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Contemporânea

Contemporary Journal
3(3): 2462-2481, 2023
ISSN: 2447-0961

Artigo

QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS IDOSAS DA


COMUNIDADE

QUALITY OF LIFE OF ELDERLY PEOPLE IN THE


COMMUNITY

DOI: 10.56083/RCV3N3-069
Recebimento do original: 24/02/2023
Aceitação para publicação: 28/03/2023

José Vitor da Silva


Pós-doutor em Gerontologia
Instituição: Universidade Federal de São Carlos
Endereço: Rod. Washington Luiz, S/N, Monjolinho, São Carlos - SP, CEP: 13565-905
E-mail: enfjvitorsiva2019@gmail.com

Márcio Daniel Nicodemos Ramos


Mestre em Engenharia Química
Instituição: Universidade Federal de Itajubá
Endereço: Av. B P S, 1303, Pinheirinho, Itajubá - MG, CEP: 37500-903
E-mail: marcio_daniel_ramos@hotmail.com

Bruna da Graça Macedo Pereira


Graduada em Enfermagem
Instituição: Hospitais de Clínicas de Itajubá
Endereço: R. Miguel Viana, 420, Morro Chic, Itajubá - MG, CEP: 37500-080
E-mail: bruna_macedo.enf@yahoo.com

Fabiana de Souza Orlandi


Doutora em Enfermagem
Instituição: Universidade Federal de São Carlos
Endereço: Rod. Washington Luiz, S/N, Monjolinho, São Carlos - SP, CEP: 13565-905
E-mail: forlandi@ufscar.br

RESUMO: Objetivo: investigar a Qualidade de Vida (QV) de pessoas idosas


residentes no Sudeste do Brasil, buscando identificar suas características
sociodemográficas e verificar os itens que mais e menos contribuíram para
Qualidade de Vida. Método: abordagem quantitativa do tipo descritivo e
transversal. A amostra foi constituída por 262 pessoas idosas, residentes no

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Sudeste do Brasil com 60 anos ou mais. A amostragem foi do tipo não
probabilístico por conveniência. Foram utilizados dois instrumentos:
Instrumento de Caracterização Sociodemográfico e Escala de Qualidade de
Vida de Pessoa Idosa de Vitor. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética
em pesquisa da UNIVÁS de Pouso Alegre-MG, sob Parecer Consubstanciado
Nº 1.530.981, de março de 2016. Resultados: As médias foram: EQVI total
= 184,8; Autonomia e dimensão psicológica = 42,0; Meio ambiente = 30,4;
Independência física = 258,1; Família = 28,7; Saúde = 21,4; Dimensão
social = 37,2. A QV foi afetada positivamente pelos itens dos domínios
família, dimensão social e independência física e, negativamente, pelos itens
de meio ambiente e domínio social. Conclusões: A QV foi considerada boa,
sendo que os domínios e os seus respectivos itens tiveram influências
positivas e negativas.

PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de vida, Capacidade funcional, Idoso,


Pesquisa quantitativa.

ABSTRACT: Objective: to investigate the Quality of Life (QoL) of elderly


people living in Southeastern Brazil, aiming to identify their
sociodemographic profile and verify the items that contributed the most and
the least to their Quality of Life. Method: this is a descriptive, cross-sectional
study, using a quantitative approach. The sample consisted of 262 elderly
people, residing in southeastern Brazil, aged 60 years or older. The sample
was of the non-probability type by convenience. Two instruments were used,
namely: The Sociodemographic Characterization Instrument and Vitor’s
Elderly People's Quality of Life Scale. The study was approved by the
research ethics committee of UNIVÁS from Pouso Alegre-MG, under
Consubstantiated Opinion No. 1,530,981 from March 2016. Results: The
means were as follows: total EQoLS = 184.8; Autonomy and psychological
dimension = 42.0; Environment = 30.4; Physical independence = 258.1;
Family = 28.7; Health = 21.4; Social dimension = 37.2. QoL was positively
affected by items from the family, social dimension, and physical
independence domains, and negatively affected by items from the
environment and social domains. Conclusions: QoL was considered good, and
the domains and their respective items had positive and negative influences
on QoL.

