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RUPTURA EM CUNHA

A ruptura em cunha corresponde ao deslizamento de um bloco em forma de cunha, formado


ao menos por dois planos de descontinuidades que se intersectam. Esse tipo de ruptura
geralmente ocorre em rochas com várias famílias de descontinuidades, e a orientação e
espaçamento delas que vão determinar a forma e volume da cunha. Para que seja produzido
este tipo de ruptura os dois planos devem aflorar na superfície do talude e devem-se cumprir
as mesmas condições para ruptura planar (ψ> ω >ø) o ângulo de mergulho do talude sendo
maior do que da descontinuidade (ψ> ω), e este por sua vez maior que o ângulo de atrito
interno (ω >ø), mas neste caso ω é o mergulho da linha de intersecção.

RUPTURA POR TOMBAMENTO

Apresenta-se em taludes de maciços rochosos onde as descontinuidades apresentam


mergulho contrário a inclinação do talude e em direção paralela subparalela ao mesmo.

São 3 os fatores condicionantes para ocorrer o tombamento

1. Presença de água, causando uma pressão nas descontinuidades


2. Atrito, nesse caso o atrito deve ser vencido pela força normal e pelo peso do maciço
rochoso

Aqui na representação, o peso do próprio bloco cria essas descontinuidades, fazendo com que
o bloco tombe de fato.

ÁBACO DE HOEK E BRAY

Hoek e Bray desenvolveram um ábaco para o cálculo de fator de segurança de maciço de


sólido. Esse ábaco mostra 5 situações. Na primeira, o talude está drenado, totalmente seco,
sem água. E a partir da segunda situação, o nível do lençol freático vai aumentando
gradativamente até que na situação 5 o talude se encontra totalmente saturado. Então você
vai escolher com qual ábaco trabalhar de acordo com a situação que você tem no campo.
Neste exemplo, é utilizado o ábaco 5, e apresenta 3 equações. Os parâmetros são obtidos
através de uma avaliação geológico-estrutural. O primeiro passo é calcular esta equação,
sabendo da coesão, peso específico... O resultado nos deu 0,049. Então nós precisamos
encontrar este valor nesses números. Vamos marcar o 0,049 no 0,05. O segundo passo é
marcar a inclinação do talude. A partir dessa interseção nós vamos rebater o ponto na
coordenada e na abcissa. O valor encontrado na coordenada vai ser igual ao ângulo de atrito
pelo fator de segurança. O valor encontrado na abcissa, vai ser igual a coesão pelo peso
específico vezes altura vezes o fator de segurança. Nesse caso encontramos 1,1 no eixo das
coordenadas. Igualando a equação a 1,1 o valor encontrado para o fator de segurança foi de
0,52. O valor encontrado no eixo das abcissas foi de aproximadamente 0,5. Igualando também
o 0,5 a equação o valor encontrado para o falor de segurança foi de 0,52. Os dois valores de F
coincidiram, então este é o fator de segurança, e como o valor encontrado foi menor que 0,
então o talude está instável.

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