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Faculdade de Direito
Doutoramento em Criminologia
2019
ii
RESUMO
iii
Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental –
Versão Crianças (BIS/BAS-C; Muris, Meesters, de Kanter, & Timmerman, 2005); e, o
envolvimento no comportamento antissocial - o Questionário de Avaliação do
Comportamento Antissocial (QCA; Earls, Brooks-Gunn, Raudenbush, & Sampson,
2005) - e agressivo proativo e reativo - a Escala de Avaliação do Comportamento
Agressivo (ABRS; Brown, Atkins, Osborne, & Milnamow, 1996). Os resultados
forneceram apoio à fiabilidade e à validade das versões de autorrelato, relato pelos
encarregados de educação e relato pelos professores da EB-CV. Valores mais elevados
de traços psicopáticos dos domínios interpessoais, afetivos e comportamentais, com
exceção de traços psicopáticos do domínio interpessoal de ajustamento positivo,
relacionaram-se com uma maior adoção de comportamentos antissociais e agressivos
reativos ou proativos na infância. Os resultados para além de evidenciarem a presença de
traços de ajustamento positivo do domínio interpessoal da psicopatia na infância,
demonstram que estes traços e os outros traços psicopáticos manifestam-se e relacionam-
se de forma semelhante com conceitos relevantes na rede nomológica da psicopatia na
infância e na idade adulta. A presente investigação expandiu bem como apoiou uma parte
da evidência anterior, constituindo uma contribuição original e relevante para a presente
área de investigação ao preencher lacunas desta e permitir o aprofundamento do seu
conhecimento.
iv
ABSTRACT
v
antissocial - Portuguese version of the Self Reported of Offending (SRO; Earls, Brooks-
Gunn, Raudenbush, & Sampson, 2005) - and reactive-proactive aggression - Portuguese
version of the Aggressive Behavior Rating Scale (ABRS; Brown, Atkins, Osborne, &
Milnamow, 1996). The results provided support to the reliability and validity of the self-
, carers-, and teacher-reported EB-CV. Higher values of the interpersonal, affective and
behavioral domains of psychopathic traits, except for boldness, related to a greater
engagement in antisocial and reactive-proactive behaviors in childhood. The results
further demonstrate the presence of adaptative functioning features of the interpersonal
domain of psychopathy in childhood, and demonstrated that these traits and other
psychopathic traits express themselves and are related to relevant constructs in the
nomological network of psychopathy in childhood and adulthood. The current study
expanded as well as supported some of the previous evidence, constituting an original
and relevant contribution to the current research by filling its gaps and allowing the
deepening of its knowledge.
vi
AGRADECIMENTOS
vii
À Comissão Ética da Faculdade de Direito da Universidade do Porto por ter
autorizado a realização do presente projeto.
Aos meus amigos pela força e por todo o interesse na concretização deste projeto.
viii
ÍNDICE GERAL _______________________________________________________
Abstract ............................................................................................................................ v
Introdução ....................................................................................................................... 1
ix
3. Relação entre a psicopatia e o comportamento antissocial e agressivo na
infância ........................................................................................................... 49
1. Objetivo...................................................................................................... 93
2. Construção ................................................................................................. 93
x
4.3.2. Procedimentos de recolha de dados............................ 136
xi
5.6.2.2. Versão reduzida ................................................ 199
xii
3.2.1.1. QCA ................................................................. 258
xiii
Anexos .......................................................................................................................... 387
xiv
ÍNDICE DE FIGURAS__________________________________________________
xv
ÍNDICE DE ANEXOS___________________________________________________
xvii
Anexo 21 Intercorrelações entre as (sub)escalas dos instrumentos de avaliação......... 519
xviii
ÍNDICE DE TABELAS__________________________________________________
Tabela 13 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove
fatores e unidimensional da EBC-CVA avaliados pela AFC ao nível de itens ............ 178
xix
Tabela 14 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove
fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e análise dos itens da EBC-
CVE .............................................................................................................................. 183
Tabela 15 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove
fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e análise dos itens da EBC-
CVP .............................................................................................................................. 188
xx
Tabela 27 Relação entre as escalas da EB-CV e do BFQ-C: Correlações e análises de
regressão ....................................................................................................................... 214
xxi
Tabela 40 Relação entre as escalas do APSD-VE e do BFQ-CV: Correlações e análises
de regressão .................................................................................................................. 229
xxii
Tabela 53 Estatísticas descritivas das (sub)escalas da ABRS e do QCA na amostra final
...................................................................................................................................... 273
xxiii
Tabela 66 Relação entre as escalas do APSD-VA e do QCA: Correlações e análises de
regressão ....................................................................................................................... 296
Tabela 79 Descrição dos itens da versão adaptada ao autorrelato por crianças do ICU
...................................................................................................................................... 403
xxiv
Tabela 79 Descrição dos itens da versão adaptada ao autorrelato por crianças do APSD
...................................................................................................................................... 411
xxv
Tabela 92 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores (com e sem
subescala Mentir) e unidimensional do YPI-CV avaliados pela AFC ao nível de
subescalas ..................................................................................................................... 468
Tabela 93 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores (com e sem
subescala Mentir), de dez fatores e unidimensional do YPI-CV avaliados pela AFC ao
nível de itens ................................................................................................................. 469
Tabela 95 Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores do APSD e análise dos
itens............................................................................................................................... 478
Tabela 96 Modelo de dois fatores do APSD-VA obtida com análise fatorial ............. 480
Tabela 97 Modelo de dois fatores do APSD-VE obtida com análise fatorial ............. 481
Tabela 98 Modelo de dois fatores do APSD-VP obtida com análise fatorial ............. 482
Tabela 100 Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores proposto por
Mehrabian e do modelo de dois fatores, com os fatores e erros de itens correlacionados,
da PANAS-CVA .......................................................................................................... 488
Tabela 101 Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores proposto por
Mehrabian e do modelo de dois fatores, com os fatores e erros de itens correlacionados,
da PANAS-CVE ........................................................................................................... 490
Tabela 102 Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores proposto por
Mehrabian e do modelo de dois fatores, com os fatores e erros de itens correlacionados,
da PANAS-CVP ........................................................................................................... 492
xxvi
Tabela 104 Estimativas dos parâmetros do modelo de cinco fatores correlacionados da
BFQ-CVA..................................................................................................................... 498
Tabela 107 Índices de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados das
escalas BIS/BAS-C ....................................................................................................... 507
Tabela 108 Estimativas dos parâmetros dos modelos de quatro fatores e dois fatores, com
fatores BIS e BAS correlacionados, das BIS/BAS-CVA ............................................. 509
Tabela 109 Estimativas dos parâmetros dos modelos de quatro fatores e dois fatores, com
fatores BIS e BAS correlacionados, das BIS/BAS-CVE ............................................. 511
Tabela 110 Estimativas dos parâmetros dos modelos de quatro fatores e dois fatores, com
fatores BIS e BAS correlacionados, das BIS/BAS-CVP.............................................. 513
xxvii
Tabela 120 Convergência entre as várias versões de relato do APSD e do ICU:
correlações entre (sub)escalas ...................................................................................... 529
Tabela 123 Associações entre as várias versões de relato da ABRS e do QCA: correlações
entre as (sub)escalas ..................................................................................................... 535
xxviii
Introdução
1
A presente dissertação apresentada no âmbito do Doutoramento em Criminologia
da Faculdade de Direito da Universidade do Porto pretendeu desenvolver e validar uma
medida de traços psicopáticos do domínio interpessoal de ajustamento positivo,
denominados boldness por Patrick, Fowles e Krueger (2009) - Escala Boldness – Versão
Crianças (EB-CV) -, bem como explorar a relação entre os traços psicopáticos e o
comportamento antissocial e agressivo proativo e reativo na infância.
2
Capítulo I – Enquadramento teórico
1.1. Introdução
3
desenvolvimentais precoces é uma área multidisciplinar e em expansão. Inicialmente, os
investigadores desenvolveram instrumentos de avaliação da psicopatia dirigidos a estas
faixas etárias como extensões das medidas da psicopatia em adultos, designadamente da
Escala da Psicopatia de Hare – Versão Revista (PCL-R; Hare, 2003) e tinham como alvo
de estudo populações juvenis forenses e clínicas. Posteriormente, foram desenvolvidos
instrumentos de avaliação adaptados ao nível desenvolvimental e à realidade social destas
faixas etárias, e a investigação expandiu-se para a comunidade. Recentemente, os grupos
pouco estudados de crianças em idade pré-escolar e do género feminino tornaram-se alvos
de estudo (Kotler, & McMahon, 2010; Salekin & Lynam, 2010).
4
desenvolvimento, da sua fundamentação teórica, da sua população e faixa etária-alvo, do
seu tipo de administração, da sua escala de avaliação, (sub)dimensões alvo de avaliação
e das suas caraterísticas psicométricas. Na Tabela 1 são descritos os instrumentos de
avaliação de traços psicopáticos na infância e adolescência. Finalmente, após a descrição
das medidas de traços psicopáticos, será realizada uma análise dos instrumentos,
realçando as suas vantagens e desvantagens. Este conhecimento, por um lado, será útil na
seleção adequada das medidas da psicopatia na infância e na adolescência por
investigadores ou clínicos, e, por outro lado, irá fornecer direções à investigação futura
nesta área.
5
Tabela 1 Descrição dos instrumentos de avaliação de traços psicopáticos na infância e na adolescência
Medida Tipo População Faixa etária Idade Itens Escala (Sub)dimensões
(anos)
APSD Questionário: Geral Infância 4-18 20 Escala de Narcisismo
SR, PR, TR, Clínica Adolescência Likert de 3 Frieza-Insensibilidade Emocional
C, PV Forense valores Impulsividade
CAIBSI Questionário: Geral Adolescência 12-18 59 Escala de Egocentrismo
SR Likert de 4 Manipulação
valores Frieza-Insensibilidade Emocional
Impulsividade
CPS/ Questionário: Geral Infância 7-18 41- Resposta Loquacidade, Mentir patológico, Ausência de remorsos,
CPSr/ SR, PR, TR, Clínica Adolescência 58 dicotómica Superficialidade afetiva, Estilo de vida parasita, Deficiente
CPS– C controlo comportamental, Ausência de objetivos,
RE/ Impulsividade, Irresponsabilidade, Incapacidade de aceitar a
mCPS responsabilidade e Versatilidade criminal (CPS)
Fator 1 (Afetivo e Interpessoal) e Fator 2 (Comportamental;
CPSr)
Fator 1 (Caloso/Desinibido) e Fator 2
(Manipulador/Dissimulado; CPS-RE)
Fator Interpessoal/Afetivo e Fator Desviância Social (mCPS)
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Antissocial (Antisocial Process Screening Device; Frick & Hare, 2001); CAIBSI = Instrumento de Avaliação da Constelação de
Comportamentos Afetivos e Interpessoais (Constellation of Affective and Interpersonal Behaviours Screening Instrument; Houghton, Hunter, Khan, & Tan, 2013); CPS = Escala de
Psicopatia Crianças (Child Psychopathy Scale; Lynam, 1997); CPSr = Escala Revista de Psicopatia Crianças (Child Psychopathy Scale–Revised; Lynam, Caspi, Moffit, Raine, Loeber e
Stouthamer–Loeber, 2005); CPS–RE = Escala Revista Extendida de Psicopatia Crianças (CPS–Revised Extended; Baker, Tuvblad, Reynolds, Zheng, Lozano, & Raine, 2009); mCPS =
Versão modificada de CPS; SR = Self Report (Autorrelato); PR = Parent Report (Relatos pelos pais); TR = Teacher Report (Relatos pelos professores); C = Combined (Relatos combinados);
PV = Preschool Version (Versão Pré-escolar).
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Tabela 1 (continuação)
Descrição dos instrumentos de avaliação de traços psicopáticos na infância e na adolescência
Medida Tipo População Faixa etária Idade Itens Escala (Sub)dimensões
(anos)
CPTI Questionário: Geral Infância 3-12 28 Escala de Grandioso-Dissimulado
TR, PR Likert de 4 Frieza-Insensibilidade Emocional
valores Impulsivo-Necessidade de Estimulação
ICU Questionário: Geral Infância 4-18 24 Escala de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional
SR, PR, TR, Clínica Adolescência Likert de 4 (Calosidade/Frieza Emocional Indiferença Emocional e
C, PV Forense valores Insensibilidade Emocional)
PCL:YV Instrumento Forense Adolescência 12-18 20 Escala de Interpessoal
de avaliação Clínico Likert de 3 Afetivo
clínico valores Estilo de Vida
Antissocial
YPI(–C) Questionário: Geral Adolescência 12-18 50 Escala de Grandiosidade-Manipulação
SR, VR (YPI) anos (YPI) (VR:18) Likert de 4 (Charme Desonesto, Grandiosidade, Mentir e
Infância 9-12 anos valores Manipulação)
(YPI-C) (YPI-C) Frieza-Insensibilidade Emocional
(Calosidade/Frieza Emocional, Ausência de Remorso e
Insensibilidade Emocional)
Impulsividade-Irresponsabilidade
(Impulsividade Procura de Excitação e Irresponsabilidade)
Notas: CPTI = Inventário dos Traços Problemáticos em Crianças (Child Problematic Traits Inventory; Colins, Andershed, Frogner, Lopez–Romero, Veen, & Andershed, 2014); ICU =
Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional (Inventory of Callous–Unemotional Traits; ICU; Frick, 2004); PCL:YV = Escala de Psicopatia de Hare – Versão Jovens
(Psychopathy Checklist: Youth Version; Forth, Kosson, & Hare, 2003); YPI (-CV) = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem (Youth Psychopathic Traits Inventory; Andershed, Kerr,
Stattin, & Levander, 2002) ( – Versão Crianças (Youth Psychopathic Traits Inventory–Child Version; van Baardewijk, Stegge, Andershed, Thomaes, Scholte, & Vermeiren, 2008)); SR =
Self Report (Autorrelato); PR = Parent Report (Relatos pelos pais); TR = Teacher Report (Relatos pelos professores); C = Combined (Relatos combinados); VR = Versão reduzida.
