Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo: Num contexto de crise democrática em que o Brasil e diversos outros países da
América Latina se veem mergulhados, e em tempos de evidente processo de
desinstitucionalização da ação coletiva, reflexões e pesquisas sinalizam um processo em curso
no interior de diversos movimentos sociais os quais, diante do atual quadro, reconsideram a
história recente e se interrogam acerca das formas mais eficazes de participação sociopolítica e
diálogo com o Estado. Indígenas, quilombolas, mulheres, jovens, caracterizam esses sujeitos
indignados que vêm protagonizando experiências de insurreição, as quais suscitam balanços e
podem nos apontar novos caminhos possíveis rumo à radicalização da democracia. Assim,
buscaremos refletir o fenômeno em tela a partir do estudo de caso do Conselho da Juventude
Pataxó da Bahia (CONJUPAB) – um espaço de participação autodeterminado pelos jovens
indígenas, de resistência e autonomia, inventado em alternativa e/ou complementariedade aos
canais institucionalizados, de caráter não formal, livre e vivido.
1
Limites e fragilidades da participação institucionalizada encontrados em NOGUEIRA, 2003; DAGNINO, 2004;
TATAGIBA, 2004; LAVALLE, 2011; ESCOREL, 2015; AVRITZER, 2016, GIANNELLA, 2018, dentre outros.
2
2
Ver TATAGIBA, Luciana. 1984, 1992 e 2013. Sobre ciclos de protestos e democracia do Brasil. Política e
Sociedade. Florianópolis. Vol. 13, nº 28, Set./Dez. de 2014.
3
3
FELBERG, Altemar. Novos sujeitos ou o reconhecimento tardio da cidadania indígena? Um retrospecto da
trajetória dos povos indígenas na luta por direitos. In.: LA REGINA, Anne Greice Soares et al. (Orgs.).
Etnicidades, sociedade e novos direitos: uma discussão transdisciplinar. 1ª ed. Rio de Janeiro: Multifoco, 2020.
cap. 13, p. 134-160.
4
“Enquanto em 1970 não havia nenhuma organização indígena reconhecida, em 2001, já eram 347 organizações
indígenas na Amazônia legal” (BANIWA, 2012, p. 211). Hoje, a mais representativa é a Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil (APIB), criada durante o Acampamento Terra Livre (ATL) de 2005, uma mobilização nacional
4
Apesar dos avanços, nos interrogamos: quando e como se deu a inserção do movimento
indígena na estação participativa que parece findar hoje? Destacamos, inicialmente, que a
criação do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) data apenas de 2015 (substituindo
uma comissão de 2006), mesmo ano em que acontece, tardiamente, a realização da 1ª
Conferência Nacional de Política Indigenista. No mais, tomando por referência a participação
dos povos indígenas em espaços institucionalizados nos Municípios de Porto Seguro, Santa
Cruz Cabrália e Prado (cidades onde existem ocupações Pataxó), bem no governo da Bahia, o
que já se percebe é que é muito incipiente essa presença, com muitas dificuldades no processo,
mas também com a percepção de importantes conquistas, o que demonstraremos a seguir.
O Conselho Municipal de Juventude de Porto Seguro (Lei 1130, de 28/02/2014) não
possui vaga para indígenas, e Santa Cruz Cabrália e Prado nem se quer possuem a instância, o
que compromete a participação da juventude Pataxó na construção de políticas públicas locais
contextualizadas à realidade do Povo Pataxó; no Conselho Estadual da Juventude (CEJUVE),
criado pela Lei 13.452, de 06/11/2015, das 73 entidades/associações,
movimentos/organizações, fóruns/redes habilitados a participarem da assembleia de eleição,
biênio 2017/2018, apenas 01 entidade representava o segmento indígena (Pataxó Hã-hã-hãe),
ainda assim eleita como suplente na grande categoria “Povos e Comunidades Tradicionais”; no
Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Indígenas do Estado da Bahia (COPIBA), criado em
16 de marco de 2010 por força da Lei no 11.897/2010, vinculado à atual Secretaria de Justiça,
Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), os povos indígenas são
minoria numérica. Essa instância é composta por 14 (quatorze) representantes de Povos
Indígenas na Bahia e 15 (quinze) representantes de órgãos governamentais do Governo do
Estado5. Segundo Kãhu Pataxó, jovem Pataxó e coordenador geral do MUPOIBA, em
entrevista concedida em 15/06 deste ano, o contexto de criação do COPIBA foi de grande
disputa; o governo queria incluir todas as secretarias que dialogavam com a questão indígena,
cujo número era maior do que o número de povos representados pelo movimento à época (14).