KEYWORDS: Quality of Life, Functional Capacity, Elderly,


Quantitative Research.

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1. Introdução

O perfil demográfico mundial vem se modificando ao longo dos anos


com o aumento das pessoas idosas acima de 60 anos (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE, 2022). Essa transição é visível também na sociedade
brasileira, principalmente quando se nota maior expectativa de vida da
população, com maior quantidade de pessoas longevas (CÔRTE; BRANDÃO,
2018; MINAYO; FIRMO, 2019). Tal progresso pode ser atribuído aos avanços
da medicina, à urbanização e às melhoras tecnológicas (MACENA et. al.,
2018). Diante dessa perspectiva, é importante que estudos atrelados a
diversos aspectos das pessoas idosas sejam desenvolvidos.
A Qualidade de Vida é um desses fenômenos que devem ser
abordados. De forma geral, esse conceito está ligado à autoestima da pessoa
idosa e ao seu bem-estar pessoal (BOGGATZ, 2016; GOMES et. al., 2020).
É relacionado também ao estado psicológico e ao emocional, à capacidade
funcional e ao estado de saúde, ao nível de independência e à atividade
intelectual, ao nível socioeconômico e às relações sociais, às crenças pessoais
e aos valores culturais, dentro outros aspectos (WORLD HELTH
ORGANIZATION, 1997; CAMPOS et. al., 2017). Assim, é de grande
importância passar pelo processo de envelhecimento com boa Qualidade de
Vida, pois isso pode reduzir o surgimento de incapacidades, de dificuldades
e de dependências (SANT’HELENA et. al., 2020).
Nesse contexto, este estudo teve o objetivo investigar a Qualidade de
Vida (QV) de pessoas idosas residentes no Sudeste do Brasil, buscando
identificar suas características sociodemográficas e verificar os itens que
mais e menos contribuíram para Qualidade de Vida.

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2. Metodologia

2.1 Delineamento do estudo

O presente estudo foi de abordagem quantitativa do tipo descritivo e


transversal. Foi realizado em diversas cidades localizadas na região Sudeste
do Brasil.

2.2 Participantes do estudo, amostra e amostragem

Os participantes foram pessoas idosas de ambos os sexos com 60 anos


ou mais, residentes nas áreas urbanas e rurais de suas respectivas cidades.
A amostra foi constituída por 262 pessoas idosas. A amostragem foi do tipo
não probabilístico por conveniência.

2.3 Critérios de inclusão e exclusão

O critério de inclusão utilizado foi o participante ter sua capacidade


cognitiva e de comunicação preservada, tendo sido avaliada pelo
Questionário de Avaliação Mental. Por outro lado, as exclusões foram
efetuadas, caso a pessoa estivesse em situação de debilidades físicas que a
impedissem de ser entrevistada e se não estivesse residindo nas cidades
onde foi realizado o presente estudo.

2.4 Coleta de dados

A coleta de dados foi realizada em dois períodos, sendo eles: de junho


a agosto de 2016 e de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022. A referida
coleta sempre ocorreu no domicílio das pessoas idosas.
Os instrumentos utilizados foram:

