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CONTROLE DE CRESCIMENTO

MICROBIANO
1. INTRODUÇÃO
` O controle científico do crescimento microbiano
começou somente há cerca de 100 anos;
` Pasteur levou os cientistas a acreditarem que
microrganismos eram a causa possível de doenças.

Na metade do século XIX


iniciaram as primeiras práticas
de controle microbiano em
procedimentos médicos –
lavagem das mãos e técnicas
cirúrgicas assépticas.
2. PRINCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO

` ESTERILIZAÇÃO – destruição de todas as formas de


vida microbiana, incluindo endosporos (formas de vida
mais resistentes).

` ESTERILIZAÇÃO COMERCIAL – uso do calor para


matar os microrganismos patogênicos sem
necessariamente degradar os produtos (alimentos).

` DESINFECÇÃO – destruição dos patógenos vegetativos


(não formadores de endosporos), o que não é igual a
esterilidade completa – superfícies e substância inerte.

` ANTI-SEPSIA – tem a mesma definição da desinfecção,


porém é dirigido ao tecido vivo.
2. PRINCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO

` DEGERMINAÇÃO – remoção mecânica, em vez de


morte da maioria dos micróbios, em uma área
limitada;

` SANITIZAÇÃO – prática destinada a reduzir as


contagens microbianas a níveis seguros de saúde
pública, e minimizar as chances de transmissão de
doença de um usuário para outro.
2. PRÍNCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO

` Os nomes dos tratamentos que causam a morte


direta dos micróbios possuem o sufixo –cida
(significa morte):

GERMICIDA – mata todos os microrganismos


FUNGICIDA – mata os fungos
BACTERICIDA – mata as bactérias
VIRICIDA – inativa os vírus

E assim por diante...


2. PRÍNCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO

` Outros tratamentos inibem o


crescimento e multiplicação
dos microrganismos – seu
nome tem o sufixo –stático ou
–stase (significa parar).

BACTERIOSTÁTICO – inibe o
desenvolvimento bacteriano,
porém uma vez que o agente
é removido, o crescimento
pode ser retomado.
3. TAXA DE MORTE MICROBIANA
` Quando as populações microbianas são aquecidas ou
tratadas com substâncias químicas elas normalmente
morrem em uma taxa constante...

` Se uma população de 1 milhão de células bacterianas é


tratada por 1 minuto e 90% da população morre, temos
então 100.000 células...se novo tratamento é realizado
por mais 1 minuto, 90% dos sobreviventes anteriores
morrem, isto é sobra apenas 10.000 células vivas...e
assim por diante.

` Se a curva de mortalidade é plotada logaritmicamente,


observa que a taxa de morte é constante.
3. TAXA DE MORTE MICROBIANA
FATORES QUE INFLUENCIAM A EFETIVIDADE DOS TRATAMENTOS
ANTIMICROBIANOS:

` Nº DE MICRÓBIOS – quanto mais micróbios existem no início, mais


tempo leva para eliminar a maior parte da população

` CARACTERÍSTICAS MICROBIANAS – os endósporos são difíceis de


eliminar, e mesmo os micróbios em forma vegetativa exibem uma
variação considerável em sua sensibilidade aos métodos de controle

` INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS – a presença de matéria orgânica (sangue,


saliva, fezes) inibe a ação dos antimicrobianos químicos; meio em
suspensão (com gorduras e proteínas) tende a proteger as bactérias; pH
é fator importante, pois o calor é mais eficiente em pH ácido

` TEMPO DE EXPOSIÇÃO – tratamentos de calor e radiação são muito


dependentes do tempo; os agentes químicos necessitam de ação
prolongada para que os endósporos sejam afetados
4. AÇÕES DOS AGENTES DE CONTROLE
MICROBIANO
` ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE DE
MEMBRANA

A membrana plasmática é alvo de muitos agentes de


controle microbiano;
Esta membrana regula ativamente a passagem de
nutrientes para dentro da célula e a eliminação de
dejetos da mesma;
A lesão dos liídeos ou proteínas da membrana por
agentes antimicrobianos causa o vazamento do
conteúdo celular e intefere com o crescimento da
célula.
4. AÇÕES DOS AGENTES DE CONTROLE
MICROBIANO
` DANO ÀS PROTEÍNAS E AOS ÁCIDOS
NUCLÉICOS

