Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Esse material está protegido por leis de direitos autorais. Todos os direitos
sobre o mesmo estão reservados.
legais.
CBI of Miami
Neurociência e Transtorno do Espectro Autista
Deborah Kerches
Os primeiros mil dias do bebê (em torno de 270 dias da gestação + 720 dias até
completar 2 anos) são os mais importantes para o desenvolvimento cerebral. Neste
período os bebês ficam com o dobro de conexões cerebrais em comparação a um
adulto.
CBI of Miami
A formação do Sistema Nervoso Central é extremamente complexa e envolve
fatores genéticos e ambientais que já interagem no ambiente intrauterino. Estes
fatores ambientais no ambiente intraútero envolvem questões placentárias,
nutricionais, substâncias químicas que circulam dentro do útero, infecções,
inflamações, distúrbios endocrinológicos, traumas, estresse, que afetam a gestação
e irão interagir diretamente com os genes podendo favorecer o desenvolvimento de
condições ou transtornos do neurodesenvolvimento, assim como malformações.
A interação entre genes e ambiente se inicia desde a concepção podendo
interferir em todas as fases do desenvolvimento do Sistema Nervoso Central e ao
longo da vida.
Temos bilhões de neurônios no cérebro que possuem o mesmo código
genético (DNA). Os neurônios são diferenciados para suas diversas funções (por
exemplo, visão, audição, tato, comportamento, etc.) por meio da epigênese que é o
processo molecular e celular que governa a função dos genes. Esses processos
incluem metilação do DNA, mudanças na estrutura da cromatina, RNA não codificador
e edição do RNA.
Estímulos transmitidos ao cérebro pelos circuitos sensoriais através de
experiências vivenciadas nos períodos pré e pós-natal e também nos demais
estágios da vida, fazem alterações epigenéticas na função neuronal e circuitos
neurobiológicos influenciando o desenvolvimento em todas as áreas.
Exemplo: Gêmeos idênticos têm o mesmo DNA em seus neurônios
(genótipo), mas não terão as mesmas experiências, o que resultará em diferenças na
forma como esses genes irão se expressar (epigenética), influenciando em vários
aspectos. Se houver carência nutricional em 1 deles, isso pode acarretar até mesmo
em diferenças quanto a estatura final. As experiências vivenciadas irão ter impacto
no comportamento, no Quociente Intelectual (QI) e em qualquer outra área afim.
A epigenética tem sua contribuição no desenvolvimento de condições como
Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A herança genética, os cuidados e experiências vividas nos primeiros anos de
vida têm efeitos importantes sobre a aprendizagem, cognição, saúde física e mental
por todo o ciclo da vida.
CBI of Miami
Na concepção recebemos um material genético do pai e outro material
genético da mãe (o zigoto é formado por 23 cromossomos do pai e 23 cromossomos
da mãe), cada um com seu perfil genético, inclusive de predisposições a erros e
anomalias cromossômicas, por exemplo. Além desse perfil de variantes genéticas
herdadas que recebemos, pode ocorrer também alterações no nosso material
genético que não são herdadas se apresentando como “mutação de novo”, pequenas
deleções (microdeleções) por “erros” durante o processo, entre outros. Ao longo do
crescimento embrionário alguns genes são ativados e outros desativados.
O uso de ácido fólico é um suplemento amplamente recomendado nos três
primeiros meses de gestação, pois tem seu papel de importância na formação do
tubo neural (neurulação) que é a arquitetura mais inicial do sistema nervoso (que
dará origem ao cérebro que começa a ser formado logo após a concepção).
Após a neurulação (formação do tubo neural) se dá início a proliferação e
diferenciação neuronal e glial que começa entre a quarta e sexta semanas de vida
embrionária e persiste na fase migratória (em que estas células migram para áreas
específicas) com maior pico entre 2-4 meses gestacionais.
