Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISSN 1982-5994
Edição Especial
UFPA • Ano XXXVIII• n. 168
Outubro, 2023
Oceanografia
V
ocê certamente já ouviu falar do quanto o Instituto de Geociências (IG). Seu objetivo é
a Amazônia é importante para nossa vida, fornecer experiências e divulgar conhecimentos
da sua biodiversidade e até da sabedoria conscientizando e estimulando crianças sobre
dos povos tradicionais, incluindo aqui os rios que a importância de preservar o meio ambiente,
banham muitas das nossas cidades. Mas é sobre sobretudo os animais que vivem nos rios que
os animais que habitam as profundezas dessas correm na Amazônia. Para isso, o espaço conta
suas águas que vamos falar agora. com uma equipe de estudantes que repassa
Você já imaginou visitar um aquário para aos visitantes os conhecimentos que têm sido
conhecer um pouco mais dessa riqueza, adquiridos dentro da Universidade.
principalmente os peixes que estão presentes O aquário tem várias espécies em exposição.
nos rios da Amazônia? Pois bem, isso já é possível Algumas foram encontradas no entorno do
e a oportunidade está pertinho! A Universidade Campus Guamá, em Belém; outras, nas Bacias
Federal do Pará (UFPA) possui um aquário com dos rios Xingu, Tapajós e Tocantins. Há espécies
exposição das espécies que vivem na nossa de ambientes marinhos, nativas da América do
região, e o melhor de tudo: com visitação Sul. Pelas cores exuberantes, formas variadas e
gratuita! Bora conhecer? por suas técnicas de camuflagem, o acará-disco,
Coordenado pelo professor da Faculdade o acari amarelinho, o jacundá, a piramboia e
de Oceanografia James Tony Lee, o Aquário o peixe-galho estão entre os peixes que mais
Amazônico é um projeto de extensão vinculado chamam atenção de quem visita o espaço.
Ocenografia
Meio Ambiente
O lixo das
florestas
de várzea
Jambu Freitas
I
magine a cena, você está no aniversário de um amigo e lhe
oferecem um pratinho de plástico com salgadinho. Logo depois
lhe oferecem outro pratinho de plástico com bolo. Mas como
você vai comer? Com uma colherzinha também feita de plástico.
Para finalizar, um copo de plástico com refrigerante. Com a barriga
cheia, você pega todos os objetos que foram utilizados apenas uma
vez e joga no lixo. Mas para onde eles vão depois disso? A melhor
opção seria que esses materiais descartáveis fossem levados para
ser reciclados, mas, normalmente, não é isso que acontece.
Parte do lixo produzido nas cidades é descartada de maneira
errada e acaba sendo carregada pelas chuvas até os rios, que, no
caso de Belém, são muitos. Ao alcançar os rios que cortam as cidades,
esses materiais percorrem longos caminhos até chegar aos oceanos
e formar zonas poluídas nos locais em que o rio encontra o mar.
Nesse processo de transporte, os resíduos chegam a regiões
como as florestas de várzea, um bioma típico da região amazônica
que sofre alagamentos de acordo com a enchente e a vazante do
rio. O solo desse tipo de bioma é formado por uma grossa camada
de matéria orgânica e barro, a qual forma o mangue, e contribui
para que objetos se acumulem nesses locais.
Assim, as florestas de várzea agem como ambientes de sumiço
do lixo, porque os objetos transportados pelo rio, como plástico,
vidro, metal, entre outros, acabam afundando nesse local. Assim, o
lixo “some”. Essa ação acontece em razão de muitos fatores, como
o formato das raízes das plantas, o solo de mangue e a presença de
atividade humana. As pessoas, ao descartarem seus próprios resíduos
nesse espaço, deixam-no propício para o acúmulo.
