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NATÁLIA SAMPAIO - Engenheira Florestal, Especialista em Gerenciamento Ambiental

Estudante de Engenharia Civil. Atua nas áreas de Fiscalização, Meio ambiente e Consultoria Ambiental,
tanto na iniciativa pública quanto na privada.
Coluna para o Jornal Correio de Capivari – Temas relacionados a meio ambiente e sustentabilidade

Décimo tema: 2 DE AGOSTO: O DIA DA EXCEDÊNCIA (para 29/07/2017)

De acordo com estudos da ONG Global Footprint Network e do fundo World Wildlife Fund
(WWF), a humanidade terá consumido até 2 de agosto, o “Dia da Excedência”, todos os recursos que o
planeta pode renovar em um ano, vivendo com o "crédito" até 31 de dezembro.
A ONG e o WWF consideram para os cálculos, questões relativas à pegada de carbono, os
recursos consumidos por pesca, gado, plantações, construção e a utilização da água.
No ano anterior, este marco ocorreu em 3 de agosto. Anteriormente, na década de 90, ocorria
no final de setembro. Este avanço mostra que, hoje, seriam necessários 1,7 planetas para suprir as
necessidades da humanidade.
Como sempre dito, as consequências deste consumo irracional são alarmantes e muito
preocupantes: escassez de água, desertificação, erosão dos solos, queda da produção agrícola e das
reservas de peixes, desmatamento, desaparecimento de espécies, entre outros impactos.
Se ações efetivas para reverter esta situação não forem tomadas, a natureza não suportará
arcar com este consumo e viver em “cheque especial” não será possível por muito mais tempo, pois não
existem tecnologias suficientes para a produção dos bens exauríveis ofertados pelo planeta.
Contudo, segundo as duas organizações, sinais reconfortantes indicam, não obstante, que é
possível reverter essa tendência. As emissões de gases de efeito estufa representam somente 60% de
nossa pegada ecológica mundial.
Apesar do crescimento da economia, as emissões de CO2 relacionadas à energia não
aumentaram em 2016 pelo terceiro ano consecutivo. Isso se pode explicar pelo importante
desenvolvimento das energias renováveis para produzir eletricidade, por exemplo.
Em dezembro de 2015, durante a Conferência de Paris sobre o Clima – COP21, os países se
comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa com o objetivo de limitar o
aquecimento global.
Pensando em conscientizar cada cidadão sobre suas marcas ou “pegadas” que são deixadas no
planeta, o WWF criou uma forma de medir a quantidade de recursos naturais que seria necessária para
sustentar as gerações atuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos, gastos por uma
determinada população.
A pegada ecológica é usada com um indicador de sustentabilidade, para medir e gerenciar o
uso de recursos através da economia, estilo de vida de indivíduos, produtos e serviços, organizações,
setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações. A pegada ecológica de uma população
tecnologicamente avançada é, em geral, maior do que a de uma população subdesenvolvida.
E você? Sabe qual é a pegada que tem deixado no planeta? Sabe quais as marcas que o seu
estilo de vida tem causado como cicatrizes eternas e irreversíveis? Para responder a estas perguntas,
calcule a sua pegada ecológica através do site http://www.pegadaecologica.org.br e verifique a
necessidade de mudanças em seus hábitos para uma vida melhor para você, o planeta e as gerações
futuras.

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