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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA

RELATÓRIO FÍSICA GERAL III

Leis das Lentes

INTEGRANTES DO GRUPO:

Almeirim Simão - 20190610


Marineth Guimarães - 20200085
Paulo Matias- 20200895
Sílvio Cidade – 20212059

CURSO: Engenharia Electrotécnica DOCENTE:


TURMA: EELT4_T2 phD Pascoal Napoleão

DATA: 24/04/2023 ANO LECTIVO: 2022/2023

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS


RESUMO

A Óptica Geométrica estuda os fenómenos luminosos com base em leis experimentais.


Eles são explicados sem que haja necessidade de se conhecer a natureza física da luz.
Foi montado uma bancada portada por uma fonte luminosa, objecto, lente e a tela. Na
qual o primeiro experimento consistia em analisarmos o que acontecia com a imagem a
medida que movíamos a lente.

No segundo experimento movimentamos a lente para determinar a posição em que a


imagem era mais nítida. Determinou-se a distância focal resultando da média das três
posições.

No terceiro experimento colocamos a lente nas posições 12, 16, 20 respectivamente,


mantendo-a fixa, movíamos a tela, para determinar em que posição a imagem era nítida,
e a altura da imagem.

No quarto experimento a tela era fixa na posição 60cm, distanciávamos a lente da tela
para podermos determinar qual era a maior posição em que a imagem era mais nítida e
aproximávamos a lente da tela para determinarmos qual a menor posição em que
imagem era nítida.

O quinto experimento é análogo ao quarto porém a tela era colocada na posição 100cm
aplicando um sistema de lentes Divergente.

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Índice
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
II. Objectivos ......................................................................................................................... 4
III. Fundamentação Teoria ...................................................................................................... 5
IV. Montagem da experiencia e os equipamento utilizados: ................................................... 6
V. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................................ 7
VI. RESULTADOS. ................................................................................................................ 8
1. Experiencia 1: Observação comportamento da imagem ................................................... 8
2. Experiencia 2 determinação de f. Método 1: objecto no foco ........................................... 8
3. Experiencia 3: Determinação de ”f”. Método de Várias Posições (Método 2) ................. 8
4. Determinação de “f”: método de Bessel.......................................................................... 10
5. Medição de “f” para lente divergente .............................................................................. 10
VII. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES .................................................................................... 12
VIII. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 13

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I. INTRODUÇÃO
Lente é um elemento que atua por refracção, introduzindo descontinuidades no meio em
que a luz se propaga inicialmente, e que reconfigura a distribuição da energia
transmitida, independente da frequência da luz, isto é, tanto no ultravioleta como no
domínio óptico, infravermelho, micro-ondas, ondas, rádio ou mesmo ondas acústicas. A
forma da lente irá depender do tipo de reformatação da onda luminosa que se deseja. O
material que as constitui normalmente é o vidro, mas o plástico também pode ser
utilizado. As principais características desses dispositivos são a transparência e a
superfície esférica."

II. Objectivos
 Familiarizar-se com os conceitos da Óptica Geométrica.
 Compreender o funcionamento de Lentes Delgadas.
 Saber que tipo de imagem a lente delgada forma.

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III. Fundamentação Teoria
O que é a luz?

Muitos sábios de todas as épocas tentaram responder a essa questão. Os gregos tinham
a ideia de que a luz emanava dos objectos e, ao atingir o olho do observador, permitia
vê-los.

Entretanto, coube a Isaac Newton (1643-1727) formular a primeira hipótese sobre a


natureza da luz. Sua hipótese se baseava no fato de que a luz era constituída por
corpúsculos que saíam do corpo luminoso e que, ao atingirem os olhos, permitiam a
observação dos objectos. Com essa teoria corpuscular, Newton explicava os fenómenos
luminosos de reflexão e refracção.

Nessa mesma época, viveu Christiaan Huygens (1629 -1695), que apresentou a hipótese
de a luz ser um fenómeno ondulatório hipótese essa que demorou muitos anos para ser
aceita devido ao prestígio de que Newton perante a comunidade científica da época. A
veracidade desta teoria foi comprovada por Fizeau(1819-1896) e Foucault(1819-1868)
ao mostrar a validade da teoria de Huygens, considerada verdade definitiva até o final
do século XIX.

Porém, em 1887, Hertz(1857-1894) descobriu o efeito fotoeléctrico, isto é, que um


corpo carregado eletricamente, ao ser iluminado, desprende cargas negativas. Esse
fenómeno só se explica se considerarmos a luz como de natureza corpuscular, o que foi
explicado por Albert Einstein em 1905. É com essa duplicidade de comportamento da
luz que a Física convive hoje.

