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Amada e, ainda sim, temida, mesmo depois de mais de 100 anos na

ativa, a história de Drácula, Jonathan e Mina Harker, é lida e


admirada por milhares de pessoas ao redor do mundo. Drácula é
um personagem centenário. Surgido na obra que leva seu nome, de
Bram Stoker, o Conde se tornou um dos vampiros mais conhecidos
e revisitados, além de ser um daqueles monstros imortais que
sempre contribuem com sua aura macabra em outros filmes.
OPrimeiro filme do Drácula acaba por ser lançado em 1921
chamado Dráculas Death embora o filme não seja totalmente
baseado na obra de Stoker o personagem está presente e é
considerado uma parte da história de filmes do Drácula.
Em 1922 o segundo filme foi lançado com o nome Nosferatu que
teve muitos problemas embora seja o mais famoso pois o autor dos
livros não gostou da ideia de terem feito um filme sem a permissão
para os direitos autorais.
É em 1931 que é lançado um dos grandes filmes do Conde, uma
produção da Era de Ouro dos Estúdios Universal. Adaptação direta
da peça de Deane e Balderston, o filme contém as mesmas
alterações da adaptação teatral. O ponto interessante sobre essa
produção é que ela foi feita duas vezes: uma na língua inglesa e uma
na língua espanhola. Na versão de língua inglesa, dirigida por Tod
Browning e Karl Freund, parte dos atores já haviam tido seus papéis
na peça. Lugosi se tornou a grande face do vampiro. A versão de
língua espanhola foi dirigida por George Melford e Enrique Tovar
Ávalos, protagonizada por Carlos Villarías e alguns dos nomes dos
personagens foram alterados: Mina passou a se chamar Eva e Jon se
tornou Juan Harker. A versão espanhola foi gravada na mesma
instalação usada pela gravação de língua inglesa, mas foi feita
durante a noite.

Nos anos 1930 e 1940, como A Filha de Drácula, em 1936, O Filho


de Drácula, em 1943, O Retiro de Drácula, em 1945, e Abbott e
Costello Encontram Frankenstein, em 1948 também foram outros
filmes que obtiveram certa fama do Conde Drácula.
Em 1953 é lançado um filme sobre Drácula, que tem como base o
romance original de Bram Stoker, mas deriva de outra obra.
Drakula İstanbul’da, ou Drácula in Istanbul, lançado na Turquia,
dirigido por Mehmet Muhtar, é um filme que, na verdade, é baseado
na obra de Ali Riza Seyfi, chamada Kazıklı Voyvoda (O Voivode
Empalador). Acontece que essa obra é semelhante a Powers of
Darkness: é como se fosse uma tradução do romance para o turco,
mas com algumas alterações significativas. No livro e no filme, o
personagem de Renfield se chama Güzin, e Mina é uma dançarina
showgirl. As duas obras também fazem menção direta a Vlad, o
Empalador. A adaptação se tornou notável por diversos motivos;
entre eles, o fato de ser a primeira versão em formato de filme com
som a mostrar o Conde com presas e escalando uma parede.
Em 1970 é lançada a versão de Drácula dirigida por Jesús Franco,
intitulada Conde Drácula. O filme não é uma produção da Hammer,
mas também conta com Christopher Lee no papel do Conde. O filme
é uma produção espanhola-italiana-alemã, e ficou reconhecida
entre os apreciadores da história de Bram Stoker por ser, até então,
a que contém maiores semelhanças com a obra original, apesar de
uma ou duas alterações e exclusões de personagens.

Os anos 1970 também trouxeram Blacula, O Vampiro Negro, em


1972, e Os Gritos de Blacula, em 1973. Os filmes, dirigidos por
William Crain e Bob Kelljan respectivamente, não são exatamente
uma versão da história de Bram Stoker, mas devem ser listados
como uma das grandes obras que o romance gerou. Na história de
Blacula, um antigo príncipe africano chamado Mamuwalde é
transformado em vampiro pelo próprio Drácula. Em obras
posteriores que utilizam o cânone de Drácula como base, Blacula é
citado entre suas derivações.
Os anos 1990 revelaram um tipo de amor por vampiros que ficou
um pouco adormecido na década anterior. Se os anos 1980
trouxeram alguns filmes de comédia com essas criaturas, como A
Hora do Espanto e Deu A Louca nos Monstros, é nos anos 1990 que
eles recuperam um pouco da seriedade. E em 1992 foi lançado o
terceiro entre os filmes de maior sucesso em representar o Conde:
Drácula de Bram Stoker, dirigido por Francis Ford Coppola, com
um elenco arrebatador que inclui Gary Oldman, Winona Ryder,
Anthony Hopkins e Keanu Reeves.
Muita, mas muita coisa foi feita sobre o Drácula nessas duas
décadas que se seguiram. Aproveitando a onda de vampiros que o
Coppola deu um empurrãozinho, várias versões sobre a história do
Conde surgiram. Em 2000, Patrick Lussier iniciou sua trilogia que é
composta por Drácula 2000, Drácula 2: A Ascensão, e Drácula 3:
O Legado Final. Lussier altera muitos elementos sobre o vampiro
em si, cria uma narrativa mais contemporânea aos anos 2000 e
insere características que não existiam anteriormente, afastando
definitivamente seus filmes da obra original.

É nos anos 2000 também que é lançado o filme A Sombra do


Vampiro, dirigido por E. Elias Merhige, com um elenco
impressionante com os nomes de Willem Dafoe, John Malkovich e
Udo Kier. O filme é uma espécie de documentário fictício do
período em que Nosferatu, de Murnau, foi gravado. Na história, o
ator Max Schreck, que interpretou Nosferatu em 1922, está levando
a sério demais a ideia de ser um vampiro.
ANUNCIADOS:
Felizmente, a magnitude do personagem o faz viver décadas a fio.
Drácula é mesmo imortal. Entre boatos, filmes em pré e
pós-produção e filmes anunciados, temos seis títulos que podem
trazer o Conde Drácula de volta aos holofotes nos próximos anos.

David Lee Fischer está trabalhando na pós-produção de seu filme,


Nosferatu. Em pré-produção está The Last Voyage of Demeter,
dirigido por André Øvredal, que se concentra na viagem do navio
que leva Drácula até a Inglaterra; e I Am Drácula, um
documentário sobre os herdeiros de Vlad, o Empalador, escrito por
Daniel Lyddon.

De filmes anunciados contamos com Nosferatu, dirigido por Robert


Eggers; Renfield, dirigido por Dexter Fletcher; e um rumor de que
Karyn Kusama estaria se preparando para trabalhar em um filme do
Drácula para essa nova onda de filmes dos Monstros da Universal
em parceria com a Blumhouse.

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