7
1.2. Escala de Psicopatia de Hare – Versão Jovens (PCL:YV)
8
Hakstian e Hare (1988, 1989; Hare et al., 1990). O Fator 1 (F1), Distanciamento
Emocional ou Interpessoal/Afetivo, abrange as seguintes caraterísticas: ausência de
remorsos ou sentimentos de culpa, frieza emocional ou ausência de empatia,
superficialidade afetiva, não assumir a/acatamento de responsabilidade pelas suas ações
(caraterísticas afetivas), loquacidade ou encanto superficial, sentido grandioso do valor
de si próprio, mentir patológico e estilo manipulador (caraterísticas interpessoais). O
Fator 2 (F2), Desviância Social, abrange os aspetos estilo de vida e antissocial. As
caraterísticas do estilo de vida são a necessidade de estimulação ou tendência para o tédio,
o estilo de vida parasita, a ausência de objetivos realistas, a impulsividade e a
irresponsabilidade. Os défices no controlo comportamental, os comportamentos
problemáticos precoces, a delinquência juvenil, a revogação de medidas alternativas ou
flexibilizadoras da pena de prisão (e.g., liberdade condicional) e a versatilidade criminal
correspondem às caraterísticas da faceta social. Posteriormente a investigação centrou-se
no modelo de três fatores apresentado por Cooke e Michie (2001). Este modelo para além
de dividir o F1 do modelo tradicional em fatores afetivos e interpessoais, designados
Estilo Interpessoal Arrogante e Dissimulado (Fator 1) e Deficiente Experiência Afetiva
(Fator 2), excluiu os itens relacionados com o comportamento antissocial, mantendo
apenas os aspetos do domínio comportamental relacionados com a impulsividade e a
irresponsabilidade no Fator 3, designado Estilo de Comportamento Irresponsável e
Impulsivo (id.). Finalmente, a investigação focou-se no modelo de quatro facetas
proposto por Hare (2003), que adicionou um quarto fator ao modelo anterior que avalia o
comportamento antissocial. As facetas foram denominadas de Interpessoal, Afetiva,
Estilo de Vida e Antissocial. Os estudos não apoiaram a estrutura de dois fatores da
PCL:YV (Brandt, Kennedy, Patrick, & Curtin, 1997; Jones, Cauffman, Miller, & Mulvey,
2006; Salekin, Zalot, Leistico, & Neumann, 2006). No entanto, existe evidência que apoia
os modelos de três e quatro fatores da PCL:YV (Jones et al., 2013; Kosson, Cyterski,
Neumann, Steuerwald, & Walker-Matthews, 2002; Kossson, Neumann, Forth, Salekin,
Hare, Krischer, & Seveche, 2013; Neumann, Kosson, Forth, & Hare, 2006; Salekin et al.,
2006). A PCL:YV demonstrou níveis adequados de fiabilidade e validade boa através da
demonstração da relação esperada com medidas de critério externas, designadamente
variáveis relacionadas com o comportamento criminal, abuso de substâncias, violência,
desajustamento institucional, resposta ao tratamento, psicopatologias de externalização,
dimensões da personalidade e ausência de laços familiares (e.g., Bauer, Whitman, &
Kosson, 2011; Corrado, Vincent, Hart, & Cohen, 2004; Das, Ruiter, Doreleihers, &
9
Hillege, 2008; Edens et al., 2001; Gretton, Hare, & Catchpole, 2004; Kosson et al., 2002;
O’Neill, Lidz, & Heilbrun, 2003; Salekin, Leistico, Neumann, DiCicco, & Duros, 2004;
Spain, Douglas, Poythress, & Epstein, 2004).
O APSD é um questionário constituído por 20 itens que que são cotados numa
escala de Likert de 3 valores (0 = Falso; 1 = Por vezes verdade; 2 = Muitas vezes verdade).
Existem vários modelos fatoriais para o APSD. Inicialmente, a escala foi dividida em dois
fatores: Impulsividade/Problemas de conduta (I/CP; 10 itens), que abrange tendências
impulsivas e antissociais; e, Frieza-Insensibilidade Emocional (CU; 6 itens), que reflete
a ausência de preocupação com o desempenho, a superficialidade ou o défice afetiva(o),
a frieza emocional, e a ausência de remorsos ou de sentimentos de culpa (Frick et al.,
1994). Posteriormente Frick, Bodin e Barry (2000) propuseram um modelo de três fatores
semelhante à estrutura fatorial da PCL-R em adultos proposta por Cooke e Michie (2001),
que divide o fator I/CP em dois subfatores - Narcisismo (Nar; 7 itens; e.g., sentido de
grandiosidade de si próprio) e Impulsividade (Imp; 5 itens; e.g., comporta-se sem pensar)
– e mantêm o fator CU. Existe evidência que apoia o modelo de três fatores em detrimento
do modelo de dois fatores (e.g., Dadds, Fraser, Frost, & Hawes, 2005; Poythress, Douglas,
& Falkenbach Poythress, Douglas, Falkenbach, Cruise, Lee, Murrie, & Vitacco; Vitacco,
Rogers, & Neumann, 2003). As várias versões de relato do APSD exibiram uma
consistência interna adequada (e.g., Bijttebier, & Decoene, 2009; Falkenbach, Poythress,
& Heide, 2003), com exceção da sua versão de autorrelato (e.g., Bijttebier, & Decoene,
2009; Frick et al., 2003b; Muñoz & Frick, 2007; Poytress et al, 2006b). Bijttebier e
Decoene (2009) fundamentam a consistência interna fraca da versão de autorrelato nos
10
seguintes motivos: o instrumento foi originalmente projetado para o relato por outros
informantes, o conteúdo e a linguagem dos itens podem ser inapropriadas ao nível
desenvolvimental desta faixa etária; e, a suscetibilidade das respostas à desejabilidade
social. O APSD demonstrou uma fiabilidade entre informantes adequada e estabilidade
temporal relativa durante 1 a 2 anos (Muñoz & Frick, 2007) e 4 anos (Frick, Kimonis,
Dandreux, & Farrell, 2003) das suas versões de autorrelato e relato pelos pais.
11
Deficiente controlo comportamental, Ausência de objetivos, Impulsividade,
Irresponsabilidade, Incapacidade de aceitar a responsabilidade e Versatilidade criminal,
com valores de consistência interna aceitáveis ou fracos. A pontuação total da CPS
apresentou uma fiabilidade excelente (α = .91). No estudo de validação da CPS, as
crianças com pontuações elevadas na CPS eram os delinquentes mais persistentes, graves,
agressivos e estáveis a nível temporal, e com maior tendência a perturbações de
externalização do que de internalização. Além disso, a pontuação total da CPS previu a
delinquência acima de outros preditores robustos (Lynam, 1997). O estudo conduzido por
Lynam, Derefinko, Caspi, Loeber e Stouthamer-Loeber (2007) forneceu evidência que
apoia a validade construto da CPS, relatando uma convergência alta com índices da
psicopatia em jovens derivados empiricamente e por especialistas. Numa das amostras do
PYS, a versão de relato pelas mães da CPS avaliada os 13 anos de idade previu a
psicopatia medida aos 24 anos de idade pela Psychopathy Checklist: Screening Version
(PCL:SV; Hart, Cox, and Hare, 1995), mesmo após o controlo de medidas associadas ao
comportamento antissocial (Lynam, Caspi, Moffitt, Loeber, & Stouthamer-Loeber, 2007)
e independentemente da etnicidade e do estatuto de recluso/não recluso (Vachon, Lynam,
& Stouthamer-Loeber, 2012). Esta estabilidade não foi afetada por diferenças individuais
e variáveis demográficas, contextuais e familiares (Lynam, Loeber, & Stouthamer-
Loeber, 2008). Outro estudo da PYS que utilizou uma versão reduzida de relato pelas
mães da CPS revelou que a psicopatia é relativamente estável da infância à adolescência
(Lynam, Charnigo, Moffitt, Raine, Loeber, & Stouthamer-Loeber, 2009).
12
Indigno de confiança). O modelo de dois fatores forneceu um ajustamento mais adequado
relativamente ao modelo unidimensional (Lynam et al., 2005a). Em duas amostras
forenses de adolescentes (Fink, Tant, Tremba, & Kiehl, 2012; Verschuere, Candel, Van
Reenen, & Korebrits, 2012), a consistência interna da pontuação total e dos fatores foi
aceitável ou boa, com exceção da consistência fraca do Fator 1 no estudo realizado por
Fink e colegas (2012). Numa subamostra de 56 participantes do PSY, houve associações
moderadas e fortes entre a CPSr medida na adolescência e a Self-Report of Psychopathy-
III (SRP-III-SF; Paulhus, Neumann, & Hare, in press) avaliada em jovens adultos com
idades médias entre os 26 e 29 anos, respetivamente (Pardini, Raine, Erickson, & Loeber,
2014).
13
revelaram uma consistência interna (α) da versão de relato pelos pais/de autorrelato da
CPS-RE: boa/razoável para a sua pontuação total, quando os participantes tinham 9-10,
14-15 e 16-18 anos de idade; e, de modo geral razoável/fraca para os fatores quando os
participantes tinham 9-10 e 16-18 anos de idade (Baker, Jacobson, Raine, Lozano, &
Bezdjian, 2007; Bezdjian, et al., 2011b; Tuvblad et al., 2014; Tuvblad, Wang, Bezdjian,
Raine, & Baker, 2016). Os fatores das versões de autorrelato e de relato pelos pais da
CPS-RE demonstraram uma fiabilidade do tipo estabilidade temporal boa após 6 meses
numa amostra de 605 famílias de gémeos de ambos os géneros e com idades
compreendidas entre os 9 e 10 anos de idade do projeto SCTP (Baker, Jacobson, Raine,
Lozano, & Bezdjian, 2007). Neste projeto, estas versões de relato do CPS-RE foram
razoavelmente estáveis em quatro ondas (9–10, 11–13, 14–15 e 16–18 anos de idade),
apesar de serem mais baixas na versão de autorrelato (Tuvblad, et al., 2016).
14
= .54-.73; M = .66) e para o Fator 2 (Amplitude = .49-.74; M = .59; Bijttebier & Decoene,
2009; Falkenbach et al., 2003; Roose et al., 2010). No estudo de Falkenbach e colegas
(2003), as versões de autorrelato e de relato pelos pais da mCPS apresentaram de modo
geral valores inaceitáveis de correlação média entre itens (mean inter-item correlation,
MIC) para a escala total e os fatores, que melhoraram após a exclusão de 7 itens que
tinham um desempenho fraco.
Tal como foi descrito anteriormente, a CPS original sofreu várias revisões e
expansões. As diferentes versões da CPS estão disponíveis para o relato por múltiplos
informantes: próprio, pais, professores ou combinado. Tuvblad e colegas (2016)
relataram correlações entre informantes moderadas entre as versões de autorrelato e de
relato pelos pais da CPS-RE, avaliada dos 9-10 anos aos 16-18 anos no STCP. Numa
amostra forense, houve correlações fortes entre as escalas totais das versões de relato da
mCPS (Falkenbach et al., 2003).
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psicopatia indiretamente e descrevem-nos como caraterísticas ou competências positivas
ou apelativas. O YPI é constituído por 50 itens divididos em 10 subescalas, com 5 itens
cada uma, avaliados numa escala de Likert de 4 valores (1 = Totalmente falso; 2 = Em
parte falso; 3 = Em parte verdade; 4 = Totalmente verdade). As subescalas Charme
Desonesto, Grandiosidade, Mentir e Manipulação formam a dimensão Grandiosidade-
Manipulação. As subescalas Ausência de Remorso, Insensibilidade e Frieza Emocional
compõe a dimensão Frieza-Insensibilidade Emocional. As subescalas Procura de
Excitação, Impulsividade e Irresponsabilidade constituem a dimensão Impulsividade-
Irresponsabilidade (Andershed et al., 2002).
17
estudos conduzidos em amostras com dimensões inferiores ao recomendado para
conduzir análise fatorial (Oshukova, Kaltiala-Heino, Miettunen, Marttila, Tani, Aronen,
Marttunen, Kaivosoja, & Lindberg, 2015; Poythress et al., 2006a).