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1 - Questionário de Avaliação Mental: Esse instrumento foi utilizado
para a avaliação mental no critério de inclusão. Foi proposto por Khan
(1960) e, posteriormente, adaptado à cultura brasileira por Ventura e
Bottino (2007), sendo de domínio público. O referido questionário é
composto por 10 perguntas que focam na orientação têmporo-espacial,
além da memória para fatos tardios. Desse modo, é possível fazer uma
análise da pessoa idosa, verificando se sofre ou não de uma síndrome
mental orgânica. É necessário que o entrevistado acerte, pelo menos,
sete das dez perguntas para que seja considerado isento de alguma
síndrome (VENTURA; BOTTINO, 2007). Como cada questão tem o valor
de um ponto, é preciso que a pessoa idosa obtenha sete pontos,
independentemente da ordem e do tipo de questão acertada.
2 – Instrumento de Caracterização Sociodemográfico (ICSD): Esse
segundo instrumento é baseado somente em questões fechadas e
abertas, sendo elas relacionadas às características pessoais, familiares,
sociais, econômicas e de saúde (SILVA; KIMURA, 2003). Destaca-se
que as questões ligadas às características pessoais estão relacionadas
com a idade do entrevistado. As familiares estão atreladas ao estado
civil, ao tipo de família e aos filhos que a pessoa idosa possui. Já as de
natureza social, são evidenciadas pelo tipo de trabalho. As
características de saúde estão em consonância com a percepção de
saúde, presença de doenças crônicas, uso de medicamentos e
atividades físicas. Desse modo, a interpretação dessa caracterização é
realizada por meio da análise dos valores absolutos e relativos
correspondentes às variáveis categóricas. Por outro lado, para as
variáveis contínuas, foram utilizadas as medidas de tendência e de
dispersão central, sendo elas a Média e o Desvio Padrão.
3 - Escala de Qualidade de Vida de Pessoa Idosa de Vitor (EQVI): Esta
escala foi elaborada e validada por Silva e Baptista (2016), formada
por 48 itens e seis domínios. Com essa escala, é possível avaliar a

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qualidade de vida das pessoas idosas a partir da subjetividade. Cada
domínio e seus respectivos itens são próprios desse ciclo de vida, sendo
eles: Autonomia e psicológico (10 itens); Meio ambiente (10 itens);
Independência física (6 itens); Família (7 itens); Saúde (6 itens) e
Social (9 itens). Sabe-se que a pontuação mínima possível nessa escala
é de 48 pontos e a máxima, de 240. Assim, quanto maior a pontuação,
melhor é a avaliação da qualidade de vida do entrevistado. Pondera-se
que as opções de resposta são: muito insatisfeito (1); insatisfeito (2);
nem satisfeito nem insatisfeito (3); satisfeito (4) e muito satisfeito (5).
Para classificação dos conceitos da EQVI, utilizaram-se as pontuações
discriminadas a baixo:

Quadro 1
Domínio
Domínio1- Domínio
Domínio 3- Domínio
Autonomia Domínio 6-
Total 2- Meio Independ 4-
e Dimensão 5- Saúde Dimensã
Ambiente ência Família
Psicológica o Social
Física
ITENS 48 10 10 6 7 6 9
38,4- 4,8 - 5,6 - 4,8 - 7,2 -
Péssimo 8 - 18 8 - 18
86,4 10,8 12,6 10,8 16,2
86,4- 10,8 - 12,6 - 10,8 - 16,2 -
Ruim 18- 26 18- 26
124,8 15,6 18,2 15,6 23,4
124,8- 15,6 - 18,2 - 15,6 - 23,4 -
Regular 26 - 34 26 - 34
163,2 20,4 23,8 20,4 30,6
163,2 - 20,4 - 23,8 - 20,4 - 30,6 -
Bom 34 - 42 34 - 42
201,6 25,2 29,4 25,2 37,8
Muito 201,6 -
42 - 50 42 - 50 25,2 - 30 29,4 - 35 25,2 - 30 37,8 - 45
bom 240

2.5 Análise de dados

Inicialmente, elaborou-se um banco de dados contendo todas as


variáveis envolvidas no estudo. A seguir, esse banco foi devidamente
“alimentado”. Empregou-se a estatística descritiva, sendo que, para as
variáveis qualitativas ou categóricas, utilizaram-se frequência e
percentagem. Para variáveis numéricas ou contínuas, utilizaram-se as

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medidas de tendência e dispersão central (média, mediana, valores mínimo
e máximo e desvio padrão), utilizando-se o programa computacional SPSS
(Statistical Package for the Social Sciences), versão 22.0.

2.6 Aspectos éticos da pesquisa

A presente pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa sob


o Parecer Consubstanciado Nº 1.530.981 de março de 2016. Foram
considerados os aspectos estabelecidos pela Resolução 466/12, 12 de
dezembro de 2012, elaborada pelo Conselho Nacional de Saúde do Ministério
da Saúde.