O princípio e as leis da Óptica Geométrica formulados por Descartes (1596-1650)


permitem compreender a formação de imagens em espelhos planos, esféricos e em
lentes; o funcionamento da lupa, da luneta, da máquina fotográfica, do microscópio etc.

Com o estudo das reflexões luminosas você poderá compreender a fibra Óptica, que
revolucionou as telecomunicações e as técnicas de microcirurgia com raios laser.
Quando estudarmos a refracção luminosa, será possível compreender “o efeito estufa”
que tanto preocupa o mundo actualmente, e também o porquê das cores do arco-íris.
Como você vê, as leis e os princípios da Óptica Geométrica vão levá-lo a adquiri novos
conhecimentos. (Física Fundamental, Bonjorno & Clinton) pág. 33

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IV. Montagem da experiencia e os equipamento utilizados:

Considerando a figura a abaixo podemos concluir: Para obter imagens de lentes, a


distância objecto–tela deve ser d > 4f. Por isso as experienciais são montadas num
banco óptico com 1,20 m de comprimento. Uma lâmpada com a respectiva fonte de
tensão serve como fonte de luz. Para formar feixes paralelos uma lente com f = 50mm é
montada entre a lâmpada e o alvo. A lâmpada fica no foco da lente. Assim o alvo
representa um objecto que emite luz. Os respectivos feixes passam outra lente e formam
uma imagem que é visível numa tela. O banco óptico contém uma escala milimétrica
que facilita a determinação das distâncias dos vários dispositivos.

Figura 1: Montagem de uma experiencia com banco óptico,4 lâmpada, 5fonte de


alimentação para lâmpada, 3 lente para produzir luz paralela,2 alvo, lente para formar
uma imagem na tela

O equipamento é montado de acordo com Figura 1.

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V. Procedimento Expermental

A fonte luminosa e o objecto estão fixos em todo momento. O objecto esta situado na
posição 20 cm (0,20 m) do banco óptico. Só movimentamos a lente e a tela:

1. Montamos uma lente de f=+100 mm a uma distância do objecto dentro


da distância focal g maior que f=100mm e observamos as imagens virtuais da mesma.
Fomos movendo a lente d e maneira a aumentar a distância do objecto g até que ela
fosse maior do que a distância focal e observamos o que aconteceu na imagem durante
este aumento.
2. Verificamos a distância focal da lente movimentando-a até que o objecto
ficasse no ponto focal ou seja visualizávamos uma imagem nítida no infinito (Parede)
3. Posicionamos a lente de m aneira que o objecto ficasse fora da distância
focal da lente, ou de maneira que a distância do objecto g seja maior do que f=+100
mm. Utilizando os valores do objecto g=12, 16 e 20 cm. Fomos medindo em cada caso,
a distância da imagem b movimentando a tela até que uma imagem nítida fosse
observada na mesma.
4. Determinamos a distância focal da mesma lente utilizando o método de
Bessel, segundo a fórmula 14 que se encontra no guia de trabalhos práticos de Física
Experimental III. Para isso, fixamos a tela a uma distância do objecto d maior do que 4f
usando o valor do foco reportado pelo fabricante. Como objecto estava na posição 20
cm fixamos a tela a uma distância de 80 cm de modos que a diferença das posições
fosse d=60cm.Visualizou-se as duas imagens nítidas na tela movimentando a lente e
medindo as suas posições.
5. Formamos um sistema de lentes com f1 = +100mm e f2 = - 200mm.
Utilizando o método de Bessel determinamos a distância focal do sistema de lentes fs
obtido. Para tal foi necessário fixarmos a distância d a maior possível, situando a tela na
posição 12cm de modo que o objecto estando situado na posição 20cm a distância fosse
d=100cm.

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VI. Resultados.
1. Experiencia 1: Observação comportamento da imagem

Usando os olhos como na imagem acima observamos que a medida que nos
aproximamos da lente a imagem observada que é uma seta virada para baixo diminui.

2. Experiencia 2 determinação de f. Método 1: objecto no foco

Fig. 2: foto nítida tirada no laboratório

Com a sala escura deslocou-se a lente até que a imagem na tela ficou nítida.

Tabela 1

N° Observações g=fcm
1 10cm
2 9.0cm
3 11cm
Média 10cm

Observamos a imagem ficou nítida em g = f =10cm

3. Experiencia 3: Determinação de ”f”. Método de Várias Posições


(Método 2)

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Fig. 3 A imagem mostra como foi posicionado o sistema

Ajustou-se os valores de g considerando que no sistema a fonte esta à 20cm da origem


os valores inicias são 32, 36, e 40 respectivamente, os resultados estão fixado na tabela
abaixo.

