que esses “grupinhos” atrapalhassem a unidade do corpo de
Cristo. Repare que quase 50 anos depois de Paulo ter repreendido a igreja em
Corinto por divisões internas, ela volta a ser repreendida pelo mesmo
comportamento errado.
● Carta à igreja de Éfeso escrita por Inácio em 107 d.C. Nessa carta, Inácio fala
sobre vários temas da vida cristã e incentiva aos efésios para permanecerem
no Senhor. Inácio também não poupa elogios a essa igreja. Essa carta foi
escrita 12 anos depois da primeira das sete cartas da Ásia. De acordo com o
texto de Inácio, os problemas citados na carta de Jesus aos efésios já haviam
sido resolvidos.
Com o passar dos anos havia uma grande quantidade de textos sendo lidos pelos
cristãos dos primeiros séculos, e entre esses textos haviam muitos de origem e
conteúdo duvidoso.
Eram ao todo mais de 200 livros que existiam nos primeiros séculos da era cristã que
tentavam ter aceitação entre as igrejas. Muitos deles tinham ensinamentos heréticos
e tinham até os nomes dos apóstolos (como se fossem de sua autoria) e os cristãos
liam nas igrejas da época e acreditavam que aquilo realmente era ensinamento de
Cristo.
1. Apostolicidade do livro: ter sido escrito por um apóstolo ou por alguém com a
ajuda de uma apóstolo. Ex: Lucas com a ajuda de Paulo e as testemunhas de
Jerusalém e Marcos com a ajuda de Pedro.
2. Aceitação ampla nas igrejas: se a maioria das igrejas reconheciam aquele livro
como inspirado por Deus.
Mediante a isso, em 367 Atanásio, Bispo de Alexandria, escreveu sua famosa carta
oriental. Nesse documento, enumerava os 27 livros que hoje fazem parte do nosso
Cânon do Novo Testamento. No desejo de impedir que seu rebanho caminhasse junto
ao erro, Atanásio afirmou que nenhum outro livro poderia ser considerado escritura
cristã.
Outro ponto interessante sobre o Cânon do Novo Testamento tem a ver com a
diferença do grego bíblico para o grego contemporâneo.
No entanto, no domingo Jesus disse que ainda não tinha ido ao céu depois de sua
morte: “Recomendou-lhes Jesus: não me detenhas, porque ainda não subi para meu
Pai” (Jo 20:17). Jesus morreu numa sexta, e ressuscitou no domingo. Como ele foi
para o céu como o ladrão na sexta, se no domingo ele disse para Maria Madalena
que ainda não tinha ido?
Os concílios foram necessários para que a igreja se posicionasse através dos Bispos
e dos teólogos em todas as vezes que polêmicas e heresias surgiam na igreja. Ao
todo existiram 21 concílios gerais mais o concílio de Jerusalém em 49 d.C.
Esse foi o período mais difícil para a humanidade de um modo geral. Não só para a
igreja, mas também para a sociedade como um todo. Esse período é chamado de
“Idade das Trevas”.
A grande maioria das pessoas tinha cicatrizes no rosto de doenças como, por
exemplo, a varíola;
Uma simples pessoa do século XXI consegue ter acesso a privilégios como água
gelada, ar condicionado e remédios - confortos que até os mais ricos da idade média
não possuíam.
As pessoas, em sua grande maioria, não sabiam ler nem escrever. Isso as tornava
mais fáceis de serem alienadas.
● Os Valdenses;
● A “Santa Inquisição”;
O declínio da Igreja e a necessidade de uma reforma
Os pré-reformadores
Sua doutrina ensinava que o Papa não era a maior autoridade da igreja, mas
sim as escrituras. Assim como Lutero, Deus preservou a vida de Wycliffe e ele
morreu de morte natural.
A igreja católica fez de tudo para acabar com a influência de Wycliffe, tanto em
vida como em morte, a ponto de em 1428 (44 anos após sua morte), os ossos
dele foram desenterrados, queimados e as cinzas foram jogadas em um
ribeiro.
“Quando jogaram suas cinzas no ribeiro, este correu para um rio, o rio correu
para um rio maior ainda, e esse rio desaguou no oceano e ninguém mais podia
segurar os ensinos de Wycliffe” (Poema de um poeta da época).
● John Huss (1372 - 1415): tinha 12 anos quando Wycliffe morreu, e não o
conheceu pessoalmente. Foi reitor da Universidade de Praga (República
Checa)
Foi “pastor” da Capela de Belém, em Praga. Essa igreja foi construída por dois
homens ricos que queriam que a Bíblia fosse ensinada no idioma do povo, e
não no latim, como os padres faziam. Era a única igreja em Praga que se
opunha à venda de indulgências.