18
Chauhan et al., 2014; Dolan & Rennie, 2006a; Fink et al., 2012; Shepherd & Strand, 2015;
Skeem & Cauffman, 2003). Contudo, para além do estudo realizado por Andershed e
colegas (2007), não existe evidência da validade convergente categórica entre estas duas
medidas (Cauffman et al., 2009; Fink et al., 2012; Skeem & Cauffman, 2003).
19
demonstrou distinguir um subgrupo de adolescentes com valores extremos de psicopatia
como caraterizados por caraterísticas mais prominentes de comportamento antissocial
(Andershed et al., 2002; Cauffman et al., 2009; Dembo et al., 2007; Dolan & Rennie,
2006b, 2007), de problemas de comportamento (Andershed et al., 2002; Cauffman et al.,
2009), de agressão, de psicopatologia de externalização (Dolan & Rennie, 2007; Seals et
al., 2012), de atitudes criminais, de experiência de acontecimentos traumáticos, do uso de
substâncias (Dembo et al., 2007) e de toxicodependência (Cauffman et al., 2009).
20
Apesar de o YPI-CV ser uma medida recente, existe evidência que apoia a
fiabilidade e validade desta em amostras de crianças na Europa. Os valores do índice de
consistência interna α para a escala total e dimensões do YPI-CV variaram entre razoável
e excelente em amostras escolares de crianças (Sharp, Vanwoerden, van Baardewijk,
Tackett, & Stegge, 2015; van Baardewijk, Andershed, Stegge, Nilsson, Scholte, &
Vermeiren, 2010; van Baardewijk, Vermeiren, Stegge, & Doreleijers, 2011). Van
Baardewijk e colegas (2011) reportaram uma fiabilidade do tipo estabilidade temporal de
18 meses boa a excelente para a escala total e para as dimensões do YPI-CV numa amostra
de 159 crianças extraídas do estudo de validação. Neste estudo o grupo de crianças com
traços psicopáticos elevados mais estáveis apresentou níveis superiores de problemas de
conduta e de agressão proativa no follow-up relativamente aos grupos com traços
psicopáticos mais baixos e menos estáveis. Além disso, este estudo encontrou associações
positivas concorrentes e prospetivas entre os traços psicopáticos e os problemas de
conduta e a agressão (van Baardewijk, et al., 2011). Van Baardewijk, Stegge, Bushman e
Vermeiren (2009) demonstraram associações fortes e positivas entre a psicopatia e a
agressão, que foi avaliada por um jogo de computador competitivo de tempo-reação, na
condição em que o adversário não demonstrava medo. E, por fim, Sharp e colegas (2015)
demonstraram que os traços CU medidos pelo YPI-CV eram associados unicamente a
défices numa tarefa de reconhecimento de emoções.
21
originais; uma consistência interna adequada; uma convergência elevada com os
instrumentos originais; e, associações com medidas de critério externas de problemas de
conduta semelhantes às dos instrumentos originais (van Baardewijk et al., 2010). Apesar
de o YPI-SCV e do YPI-S terem exibido caraterísticas psicométricas robustas neste
estudo, os dados foram obtidos através da administração das versões completas.
Posteriormente, outros estudos aplicaram apenas os 18 itens do YPI-S, com exceção de
dois estudos (Colins, et al., 2014b; Fossati, Somma, Borroni, Frera, Maffei, & Andershed,
2016). Os seus resultados são apresentados de seguida. Contudo, não existe nenhum
estudo, ao nosso conhecimento, que tenha aplicado os itens YPI-SCV isoladamente da
sua versão completa.
22
et al., 2015; Vahl et al., 2014). A consistência interna das dimensões permaneceu
invariante desde a adolescência até ao início da idade adulta (Hawes et al., 2014b).
23
Constelação de Comportamentos Afetivos e Interpessoais, é um questionário de
autorrelato que mede traços psicopáticos em adolescentes. O CAIBSI é constituído por
59 itens avaliados numa escala de Likert de 4 valores (0 = Definitely not true e 3 =
Definitely true), que estão divididos por quatro fatores da psicopatia: Impulsividade
(Impulsivity; Imp), refletindo comportamentos praticados por impulso; Egocentrismo
(Self-Centredness; Ego), relacionado com uma excessiva centração em si próprio e nas
suas necessidades e uma exaltação do valor de si próprio; Frieza-Insensibilidade
Emocional (Callous-Unemotional; CU), referindo a superficialidade afetiva e a ausência
de preocupação com os outros e de remorsos; e, Manipulação (Manipulativeness; M),
representando o abuso ou exploração interpessoal e o comportamento arrogante e
manipulador (Houghton et al., 2013b).
24
dados e superior aos modelos unidimensional, de dois fatores e de três fatores, e invariante
ao nível do género, da idade e do estatuto de suspensão escolar (Houghton et al. 2013b).
25
estrutura de três fatores acima dos modelos unidimensional e apenas com o fator CU. A
estrutura foi invariante pelo género e pela idade. Os três fatores apresentaram
intercorrelações fortes e exibiram validade externa com conceitos teoricamente relevantes
– o temperamento fácil, o destemor, os problemas de conduta e os sintomas da desordem
de hiperatividade (Colins et al., 2014a).
26
As pontuações do CPTI foram associadas fortemente com medidas alternativas
dos traços CU, com uma associação mais forte para a sua escala CU (Colins et al., 2018).
O estudo realizado por Somma e colegas (2016a) conduzido em duas amostras escolares
de crianças, com 6 a 12 anos de idade, de ambos os géneros, em Itália, utilizou diferentes
fontes de informação. A consistência entre informantes foi avaliada pelo coeficiente de
correlação intraclasse (ICC). Os resultados revelaram, por um lado, que os relatos dos
professores convergiram de forma fraca com os relatos das mães (ICC = .34) e dos pais
(ICC = .29). E, por outro lado, as pontuações do CPTI dos relatos das mães e dos relatos
dos pais (ICC = .83) exibiram um nível bom de concordância. Apesar deste instrumento
inicialmente ter sido desenvolvido como uma medida de relato pelos professores do
ensino pré-escolar, o estudo supracitado forneceu evidência de que a respetiva versão de
relato pelos pais do CPTI apresenta caraterísticas psicométricas robustas ao nível da
fiabilidade, da estrutura fatorial e da validade da rede nomológica (id.).
27
ICU-P), a versão de relato pelos professores (Teacher Report, ICU-T), a versão pré-
escolar de relato pelos pais (Parent Report Preschool, ICU-PP) e a versão pré-escolar de
relato pelos professores (Teacher Report Preschool, ICU-TP). O ICU-Y pode ser
aplicado a adolescentes entre os 12 e 18 anos de idade. Contudo, existem estudos que
adaptaram o ICU-Y à realidade social e capacidades linguísticas de crianças com idades
compreendidas entre os 8 e 12 anos (Houghton, Hunter, & Crow, 2013; Benesch et al.,
2014; Gau & Zhang, 2016). O ICU-P e o ICU-T podem ser aplicados desde a infância
até ao final da adolescência e as suas versões pré-escolares em idade pré-escolar. Os
estudos de Roose et al. (2010) e Marini e Stickle (2010) utilizaram relatos combinados
do próprio, dos pais e dos professores do ICU em amostras na comunidade e forense de
adolescentes de ambos os géneros. Ademais, um estudo realizado por Stickle, Marini e
Thomas (2012) numa amostra forense de jovens de ambos os géneros detidos em centros
educativos utilizou relatos combinados dos próprios e dos funcionários dos centros. A
inclusão dos traços CU na Perturbação do Comportamento no DSM-V (Frick & Moffit,
2010) conduziu a um maior interesse na investigação destes traços psicopáticos (Salekin
& Lynam, 2005).
28
Schmid & Kimonis, 2015), amostras escolares do ensino secundário ou/e básico de (pré-
)adolescentes (Ciucci, Baroncelli, Franchi, Golmaryami, & Frick, 2014; Fanti, Frick, &
Georgiou, 2009; Horan, Brown, Jones & Aber, 2015; Pihet et al., 2015; Roose et al.,
2010), e amostras na comunidade de risco de jovens adultos do género masculino (Byrd,
Kahn, & Pardini, 2013) e de crianças com nove anos de idade (Waller, Wright, Shaw,
Gardner, Dishion, Wilson, & Hyde, 2015). A estrutura fatorial foi invariante ao nível do
género (Ciucci et al., 2014; Horan et al., 2014; Pihet et al., 2015; Waller et al., 2015), da
idade (Pihet et al., 2015), do ano escolar (Ciucci et al., 2014), da etnicidade (Horan et al.,
2014), da fonte de informação (Roose et al., 2010) e do contexto de investigação (Pihet
et al., 2015). Apesar de existir apoio empírico ao modelo bifatorial de três fatores do ICU,
existem diversas limitações associadas a este (para uma revisão ler e.g., Frick & Ray,
2015; Lahey, 2014) enumeradas de seguida: i) esta estrutura fatorial não é baseada num
modelo teórico e o ICU foi construído originalmente como um conceito unidimensional
(Horan et al., 2015); ii) a literatura e a evidência sugerem que este modelo é derivado da
variância do método relacionada com a pontuação dos itens (formulado pela positiva ou
invertidos) ao invés de derivar da variância concetual (e.g., Hawes, Byrd, Henderson,
Gazda, Burke, Loeber, & Pardini, 2014; Ray, Frick, Thornton, Steinberg, & Cauffman,
2016); iii) as AFCs apenas obtiveram índices de qualidade de ajustamento com valores
fracos a razoáveis (Byrd et al., 2013; Ciucci et al., 2014; Fanti et al., 2009; Horan et al.,
2015; Kimonis et al., 2008; Pechorro et al., 2016a; Pihet et al., 2015; Roose et al., 2010;
Waller et al., 2015) e necessitaram da inclusão de um número substancial de correlações
residuais (Byrd et al., 2013; Essau et al., 2006; Fanti et al., 2009; Waller et al., 2015) ou
da remoção de itens para o modelo ajustar-se aos dados (Ciucci et al., 2014; Kimonis et
al., 2008; Waller et al., 2015). Além disso, outros estudos não replicaram o modelo
bifatorial de três fatores em ambos os géneros, em diversos contextos de investigação
(cidade/rural, escolar, comunidade, clínico ou forense), em estudos com desenho
transversal ou longitudinal, da infância à idade adulta, por várias fontes de informação
(próprio, pais e professores) e em vários contextos culturais (Austrália, Bélgica,
Alemanha, Holanda, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos; Benesch et al., 2014;
Colins, Andershed, Hawes, Bijttebier & Pardini, 2016; Ezpeleta, Osa, Granero, Penelo,
& Domènech, 2013; Feilhauer, Cima, & Arntz, 2012; Hawes et al., 2014a; Henry,
Pingault, Boivin, Rijsdijk, & Viding, 2016; Houghton et al., 2013a; Kimonis, Branch,
Hagman, Graham, & Miller, 2013; López-Romero, Gómez-Fraguela, & Romero, 2015;
Ray et al., 2016a; Willoughby, Mills-Koonce, Waschbusch, Gottfredson, & the Family
29
Life Project Investigators, 2015). Estes estudos forneceram apoio a outros modelos
fatoriais: o modelo três fatores - Unc, Cal e Une - correlacionados do ICU-Y numa
amostra universitária de adultos (Kimonis et al., 2013a) e do ICU-T numa amostra pré-
escolar de crianças, que foi invariante pela idade (Ezpeleta et al., 2013); o modelo
hierárquico de três fatores do ICU-Y numa amostra forense de adolescentes (López-
Romero et al., 2015a); o modelo de dois fatores que distingue o fator Empático-Próssocial
(Empathic-Prosocial, EP) do fator comportamentos CU (Willoughby et al., 2015) para o
ICU-P numa amostra escolar de crianças a frequentarem o 1º ano; o modelo bifatorial de
dois fatores com Callousness-Uncaring e Unemotional como fatores específicos (Henry
et al., 2016) para o ICU-P numa amostra de adolescentes gémeos derivada do Twins Early
Development Study; o modelo e dois fatores compreendendo a subescala Unc num fator
e no outro fator junta as subescalas Unc e Une para o ICU-Y, que foi invariante pela idade
e pelo sexo, numa amostra escolar de crianças com idades compreendidas entre os 7 e 12
anos (Houghton et al., 2013a); o modelo de cinco fatores constituído pelos fatores
Ausência de Consciência (Lack of Conscience, Uncaring), Indiferença Emocional
(Unemotional), Calosidade/Frieza Emocional (Callousness) e Ausência de empatia (Lack
of Empathy) para o ICU-Y em amostras na comunidade e forenses clínicas e não-clínicas
de jovens com 13-20 anos de idade (Feilhauer et al., 2012); e, o modelo de três fatores
consistindo em duas novas subescalas – Calosidade/Ausência de Culpa ou de Remorsos
(Callousness/Lack of Guilt or Remorse) e Ausência de Preocupação com o Desempenho
(Unconcerned about Performance) – e a subescala original Une do ICU-P numa amostra
clínica de crianças com idades compreendidas entre os 6 e 12 anos (Benesch et al., 2014).
