Bioética

A bioética, originada dos Estados Unidos, alcançou reconhecimento

mundial por ser fundamentada em quatro princípios básicos supostamente
universais, tornando-se conhecida como bioética principialista. Teve seu
primeiro uso pelo oncologista e biólogo norte-americano Van Rensselder
Potter, da Universidade de Winsconsin em Madison, em sua obra "Bioethics:
bridge to the future", publicada em 1971. Nesse sentido ecológico, Potter
considerou a Bioética como a "ciência da sobrevivência". Porém, em 1978, a
bioética foi definida pela Encyclopedia of bioethics como o "estudo sistemático
da conduta humana no campo das ciências da vida e da saúde, examinada sob
a perspectiva de valores e princípios morais". No entanto, foi na segunda
edição, em 1995, que a Bioética recebeu sua definição definitiva, que nada
mais é do que "o estudo sistemático das dimensões morais das ciências da
vida e do cuidado da saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas
em um contexto multidisciplinar".

A ética médica é abrangida pela bioética, porém não se limita apenas a

ela. A ética médica, em seu sentido tradicional, lida com os problemas que
envolvem valores que surgem da relação entre médico e paciente. A bioética é
um conceito mais abrangente, com quatro aspectos importantes: inclui os
problemas relacionados aos valores que surgem em todas as profissões de
saúde, inclusive nas profissões correlatas e aqueles ligados à saúde mental; se
aplica também à pesquisa biomédica e comportamental, aborda uma ampla
gama de questões sociais relacionadas à saúde ocupacional e internacional e à
ética do controle de natalidade, entre outras, e vai além da vida e da saúde
humana, ao compreender questões relacionadas à vida dos animais e das
plantas, bem como questões ambientais.
GARRAFA, Volnei. Da bioética de princípios a uma bioética interventiva.
Revista Bioética, v. 13, n. 1, p. 125-134, 2005. Disponível em:
<http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/
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DRANE, James; PESSINI, Leo. Bioética, Medicina e Tecnologia: Desafios

Éticos na Fronteira do Conhecimento Humano. São Paulo: Loyola, 2005. p. 41-
42. Acesso em 08 set. 2023

http://www.lo.unisal.br/direito/semifce/publicacoes/ARTIGOS%20-
%20Direitos%20Constitucionais%20de%20Titularidade%20Difusa%20e
%20Coletiva%20II/Adelita%20Aparecida%20Podadera%20Bechelani
%20Bragato.pdf