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FaculdadeInterculturaldaAmazônia-

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ANÁLISE


COMPORTAMENTAL APLICADA AO AUTISMO–ABA

COMPONENTE CURRICULAR: FUNDAMENTAÇÃO GENÉTICA E NEUROBIOLÓGICA DO TEA

DOCENTE:

DISCENTE:

BELÉM/PA
20
AUTISMO

▶Transtorno Global do Desenvolvimento–


TGD(CID10)

▶ Transtorno Invasivo do Desenvolvimento –


TID(DSMIV–atémaio/2013)

▶Transtorno do Espectro Autista–TEA(DSMV-


atual)
TEA–COMPROMETIMENTOS

▶Conjunto heterogêneo de síndromes clínicas,tendo em


comum atríade de comprometimentos da interação
social recíproca, comunicação verbal e não verbal
e comportamentos repetitivos e estereotipados,
variando, desde as formas mais severas até as mais
brandas.
GENÉTICA DO AUTISMO

▶Há muitos e avalia que os genes desempenham um


papel central na fisiopatologia do autismo e de
suas condições relacionadas. Ainda que esses
cálculos tenham sido feitos na ausência do
conhecimento dos genes causadores dos
transtornos, os dados são mesmo assim
convincentes.
GENÉTICA DO AUTISMO

▶ A herdabilidade, que é a proporção de variância


fenotípica atribuível a causas genéticas, é
calculada em aproximadamente 90%
(Bailey,1995).
GENÉTICA DO AUTISMO
GENÉTICA DO AUTISMO

Fenótipo
▶ O fenótipo é um conceito básico da genética que
representa as características físicas e
comportamentais do indivíduo.
▶Esse conceito diz respeito a características
externas, morfológicas, fisiológicas e do
comportamento do indivíduo, que são resultantes
da soma do genótipo do indivíduo com a
interação do meio ambiente em que ele vive.
FATORES GENÉTICOS

▶Poligênico (até 15 genes envolvidos)–genes candidatos


▶ ↑ 50 a 200 vezes na taxa de autismo entre irmãos de uma
criança com autismo
▶Risco em irmãos para outros transtornos do
neurodesenvolvimento relacionados a habilidades sociais e de
comunicação (fenótipoamplo)
Linhas de Evidências

▶Gêmeos monozigóticos(MZ) e digizóticos(DZ). MZ são


geneticamente idênticos e os DZ partilham a mesma quantidade
de DNA que qualquer par de irmãos, o achado de um índice
maior de concordância (partilhando o diagnóstico) entre pares
MZ sugeriria que os genes têm uma importante contribuição à
etiologia de um transtorno.
Gêmeos Monozigóticos(MZ) Gêmeos Digizóticos(DZ)
Compartilham todo o DNA100% materno 100% paterno Compartilham
metade do DNA 50% materno 50% paterno

Os índices Os índices
observados de observados de
concordância para concordância para
o autismo o autismo
estritamente estritamente
diagnosticado são de diagnosticado são
10% em gêmeos de 92% em
DZ. gêmeos MZ.
lastocela Arquêntero

Ectoderma
Blastóporo
▶Desenvolvimento embrionário e formação da nêurula:

Durante o estágio embrionário denominado nêurula:o tubo nervoso e


a notocorda, ou corda dorsal.Vejamos:

O tubo nervoso: a sua formação tem Estágio de nêurulae formação do tubo nervoso e
Início pela diferenciação de células notocorda.

ectodérmicas, que adquire o aspecto


de uma placa achatada denominada
placaneural, desenvolvendo-se ao
longo do dorsodo embrião. Essa
estrutura, por sua vez, dará origem ao
encéfalo e a outras estruturas.

A notocorda:é uma estrutura que dá


suporte ao tubo nervoso, orientando
a sua diferenciação. Essa estrutura
libera substâncias que induzem as
células do tubonervoso para a
formação do sistema nervoso central.
Imagem:Estágio de nêurula e formação do tubo nervoso
e notocorda/ autoria de Goodlett,C.R., andHorn,K.H
/disponibilizado por Bobjgalindo/ Domínio Público
FATORES GENÉTICOS

▶Poligênico(até 15 genes envolvidos)–genes candidatos


▶ ↑ 50 a 200 vezes na taxa de autismo entre irmãos de uma
criança com autismo
▶Risco em irmãos para outros transtornos do
neurodesenvolvimento relacionados a habilidades sociais e de
comunicação (fenótipo amplo)
▶Transmissão não totalmente conhecida
▶Taxa de concordância em estudo com gêmeos monozigóticos de
36% a 96% e de 0 a 27% em gêmeos dizigóticos.
GENÉTICA DO AUTISMO

• O autismo é um transtorno fortemente genético,


comuma herdabilidade estimada de mais de 90%
(State&Gupta,2006).