Além disso, foram desenvolvidas duas versões reduzidas do ICU através da aplicação da
técnica Item Response Theory (IRT). Ray e colegas (2016) desenvolveram uma versão de
10 itens do ICU-Y numa amostra forense de adolescentes derivada do Crossroads Study.
Numa amostra clínica de rapazes com idades compreendidas entre os 6 e 12 anos, Hawes
e colegas (2014a) desenvolveram uma versão de 12 itens do ICU-P.
30
uma concordância média elevada entre os relatos fornecidos pelos pais e pelas mães do
ICU-P (M = .54, DP = .19; Fanti, Colins, Andershed, & Sikki, 2016; Kochanska, Kim,
Boldt, & Yoon, 2013); e, uma concordância moderada entre a versão de autorrelato e a
versão combinada de relato pelos professores e pelos pais (r = .43; Roose et al., 2010).
31
ICU que foram de modo geral inaceitáveis e inferiores aos valores das outras subescalas
(e.g., Muñoz et al., 2011). Tendo em consideração os valores adequados de MIC da
subescala Une estes resultados podem ser uma consequência do número reduzido de itens
desta subescala. Por fim, os estudos revelaram valores de saturação dos itens 2 e 10 da
subescala Cal inferiores aos valores mínimos de saturação aceitáveis bem como a
consistência interna desta subescala e da escala total do ICU aumentava após a eliminação
destes itens (e.g., Henry et al., 2016; Kimonis et al., 2008).
O ICU demonstrou a sua estabilidade do tipo temporal em seis estudos, que foram
conduzidos em diversos contextos de investigação (escolar, clínico, forense e de risco),
em ambos os géneros, por diversas fontes de informação (próprio, professores e pais), em
várias faixas etárias (desde o início da infância ao final da adolescência), com a versão
completa e com as versões reduzidas, por períodos de follow-up que variaram entre 9 dias
e um ano (Berg et al., 2013; Ezpeleta et al., 2013; Feilhauer et al., 2012; Hawes et al.,
2014a; Kongerslev et al., 2015; Ray et al., 2016a). A fiabilidade do tipo temporal da
pontuação total ICU avaliada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC) variou entre
razoável e boa no estudo realizado por Ezpeleta e colegas (2013: ICC = .51), que aplicou
a versão pré-escolar de relato pelos professores, e em dois estudos que aplicaram a versão
de autorrelato (Kongerslev et al., 2015: ICC = .88; Ray et al., 2016a: ICC = .63). Destes
estudos, dois também avaliaram as subescalas Cal (ICC= .53/.86), Unc (ICC = .52/.82) e
Une (ICC = .47/.82) da versão pré-escolar de relato pelos professores (Ezpeleta et al.,
2013) e da versão de autorrelato (Kongerslev et al., 2015), cujos ICCs foram razoáveis e
bons, respetivamente. Em dois estudos a estabilidade temporal da pontuação total da
versão de autorrelato do ICU foi avaliada pelos coeficientes de correlação, cujos valores
variaram entre moderado e forte (M = .60, DP = .12, A = .46-.72; Berg et al., 2013;
Feilhauer et al., 2012). A versão reduzida de autorrelato de 10 itens desenvolvida por Ray
e colegas (2016a) teve uma estabilidade temporal razoável (ICC =.59). A pontuação total
(ICC = .85) e as subescalas Callous (ICC = .83) e Uncaring (ICC = .82) da versão
reduzida de relato pelos pais de 12 itens desenvolvida por Hawes e colegas (2014a)
tiveram uma estabilidade temporal boa.
32
et al., 2011; Ray et al., 2016a; Roose et al., 2010; Sharp, & Vanwoerden, 2014), a
compaixão (Berg et al., 2013), os défices ao nível da moralidade afetiva (Feilhauer, Cima,
Benjamins, & Muris, 2013), as atitudes e comportamentos próssociais (Ciucci et al.,
2014; López-Romero et al., 2015a; Roose et al., 2010; Sakai, Dalwani, Gelhorn,
Mikulich-Gilbertson, & Crowley, 2012), os défices neurofisiológicos no processamento
de transgressões morais (Harenski, Harenski, & Kiehl, 2014), o processamento de pistas
de punição e de estímulos afetivos negativos (Fanti, Kyranides, & Panayiotou, 2016;
Fanti, Panayiotou, Kyranides, & Avraamides, 2016; Kimonis et al., 2008; Kyranides et
al., 2016; Viding, Sebastian, Dadds, Lockwood, Cecil, De Brito, & McCrory, 2012), a
reatividade emocional (Fanti et al., 2016b/c; Kyranides et al., 2016), os défices no
processamento e no reconhecimento de emoções (Jusyte, Mayer, Künzel, Hautzinger, &
Schönenberg, 2015; Pihet et al., 2015; Sharp, & Vanwoerden, 2014), a inteligência
emocional (Ciucci et al., 2015; Kahn et al., 2016), as variáveis antissociais ou criminais
(Ansel et al., 2015; Byrd et al., 2013; Centifanti, Fanti, Thomson, Demetriou, &
Anastassiou-Hadjicharalambous, 2015; Ciucci et al., 2014; Colins et al., 2016; Essau et
al., 2006; Horan et al., 2015; Kimonis et al., 2008, 2016; López-Romero et al., 2015a;
Pechorro et al., 2016a/b; Pihet et al., 2015; Ray et al., 2016a; Roose et al., 2010; Simpson,
Frick, Kahn, & Evans, 2013; Waller et al., 2015; White, Cruise, & Frick, 2009), as
variáveis relacionadas com a agressão (Ansel et al., 2015; Benesch et al., 2014; Centifanti
et al., 2015; Ciucci et al., 2014a; Colins et al., 2016; Ezpeleta et al., 2013; Fanti et al.,
2009; Feilhauer et al., 201; Horan et al., 2014; Kimonis et al., 2008; Kongerslev et al.,
2015; López-Romero et al., 2015a; Muñoz et al., 2011; Pihet et al., 2015; Ray et al., 2016;
Ray, Pechorro, & Gonçalves, 2016; Stickle et al., 2012; Waller et al., 2015), o consumo
de substâncias psicoativas (Byrd et al., 2013; Centifanti et al., 2015; Horan et al., 2015;
López-Romero et al., 2015a; Pechorro et al., 2016a), as perturbações do comportamento
de externalização (Benesch et al., 2014; Berg et al., 2013; Byrd et al., 2013; Colins et al.,
2016; Ezpeleta et al., 2013; Feilhauer et al., 2012; Kimonis et al., 2013; Pechorro et al.,
2016a), o desempenho escolar (Ciucci et al., 2014; DeLisi, Vaughn, Beaver, Wexler,
Barth, & Fletcher, 2011; Horan et al., 2015; López-Romero et al., 2015a; Vaughn et al.,
2011), a procura de experiência de emoções fortes (Essau et al., 2006; Horan et al., 2015;
Kimonis et al., 2013; López-Romero et al., 2015a), o temperamento (Ezpeleta et al.,
2013), os traços de personalidade mal-adaptativos (Decuyper, et al., 2011, 2014) e
normais (Colins et al., 2016; Decuyper et al., 2011; Essau et al., 2006; Romero & Alonso,
2017; Roose et al., 2010), o narcisismo (Feilhauer et al., 2012), a responsividade à
33
punição e à recompensa (Marini, & Stickle, 2010; Roose et al., 2010), a anticipação de
recompensa (Veroude, von Rhein, Chauvin, van Dongen, Mennes, Franke, Heslenfeld et
al., 2016), o desajustamento no funcionamento psicossocial (Byrd et al., 2013; Charles,
Acheson, Mathias, Furr, & Dougherty, 2012; Essau et al., 2006; Kongerslev et al., 2015)
e a eficácia ao tratamento baixa (López-Romero et al., 2015a; Manders, Dekovic,
Asscher, van der Laan, & Prins, 2013; Masi, Manfredi, Milone, Muratori, Polidori,
Ruglioni, & Muratori, 2011; White, Frick, Lawing, & Bauer, 2013). Além disso, a
investigação apoiou a relevância dos traços CU avaliados pelo ICU na classificação de
jovens com um comportamento antissocial mais grave (López-Romero et al., 2015a), na
distinção de grupos relativamente a subtipos de agressão (Centifanti et al., 2015; Stickle
et al., 2012) e na identificação de um grupo de crianças com níveis elevados de problemas
de conduta desde a infância à adolescência (López-Romero et al., 2015b).
Além disso, estudos empíricos têm fornecido apoio à validade critério da versão
de autorrelato do ICU ao revelarem associações positivas e estatisticamente significativas
entre a(s) (sub)escala(s) deste e outras medidas dos traços CU em jovens, com exceção
da sua subescala Une. A pontuação total e as subescalas Cal e Unc da versão de
autorrelato do ICU associaram-se moderadamente a fortemente com: a subescala CU do
APSD-Y (Ansel et al., 2015; Fink et al., 2012; Kahn et al., 2016; Kimonis et al., 2008;
López-Romero et al., 2015a; Ray et al., 2016b; Roose et al., 2010; Sharp & Vanwoerden,
2014), a subescala CU do YPI (Colins et al., 2016; Fink et al., 2012; Kahn et al., 2016;
Pechorro et al., 2015, 2016a; Pihet et al., 2015; Ray et al., 2016b; Sharp & Vanwoerden,
2014), o Fator 1 da CPS-Y (in Fink et al., 2012; Kahn et al., 2016; Roose et al., 2010), o
fator Ausência de Culpa da mCPS-Y (Morrel & Burton, 2014) e o fator Deficiente
Experiência Afetiva da PCL:YV (Kahn et al., 2016; Kongerslev et al., 2015). Contudo a
subescala Une do ICU exibiu associações fracas com estas escalas, com exceção de cinco
estudos com o APSD-Y (Fink et al., 2012; López-Romero et al., 2015a; Ray et al., 2016b),
o YPI (Sharp, & Vanwoerden, 2014) e o PCL:YV (Kongerslev et al., 2015). Em dois
estudos a pontuação total do ICU-Y associou-se positivamente e fracamente com o Fator
1 da PCL-YV (n = 70; Feilhauer et al., 2012), com o fator Deficiente Experiência Afetiva
da PCL:YV (n = 50; Johnson, Dismukes, Vitacco, Breiman, Fleury, & Shirtcliff, 2014) e
com a pontuação total do PCL:YV (n = 140; Fink et al., 2012). A associação foi
estatisticamente significativa apenas no estudo realizado por Fink e colegas (2012), no
qual as subescalas Cal e Unc associaram-se positivamente e de forma fraca e moderada
34
com o fator Deficiente Experiência Afetiva da PCL:YV, respetivamente, e não houve
uma associação estatisticamente significativa com a subescala Une. A investigação
forneceu evidência de uma convergência boa entre o ICU-Y e as subescalas de medidas
de autorrelato da psicopatia – a LSRP, o PPI-R, a SRP-III e a TriPM – que avaliam a
dimensão da psicopatia equivalente em amostras de adultos (Byrd et al., 2013; Drislane
et al., 2014a; Kimonis et al., 2013a; Neal & Selbom, 2012). Além disso, o ICU-Y previu
a Meanness da TriPM da adolescência até à idade adulta (Kyranides et al., 2016).
Relativamente à versão de relato pelos pais do ICU, o estudo realizado por Fink e
colegas (2012, n = 40) demonstrou uma convergência boa entre a(s) subescala(s) deste e
a subescala CU do APSD-P através de associações positivas moderadas a fortes entre
estas medidas, com níveis mais baixos de intensidade da associação para a subescala Une.
No mesmo estudo (n = 31) houve uma associação positiva e moderada entre as pontuações
totais do ICU-P e do YPI. Contudo, não houve associações estatisticamente significativas
entre as subescalas do ICU-P e a dimensão CU do YPI. Ainda no mesmo estudo houve
uma associação positiva e forte entre o ICU-P e o CPS-P (n = 29). As subescalas Cal e
Unc associaram-se positivamente e de forma moderada com o fator CU do CPS-P. Houve
uma associação positiva e fraca não significativa entre a subescala Une e o CPS-P. A
pontuação total do ICU-P associou-se moderada e positivamente com a pontuação total.
Houve associações positivas e fracas entre a(s) (sub)escala(s) do ICU-P e o F1 (psicopatia
primária) da LSRP, com níveis mais baixos de intensidade da associação para a subescala
Une. Não houve associações estatisticamente significativas entre as subescalas do ICU-P
e o fator Deficiente Experiência Afetiva da PCL:YV bem como entre as pontuações totais
destas duas medidas (n = 40; Fink et al., 2012).
Segundo a opinião de vários autores a subescala Une do ICU deveria ser removida
(e.g., Hawes et al., 2014a) ou revista (e.g., Colins et al., 2016) tendo em consideração a
evidência empírica que revelou problemas psicométricos desta subescala, ao nível da sua
fiabilidade e das associações com medidas de critério externas e de traços psicopáticos
bem como o insucesso na captura de défices ou de superficialidade ao nível afetivo
relacionados com as caraterísticas do domínio afetivo da psicopatia.