Os mecanismos da proliferação celular são extremamente complexos, mas
sugerem o contato célula a célula assim como um equilíbrio entre o sistema
excitatório (mediado por glutamina/glutamato) e do sistema inibitório (mediado
pelo GABA – ácido gama-aminobutírico).
A multiplicação/proliferação veloz das células nervosas e das suas conexões,
faz surgir uma complexa rede de comunicação que comanda o corpo todo. Esta
conectividade que já começa intraútero dá funções às mais diferentes áreas do
cérebro.
No Transtorno do Espectro Autista, estas ligações, conexões entre áreas
importantes cerebrais, se encontram em grande parte alteradas. Para entendermos
melhor, é como se o cérebro fosse um computador e, tais conexões, o sistema
operacional.
Por volta da 8ª - 16ª semana de gestação, com a proliferação acelerada e
migração para as áreas específicas, começa a ocorrer de maneira mais intensa a
apoptose celular ou poda neuronal, em que há eliminação de conexões e/ou células
nervosas que não estão sendo utilizadas ou que proliferaram de maneira inadequada
5
CBI of Miami
ou migraram para locais inapropriados (esta morte celular programada ocorre em
torno de 30-50%).
Após a migração, os neuroblastos, glioblastos irão se diferenciar em
neurônios e células da glia e organizar-se em camadas das regiões cortical e sub
cortical, em um período que envolve o 6º mês de gestação até vários anos após o
nascimento.
Existem diversos tipos de neurônios e todos eles se comunicam por meio de
filamentos chamados axônios, que são cobertos por uma camada de gordura e
proteína chamada mielina. É como se fossem fios que necessitam de um
revestimento para transmitir impulsos elétricos, através de substâncias chamadas
neurotransmissores.
CBI of Miami
Na pessoa com autismo severo, nível 3, estas alterações são muito
significativas e difusas.
Um grupo de neurônios importantes no entendimento do espectro do autismo
são os neurônios espelho que são neurônios que estão distribuídos por partes
essenciais do cérebro como córtex pré-motor, centros de linguagem, empatia e dor.
Estes neurônios são capazes de simular ou imitar uma ação que estamos vendo,
mentalmente, assim, podemos repetir a mesma ação de maneira reflexa como o
bocejar, ou então, este comportamento fica armazenado na memória.
Os neurônios espelho estão relacionados como desenvolvimento de
habilidades como imitação, aquisição da linguagem, comunicação e cognição social,
empatia, interpretação de ações nas relações sociais possibilitando que os
coloquemos no lugar dos outros, predizer o comportamento das pessoas, interpretar
o que elas estão fazendo e se antecipar para os comportamentos dela (Teoria da
mente) e outras habilidades e sua disfunção parece estar envolvida com a gênese do
autismo.
Habilidades sociais são comportamentos aprendidos em contato com o meio e
que procuram adaptar o indivíduo a seu ambiente. Assim, acredita-se que haja relação
entre o funcionamento dos neurônios espelhos e o aprendizado de habilidades
sociais.Os neurônios espelho permitem que as pessoas executem atividades sem
necessariamente pensar nelas, apenas acessando o seu banco
de memória, como se fosse um banco de dados.
Além dos neurônios, no Sistema Nervoso Central, temos as células da glia que
se encontram mais numerosas que os neurônios. Dentre as suas funções destacam-
se a produção da bainha de mielina (“encapa” os neurônios do Sistema Nervoso
Central) pelos oligodendrócitos, a sustentação e nutrição dos neurônios pelos
astrócitos, além de regular a concentração de diversas substâncias do sistema
neuronal, tendo assim, potencial para interferir nas funções cerebrais de um cérebro
autista.
Dessa forma, os astrócitos são responsáveis pela nutrição dos neurônios
facilitando formação de conexões/sinapses de melhor qualidade e eficiência além de
auxiliar os oligodendrócitos a organizar a bainha de mielina. Os astrócitos têm sido
amplamente estudados em relação ao seu papel para compreender os mecanismos
7
CBI of Miami
neurobiológicos do espectro do autismo.
