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Universidade de Montemorelos

Faculdade de Teologia

PARTICIPAÇÃO NOS CONFLITOS ARMADOS


E SERVIÇOS MILITARES

Trabalho
Apresentado em cumprimento parcial
dos requisitos de cadeira de
Dilemas Éticos

Por
Edvaldo Mussungo Bande

Bongo, 29 de Setembro de 2023


INTRODUÇÃO
Em diferentes lugares do mundo, a guerra acontece como no Iraque, na Ucrânia,

na Africa. Tais guerras desemboncam em uma acalorada discussão em relação ao

posiciomamento adotado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia no que diz respeito a

esse tema, sobre qual deveria ser a relação dos membros com a guerra. Existe ainda uma

outra discussão que tem a ver com a participação de membros em serviços militares.

Diante de tudo isso, alguns argumentam que não há indicações de que a Igreja

Adventista do Sétimo Dia desaprove o serviço militar em qualquer de suas funções.

Outros ainda endossam que não se refere a postura adventista perante o serviço militar,

pois o estado actual é de incerteza. Essas questões geram um grande debate entre líderes

e membros, e seu clarecimento é de grande importância.

A presente investigação visa primariamente apresentar o que a Bíblia diz em

relação as guerras e um resplade sobre participação militar. Seguidamente uma revisão

das declarações da igreja em relação esse tema. Finalmente, uma analise sobre o

conceito de objectores concênciosos.


PARTICIPAÇÃO NOS CONFLITOS ARMADOS E SERVIÇOS MILITARES

Conflitos Armados e a Bíblia


A visão bíblica da guerra nos apresenta uma compreensão complexa, tornando

esse tema diferenciado em toda Bíblia, e uma questão díficil de ser analisada. Iremos

primeiramente fazer uma análise apartir do Antigo Testamento, seguidamente iremos ao

Novo Testamento e assim teremos uma visão clara sobre o que a Bíblia ensina em

relação aos conflitos armados e a participação dos cristãos em neste conflitos ou em

serviços militares.

Prespectiva do Antigo Testamento

Quando lemos alguns textos no Antigo Testamento, podemos observar

diferentes relatos de guerras em que Israel esteve envolvido contra outras nações.

Vários foram os motivos que causaram a ocorrência dessas guerras, este motivos podem

ser classificados como motivos de expansão de territórios, contra ataques de inimigos.

Algo interessante podemos notar quando se faz um estudo dessa temática no Antigo

Testamento, é que nem todas as guerras realizadas nessa época foram sanciodas por

Deus. Surgem aqui algumas indagações, é Deus a favor das guerras? Existem guerras

santas? Toda guerra é justa?

Pode-se analisar aqui Deuteronômio 20:1-4, neste texto encontramos as

orientações de Deus em relação a participção de Israel em guerras contra seus inimigos.

O povo de Israel não precisava temer, pois o Senhor os prometeu que estaria com eles e

que lhes daria victória, a victória estava garantida quando Israel fosse lutar contra eles.

Neste texto também se pode encontrar de forma clara o estabelecimento de

regras que deveriam ser obedecidas em meio ao conflito. Nos versos 10-15, Deus

orientou seu povo a pouparem as mulheres, as crianças, e os animais durante a guerra.


Deus mostrou que seu povo deveria ser misericordioso, no momento do ataque, os

israelitas não deveriam atacar um exercito inimigo ser antes dar um termo de paz, neste

sentido, se o inimigo se rendesse e aceitasse os termos de paz, então Israel não deveria

atacar e os poupariam.

Uma nota crítica nas opiniões de vários autores, que afirmam o facto de que as

guerras no Antigo Testamento eram muito violentas, sem misericórdia e de extrema

dureza. Como o caso de Primeiro de Samuel 15:3, onde Deus manda Saul atacar

Amalaque e matar homens, mulheres, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas,

camelos e jumentos. Aqui temos uma aparente contradição, em Deuteronômio Deus

manda poupar, mas em Samuel, Deus manda matar todos.

Perspectiva do Novo Testamento

O Novo Testamento traz uma abordagem em termo de aplicação, diferente do

Antigo Testamento. Nos ensinamentos de Jesus aos seus seguidores, Jesus ensinou a

amarem seus inimigos e virar a outra face quando fossem ofendidos, no sentido de não

retribuir o mal contra o mal. Assim ficou claro que para os primeiros cristãos,

acreditavam que a guerra era incompátivel com aquilo que Jesus ensinou que os cristãos

não deveriam participar em guerras.