Um pedido de alteração de composição já foi encaminhado ao Estado, com sugestão, inclusive,
de inclusão de representantes do poder legislativo e do Ministério Público, a fim de equilibrar
o jogo. Hoje, segundo o Cacique Aruã Pataxó, presidente da FINPAT, também ouvido a
anual, para tornar visível a situação dos direitos indígenas e reivindicar do Estado brasileiro o atendimento das
demandas e reivindicações dos povos indígenas.
5
Segundo o governo, este Conselho foi “criado com o intuito de formular diretrizes para a Política Estadual de
Proteção aos Povos Indígenas, com a participação destes Povos, além de acompanhar, fiscalizar e avaliar os
programas e ações governamentais, garantindo os direitos constitucionalmente assegurados aos Povos Indígenas,
colaborando com a construção do seu protagonismo”. Disponível em
http://www.justicasocial.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=100
5
6
Os Povos Indígenas “mais antigos” têm cadeira fixa, outros, recém reconhecidos, fazem rodízio.
7
Foram identificados 12 órgãos colegiados somente na SJDHDS/BA. Não se sabe o número total de conselhos
em toda a estrutura administrativa do governo do Estado da Bahia, o que está sendo levantado.
6
de 1842 e reorganizado pela Lei nº 7308, de 02/02/98: povos indígenas representados pelo Povo
Tupinambá, através de indicação do Fórum da Educação Indígena da Bahia (FORUMEIBA);
7 – Conselho Estadual de Cultura (CEC), órgão de caráter normativo e consultivo,
vinculado à Secretaria de Cultura (SECULT), criado pela Lei n° 12.365, de 11 de novembro de
2011: povos indígenas da BA representados pelo Povo Pataxó e;
8 - Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONERH), vinculado à Secretaria do
Meio Ambiente (SEMAS), criado pela Lei nº 7.354, de 14 de setembro de 1998, revogada pela
nova Lei de Recursos Hídricos da Bahia nº. 11.612, de 08 de outubro de 2009: neste, as
lideranças indígenas não acusam participação indígena, o que deve ser investigado.
Apesar de alguns desses conselhos terem sido criados há décadas, Kãhu Pataxó relembra
que “a ocupação real, conceitual, a gente conseguiu a partir do governo de Jaques Wagner, do
PT. A partir de 2008 é que gente vai ocupando algumas cadeiras... inspirado na gestão do
presidente Lula”. Todavia, acrescenta: “a gente vai ter a ausência de participação indígena em
vários outros conselhos, porque não dá para definir políticas públicas sem compreender como
é que os contextos específicos desses povos podem ser contemplados”. Sobre a presença dos
povos indígenas nas instâncias e mecanismos de participação institucionalizada, ele avalia:
A gente vê com bons olhos... a gente entende que é interessante, até porque a gente
não pode ficar apartado do Estado como um todo, a gente tem que ter, de fato,
participação...agora, é claro, quando eu faço avaliação da participação dos indígenas
nesses espaços, aí a gente vai compreender algumas coisas: que os povos indígenas
estão bem aquém da sua representação, até porque a gente tem pouca representação
nos vários conselhos... a participação nossa seria necessária em vários conselhos,
porque as políticas públicas, quando são pensadas nesses espaços, elas são pensadas
para compreender todo o contexto, só que tem algumas decisões que são tomadas em
alguns conselhos, que às vezes, por não ter a representação indígena, fica uma política
esvaziada para a questão indígena. (KÃHU PATAXÓ, 2020, grifo nosso)
Na área da saúde, a gente não tinha representação, e daí a questão indígena era
pensada somente no âmbito federal. Isso muda com a entrada de um conselheiro
indígena na saúde, e muda muito, porque aí não é mais aceita a ideia de que a saúde é
só do governo federal, mas que cada ente tem sua responsabilidade: o município, o
governo do estado tem sua responsabilidade, então isso acaba mudando, inclusive com
a criação de coordenação específica que trata da saúde indígena dentro da própria
SESAB, exatamente pela participação indígena no conselho. (KÃHU PATAXÓ,
2020, grifo nosso)
Para o líder indígena, além da influência direta nos processos decisórios de políticas
públicas, que resulta em ações específicas para os povos indígenas, é através da inserção nos
conselhos que outras instâncias se veem pressionadas a incluírem os povos e comunidades
tradicionais em seus colegiados de decisão. “Vão tendo a visão de é preciso a representação,
vai tendo uma mudança na estrutura da política pública no estado para os povos indígenas”.