35
1.9. Comparação de instrumentos de avaliação da psicopatia na infância e na
adolescência
36
2016). Os traços psicopáticos podem ser avaliados de forma fiável e válida através de
autorrelatos já no final da infância (e.g., van Baardewijk et al., 2008). Como crianças
pequenas não são capazes de fornecerem autorrelatos, os traços psicopáticos terão de ser
avaliados pelos pais ou pelos professores nesta etapa desenvolvimental (e.g., Colins et
al., 2014a). Apesar de existirem algumas preocupações de que os autorrelatos possam ser
vulneráveis à desejabilidade social, gestão de impressão positiva, uma visão de si próprio
distorcida, falta de autoconhecimento, desonestidade e capacidades verbais diminuídas
(e.g., Edens, Hart, Johnson, Johnson, & Olver, 2000), os autorrelatos apresentam
vantagens ao acederem à maior fonte de conhecimento e fornecerem uma visão
introspetiva do próprio por uma série de contextos e de interações, que são
particularmente relevantes quando se avalia comportamentos que não são socialmente
aceites e disposições internas de difícil observação, e quando as fontes de informações
externas não estão disponíveis, ou não querem cooperar ou não têm o contacto suficiente
com o sujeito. Os itens do YPI foram construídos para avaliarem os traços indiretamente
e descrevem-nos de forma positiva ou como competências para uma pessoa que apresenta
estes traços, em vez de os descrever de forma negativa e direta, tal como o APSD faz,
tornando óbvio que está a avaliar traços socialmente indesejáveis. Apesar de a tentativa
do YPI em superar a fraqueza dos questionários de autorrelato, nenhuma medida contém
uma escala de validade para avaliar o enviesamento no preenchimento como a medida
nos adultos PPI-R. Relativamente ao contexto de investigação, estas limitações adquirem
outra importância em contextos de avaliação clínica ou de risco para fins judiciais, no
qual a confidencialidade e o anonimato não podem ser asseguradas, e avaliação apresenta
consequências práticas (e.g., Edens et al., 2001).
37
Tabela 2 Comparação dos instrumentos de avaliação de traços psicopáticos na infância e na adolescência
Medida Vantagens Desvantagens
APSD Muito reduzido Suscetível à desejabilidade social (aumentado no autorrelato por formulação
Administração fácil direta e negativa)
Económico Contaminação com medidas do comportamento criminal
Eficiente a nível temporal de administração e pontuação Apenas um item por traço psicopático
Abrange todas as dimensões da psicopatia Opções de resposta reduzidas
Múltiplos informantes Problemas com propriedades psicométricas (consistência interna e estrutura
Cobre diferentes períodos do desenvolvimento fatorial)
Investigado extensamente
Validado transculturalmente
Disponível em várias línguas
Convergência com medidas da psicopatia
CAIBSI Administração fácil Suscetível à desejabilidade social
Económico Pouco investigado: necessidade estudos de validação e análise de propriedades
Eficiente a nível temporal de administração e pontuação psicométricas
Número de opções de resposta elevado Inexistência de comparação com outras medidas de psicopatia
Abrange todas as dimensões da psicopatia Não validado transculturalmente
Vários itens por traço psicopático Disponível apenas em Inglês
Útil quando fontes externas de informação são indisponíveis ou Limitado à adolescência
inadequadas Apenas um informante
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Antissocial (Antisocial Process Screening Device; Frick & Hare, 2001); CAIBSI = Instrumento de Avaliação da Constelação de
Comportamentos Afetivos e Interpessoais (Constellation of Affective and Interpersonal Behaviours Screening Instrument; Houghton, Hunter, Khan, & Tan, 2013).
38
Tabela 2 (continuação)
Comparação dos instrumentos de avaliação de traços psicopáticos na infância e na adolescência
Medida Vantagens Desvantagens
CPS Administração fácil Suscetível à desejabilidade social
Económico Contaminação com medidas do comportamento criminal (exceto para CPSr)
Eficiente a nível temporal de administração e pontuação Formato de resposta reduzido
Abrange todas as dimensões da psicopatia Não abrange início da infância
Vários itens por traço psicopático Validação transcultural reduzida (maioritariamente Estados Unidos e utilização
Múltiplos informantes em inglês)
Útil em estudos multivariados com recursos limitados (pode ser Estudado num número limitado de amostras e utilizando versões e estruturas
derivado de medidas comportamentais) fatoriais distintas
Muito investigado
Convergência com medidas da psicopatia
CPTI Reduzido Suscetível à desejabilidade social
Administração fácil Necessidade de avaliação extensiva de propriedades psicométricas
Económico Validação transcultural reduzida (maioritariamente Suécia)
Eficiente a nível temporal de administração e pontuação Versões traduzidas reduzidas
Abrange todas as dimensões da psicopatia Não abrange adolescência
Múltiplos informantes Não há versão de autorrelato para final da infância
Cobre início da infância Pouco investigado (principalmente versão de relato pelos pais)
Número de opções de resposta elevado Inexistência de evidência de convergência com outras medidas e de estabilidade
Evita contaminação com medidas de comportamentos de temporal
externalização
Múltiplos informantes
Notas: CPS = Escala de Psicopatia Crianças (Child Psychopathy Scale; Lynam, 1997); CPTI = Inventário dos Traços Problemáticos em Crianças (Child Problematic Traits Inventory;
Colins, Andershed, Frogner, Lopez–Romero, Veen, & Andershed, 2014).
39
Tabela 2 (continuação)
Comparação dos instrumentos de avaliação de traços psicopáticos na infância e na adolescência
Medida Vantagens Desvantagens
ICU Muito reduzido Não abrange todas as dimensões da psicopatia
Administração fácil Suscetível à desejabilidade social
Económico Problemas na estrutura fatorial, nas propriedades psicométricas e conteúdo da
Eficiente a nível temporal de administração e pontuação subdimensão Insensibilidade Emocional
Avalia de forma abrange os traços CU
Múltiplos informantes
Cobre diferentes períodos do desenvolvimento
Número de opções de resposta elevado
Investigado extensamente
Validado transculturalmente
Disponível em várias línguas
PCL:YV Abrange todas as dimensões da psicopatia Exigente ao nível de competências de investigador e de recursos temporais e
Menos suscetível a desejabilidade social económicos
Extensivamente investigado Contaminação com medidas do comportamento criminal
Validado transculturalmente Apenas um item por traço psicopático
Disponível em várias línguas Dificuldade de utilização quando os informantes e os registos oficiais são
Robustez de caraterísticas psicométricas: evidência de fiabilidade, limitados ou indisponíveis
validade e convergência com outras medidas Não abrange a infância e a população geral
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional (Inventory of Callous–Unemotional Traits; ICU; Frick, 2004); PCL:YV = Escala de Psicopatia de Hare – Versão
Jovens (Psychopathy Checklist: Youth Version; Forth, Kosson, & Hare, 2003).
40
Tabela 2 (continuação)
Comparação dos instrumentos de avaliação de traços psicopáticos na infância e na adolescência
Medida Vantagens Desvantagens
YPI(–C) Abrange todas as dimensões da psicopatia Suscetível a desejabilidade social
Abrange infância e adolescência Apenas um informante
Existem versões reduzidas correspondes para crianças e adolescentes Não abrange início e meio de infância
Administração fácil As estrutura fatorial e propriedades psicométricas
Económico não foram extensivamente analisadas e apenas em
Eficiente a nível temporal de administração e pontuação amostras escolares (YPI–C(S))
Múltiplos itens por traço psicopático Não há evidência de convergência com medidas de
Útil quando fontes externas de informação são indisponíveis ou inadequadas psicopatia (YPI–C(S))
Formulação de frases positivas e indiretas (minimização de desejabilidade social) Validação transcultural reduzida (YPI–C(S))
Opções de resposta elevadas Versões traduzidas reduzidas (YPI–C(S))
Evita contaminação com medidas de comportamentos de externalização Não permite investigação a nível de traços (versões
Útil em investigação longitudinal e multivariada reduzidas)
Investigado extensivamente (YPI(–S))
Validado transculturalmente (YPI(–S))
Disponível em várias línguas (YPI(–S))
Robustez psicométrica: evidência de fiabilidade, validade e convergência com medidas de
psicopatia (YPI(–S))
Funciona de igual forma noutras populações (forense e clínica) e na idade adulta (YPI(–S))
Notas: YPI = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem (Youth Psychopathic Traits Inventory; Andershed, Kerr, Stattin, & Levander, 2002); YPI–CV = Inventário de Traços Psicopáticos
Jovem – Versão Crianças (Youth Psychopathic Traits Inventory–Child Version; van Baardewijk, Stegge, Andershed, Thomaes, Scholte, & Vermeiren, 2008); YPI–S = Inventário de Traços
Psicopáticos Jovem – Versão Reduzida (Youth Psychopathic Traits Inventory – Short Version; van Baardewijk, Andershed, Stegge, Nilsson, Scholte, & Vermeiren, 2010); YPI–CS =
Inventário de Traços Psicopáticos Jovem – Versão Crianças Reduzida (Youth Psychopathic Traits Inventory – Child Short Version; van Baardewijk et al., 2010)
41
A incorporação do comportamento criminal como uma característica da psicopatia
permanece um tópico de debate atualmente na comunidade científica. Por um lado, alguns
autores argumentam que o comportamento criminal é uma componente central da
psicopatia (e.g., Hare & Neumann, 2005) e que deve ser incluído na sua operacionalização
e concetualização. Por outro lado, outros autores argumentam que o comportamento
criminal corresponde apenas a uma manifestação e consequência dos traços de
personalidade psicopáticos e, consequentemente, deve ser excluído do conceito da
psicopatia e da sua avaliação (e.g., Skeem & Cooke, 2010). Os instrumentos de avaliação
cujo enquadramento teórico derivou da PCL-R (Hare, 1991) – a PCL:YV, o APSD, a CPS
e o CAIBSI – incluem o comportamento criminal como componente da psicopatia. De
acordo com a concetualização de Cooke e Michie (2001), o modelo de três fatores,
medidas atuais de avaliação da psicopatia nestas etapas desenvolvimentais – o YPI e o
CPTI – apenas avaliam os traços de personalidade essenciais da psicopatia, excluindo
características comportamentais concetualmente relacionadas ou sobrepostas com o
comportamento antissocial, problemas de conduta ou de transgressão de regras. Assim, o
YPI e o CPTI apresentam vantagens em termos de prevenção de contaminação entre
medidas da personalidade e do comportamento criminal. Outro tópico alvo de algumas
controvérsias na comunidade científica é se as características de ajustamento positivo do
domínio interpessoal da psicopatia são essenciais (e.g., Lilienfeld, Patrick, Benning,
Berg, Selbom, & Edens, 2012) ou irrelevantes (e.g., Miller & Lynam, 2012) na
concetualização e operacionalização da psicopatia. A importância destas caraterísticas na
rede nomológica da psicopatia é suportada pela incorporação destas na sua
concetualização e operacionalização por diversos autores clássicos (e.g., Cleckey, 1950)
e contemporâneos (e.g., Lilienfeld, et al., 2012) e pela sua essencialidade na distinção da
psicopatia de outras perturbações do comportamento de externalização (Patrick &
Drislane, 2014). Existem instrumentos de avaliação destes traços em adultos,
designadamente a subescala Boldness da TriPM e a subescala Fearless Dominance do
PPI. No entanto, a avaliação destes traços na infância e na adolescência é nula ou limitada
(e.g., Patrick, 2010a/b). Assim, é crucial melhorar a avaliação destas caraterísticas de
ajustamento positivo para além da idade adulta na infância e na adolescência. Além disso,
enquanto uma parte dos instrumentos foi desenvolvida para avaliar a psicopatia como um
conceito multidimensional (e.g., o APSD), outras medidas focam-se em dimensões
específicas da psicopatia (e.g., o ICU). Apesar destas medidas terem como objetivo
abranger todas as dimensões da psicopatia, para além de terem como subjacentes
42
diferentes enquadramentos teóricos, estas operacionalizam as características da
psicopatia em diferentes graus (Drislane et al., 2014a; Patrick, 2010 a/b). Isto chama a
atenção dos investigadores ao interpretarem os resultados que estes podem depender da
forma como os traços psicopáticos são operacionalizados. A literatura recomenda os
investigadores a lidar com este problema utilizando uma abordagem de múltiplas medidas
(e.g., Spain et al., 2004).
43
2. Concetualização triárquica da psicopatia
44
Triárquica da Psicopatia (Triarchic Psychopathy Measure, TriPM; Patrick, 2010) foi
desenvolvida com o intuito de operacionalizar a concetualização triárquica da psicopatia
avaliando a psicopatia em três escalas referentes às suas componentes triárquicas.