As pontes de hidrogênio (responsáveis pelas ligações


químicas que mantém a estrutura tridimensionsal
das moléculas protéicas) são suscetíveis ao
rompimento pela ação do calor ou certos agentes
químicos;

Os ácidos nucléicos (DNA e RNA) são


transportadores da informação genética – a lesão a
estes pelo calor, radiação ou substâncias químicas é
frequentemente letal para a células – esta não pode
ser repicar ou realizar funções metabólicas normais.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
` Mesmo na Idade da Pedra é provável que os seres humanos
já utilizassem algum método físico de controle microbiano
para preservar alimentos;

` A secagem e o uso do sal (pressão osmótica)


provavelmente estiveram entre as técnicas iniciais;

` Ao selecionar os métodos de controle deve-se considerar:


- calor pode inativar vitaminas e antibióticos
- látex e borracha podem ser danificados com o calor
- considerações econômicas:
descartáveis X vidraria reutilizável
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` CALOR

Causa a morte microbiana através da


desnaturação das proteínas (úmido) ou
oxidação (seco).

A resistência ao calor varia entre diferentes


micróbios.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

`PONTO DE MORTE TÉRMICA:


É A MENOR TEMPERATURA EM QUE TODOS OS
MICRORGANISMOS EM UMA SUSPENSÃO LÍQUIDA
SERÃO MORTOS.

`TEMPO DE MORTE TÉRMICA:


PERÍODO MÍNIMO EM QUE TODOS OS
MICRORGANISMOS SÃO MORTOS EM UMA CULTURA
LÍQUIDA, EM UMA DADA TEMPERTATURA.

`TEMPODE REDUÇÃO DECIMAL:


TEMPO EM MINUTOS EM QUE 90% DE UMA
POPULAÇÃO, EM UMA DADA TEMPERATURA SERÃO
MORTOS.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
O CALOR USADO NA ESTERILIZAÇÃO PODE SER
APLICADO EM DUAS DIFERENTES FORMAS:

` CALOR ÚMIDO: fervura, vapor de fluxo livre,


autoclave, pasteurização e UHT.

` CALOR SECO: chama direta e ar quente


(incubadora).
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
` CALOR ÚMIDO

FERVURA
(100ºC – ao nível do
mar)

Mata as formas
vegetativas de
bactérias, quase todos
os vírus, fungos e seus
esporos em 10
minutos.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
` CALOR ÚMIDO

VAPOR DE FLUXO LIVRE


Vapor não pressurizado
(temperatura semelhante à fervura =100ºC ao nível do
mar)

Os endósporos bacterianos e alguns vírus não são


mortos, ou necessitam de tempo maior de ação para
morte.

A FERVURA E O VAPOR DE FLUXO LIVRE NÃO SÃO


PROCEDIMENTOS CONFIÁVEIS DE
ESTERILIZAÇÃO.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
` CALOR ÚMIDO

AUTOCLAVE
Método preferencial de
esterilização, usada a
menos que o material
possa ser danificado pelo
calor ou umidade.

Aumenta a pressão interna,


e conseqüentemente a
temperatura: 1 atm e
121ºC.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
` CALOR ÚMIDO

AUTOCLAVE

` A esterilização em uma autoclave é mais efetiva


quando os organismos entram em contato com o
vapor diretamente ou estão contidos em um
pequeno volume de solução aquosa;

` Sob estas condições, o vapor em uma pressão de


cerca de 1 atm (15 psi) e 121ºC, matará todos os
organismos e seus endósporos em cerca de 15
minutos.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
` CALOR ÚMIDO

PASTEURIZAÇÃO

` Pasteurização lenta: em que se aplicam temperaturas


mais baixas durante maior tempo (65°C por 30 minutos).

` Pasteurização rápida: quando se aplicam temperaturas


mais altas (75˚C) durante alguns segundos - HTST (High
Temperature and Short Time) ou "alta temperatura e curto
tempo".