CBI of Miami
Um desequilíbrio entre os sistemas excitatório e inibitório também estão
relacionados aos mecanismos neurobiológicos do autismo. Dessa forma, o cérebro no
autismo se apresenta naturalmente mais hiperexcitado, porque há um aumento na
função excitatória mediada pelo sistema excitatório relacionado com glutamina e
glutamato enquanto há uma imaturidade do sistema inibitório gabaérgico.
É um cérebro que parece estar sempre em alerta, vigil, o que pode levar à distúrbios
de sono, humor, comportamentos inapropriados. Quando compreendemos esse
mecanismo, podemos entender que a agitação, alteração de humor de pessoas com
autismo, todo o comportamento em “exagero” frequentemente observado, estaria
relacionado com essa hiperexcitação cerebral associado em grande parte das vezes,
a alterações no processamento sensorial. As ações repetitivas, estereotipadas, se
apresentam como uma forma da pessoa com autismo se regular em momentos de
maior hiperexcitabilidade.
CBI of Miami
O período que o cérebro está fazendo mais sinapses é do 7º mês gestacional
até 2 anos de vida, por isso enfatizamos a importância da intervenção precoce e das
janelas de oportunidade, anos em que temos maiores oportunidades e velocidade
de aprendizagem. O tempo que uma criança até 2 anos consegue aprender uma
habilidade é muito menor do que ela dispenderia por volta de 14 anos de vida.
Quanto mais mediada por emoção, maior é a conectividade do aprendizado, dessa
forma, o cérebro reconhece, se conecta com as regiões que estão sendo estimuladas,
faz mais conexões e interconexões cerebrais. Quando mais conexões, maior o
repertório.
CBI of Miami
Na grande maioria das pessoas, o hemisfério cerebral “dominante” é o
hemisfério cerebral esquerdo, ou seja, a área da linguagem e do pensamento lógico
estão localizados do lado esquerdo do cérebro. O hemisfério cerebral direito está
relacionado com aspectos de criatividade e pensamento simbólico.
O córtex cerebral é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais, cada uma
com funções diferenciadas e especializadas.
• Lobo Frontal
É importante conhecer as funções do lobo frontal uma vez que muitas delas
encontram-se comprometidas no Transtorno do Espectro Autista.
Os lobos frontais se localizam anteriormente aos lobos parietais, separados
pelo sulco central e acima e à frente dos lobos temporais (separados pelo sulco
lateral).
A maturação cerebral, que começa ainda no útero só será concluída por volta
dos 24-25 anos quando o córtex pré frontal, localizado mais anteriormente neste lobo
e responsável pelo comportamento social e empatia se encontra totalmente
amadurecido.
As principais funções do lobo frontal estão relacionadas às funções executivas
(capacidade de refletir sobre atos presentes e julgar suas consequências, pensamento
crítico, julgamento social e moral, planejar, idealizar metas, memória de trabalho,
modular e definir comportamentos socialmente aceitos); capacidade de empatia;
respostas afetivas não impulsivas; motivação; programação motora da fala (área da
Broca); manutenção da atenção e concentração; pensamento abstrato e criatividade;
associação envolvendo áreas de aprendizado e pensamento complexo / associativo).
11
CBI of Miami
Conexões entre o lobo frontal e o sistema límbico são fundamentais para a
percepção, avaliação e memorização de eventos de origem emocional.
O córtex motor, localizado no lobo frontal, controla e coordena a motricidade
voluntária, sendo que o córtex motor do hemisfério direito controla o dimidio
(hemicorpo) esquerdo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o dimidio
direito.
• Lobo Temporal
CBI of Miami
temporais estão estreitamente conectadas aos sistemas sensoriais associativos
frontais, parietais e do sistema límbico.