3. Resultados e Discussões

Ao analisar as características qualitativas dessa população, presentes


na Tabela 1, observou-se que é uma amostra que vive em comunidade e que
se encontra dentro dos parâmetros normais e atuais no que se refere ao
estado conjugal, quando o tipo predominante foi o casado. Isso,
provavelmente, se deve à longevidade que leva os casais idosos a se
manterem mais tempo nessa condição. Sabe-se, atualmente, que uma
relação entre pessoas idosas costuma ser atrelada à grande lealdade e ao
afeto, fazendo com que os cônjuges se ajudem mutuamente e aumentem a
Qualidade de Vida (GONÇALVES, 2016).
Em relação à escolaridade, como se trata predominantemente de
pessoas de nível socioeconômico baixo, a necessidade de participar na
contribuição financeira da família os impediu de avançarem na escolaridade
(NEVES et. al., 2017). No que se refere às crenças religiosas, a maioria da
amostra segue determinada religião, sendo ela a católica. Nesse contexto,
sabe-se que, desde a descoberta do Brasil, a religião católica sempre
predominou (VIEIRA, 2021), ainda que as pessoas não sejam praticantes. O

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trabalho sempre foi uma necessidade humana, considerando dois aspectos
essenciais: a provisão do lar e o estabelecimento e a manutenção do status
quo que sempre requereu como identificação profissão e local de trabalho
(ROCHA et. al., 2018). Com certeza, essa situação sempre esteve presente
entre os homens e, atualmente, também entre as mulheres.
Do ponto de vista de saúde, sobressaiu a percepção “boa”. Isso pode
estar ancorado no fato de a maioria não ser portadora de doença crônica, o
que se reforça quando consideram que seu estado de saúde se encontra
igual ao do último ano e, quando comparado com pessoas da mesma idade,
a opção selecionada foi a “mesma coisa”. Outra situação que corrobora a
percepção boa do estado de saúde é o fato de não se fazer uso de
medicamentos. Com a criação do SUS em 1988 (DUARTE et. al., 2018),
diversos procedimentos de saúde foram divulgados para a população. Um
deles tem sido o exercício físico. Nesse sentido, é notório que a atividade
física sempre teve primazia em todas as informações de saúde. Isso,
associado ao estado de saúde, ao fato de não ter doença crônica e de não
tomar remédio, que são os principais contribuintes para essa prática
saudável.
Observou-se que a maioria dos participantes do estudo possuíam
filhos, embora com número reduzido (em média de três filhos como mostra
a Tabela 2). Pode-se inferir que essa situação está relacionada com o uso de
anticoncepcionais e de procedimentos invasivos contraceptivos os quais as
pessoas dessa idade já tiveram a oportunidade de utilizar, considerando-se
que a data de início dos mesmos foi em 1960 (CASADO-ESPADA, 2019).
Como mostra a Tabela 2, a média de idade dos entrevistados neste
estudo foi de 66 anos, correspondendo à classificação de pessoa idosa jovem.
Por outro lado, no contexto atual da gerontologia, a classificação do
envelhecimento não está solidificada apenas no ageísmo ou etarismo, mas,
sobretudo na capacidade funcional de realização das atividades da vida diária
(WICKLIN et. al., 2020).

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Ao se interpretar o rendimento mensal, detectou-se um valor muito
baixo. Considerando que a população estudada não trabalhava, pode-se
inferir que vivia da aposentadoria. Com certeza, esse valor está ligado a
profissões que apresentam baixos salários. Vale ressaltar que trabalhar
tantos anos para ter um rendimento mensal um pouco mais que um salário
mínimo R$ 1212,00 é uma discrepância e uma falta de respeito ao ser idoso
que investiu seu esforço físico, competência e habilidade em seu período
laboral. Isso também está associado às múltiplas diferenças sociais que
acompanham a realidade brasileira (MACHADO, 2022).
O tempo médio de doença crônica correspondeu há 13 anos. Isso está
compatível com a temporalidade dessas enfermidades, pois existem tempos
prolongados devido aos medicamentos que as mantêm compensadas ou
equilibrados.