Beirinha, 2023 • Edição Especial • Beira do Rio -5
Meio Ambiente
História
Thor TUPÃ,
europeu que um deus indígena? Foi
exatamente nesse contexto que a
professora e pesquisadora do campus
S
e tu respondeste Thor, tenho que te sobre a história e realidade indígenas.
informar que a resposta certa é: os Achou que “Maracanã” fosse só
dois! Surpreso? Então, deixa eu te o nome de um estádio de futebol,
explicar. A verdade é que os dois são não é? Então, não é não. Inclusive, a
considerados deuses do trovão, a grande origem do nome é índigena e significa
diferença é onde e por quem. O famoso “semelhante a um chocalho”. Aqui, no
Thor, que a gente conhece muito bem Pará, como em todo o Brasil, é comum
como um dos vingadores, é considerado vermos nomes de origem indígena em
assim na realidade nórdica, ou seja, entre ruas, estabelecimentos e objetos do
os países do norte da Europa. Já Tupã nosso cotidiano. Maracanã é só um deles.
é o deus do trovão para os indígenas, Mas, como o estádio não é o foco aqui,
mais especificamente entre os povos vamos contextualizar: Maracanã foi uma
tupi-guarani. Mas por que um é mais das aldeias indígenas mais importantes
conhecido e popular que o outro? Bom, do Pará durante o período colonial,
pelo mesmo motivo de acreditarem, pois estava em uma região estratégica,
até hoje, que o Brasil foi “descoberto” por ter proximidade com as salinas
por Cristóvão Colombo: a invisibilidade reais e por ser um importante lugar de
indígena nas aulas de História do Brasil. comercialização de produtos entre Pará
Não é estranho que nós, brasileiros, e Maranhão. Os indígenas da região
especialmente nós que vivemos na foram indispensáveis para que a aldeia
Amazônia, conheçamos mais um deus ganhasse esse reconhecimento.
História
Para TE inspiraR
Imagina que interessante poder usar a história da Iara, da Cobra Grande, do Curupira ou do próprio Tupã para
contar uma história real da tua cidade e/ou da tua família? Ou, mais interessante ainda, imagina descobrir que
teus antepassados foram essenciais para o desenvolvimento da tua cidade e do teu estado? Foi exatamente isso
que eles fizeram e, com criatividade, tu também podes! Separei aqui algumas produções sobre a história indígena
do Pará e do Brasil para que tu possas saber mais e, quem sabe, te inspirar a desenvolver um conto, uma redação
da escola ou até mesmo procurar saber sobre tuas origens.
História
Sobre a Pesquisa
Reitor: Emmanuel Zagury Tourinho; Vice-Reitor: Gilmar Pereira da Silva; Pró-Reitora de Ensino de Graduação:
Loiane Prado Verbicaro; Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Maria Iracilda da Cunha Sampaio; Pró-Reitor
de Extensão: Nelson José de Souza Jr.; Pró-Reitor de Relações Internacionais: Edmar Tavares da Costa; Pró-Reitor
de Administração: Raimundo da Costa Almeida; Pró-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional:
Cristina Kazumi Nakata Yoshino; Pró-Reitor de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal: Ícaro Duarte Pastana; Prefeito
Universidade Federal do Pará Multicampi: Eliomar Azevedo do Carmo; Procuradora-Chefe da Procuradoria Federal junto à UFPA: Fernanda Ribeiro
Assessoria de Comunicação Institucional - ASCOM/UFPA Monte Santo; Secretário-Geral da Reitoria: Marcelo Galvão Baptista. Assessoria de Comunicação Institucional –
JORNAL BEIRA DO RIO - cientificoascom@ufpa.br ASCOM/ UFPA. Direção: Suzana Cunha Lopes; Edição: Rosyane Rodrigues (2.386-DRT/PE); Editora-assistente: Edmê
Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto Gomes (1999-DRT/PA). Reportagem: André Furtado, Isabelly Risuenho e Jambu Freitas (bolistas); Fotografia:
Rua Augusto Corrêa n.1 - Prédio da Reitoria - Térreo
CEP: 66075-110 - Guamá - Belém - Pará Alexandre de Moraes; Foto da capa: Alexandre de Moraes; Ilustrações: CMP/Ascom. Projeto Beira On-line: TI/
Tel. (91) 3201-8036 Ascom; Atualização Beira On-Line: CDC e CMP/Ascom; Revisão: Júlia Lopes Pereira; Projeto gráfico e diagramação:
www.ufpa.br Priscila Santos; Marca gráfica: CMP/Ascom. © UFPA, Outubro (2023)