Apesar de acessarem tardiamente esses espaços, como evidencia o exposto acima, o
movimento indígena faz coro às vozes que denunciam os limites da participação
institucionalizada apontados neste texto, já sendo capaz de fazer crítica a esse modelo,
percebendo fragilidades no processo, as quais, para eles, precisam ser superadas.
Primeiro, diz respeito à uma assimetria de poder existente nesses espaços, dada à
predominância de uma linguagem tecnicista, que exclui os indígenas ao desconsiderar outras
linguagens e saberes. Isso fica claro quando Kãhu diz:
A gente ainda tem muito a se qualificar para a gente ter condições de fazer uma disputa
por igualdade. A SEPRAM é o conselho mais formista, tudo na formalidade, a gente
recebe todos os processos com antecedência para analisar e dar o nosso voto baseado
nisso. Imagine os indígenas que não têm o conhecimento desses documentos, imagina
ler isso tudo para participar desse conselho... precisa de formação para ocupar esses
espaços deliberativos. (KÃHU PATAXÓ, 2020, grifo nosso)
Uma segunda crítica está relacionada com a própria representação. Para Kãhu, há dois
aspectos a considerar nessa questão: primeiro, há uma dissonância de significado na palavra
‘conselheiro’, entre povos indígenas e Estado; segundo, dada à diversidade de povos e culturas
no Estado da Bahia8 e à variação das capacidades e interesses de articulação política, incorre-
se em sub-representação de povos e demandas.
8
O MUPOIBA representa 23 povos reconhecidos, além de 03 em processo de reafirmação.
8
Segundo Aruã Pataxó, foi graças a essa participação por dentro da estrutura de governo,
que foi possível construir o Plano de Trabalho Operativo (PTO) – 2010, com destinação de
mais de 10 milhões em editais das secretarias às comunidades indígenas, um “instrumento
construído como subsídio ao processo de formulação de uma Política Pública voltada aos Povos
Indígenas no Estado da Bahia” (BAHIA, 2010, p. 1)
Em nível municipal, também encontramos evidências do resultado da pressão dos
Pataxó pela criação de espaços próprios dentro das estruturas de governo, a fim de articular
suas demandas: as Secretarias de Assuntos Indígenas de Santa Cruz Cabrália e de Porto Seguro.
Quanto às dificuldades, assim como Kãhu, Aruã enfatiza a necessidade de formação dos
conselheiros indígenas “porque muitos não têm nem noção de como se abordar alguns assuntos
e quais os assuntos são pertinentes para a questão indígena”, além de maior distribuição da
representação, a fim de contemplar os interesses de todos os 23 povos indígena da BA.
Diante o exposto, não é por acaso que uma das atuais demandas da Articulação dos
Povos Indígenas do Brasil (APIP) ainda é a luta pela “participação paritária nas distintas
instâncias governamentais (comissões, conselhos e grupos de trabalho) que discutem e norteiam
a implementação de políticas públicas voltadas aos povos indígenas”9.