▶O DNA comanda o desenvolvimento do


organismo
▶ A busca dos genes específicos que contribuem
para essas síndromes de desenvolvimento, que
são frequentemente devastadoras, tenha se
mostrado extraordinariamente difícil.
GENÉTICA DO AUTISMO

▶ Apesar de que os dados de gêmeos e familiares


indicarem claramente os mecanismos genéticos na
etiologia desses transtornos, os padrões de
transmissão observados não correspondem às
expectativas, pois é difícil predizer o número de
regiões genéticas, ou loci, que contribuem para ele.
Estimou-se que aproximadamente 15 genes possam
estar envolvidos(Risch,1999).
NEUROTRANSMISSOR FUNÇÕES
1-Acetilcolina 1º neurotransmissor descoberto
SNC–Aprendizado e Memória
SNP Somático–Único neurotransmissor presente
SNP Autônomo–Atua entre os muitos neurotransmissores.
2-Noradrenalina/ Humor,ansiedade, sono, alimentação e memória, juntamente
Norapinefrina (HASAM) c/a serotonina, dopamina e adrenalina.
3-Serotonia Controla a liberação de alguns hormônios, regulação do ritmo
circadiano, apetite e sono.
Fármacos–alt.desse neurotransmissor-Depressão, Obesidade,
Enxaqueca e ansiedade.
4-Dopamina Produzida na Subst. Negra e ATV
(CTM–HAMACES) Controle do tônus muscular, humor, aprendizado, memória,
atenção, cognição, emoções e sono.
Parkinson–Falta na via do paminérgica negra-estriatal
Esquizofrenia–Excesso na via do paminérgica no mesolímbo e
escassez na via mesocortical.
5-Ácido gama- Neurotransmissor inibidor SNC Principa
aminobutíricoGABA lneurotransmissor da memória
Participa da regulação do tônus muscular– Diplegia espártica
(Hipertonia)
6- Principal neurotransmissor excitatório
Glutamato(TR Transmissão rápida, cognição; memória; controle do movimento e
CM–CMS) sensação
Devido ao metabolismo anormal–Produção em Excesso leva à
alterações como Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA
CELULAS GLIAS
São as células responsáveis pela recepção e transmissão
dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao
organismo a execução de respostas adequadas p/a
manutenção da homeostase.
▶Para exercer em tais funções, duas propriedades
fundamentais: a irritabilidade (também denominada
excitabilidade ou responsividade)e a condutibilidade..

Origem predominantemente genética há evidências da participação


de vários genes diferentes (formação das sinapses, adesividade
neuronal, regulação das funções sinápticas, células da glia que atuam
na poda neuronal). Diferenças na conectividade neuronal e no
Processamento de informações.
CELULAS GLIAS
▶ No início, os neurônio seram considerados células
responsáveis pelo desenvolvimento de atividades
circunscritas ao próprio cérebro, mas novos
experimentos destacaram o papel que as células
gliais desempenham, permitindo-nos realizar
diferentes tarefas.
MODELOS DE HERANÇA DO TRANSTORNO
DO ESPECTRO AUTISTA(TEA)

▶ O autismo pode ser causado por uma única


alteração genética, por uma combinação de
alterações genéticas, ou ainda, por uma
associação entre alterações genéticas mais fatores
ambientais,o que chamamos de modelos de
herança.
MODELOS DE HERANÇA DO TRANSTORNO
DO ESPECTRO AUTISTA(TEA)

MODELO MONOGÊNICO
▶ O modelo de herança com alteração em um único
gene(alterações de alto impacto) é conhecido no meio
científico como modelo monogênico.
▶ Esses genes estão associados, de forma geral, ao que é
conhecido na literatura como autismo sindrômico, o
que significa que o comportamento autista faz parte de
um conjunto de manifestações clínicas variadas que
caracterizam essas síndromes.
MODELOS DE HERANÇA DO RANSTORNO
DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