Para cada ajuste deslocou-se a tela até obter a imagem nítida. Medimos o valor de b

Usando o paquímetro medimos a altura do objecto G e da imagem B.

Calculamos “f” e a ampliação “m” usando a formula:

Utilizando a fórmula

Resolvendo temos: deste modo resolvemos para experiencia 2


e 3 os resultados estão na tabela 2.

Tabela 2

med g,cm b,cm G,cm B,cm f,cm m=- m=


1 712cm 47 1,475cm 1,07 9,56 -3,92cm 0,73

2 16cm 33,4 1,475cm 6,07 10,8 -2,09cm 4,12

3 20cm 19,2 1,475cm 8,07 9,8 -0,96cm 5,47

Cálculo da ampliação “m”

=- =-

=-

Verificação da fórmula

| |

Erro de ampliação

9
| | | |

| |

Onde:

– Distância da lente ao objecto

– Altura da imagem medida na tela .

-Altura do objecto fixo ( 1,475 Cm).

4. Determinação de “f”: método de Bessel


O método de Bessel consiste em determinar a distância Focal, A direcção dos raios luminosos é
reversível. Por isso existem, para cada distância fixa d entre objecto G e imagem B, duas
posições da lente que resultam em imagens nítidas (ver figura ). Uma das imagens é maior e
uma mais pequena do que o objecto

Figura : Ilustração do método de Bessel

Ajustando d=60cm, mantendo fixa a tela e o objecto, deslocamos a lente até obter a imagem
ampliada Deslocando a lente no lado oposto até obter a imagem reduzida .

Da simetria da figura b2 = g1 g2 = b1 e = b1 - b2 d = b1 + g1 = b2 + g2

( )  ( )
| | | |
) ( )

5. Medição de “f” para lente divergente


Usando a lente (em estudo) e outra Lente auxiliar,
juntando as duas usando o método de bissel da experiencia 4 com d =100cm e calcular a
distancia focal do sistema ( )
Calculando a distância focal da lente divergente ( ) Usando a fórmula considerando
o resultado pelo fabricante:

( ) ( )
=

10
→ =

Obs: as medidas foram tiradas uma única vez por falta de energia no momento da
pratica, então os cálculos estão sujeitos a alguns erros de precisão, pela pressão por
falta de tempo e pela falha no olho humano ao anotar os dados.

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VII. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Quanto mais próximo a lente ficava do objecto mais nítida era a imagem reflectida e
quanto mais distante a lente ficava do objecto observava-se uma imagem destorcida.
Isto acontecia pois as lentes são fabricadas para permitirem a visualização dos objectos
a uma certa distância dependendo do seu foco, por exemplo o foco da lente usada
experimentalmente foi de +100mm a mesma não pode emitir uma imagem nítida se
estiver muito distante do objecto.

No segundo experimento para o cálculo da distância focal obtivemos 10cm sendo


aproximado ao foco da lente reportado pelo fabricante. Neste experimento podemos
concluir que independentemente da posição da lente se a imagem reflectida no infinito
for nítida em todas as posições então a imagem reflectida terá o mesmo foco nestas
diferentes posições. A lente convergente (é chamada de convergente pois o seu foco é>
0, no nosso caso f=+100mm) sempre forma uma imagem real.

No terceiro experimento (para g =12cm, 16cm, 20cm) notamos que a ampliação do


objecto tomou valor negativo (m= -3,92cm. m = -2,09cm. m = -0,96cm). Este sinal (-)
informa-nos que a imagem do objecto reflectida é invertida pois o objecto e a imagem
não estavam no mesmo semi-plano do eixo principal. (Fundamentos de física – Halliday
vol. 4, 9ª edição pág. 51, 52).

No quarto experimento utilizamos o método de Bessel para identificar a maior e a


menor distância focal em que observávamos a imagem nítida na tela. Este método é
vantajoso pois conseguíamos verificar a nitidez da imagem na maior e menor posição.

No quinto experimento determinamos a distância focal do sistema de lentes para tal


precisávamos verificar se o inverso da distância focal do sistema era directamente
proporcional ao inverso do somatório do foco das lentes. Podemos concluir que a
igualdade não se cumpre porque a fórmula é aplicada para uma aproximação, pois
quando formamos o sistema de lentes havia um espaço entre a lente convergente e a
divergente.

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VIII. Referências Bibliográficas
 Física Fundamental, Bonjorno & Clinton) pág. 33
 Fundamentos de física – Halliday vol. 4, 9ª edição) pág. 51, 52.

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