“Hoje vocês matam um ganso, mas daqui a cem anos Deus suscitará um cisne
que ninguém poderá matar”
● Em 1510 foi a Roma. Lutero esperava encontrar ali a paz ao visitar os “lugares
sagrados” e encontrar algumas relíquias (a corda onde supostamente Judas
se enforcou, um pedaço da sarça ardente de Moisés e as alegadas correntes
do apóstolo Paulo). Mas, em vez disso, descobriu os abusos grosseiros e as
hipocrisias mascaradas dos sacerdotes. Isso o fez voltar desanimado para
Erfurt.
● Quando a notícia dessas teses chegou a Roma, o Papa denunciou Lutero por
pregar doutrinas perigosas e intimou-o a vir até Roma. Ele recusou essa
intimação, pois dizia que a autoridade maior para a igreja era a Bíblia e não o
Papa. Por meio dessa ousada confissão, Lutero atacou o nervo central da
autoridade papal.
● Carlos V condenou a Lutero como herege, colocando assim “um preço sore
sua cabeça”. Quando Lutero saiu de Worms, tinha 21 dias de passagem livre
até Wittenberg. Durante a viagem, foi sequestrado por um grupo de 5 homens
altamente armados a pedido de Frederico III.
O que parecia ser o último passo para uma morte se tornou em um dos passos
mais importantes para a Reforma, pois Frederico III apoiava a reforma e enviou
aqueles homens para que levassem Lutero para o Castelo de Wartburg, perto
de Eisenach, e ali ele ficou refugiado com o codinome de “Cavaleiro Jorge”;
● 1538 - Tenta impor suas ideias em Genebra e é expulso de lá. Vai então
para Estrasburgo e casa-se com Idelette de Bure;
Calvinismo e Arminianismo
William Tyndale sonhava em publicar uma tradução para o inglês. Estudou em Oxford
e sabia falar 7 idiomas. O rei da Inglaterra, Henrique VIII, proibia tanto a tradução
quanto citação de textos da Bíblia em inglês.
Não conseguindo apoio para a tradução na Inglaterra, foi para Wittenberg onde
traduziu todo o Novo Testamento para o inglês. Com a ajuda de Lutero,
contrabandeou 3.000 publicações do Novo Testamento para a Inglaterra.
Fugindo da perseguição de Henrique VIII, William Tyndale fugiu para a Bélgica, onde
foi encontrado e preso. Na Bélgica, traduziu o Pentateuco e o livro de Jonas, e durante
seu cárcere de uma ano e meio conseguiu traduzir de Josué até II Crônicas.
Chegado o dia, William Tyndale foi levado até uma praça pública para sua execução
na fogueira. Suas últimas palavras foram uma oração para que o rei da Inglaterra
tivesse seus olhos abertos. Um ano depois sua oração foi atendida, e o rei Henrique
VIII autorizou a publicação da Bíblia.
A contra-reforma
Foi uma resposta da Igreja Católica contra a Reforma Protestante por meio de uma série de
medidas para conter o avanço do protestantismo que ganhava força na Europa absolutista,
principalmente porque muitos reis buscavam se libertar das garras do papa que tinha mais
poder que os próprios reis.
O protestantismo então ganhou simpatia de reis como na Inglaterra, que foi o primeiro reino
a se desligar do Vaticano. Mas, na verdade, a contra-reforma foi apenas uma reafirmação
das crenças católicas, sem mudar de fato muita coisa.
A única coisa que de fato mudou foi que devido ao confronto da Reforma Protestante contra
os exageros abusivos da igreja católica, os Bispos decidiram suprimir os abusos ligados às
indulgências, e foi decidido que seminários seriam estabelecidos com o objetivo de
proporcionar uma melhor qualificação para os sacerdotes.
Um último ponto que vale a pena destacar foi a criação de um grupo missionário chamado
Companhia de Jesus, cujos membros ficaram conhecidos como jesuítas.
O movimento Puritano
Os puritanos foram ministros ingleses - e depois escoceses - que buscavam purificar a igreja
da Inglaterra de costumes católicos. Para isso, combinavam piedade e disciplina com o
desejo de reformar a igreja Anglicana. Infelizmente eles não conseguiram e alguns deles
optaram por migrar para a “Nova Inglaterra”, e ali fundarem uma nova sociedade onde eles
pudessem ter liberdade religiosa.
Em 1620 eles decidiram partir para o “Novo Mundo”. Cerca de 100 pessoas (entre elas
crianças) cruzaram o oceano saindo da Inglaterra e indo em direção às colônias. Depois de
mais de 2 meses à bordo do navio Myflower, aportaram em Plymouth, no Cape Cod (EUA).
Em menos de 15 anos a população de imigrantes já era mais de 2 mil habitantes em
Plymouth.
Richard Baxter (1615 - 1691): Baxter foi pastor em Kidderminster, no interior da Inglaterra,
onde realizou um dos mais importantes trabalhos pastorais da história da igreja. Sua paróquia
era uma aldeia com aproximadamente 2 mil habitantes, e quase todos se converteram sob o
ministério de Baxter. Seu trabalho consistia em visitar sistematicamente as famílias da cidade,
com o propósito de cuidar espiritualmente delas. Ele visitava de sete a oito famílias por dia.