Ainda no lobo temporal, encontramos uma estrutura chamada hipocampo que
se localiza na porção média do lobo temporal e está relacionado ao controle e
gerenciamento da memória. Cada acontecimento que vivemos, sentimos e
experimentamos é filtrado pelo hipocampo, que junto com o hipotálamo permite que
possamos nos lembrar não somente das experiências, mas também daquilo que
sentimos em relação a elas.
A amígdala é uma estrutura localizada profundamente no lobo temporal e é
responsável por dar atribuição de significado/"valor" emocional do que é visto. Está
relacionada ao controle do comportamento primitivo, como controle do
comportamento sexual e social, respostas emocionais mais impulsivas,
comportamentos instintivos relacionados por exemplo a perigo, medo e ansiedade.
Suas conexões produzem uma reação emocional mas também permitem a inibição de
comportamentos devido à sua estreita ligação com o lobo frontal.
Dentro do sistema límbico, a amígdala associada ao hipocampo, também dá
origem à lembranças emocionais.
O sistema límbico se situa no lobo temporal e sua função está relacionada com
o controle de emoções, processos motivacionais, controle do sistema nervoso
autônomo que é responsável por enviar sinais aos nervos para manter um estado de
alerta (sistema nervoso simpático) ou para inibir esse estado (sistema nervoso
parassimpático), regulação do comportamento alimentar, controle dos centros de
prazer e recompensa e função de aprendizado e memória. Além do hipocampo e da
amígdala, o sistema límbico é formado basicamente pelo tálamo, hipotálamo, corpos
mamilares, área septal, giro do cíngulo e núcleos habenulares.
13
CBI of Miami
• Lobo Parietal
• Lobo Occipital
14
CBI of Miami
Está relacionado com a área visual primária e processamento de informações
visuais. Os lobos occipitais mantêm relação estrutural e funcional com os lobos
parietais, temporais e frontais, uma vez que o processamento das imagens visuais é
bastante complexo.
Lesões que se localizem no córtex visual primário tendem a provocar
alterações visuais de campo, enquanto que lesões em áreas associativas (regiões
parieto- occipitais ou têmporo-occipitais) tendem a provocar alterações na
identificação de cores e agrafia.
• Ínsula
• Cerebelo
CBI of Miami
As células de Purkinje, encontradas no cerebelo, são neurônios
extremamente diferenciados. Estudos demonstraram que o cérebro de uma pessoa
no espectro do autismo possui um número reduzido destas células no cerebelo. Estas
células são moduladoras de uma variedade de funções cerebrais e impactos no
processamento da linguagem, planejamento antecipatório e motor, imagens mentais
e sequenciamento programado e organização automática da aprendizagem.
A relação da sensopercepção com a motricidade é feita através da
propriocepção e sistema vestibular, que integra estes sistemas aos núcleos da base,
integrando ponte -bulbo -cerebelo.
A complexidade do Transtorno do Espectro Autista é imensa. Em resumo, há
alterações que podem acontecer desde os primeiros processos de formação do
Sistema Nervoso Central, ainda intraútero. Estas alterações no cérebro de uma
pessoa com autismo podem ocorrer em nível estrutural, funcional, sensorial e
especialmente na conectividade das mais diversas áreas responsáveis pela
sintomatologia do autismo.
Dessa forma, compreendemos a grande variabilidade sintomatológica do
espectro do autismo e suas diferentes nuances encontradas.
16
CBI of Miami
tornando. Isso nos remete à importância das intervenções especializadas e
intensivas no tratamento do espectro do autismo.
Aquelas conexões que não estão sendo muito utilizadas ou que não foram
fortalecidas, serão eliminadas, o que chamamos de poda neuronal. Essa “limpeza”
que acontece no nosso cérebro é importante para ampliar o repertório de interesses
e aprendizados que serão realmente importantes para o desenvolvimento nas mais
diversas áreas.
