Você está na página 1de 6

Conto de Fadas:

O Juramento de
Jill Blistertongue
(ou, por que os Nockers sempre falam o que pensam)

D
izem que nunca nasceu um Nocker que não tivesse algo de ruim a dizer sobre algo ou
alguém. Bem, é verdade. O rancor se acumula na garganta de um Nocker como orvalho em
uma lata enferrujada, e a melhor coisa que ele pode fazer é cuspir antes se que engasgue com
ele. Mas nem sempre foi assim.
No passado, Nockers e Goblins eram a mesma coisa. Como eles se separaram é outra história, mas
eles se separaram. Isso causou todos os tipos de problemas. Os Nockers tiveram que se acostumar a
serem somente Nockers e, em muitos casos, isso significava lidar com a política das Cortes como
qualquer Kith deveria fazer, embora seus corações ainda fervessem com amargura.
Veja, naquela época os Nockers eram tão cheios de rancor que seu veneno às vezes vazava e
danificava as coisas ao seu redor. O amor não era algo estranho para eles: muitos Nockers se
apaixonavam ou ajudavam de bom grado um estranho em apuros. Mas as práticas dos antigos Goblins
eram difíceis de serem deixadas de lado. E embora os Nockers acabassem deixando de lado muitos de
seus hábitos, um deles piorou.
Nunca houve um humano ou fae que pudesse superar um Nocker. Um talento natural, como os
Nockers chamam. E nos velhos tempos, eles eram muito melhores nisso. Um Nocker ficava frustrado,
soltava uma série de palavrões e algo próximo ia quebrar ou morrer. Sua bile era muito poderosa.
Naturalmente, isso levou a todos os tipos de problemas. Eles ainda eram os melhores em projetar
coisas, sejam brinquedos, armas ou castelos. Mas um deslize de um martelo no dedão de um Nocker e o
artesão soltaria uma maldição e seu trabalho desmoronaria, incapaz de suportar as palavras venenosas.
Então os Nockers tentaram não xingar quando trabalhando. Eles reprimiam suas frustrações até que
não aguentassem mais, e então corriam para o quintal e desabafavam. Essa dificilmente era a solução; às
vezes, um palavrão matava um pássaro que passava ou descascava a pintura da casa de um vizinho.
Então, o artesão mais sábio, Byzamedas, elaborou um plano. Ele viajou para o Penhasco Kayver,
onde trabalhou em segredo por um ano inteiro. Quando seu trabalho foi concluído, ele enviou uma
convocação a todos do seu Kith, ordenando que cada Nocker na terra fosse até o penhasco e ouvisse o
que ele tinha a dizer.
Todos eles vieram, cada Nocker desde as Colinas Cintilantes até as Ilhas Fallow. Todos se
perguntavam e tentavam descobrir o que Byzamedas havia criado, o que havia sob a lona na base do
penhasco. Quando o último deles chegou, Byzamedas puxou a lona e revelou uma pedra cor de
marfim, entalhada, lisa como um ovo.
“Eis a Pedra do Basilisco!” Ele gritou. “Eu criei um recipiente no qual você pode derramar o seu
veneno. Se você tiver algo sujo para gritar, grite para a pedra, que ela suportará. Grite para ela suas
maldições, os desejos mais negros de seu coração, suas blasfêmias. Entregue suas palavras sujas para a
pedra e não prejudique mais o seu trabalho ou seus vizinhos!” Com isso, Byzamedas cuspiu uma
maldição terrível na pedra, e ela a sorveu por inteiro - e nada aconteceu!
Então os Nockers voltaram a construir e fabricar coisas, mas eles mantiveram suas piores palavras
para si. Não foi fácil no início, mas pensar na Pedra do Basilisco deu-lhes forças. No começo, uma vez
por semana, depois uma vez a cada duas semanas e depois uma vez por mês, cada um viajava para o
Penhasco Kayver e soltava todas as injúrias que havia engolido. A pedra sorvia todas as suas maldições
com avidez, uma por uma. Byzamedas até mesmo colocou lanternas com o fogo de Lumeeiras acesas em
ambos os lados da pedra, para que os Nockers pudessem encontrar seu caminho tanto à noite quanto
de dia.