Tabela 1 – Variáveis qualitativas referentes às características sociodemográficas de


pessoas idosas.
Características
Tipos Frequência Percentagem (%)
sociodemográficas
Masculino 131 50,0
Sexo
Feminino 131 50,0
Sim 247 94,3
Religião
Não 15 5,7
Católica 176 67,2
Evangélica 61 23,3
Qual religião
Não cristã 10 3,8
Nenhuma 15 5,7
Sem escolaridade 36 13,7
Ensino fundamental 150 57,3
Escolaridade
Ensino médio 43 16,4
Curso superior 33 12,6
Solteiro + viúvo 65 24,8
Casado + morando
Estado conjugal 184 70,2
junto
Divorciado/separado 13 5,0
Sim 217 82,8
Filhos
Não 45 17,2
Trabalha 105 40,1
Trabalho Não trabalha 144 55,0
Outra 13 5,0
Ótima 41 15,6
Saúde atual
Muito boa 61 23,3

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Boa 110 42,0
Regular + ruim 50 19,1
Muito melhor 12 5,4
Saúde em
Melhor 85 38,1
comparação com o
Mesma coisa 109 48,9
último ano
Pior 17 7,6
Muito melhor 30 11,5
Saúde comparada
Melhor 67 25,6
com outras pessoas
Mesma coisa 151 57,6
da mesma idade
Pior 14 5,3
Portador de doença Sim 125 47,7
crônica Não 137 52,3
Sim 122 46,6
Toma remédios
Não 140 53,4
Pratica exercícios Sim 154 58,8
físicos Não 108 41,2
Fonte: ICSD (2021).

Tabela 2 – Variáveis numéricas referentes às características sociodemográficas de pessoas


idosas.
Rendimento mensal das Portador de doença
Quanto
Idade pessoas que vivem na crônica há quanto
s filhos
sua residência tempo (em meses)
Média 66,1 3,3 1918,6 165,2
Mediana 64,0 3,0 1760,0 120,0
Mínimo 53 1 880 3
Máximo 90 14 20000 600
Desvio-
6,8 2,1 1494,3 131,6
padrão
n 262 216 258 95
Fonte: ICSD (2021).

Ao interpretar a qualidade de vida, encontrou-se, na escala total, o


valor médio de 184,8 o que corresponde, conforme informação anterior, ao
nível de qualidade de vida “bom”. Como a qualidade de vida é um fenômeno
multifatorial e polissêmico (MONTEIRO et. al., 2005), os principais motivos
da classificação dessa qualidade podem ter relação direta com estar casado,
ter uma idade compatível com a realização de atividades físicas, perceber a
própria saúde como boa, ter filhos, não ter doença crônica, professar uma
religião, não trabalhar, receber aposentadoria e ter a oportunidade para o
lazer ou para realização de atividade que traga prazer.

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Paralelamente, ao avaliar os domínios de forma separada (Tabela 3),
notou-se que a autonomia e a dimensão psicológica foram classificadas como
“muito bom”. Por outro lado, o meio ambiente foi o domínio categorizado
como “regular”, enquanto os demais obtiveram conceito “bom”. Pode-se
inferir que as pessoas idosas do presente estudo se encontravam satisfeitas
com a própria capacidade de decisão, com o tipo de vida que estavam
levando, com a autoestima elevada e com o propósito de vida. Esses
elementos são essenciais para o estabelecimento e para a manutenção da
satisfação da vida. Ser capaz de decidir o que se quer e como se quer é um
fenômeno extremamente prazeroso no envelhecimento, quando, muitas
vezes, a pessoa idosa não tem essa prerrogativa, limitando-se a aceitar o
que os familiares querem e como querem. Ser capaz de sentir-se feliz com
a própria vida e alcançar metas e objetivos é algo que contribui
acentuadamente com a qualidade de vida (GOMES et. al., 2021).
Os demais domínios responsáveis pela qualidade de vida se
classificaram com o conceito “bom”. Esperava-se a obtenção desses
conceitos, porque, com certeza, diversos fatores contribuíram para essa
conceituação. Do ponto de vista de independência física, apesar de serem
residentes na comunidade, sabe-se que o envelhecimento é responsável por
determinadas senescências que impedem a independência total,
principalmente por aquelas relacionadas com a movimentação física (SILVA
et. al., 2022). Associado a isso, o fator família interfere de forma robusta na
qualidade de vida. Sabe-se que, no mundo contemporâneo, as pessoas
idosas passam por diversas questões familiares que não deixam de trazer
certo comprometimento à qualidade de vida, essencialmente quando se
refere ao ninho vazio ou a questões relacionadas com o contexto profissional
e com outros aspectos sociais da vida dos filhos, ressaltando-se,
especificamente, o desemprego e a falta de sucesso profissional (AGUIAR et.
al., 2018; FONSECA et. al., 2022).

