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A etiologia dessa doença é de base multigênica hereditária e expressividade variável, o proto-

oncogene RET (braço longo do cromossomo 10 6-9) é o gene que demontrou maior
suscetilibilidade até hoje e corresponde a maioria dos casos observados. Essa anomalia
resulta numa neurocristopatia, caracterizada pela falha na migração das células da crista
neural do vago (migração crânio-caudal) para o colo durante o período embrionário da 5ª-7ª
semana, e resulta na malformação do sistema nervoso entérico, mais especificamente, a
ausência de formação dos gânglios (aganglionose) que formariam os plexos mioentérico e
submucosoda parte intrínseca do sistema nervoso.

Geralmente a doença de Hirschsprung é associada ao megacolo congênito por conta da


desarmonia funcional no segmento denervado, que dificulta ou até impede trânsito das fezes.
Além da correlação hereditária evidenciada até mesmo pela incidência familiar, também
foram observadas associações com o sexo masculino, com anomalias cardíacas, cerebrais e
craniofaciais, além de outras anomalias genéticas, principalmente a síndrome de Down.

O grau de acometimento agangliose, ou seja, a extensão do segmento desprovido de


inervação vagal irá classicar como um DH de grau curto (envolve o reto e não ultrapassa o
sigmóide; mais comum) ou longo (ultrapassa o sigmóide; mais raro). A dilatação do segmento
proximal em contraste com o não relaxamento do segmento distal, além de uma zona de
transição da presença de gânglios, é uma característica patogênica comum no megacolo
congênito por doença de Hirschsprung, evidenciando a incapacidade de ação dos
neurotransmissores para função nervosa e muscular.

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