MOVIMENTOS MISSIONÁRIOS
E AVIVAMENTOS
(1648 - final do séc. XIX)
Missões e avivamentos
Dos séculos XVII a XIX, existiu uma grande ênfase ao movimento missionário. Em
1789, aos 28 anos, Guilherme Carey, conhecido como “o Pai das Missões Modernas),
fundou a Sociedade Batista Missionária.
Mas não podemos deixar de falar da linda história dos irmãos Morávios. Em 1732,
John Leonard Dober e David Nitschmann. Eles moravam na República Tcheca e se
venderam como escravos para responderem a um chamado missionário para
evangelizar as Ilhas Virgens.
● D. L. Moody em Chicago;
Jonathan Edwards
George Whitefield
● Foi um dos principais evangelistas da História da Igreja, conhecido como o
“Príncipe dos Pregadores ao Ar-Livre”.
● Whitefield merece esse título porque pregava em média dez vezes por
semana, durante um período de 28 dias fez a incrível façanha de pregar a 10
mil pessoas por dia. Viajava a cavalo pregando e sua voz era ouvida a mais de
1km de distância.
John Wesley
● Seu pai era alcoólatra e morreu quando ele tinha 4 anos, deixando muitos
filhos. Só não passaram necessidade pois um pastor ajudava a família.
Charles H. Spurgeon
● Antes dos 20 anos de idade, Spurgeon já tinha pregado 600 vezes. Há relatos
de pessoas que se converteram através de seu ministério de diversas formas,
até por um sermão envolvendo uma margarina. Seu legado tem abençoado
várias gerações.
MOVIMENTO PENTECOSTAL
(séc XX)
Um avivamento que alcançou 100 mil pessoas que foram convertidas a Cristo no
período de apenas 9 meses, ao fim dos quais Evan Roberts adoeceu, gerando um
esfriamento no movimento.
Eles começaram a buscar o batismo com o Espírito Santo, clamando a Deus para que
entendessem e experimentassem aquele mover de Deus. Na virada do milênio,
acontece o evento do batismo com o Espírito Santo de Agnes Ozman, que durante
três dias não conseguiu falar se não em chinês, sendo que ela não conhecia o idioma.
Nessa época havia segregação racial entre igrejas de negros e brancos, só que
Seymour era uma pessoa muito temente ao Senhor, orando 6 horas por dia para que
Deus enviasse um avivamento. Ele e a família que o hospedava iniciaram uma oração
aparentemente comum, mas, de uma forma inexplicável, aquela oração durou três
dias sem acabar.
As línguas estranhas são o dom de Deus para a igreja do século XX, e a prova disso
é que através do movimento pentecostal houve um crescimento estrondoso na
missão evangelística da igreja, com avivamentos na Guatemala, África, a assembleia
de Deus crescendo no Brasil.
Houve o caso de um repórter alemão que visitou a Rua Azusa num culto de domingo
buscando ironizar o avivamento. Ele foi surpreendido por uma jovem negra que falou
com ele em línguas estranhas durante 10 minutos, durante os quais ele ouvia as
palavras em sua língua natal.
O fenômeno que a igreja no Brasil vive hoje é o fenômeno da “colheita”, o mesmo que
aconteceu em Samaria, quando a Bíblia relata que a mulher samaritana trouxe toda
a cidade para Cristo. Temos igrejas e mais igrejas que têm experimentado conversões
em massa, mas um avivamento é muito mais que isso: é um templo pleno de visitação
completa de Deus sobre um povo.
Essa igreja tem um prédio onde cabem 25.000 pessoas sentadas, sendo
Institucionalmente a maior igreja do mundo. O reverendo Yonggi Cho não é mais o
pastor dessa igreja, fazendo a transição para o seu sucessor aos 50 anos de
ministério. Ainad vivo, ele viaja pelo mundo falando acerca do movimento da igreja
em célula e como isso pode ser implantado. Deus manifestou sua unção , graça e
crescimento sobre essa igreja.
O maior evangelista da história da Igreja
O reverendo William Franklin "Billy" Graham Jr, também conhecido como Billy
Graham, é considerado o maior evangelista do século XX. pregou em 185 Países,
incluindo China e Rússia na época do comunismo.
Acredita-se que tenha pregado para mais de 200 milhões de pessoas, e foram
contabilizadas até a data em que concluiu suas cruzadas mais de 3 milhões e 500 mil
decisões de pessoas que entregaram suas vidas a Cristo. O legado desse homem é
extraordinário!
Em 1974, Billy Graham pregou no Brasil, no Maracanã, lotando o estádio por cinco
dias com públicos diferentes. Nunca houve um escândalo moral ou financeiro em que
este reverendo esteve envolvido, de forma que sua memória é íntegra. Faleceu
recentemente com 99 anos.