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A saúde é um domínio que interfere sobremaneira na dimensão da
qualidade de vida (MONTEIRO et. al., 2018). Apesar de os participantes
relatarem que não possuem doenças crônicas, ainda é comum a atribuição
de que o envelhecimento é sinal de doença. Essa concepção negativa,
associada com as senescências, pode trazer como consequência
incompreensões a respeito daquilo que é próprio da velhice e das alterações
normais que ocorrem no processo de envelhecer (ROBAZZI et. al., 2022).
Do ponto de vista social, é evidente a exclusão das pessoas idosas em
relação à sociedade. A concepção de que estar envelhecido é sinônimo de
improdutividade, de peso morto e de incapacidade toma vulto na era atual.
Isso, por sua vez, leva as pessoas idosas a se restringirem aos grupos
próprios, ficando endógenos ao contexto específico de participantes faltando-
lhes, muitas vezes, o entrosamento com outras pessoas da sociedade,
inclusive a escassez da intergeracionalidade. Infere-se que esses fatores
sejam os responsáveis por essa conceituação dos domínios da Qualidade de
Vida (FORNASIER; LEITE, 2018).
O domínio meio ambiente foi o que menos contribuiu para a qualidade
de vida sob a conceituação “regular”. Ao refletir sobre os itens desse domínio,
observou-se que as condições das vias públicas, a ausência de rampas, de
corrimão e de outros elementos de segurança pública contribuíram para esse
fator, assim como a redução de espaços físicos que, por direito, seriam
cedidos às pessoas idosas na forma de atendimentos públicos, de falta de
segurança e de conforto nos meios de transporte, também de natureza
pública, foram os fatores que, com certeza, contribuíram para essa
conceituação.
Cabe aqui destacar que, no Estatuto da Pessoa Idosa (2022), estão
assegurados a esse segmento social os seguintes direitos: “prioridade e
segurança da pessoa idosa nos procedimentos de embarque e desembarque
nos veículos do sistema de transporte coletivo; oferecer instalações físicas
em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e

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segurança; aos maiores de 65 anos fica assegurada a gratuidade dos
transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos; serão reservados
10% dos assentos para as pessoas idosas, devidamente identificados com a
placa de reservado preferencialmente para pessoas idosas”.
Entretanto, numa análise mais profunda, se deduz que determinadas
políticas públicas mais específicas de proteção e de segurança para a pessoa
idosa, tais como especificações referentes às condições e às estruturas de
passeios e em vias públicas sem declives e aclives perigosos que predispõem
as quedas muitas vezes com graves consequências. Com certeza, a atenção
mais específica, em relação à segurança e aos recursos ambientais, se
disponibilizados, contribuirão para essa faceta da qualidade de vida.

Tabela 3 – Medidas de tendência e desvio central da EQVI VITOR.


Domínio 1 –
Domínio 2 Domínio 3 – Domínio 6 –
EQVI Autonomia Domínio 4 Domínio
– Meio Independência Dimensão
Total e dimensão - Família 5 - Saúde
ambiente física social
psicológica
Média 184,8 42,0 30,4 25,1 28,7 21,4 37,2
Mediana 186,0 42,0 30,0 24,5 28,0 22,0 36,0
Mínimo 124 19 10 7 10 11 12
Máximo 228 50 50 30 35 30 45
Desvio-padrão 18,6 5,1 8,5 4,0 4,0 3,3 4,2
n 262 262 262 262 262 262 262
Fonte: EQVI VITOR (2021).

