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PROCESSO: 48500.005303/2013-37
I – RELATÓRIO
3. É o relatório.
II – FUNDAMENTAÇÃO
8. No voto que proferi na abertura da AP, foram listadas as principais inovações propostas na
regulamentação sobre o SMF. A Tabela 2 compara os principais pontos da minuta submetida à AP e a
minuta atualizada após a análise das contribuições pelas áreas.
9. Como se verifica, a essência da proposta submetida à AP não foi alterada. Não obstante,
destaca-se o tema relativo à obtenção dos dados de medição, oriundo das contribuições, que motivou
aprimoramento na minuta de norma ora submetida à aprovação e não constava na proposta original.
149.164
149.164
telemedido
76,6% grupo A
81,3%
total nacional
de unidades
consumidoras apenas unidades
consumidoras de
quem informou os
telemedidos
11. Mesmo não havendo uma determinação regulatória específica para tanto, a opção pela
telemedição decorre da conjunção de muitos fatores, tais como: (i) permitir a leitura mesmo em lugares
distantes ou com dificuldades de acesso; (ii) eventual redução dos custos com leitura; (iii) redução de perdas
comerciais; (iv) maior agilidade e segurança na obtenção dos dados medidos; (v) pode auxiliar no
diagnóstico, na operação do sistema elétrico e na gestão de atendimento; e (vi) permite adicionar outros
serviços e tecnologias que agreguem valor à telemedição propriamente dita.
b) Mediante integração de seus sistemas aos das distribuidoras, com vistas à realização de
coleta de dados de medição mediante utilização de infraestrutura própria das distribuidoras.
14. As distribuidoras que se quedarem inertes quanto à telemedição, a partir de 2021, serão
responsáveis por todos os custos (individualmente) incorridos para viabilizar a comunicação de dados com
a CCEE, sem direito ao ressarcimento pelo acessante como ocorre atualmente, nem tratamento tarifário
excepcional.
16. Não obstante, registro que, desde 13/01/2017, a minuta de norma resultante da análise das
Superintendências, juntamente com o relatório de análise das contribuições foi disponibilizada ao público no
site da ANEEL na internet, com ampla divulgação na página inicial, o que possibilitou ao público o
conhecimento prévio das alterações promovidas e oportunidade adicional de manifestação.
17. Nesse período recebemos manifestações de diversos interessados, com destaque para a
ABRACEEL, que recebi em reunião no dia 30/01/2017, e da CCEE, que apresentou ponderações acerca da
minuta divulgada. Com base nessas manifestações, verificou-se possibilidade de realizar aprimoramentos
pontuais na norma, antes de sua aprovação.
18. Por exemplo, foi acatada a manifestação da CCEE no sentido de não implementar, neste
momento, no Procedimento de Comercialização o dispositivo 2 que previa que, para novos pontos de
medição, fosse possível contabilizar dados de medição aferidos por apenas parte do mês civil.
19. Tal redação havia sido proposta pelas Superintendências após a AP visando facilitar a
migração de consumidores a qualquer tempo e não somente para o 1º dia do mês subsequente. O objetivo
era dispensar a realização de aditivos contratuais do consumidor com a distribuidora para cobrir os dias
20. Entretanto, a CCEE alegou uma série de dificuldades para viabilizar a contabilização de
forma parcial de um ativo (no primeiro mês de vigência). Em análise das alegações com esta relatoria, as
Superintendências concordaram que a solução para o problema pode ser, melhor solucionada, a partir de
alterações a serem promovidas na REN nº 414/2010, possibilitando extensão ou redução do período de
faturamento para os casos de migração, de forma semelhante com o que ocorre hoje para novas ligações.
21. Outra alegação da CCEE, contrária à obrigação de análise crítica dos dados recebidos,
inclusive para fins de detecção de faltas, falhas, inconsistências e outros efeitos que possam indicar defeitos
ou intervenção espúria em equipamentos de medição, não foi contemplada. Sem prejuízo da ação da
distribuidora local na fiscalização dos sistemas de medição, entendeu-se necessário que a CCEE contribua
com a tarefa de inteligência sobre os dados de medição coletados, acionando às distribuidoras em caso de
necessidade de ação em campo. Contudo, foi definido um prazo até 2020 para que a CCEE implemente os
sistemas e procedimentos necessários para realizar essa tarefa.
22. Uma outra proposta incluída na minuta logo após a AP, mas retirada da versão da norma
ora em aprovação, diz respeito à medição para faturamento de unidades consumidoras do Grupo B que
eventualmente possam vir a adquirir ou comercializar energia no mercado livre. Conforme informado no
Memorando nº 036/2017-SRD/ANEEL, as discussões internas sobre o assunto ainda não se esgotaram,
sendo pertinente aguardar antes de proceder alterações no art. 106 da REN nº 414/2010, que trata do
assunto.
23. Dessa forma, com os aprimoramentos realizados, entende-se que a minuta de norma em
anexo atende aos objetivos traçados ainda em 2013, no início deste processo de aprimoramento da
regulação atinente ao SMF, que é buscar soluções eficazes na conjugação de: (i) simplificação de requisitos
e procedimentos; (ii) redução de custos; e (iii) preservação da confiabilidade e disponibilidade dos dados
medidos.
III – DIREITO
IV – DISPOSITIVO
25. Diante do exposto e do que consta no Processo nº 48500.005303/2013-37, voto por emitir
a Resolução Normativa, conforme minuta em anexo, que estabelece de forma consolidada e atualizada os
procedimentos e requisitos atinentes ao Sistema de Medição para Faturamento - SMF para instalações
conectadas ao sistema de distribuição.