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Tílulo 0riginal: Guideposts to Meaning
Copyright: Joseph Fabry - 1988
APLICAÇÚES PRÁTICAS
DA
LO G U TE R A P | A
AGRADECIMENTO
Joxrph Fulny
ÍNDICE
pa- sentido, tomando decisões, diz FrankL a vida seria um borrão ínex-
ifi- pressivo, como o teste de Rorschach, no qum projewíamos qualquer
signiticado que quiséssemos. Frankl vê a vida como um quebra-
cabeça com uma figura escondida - semelhanle ao desenho de linhas
ida confusas formando arv'ores, nuvens, tlores, casas. com uma legenda
en- que diz: “Encontre a bicicleta nesle desenho”. 'l'emos que v1r'ar 0
me. desenho em diversas dLrÀeçóes alé descobm a bicicleta oculta na mis-
os, celânea de Lraços. Da mesma maneu›a, devemos v1r'ar nossa vida em
na- todas as direçóes até encomrm 0 signiticado. Estc nâo nos pode ser
ece dado pela sociedade ou por nossos pais. Nem o psiquiatra pode
em prescrevê-lo como se tosse uma pñula. Ele pode descrever respostas
mais significativas a nossa situação, mas compete-nos descobrü o que nos
é 51'gn1f'icativo.
Esta é a u mais lorle motivação pma vivcr e atuar'. ()s homens são
seres que buscam 0 signilicada Perceber 0 signiticado de nossas vi-
das Capacita-os a dcsenvolvcr nossas possibilidades c tolcrm as dcs~
venturas. 0 Criador da psicoterapia. Sigmund Frcud, considcrava 0
desejo do prazer como a mais poderosa torça mou'vadoru. Altred
Adlcr. discípulo de Freud (que toi prolessor dc Frunkl). consídcruvu
o desejo de poder, o mais inlluente incemivo. Ambos são imponan-
lesz ugmws pmu obtcr prazcr c adquim podcr. Porém, dc ucordo
, A _.4
s são AUTOTRANSCENDENUA
s vi-
dcs~ É a laculdadc dc 1r' além de nós mesmos, cm ducção a outrus pcs-
ava 0 soas para amar ou a causas pelas quais lular. A uulotrunscendônciu é
ltred um dos mais tortcs elemenlos Contidos no colre dos mcdicamcnlos
cruvu cspírituais. Tem um cxlraordinárío valor lerapêuu'<:o, pois conscguc
nan- proporcionar a cura nas horus cm que muis nos semimos dcrrotad()s.
cordo
, A _.4
A UTODISTACIAMENTO
HUMOR
al- do que alegrias. Mas se eslamos conscientes de que a vida tem signi-
ado. ticado, e que nos oterece potenciais signilicalivos em qualquer sí-
tuação, podemos v1r' a ser aquele que diz sim, não importa 0 que nos
aconteça.
Não estamos lidando com "pacientes” que estão doentes, nem lida-
do com “clientes" - esla palavra indica dependência de um protis~
sionaL Estamos lidando com dois seres humanosz o que busca e 0
que orienta. O que oriema pode ser um prolissional que se vale de
sua compelência a tim de reslaurm a sau'de, tanto a nível tísico como
psíquico. Na dimensão do espírito, o que busca, assun' como o que
0n'enta, são principulmcntc seres humanos que, juntos, 1r'ão percorrer
0 caminho da descoberta UU signiticado que os lransfommrá naquc-
lcs' que dizcm s1m' à vida.
udar
o es-
t'er-
sos,
de-
rito,
íduo
niti-
ida-
otis~
e 0
e de
omo
que
orrer
quc-
az o
Do
Capítulo Dois
0 DIÁLOGO SOCRÁTICO
RELAXAMENTO
O diálogo socrático nos ajuda a cncontrar o acesso que nos conduzi-
rá aos recursos esp1.r'itu41"s. E recomendável que estejamos bem dis-
postos antes de começar esse dial'ogo. Se estivennos excitados.
26 APLICAÇÓES PRAnlxlCAS DA LUUOTERÀPIA
PRIMEIRAS PERGUNTAS
CAPTANDO AS PALAVRAS-CHAVE
APLlCAÇÃO DA ALTERNATIVA
i5mÁLoooSOCRÁTICOsenão“descrever”onúmerodealtemativasedeixarqueopaciemedecidaquaisasquepodemserincluídasnalista.Depoisdemuitasconsideraçóes,Anafezumalistaqueincluía0seguintezUmtrabalhovoluntar'i0numaescoladedançaparacrianças(“Quefariaeula"?Atenderiaaoteletone?Cuidariadoarquivo'!Qualqueresludamepoderiafazerisso").Ajudaros1'nstrutorescomidéiassobrecomocnsinaradançan(“Minhasidéiasestãosuperadas.Elesr1n"mdemirn").Freqüentarcursosparaaprenderastécnicasmodemasdebalé.(“Estoumuitovelhapara1r'àescola”).Abmumaescoladedança.(“Nãosoumulherdenegócios;m"aàfaléncia”).Comprarumaescoladedança.(“Nã0tenhodinheüosuficienteparaisso").Ajudaralunosformadosemdançaaobteremprego.(“Nãotenhocapacidadeparaisso”).Encontrarumagarotatalentosaquenãopudessepagarumaescoladedançaeajudá-laafazercarreu'a.(“C0moencomrmessagarota'?”).Aopassarrosolhospelalista,Anamostroualguminteressepelau'l-t1m'aaltemativa.Entãooorientadorsemiu-seaptoaapoiaraescolhaeprosseguiuodiálogosocráticozOrientador:Fazerissonâorequermuitodinheüoevocêpoderiamantercontatopessoalcomumajovemqueestivessecomeçandoaaprenderadançc1r'.comovocêmesmajáesteveumdia.Ana:(comotentativa)Eupoderiadaraessajovemachmcequeeuperdi.
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Durantc o diálogo socrátic0. Ana fez uma lista enquanto procurava
os guias para o signif1'cado. Foi encorajada a relacionar as altemati-
vas que incluíam seu amor pela dança e pelas crianças. Ao chegar
ncsse ponto ela levantou - como muitas pessoas o fazem - uma série
dc objcçõcs do tipo “sim, mas..." Sim, mas já não sou jovem; não
cslou a par das atuais tendências da dança; na'o tenho talento para
organização nem par-a ncngociom não conheço cn'anças com aptidão
para dançan 0 oricntudor pediu à Ana que fizesse uma lista de todas
ns opçócs que cla conscguisse lembrar. porém que considerasse co-
mo argumcnlos dc conseqüência negaliva as idéias relacionadas com
o "sim, masx.." Ncsta altura do diálogo. o orientador deve ser cau-
leloso. procurando não “prescrever” soluções para as dl'temativas,
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5mÁLoooSOCRÁTICOsenão“descrever”onúmerodealtemativasedeixarqueopaciemedecidaquaisasquepodemserincluídasnalista.Depoisdemuitasconsideraçóes,Anafezumalistaqueincluía0seguintezUmtrabalhovoluntar'i0numaescoladedançaparacrianças(“Quefariaeula"?Atenderiaaoteletone?Cuidariadoarquivo'!Qualqueresludamepoderiafazerisso").Ajudaros1'nstrutorescomidéiassobrecomocnsinaradançan(“Minhasidéiasestãosuperadas.Elesr1n"mdemirn").Freqüentarcursosparaaprenderastécnicasmodemasdebalé.(“Estoumuitovelhapara1r'àescola”).Abmumaescoladedança.(“Nãosoumulherdenegócios;m"aàfaléncia”).Comprarumaescoladedança.(“Nã0tenhodinheüosuficienteparaisso").Ajudaralunosformadosemdançaaobteremprego.(“Nãotenhocapacidadeparaisso”).Encontrarumagarotatalentosaquenãopudessepagarumaescoladedançaeajudá-laafazercarreu'a.(“C0moencomrmessagarota'?”).Aopassarrosolhospelalista,Anamostroualguminteressepelau'l-t1m'aaltemativa.Entãooorientadorsemiu-seaptoaapoiaraescolhaeprosseguiuodiálogosocráticozOrientador:Fazerissonâorequermuitodinheüoevocêpoderiamantercontatopessoalcomumajovemqueestivessecomeçandoaaprenderadançc1r'.comovocêmesmajáesteveumdia.Ana:(comotentativa)Eupoderiadaraessajovemachmcequeeuperdi.
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36 APLICAÇÕES PRÃTICAS DA LOGOTERAPIA
TÉCNICAS DO DIÁLOGO
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Como outras técnicas logoterapêuticas. o diálogo socrático requer
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boa dose de 1m'provisação e imuiçãa Existem muitas maneüas de
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sondar o inconscieme de uma pessoa. e seu conhecimcnlo oculto so-
bre significados pessoais. O dial'0g0 socrático usa cenos métodos.
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Entre eles destacmosz
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relembraI experiências de máxun'a realização que mostraram ao
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paciente. geralmente como um súbito clarão, que a vida tem
mesmo sentido.
RELEMBRANDO EXPERIÊNCIAS
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e não signüicados positivos abstratos.
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A segu1r' relatamos parte de um diálogo entre orientador e paciente.