À medida que a Pedra do Basilisco coletava palavras venenosas ao longo dos anos, ela foi
escurecendo gradualmente para um tom rosa suave. Isso não preocupou ninguém, afinal, era uma
maravilha que a pedra pudesse conter todo o veneno dos Nockers. Se o único efeito colateral foi uma
ligeira mudança de cor, realmente era um trabalho milagroso.
Em pouco tempo, a pedra deixou de ser o único trabalho maravilhoso da engenhosidade dos
Nockers. Sem a influência nefasta de suas explosões destrutivas, os Nockers criaram objetos muito mais
esplêndidos do que qualquer um que já haviam feito antes. Reluzentes pássaros mecânicos dançavam
entre minaretes elegantemente decorados, enquanto navios reluzentes competiam entre si sob pontes
de prata.
É claro que, nem todas essas criações eram de natureza pacífica. As espadas estavam agora mais
afiadas, os arcos mais poderosos e os escudos mais resistentes. Os Nockers criaram grandes catapultas
para arremessar pedras, balistas maciças para disparar flechas gigantescas e aríetes incrivelmente fortes
para serem usados contra os magníficos castelos que outros Nockers construíram. As máquinas de
guerra cruzavam os campos de batalha com o som de madeira e aço rangendo. E se os Nockers
construindo essas monstruosidades mecânicas tivessem que pausar a construção para fazer uma viagem
“urgente” de vez em quando, seus senhores concediam aos engenheiros esta saída. A nobreza cobiçava
as criações dos Nockers mais do que qualquer outra coisa e não queria irritar seus criadores.
Dos senhores da época, um dos mais orgulhosos e ricos era o Duque Nalath Owlsbane, Senhor de
Brass Tor. Poucos conseguiam vencê-lo em combate, e ele era o guerreiro mais feroz do reino, mas ele
não estava satisfeito com isso. Enquanto observava grandes engenhocas de cobre lutando batalha após
batalha, um desejo surgiu dentro dele. “Se lordes menores podiam ter tais máquinas à sua disposição”,
ele pensou, “então por que eu não deveria ter algo ainda mais grandioso?” E então ele jurou que teria a
maior, mais forte e mais assustadora máquina de guerra de todas.
Naturalmente, tal coisa não poderia ser criada por qualquer engenheiro. Assim, ele procurou o
maior artesão Unseelie de todas as terras. Não importa a quem ele perguntasse todos os Nockers lhe
davam a mesma resposta. Apenas um de sua espécie se encaixava nesta descrição.
Eles a chamavam de Brimstone Jill, pois seu
temperamento era quente como uma fornalha
infernal, e suas criações eram tão perversamente
afiadas que pareciam ser obra do próprio Diabo.
Quando o Duque Owlsbane a encontrou, ela
estava trabalhando duro para fabricar armaduras
de guerra para os dragões de Foulrook. Owlsbane
prometeu a Jill ouro e aço puro, tudo se ela
construísse para ele a maior máquina de guerra
de todas. Por orgulho, Jill concordou. Ela cuspiu
na palma da mão e apertou a mão dele, sorrindo
ao ver o altivo Sidhe se contorcer em desgosto.
O Duque Owlsbane deu a Jill uma oficina em
Brass Tor e a pôs para trabalhar. Seu local de
trabalho era um covil sombrio de fogo e metal
que combinava perfeitamente com Brimstone Jill.
Ela traçou planos em apenas uma semana e, em
seguida, partiu para as forjas e bigornas. Ela
conseguiu trabalhar por dois meses antes que sua
má vontade levasse a melhor e pediu ao duque
Owlsbane que a deixasse partir por um tempo.
Ele negou a ela tal liberdade.