As duas principais causas de a pessoa idosa viver só são as seguintes:


opção da própria pessoa que decide controlar a própria vida ou tomar
decisões, porém para isso, a situação de estar só é a mais indicada; a
segunda causa é por falta de opção, não havendo outra condição além de
viver só (OLIVEIRA et. al., 2020). Sabe-se que as famílias, no contexto
contemporâneo, estão muito endógenas ao seu convívio, vivendo sua
dinâmica sem participação dos familiares idosos, ocorrendo isso por
múltiplos fatores. Diante desse cenário, pode-se inferir que a pessoa idosa,
vivendo só, não tenha suas concepções voltadas para um trabalho voluntário
ou também formal e informal, levando em consideração que existem 21,8

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milhões de aposentados pelo INSS no Brasil considerando que essas pessoas
que vivem só façam parte desse contingente de pessoas aposentadas
(MONALISA, 2022).
Em relação aos itens que mais ou menos contribuíram para a qualidade
de vida (Tabela 5), iniciou-se, em primeiro momento, pelos itens que mais
comprometeram. Ao interpretá-los, notou-se que quatro deles integraram o
domínio meio ambiente e o último, ao fator social. Numa análise mais ampla,
pode-se afirmar que todos os itens trazem, em seu bojo, certa violência com
a pessoa idosa, em especial, quando retratam as condições de calçadas e de
vias públicas, o conforto e a segurança dos ônibus que podem redundar em
quedas com sérias consequências à vida e à saúde dessas pessoas
(MACHADO et. al., 2020). Tudo isso não deixa de ser violência, pois, segundo
a Organização Mundial da Saúda (2003), violência “constitui uma ação única
ou repetida ou ainda a ausência de uma ação devida, que cause sofrimento
e angústia, e que ocorre em uma relação em que haja expectativa de
confiança”. Nesse caso, há violência de natureza psicológica que consiste em
infringir angústia mental (MACHADO et. al., 2020).
No que tange à maior contribuição (Tabela 5), itens associados às
facetas da independência física, família e social foram os mais significativos.
Ser independente, estar satisfeito com a família e viver numa casa e num
bairro que tragam conforto e segurança são imprescindíveis à qualidade de
vida. Corroboram esses resultados os estudos de Andrade e Martins (2011),
Gomes Neto et. al. (2012) e Gouveia, et. al. (2016), os quais evidenciam a
importância do bom convívio familiar, da independência física e das redes
sociais, respectivamente.

Tabela 5 - Itens que contribuíram positiva e negativamente na Qualidade de Vida, suas


frequência e percentagens (%).
Mais Menos
Item
contribuiu contribuiu
Domínio 1 - Autonomia e Dimensão Psicológica
A possibilidade de viver muitos anos? 95 (36,1 %) 1 (0,4 %)