Os primeiros cristãos eram agentes pacificadores e acreditavam erra um grande

erro matar alguém, tendo em vista o cumprimento da lei de Deus que condena matar.

Assim para os primeiros cristãos na era primitiva não se poderia matar alguém, nem

mesmo por questões de legítima defesa.1

1
Organizadores. Respostas Bíblicas. 2014. http://respostasbiblicas.com.br (acesso em 09
de Setembro de 2023).
Compreensão Geral da Bíblia

Tendo feito uma análise do contexto do Antigo Testamento e Novo Testamento,

pode se ter agora uma visão geral do que a Bíblia ensian sobre a guerrra. Em primeiro

lugar, vale lembrar que Deus é amor, e sendo amor, Ele nunca irá contra seu caractér, o

caractér de Deus não é e nunca deve ser questionado, antes de tudo, Ele o fez conhecido

ao homem, para que esse pudesse desfrutar desse grande amor.

Mas parece que o Antigo Testamento mostra um Deus rude, vingativo, um Deus

que não se importa com suas criatiras, no sentido de lhes oferecer uma oportunidade de

graça. Diferente do que se pode ver no Novo Testamento, parece que o Deus do Novo

Testamento é mais misericordioso, amoroso, generoso com suas criaturas. Então aqui

fica uma grande e aparente contradição daquilo que o evangelho ensina, o Deus do

Antigo Testamento manda matar, e o no Novo Testamento é o Deus que ensina a paz.

O texto de Deuterônomio 20:1-15 e I Samuel 15:3 aparenta ser uma grande

contradição. O Doutor Rodrigo Silva, teólogo e arqueólogo afrima que não existe

nenhuma contradição neste dois textos, o que realmente acontece aqui é que o primeiro

texto traz a clara orientação de Deus de como deveria os seus filhos os Israelitas se

proceder em momento de guerras2.

Em primeiro lugar, deve-se analisar o motivo da guerra, a guerra que Israel

participava não eram no sentido de ocupar territórios como finalidade de expansão do

Reino a belprazer, eram orientações do próprio Deus em relação o comportamento dos

povos pagãos, aqueles que por sua vez negavam as orientações de Deus e viviam

2
Costa, Jhenifer. Advenstista.Org. 06 de Novembro de 2016. httpp//adventista.com.org
(acesso em 09 de Setembro de 2023).
dissolutamente em uma vida completa de pecado, Deus não poderia permittir que tal

mal se perpetuasse, então o Senhor usou o próprio povo de Israel para ser seu

instrumento para punir todos os que negligentemente não atenderam os reclamos

divinos.

Agora, a questão porque Deus teve que agir dessa forma, fica mais clara quando

se entende que Deus é pedagógico e tem instrumentos apropriados para executar os seus

julgamentos. Em Génesis 6 temos a acção de Deus anunciado seu desejo de destruir a

terra com um dilúvio, tal medida foi necessária pois foi a resposta mais direita possível

para esse mal. No Novo Testamento, não temos outro Deus, é o mesmo como uma

maneira de atuação diferente em função do comporto não tão violento como no mundo

do Antigo Testamento.

O texto de I Samuel 15:3 segundo o Doutor Rodrigo Silva, tratasse de uma

hiperbóle usada pelo autor do texto. Deus mandou matar, não é pecado para Deus o acto

de matar, Ele é o dono da vida, a vida pertence a ele, pode dar e tirar conforme seu

querer, esse direito no entanto não pertence ao homem. Então o problema aqui pode ser

o facto de se mandar matar até crianças, como já se disse a cima, tratasse de uma

hiperbóle onde o autor do texto simplesmente queria dizer que a destruição seria tão

grande como se não tivesse sobrevivente, mas Deus não mandou matar crianças.3

A Bíblia nos dá uma visão geral da guerra e da participação em serviços

militares. O ideial de Deus é que haja guerras, não se pratique aquilo que poderá perigar

a vida, a vida é um bem precioso diante de Deus e do ser humano e tudo deve ser feito

para que a mesma seja preservada. Os actos de guerras que se vivem hoje em nossa

3
Costa, Jhenifer. Advenstista.Org. 06 de Novembro de 2016. httpp//adventista.com.org
(acesso em 09 de Setembro de 2023).
actualidade não deve têm apoio bíblico para que tais aconteça, tudo tem sido motivado

muitas vezes por ganância humana.