▶ Essas alterações genéticas podem ser de novo,


ouseja, surgiram no óvulo ou no espermatozóide
quegerou aquele indivíduo e não estão presentes
nas demais células dos pais.
▶ Essa é a razão dos pais dessas crianças geralmente
não apresentarem o transtorno.
▶ Algumas dessas síndromes, no entanto, apresentam
uma grande variabilidade clínica podendo estar
presente em um dos pais de forma bem sutil. Em
outros casos, é necessário que a alteração seja
herdada do pai e/ou da mãe para que haja a
manifestação do TEA.
MODELOS DE HERANÇA DO TRANSTORNO
DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
MODELO POLIGÊNICO E MULTIFATORIAL
▶ Resulta da soma de muitas alterações genéticas de pequeno
efeito individual, ou seja, alterações que isoladamente não
causam o transtorno.
▶ Ao terem seu efeito combinado, quando presentes em um
mesmo indivíduo, podem ultrapassar um limiar de
predisposição aoTEA, dando origem a este distúrbio do
neurodesenvolvimento.
▶ Este mesmo princípio explica o modelo multifatorial, que inclui,
além de múltiplas alterações genéticas, fatores ambientais.

▶ Os fatores genéticos e ambientais que resultam no TEA


quando somados são também conhecidos pelo termo“fatores
de risco”. Os modelos poligênico e multifatorial foram os
primeiros modelos utilizados para explicar a herança doTEA.
CAUSAS

▶ Origem predominantemente genética Evidências


da participação de vários genes diferentes
(formação das sinapses, a desividade neuronal,
regulação das funções sinápticas, células da glia
que atuam na poda neuronal). Diferenças na
conectividade neuronal e no processamento de
informações.
CAUSAS

▶Fatores Psicossociais e da Família


▶Sem diferenças nos modelos de criação dos filhos
▶ Exacerbação dos sintomas diante de estressores
ambientais (discórdia familiar, nascimento de irmão,
mudança da família)
▶Maior sensibilidade a mudanças ambientais ou dos
familiares.
PREVALÊNCIA

▶0,08% do autismo clássico


▶O aumento da prevalência estará associado a uma
mudança de critérios diagnósticos
▶ Aumento da investigação=busca ativa
DIFICULDADES ENCONTRADAS!!!

Problemas relacionados a transição entre os transtornos


globais do desenvolvimento para o transtorno do espectro
autista
• Ausência de escalas específicas para pesquisa e uso
clínico.
• Avaliação de caso a caso.
• Busca de uniformização.
• Avaliar gravidade e comprometimento

Kurita,2011
PROCESSOS DIAGNÓSTICOS!!!

• Diagnóstico clínico
• Histórico de alterações em várias esferas do
desenvolvimento muito precocemente com
comprometimento global
• História familiar
• Avaliações complementares (linguagem,
neuropsicológica)
• Exames subsidiários (RNM,TCcrânio, avaliação
genética)
• Abordagem escolar
PROCESSOS DIAGNÓSTICOS!!!
• À primeira vista não apresentam nenhum sinal
indicando o problema
• Altas taxas de anomalias físicas menores(malformações
De orelhas–anormalidade no desenvolvimento fetal dos
órgãos que acompanham as de parte do cérebro)
• Não apresentam lateralização – permanecem
ambidestra
• Maior incidência de dermatoglifia anormal (sugere
distúrbio do desenvolvimento neuroectodérmico) Alterações
de comportamento e prejuízos numerosos e variados
• Necessidade de sistemas de sub classificação
• Diferentes comportamentos em diferentes idades de
detecção
• Pobreza de balbucio e de outras formas de comunicação
não verbal→profissionais especializados para detecção
SUPORTE E APOIO
PEDAGÓGICO
▶ REFERÊNCIAS:
▶ De la Torre-Ubieta, L., Won, H., Stein, J. L., &Geschwind, D. H.
(2016).Advancingtheunderstandingof autism disease
mechanismsthroughgenetics.Naturemedicine,22(4),345.

▶Hoang,N.,Cytrynbaum,C.,&Scherer,S. W.
(2017).Communicatingcomplexgenomicinformation: A
counsellingapproachderivedfromresearchexperiencewithAutismSpectrumDi
sorder.Patienteducationandcounseling.

▶ DeRubeis,S.,&Buxbaum,J.D.(2015).Geneticsandgenomicsofautismspectrum
disorder: embracing complexity. Humanmoleculargenetics,24(R1),R24-
R31.

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