Harry. que escolheu viver 1'soladamente, fala sobre sua vida. Even-
tualmeme ele diz:
4 4 .'*.'.*."LÃ~Á.Í«.39DIÁLOGOSOCRÁTICOexecutdr'),equeauxiliassealgumrapudavizinhançaainiciarumacoleçãodeselos(autotranscendéncia).EstesprocedüncntosIoramospequenospassosquelevaramHanydevoltaàcomunidadehumana.Autilizaçãodeexpen'ênciaspassadas,comobaseparaatividadestuturas.éespecialmenteproveitosaparapessoasquesesenlemne~gativas,vazias,depnm'idas.alienadas,epmapessoasqueeslãoeu-tediadasporexcessoderiqueza.SONHOSSigmundFreuddiziaqueossonhossãoorégiocaminhopmaoin~consciente.VlktorFranklconcorda,evêoinconscientenãosóden-trodadimensãopsicológica.comotambémnadLm'ensa'oespirituaLcomoumrégiocamm'hoquelevaaumatclrradeamplidãoaindamaiorzlevaaosignificad0.0inconscientedescritoporFreudcontémpensmentosrepn'midosesentünentosquenãoqueremosenfrentarconscientemente.Arepres-sãopodecausarneurosesquesãocuráveispelap51'canálise.Frankltemumamploconceitosobreoinconscicntc.AfLmaqueelecom-tém.também,esperanças,metasesignificadosrepnn'n'dos,queparaserematingidos.ossonhossãoos“régioscaminhos".Signüicadosrepnmidosnãocausam,necessar'iamente.neuroses,porémprovocmumvaziointeriornoqualaneurosepodeseinstaldr',especialmentequandosurgemconflitosdeconsciênciaoutrustraçõesexistenciais.Paraestasperturbaçõesalogoterapiaéindicada.Ossonhospodemnostazerpercebercertascondutasreprimidasetraumasmuitopenososparaserementrentados,epodemlambémtrazer-nosmensagensdoinconsciente.Am'terpretaçãodeumsonhoatravésdestaperspectiva,podenosajudaradescobnr'oqueésigni-ticativoparanós.
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Harr'y: Nunca me casei depois de ver o que minha mãe tez ao
meu pai. Ele se tomou alcoólatra, me batia muito. Eu era
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mau aluno e os garotos caçoavam de mm'1 por não ser bom
nos esportes. Se não fosse pelo Tom, não sei como eu teria
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sobrevivid0.
Oricntadorz Fale-me sobre o Tom.
Harryz Tom era um vizm'ho, dois anos mais velho do que eu.
Colecionávamos selos, dávamos longas cammhadas pelos
bosques, en11'm, tazíamos muitas coisas juntos. Ele sempre
me apoiava quando as coisas iam mal, em casa, por causa de
meus pais.
H1$'tórico de mn caso
Betty, uma mulher de 34 anos que não se dava bem com 0 pai, so-
nhou que estava deitada na cama com ele, abraçando-o carm'hosa-
mente. no que era correspondida. Assustada, ela acordou. Seria pos-
sível que ela tivesse repnm'ido desejos incestuosos depois de todas
as rejeiçoe's por que passara desde a infância? Seu pai sempre tivera
preferência por seu 1rm“ão mais velho, nunca lhe dedicara muito tem-
po, não ficava satisfeito com suas notas embora ela fosse boa aluna,
era muito n'gido com ela. e assím por diante.
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mente no dia seguinte ela percebeu que o professor, no sonh0, havia
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m'vertido a ídéia; o que na verdade ele estava dizcndo era: “Uma vi-
da não vivida não vale a pena ser ava11'ada". Podemos dizer que 0
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próprio Sócrates ajudou eSsa viúva, que através do diálogo socráti-
co, conseguiu realizar-se e encontrar sua d1r'eção a segulr'.
Ana, a mulher de meia-idudc que dccidiu aiudar uma jovem que as-
pkava a ser baú'ar1n'a, b.1'scou-sc nu lumasia não orientada para des-
cobrü os meios de atm'g1r' sua metaz 1m'aginou-se percorrendo play-
grounds, conversando com as memn'as, travando amizade com suas
mae's, convidando-as a sua casa, avaliando seus talentos, selecio-
nando uma garota espec1'a1, contatando a escola certa e acompahan-
do essa menma - com apoio humano e f1'nance1r'o - através de sua
carre1r'a, até o dia em que ela subiu ao palco pela pn'me1r'a vez.
FANTASIAS ORIENTADAS
“Você está de pé, num prado coberto de Hores; é dia de sol. o céu
está azuL há pássaros cantando. Você comcça a cammhar lemamente
pelo prado, em d1r'eção a uma casa. Ao chegar lá. percebe que a
46 APLICAÇÓES PRÁTICAS DA LOGOPERAPIA
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é necessar'1'o para que encomre um acesso (as portas estão tranca-
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das), mas o estorço é compensado (uma das portas está aberta). O
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restame das 1m'agens é baseado na premissa de que, nas protundezas
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de nosso ser, conhecemos nossos pontos fortes que foram reprimidos
e que devem ser Lrazidos à tona.
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A mesma meta pode ser atingida através de outra fantasia orientada,
na qual se focaliza o tuneral do paciente, em que unicameme os as-
pectos positivos do falecido são mencionadosz
“lmagine que você está assistindo ao seu próprio emerro. Estão to-
cando sua música preterida. Seu guía espm"tual predileto (padre. ra-
bino. conselhelr'o) está louvando sua vm'udes,' pede depois aos pre-
sentes que se manüestem que digam o que lembram de você e por
que eslão Lristes com sua mortc."
posta à sua pergunta. Outros vêem uma figura religiosa ou uma pes~
soa muito 1m'portante em sua vida - 0 paL o avô, um amigo ou um
professor. Um senhor viu a figura do avô, que ele costumava ajudar
na fazenda, quando era criança. O pacieme estava em dúvida se de-
via ou não abandonar a esposa. O avô lhe dissez “Se você plantar
um pessegueu'o, nâo espere colher cerejas". Esta resposta tez 0 ho-
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mem analism o quanto ele poderia esperar que sua esposa mudasse,
e baseado neste argumento, 0 casm procurou resolver seus
problemas.
não disse nada, apenas sorriu. Esta fantasia abn'u o diálogo socráti-
co, contirmando que mesmo os m'válidos podem ser grandes profes-
sores. O paciente e seu orientador conversaram sobre o que um ho-
mem, mesmo sem uma pema, ainda poderia realizar, que to'sse› signi-
ticativo para ele.
gastar d1'nhe1r'o com enfeites que só eram usados uma vez por an0.
ou até mesmo jogados fora.
EXPERIÊNCIAS MARCANIEWS
u Mjãi__›.›v"$'yN'““IÉ.ÂHl
mxmarv'
:§.I”L
_V._..74.~_,..._..«FV~4_V,7.51DIÁLOGOSOCRÁTICOfardo,esobre0qualnãofalaradurantetrêsanos.Suaesposahaviafalecidodecâncer,apóslongoperíododeente'm1idade.Nodiase-guinteaoenterr0,eleprecisoufazerumaviagemaérea.Duranleovôo,oaviãorompeuacamadadenuvenseatingiuocéuclaro.Aoveratravésdajanela0brühodaluzdosol,oviúvosentiuumasu'-bitaexplosãodealegria,masimediatamentesentiu-seculpadoporessesentun'ento.Trêsanosmaistarde,quandoeleestavaauavessan-doumafasededepressão,falouaumamigosobreessaexperiência,citando-acomoumaprovadequehavia“algoerrado”comele.Seuamigodisse-lheque,pelocontran"o,avidapoderiacstarquerend0,naquelemomentomemoráveLproporcionaHheumaprovadequehavia“alg0certo"comele,mostrando-lhequeosolbrilha.mesmoporLrásdasnuvens.Umoutrohomemfalousobreumincidentequeocorreuenquantoelcdm"giaporumaestradavazia,sentm'do-sealienado.Derepenteumaraposacomeçouaatravessaraestradaeentãoparounametade.Elepisounofreio,0carroestancouaalgunsmetrosdoanimaleambos.ohomemearaposaseencararamRelembrandoesseincidente,elecontouquenaquelemomentosentiu-seemharmoniacomtodaana~tureza,comouniversointelr'0.Umamulher,queestavacegahaviadoisanos,submeteu~seaumacuu'rg1'apararecuperaravisão.Quandoseusolhoscicatrizaramasatadurasforamretu'adas.Recordandoaquelemomento,eladescre-veu0júbüoquesentiuaoolharparabaixo,quandooúltimocurati~vofoiremovido,ever,pelapnm'eiravezemdoisanos,osveiosdamade1r'adoassoalho.Éextremamemedifícilconvencerumapessoa,comargumentosra~cionais,dequeavidatemsentidosobquaisquercu'cunstâncias,dequefazemospanedeumtodoequenãoeslamossós,oudequeexistemaspectospositivosem51'tuaçoe'sdcsotr1m'emo.Opacienle.1
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mencionar as mensagens carregadas de sentido que acompanharam
as experiências, quando elas toram recordadas pelo paciente durante
o dial'ogo socrático. _V,. 4_.,«_.r,
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52 APLICAÇÕES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
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que, em função de experiências m'felizes ou mal compreendidas no
passado._ foram represados. Durante o dial'0go socra'tico, pedaços
desses sonhos, objetivos e experiências emergem Cabe ao on°enta-
dor apanhar esses pedaços e devolvê-los ao paciente.
Hlstó'nco'dcumcaso
Fred (dcpois de talar sobre sua vida. que ele descreveu como cheia
de tracassos e desaponmemos): algumas vezes simo medo de dar
oquo passo - não tenho certeza se dará certo.
DIÁLOGO SOCRÁTICO 53
Yoder: Vamos olhar para o seu passado. Se ele é uma leia te-
cida por uma aranha (Fred usara esta expressão), que
espécie de teia você teceu'? Sua vida parece ser rica
em realizações, experiências e relacionamentos.
Fred (chorand0): É, creío que sun'.
Yoder: Nm'guém pode t1r'ar de você aquilo que adqum"u. Que
aprendeu afm'al, olhando para o passado. de suas ri-
cas realizações?
Fred: Eu aprendi, mas mesmo assun' simo-me desanimado e
solitan"o. Uma pane de m1m° está descansando, apron-
tando-se para dar outro salto na vida, mais tarde.
Fred contou a Yoder que leu os relatos de Frankl sobre suas ex-
periências nos campos de concentraçãa
Numa outra sessã0. Fred contou um sonho no qual queria usar uma
serra elétrica.
ser eletrocutado.