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As suas atividades de lazer e diversão? 88 (33,5 %) 0 (0,0 %)
Sua paz de espírito e sua tranquilidade? 97 (36,9 %) 2 (0,8 %)
A realização de seus objetivos pessoais? 89 (33,8 %) 0 (0,0 %)
Sua felicidade? 95 (36,1 %) 2 (0,8 %)
Sua vida de modo geral? 101 (38,4 %) 1 (0,4 %)
Sua aparência pessoal? 88 (33,5 %) 4 (1,5 %)
Você mesmo (a)? 100 (38,0 %) 1 (0,4 %)
O que você faz durante o dia? 70 (26,6 %) 1 (0,4 %)
O tipo de vida que você está tendo? 78 (29,7 %) 1 (0,4 %)
Domínio 2 - Meio Ambiente
A segurança nas vias públicas? 45 (17,2 %) 17 (6,5 %)
As condições das calçadas, calçadões, praças, ruas 44 (16,7 %)
17 (6,5 %)
e avenidas da sua cidade? **
A presença de elevador e ou corrimão/rampa nos
16 (6,1 %) 20 (7,6 %)
prédios ou locais que você frequenta?
59 (22,4 %)
Os ônibus circulares da sua cidade? 17 (6,5 %)
**
O conforto e segurança dos ônibus circulares da 66 (25,1
14 (5,3 %)
sua cidade? %)**
Os atendimentos públicos que você tem recebido
27 (10,3 %) 31 (11,8 %)
nos bancos, supermercados, lojas e outros locais?
A existência de filas reservadas nos bancos,
23 (8,7 %) 33 (12,5 %)
supermercados e outros locais?
A quantidade de filas reservadas nos bancos,
19 (7,2 %) 39 (14,8 %)
supermercados e outros locais?
A existência de vagas reservadas nos
estacionamentos dos bancos, supermercados e 18 (6,8 %) 32 (12,2 %)
outros locais?
A quantidade de vagas nos estacionamentos dos 40 (15,2
17 (6,5 %)
bancos, supermercados e outros locais? %)**
Domínio 3 - Independência Física
Sua capacidade para cuidar de você mesmo (a)
sem ajuda de outras pessoas? 94 (35,7 %) 3 (1,1 %)
Sua capacidade de movimentar os seus braços e as
suas pernas? 85 (32,3 %) 2 (0,8 %)
Sua capacidade de caminhar de um lado para o
outro? 101 (38,4 %) 2 (0,8 %)
Sua capacidade de fazer caminhadas? 86 (32,7 %) 3 (1,1 %)
Sua capacidade de levantar-se da cama, cadeira ou 102 (38,8
poltrona? %)* 2 (0,8 %)
Sua capacidade de entrar e sair do carro ou ônibus? 93 (35,4 %) 2 (0,8 %)
Domínio 4 - Família
102 (38,8
Seus filhos?
%)* 0 (0,0 %)
110 (41,8
A felicidade de sua família?
%)* 1 (0,4 %)
Sua vida sexual? 58 (22,1 %) 5 (1,9 %)
Seu (sua) esposo (a), namorado (a) ou
companheiro (a)? 87 (33,1 %) 2 (0,8 %)
A maneira como se encontra ou está sua família? 98 (37,3 %) 0 (0,0 %)
A saída de seus filhos de casa para casamento,
estudos, trabalhos ou outros motivos? 81 (30,8 %) 1 (0,4 %)
A opção profissional de seus filhos? 96 (36,5 %) 1 (0,4 %)

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Domínio 5 - Saúde
Sua saúde? 64 (24,3 %) 4 (1,5 %)
A quantidade de dor que você sente? 25 (9,5 %) 3 (1,1 %)
A quantidade de dor que você sente para realizar
as atividades diárias? 22 (8,4 %) 5 (1,9 %)
A quantidade de medicamentos que você toma? 20 (7,6 %) 5 (1,9 %)
Os efeitos dos medicamentos que você toma? 21 (8,0 %) 3 (1,1 %)
A quantidade de preocupação que você tem em sua
vida? 73 (27,8 %) 6 (2,3 %)
Domínio 6 - Dimensão Social
Seus amigos? 79 (30,0 %) 3 (1,1 %)
O apoio emocional que você recebe de outras
pessoas que não são de sua família? 77 (29,3 %) 2 (0,8 %)
Sua vizinhança? 87 (33,1 %) 3 (1,1 %)
107 (40,7
Sua casa ou seu apartamento?
%)* 2 (0,8 %)
107 (40,7
O bairro onde você mora?
%)* 3 (1,1 %)
A segurança que você sente na sua casa ou no seu 67 (25,5
apartamento? 74 (28,1 %) %)**
A segurança que você sente no bairro onde você
mora? 6 (2,3 %) 6 (2,3 %)
A valorização que você tem recebido das pessoas
nesta fase de sua vida? 52 (19,8 %) 3 (1,1 %)
Os atendimentos que você recebe das pessoas? 48 (18,3 %) 4 (1,6%)
Fonte: EQVI VITOR (2021).

4. Conclusões

Os objetivos do presente trabalho permitiram concluir que a Qualidade


de Vida dos participantes apresentou, mediante sua classificação, conceito
“bom”. Seus domínios se classificaram como “muito bom” para Autonomia
e Dimensão Psicológica; “regular” para Meio Ambiente e “bom” para os
demais. A Qualidade de vida foi afetada positivamente pelos itens dos
domínios família, dimensão social e independência física. Os itens do domínio
meio ambiente foram responsáveis, em sua maioria, pela participação
negativa em relação à qualidade de vida, juntamente com um item do
domínio social.

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