` Pasteurização muito rápida, quando a temperatura vai


de 130˚C a 150˚C, durante três a cinco segundos - UHT
(Ultra High Temperature) ou "temperatura ultra-elevada".
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` CALOR SECO

CHAMA DIRETA OU
INCINERAÇÃO

` Usado em laboratório para


esterilização da alça de
inoculação (bico de bunsen);

` Método efetivo para esterilizar e


eliminar papel, copos, sacos,
bandagens contaminadas,
material hospitalar.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` CALOR SECO

AR QUENTE

Menos efetivo que o calor


úmido (vapor);
Temperatura utilizada é
170ºC por 2 horas.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` FILTRAÇÃO

Passagem de líquido ou gás através de um


material semelhante a uma tela com poros
pequenos o suficiente para reter os
microrganismos.

Usada para esterilização de materiais sensíveis


ao calor: meios de cultura, enzimas, vacinas,
antibióticos.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` FILTRAÇÃO

Uso de filtros de
membrana.

Composição:
0,2 m
ésteres de celulose ou
polímeros plásticos

0,22 e 0,45 µm de
porosidade Membrana de
nitrocelulose
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` FILTRAÇÃO

Uso de bomba à
vácuo.

o vácuo é criado para


auxiliar a gravidade
a puxar o líquido
através do filtro
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` FILTRAÇÃO

FILTROS DE PARTÍCULAS DE AR DE ALTA


EFICIÊNCIA (HEPA – High Efficiency Particulate
Air)

Uso em salas cirúrgicas e ocupadas por pacientes


queimados – redução de infecções.

Removem quase todos (99,9%) dos microrganismos


maiores que 0,3 µm de diâmetro.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` BAIXAS TEMPERATURAS

O efeito depende do microrganismo e


da intensidade da aplicação.

Temperaturas de 0 a 7ºC a taxa


metabólica da maiora dos
microrganismos é reduzida – efeito
bacteriostático
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

`BAIXAS TEMPERATURAS
Psicróficlos ainda crescem lentamente em
temperaturas de refrigerador – alteram o aspecto e
sabor dos alimentos.

Patogênicos não
crescem em
temperaturas de
refrigerador
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` BAIXAS TEMPERATURAS

Temperaturas baixas (abaixo do ponto de


congelamento) obtidas RAPIDAMENTE tendem a
tornar os micróbios dormentes – não
necessariamente os mata.

O congelamento LENTO é mais nocivo – os cristais


de gelo que se formam e crescem rompem a
estrutura celular e molecular dos microrganismos.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
` RESSECAMENTO

AUSÊNCIA DE ÁGUA – os
microrganismos não podem
crescer ou se reproduzir, mas
podem permanecer viáveis por
anos...quando a água encontra-se
presente seu crescimento é
retomado.

Usado para preservar


microrganismos em laboratório:
LIOFILIZAÇÃO
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
`RESSECAMENTO
A resistência das células vegetativas ao
ressecamento varia com a espécie e o ambiente
do organismo.
Bactéria da gonorréia – pode
suportar o ressecamento por
cerca de 1 hora

Bactéria da tuberculose –
pode permanecer viáveis por
meses

Endósporos bacterianos podem sobreviver


por séculos.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` PRESSÃO OSMÓTICA

Uso de altas concentrações de sais e açúcares.

Criam um ambiente hipertônico que ocasiona a


saída da água da célula microbiana
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
` PRESSÃO OSMÓTICA
Esse princípio é utilizado na conservação dos
alimentos.
No geral fungos e bolores
são muito mais capazes
de crescer em materiais
com baixa umidade.

Essa propriedade
combinada com
capacidade de crescer
em condições ácidas é a
razão pela qual as frutas
e grãos são deteriorados
por fungos.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` RADIAÇÃO

Tem vários efeitos sobre as células, dependendo de


seu comprimento de onda, intensidade e duração.