;..¡m_njzrÊtrnle"~\'|'.
red(chorando):Umfiodeprataemergedomeucentroeatingeobosqueverdejante.Masestoucommedodeserumdestruid0r...Tenhomedodeserotuba-ra'o.Yoder:Talvezpeloprópriofatodedizerqueteme,quesetoma-rá0tubarãodevorador(medodeseraproveitador),mostraoquantovocêvalorizatratarosoutroscomama-bilidadeerespeito.Oseumedoatéexplicaovalordofiodeprata,queestálhemostrandocomodesejaviversuavida.FredzÉmesm'o.Eunãoconseguiaverissotãoclaramenteantes.Estefoiopontodecisivodasessão.Fredtomou-sereceptivoparaenxergar-seatravésdeumprismamaispositivaYodercomentouarespeitodessediálog0:“Osclientessempredemonstraramaexistên-ciadepontospositivosecorajososnomeiodeseusofr1m'emo.So-menteporessasessãoeusabiaqueFredsesam"abem.aolongodoseucaminhoparaarecuperação,transcendendosuasensaçãodeva-zioexistencialededepressão”.
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DlÁLOGO SOCRÁTICO
55
A DECISÀO 0CUL7A'
JSNÍ
Zendo mudanças. Que devo tazer? -r«~.
Margmet dizer, sem que ela percebesse o que estava dizendo, que
ela queria ticar na casa - que estava disposta a pagar um preço por
iss0, e pronta para modüicar sua conduta. A pedido do 0rientador,
Margaret fez uma lista de coisas que ela poderia fazer para persuad1r'
a proprietan"a a deixá-la ficar. No fun' da sessão ela consegum en-
contrar oito opções.
Uma das opções era uma rigorosa tabela determinando que, em dias
anemados, todo o serviço da casa deveria ser teito por Margaret ou
pela propn'etar'ia. Cada uma, na sua vez, teria que tazer a hm'peza
mas podia, também, receber 0 namorado nesse dia. 0 “comrato”
dessa tabela contmha acordos sobre tumar, níveis de ruído, e outras
ar'eas de contlito.
DESREFLEXÃO
Sintomas simples
DISTÚRBIOS DO SONO
Quanto mais atenção dermos aos distúrbios do sono, mais ditícil será
cura'-los. Se estivermos deitados na cama, dcspenos e preocupados
em adormecer, bloqueamos 0 mecanismo natural que conduz ao so-
no. Esta hiper-ret1exão é rapídamente acompanhada pela hiperpre-
tensão: queremos domnr', ficamos nervosos porque ainda estamos
acordados, e começamos a nos preocupar com os efeitos nocivos que
uma noite de insônia 1r'ão provocar em nossas atividades no dia se-
guinte. Quanto mais pensamos sobre isso, mais nos mantemos des-
penos e menores são nossas possibilidades de ca1r' no sono.
DISFUNÇÀO SEXUAL
_v7 .
torçado. Se tentamos caça'-lo. nós o afugentamos. As conseqüências
podem 1'nclu1r' a impotência psicogênica, a tnk'gidez e a insegurança
no desempenho sexual; isto tudo leva à tensão durante o encontro
sexual e é quando se instala a disfunção.
0 GATILHO DA HIPERREFLEXÁO
Hipocondria
A Dra. Lukas concluiu que o Sr. S. sotña não tanto pela pcrda da
› esposa (o casamento não tinha sido 1e*11'z), mas por uma atitudc ne-
n4~
tempo). A Dra. Lukas disse ao Sr. S,, que a sua lista m"a ajudá-ln a
..'“_
desenvolver um programa terapêutíco, baseado em atividades que
in'am aliviá-lo de suas preocupações. Depois dc muito cogitur, cle
aprontou uma lista de quinze atividades que incluíamz consenm o
fogão, preparar saladas sotisticadas com maíonese teita em casa,
montar um trem elétrico, ajudm seu füho nos deveres de escola. gra-
var em tita seus progrmas prefeúdos de música.
A Dra. Lukas disse ao Sr. S., que todas as tmdes ao Chegm cm casa.
e nos fíns-de-semana, cle deveria sclecionm uma das atividades e
executa'-la, mesmo achando que seria bobagem E à noite. mtes de
deitar-se, ten'a que anotar, ao lado da atividadc daqucle dia, Lun com-
ceito de como se sentu'a a respeitoz (+2) para muito bem.' (+l) pma
médio; (0) para ind1'terente; (-l) pma mal e (-2) para muito mal. lsto
deveria ser feito durante duas semanas. A Dra. Lukas explicou-lhe
que as atividades que lhe haviam sido satisfatóúas sexiam usadas na
70 APLICAÇÕES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
Condutas
AHTUDES DOENHAS
›-r.«.
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atitude desolada da mãe acorrenta scu 1ilho a uma siluação sem es-
-n¡
peranças. O c1r'culo vicioso é posto em mov1m'ento: a atiludc doentia
da mãe 1r'á reüetlr'-se no menin0, que passará a dcsenvolvcr proble-
mas reais de comportamento ~ problemas que irão coníum'ar' a cren-
ça matema de que seu füho é um desordeüa
lnformação
Ajuda Prática
Uma senhora estava desesperada porque seu marido lhe pedira o di-
vórcio. Ela havia convergido toda a sua vida em tomo dele. Durante
uma noite de m'sôm'a, ela se levantou, vestiu-se e foi dar um passeio
por um parque das redondezas. De repente semiu como se um en0r-
me peso tivesse sido t1r'ado de seus ombros. Respüou protundamente
o ar tresco da noite, ouviu o silêncio e percebeu que esta era uma
experiência que jamais tivera nos quinze anos que estivera casada.
Foi quando se deu conta de que muitas experiências novas se des-
cortmavam a sua tr~ente. Sua atenção naquilo que havia perdido foi
subslituída pelo que ela poderia ter ganh0.
A atenção substitui 0 que está perdido pelo que ainda pode ser recu-
perado; substitui o que está enfermo pelo que ainda é saudável;
substitui a ar'ea do “'destin0" pela ar'ea da "liberdade”.
nç ~c.:.
dade para lutar contra a aproximagão imediata dc um ataquc (exccto
tomando medicamcntos que diminuem a intensidadc da dcpressão).
l zsxàñymr
No entanto, essa pessoa é livre pdra' levar uma vida normaJ entre os
w-Híwu
períodos de depressão.
sabermos quem nós somos. Não quem parecemos ser por detrás das
máscaras que aprendemos a usar a fim de sermos amados, aceitos e
bem-sucedidos, porém quem verdadeiramente somos em nosso m'ti-
m0. Desde a m'tan^cia escutamos as vozes dos outros - de nossos
pais, protessores, amigos e de pessoas que amamos e adm1r'amos.
Tivemos que agü assun' para viver ou talvez até para sobreviver.
Contudo, também precisamos saber quem somos por detrás das ma's-
caras que usamos. Algumas máscaras aceitamos, outras rejeitamos,
em geral inconscientememe. Precisamos saber, quando estamos res-
pondendo ao signüicado que o momemo nos apresenta, se a resposta
é nossa ou, sem que tenhamos conscíência, a resposta foi aprendida
de nosso pai, mãe, anúgo ou de outra pessoa 1'mportame.
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..,_.._4-..-...«._.__..._"v._..-.-mm'.-v_4-'pvrmw85(¡UIASPARA0AUTUCONIllzClMliNTOestaremostendoumvislumbredosigniticada0euquepodcmospercebernãoémeramenteoeuquefoidescnvolvidonopassado,mastambémaquelequenosempurracmdircçãoàsnossasmclas.Muitosdessesvislumbressurgcmincspcradmentc-clcspodemaparecernomeiodeumaconversa,enquantocslamosassilindoaumapalestraoulendoumlivro.oudurantcumcontatocomanatwrezaoucomalgorelacionadoàartccnummomemodemcdilação.Odiálogosocráticopoderserumatcmativapluncjadadecaptares-saspercepçõesdonossoverdadeüoeu.Odiálogopodcscrumca-minhod1r'etoou1'nd1r'etoparaoautoconhccimento.CAMINHOSDIRETOSAlgumasvezesomeiod1r'et0trazrcsultados.Apergunta“Quemévocê?”éformuladarepetidasvezesatéqueasrespostas-depoisdosníveissuperficiais(“SouJoeBloke",“advogado".“marid0dcMary”)começamav1r'deníveismaisprotundos(“Souumapessoamuitovulnerável",“umfracassado,adespeitodepmeccrulmho-membem-sucedido”.“umetcmodc~›.'c0nti.1'do").Dcvezemqumdovoltamosàsrespostas“supert*iciuis"anteriores,eexplormnos0queseescondeatrásdelas:“Adv0gad0-queistosignificapamvocê'?DinheLr'0?Prestígio?Justiça?Ajudarosdesl'.1'vorecidos'?”Eisaquioutrocaminhodiretopara0autoconhecimentozFuçuumalistadeadjetivosquedescrcvamcomovocêsecnxerga.Ou.melhorainda,façaduaslistas-umacomascoisasquevocêgostacmvocé,eoutracomasquenãogosla.Olheaslistas.Estávcndoalgoqucosurpreende?Qual'dosdoisladostoimaistácildcescrever-oposi-tivoouonegativo'!Ficouespantadocomonúmcrodecoisasqueapreciaemvocê?Muitaspessoasticamadm1r'adas.jáqueanossasociedadenostomamuitomaiscientesdaquiloqueestáerrado
.
w
Não é fácü saber quem nós realmente somos. Temos um corpo com
suas fraquezas e suas forças. Temos uma psique com seus 1m'pulsos,
anseios e 1n'stim0s. Nascemos com determmado caráter que tcnde ao
ouml"sm0 ou ao pessun'ismo, que pode ser eerovenido ou introvem'-
do, guiado pelos pensamentos ou pelas emoçoe's. Temos também
uma personalidade que foi moldada através das experiências por que
passamos. E temos o espm"to que contém nossa essência e nos capa-
cita a assumk uma postura em relação às lmn"lações de nosso corpo,
psique, caráter e personalidade. Podemos decidü quem somos,
e quem gostanamo's de vir a ser, levando em conta nossos poten-
ciais.