Segundo Patrick e colegas (2009; Patrick, 2010a/b; Patrick et al., 2009, 2014), os
instrumentos de referência de avaliação de traços psicopáticos na infância e na
adolescência foram construídos para emular o conteúdo da PCL-R e tal como este
abrangem primariamente os construtos disinhibition e meanness, com uma representação
limitada ou nula da boldness. A relação das escalas boldness, meanness e disinhibition da
TriPM com medidas de psicopatia em crianças e adolescentes foi estudada em amostras
universitárias de jovens adultos de ambos os géneros nos Estados Unidos (Drislane et al.,
2014a; Sellbom & Phillips, 2013) e em amostras escolares de adolescentes a frequentarem
o ensino secundário na República de Chipre (Kyranides et al., 2016) e em Itália (Somma
et al., 2016b). No estudo de Drislane e colegas (2014a) a disinhibition e a meanness foram
as componentes triárquicas que contribuíram para a predição da(s) (sub)escala(s) do YPI
e do APSD, com uma maior contribuição da disinhibition. A(s) (sub)escala(s) da CPS
relacionaram-se com a disinhibition. A(s) (sub)escala(s) do ICU relacionaram-se com a
disinhibition e a meanness, mas após o controlo das outras componentes triárquicas
apenas se relacionou com a meanness. O YPI foi a única medida com que a boldness se
relacionou e de forma geral fraca, particularmente com a sua pontuação total, a dimensão
Grandiosidade-Manipulação e todas as suas subdimensões, com exceção da Mentir, a
45
subdimensão Insensibilidade Emocional da Frieza-Insensibilidade Emocional e a
subdimensão Procura de Excitação da Impulsividade-Irresponsabilidade. No estudo de
Selbom e Phillips (2013), a disinhibition relacionou-se com a pontuação total e as
subescalas narcisismo e impulsividade do APSD, a meanness relacionou-se com o ICU e
a subescala CU do APSD e a boldness não se relacionou com o ICU nem com a pontuação
total e subescalas do APSD. Os autores realizaram uma Análise Fatorial Exploratória com
a TriPM, o ICU, apenas as subescalas narcisismo e impulsividade do APSD, uma vez que
o conteúdo da subescala CU e do ICU sobrepõem-se, a LSRP e o PPI-R. Os resultados
indicam que as componentes triárquicas explicam a variância destas medidas,
designadamente 35.51%, 15.07% e 10.11% das variâncias explicadas pelos fatores
refletindo meanness, disinhibition e boldness, respetivamente. A boldness não estava
presente no APSD e ICU. A meanness estava representada pelo ICU e a subescala
narcisismo do APSD. A disinhibition estava presente na subescala impulsividade do
APSD. No estudo realizado por Somma e colegas (2016b), a pontuação total do YPI
relacionou-se com a boldness, a meanness e a disinhibition independentemente do género,
com maior intensidade para a meanness e menor intensidade para a boldness. Os estudos
anteriores são transversais. Kyranides e colegas (2016) realizaram um estudo longitudinal
que avaliou os traços psicopáticos na adolescência através do APSD e do ICU e no início
da idade adulta com a TriPM. O ICU previu unicamente a meanness. Ao nível de
correlações a subescala narcisismo e impulsividade do APSD associaram-se com todas
as escalas da TriPM. Ao nível das regressões múltiplas, a subescala impulsividade do
APSD previu a meanness e a disinhibition; e, a susbescala narcisismo previu a
disinhibition. Estes estudos produziram evidência de que as componentes triárquicas da
psicopatia meanness e a disinhibition estão representadas nos instrumentos de avaliação
da psicopatia em adolescentes. Com exceção da modesta representação da boldness pelo
YPI, os restantes instrumentos de avaliação da psicopatia não a abrangem. Estes
resultados não são surpreendentes dado que o APSD e a CPS foram construídos para
emular o conteúdo da PCL-R, que enfatiza primariamente as componentes triárquicas da
psicopatia meanness e a disinhibition e o ICU é derivado do APSD com o intuito de
avaliar os traços psicopáticos CU. De forma diferente destas medidas, o YPI foi
desenvolvido com o intuito de medir traços de personalidade fundamentais da constelação
da personalidade psicopática identificada por Cooke e Michie (2001).
46
Atualmente, a operacionalização de traços psicopáticos na infância e adolescência
apresentam uma lacuna ao não incluir as caraterísticas de ajustamento positivo do
domínio interpessoal da psicopatia no seu conteúdo. Qual é a importância de avaliar as
caraterísticas de ajustamento positivo do domínio interpessoal da psicopatia? O papel das
denominadas caraterísticas de ajustamento positivo do domínio interpessoal da
psicopatia, no conceito da psicopatia é um dos temas principais nos debates recentes no
âmbito da concetualização da psicopatia (cf. Lilienfeld, Patrick, Benning, Berg, Sellbom,
& Edens, 2012; Lynam & Miller, 2012). Segundo a opinião de alguns autores, estas
caraterísticas não devem ser consideradas relevantes na concetualização e
operacionalização da psicopatia tendo em consideração a sua relação apenas com índices
do funcionamento adaptativo e a ausência de associação com índices mal-adaptativos da
psicopatia (cf. Marcus et al., 2013; Lynam & Miller, 2012; Miller & Lynam, 2012). A
metanálise realizada por Miller e Lynam (2012) da baixa convergência do fator PPI-FD,
avaliado quer por estimativas deste derivadas de medidas de personalidade
(Multidimensional Personality Questionnaire (MPQ; Benning, Patrick, Blonigen, Hicks,
& Iacono, 2005), o Revised NEO Personality Questionnaire (NEO PI-R; Witt, Hopwood,
Morey, Markowitz, McGlashan, Grilo, & Donnellan, 2010) e o International Personality
Item Pool Representation of the NEO (PI-R IPIP-NEO; Witt, Donnellan, & Blonigen,
2009) quer pelo instrumento original e versões do PPI, com comportamentos de
externalização (o comportamento antissocial, a agressão e o consumo de substâncias).O
PPI-FD relacionou-se com medidas do temperamento e da personalidade de ajustamento
positivo (Miller & Lynam, 2012). Contrariamente, outros autores (e.g., Lilienfeld et al.,
2012) discordam dos anteriores uma vez que estas caraterísticas são fundamentais na
definição e operacionalização da psicopatia. Em primeiro lugar, a conclusão dos autores
negligenciou que as caraterísticas de ajustamento positivo do domínio interpessoal ao
longo da história da concetualização da psicopatia foram incorporadas em várias
definições desta, sendo enfatizadas por autores clássicos, designadamente Cleckley
(1950), Lykken (1957, 1995) e Karpman (1941), e autores contemporâneos como Patrick,
Fowles e Krueger (1993), bem como a associação da psicopatia a certas caraterísticas
clínicas de funcionamento saudável também está incluída em autores que se centraram
mais nos traços mal-adaptativos da psicopatia, designadamente McCord e McCord (1964)
e Hare (1993). Ademais, instrumentos de avaliação da psicopatia em adultos também
incluíram esses traços no seu conteúdo, nomeadamente a TriPM e o PPI. Em segundo
lugar, nas conclusões dos autores também foi negligenciada evidência do relacionamento
47
destas caraterísticas com constructos relevantes na rede nomológica da psicopatia,
incluindo indicadores mal-adaptativos desta (e.g., Lilienfeld et al., 2012). Os traços
interpessoais do domínio de ajustamento positivo da psicopatia relacionaram-se com
comportamentos de externalização (+, Almeida, Seixas, Ferreira-Santos, Vieira, Paiva,
Moreira, & Costa, 2015; Cima & Raine, 2009; Drislane, Patrick, Sourander, Sillanmäki,
Aggen, Elonheimo, et al. 2014; Ostrov & Houston, 2008; Selbom, Benporath, Lilienfield,
Patrick, & Graham, 2005; Somma et al., 2016b; Seixas, 2014; Stanford, Houston, &
Baldrige, 2008), atitudes positivas sobre táticas predadoras sexuais de manipulação
(Marcus & Norris, 2014), o sistema de inibição comportamental (-; Miller & Lynam,
2012; Selbom & Philips, 2013), a procura de sensações fortes (-; Miller & Lynam, 2012;
Marcus, Fulton, & Edens, 2013; Lilienfeld et al., 2012), o narcisismo (+; Benning,
Patrick, Blonigen, Hicks, & Iacono, 2005; Miller & Lynam, 2012; Lilienfeld et al., 2012;
Patrick & Drislane, 2014), relatos e indicadores psicofisiológicos de resposta ao medo (-
; Lilienfeld et al., 2012; Patrick & Drislane, 2014), a baixa agradabilidade ou antagonismo
(Poy et al., 2014; Sica, Drislane, Caudek, Angrilli, Bottesi, Cerea, & Ghisi, 2015; Somma
et al., 2016b; Stanley et al., 2013). Em terceiro lugar, para além dos indicadores mal-
adaptativos existem outros constructos relevantes na rede nomológica da psicopatia que
correspondem a indicadores adaptativos de ajustamento sociopsicológico e
comportamental. Os traços interpessoais do domínio de ajustamento positivo
relacionaram-se com a extroversão, a abertura à experiência (+, Poy, Segarra, Esteller,
López, & Moltó, 2014; Miller & Lynam, 2012; Ross, Benning, Patrick, Thompson, &
Thurston, 2009; Sica et al., 2015; Stanley et al., 2013), o neuroticismo (-, Poy et al., 2014;
Miller & Lynam, 2012; Ross et al., 2009; Sica et al., 2015; Stanley et al., 2013), a
emocionalidade positiva (+, potência social, bem-estar, realização e proximidade social;
Benning et al., 2005; Benning et al., 2003; Drislane et al., 2014a; Miller & Lynam, 2012),
a evitação do perigo, a emocionalidade negativa (-, reação ao stress; Benning et al., 2005;
; Miller & Lynam, 2012; Patrick & Drislane, 2014), a influência social (+, Sica et al.,
2015), a angústia pessoal (Almeida et al., 2015; Stanley et al., 2013), medidas da angústia
emocional (–, ansiedade, depressão, stress e desespero; Sica et al., 2015), o risco de
suicídio (Venables, Sellbo, Sourande, Kendler, Joiner, Drislane et al., 2015) e o
reconhecimento da expressão facial de tristeza (+, Seixas, 2014). A associação destas
caraterísticas a índices do funcionamento adaptativo está de acordo com a definição de
Cleckley (1950) da psicopatia como a presença de uma desviância comportamental
mascarada com uma aparência de saúde mental robusta. Por fim, a boldness corresponde
48
às caraterísticas da psicopatia que distinguem robustamente a psicopatia da desordem de
personalidade antissocial (Patrick, Venables, & Drislane, 2013; Strickland, Drislane,
Lucy, Krueger, & Patrick, 2013; Venables, Hall, & Patrick, 2014; Wall, Wygant, &
Sellbom, 2014) e de outras condições externalizadoras, tipicamente associadas a
psicopatologias de internalização e à afetividade negativa (Krueger, 1999; Patrick,
Kramer, Krueger, & Markon, 2013).
A avaliação dos traços de ajustamento positivo da psicopatia na infância irá
permitir adquirir conhecimento sobre as manifestações destes traços precocemente,
nomeadamente estudar as manifestações criminais e não criminais da psicopatia, as
distinções entre a psicopatia primária e secundária (Karpman, 1941; Kimonis, Frick,
Cauffman, Goldweber, & Skeem, 2012; Lee & Salekin, 2010; Lykken, 1957, 1995;
Skeem, Johansson, Andershed, Kerr, & Louden, 2007) e de sucesso e de insucesso (Hall
& Benning, 2006) através da realização de estudos longitudinais da infância à idade
adulta. A sua operacionalização também irá permitir estudar o papel dos défices do medo
na formação da consciência na infância (Kochanska, 1997), bem como testar o modelo
dual dos processos etiológicos subjacente às componentes triárquicas da psicopatia
(Patrick et al., 2009), particularmente a influência de fatores genéticos e ambientais no
desenvolvimento da psicopatia. Apesar de a existência de evidência da influência de
fatores ambientais, como a parentalidade, no desenvolvimento da psicopatia, esta
corresponde a uma área de estudo negligenciada, pois a investigação tem-se focado no
estudo de fatores neurobiológicos e individuais. Assim, é relevante investigar o papel de
fatores ambientais que de acordo com modelos como o supracitado podem interagir com
os outros fatores no desenvolvimento da psicopatia (Farrington, Ulrich, & Salekin, 2010).