A paz de Cristo é a solução para o fim das guerras neste mundo de pecado, a

Bíblia está em oposição a qualquer tipo de agressão, maldades, violenças, mortes e

destruições, e e-nos apresentado Cristo como o caminho pelo qual devemos trilhar, pois

é o caminho qu enos leva a paz. Diante de todo esse cenário em que o mundo actal vive,

os filhos de Deus tem a esperança de que Cristo retornará e dará fim as guerras.

A Posição da Igreja sobre Conflitos Armados

A declaração da Igreja sobre a Paz postulado em 27 de Junho de 1985 começa

dizendo que os seres humanos desenvolveram meios tecnológicos sufisticados para a

sua própria destruição, este meios estão se tornando cada vez mais eficientes e

eperfeiçoados. Contudo tais meios servem infelizmente, para desimar vidas.4

Todo tipo de conflito ou guerra que se pode verificar em qualquer país ou entre

paises, não se pode considerar um conflito de justa causa. Segundo a Declaração de Paz,

como crentes e estudantes da Bíblia cremos que a guerra é resultado do pecado. Desde o

momento em que o homem caiu no pecado, a situação de guerra é uma realidade diante

a existência humana5.

As nações do mundo inteiro gastam grandes somas de dinheiros, com um único

próposito, que consiste na criação de grandes arsenais bélicos, suficientes para destruir

4
Dia, Conferencia Geral dos Adventistas do Sétimo. Declarações da Igreja. São Paulo,
Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.

5
Dia, Conferencia Geral dos Adventistas do Sétimo. Declarações da Igreja. São Paulo,
Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.
cidades e devastar vidas. Milhões de homens, mulheres e crianças, sofrem e morrem em

guerras e convulsões civis. Muitas vezes, a paz que tanto se pronuncia como resultado

desses conflitos, muitas vezes é díficil de se verificar. Do contrário, pobreza e miséria

tomam conta das pessoas, chegando a morrem mais por esse males.

Diante destas situações agitadas, a Igreja Adventista insta que cada nação deve

sempre pautar pela paz e não pela guerra. Afirma ainda que os homens e mulheres

foram as criadas de Deus para sua glória e honra, e que foram chamados para amarem-

se uns aos outros e para o cuidado do meio ambiente em que estão inseridos.6

Assim como consta no conselho do Salvador a bem-aventuranç, aos

pacificadores, como igreja cristã devemos trabalhar sempre pela paz, enquanto Cristo

não voltar neste mundo. A esperança da segunda vinda, deve nos motivar a promover

uma mensagem firme, não no alheio e nem deve trazer um vácuo na sociedade. A nossa

esperança deve ser trazida as familias humanas com um extrema e profunda

preocupação em relação o bem estar das pessoas.

A Declaração de Paz termina dizendo que este é um mundo cheio de ódio,

contenda e um mundo de guerras ideológicas e de conflitos militares, e sendo

adventistas devemos ser identificados como pacificadores e promotores da justiça e da

paz mundial, tendo Cristo como cabeça de uma humanidade restuarada.7

Em segundo lugar temos a Declaração de Guerra, divulgada em 18 de Abril de

2002, afirma que as igrejas não devem ser apenas conhecidas como instituições que

6
Dia, Conferencia Geral dos Adventistas do Sétimo. Declarações da Igreja. São Paulo,
Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.

7
Dia, Conferencia Geral dos Adventistas do Sétimo. Declarações da Igreja. São Paulo,
Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.
somente contribuem em questões espirituais. Precisamos entender que é fundamental

como igreja cuidar e contribuir nas questões espirituais, mas também devemos actuar

para manter a qualidade de vida. Essa actuação quando em conflitos de guerra, a

posição da igreja será sempre a pacificação social, nesse aspecto se inclui, manter a

qualidade de vida.

A mesma declaração afirma que os cristãos devem ser pessoas de boa vontade

ao redor ao mundo, neste sentido, ser uma pessoa de boa vontade é quem desempenha

um papel activo em promover e sustentar a paz, e sendo, portanto, parte da solução em

vez do problema.8

Como vimos nas declarações a cima, a igreja adventista apresenta uma posição

clara e expressiva em relação aos conflitos armados, pelo que vimos até o momento, a

igreja não é a favor das guerras, não considera uma guerra justa nem aceita como um

meio para resolução de conflitos. Consideremos ainda outras declarações relacionadas.

A Declaração de guerra no Congo publicada em 02 de Dezembro de 2008

declara que a igreja está preocupada no compromisso em participar da resposta

humanitária. Por essa razão, a igreja convocou a todos os envolvidos na situação de

guerra no Congo em 2008, a responder com simpatia, tendo em vista o ideal de que

Deus, nos convoca a aliviar o sofrimento e a miséria da humanidade.9 Assim a igreja,

cumprindo esse papel, demonstrar estar em harmonia com a vontade de Deus, de aliviar

o sofrimento da humanidade, tendo a igreja na terra, sua representante, deve fazer esse

8
Dia, Conferencia Geral dos Adventistas do Sétimo. Declarações da Igreja. São Paulo,
Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.