“Só quando sua tarefa estiver concluída”, disse
ele friamente. Com isso, ele chamou soldados
para guardar a entrada oficina e foi embora. Jill
quase derrubou as paredes com uma maldição
solta ali mesmo, mas ela se conteve a tempo. Sem
outro recurso e com o orgulho em jogo, ela
voltou a trabalhar na máquina de guerra.
Ela trabalhou por mais dois meses e pediu
permissão para partir novamente para poder
visitar a Pedra do Basilisco. Owlsbane recusou
novamente. “Somente quando sua tarefa estiver
concluída”, repetiu. Então Jill trabalhou até se
passar um ano e pediu para sair mais uma vez.
Como antes, a resposta de Owlsbane foi:
“Somente quando sua tarefa estiver concluída.” E
assim foi, com Brimstone Jill engolindo seu
veneno por cinco anos inteiros.
Finalmente, a máquina estava pronta.
Brimstone Jill a chamou de Grande Jaganath, e o
nome combinava com ela. Tinha 21 metros de
altura, com enormes braços de foice que podiam
cortar grandes carvalhos como se fossem cevada.
Fogo era vomitado de sua barriga e cruéis
lançadores de dardos cobriam suas costas. Bem no centro, repousava um aríete maciço com cobertura
de latão, com a forma de um punho fechado. Ela convocou os exércitos do duque Owlsbane e o
revelou. Quando o Duque viu, sua própria respiração foi tomada pelo medo.
Envergonhado por estar com medo, ele voltou sua raiva para Brimstone Jill. “É o bastante,
engenheira”, disse ele friamente. “Você certamente demorou bastante tempo nisso. Você pode ir.
Enviarei seu pagamento em breve.” Com isso, ele acenou para ela se afastar, nem mesmo preocupado
que a furiosa Nocker estivesse sufocando seu ódio.
Assim, o Duque Owlsbane comandou seus exércitos até as vizinhas Colinas Orange e colocou o
Grande Jaganath à frente de seu exército. Enquanto ele marchava para longe, com a cabeça nadando de
orgulho, Brimstone Jill correu com toda a velocidade para o Penhasco Kayver. Alguns dizem que ela
estava tão cheia de veneno que suas pegadas queimavam sob seus pés e os viajantes lutavam para sair de
seu caminho. Só uma manticora tola se atreveu a cruzar seu caminho, e ela a derrotou com o menor
silvo de seus dentes cerrados.
Ela alcançou a pedra ao pôr do sol. Não havia ninguém quando lá chegou, o que provou ser uma
coisa boa. Brimstone Jill jogou as mãos contra a Pedra do Basilisco e pressionou os lábios contra ela.
Então ela começou a praguejar.
Nem Seelie nem Unseelie, Nocker, Goblin nem Redcap, ninguém jamais proferiu uma maldição
como a que Brimstone Jill proferiu naquela noite. As primeiras sílabas que escaparam de sua língua
eram blasfêmias e obscenidades além da imaginação, e teriam trazido lágrimas aos olhos do pior horror
com presas cheia de muco das Fossas de Witherthroat. Sua primeira frase teria rompido a pedra
fundamental de Caer Nithayin e derretido a espada do Grande Rei. Se Jill tivesse expressado sua
primeira palavra em qualquer outro lugar, ela teria murchado as árvores até onde a sombra de uma
montanha pudesse alcançar. Mas cinco anos de trabalho e cinco anos de abusos de Owlsbane não
poderiam ser absolvidos em poucas palavra. Naquela noite, Brimstone Jill proferiu o pior juramento já
falado. Todos os seus desejos odiosos contra o Duque Owlsbane, e tudo que ele já havia tocado, se
enrolaram em uma torrente venenosa de fúria e ódio que não cessava.