CAMINHOS INDIREIÚS
Excmploz
Quando perguntada sobre expcúêncius mstes da intdn^'c1'a. Ér'ica
contou esw histón'a: Qumdo tinha quatro anos. cla sabia que sua
mãe estava esperando ansiosamente uma cnrta dc scu avô. Uma ma-
nha', Érica viu 0 caneüo na calçada cm frcnte; atmvcssou correndo a
rua e o carteüo entregou-lhc a carta. Ao lcvar a carta para casa, sua
mãe castigou~a por ter atravessado a rua. Qumnla anos depois, En'”-
ca am'da sentia a decepção. a dor que vívcnciou ao ser punida quan-
do esperava ser elogiada. Tomou~sc uma mulhcr rcservuda e moso-
sa. 0 diálogo socrático revelou que ela culpava o incidenle com a
cana, pelo tato dc ter-se tomado pcssimista. '“Todus as pessoas são
imbecis” e “lsso pma você é grau'dão" ercm scus ditos prmuetos -
que ela ouv1r'a de seu pai. A “lição" do incidemc 1'nstaldr'd-se em
solo tértiL
r
92 APLICAÇÓES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
Auto~rea|ização
É claro que não conseguu'a' isso num único grande salto - esta ex-
pectativa 1I'á pred1'spó-lo a um desencorajador fracasso. Nem esse
salto deve ser tão pequeno que não chegue a const1'tu1r' um desafio.
Você deve 1r'-se expandindo em d1r'eça'o aos seus objetivos. Talvez
no contrato que fizer com seu orientador, você possa estipular que.
como pr1m'e1r'o passo, a próx1m'a vez que for a uma reunião socidl',
você Lr'á se apresentar a uma pessoa que não conhece. O segundo
passo poderia ser a escolha de um assunto sobre 0 qual' você m sen-
tm"a à vontade, ao talar com essa pessoa. O método “como se"
ajudá~lo-ía a convencer-se de que você tem capacidade de redl'lz'ar-
se naquüo que considera signiñcativo.
Se você tem medo de pôr à prova o método “como se". talvez tosse
necessan"o tazer antes um ensaio geral com seu 0rientador. Na segu-
rança da presença de alguém em quem confía, será mais tácü com~
portar-se, como gostaria de se comportar na pnesença de estranhos.
E uma pítada de humor ajuda. O humor lhe pennite perceber como é
ridículo componar-se como um camundongo. Por consegum'te, du-
rante o ensaio, exagere seu medo e seu heróico discurso bombáslico.
94 APLICAÇÕES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
Dcpois que aprendeu a nr' de si mesmo, você achará mais tácü en-
trcntax o mundo.
Fale-me sobre algo que lhe disscram que você não poderiaTfaze
mas que você fez.
. Fale-me sobre algo que eslá íazendo e obtendo progressos.
. Fale-me sobre uma época em que demonstrou não estar desam-
parado.
. FaJe-me de uma época em que alguém espcrava o máximo de
você.
Fale-me sobre algum sentun'ento que lhe foi muito duro aceitaL
Fal'e-me sobre uma experiência que o fez ver as coisas de ma-
neira diferente.
Fale-me sobre uma época em que você se sentiu mais vivo que
nunca.
FaIe-me sobre um tempo em que você conñava em si mesmo.
Fale-me sobre um tempo em que toi düícü pedLr' ajuda, mas
mesmo assun° você 0 tez.
Fale-me sobre um tempo em que você necessitava de ajuda e não
teve.
Fale-me de alguma atitude que você mudou para poder tomar-se
um amigo melh0r.
. Qual a sua máscara preterída'! Que você está escondend0?
Qualquer uma dessas pergunLas, qualquer um desses exercícios pro-
poslos neste capítulo, ou a combmação de ambos, poderá nos con-
du7.1r' a uma experiência almejada, a uma maior auto-realização que
abr1ra"o caminho ao novo signüicada
rw
en
Capítulo Seis
_._
ou devem ser aceitos? As vezes o diálogo socrático pode-nos ajudar
k
a resolver esta questão.
A usm BAS'ICA
MlNHAS POSSlBlLlDADES
Meu problema é:
Conseqüênciasz
Vantagens Desvantagens
Escolha 1
Escolha 2
Escolha 3
Escolha 4
Escolha 5
Escolha ó
Escolha 7
100 APLICAÇÕES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
Exemplo
Max era um engenheu'o de 35 anos, casado, pai de duas crianças
com 8 e 10 anos de idade. Ganhava um bom salan"o, tm'ha chances
de progred1r' e obter benefícios que m'cluíam planos de saúde e pen-
são. Mas ele detestava seu emprego - a companhia fazia parte de
uma m'du'stria de armamentos e poluía o meio ambiente. A esposa
compamlh'ava a preocupação do marido sobre esses dois aspectos do
trabalho dele. Ulumamente ele começou a duvidar da escolha que fi-
zera em relação a sua carre1r'a. Lamcntava não ter sido professor,
pois agora ele poderia exercer uma míluência 1m'ediata no desenvol-
v1m'ento das crianças. Acabou tomando-se 1m"tado e depr1m'ido, pas-
sou a sofrer de m'sônia e começou a bebeL Tudo isso termmou por
afetar seu casamento. Depois de falar com o orientador, Max preen-
cheu sua listaz
GUIAS PARA O AUTOCONHECIMENTO 101
MlNHAS POSSlBlLlDADB
Escolha I __________P__&__________Permanecer
no cmrcvo
Escolha 2 ____________B__L_____5____Encontrar
outro cmreo como cncnhciro
Escolha 3 T_______p___________§_______omur-me
rofessor dc cn'anas
Escolha 4 _______L______L______Minha
csosa trabalhará ara sustentar a fa-
mñia
Escolha 5 __E______Fazer
um emréstimo
Escolha ó _L_&___________Dar'
aulas ara enenheiros
.'
Escolha 7 T______L_cL______-rabalhdr'
meio eríodo enuanto cstudo
. _2~'
Escolha 8 _________p__Como
0 n-“ 7. mas minha csosu também terá
_q____p______ue
trabalhar meio eríodo
Conseqüênciasz
m
Vantagens Desvantagens
Escolha 1
Bom salário Connito de valores
Escolha 2 D__g______iminui'ão
Trabalho mais satis- do sulá-
fatório rio
Escolha 3
Trabalho satisfatório Ncnhum salário en-
5;__uanlo
cstudar
Escolha 4 _LR___Desesas
ma vívcr Tcnsão na famíliu
estarão cobenas
Escolha 5
_W'nhu
esosa toma- Assumir dívidas
_g_u_.s_rá
conwd45'cn'am"''
Escolha ó
___Lg_É
um emrco de Não exutamcnlc o
_&____maistério g___q__ue
eu UCIO
Escolha 7
_________g__Leva-me
ao ue _____<¡____RedU'ão
da renda
L________retendo
ser famflia
102 APLlCAÇÕES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
Max exammou a lista e optou pelo n°- 5. Contudo, após trocar idéias
com a tamília, decídüam pelo n-° 8. Max, sua esposa e f11'hos, fize-
ram outra lista, na qual div1'd1r'am os afazeres domésticos. Os resul-
tados dessas atividades não toram benéticos só para Max - que ago-
ra tu1h'a uma meta significativa - mas também para sua esposa, que
já estava entediada de ser dona-de-casa, e para as crianças, que ago-
ra teriam ocupações sigrúñcativas dentro da família.
RECONSIDERANDO
Neste ponto, é hora de dar o pn'me1r'o passo que nos leve da imen-
ção à realidadc. Eis a lista dos primeüos passosz
H
_ .;,".."vv:,.h
Siwaçao'd1f1"c11':Seeupedüodivórcioecasarcommeunovoamigo,quaisserãoasconseqüências?Conseque'^ncms'PositivasPessoasenvolvzdwEuMeumaridoTommy(filhode10anos)Sue(f11'hade8anos)Rod(meumorado)MeuspaisNegativasna-
____.____.________.ExemploUmasenhorade35anos,mãcdedoisfühos,toiaoconsullo'n'odaDra.Lukascomumproblemamuitocomumnosdiasdehojc.0ma-ridodelaeraumaboapessoa,mas0casmentodcleshavia-setoma-domonótono.Essasenhoraencontrouumhomemcharmosoqueprometeu-lheproporcionaravidaqueelasempredesejou.Depoisqueamulherconversoudetalhadmentesobresuasituaçãoeseusvalores,aDra.Lukaspediu-lhequelizesseumalistadcpessoaseconseqüências,comofoíacm'1aassinalado.
TT.__..___...._.._-.__w,-105GUIASPARA0ALÍl'()('()\.'llliCthNTO(,o'nsequc“m¡as'PositivasPessoasenvonas'Negatívas
_
adqumr“ sentimentos de culpa. Uma escolha signüicativa é livre e
4.-
responsáveL (Este aspecto de como tazer escolhas será amplamente
discutido no Capítulo Oito).
ver.4*â* "'fa
Elisabeth Lukas desenvolveu uma forma sun°ples para ser ut11'lz'ada
quando lidamos com situaçóes nas quais é 1m'portante levar em con-
sideração os sentlmentos clos outros.
Silmçab d1f1"cü:
.;,".."vv:,.h
Siwaçao'd1f1"c11':Seeupedüodivórcioecasarcommeunovoamigo,quaisserãoasconseqüências?Conseque'^ncms'PositivasPessoasenvolvzdwEuMeumaridoTommy(filhode10anos)Sue(f11'hade8anos)Rod(meumorado)MeuspaisNegativasna-
____.____.________.ExemploUmasenhorade35anos,mãcdedoisfühos,toiaoconsullo'n'odaDra.Lukascomumproblemamuitocomumnosdiasdehojc.0ma-ridodelaeraumaboapessoa,mas0casmentodcleshavia-setoma-domonótono.Essasenhoraencontrouumhomemcharmosoqueprometeu-lheproporcionaravidaqueelasempredesejou.Depoisqueamulherconversoudetalhadmentesobresuasituaçãoeseusvalores,aDra.Lukaspediu-lhequelizesseumalistadcpessoaseconseqüências,comofoíacm'1aassinalado.
TT.__..___...._.._-.__w,-105GUIASPARA0ALÍl'()('()\.'llliCthNTO(,o'nsequc“m¡as'PositivasPessoasenvonas'Negatívas
_
ver.4*â* "'fa 4.- _ H
mploz
106 APLICAÇÓES PRÁTICAS [)A LOGOTERAPIA
Algumas situaçoe's têm que scr aceitas. Ncsms casos, a cxolha que
está aberta para nós é não mudm uma situação scm sent|'du, e gcral-
mente dolorosa. Contudo, cenamente podemos dcscobrü uma uma-
de signüicativa com respeito a uma situação que, por si só, é doloro-
sa e absurda, como qualquer desígnio do dcstino.