As podas neuronais mais importantes ocorrem por volta de 1 ano e meio até 3
anos e na adolescência. Esta poda neuronal da primeira infância tem papel particular
no Transtorno do Espectro Autista.
Acredita-se que, durante este processo, possa haver falhas importantes. Essas
falhas poderiam levar a um excesso de conexões por uma poda neuronal ineficiente,
o que acarretaria em um cérebro mais desorganizado, hiperexcitado e também
poderiam levar à perdas de habilidades já adquiridas, caso ocorra eliminação de
sinapses/conexões não fortalecidas, mas que detinham habilidades adquiridas
importantes.
Entendemos que, para que nosso cérebro selecione as conexões que serão
fortalecidas ou eliminadas e faça novos circuitos cerebrais, depende do quanto que
seus respectivos aprendizados foram realmente incorporados e com significado.
Para formar conexões fortes em crianças com Transtorno do Espectro Autista,
devemos lembrar das suas particularidades. Uma criança com autismo consegue
aprender melhor com experiências recheadas de emoções prazerosas, que a motivem
e que tenham significado para ela, além de necessitar de muita repetição pois seu
cérebro é mais imaturo, mais hiperexcitado e apresenta maior rigidez mental. A
dificuldade na compreensão do outro e do ambiente, além das alterações de
processamento sensorial que distorcem a forma como experimentam o mundo,
associado à uma programação genética com “falhas”, contribui para conexões mais
fragilizadas.
Este é um período que devemos então estar muito atentos e intensificar as
intervenções a fim de fortalecer e fazer novas conexões para aquele aprendizado que
almejamos.
Com relação à perda de habilidades adquiridas que pode acontecer durante a
poda neuronal da primeira infância, ocorre porque alguns aprendizados podem não
17
CBI of Miami
terem sido consequentes a uma conexão mais forte. Dessa forma, o cérebro durante
essa “limpeza”, acaba descartando estas conexões.
O Autismo Regressivo, que acontece em aproximadamente 1/3 dos casos do
espectro do autismo, parece ter relação íntima com essa poda neuronal da primeira
infância.
18
CBI of Miami
As experiências que vivenciamos durante a adolescência, nossos hábitos e
aprendizados moldam o adulto que seremos. Muitos pais têm receio desta poda
neuronal da adolescência com relação à possibilidade de esquizofrenia.
Adolescentes com desenvolvimento típico ou não podem ter esquizofrenia
desencadeada neste período, quando associada a uma predisposição genética. A
esquizofrenia parece ter relação com esta poda neuronal uma vez que conexões
cerebrais interrompidas ou em excesso devido à uma poda ineficiente, têm sido
relacionadas a este transtorno.
Um adolescente no espectro do autismo apresenta um desenvolvimento atípico
cerebral, dessa forma, como a esquizofrenia também envolve questões cerebrais
atípicas, se houver uma predisposição genética, parece haver uma probabilidade
maior.
Pais, cuidadores, educadores e profissionais da saúde precisam ficar atentos
quando perceberem atrasos, comportamentos atípicos, perdas de habilidades antes
adquiridas em uma criança. Tão logo observado, deve-se procurar um especialista e
iniciar intervenção especializada mesmo que não haja um diagnóstico fechado, quer
seja para autismo ou para outra condição ou transtorno do desenvolvimento.
19
CBI of Miami
Referências Bibliográficas
GOMES, F. C. A.; TORTELLI, V. P.; DINIZ, L. Glia: dos velhos conceitos às. Novas
funções de hoje e as que ainda virão. Estudos avançados, vol. 27, n. 77, São
Paulo, 2013.
CBI of Miami
PIOVESANA, A.M.S.G.; CENDES, F. Malformações do SNC e desordens do
desenvolvimento cortical. In: FONSECA, L. F.; PIANETTI, G. XAVIER, C. C.;
Compêndio de neurologia infantil. Rio de Janeiro: Medsi, 2002. p. 219-238.
21
CBI of Miami