9
Dia, Conferencia Geral dos Adventistas do Sétimo. Declarações da Igreja. São Paulo,
Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.
trabalho com toda fidelidade e mostrar ao mundo o grande amor de Cristo que não

limita em lidar com as situações espirituais apenas, mas também as situações sociais

que assolam a humanidade.

Declaração da Igreja sobre Participação Militar

Quanto a participação em serviços militares, não encontrei um documento onde

a igreja se posiciona direitamente. No entanto, vale destacar aqui a declaração sobre a

Relação entre a Igreja e o Estado, publicada em Março de 2002. Tal declaração contém

orientações bastantes pertinentes sobre como o cristão deve se envolver em situações de

serviço militar.

Esta declaração começa dizer que a Igreja Adventista tem buscado, desde os

seus primórdios, seguir o exemplo de Cristo, quando defende a liberdade de consciência

como parte integral de sua missão evangélica.10 Como temos verificado, a igreja tem

crescido de maneira exponencial, e a medida que se verifica esse crescimento, também

se tem verificado a necessidade da igreja declarar um documento que manifesta a

posição da igreja quanto essa questão.

Sobre a participação em funções civis, e nesta senda estou fazendo um

enquadramento para o assunto em questão, pois se trata de um tema dessa natureza, a

declarção da igreja apresenta que no plano central da mensagem adventista, vamos

localizar a crença e permanente que assegura a liberdade de consciência sendo precisa e

ser garantida a todos.11

10
Dia, Conferencia Geral dos Adventistas do Sétimo. Declarações da Igreja. São Paulo,
Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.

11
Dia, Conferencia Geral dos Adventistas do Sétimo. Declarações da Igreja. São Paulo,
Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.
Por essa razão, a igreja respeita o Estado e apoia as decisões e instituições do

Estado, porém tal obediência não escusa a consciênca cristã que afirma no caso em que

as leis do Estado entram em conflito com as leis de Deus, o conselho bíblico é servir a

Deus e não aos homens.

Quanto ao exercício de cargos civis, a mesma declaração afirma que José

exerceu o poder civil no Egito, assim como Daniel na Babilônia e outros, e todas as

nações em que esses homens trabalharam, foram abençoadas e prosperaram por meio de

suas influência. Porém diante desses exemplos concretos, nem sempre a influência

religiosa teve resultados de desenvolvimento na sociedade. Isso é frequente em paises

onde é visível perseguições religiosas.

Esta mesma declaração é clara em afirmar que adventisas podem exercer cargos

civis, entretanto deve-se evitar interferência nos assuntos distintos e estar sempre atento

acerca desses perigos. Quando um adventista chega a servir em tais cargos, é necessário

ser uma grande influencia do bem e elevar os mais altos padrões da fé de maniera

coerente como regra áurea.

Objectores de Consciência

A Igreja Adventista do Sétimo Dia como organização tem o princípio da não

combatencia, porém tal posicionamento dá uma margem para que o membro em

situação de serviço militar possa agir de livre consciência, sem no entanto violar a lei de

Deus. Em situação que coloca o membro numa escolha entre Deus ou o Estado, Deus

deve ser sempre colocado em primeiro lugar. Os princípios de Deus não podem e nunca
devem ser negociados, diante de uma situação de escolha, o mais importante é servir a

Deus.

Como a Igreja não impede que aqueles que desejam participar em serviço militar

possam fazê-lo com consciência de que as leis não possam o impedir de obedecer a

vontade de Deus, a Igreja Adventista por obtar o princípio de não combatência, os

adventistas são conhecidos como Objectores de Consciência. Um objector de

consciência é aquele soldado que decide não usar arma, mas exercer outros serviços

dentro do serviço militar, sem necessariamente estar envolvido com actividades que

tende tirar vidas de pessoas.

A objeção de consciência é um dirieto que deve ser dado a todos decidem

livremente e dentro dos pricípios se envolver nesta causa. É um acto não menos

importante que o de segurar armas, portanto não deve ser assumido de qualquer forma,

sendo resultado de uma vontade súbita ou sem fundamento justificado. Também não se

pode colocar nesta condição só para ter uma posição de mais privilégio em relação a

outros, ou por simplesmente não querer cumprir as responsabilidades militares que não

ferem os princípios estabelecidos por Deus.