...'
- Posso utilizar essa experiência pma ajudar outras pessoas que es-
.r
tão passando por situações similares?
- Será que essa experiência me fez dar valor a coisas que eu consi-
derava muito naturais?
Exemplos
Exemplos
Í
Uma se~nhora taleceu de can^cer e deixou o man'do com duas ¡
tuh'as adolescentes, de 14 e 16 anos de idade. Sua morte toi um I
GUIAS PARA O AUTO(JONH['LCIN.lENTO 109
Altemativas Consequc"ncias
Positivo Negalivo
1. Contratar uma Menos tIabalho Muno' caro
cozinheüa pm nós
Comer em Menos uabalho Muüo cam
restaurante paranos'
. Pai e filhas se Trabalho sena' Cada um tra-
revesaliam dlstn"buído balham sozr'
nas tarefas nho
Os três fariam 6 dlas' “liv¡es” Muito anbalho
compras aos sá- pammnso'd1a'
bados, cozi-
nhariam sete
reteições e as
congelariam
. Parar de comer Nenhum trabalm Moneporma-'
mç'ao'
6. Lo'nscgun" oonvite Pouoo tIadehO' Petdadosarm'
de armgo's 305
0 Passado Irreversível
Nosso passado é uma dr"ea em que tazer uma escolha é muito im-
portante. Os fatos que ocorrcram no passado são m'1utávcis. Não po-
demos refazer nossos pais, nossa educação. ncm os erros comctidos.
Porém o que padenws mudar é nossa at1'ludc. Podcmos considcm os
acontecimentos do passado como um fmdo às nossas costas. ou co-
mo uma bóia salva-vidas de expcn'éncias quc nos mantém à tona e,
am'da, como um desaf'i0 pma aprender c agü melhor.
Excmplos
Esta é uma história verdadeu'a sobre duas mulheres - uma era solilá-
ria e m'teliz, e a outra vivia rodeada de amigos e era muito alegrc.
Ambas tiveram um passado semelhantc. Ana contouz “Minha mãe
nunca me amou. Não tive um modelo em quc mc 1'nsp1r"ar. Não sci
como amar.” Mary relatouz “Minha mãe nunca mc arn'ou. Eu sei 0
quanto é Lriste não ser amada, por isso dediquci um csforço cspccial
para não prosseguir com este sentimento de desamor".
Para ver com clareza quais as panes de sua vida que são m'1utáveis e
quais aquelas em que você ainda lem escolhas, desenhe um mosaico
de sua vida. Não um mapa da sua vida passada. mas um mosaico da
sua vida como você a vé agora. Resuma sua vida com símbolos e
cole figuras que representem situaçoe's e pessoas. Com crciom ou
canetas hidrográticas de diversas cores, descnhe nos pcdaços dc ma-
saicoz suas primeüas lembranças, scus anos escoldr'es, fatos que lhe
causaram impacto. Quantos desses pedaços você desenhou cm cor
escura? Quantos em cores vivas'? As cores escuras estão aglomera~
das como nuvens tempestuosas? Seus contomos são claros? Dê a
cada pedaço de mosaico um nome, uma recordação. Você vê algum
tipo de padrão realçando sua vida'! Você coloriu anuns episod'ios de
escuro porque sempre os considerou negativow Eles amda estão
realmente escuros? Gostaria de usm outra cor'! Você não pode mu-
dar a posição que eles ocupam em sua vida, mas pode mudm suas
cores. Veja que ainda há espaços vazios cm seu mosaico que podem
ser preenchidos. Estes são sua ar'ea de liberdadc. Você não pode re-
fazer o quadro 1'nte1r'o,' mas é bom observar 0 que ainda pode tazeL
Pegue uma sacola e encha~a com tiras de papel nas quais vocé mas-
creveu tr'ases curtas, signilicando Iatos que ocorrcrml no seu pussa-
do, assim como:
» ata
conduz a reveladoras experiências de auloconhecm'1ento. Nossa um-
cidade toma-se evidente não tmto pclo que somos, como pelo
que representamos de imponantc para outras pessoas ou em cenas
situações.
CR1A71'VIDADE
uma colagem, do nossa jeito. Nossas criações podem não ser obras-
pnm'as nem venccdoras de prêmios, emretanto são nossas, unica-
mcnte nossas. Um protessor de zoologia expressou a certeza de sua
um'cidade, quando colegas lhe perguntaram por que ele “perdia" seu
tempo colecionando pedaços de madeka e couro, com os quais ele
confeccionava pequenos amma'is, ao m'vés de dedicar seu tempo a
pesquisas séúas em zoologia, publicando depois suas descobertas.
Ele respondeuz “Qualquer projeto de pesquisa que eu fizer, poderá
ser feito por outros zoologistas. Mas eu sei que se não juntar estas
pequenas criaturas de madenr'a, ninguém mais o fa:á, exatamente da
maneüa que eu faço.”
Estádios da Unicidade
OS PRIMEIROS ANOS
Nos idos de 1930. Frankl adveniu que a crise dos signüicados pode
levar o jovem a adotar crenças perigosas e açoe's pen'gosas. Entre as
crenças sobre as quais Frankl se refen'u estãoz
Os jovens não são os únicos que adotam essas crengas, mas são os
que mais treqüentemente expressam essas idéias. E essus idéias. que
geralmente são ditíceis de combalex. bloqueiam' 0 descnvolvimento e
a percepção da unicidade pessoal.
ELABORANDO LISTAS
UM GUARDA-ROUPA DE ADJETIVOS
WV
algumas sugestoe's que podem ser usadas em qualquer idade, para
.-,.
aprendermos sobre nossa unicidadez
rvrw1
. Relembre um momento em que você sc sentiu bem consigo mes-
.~«
v r-
mo e com 0 mundo, que as coisas tinham sentid0, embora
w-
houvcssem motivos para que você estivesse confuso ou sentisse
dor.
. Faça uma lista dos tatos pnn'cipais de sua Vida (0u um desenho
de sua vida com seus altos e baixos). Você vê algum padra'0, ou
A-P-: _ - A-y.
tudo o que vivenciou foi obra do acaso?
. bembre-se de fatos que lhe trouxeram satistação, embora você
estivesse passmdo por uma experiência dolorosa como, por
exemplo. permanecer acordado ao lado de um amigo durante uma
crise.
. Recorde episódios em sua vida, em que você se surpreendeu
agindo de modo difereme do usuaL diferente do que os outros
espcravam que agisse.
Em que modelos você se m'spira? Quc qualidades eles possuem
que você adm1r'a? Que você prccismia fazer paxa adqumr" essas
qualidades?
Você tem algum sonho para 0 futurdl Qual 0 obstáculo que o
está impedindo de reah°za'-lo? Que pode você fuer para torná-lo
realidade?
Fale-me de alguma habilidade que tenha e que no passado pen-
sava não ter.
Fale-me de uma situação em que você se sentiu parte do tod0.
Fale-me de algum momento em que você despiu sua máscar'a.
Fale-me de uma época em que Íoi rejeitado por ser diterente.
Fale-me das coisas que você e seus pais ou amigos enxergam de
maneüa d1'Ierente.
. Fale-me sobre algo que Iez pela pr1'me1r'a vez.
. Faça uma tantasia sobre 0 tuturo como acha que ele será, e uma
segunda lantasia de como gostaria que tosse. (()u desenhe uma
4.,.:1
A ME1A-IDADE
Faça uma lista das coisas que você gosla de tazen Não coisas que
apenas quer tazer. mas atividades que rcalmentc aprcciax Usc essa
lista para avaliar sua unicidadc.
Quc aprendeu você neste exercício sobre sua unicidade? Que foi que
o surprecndeu? Quantas de suas atividades preferidas estão relacio-
nadas com seu cônjuge, famñia, companhelr'os? Com seu emprego'?
Quantas são criativas? Você prefere executa'-las sozinho ou com ou-
tras pessoas'? Elas são caras? Seus gostos mudaram nestes últ1m'os
três anos'? Gostaria que eles mudassem nos próximos três? Você
realmente faz aquilo que quer fazer?
A IDADE AUVANÇAD'A
Ruth tinha 87 anos e vivia num asilo de vclhos. Era quase ccgu
e mal podia andar. Mas ela não solria lunlo por causa de suas
130 APLICAÇÓES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
Responsabilidade
Exemplo _
Um exemplo surpreendente de recusa aos valores sociais para en-
contrar 0 signiücado do momeuto ocorreu em março de 1938, quan-
do as tropas de Hitler marchmam sobre Viena. Naquela noite. doís
comediantes judeus, Karl Fdr'kas e Fritz Gru"nbaum, embarcaram
num Lrem para a Checoslováquia. Quando o trem, que levava pes-
soas que corriam perigo, chegou à fromeira checa. um oficial decla-
rou quc a fronteira estava fcchada e que cles teriam quc retornar a
(¡l TIAS P1\RI\ A RlePON'\.'Al$ll.ll)/\Í)L 135
valores de seus pais e os de seu marido. Sua dor de cabeça aos do-
mmgos era resultado de um conñito de valores. Ao se dar conta des-
se problema, tomou consciência de que deveria responder ao “senti-
do do momento”, da manem como ela o via. May encomrou a solu-
ção para o seu dilema. m'do conversar tanlo com scus pais como com
seu marido, a respeito do que sentia. Sua enxaqueca desapareceu.
Escolhas Responsáveis
Contudo, todas as coisas que disse gostar de íazcr, você pode lazcr
mesmo pesando 120 k.” Mais tmdc Naomi comentou que cssm pou-
cas lrases a ajudmam mais do que muitos anos de tcrap1'a.