49
de Moffitt (1993), que difere da teoria geral do crime, na medida em que destaca a idade
como um fator crucial na explicação do comportamento antissocial. A prevalência do
comportamento antissocial atinge um pico na adolescência e diminui na transição para a
vida adulta. Existem indivíduos cuja prática de comportamento antissocial é limitada à
adolescência. E, existe outro grupo de indivíduos com trajetórias crónicas de
comportamento antissocial, isto é, que praticam de forma persistente o comportamento
persistente ao longo da vida. Relativamente ao outro grupo, estes indivíduos iniciaram o
comportamento antissocial numa idade precoce: na infância. De acordo com a teoria, as
causas, os fatores de risco do comportamento variam consoante a idade que começaram
o envolvimento criminal. Por exemplo, no grupo limitado à adolescência os pares
delinquentes são um fator de risco e no grupo que iniciou na infância para além de outros
fatores, são destacados como fatores de risco fatores individuais como o baixo
autocontrolo (id.). A investigação da relação entre a delinquência e as diferenças
individuais na personalidade ou no temperamento para além do autocontrolo têm sido
escassas na área da criminologia, apesar de existir uma vasta evidência proveniente da
área da Psicologia da relação de outros traços da personalidade com o comportamento
antissocial, designadamente os traços de personalidade associados ao conceito da
psicopatia, a emocionalidade negativa, a baixa consciência e a agradabilidade (e.g.,
Bartuschi, Lynam, Moffitt, & Silva, 1997; Caspi, Harrington, Moffit, Dickson, Langley,
& Silva, 1997; Caspi, Henry, McGee, Moffitt, & Silva, 1995; Caspi, Moffitt, Newman,
& Silva, 1996; Caspi, Moffitt, Silva, & Stouthamer-Loeber, 1994; Forth & Book, 2010;
Henry, Caspi, Moffitt, Harrington, & Silva, 1999; Krueger, Caspi, & Moffitt, 2000;
Miller & Lynam, 2001; Moffitt, Arsenault, Belsky, Dickson, Hancox, Harrington, et al.,
2011). Existe evidência robusta da tendência para a prática de comportamento
delinquente e agressivo em adultos por indivíduos diagnosticados com psicopatia e com
níveis elevados de traços psicopáticos, bem como de que a psicopatia é um bom preditor
da reincidência criminal, particularmente a violenta (e.g., Grann, Langstrom &
Tengstrom, 1999; Hare, Clark, Grann, & Thornton, 2000; Hemphill, Hare, & Wong,
1998; Walters, 2003a/b, 2006). A relação entre os traços psicopáticos e o comportamento
antissocial e violento tem sido investigada maioritariamente em adultos e o seu estudo na
adolescência encontra-se em expansão e crescimento. Os estudos demonstraram que os
traços psicopáticos se relacionam com a delinquência e a violência na adolescência (e.g.,
Asscher, van Vugt, Stams, Dekovic, Eichelsheim, & Yousfi, 2011; Edens, Campbell, &
Weir, 2006; Forth & Book, 2010; Olver, Stockdale, & Wormith, 2009; Walters, 2006).
50
De seguida será realizada uma revisão dos estudos cujo objetivo foi analisar a associação
entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial e agressivo na infância. Na
Tabela 3 é apresentada uma descrição dos estudos que exploraram esta relação.
51
Oposição e do Comportamento, as subescalas de agressão e delinquência da CBCL e o
comportamento agressivo (total, a adultos e a pares) a partir de um questionário alemão
(Fragebogen zum aggressiven Verhalten von Kindern, FAVK; Görtz-Dorten & Döpfner,
2010), numa amostra clínica de crianças e adolescentes do género masculino com
diagnóstico de Desordem de Conduta/ Perturbação de Oposição e idades compreendidas
entre os 6 e 12 anos na Alemanha. Os pais foram as fontes de informação de todos os
instrumentos de avaliação. Os autores para além de analisarem as três subdimensões
originais do CU – Cal, Unc e Une – também analisaram outras três subdimensões
Callousness/Lack of Guilt or Remorse, Unconcerned about performance e Une descritas
anteriormente (ver secção 1.8 do Capítulo I). Os traços CU e todas as suas subdimensões
exceto a Une do ICU novo e original relacionaram-se com o comportamento agressivo,
delinquente e antissocial. Após o controlo das subdimensões CU, apenas a subdimensão
Cal do ICU original e a subdimensão Callousness/Lack of Guilt/Remorse do ICU revisto
mantiveram a relação. O padrão de relações da nova escala foi superior relativamente ao
ICU original (Benesch et al., 2014). Numa amostra escolar de crianças com idades
compreendidas entre os 10 e 16 anos em Itália, os autorrelatos de traços psicopáticos CU
e todas as suas subdimensões exceto a Une associaram-se positivamente aos problemas
de conduta na escola independentemente do género. Após o controlo das subdimensões,
os resultados foram iguais na amostra total, mas para os alunos do género feminino apenas
se manteve a relação com a subdimensão Cal e para os alunos do género masculino todas
as relações perderam significância estatística (Ciucci et al., 2014). Numa amostra pré-
escolar de crianças com idades compreendidas entre os 4 e 6 anos nos Estados Unidos, os
traços CU, avaliados pela escala CU do APSD revista (CUS; Dadds, Fraser, Frost, &
Hawes, 2005), relacionaram-se com os problemas de conduta, que foram medidos pela
subescala hostilidade-agressividade do Preschool Behavior Questionnaire (PBQ; Behar
& Stringfield 1974), que captura problemas de conduta da criança marcados pela
agressão, hostilidade, bullying e luta com pares. Os professores foram a fonte de
informação de ambos instrumentos (Assary, Salekin, & Barker, 2015). Dadds e Fraser
(2006a) estudaram a relação entre os traços psicopáticos CU, medidos através de relatos
pelos pais da CUS e a história de comportamentos piromaníacos, designadamente o
interesse pelo fogo e a provocação intencional de incêndios, avaliada através de relatos
pelos pais da Fire History Screen (FHS; Kolko & Kazdin, 1988) numa amostra escolar
de grandes dimensões de crianças com idades compreendidas entre os 4 e 9 anos na
Austrália. Não houve diferenças nos níveis de traços psicopáticos CU entre os grupos
52
com e sem história de comportamentos piromaníacos independentemente do género
(Dadds et al., 2006a).
53
de níveis baixos de IC e adotaram mais frequentemente comportamentos delinquentes do
que os rapazes com trajetórias de IC limitada à infância e com início na adolescência. Não
houve diferenças entre os grupos de trajetória crónica com início precoce de IC e de níveis
moderados relativamente ao comportamento delinquente e agressivo. Ao ter em
consideração a variância partilhada entre preditores na análise multivariada, apenas as
diferenças no comportamento delinquente entre os grupos de trajetória crónica com início
precoce de IC e trajetória de níveis baixos de IC se mantiveram significativas. Os
problemas de conduta na infância ofereceram utilidade preditiva acima e para além de
caraterísticas sociodemográficas (idade, raça), diferenças individuais das crianças
(destemor e problemas ADHD), fatores de pares (delinquência e rejeição de pares),
fatores parentais (má relação com pais: pobre comunicação e disciplina dura) e maus-
tratos e adversidade (abuso físico, negligência/abuso emocional e adversidade
psicossocial). No estudo realizado por Byrd e colegas (2012), foram avaliados relatos
combinados de pais e professores Da escala IC durante a infância no primeiro follow-up
e a avaliação da delinquência da adolescência à idade adulta resultou da combinação de
informação proveniente de autorrelatos de comportamentos delinquentes através da
aplicação da SRD em avaliações anuais desde o início ao final da adolescência e uma
avaliação na idade adulta e de informação relativa ao número de condenações por crimes
proveniente de registos oficiais da adolescência à idade adulta. Os rapazes foram
classificados em três grupos usando informação relacionada com a prevalência moderada
ou grave de delinquência durante o início da adolescência (entre os 13 a 16 anos de idade
média), o final da adolescência (entre os 17 a 19 anos de idades médias) e o início da
idade adulta (entre os 20 e 25 anos de idades médias): não delinquentes, não adotaram
comportamentos graves ou moderados ao longo do tempo; desistentes, cometeram pelo
menos um ato de delinquência grave ou moderada no início ou final da adolescência e
pararam na idade adulta; persistentes, cometeram pelo menos um ato de delinquência
grave ou moderada no início e/ou final da adolescência e continuaram a cometer pelo
menos um comportamento delinquente grave ou moderado na idade adulta. Os rapazes
que exibiram um padrão de delinquência que persistiu da adolescência à idade adulta
tinham níveis mais elevados de IC na infância do que os grupos de desistentes e não
delinquentes. Após o controlo das caraterísticas sociodemográficas das crianças (a idade,
a raça e o nível socioeconómico familiar), os níveis de IC continuaram a discriminar os
grupos de persistentes e desistentes independentemente de sintomas de psicopatologias
de externalização (a Perturbação da Hiperatividade/Défices de Atenção, a Perturbação de
54
Oposição e a Perturbação do Comportamento). Contudo, o IC deixou de prever a distinção
entre os grupos após o controlo de outros fatores de risco individuais, familiares, pares e
de vizinhança do comportamento criminal (o sucesso académico, a punição física, a
supervisão parental, os pares delinquentes e a impressão de vizinhança). No estudo
realizado por Pardini e colegas (2006), os relatos combinados de pais e professores da
escala IC e dos problemas de conduta (subescalas da CBCL e da TRF que avaliam
comportamentos agressivos e delinquentes) foram aplicados na cohort mais nova (Idade:
M = 6.9, SD = .54, R = 5–9), na cohort média (Idade: M = 10.2, SD = .72, R =8–13) e na
cohort mais velha (Idade: M = 13.3, SD = .78, R = 11–16). A persistência de delinquência
foi avaliada até aos 10 anos através do Self-Report of Antisocial Behavior (SRA; Loeber,
Stouthamer-Loeber, van Kammen, & Farrington, 1989), que corresponde a uma
adaptação ao relato por crianças da SRD através da eliminação de itens desadequados a
esta faixa etária, e a partir dos 10 anos pelo SRD. Foi utilizada uma combinação de
autorrelatos e relatos pelos pais e pelos professores da variedade do comportamento
delinquente praticado ao longo da vida e da sua frequência durante os follow-up. O IC
relacionou-se com os problemas de conduta na infância e na adolescência e previu a
delinquência persistente durante um follow-up de 3 anos de crianças. Contudo, após o
controlo de sintomas de psicopatologias de externalização (Perturbação de Conduta,
Perturbação da Hiperatividade e Défices de Atenção) os traços psicopáticos IC apenas
previram a delinquência persistente durante um follow-up de 3 anos na cohort mais velha,
independentemente da sua história de delinquência e das suas caraterísticas
sociodemográficas (Pardini et al., 2006). Pardini e colegas (2014) realizaram um
subestudo de neuroimagem com a cohort mais nova do PYS, que apesar de ter um
objetivo distinto desta revisão, sendo apresentados na informação complementar (ver
Tabela S1, id.). Relatos pelos professores da escala IC foram recolhidos oito vezes a cada
6 meses ao longo da infância entre os 7 e 11 anos de idade média. Com o intuito de avaliar
o comportamento agressivo foram aplicados diversos questionários desde a infância à
idade adulta, designadamente: relatos pelos professores da subescala agressão da TRF
(durante o follow-up de 4 anos na infância (T1-8); autorrelatos das subescalas agressão:
do Youth Self-Report (YSR; Achenbach, 1991c) aos 16 anos de idade média (T9) e do
Adult Self-Report (ASR; Achenbach, & Rescorla, 2003) aos 26 anos de idade média
(T10); autorrelatos das subescalas de agressão física e verbal do Aggression
Questionnaire-Short Form (AQ-SF; Bryant, & Smith, 2001) aos 26 e 29 anos de idade
média (T10, 11); e, a combinação de autorrelatos do SRD e de registos oficiais de
55
condenações por crimes violentos durante um follow-up de 3 anos na idade adulta (entre
os 26 e 29 anos de idades médias, T10-11) com o intuito de medir o comportamento
criminal violento. Os traços psicopáticos do domínio interpessoal e afetivo avaliados ao
longo da infância relacionaram-se e previram a agressão ao longo da infância (n = 503),
também previram a agressão na adolescência (n = 503), a agressão física e verbal e o
comportamento criminal violento na idade adulta (n = 56). A psicopatia avaliada em
alguns pontos da infância previu a agressão geral (T3-6, 8), física e verbal (T2, 3, 6, 8) na
idade adulta (n = 56; Pardini et al., 2014). Ezpeleta, Osa, Granero, Penelo e Domènech
(2013) estudaram a relação das subdimensões CU, avaliadas através de relatos pelos
professores do ICU, com problemas de conduta, que foram medidos por relatos de pais e
professores da subescala do Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ; Goodman,
1997), e o comportamento agressivo, que foi avaliado por diversos instrumentos – relatos
pelos pais da subescala agressão da CBCL e relatos pelos professores da Children’s
Aggression Scale (CAS; Halperin & McKay, 2008), numa amostra na comunidade
constituída por crianças com 3 anos de idade em Espanha derivada do estudo longitudinal
de problemas comportamentais em crianças pré-escolares desde os 3 anos (Ezpeleta, Osa,
& Domènech, 2014). Os traços CU e todas as suas subdimensões exceto a Une
relacionaram-se com o comportamento agressivo e relatos pelos professores de problemas
de conduta concorrentes e avaliados no follow-up de um ano, com maior intensidade para
a subescala Cal. As subdimensões Cal e Unc previram relatos de professores de
problemas de conduta após um follow-up de um ano independentemente do género, do
temperamento, do funcionamento executivo e das outras subdimensões CU, mas não com
os relatos pelos pais dos problemas de conduta, com maior intensidade para a subescala
Cal (Ezpeleta et al., 2013). O autor Waller e colegas (2015) estudaram a relação entre os
traços CU e o comportamento agressivo e delinquente numa amostra na comunidade de
crianças com 9.5 anos de idade média em risco de problemas de conduta derivada do
estudo Women, Infants, and Children (WIC) Nutritional Supplement Program (Dishion,
Shaw, Connell, Gardner, Weaver, & Wilson, 2008) nos Estados Unidos. Os traços CU
foram avaliados através relatos pelos pais do ICU. Os relatos pelos pais da CBCL e pelos
professores do TRF das subescalas agressão e delinquência foram recolhidos no momento
inicial e no follow-up de um ano. Os traços CU e as suas subdimensões relacionaram-se
com a agressão e a delinquência e previram-nas num follow-up de um ano (, com exceção
da relação entre a subdimensão Une e os relatos pelos professores de agressão no follow-
up), com menor intensidade para a subdimensão Une. Após o controlo das caraterísticas
56
sociodemográficas (o género, a raça, a etnia, o nível de escolaridade dos pais e o
rendimento familiar), do estatuto de intervenção e da localização de projeto e do modelo
bifatorial de três fatores, apenas se mantiveram as relações entre os traços CU e as suas
subdimensões com os relatos pelos pais de agressão e delinquência, mas a relação com a
dimensão Une foi negativa. Após o controlo dessas variáveis e dos problemas
comportamentais de externalização e internalização anteriores, apenas se manteve a
relação entre os traços CU totais e os relatos pelos professores de agressão e os relatos
pelos professores e pais de delinquência no follow-up de um ano (Waller et al., 2015). O
estudo conduzido por Enebrink, Långström e Gumpert (2006) numa amostra clínica de
pequenas dimensões constituída por crianças do género masculino, com idades
compreendidas entre os 6 e 12 anos, na Suécia, centrou-se apenas nas dimensões
interpessoais e comportamentais da psicopatia, avaliadas pelo fator I/C dos relatos
combinados de pais e professores do APSD num follow-up de 3 anos e na sua relação
com o instrumento de avaliação clínico Early Assessment Risk List, Version 2 (EARL-
20B; Augimeri, Koegl, Webster, & Levene, 2001) conduzido no momento incial, que
avalia o risco de comportamento antissocial a curto (6 meses) e longo prazo (> 6 meses).