Assim, na observação do ingresso tardio dos indígenas nos espaços formais de
participação, quando destes já se denunciavam limites importantes, que ao longo das últimas
décadas foram se construindo e consolidando entre os povos e comunidades tradicionais,
brasileiros e latino-americanos, opções inovadoras e alternativas de governança ao modelo
democrático hegemônico (de cunho representativo e neoliberal), a exemplo do CONJUPAB.
9
Disponível em: <http://apib.info/apib/>
9
10
Ver linha do tempo em FELBERG, Altemar; GIANNELLA, Valéria. Pensando juventude e participação no
território indígena Pataxó do sul da Bahia: uma proposta de pesquisa. In: MORAES, Nelson Russo de; et al (Orgs.)
Povos originários e comunidades tradicionais, Vol. 3: trabalhos de pesquisa e de extensão universitária [recurso
eletrônico] / Nelson Russo de Moraes et al (Orgs.) - Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2019. ISBN - 978-65-81512-
09-5. Disponível em: http://www.editorafi.org.
11
Segundo Wehmeyer (1992 apud Appel-Silva, 2010), a autodeterminação representa um conjunto de
comportamentos e habilidades que dotam a pessoa (ou grupo) da capacidade de ser o agente causal em relação ao
seu futuro, ou seja, de ter comportamentos com intencionalidade e objetivos pré-definidos.
12
Segundo Santos e Avritzer (2002), a demodiversidade pode ser concebida como “a coexistência pacífica ou
conflitual de diferentes modelos e práticas democráticas”, a exemplo do diálogo possível entre democracia
comunitária e as mais convencionais (democracia representativa e participativa).
10
São paritários (ou deveriam ser), ou seja, compostos por Composto essencialmente por jovens representantes do
representantes tanto do poder público, quanto da sociedade Movimento da Juventude Indígena Pataxó da Bahia.
civil (MPOG, 2012, p. 19). Nota-se, entretanto, assimetrias Registra-se a participação de representantes das duas
de poder, em que os representantes do Poder Público agem Secretarias Municipais de Assuntos Indígenas (Porto
em detrimento da autonomia da sociedade civil. (Idem, Seguro e Santa Cruz Cabrália), mas apenas como forma de
28). “No caso de as correlações de força dentro dos diálogo com o Poder Público, sem divisão de poder ou
Conselhos serem muito desfavoráveis, ele pode ser levado intenção de equilíbrio no processo decisório. Aqui nota-se
ao isolamento, passando a uma existência meramente uma inversão de papéis entre quem determina as regras do
formal, porque obrigatória” (TATAGIBA, 2004, p. 366) espaço e quem as segue.
Em tese, foram criados com o objetivo de operacionalizar Sua criação foi idealizada e reivindicada durante a I
os ideais participativos previstos na CF/88, com vistas a Conferência Nacional de Política Indigenista (FUNAI,
garantir à população brasileira o direito de acesso aos 2015), a qual não previa a discussão de políticas para a
espaços de formulação, implementação e controle social juventude indígena. Neste sentido, também é resultado de
das políticas públicas (MPOG, 2012, p. 23). luta pelo direito à participação e voz dos excluídos.
13
Inspirado na construção do quadro de Giannella (2018). Perspectivas e desafios da participação em tempos de
crise democrática. Revista Nau Social, vol. 9, nº 16, 2018.
11
Fontes: CONSEG (2009), MPOG (2012), Tatagiba (2002; 2004); elaboração nossa.