À medida que o pôr do sol se transformava em crepúsculo, a Pedra do Basilisco ganhava cor, do rosa
ao carmesim. Mas os olhos de Jill estavam nublados com lágrimas de ódio, e ela não percebeu a
mudança. Ao nascer da lua, a pedra era um rico carmesim semelhante à luz das lanternas que a
banhava. Mas ainda assim o juramento estava inacabado. À meia-noite, a pedra estava profundamente
escarlate. Nas horas que se seguiram, sua cor coagulou para a do vinho. E ainda assim o juramento de
Jill estava inacabado. Somente quando o céu clareou no leste, e a pedra estava quase preta, Jill estava
perto do fim de sua maldição.
Assim que o sol apareceu no topo das montanhas, Brimstone Jill pronunciou suas últimas palavras
odiosas. Ela ergueu a cabeça, o rosto molhado de suor e lágrimas, e suspirou de cansaço. Seu coração
doía por carregar a grande maldição por tanto tempo, e ela estava fraca como um filhote de gato ainda
cego.
Quando os primeiros raios de sol tocaram a Pedra do Basilisco, agora preta como breu, ela estalou
com um som semelhante ao de um trovão. Jill não era boba, e saltou para trás. Enquanto ela observava
boquiaberta, a fissura se alongou. Uma brisa soprou e, onde acariciou o interior exposto da pedra,
carregou vozes fracas. As vozes ficaram mais altas e o estalo ficou mais longo.
E então a Pedra do Basilisco explodiu.
A pedra explodiu em pedaços, deixando escapar uma tempestade de rancor. Cada maldição Nocker
que havia sido sussurrada nela foi pega pelo vento e carregada para os cantos mais distantes da terra. E
onde quer que o vento da tempestade chegasse, as coisas caíam em pedaços.
Mas a tempestade não destruiu tudo o que
tocou. Ela matou muitos pássaros pequenos ou
criaturas sem sorte o bastante para serem pegas
em seu caminho. Ela derreteu pequenas pedras
ou explodiu uma árvore seca aqui e ali. Mas os
dispositivos que os Nockers construíram eram
como pára-raios para a tempestade; suas formas
cuidadosamente esculpidas atraíam os ventos
rancorosos. Tudo feito pelos Nockers desde a
revelação da Pedra do Basilisco, e até mesmo
muitos objetos feitos antes disso, foram
danificados ou quebrados. Machados dos Trolls
se estilhaçaram nos prados. Os castelos dos Sidhe
gemeram e tombaram. Brinquedos de tortura dos
Redcaps se esburacaram e racharam. Os ventos
vulgares chegaram até mesmo aos túneis dos
Sluagh e aos palácios marinhos dos Selkies,
envenenando e mutilando engenhocas forjadas
pelos Nocker.
Mas o mais terrível vento negro açoitou os
campos de batalha das Colinas Orange,
desintegrando armas e armaduras em seu rastro.
Ele correu para o coração da maior criação de
Brimstone Jill, o Grande Jaganath, e o
despedaçou. As engrenagens pousaram a léguas
de distância. As enormes foices cortaram
exércitos inteiros antes de cair no chão. E o
punho de bronze do aríete desabou, esmagando
Owlsbane.
A tempestade cessou rapidamente depois
disso, mas os problemas dos Nockers apenas
começaram. Cada fae, desde o mais nobre lorde
Sidhe até o mais humilde garoto de estábulo
Boggan, emitiu um grande grito e exigiu uma
explicação. Por que tudo foi jogado as ruínas? O
que tinha acontecido? Mas os confusos Nockers
não conseguiram responder. Apresentando
desculpas apressadas, os artesãos foram até
Penhasco Kayver para desabafar.
Quando lá chegaram, eles ficaram
horrorizados ao ver os cacos negros da Pedra do
Basilisco. Eles gesticulavam furiosamente e
murmuravam perguntas uns para os outros em
pânico, mas ninguém ousava praguejar por medo
do que poderia acontecer. Nenhum notou
Brimstone Jill, sentada quieta ao lado da pedra quebrada.