DESCULPAS
Esse exercício dos cinco passos ubrangc Us Irês aspcclos du sua bus-
ca do significado. através da rcsponsabilidadc. () segundo pusso
elímina as áreas onde Você não necesma scnt1'r~.sc rcspons.1"vcl. 0
terceiro passo se concentra nas ar'cas em que você pode Iazer csc0-
lhzxs responsáveis. O quart'o passo localiza sua “'rcsponsa-hubilida-
de" pdr'a com 0 signiticado da siluaçàu
142 APLICAÇÕES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
LOGODRAMA
Suponhamos que a pessoa 1m'portante seja seu pai. Pegue duas ca-
deu'as - uma para você e outra para seu pai invisível - e coloque-as
trente a frente. Sente-se em sua cadeu'a e conte ao seu pai qual é o
seu problema. Troque então de cadeüa e (como se você fosse seu
pai) diga a si mesmo o que você "deve” fazer. Depois torne a voltar
à sua cadeüa e diga ao seu pai quais os meios com que concorda e
quais os meios de que discorda. Com essa mudança pma frente e pa-
ra trás, você logo perceberá quais suas verdadeüas intenções a res-
peito daquilo por que deseja ser responsáveL e pelo que não se sente
responsáveL Algumas vezes surgem soluções “óbvias” que o pa-
ciente não conseguia enxergar, antes de submeter-se ao logodrama.
Jill sempre desejou ser tigurinista. Mas ela se casou quando estava
no segundo ano colegial, e logo teve três t'11'hos, sendo que o menor
esLava com apenas dois meses. Ela amava seu marido e as crianças,
porém se aborrecia por ter de passar 0 tempo todo cuidando deles e
da casa. Recentemente, começou ass¡st1r' a desfiles de moda com
uma amiga, negligenciando o trabalho doméstico, o que ocasionou
conIlitos com seu marid0. Ele dizia que ela não deveria ficar saindo
com as amigas, pois o lugar dela era em casa. Jül argumentou que
(;UI.›\51'AI<AA RLSPUNSÀ-\li|l.ll).\Í)l-. 143
não pretendia cometer o mesmo erro que sua mãe, “que sc matou dc
trabalhar” cuidando da famüia.
0 DIALO'GO SOCRÁTICO
Motivação
ARGUMENTOS LÓGICOS
* Goldcn Rulc - conccito moral - fazer uos oulros 0 quc gosluríamos quc fizessem
a nós. (n.t.)
"'-.v=_«-rf*-' ›~
›,-':_
(il'l.\5 l'¡\|<¡\ A Al IUI RAB'S('l:'\k'I)l;..\'('|.-\ 147
FAWASIAS 0RIEN7ADAS
só RESTA IEWAR
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m mm ergcmmya vam qzz m
pama oz uzz -.zu-'*u.* waún uzn .sc;nl-ma:-' _:.uc rz
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Eskcm z mU - t j.."m-* zmz m yne ur "-',-..z-
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m RAJC szrj .r:" hez .n.."›'”m'z -.r':.* zzimvak
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azt -r“z_r; r›dc:tcw',p y,'. m m mil Ww' gne ar
mZ 272 L:2^-,›. yúmmw m z zam m" : csmm m
ÉKWK
ACHLMVJ 0 DEFAFIO
A 1'IV'IDADES
Uma mulher judia usava uma pulseua teita com os denlínhos de leile
de seus tilhos. “Este é o de Míriam”. dizia ela. "Este 0 de Samuel e
este 0 dc Sarah." Ela guardava um dcnte de cada um dos seus nove
filhos que haviml mom'do num campo dc concenlração. Quando lhe
perguntaram como ela linha comgem de usar um bracelete assim, a
mulher respondeu com sun'plicídade'. "Eu agora sou d1r'et0ra de um
orfanato em Isracl."
VALORES
Quadro 1: Valores
l- Ser rico
2~ Ter amlz'ades duradouras
3- Ter relações sexuais
4- Ter bom nome
5- Deixar boas lembranças após a morte
6- Viver um amor româmico
7- Ser um grande líder
8- Ter saúde
9- Ser um herói ou uma heroína
lO- Ser uma pessoa útil aos outros
ll- Ser tamoso
12- Ser tisicamente tone (homcns) boníta (mulheres)
l3- Ser um gênio intelectual
l4- Ter aventuras e novas experiências
15- Ser teliz
16- Compreendcr o mistério da vida
l7- Satistazer metas religíosas
18- Ter paz de espm"to
l9- Fazer parte de um ambiente social e ser bem aceito
20- Ser portador de uma ídemidade pessoal
Na pr1m'e1ra' coluna, por exemplo, a pnm'e1r'a lm'ha lhe pede que es-
colha emre l e 2; entre ser rico ou ter amigos. Se você considera ter
dm'he1r'o mais 1m'p0rtante do que ter amigos, faça um cu'culo em
volta do número 1,' se os amigos forem mais un'portantes. c1r'cunde o
número 2. Faça essa escolha e essa comparação com todos os pares
de círculos, em todas as colunas. As colunas vão-se tomando mais
curtas porque os mesmos valores já foram previamente corr.parados.
A última coluna consiste de apenas um par (19 - pertencer e ser
aceito dentro de uma classe social, contra 20 - ser ponador de uma
identidade pessoal).
l-18 3-20
l-19
l-20
Educação
Ser rico
Ter amizades duradouras
Ter relações sexuais
Ter bom nome
Deixar boas lembranças após
a morte
Víver um amor romântico
Ser um grande líder
Ter saúde
Ser um herói ou uma hcroína
Scr uma pessoa útü aos outros
Ser famoso
Ser fisicamente forte (homens) bonita
(mulheres)
. Ser um gênio intelectual
Ter aventuras e novas experiências
. Ser feliz
Compreender o mistério da vida
Satisfuer metas religiosas
Ter paz de espm"to
Fazer pane de um ambiente social e ser
bem aceito
Ser portador de uma identidade pessoal
-I I-I-I I -I I
-I -I I I- I
164 APLICAÇÕES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
Essa lista também pode ser usada para dar m'ício ao diálogo socráti-
co. Que o surpreende com relação às suas respostas? Como se sente
quando percebe que em geral, (ou raras vezes) você segue os valores
de seu pai ou mãe? Que geralmeme (ou raramente) segue seus pró-
pn'os valores? Que sua escolha com treqüência (ou quase nunca)
comcide com valores que têm origem extema a você? Você gostan"a
de mudar? Em que' d1r'eção? Que você teria de fazer para que Laís
mudanças 0c0rressem? Que o 1m'pede de fazer essa mudança?
O que é un'ponante para a sua saúde mental não é tanto uma mudan-
ça em sua hierarquia de valores, mas que tome consciência de onde
esses valores lhe chegaram Muita gente passa a vida m'te1r'a carre-
gando desagradáveis e inconscientes “eu dev0”. Esses “eu devo”
cúam sensações de culpa e conñitos que não podem ser superados, a
menos que 0 indivíduo possa vê-los claramente e ser capaz de fazer
algo por eles. Lembrem-se que os conñitos podem, am'da que náo
necessariamente, conduzk a problemas - que dependem de seu po-
der para serem resolvidos. Mas para que isto aconteça você precisa
saber qual a origem de seu conflilo de valores.
Exemícios
___.__-_
_..____
Exercm"o 4
Detenmn'e ar'eas em sua vida nas quais vocé sente satistação, e de-
senhe uma Íigura mostrando como essas ar'eas preenchem o c1r'culo
de sua v1'da.
.
\-'›
~
VALORBS 167
Por exemplo:
Excrcm"5
. Nomeie dois valores que são 1m'p0nantes para você e que sejam
contrad1'to'rios.
. Lembre-se de uma época em que você assumiu uma posição por-
que acreditava nela.
. Lembre-se de algum incidente em que você foi criticado por algo
que disse ou te'z. . Como você se sentiu? Que você fez?
Que qualidades você espera de um amigo?
Que qualidades suas só recentemente você descobriu que tm'ha?
. Cite algumas pessoas que exerceram mñuência sobre você. Quais
as razões que 0 intluenciaram?
. Qual a melhor coisa que aconteceu durante este últ1m'o ano entre
você c um amigo (um mcmbro da família, chefe ou professor)?
VALORES HORIZONTAIS
Cada uma dessas pessoas viveu ccntrada num úníco foco de interes-
se. Cada um correndo o risco de perder esse foco. Quando isso
acomece, a estrutura de valores de cada uma dessas vidas entra em
colapso; e suas vidas passam a ser vazias. Então é difícil para o
VALORES 169
0 SENTIDO NO CASAMENTO
E A VIDA FAMILIAR
Esta lista mútua também pode ser temada entre pais e filhos, entre
1rm'ãos ou entre quaisquer membros da famflia como avós ou tios
que vivam sob o mesmo teto, ou tenham relacionamentos muito che-
gados. Como se sente um filho se ele não é compreendido ou não é
“muito bem” compreendido? De que maneüa a avó interpreta o pa-
pel dela dentro de um lar?
Elez (falando pela esposa) Sinto muito que você tenha que Lrabalhar
até tão taIde. Gostan'a de poder passar mais tempo com você.
Elez (mudando de novo de cadeka c falmdo por si mesmo) Eu um-
bém gostaria de ficar mais tempo com você. Mas não me m'co-
modo de fazer horas extras, pois é em tunção delas que tcremos
condições de passar umas férias juntos.
Elez (tr0cando outra vcz de cadelr'a e falmdo por ela) Fico contcme
com isso, querid0. As 1e*'n'as signilícam muito para mm'1.
Ela: (falando por si mesma) Férias realmcnte significwl muito pma
mim. Concordo que se você não Lrathasse tdn'to não teríamos
oportunidade de gozar esse descanso.
Elez O caso com Susan foí uma exceçào. Você saiu de férias por sua
conta e eu me sentia muito solitar1"o.
Ela: Eu sei o que você quer d12'er. Foi o que me aconteceu com o
Harry. Fiquei tamas noites sozmh'a...