Há dois tipos de radiação:


- Ionizante: raios gama, raio X e feixes de elétrons
de alta energia
- Não ionizante: luz ultravioleta (UV)
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

RADIAÇÃO IONIZANTE

` Comprimento de onda curto (menos de 1 nm)


altamente energético.

` O principal efeito é a ionização da água, que forma


radicais hidroxila altamente reativos - estes radicais
reagem com os componentes orgânicos celulares,
especialmente DNA.

` É utilizada na esterilização de produtos farmacêuticos


e materiais dentários e médicos.
5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE (UV)


5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE (UV)


5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

São usados para controlar o crescimento de micróbios


em TECIDOS VIVOS e OBJETOS INANIMADOS.

Com poucos agentes se obtêm a esterilidade –


somente há redução das populações microbianas em
níveis seguros.

Um problema é a seleção de um agente, pois nenhum


desinfetante será apropriado para todas as
circunstâncias.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

PRINCÍPIOS DA DESINFECÇÃO EFETIVA:


` Ler o rótulo do produto: quais grupos microbianos
é capaz de controlar e a concentração de uso;

` Natureza do material a ser desinfetado (pH e


matéria orgânica);

` Contato microrganismo X desinfetante;

` Temperatura de ação (quanto maior melhor a


ação).
TIPOS DE
DESINFETANTES
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

FENOL E COMPOSTOS FENÓLICOS:

` Usada por Lister (Século XIX) cirurgia asséptica;

` Atualmente pouco utilizada – irrita a pele e odor


desagradável;

` Derivados de fenol – molécula de fenol quimicamente


alterada para reduzir as qualidades irritantes ou
aumentar sua atividade antimicrobiana.
HEXACLOROFENO
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

FENOL E COMPOSTOS FENÓLICOS:

` Ação antimicrobiana – lesão nas membranas


plasmáticas, inativa enzimas (desnatura
proteínas);

` Permanecem ativos na presença de matéria


orgânica;

` Grupos: - crésois (desinfetantes de superfície)


- hexaclorofeno (ingrediente de sabão);

C t i i bi t
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
BIGUANIDAS:

` Clorexidina (estrutura e
aplicação similar ao do
hexaclorofenol);

` Usada no controle microbiano na


pele e membranas mucosas;

` Combinada a um detergente ou
álcool, é utilizada para a
escovação cirúrgica das mãos e
preparo pré-operatório.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
BIGUANIDAS:

Clorexidina:
- forte afinidade de ligação com a pele
ou membranas mucosas;
- apresenta baixa toxicidade;
- ação é efetiva no controle da maioria
das bactérias vegetativas e fungos,
mas não é esporicida;
- ação antimicrobiana: lesão à
membrana citoplasmática.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

HALOGÊNIOS

IODO e CLORO

são agentes antimicrobianos efetivos, tanto


isoladamente quanto como constituintes de
compostos
inorgânicos e orgânicos.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
HALOGÊNIOS

IODO

É um dos anti-sépticos mais antigos e mais efetivos.


Tem ação contra todos os tipos de bactérias, muitos
endósporos, vários fungos e alguns vírus.

Ação antimicrobiana:
` se combina ao aminoácido tirosina, inibindo sua
função protéica;
` oxida grupos sulfidrila (-SH), importantes para
manutenção da estrutura de proteínas.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

HALOGÊNIOS

IODO
Está disponível como:
` tintura – solução em álcool
` iodóforo – molécula orgânica da qual o iodo é
liberado lentamente (não mancham e são menos
irritantes)

Aplicação: desinfecção da pele e tratamento de


feridas.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

HALOGÊNIOS

CLORO

Como gás ou em combinação com outras


substâncias químicas – é amplamente usado.

Sua ação germicida é causada pelo


ÁCIDO HIPOCLOROSO – é formado quando o cloro
(Cl2) é adicionado à água.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

HALOGÊNIOS

CLORO - Ácido Hipocloroso:

` forte agente oxidante, que impede o


funcionamento de boa parte do sistema enzimático
celular;
` forma mais efetiva de cloro, pois tem carga
elétrica neutra e se difunde facilmente através da
parede celular.