Então o próprio Byzamedas, agora curvado e fraco pelo tempo, subiu sobre um dos cacos da pedra e
sentou-se. Ele pensou um pouco e depois olhou para seus amigos reunidos. “Não guardem suas palavras
com vocês”, disse ele, finalmente. “Tirem-nas do peito e veremos o que acontece.”
Com isso, cada Nocker que viajou até a pedra ficou furioso, gritando com seus vizinhos, com os
pedaços da pedra quebrados, com o céu, o que quer que estivesse ao seu alcance. As obscenidades
sacudiram as nuvens e mataram todos os insetos em um raio de uma milha. Os Nockers gritaram e
esbravejaram por horas a plenos pulmões. Mas mesmo isso não parecia nada comparado com
tempestade de vulgaridade desencadeada pela pedra.
De todos os reunidos, apenas dois não tinham nada a dizer. O próprio Byzamedas que estava velho
demais para gritar, e de que adiantava xingar se você não conseguia se ouvir por causa do barulho? E
Jill, sua maldição tinha sido tão potente que tinha enchido sua língua de feridas e bolhas. Além disso,
com toda a sua amargura gasta e toda a destruição ao seu redor, ela não tinha mais nada a dizer.
Quando todo o veneno e rancor dos Nockers se exauriu, eles ficaram em silêncio um por um.
Quando o último caiu na grama, rouco e cansado, Jill se levantou. Falando lenta e cuidadosamente
para não machucar sua língua delicada, ela admitiu ter quebrado a pedra. Ela disse a seus amigos por
que tal coisa aconteceu. Ela falou do Duque Nalath Owlsbane e do Grande Jaganath, e dos insultos que
suportou. Finalmente, ela falou envergonhada da rachadura na Pedra do Basilisco, e como o rancor dos
Nockers foi solto ao mundo.
Quando ela terminou sua história, alguns Nockers murmuraram entre si, discutindo o que fariam
ou não no lugar de Jill. Mas a maioria ficou quieta, não querendo deixar que suas vulgaridades saíssem
novamente.
Byzamedas balançou a cabeça e olhou para todos eles. “Não haverá uma segunda Pedra do
Basilisco”, ele decretou. “Achei que a pedra iria funcionar, mas não esperava que alguma jovem fosse
ainda mais Nocker do que eu.”
Ele bateu com o martelo na pedra em prelúdio para um anúncio formal. “Blistertongue Jill”, e assim
ela ficou conhecida desde então, “provou que não poderíamos segurar nossas vozes para sempre. As
consequências foram piores do que pensávamos. Quanto mais nos segurarmos, pior vai ser a enchente
quando ela se soltar. Isso não acabou! E se a pedra não pode segurá-la, nada o fará!
“Então gritem que pensem assim que a vontade surgir! A perfeição por alguns anos não pode ser
considerada perfeição se for obtida às custas de nossa natureza. Se o seu trabalho ficar maculado porque
você continua xingando, não pare! Quem mais vai consertá-lo? Pode demorar cem primaveras, mas
ainda teremos algo perfeito em nossas mãos!”
Com isso, Byzamedas ficou em silêncio e desceu ao chão. Ao fazer isso, os Nockers reunidos
resmungaram. Na verdade, eles reclamaram durante todo o caminho para casa e mesmo depois de
começarem a trabalhar novamente. Na verdade, enquanto trabalhavam para reparar todos os danos que
a tempestade havia causado (e levaram muitos anos para corrigir os defeitos de todas as suas máquinas
novamente), eles praguejaram e reclamaram.
Embora o trabalho dos Nockers tenha melhorado ao longo dos séculos, apesar de suas maldições,
ainda não corresponde à gloriosa perfeição que já teve um dia. Mas cada Nocker se lembra disso, e cada
um trabalha duro para conseguir obter esta perfeição novamente. E se suas blasfêmias ainda afligem seu
trabalho com falhas e fraquezas, pelo menos nunca houve outra maldição como a de Blistertongue Jill.

*Blistertongue – Língua Empolada, cheia de bolhas


*Brimstone — Enxofre

Você também pode gostar