On'entador: Que vocês poderiam fazer para que as coisas deste tipo
não voltassem a acontecer no futuro? Quais as possibüi~
dades que vocês enxergamí7
Elez Bem, se isso é tudo que voce se lcmbra... Uma vez por ano não
faz mal torcer as coisas, taz'? (Eles nram')
0 JOGO DO QUAMESI *
0 DIALO'G0 DE AUTO-A.IUDA
Uma jovem mãe, por exemplo, lem uma tunção rclativamente ampla,
em razão de seus filhos e das cn'anças pequenas. Sc ela buscar a
realização pessoal através de uma camu'a ou de atividades sociais,
um distanciamento funcional poderá 0c0rrer. O dislanciamento po-
derá ser preenchido por outra pessoa, como uma avó que viva com a
família. Quando as crianças crescen1, a função matema du'ninui. Sc
ela continuar a exercer o papel de proletora como nos pn'mcu'os
anos, e tratar seus filhos como se eles ainda tossem bebês. 0 alrito
funcional poderá acontecer.
ESCULTURAS
|l y
›'
wL1830SL¡N'l"lD0NOCASAMENHJL"AVll)AFz\\¡1lLlARameaçador,naposiçãodeumurso,ouisolado-talveznemíazcndopartedogrupo.Amãepodeestmabraçand0,pregandoumsermãocomodedoemristeoulapandoosouvidoscomasmãos.Oum'ãopodesermoldadocomoarrogante,ea1rm'ãmostrandoalínguanumaexpressãodeinsolenterebeldia.CadamembrodaÍamíliatemsuavezdeser“escultor”ea1am'liatodadeveconcordaremsegu1r'asinstruçõesdo“an'ista”sobreasposeseexpressõesfaciaisqueeleinventar.0quadroiráentãomos-trmcomocadamembroenxergaafamíliaeosrelacionamemos-asduplas,osLrian^gulos,asalianças,osisolamentos,oscontlitos,asprovocaço'es,osdesafios,osmedosedependências.Depoisquccadaparticipante“esculpiu”osmembrosfanlilimes.ca-daqualéentãosolicitadoaformarumsegundomranjodcesculturasquemostrecomocadapessoagostariadeversuafamüia.Depoisquetodaafamíliatomouconhecnn'entodecomoévistapelosparti-cipantesedecomogoslariamquefosseorcmcionamentoenLreeles.entãoaperguntabásicaénovamenteformulada:Qualseria0pn'mei-ropassoaserdadoparaqueaatualsituaçãopudesscserrevertida?Nestemomentoaautotranscendêndaétrazidaparaojogo.Asper-guntassãozquepoderiamosmembrosdafamíliafazerparaencurtarosdistanc1°amentos,edequeelesestariamdispostosaabrirmãopamevitarosatritos?Quemestan"apreparado,paraobemdosdcmais.amudarseucomportament0?AesculturapoderomperumCírculovi-cíosoqueestavasufocandoafamflia,eumnovociclopodcscrco-meçado.Aesculturapodetomarmaisíácilparaosparticipmtesconversaremunscomosoutros-nãosóatravésdcsuasprópriasperspectivas,masatravésdeumavisãomaisobjetivaealécomhumor.
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184 APLICAÇÓES PRÁTICAS DA LOGOTERAPIA
A FOLHA DE JORNAL
Uma tolha de jomal, bastante grande para que duas pessoas caibam
ncla, é colocada no cha'o. Pede-se, emão, a duas pessoas que se
aproxun'em da tolha, vindo de d1r'eçõcs opostas, e se coloquem sobre
ela. A maneüa que elas respondem dá algumas idéias de como “se
semem uma em relação à oqua”.
GRUPOS DE COMPARTILHAMENTO
Determinações gerais
RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS
PELOS MEMBROS DO GRUPO
Exemplos
vagabundo. Mas agora vejo que é uma boa cn°atura. Você ama os
amma'is. Espero que um dia encontre alguém, talvez uma garota, a
quem aprenderá a amar.”
Sue falou em voz alta, dizendo ao grupo como ela se sentiaz “Há
anos que desejo engravidar, e por alguma razão não consigo.”
A Sessão de Abertura
Cada pessoa repete o que seu antecessor disse. Esse “jogo” de-
monstra a m'terdependência que se torma entre eles e os motiva a
ouv1r'em com atenção o que foi dito.
Nos pn'rne¡r'os dez minutos “A” ouve “B”, e nos outros dez minutos
“B” ouve “A”. Depois todos se reúnem em c1r'culo e relatam o que
foi conversado entre as duplas. “A” relata o que “B” disse, e “B"
GRUPOS DE COMPARTILHAMENFO 195
ELABORANDO LISTAS
Pede-se aos pmicipantes que façam duas listasz uma com as coisas
que eles gostam em si mesmos, e outra com as' que não gostam. O
196 APLICAÇÓES PRÁTICAS DA LOGO'l'ERAPIA
LOGODRAMA
Por exemploz Jack está tendo um problema com seu irmão que vive
causando encrencas e depois, com muito jeit0, manobra a situação e
a culpa acaba recaindo sobre Jack
Excmplo
Clube 4. A tia de Vema - irmã de sua mãe - queria que cha fosse
morar com'ela na cidade. Vema e os membros do grupo enccnaram
um logodrama sobre essa situação.
0 EFEITO FEEDBACK
ter sido a pior coisa que já lhe aconteccu - c ao Ler encomrado sua
Igreja - que você disse lcr sido a mclhor coisa que lhc aconlcceu.
Que existe de comum entre as duas?" Após alguns momentos de rc-
tlexão, ele respondeuz “Creio que am'bos me tizeram crcscer.”
Grupos de Desreflexão
l
Jcsus como Consclhciro N.T.).
0 SENTIDO No CASAMENTO E A va FAMlLlAR 203
No verão passado ela havia 1ido uma briga, pelo teletone, com seu
namorado. Mais tarde ela resolveu 1r' à casa dele para censura'-lo se-
veramentc. Porém, durame o percurso, ela viu um gato morto na rua.
lsso 1ê-la pensar no quanto é cuna a vida, e ela se deu conta de quc
não queria perder mlomentos preciosos, brigando por m'vialidades.
Ao chegar à casa do namorado, seu estado de espírito era outr0. Em
vez de brigarem novamente e se separar, eles se reconciliaram Esse
Ioi o episódio que veio a sua mente, assun' que ouviu as palavras
“o u'lnm'o verão”.
Grupos de Meditação
Concluindo os Exercícios
ENCONTRANDO O
TODOS 0 S
Introdução à Logoterapia
. Nossa Hierarquia de Valores 4
O Tratamento das Tensões
As Mudanças Signiücativas na Vida D1'dn"'a
Como Lidar com as Crises
Como _Lidar com a Falta de Signiticado
. Como Lidar com a Depressao~
. Que Você Aprendeu para pôr em Prática na Vida Dian"a?
wxlçnshabmw r
Exemploz A sra. B., uma mulher límida que estava tendo problemas
em seu casamento, disse quc gostaría de ser mais amorosa, melhor
esposa e melhor mãe. Embora ela ficasse repisando todas cssas af1r'-
maçôes, na verdade não estava interessada em fazer mudanças reais.
Quando lhe pedi que fosse mais específica, ela disse que gostaria de
ser mais compreensiva com seu maúdo e sentir-se mais próxun'a das
cn'anças. Como ainda não estava sendo bastante específica, eu lhe
pergumeiz "Que a senhora fez durante 0 u'ltm'10 mês, que dcmonstra
que a senhora nâo é o tipo de esposa que quer ser, nem a mãe que
quer ser e. o mais importante de tudo, nem o tipo de pessoa que quer
ser?"
0 grupo deu lratos à bola pma buscm uma soluçào quc quebrasse
esse ritual nolumo. Todas as mulhcrcs deram sugcstões sobre o quc
tariam se estivessem na mesma situaçãa
“Se ele tosse meu marid0". dissc uma delas, "eu lcvantuúa da Ca-
ma, senlaria ao lado dele para assistü à telcvisão até que elc sc seu-
tisse suticientememe relaxado pma dcitar-sc".
A sra. B achou quc esta ulividadc não tinha muilo senlido, mas m-
solveu tentar durantc lrês vezcs. Quando ela retomou ao grupo na
semana seguinle. era uma mulher completamemc modilicada. Ela
havia leito o quc uma das participantcs sugcriu. E como mãc. fez
ainda mais - três vezc-s, na úllima scmanzL cla abraçma loncmcnte
seus dois tilhos, ames de eles 1r'em à escola. Ela havia. agora. expe~
rimentado dois padrões de comportamento dilerentcs. “L"u realmente
me semi carinhosa na última semana". disse ela. A mudança quc se
operou em seu semblanle cra de tato evidente.
Psicológica Noética
Liçao' de Casa'
Lição de Casa
Esacs lcsles furum cluborudos pclo logolcrnpcum Jamcs C. Crumbaugh e podcm scr
oblídoa no lnstitulo dc Logotcmpia, P.O. Box 2852, Saraloga. Califómia 95070 -
USA (0 teslc com munual por USIS4.0(); 25 cópias dn tcstc scm manuaL US$4.75.)
L5NCONTRAND0 0 SIUNIFICADO TODOS OS l)l¡\S 219
Uçao'chasa
Liçao' dc Casa
Outro caminho seria “ag1r' como se” - como sc cle tosse a pcssoa
que gostaria de ser. lsso funciona quando o conllito está entrc 0 que
queremos ser (e no íntimo acreditmos que podwnos ser) e o padrão
de componamento que v1m'os adotwdo há muitos anos. Com peque-
nos passos e, no início, em siluações seguras, começmxos a agü co-
mo se fôssemos a pessoa que queremos ser. Essa atitude “como se"
pode ser praticada demro da reunião, ames de ser tenlada no am-
biente exlerior. (Ver Apêndice B).
lA'çao'de(,asa'
Liçao' de(,asa'
Finju scr ulguém muito chcgado u vocô. Como sc você lossc cssa
pessoa, escrcva umu c.u1'u a um umigo ou pwcnlc cm comum. com-
lando que você morrcu. Dcscrcvu na curta, quc tipu dc pcssoa vocé
10i. o que cra unportanle cm voccÀ u diícrcngu quc mrá ao mundo
o talo dc você tcr morrido c o que mais valc u pcnu lcmbrur u scu
respeito.