` Forma líquida (gás cloro comprimido) – usada para


desinfetar água (tratamento municipal) e piscinas
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
HALOGÊNIOS

CLORO

Outras formas de cloro desinfetante:

` Hipoclorito de cálcio: usado para desinfetar


equipamentos de laticínios e utensílios de
restaurantes.
` Hipoclorito de sódio: desinfetante doméstico,
utilizado em indústrias alimentícias e em sistemas
de hemodiálise
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
HALOGÊNIOS

CLORO
CLOROAMIDAS: cloro+amônia

` compostos estáveis que liberam o cloro durante


períodos prolongados;
` são relativamente efetivos em contato com a matéria
orgânica, mas agem de forma lenta e menos efetiva
que outras formas de cloro;
` a amônia controla o sabor e odor do cloro;
` por serem menos efetivos deve-se empregar uma
concentração maior.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
ALCOÓIS

Matam efetivamente as bactérias


e os fungos mas não os
endósporos e os vírus não-
envelopados;

Ação antimicrobiana:
desnaturação de proteínas, e
rompimento de membranas
através da dissolução de
lipídios;

Alcoóis mais comumente usados:


ETANOL e ISOPROPANOL
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

ALCOÓIS

Tem a vantagem de agir e então evaporar-se,


sem deixar resíduos.

Porém não são considerados anti-sépticos


satisfatórios quando aplicados a feridas –
causam a coagulação de uma camada de
proteína, sob a qual as bactérias continuam a
crescer.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

ALCOÓIS

A concentração ótima recomendada é de 60 a


95% - mesma eficiência – por isso utiliza-se
álcool 70%

O etanol puro é menos efetivo que as soluções


aquosas (etanol + água), pois a desnaturação
requer água.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
METAIS PESADOS E SEUS COMPOSTOS
Vários metais pesados podem ser germicidas ou anti-
sépticos:
-Prata
-Mercúrio
-Cobre
-Zinco
AÇÃO OLIGODINÂMICA – QUANTIDADES MUITO PEQUENAS DE METAIS
EXERCEM ATIVIDADE ANTIMICROBIANA.

Os íons do metal se combinam com os grupos


Sulfidrila
(-SH) das proteínas celulares, e ocorre desnaturação.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
METAIS PESADOS E SEUS COMPOSTOS

PRATA:
É UTILIZADA COMO ANTISÉPTICO EM SOLUÇÃO
DE
NITRATO DE PRATA 1%
Curativos impregnados com prata liberam lentamente
os íons demonstram serem úteis quando há
problemas com bactérias resistentes à antibióticos.
EXEMPLOS DO USO
DA PRATA COMO
AGENTE
ANTIMICROBIANO
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
METAIS PESADOS E SEUS COMPOSTOS

MERCÚRIO:
Cloreto de mercúrio – tem a história mais longa de
uso como desinfetante – amplo espectro de atividade

EFEITO BACTERIOSTÁTICO.

- Seu uso é limitado devido sua toxicidade, poder de


corrosão e ineficácia em contato com a matéria
orgânica;
-Utilizado em tintas para evitar mofo;
- mercurocromo – usado domesticamente.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
METAIS PESADOS E SEUS COMPOSTOS

MERCÚRIO:
Timerosal (Merthiolate)
(C9H9HgNaO2S)
contém 49% de mercúrio.
Hoje a nova fórmula do
Merthiolate apresenta
Digluconato de clorexidina
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
METAIS PESADOS E SEUS COMPOSTOS

COBRE:
Sulfato de cobre – usado
para inibir algas verdes
(algicida)

Hidroxiquinolina de cobre
– utilizados em tintas para
prevenir mofo
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
METAIS PESADOS E SEUS COMPOSTOS

ZINCO:
Telhas galvanizadas: revestidas
com zinco para evitar
crescimento microbiológico;

Soluções de bochecho – cloreto


de zinco

Antifúngico em tintas – óxido de


zinco (componente de pigmentos)
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

AGENTES DE SUPERFÍCIE –
tensoativos ou surfactantes

Incluem: SABÕES e
DETERGENTES

Pouco valor anti-séptico.

