O populismo na América Latina, incluindo o Brasil, teve origens nos anos
1930 devido ao crescimento da industrialização e urbanização, o que enfraqueceu as estruturas políticas oligárquicas e agrárias existentes. No Brasil, o populismo teve início após a Revolução de 1930, que derrubou a República Velha e estabeleceu Getúlio Vargas no poder. Esse período populista foi marcado por uma política de massas que começou a incomodar a elite e os militares, levando à transição de poder e à formação de partidos políticos.
A abordagem do populismo sugere que ele emerge em um momento de
equilíbrio de forças, onde a burguesia perde sua liderança, mas o proletariado ainda não triunfou. Nesse contexto, um líder carismático manipula um grupo social desorganizado, buscando conciliação de classes.
Pessoas importantes nesse contexto: Eurico Gaspar Dutra (1946-1951),
Getúlio Vargas (1951-1954), Café Filho (1954-1955), Carlos Luz (1955), Nereu Ramos (1955-1956), Juscelino Kubitschek (1956-1961), Jânio Quadros (1961), Ranieri Mazzilli (1961), João Goulart (1961-1964).
No Brasil, o populismo terminou em 1964 com o Golpe Militar, que depôs
o presidente democraticamente eleito João Goulart. Esse golpe marcou o início da ditadura militar no país. Durante o período populista, houve aumento da miséria, desemprego, desestabilização do governo e crises econômicas.
Nos dias atuais, o populismo permanece relevante, adaptando-se a
diferentes contextos históricos e políticos. Ele continua a ser uma estratégia política flexível, onde líderes carismáticos manipulam a percepção das massas para alcançar seus objetivos políticos.