lado, são formas de ação dos cidadãos e suas organizações, cujas regras e gramáticas são
sancionadas pelos grupos dominantes;
Não formal – Para Gohn (2006), existem espaços formais (organização sistemática e
disciplinar, a exemplo da escola), não formais (espaços livres de interação e construção de
saberes coletivos) e espaços informais (espaços espontâneos, como o bairro, a rua etc.) de
ensino-aprendizagem. Se trouxermos essas categorias do campo da educação para o caso em
tela, podemos classificar o CONJUPAB como um espaço de participação entre o não formal e
o informal, visto ultrapassar a lógica da forma e do espaço físico delimitado, permitir o
compartilhamento de experiências e práticas sociais, construir aprendizagens e saberes
coletivos, desenvolver laços de pertencimento e formar para a cidadania participativa;
Livre – Para Queiroga (2014), os espaços livres são espaços para os fluxos da vida
cotidiana, de convivência comunitária, de constituição da esfera de vida pública, para o “viver
em público”. Para Milton Santos (1996) o espaço é entendido como um híbrido entre
materialidade e sociedade, forma e conteúdo, fixos e fluxos, sistema de objetos e sistema de
ações, caracterizando-se, portanto, como uma instância social. As ruas são um bom exemplo
desses espaços, e foram palco das Manifestações de Junho de 2013. Assim, o CONJUPAB se
caracteriza como um “espaço de participação livre” à medida que transcende a materialidade,
descontrói modelos e códigos, e privilegia a livre participação e interação;
Vivido – Mobilizando conceitos da Geografia social, resgata-se aqui a noção de “espaço
vivido” a partir da obra pioneira de Fremont (1980), para quem o espaço vivido pode se opor
ao “espaço alienado”, partindo-se do pressuposto de que “a alienação esvazia progressivamente
o espaço dos seus valores, para o reduzir a uma soma de lugares regulados pelos mecanismos
da apropriação, do condicionamento e da reprodução social” (FRÉMONT, 1980, p. 242). Nesse
sentido, os espaços institucionalizados (com seus desafios e limites) são espaços controlados,
racionalizados, marcados por processos de heteronomia e condicionados pela lógica da
burocracia estatal e seus princípios e valores. Por outro lado, espaços vividos como o
CONJUPAB são espaços de crenças, de valores coletivos, de empoderamento social e conquista
da autonomia, de construção do “bien viver” e de descolonização das mentes (Gohn, 2006), de
“práticas de ruptura e criação” (Svirsky, 2010).
Partindo da análise de tantos autores que se dedicam a compreender e lançar luz acerca
do colapso democrático e crise da participação que o Brasil atravessa, percebemos o quanto as
13
Referências
CONVENÇÃO N° 169 sobre povos indígenas e tribais e Resolução referente à ação da OIT /
Organização Internacional do Trabalho. - Brasília: OIT, 2011 1 v. ISBN: 978-92-2-
824257-7 (print); 978-92-2-824258-4 (web pdf)
GHON, Maria da Glória. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas
colegiadas nas escolas. In: Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.14, n.50, p. 27-
38, jan./mar. 2006.
LAVALLE, Adrián Gurza. Após a participação: nota introdutória. Revista Lua Nova, São
Paulo, 84: 13-23, CEDEC, 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ln/n84/a02n84.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2017.
PHILIPIS, Anne. De uma política das ideias a uma política da presença? Revista Estudos
Feministas. Ano 9, 2º semestre de 2001, p. 268-290. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ref/v9n1/8615.pdf>. Acesso em: 9 nov. 2017.
QUEIROGA, Eugenio. Da relevância pública dos espaços livres: um estudo sobre metrópoles
e capitais brasileiras. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 58, p. 105-132,
jun. 2014. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i58p105-132
SANTOS, B. de S. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências.
Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, n. 63, out. 2002, p. 237-280. Disponível em:
<http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/pdfs/Sociologia_das_ausencias_RCCS63.PD
F>. Acesso em: 03 nov. 2018
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
Hucitec, 1996.
SVIRSKY, M. Introduction: Beyond the Royal Science of Politics. In: ______ (Ed.). Deleuze
Studies: Special Issue on Deleuze and Political Activism. Edinburgh: Edinburgh University
Press, 2010. p. 1-6
TATAGIBA, Luciana. 1984, 1992 e 2013. Sobre ciclos de protestos e democracia do Brasil.
Política e Sociedade. Florianópolis. Vol. 13, nº 28, Set./Dez. de 2014.
______. A institucionalização da participação: os conselhos municipais de políticas na cidade
de São Paulo’, in Leonardo Avritzer (ed.) A participação em São Paulo, São Paulo: Unesp,
2004