226 APLKÍALÚliS PRÁHCAS l).›\ L.()(¡()'l~líl<¡\Pl/\
A depressão que tem origem tísica pode ser atenuada. senão curada,
por medicamemos. A depressão que tem origem memal podc ser mi-
norada através da psicoterapia. Os indivíduos portadores de depres-
sões severas devem ser encaminhados a psiquiatras. princípalmente
àqueles que levam em consideração a dimensão do cspírito humano.
Os logoterapeutas podem trabalhar com psiquiatras e psicoterapeutas
Lradiconais. para ajudar pacientes deprimidos. Os logoterapeutas po-
dem utilizar o método dos quatro passos. desenvolvido por Elisabeth
LuKas.
Exercício
Dentro do gmpo. cada pessoa pnde tazcr uma lista. e todos colabo~
ram dando palpites - então os panicipames podem adotm idéias ti-
radas da lista de seus companheu'os.
Lição de casa
Excmplo
0 MÉTODO “AGlR-COM0-SE"
\
Um passeio sozinho é uma boa maneüa de dar o primexr'0 passo. A
medida que Ior camínhando, você deve pensar, sent1r' e agir, por
cinco minutos, Como se você fosse aquela pessoa segura e autocon-
Iiante que sempre quis ser; uma pessoa que fosse bem~sucedida em
qualquer coisa que tentasse. embora amda não tenha decidido ou
pensado em tentar algo. De que ma_ne1r'a essa pessoa andaria? Como
seria sua postura ao camm'har'? Balançando os braços, ou assobian-
d0? Olhando pma 0 cha'0, ou com a cabeça erguida? Nesses Cinco
mínutos, porte'-se como você imagina que essa pessoa se ponaria.
As chances são de que você dará esse pn'me1r'o passo sem nenhum
problema. na pn'me1r'a vez que tentar, e estará pronto para dar o
m112mno-',\<¡H<.u›x.1<›.s1;“ 35
IU
segundo passo no dia scguintc. Comudo, se por qualqucr motivu vo-
Lssoa
cê não se sentü scguro ou à vomadc. rcpila esse primeüo passo nu
próximo dia. e tantas vezes quantas íorcm ncccssárias, alé que sinla
f1rm'eza.
Quando liver conseguido conlrolar Com succsso essc pusso. terá al-
Cançado o que se propós lazcrz terá aprendido a acrediwr cm sí pr0'-
prio ao interagir Com os oulros. c podcrá lunçur mão dcssu autocon~
íiança para estabclecer novos relacionanmnlos.
repeti-lo pelo menos uma vez, para certificar-se de que seu senti-
mento scrá correto. Provavelmemç. em situações futuras. você 1r'á se
dclromm com C1r'cunslâncias que enfraquecerão sua aulo~est1m'a;
quando isto acomecen terá que rever e até repetü esta série inteüa
de passos.
Quando você era pequeno, a quem recorria nos momentos mais dití-
ceis? ......... . . ...... . ...........................
Por quê? . . . ......... . ............................ . .
Quando você era pequeno. sobre 0 que sua famñia costumava con-
versarquando sesenlavamàmesa?
Qual' o pnm'e1r'o passo que dan"a pma tentm melhorar sua vida?
LEILÃO DE VALORES
l. Umbomcasamento
2. Liberdade para Iazer o que
você quiser
3. Poder de exercer domínio so-
bre os outros
244 APLICAÇÓ~L'SPR.›\"1*ICAS DA LOGOTERAPIA
tude positiva
Uma famñia txeliz
Reconhecimcnto do seu valor
Uma vida longa e feliz
.~o.° .\l
AUTO-ESTIMA
Que mmha' famíha' dese_¡a' quc eu se_¡a'? (P0de dar uma resposta sepa-
rada para cada membro da tamflia)
Qualsena'mcupnmcuo"passo?
5
Í Qmeupossotazerpamnanspormeus obstac'ulos?
+
3
Í
APENDICE F
TESTE (0DV) *
l. ls"lou gcmlmcnlc:
l
IJ
4 5 6 7
u
Iolznlmcnlc
cnlcdiado unimudo
nculro
cnlusiasmndo
2. A vida mc pamoc:
7 6 5 4
3 2 I
scmprc
cxcitunlc complcla
nculro
rolinu
l Tcnho nn villaz
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l ohpquoscmm
5
ncnhum ohjcm U nlnbcm
ÍBUEO
ou unscm
5. Cada dh é: l
7
IQ
scmrxc
consmnlcmcnlc
nmo c difurcntc
mulm ígual
6. Sc pudlmc mmlhcn alz 7 7
l ..
gmmnh dc lcrnms
prc fcrcria novc vianigmmSa
ÍBUIID
nuncu CSÍZJ
tcr nascido
I
rcpkm de
\'aziu, c.\ccu› pclo
TDUUU dlMIÀ'1IS'l'K)
dcscspcm
dc nwlcxr'u algunm
mlcu muilo a
IWITU vnlcu a pcnu
pcnu
ll.Quzndopcnscwmn1ulllaq'vida,¡:u:3
l ... 7
scmpxc dcscubm
inmg1'nu, com
ncutm umu mzzb pnm csmr
Írcqüêncim por
aq'ui nnxw munnk>
quc scrá quc cu
cxislo.'
l4. l)c aoonio com a lihcnladc do homcm dc Íalcr uoolhas, cmio quc o homcm éz
7 (| í 4 3 7 l
uhsolulumcnlc lumlmcnlc
livrc pam luLcr llCllllU dcpcndcntc du›
c>collm cm suu limiluçócs da hcrc-
vidu dnmricdudc c
mcio amblcnlc
IQ
Lú
cm minhua mãm foru dc minhu
c pusso conlro- nculru màos c conlmludu
lá-lu por fulorca
cxtcrnos
20. Eu dcsoobñz
7 4 l
ncnhumn missão metus bcm dcñ~
ou propósilo na nculro nidn c um pro-
vída pósilo dc vidu
wlisfmóriu
2. Já tivc a scnsaçao' dc quc uilou dcsúnado a almnw algo imponanlc, mas nao~ consigo
aunar cxalamcnlc oom o quc
l 2 3 J 9 0 7
Nuncu Kurunlcnlc ()ç;mn- ¡\lgunm› üml Cmn Cunslaur
nulmcnlc x ulcx Iruliiôncm nmitu lcmcnlc
|rcqu"i^ncin
3. Tcmci novas alividadcs ou acas" dc inlcrcwug mas clas logo pcrdcram 0 alnlivm
7 (› 5 4 3 2 I
Conlunlw Com Cum Algumns ()c.'¡.sm- Rurmncnlc Nuncu
mcnlc muíla lrcqu"c.^'m;1.'1 \c¡c› nulmcnlc
lrcqüônuu
4. S'm'lo quc algum clcmcnlo, quc nao~ poso dcñmr'. cslá fallando an mmln' vida:
l ñ 3 4 S 6 7
Nunu R.1'rumcnlc Oc.1'›io- Al gumas Com Cum Conslan-
nulmcnlc vczca Írcqüência muiw lemcnlc
frcqüência
5. Sou impacicnlc:
7 6 5 4 3 2
Conslam Com Com AIgumus Ocasio- Ruramente Nunca
lcmcnlc mui la frcqüênciu VL'1.L'.S nnlmcnle
frcqüénciu
l4.Anlcsdcaun'gu'ummcla,conncmbuscadcouut
l 2 3 4 5 Ó 7
Nuncu Rurumcnlc Ucusw- Algumus Com _ Cum Conslnn~
nulmcmc \c/c\, trcqüêncm muilu lcmcnle
frcq u"ênc1a
16. Dummc lnda a minlm vida, scmj um fonc apclo pam dcsoobñr qucm sou cuz
l “ 3 4 5 (› 7
Nuncu Rurumcnlc Ucumm Algunm Cum Com Cunslun -
nulmcnlc xc1cs. lrcqüênuu munlu lcmcnlc
lrcqüêncxu
l7. Dc vcz un quzndo pcnso lcr dcsamcrln o quc procurava na vida, porém mms' htdc
csc pcnnmcnlo dmapazuxx
l 7 3 4 D () 7
Nuncu Kammcmc 0cusm- Algunm ('om Cnm Cunslum
nulmcnlc wIcs lrcqüénuu munu lcmcntc
lrcq üênc l.'l
18. Tcnho csudo- bcm oonscicmc dc um pmpósilo ñrmc pam 0 qual mmha' vida Íoi
dimcionada:
7 h í 4 3 ') l
('0n.slun- ('om ('nm x\lgumus ()cu.s|u- Rurumcntc Nuncu
lcmcntc muilu lrcqüünuu \ 'L/c.\ nulmcnlc
lrcqüônuu
20'. Tcnho scnúdo a dclcnnmaço" dc alançar algo quc atcp alún do comumz
7 6 5 4 3 2 l
('omlun- Com Com A l gumas Ocusio~ Ruramcnlc Nuncu
lcmcmc muitu lrcqüência vucs nalmente
írcqüênciu
ESCALA DE AVALIAÇÃO
NO REAJUSTAMENTO SOCIAL
Cada íato quc vivenciamos pode ser avaliado dentro das "unidudcs
de crises exislenciais". 0 quadro abuixo cspecitica esscs Iutos,
classiíica-os numa escala dc l a 43 c estabelece um valor a cadu um
deles.
Evento Unidadcs
z
no
dc cm
emmm
Éàâà
13 Problemas sexuaís
14 Nascimenlo de um tilho 39
15 Modificação nos negócios 39
16 Mudança no status tinanceüo 38
l7 Morte de um amigo íntimo 37
18 Mudança de rmo no trabalho 36
19 Moditicação na quantidade de discussões com cônjuge 35
20 Hipoteca acima de US$25.000 31
21 Execução de hipoleca ou empréstlmo 30
22 Mudança de responsabilidade no trabalho 29
23 Filho ou filha saíndo de casa ' 29
24 Problcmas com parentes por atinidade 29
25 Realizações pessoais em evidência 28
26 Esposa começa ou pdr"a de trabalhar 26
27 lnício ou término de estudos 26
28 Mudança nas condições de vida 25
29 Revisão nos hábitos pessoais 24
líVCALA 1)L:A\'AI.1AÇA'0 NO RL~AJL'STA1\IL¡K\"I'O SOCIAL 259
AbriL 1988
Bibliografia