Degerminante (remoção
mecânica
dos micróbios)
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

AGENTES DE SUPERFÍCIE – tensoativos ou


surfactantes

TRICLOCARBAN e TRICLOSAN - inibem gram-


positivas

Desinfetantes de superfície ÁCIDO-ANIÔNICO:


ânions reagem com membrana plasmática
(amplo espectro de ação)
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

COMPOSTOS DE AMÔNIO QUATERNÁRIO


(QUATS) – apresenta íon amônio de 4 valências.

Agente de superfície mais amplamente usado


(detergente iônico)

Sua capacidade de limpeza está relacionada à parte


positivamente carregada (cátion) da molécula

São bactericidas contra gram-positivas e em menor


ação contra gram-negativas.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

COMPOSTOS DE AMÔNIO QUATERNÁRIO


(QUATS)
Afetam a permeabilidade da membrana plasmática.

CLORETO DE BENZALCÔNICO

CLORETO DE CETILPIRIDÍNIO
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

CONSERVANTES DE ALIMENTOS:
- Retardam a deterioração:

o Benzoato de sódio e ácido sórbico – alimentos


ácidos (queijos e refrigerantes);

o Propionato de cálcio – pães

o Nitrato de sódio – embutidos (presunto, salame,


salsicha)
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

ALDEÍDOS:
Antimicrobianos químicos mais efetivos
- Formaldeído
- Glutaraldeído

Inativam proteínas formando ligações cruzadas


covalentes com vários grupos funcionais orgânicos
(-NH2, -OH, -COOH, -SH)
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

ALDEÍDOS:

GÁS FORMALDEÍDO – excelente desinfetante –


encontrado como FORMALINA (37% de gás
formaldeído)

Extensivamente usada para conservar amostras


biológicas e inativar bactérias e vírus em vacinas
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

ALDEÍDOS:

GLUTARALDEÍDO – menos irritante e mais efetivo


que o formaldeído.

Usado para desinfetar instrumentos hospitalares –


pode ser considerado esterilizante.

Usados por agentes funerários para embalsamar.


5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
QUIMIOESTERILIZANTES GASOSOS:

Substâncias químicas que esterilizam em uma


câmara fechada com o uso de gás.
-ÓXIDO DE ETILENO: desnatura proteínas
Mata todos os micróbios e endosporos, mas requer
tempo de exposição prolongado (4 a 18 horas)
Altamente penetrante

- Outros gases: óxido de propileno e beta-propiolactona


(suspeita de serem carcinogênicos)
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

PEROXIGÊNICOS:

Exercem atividade antimicrobiana


oxidando componentes
celulares.

Ex: ozônio, peróxido de


hidrogênio, peróxido de
benzoíla e ácido peracético.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

AGENTES QUIMIOTERÁPICOS:

Antimicrobianos úteis para a ingestão ou injeção no


tratamento de doenças.

A principal propriedade para que um agente


quimioterápico tenha sucesso refere-se à
TOXICIDADE SELETIVA:
capacidade de inibir bactérias ou outros
agentes patogênicos sem provocar efeitos adversos
no hospedeiro.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

AGENTES QUIMIOTERÁPICOS:

Duas categorias:
- agentes sintéticos:
análogos de fatores de
crescimento
- antibióticos (produzidos
por microrganismos)
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO

` Agentessintéticos:
Análogos de fatores de crescimento

Ex: SULFAS (Sulfanilamida)


Análogo do ácido p-aminobenzóico
inibe a síntese de ácido fólico,
precursor de ácidos nucléicos.
5. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
MICROBIANO
` ANTIBIÓTICOS
Compostos químicos produzidos por
microrganismos que inibem ou matam
outros microrganismos – produtos
naturais.

Alexander
Fleming
descobre a
Penicilina em
1928
RESISTÊNCIA A COMPOSTOS
ANTIMICROBIANOS

Capacidade adquirida por um organismo


de resistir a um agente quimioterápico ao
qual este é normalmente susceptível.

Envolve GENES DE
RESISTÊNCIA:

-Trocas genéticas
-Mutação.

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