Ser um objector de consciência não é sinónimo de ser um extremista religioso,

essa posição não vem para prejudicar os companheiros de exercito, nem para puder

impor os princípios de uma pessoa a outros, a Igreja Adventista não apoia tal

comportamento, está posição vem apenas para permitir que o crente viva de acordo com

sua fé, mesmo respeitando as leis da pátria.

Os adventista do sétimo dia têm o quarto mandamento como uma das

identidades de sua fé, e sendo assim, vivem de acordo com essa lei. De acordo com a

nossa crença religiosa, o obejctor de consciência deve ter a permissão para ser
dispensado das tarefas que são realizadas semanalmente, porém em situações de

extrema necessidade, ele pode ser chamado para servir mesmo sem usar armas, em

situações de salvar vidas, tal proceder estar de acordo com a vontade de Deus em

relação ao que e deve fazer no dia do sábado.

A história da igrej adventista marcou vários objectores de consciência que

durante situações de conflitos ou prestação de serviços de militares, se posicionaram a

não combatência. Talvez dentre todos esses o mais destacado seja Desmond Doss que

recebeu a Medalha de Honra do Congresso Americano por Harry Truman. Desmond

Doss foi um paramédico objectos conciencioso, que durante a II Guerra mundial, em

Okinawa no Japão, em um sábado de Maio de 1945, ajudou 75 homens feridos12.

Não foi apenas nos Estados Unidos da América onde podemos encontrar essa

história. Em Angola durante a guerra civil, um homem de nome Romeu Ricardo

Mussungo sem muito conhecimento do conceito de objector de consciência, decidiu

fazer diferença em meio ao campo de combate, indo para as fileras dos ataques sem

fazer uso de arma. Este homem natural de Malanje, nasceu na Missão Adventista do

Cuale, e desde cedo aprendeu com seu pai que segundo as escrituras sagadras não

deveria tirar a vida de nenhum ser humano.

Durante os conflitos armados, foi levado pelo exercito das FAPULAS ao

alistamento obrigatório, sem contacto com sua família esses o tinha como morto, pois

nada sabiam sobre ele e nem sobre onde estivera. Mas em em meio a essa completa

incerteza, Romeu Mussungo estava firme na sua fé e por sua bravura foi promovido

12
Tonetti, Marcio. Adventista.Org. Agosto de 2017. httpp//www.adventista.com.org
(acesso em 20 de Setembro de 2023).
CONCLUSÃO

Após uma abordagem bílbica e dos documentos oficiais da igreja sobre a guerra,

fica claro que a igreja reconhece a natureza má dos conflitos e considera todo conflito

armado como sendo mau e que deve ser negada toda e qualquer iniciativa de guerra.

Apela a todos os dirigentes ao redor do mundo, que sejam pessoas de boa vontade e que

façam tudo para que as guerras não tenham lugar. Também incentivam os cristãos a

solidarizarem-se com todos os que estiverem em situação de necessidades extremas,

como resultado dos conflitos.

A igreja não considera nenhuma guerra como sendo justa, pois ela causa muita

viloência e maldades as sociedades, e o pior de tudo, tira vidas de pessoas, direito esse

que o Divino possui. Os adventistas são não combatentes como organização, mas deixa

a cada membro que seja consciente em dizer de acordo sua fé se pode se alistar ou não.

A igreja incentiva a objeção concenciosa.

Finalmente, não anula a possibilidade dos seus fiéis prestarem serviços militares,

desde que estes não interfiram os princípios de Deus e em especial o quarto

mandamento que fala sobre a observância do sábado. A igreja respeita o Estado, e

incentiva seus membros a serem respeitosos as leis da pátria, desde que estas não

estejam acima das leis de Deus.


BIBLIOGRAFIA

Costa, Jhenifer. Advenstista.Org. 06 de Novembro de 2016. httpp//adventista.com.org


(acesso em 09 de Setembro de 2023).
—. Adventista.org. 06 de Novembro de 2016. http//adventistas.com.org (acesso em 09
de Setembro de 2023).
Dia, Conferencia Geral dos Adventistas do Sétimo. Declarações da Igreja. São Paulo,
Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.
—. Declarações da Igreja. São Paulo, Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2012.
Organizadores. Respostas Bíblicas. 2014. http://respostasbiblicas.com.br (acesso em 09
de Setembro de 2023).
Tonetti, Marcio. Adventista.Org. Agosto de 2017. httpp//www.adventista.com.org
(acesso em 20 de Setembro de 2023).

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