O risco a curto e longo prazo da prática de comportamento antissocial relacionou-se com
os traços psicopáticos dos domínios interpessoal e comportamental num follow-up de 3
anos, mesmo após o controlo de problemas de conduta iniciais (Enebrink et al., 2006).
Por fim, Dadds, Fraser, Frost e Hawes (2005) estudaram a relação da dimensão CU da
psicopatia com o comportamento antissocial e agressivo numa amostra escolar de
crianças com idades compreendidas entre os 4 e 9 anos, na Austrália. O comportamento
agressivo foi avaliado por relatos pelos professores de uma subescala de questionário
utilizada em estudos anteriores (Dadds, Spence, Holland, Barrett, & Laurens, 1997) no
momento inicial. E, o comportamento antissocial (que reflete um estilo de agressão
interpessoal de manipulação proativo e autocentrado,) e os traços psicopáticos CU foram
avaliados por relatos pelos pais de escalas revistas do APSD e do SDQ no momento inicial
e num follow-up de um ano. A dimensão CU relacionou-se com o comportamento
agressivo e previu o comportamento antissocial no follow-up de um ano, mesmo após o
controlo das caraterísticas sociodemográficas dos pais (o rendimento e o nível de
escolaridade) e do comportamento antissocial inicial. A predição pela dimensão CU
dependeu do género e da idade das crianças, ou seja, esta só teve efeito em crianças do
género masculino mais novos (4-6 anos de idade) e do género feminino mais velhas
(apenas 7-9 anos de idade). Além disso, para os rapazes a contribuição do CU adveio da
57
sua interação com os problemas de conduta, isto é, a interação dos traços CU com os
problemas de conduta na predição do comportamento antissocial foi acima e para além
da predição única pelos traços CU. Os itens da escala CU mais consistentemente
preditivos do comportamento antissocial no follow-up foram: “inconsiderate of other
people’s feelings” e “does not feel guilt” (Dadds et al., 2005).
58
dimensões (avaliadas por relatos de professores do CPTI) relacionaram-se com uma
maior frequência de problemas de conduta nos últimos 6 meses (avaliados por relatos
pelos pais e professores de uma escala de 10 itens construída no âmbito deste projeto de
investigação (e.g., “Has violated important rules in preschool/at home.” e “Has beaten,
torn, shoved, kicked, or thrown something on others without a reason.”),
independentemente das caraterísticas sociodemográficas das crianças (a idade e o género)
e dos seus pais (a origem e o nível socioeconómico). Após o controlo das dimensões, a
relação diminuiu de intensidade para as dimensões afetiva e comportamental e foi
negligente para a dimensão interpessoal. A interação entre as dimensões da psicopatia foi
o melhor preditor dos problemas de conduta do que cada uma isoladamente (Colins et al.,
2014a). Colins e colegas (2017a) também utilizaram relatos pelos professores do CPTI
para estudar a relação da psicopatia e das suas dimensões com problemas de conduta na
infância, mas avaliaram os problemas de conduta através do TRF e da CBL. Este estudo
foi conduzido numa amostra de grandes dimensões de crianças, com 5 anos de idade, na
Suécia, derivada do estudo longitudinal de gémeos Preschool Twin Study in Sweden
(PETSS), que investiga a influência genética e ambiental no início da infância no
desenvolvimento de problemas comportamentais. A pontuação total e as dimensões da
psicopatia relacionaram-se com os problemas de conduta independentemente do género
das crianças e da origem e do nível socioeconómico dos seus pais. Após o controlo da
variância partilhada das dimensões da psicopatia, as dimensões associaram-se de forma
menos intensa aos problemas de conduta, sugerindo que esta associação advém do efeito
conjunto dos fatores, e a relação entre o relato pelos pais (professores) de problemas de
conduta e a dimensão interpessoal (comportamental) da psicopatia deixou de existir
(Colins et al., 2017a). Colins e colegas (2018) estudaram a relação entre os traços
psicopáticos avaliados pelo CPTI e os problemas de conduta medidos por uma escala de
8 itens derivados do Caregiver-Teacher Report Form (Achenbach & Rescorla, 2000; e.g.,
“Cruel to animals” e “Destroys his/her own things”), numa amostra pré-escolar de
crianças, com idades compreendidas entre os 3 e 7 anos, na Holanda. Os professores
foram os informantes de ambos os instrumentos. A psicopatia e as suas dimensões
relacionaram-se com os problemas de conduta, independentemente das caraterísticas
sociodemográficas das crianças (a idade e o género) e dos seus pais (a origem e o nível
socioeconómico). Quando controlada a variância partilhada das dimensões da psicopatia,
a dimensão afetiva deixou de se relacionar com os problemas de conduta e a dimensão
interpessoal associou-se de forma mais intensa do que a dimensão comportamental aos
59
problemas de conduta (Colins et al., 2018). Numa amostra escolar de crianças, com idades
compreendidas entre os 6 e 12 anos, em Itália, Somma e colegas (2016a) estudaram a
relação entre a psicopatia avaliada por relatos pelos professores, pelas mães e pelos pais
do CPTI e os problemas comportamentais na escola medidos por registos escolares.
Apenas os relatos fornecidos pelas mães e pelos professores da psicopatia discriminaram
crianças com problemas comportamentais na escola de crianças com comportamento
adequado na escola, independentemente da idade e do género das crianças e do nível
socioeconómico dos seus pais. Marsee, Silverthorn e Frick (2005) estudaram a relação
entre os traços psicopáticos, avaliados por autorrelatos (apenas pontuação total) e relatos
pelos professores (pontuação total e dimensões) do APSD, e a frequência do
comportamento delinquente violento e não violento nos últimos 12 meses, medidos pela
SRD, numa amostra escolar de crianças com idades compreendidas entre os 10 e 17 anos
nos Estados Unidos. Apenas os autorrelatos da psicopatia relacionaram-se com a
delinquência independentemente do género. Nenhuma das dimensões dos relatos pelos
professores da psicopatia relacionou-se unicamente à delinquência quando controlada a
variância partilhada entre estas. Van Baardewijk e colegas (2010) estudaram a relação
entre os traços psicopáticos avaliados por autorrelatos das versões completas e reduzidas
YPI-CV e os problemas de conduta avaliados por autorrelatos do SDQ numa amostra
escolar de crianças, com idades compreendidas entre os 9 e 12 anos, na Suécia. A
psicopatia e as suas dimensões relacionaram-se com os problemas de conduta, com maior
intensidade para a dimensão comportamental, independentemente da versão do YPI-CV.
60
Tabela 3 Descrição dos estudos sobre a relação entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial e agressivo na infância
Comportamento antissocial e
Amostra Traços psicopáticos agressivo
Estudo Desenho
Idade (Sub)escala
Tipo n Género País Medida Medida (Sub)escala
(anos)
Assary et al., 2015 Pré-escolar 102 4–6 Ambos CUS–TR CU PBQ–TR Agressão Transversal
E.U.A.
E.U.A. CPS–SR, PR Agressão
Baker et al., 2007 Comunidade 1219 9–10 Ambos CU e II CAQ–SR, TR Transversal
relacional
Agressão reativa
RPQ–SR, PR, TR
e proativa
Delinquência e
CBCL, TRF
agressão
CU Comportamento
Benesch et al., 2014 Clínica 120–130 6–12 Masculino Alemanha ICU–PRb FBB–SSV PR Transversal
(Cal, Unc e Une)c antissocial
Delinquência e
CBCL
agressão
FAVK–PR Agressão
61
Tabela 3 (continuação)
Descrição dos estudos sobre a relação entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial e agressivo na infância
Comportamento antissocial e
Amostra Traços psicopáticos
agressivo
Estudo Desenho
Idade (Sub)escala
Tipo n Género País Medida Medida (Sub)escala
(anos)
Itália CU
Ciucci et al., 2014 Escolar 540 10–16 Ambos ICU–SR TBC–SR (Cyber)Bullying Transversal
(Cal, Unc e Une)
Problemas de
Registos escolares conduta
escolares
Bullying direto e
Questionário–PN indireto,
Agressão reativa
Total Questionário–PR, Problemas de
Colins et al., 2014a Pré-escolar 2056 3–5 Ambos Suécia CPTI–TR Transversal
(GM, CU e INS) TR conduta
Total Agressão reativa
Colins et al., 2017a Comunidade 1188 5 Ambos Suécia CPTI–TR ABRS–TR Transversal
(GM, CU e INS) e proativa
Agressão
PSBS–T PR, TR
relacional
Problemas de
TRF, CBCL
conduta
Total Problemas de
Colins et al., 2018 Pré-escolar 287 3–7 Ambos Holanda CPTI–TR C–TRF (TR) Transversal
(GM, CU e INS) conduta
Agressão reativa
IRPA–TR
e proativa
Notas: n = dimensão da amostra; ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; CPTI = Inventário dos Traços Problemáticos em Crianças; SR = Self Report (Autorrelato); PR = Parent
Report (Relatos pelos pais); TR = Teacher Report (Relatos pelos professores); CU = Frieza–Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade
Emocional; GD = Grandioso–Dissimulado; INS = Impulsivo–Necessidade de Estimulação; TBC = Traditional Bullying and Cyberbullying; ABRS = Aggressive Behavior Rating Scale; PSBS-T = Preschool
Social Behavior Scale–Teacher form; TRF = Teacher Report Form; CBCL = Child Behavior Checklist; C-TRF = Caregiver-Teacher Report Form; IRPA = Instrument for Reactive and Proactive Aggression;
PN = Peer Nominations (Nomeações por pares).
62
Tabela 3 (continuação)
Descrição dos estudos sobre a relação entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial e agressivo na infância
Comportamento antissocial e
Amostra Traços psicopáticos
agressivo
Estudo Desenho
Idade (Sub)escala
Tipo n Género País Medida Medida (Sub)escala
(anos)
Total
Dadds et al., 2005 Escolar 1359 4–9 Ambos Austrália APSD–PR Questionário–TR Agressão Transversal
(Nar, CU e Imp)
Comportamento
CUS–PR CU Questionário–PR Longitudinal
450 antissocial
Austrália Comportamentos
Dadds et al., 2006a Escolar 1359 4–9 Ambos CUS–PR CU FHS–PR Transversal
piromaníacos
Comportamento
Dadds et al., 2006b Escolar 131 6–13 Ambos Austrália CAI–SR, PR cruel com os Transversal
APSD–PR CU animais
Risco de
Enebrink et al., 2006 Clínica 66 6–12 Masculino Suécia EARL–20B comportamento Longitudinal
APSD–CPTR I/C antissocial
CU CBCL–PR
Ezpeleta et al., 2013 Comunidade 622 3 Ambos Espanha ICU–TR Agressão Longitudinal
(Cal, Unc e Une) CAS–TR
Agressão
RAS–TR
relacional
Problemas de
SDQ–PR, TR conduta
E.U.A. APSD–CPTR Delinquência e
Frick et al., 1994 Clínica 64 6–13 Ambos I/C e CU CBCL Transversal
agressão
Notas: n = dimensão da amostra; E.U.A. = Estados Unidos da América; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Antissocial; CUS = Escala Revista de Frieza–Insensibilidade Emocional; ICU = Inventário
de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Nar = Narcisismo; Imp = Impulsividade; CU = Frieza–Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une =
Insensibilidade Emocional; I/CP = Impulsividade/Problemas de conduta; SR = Self Report (Autorrelato); PR = Parent Report (Relatos pelos pais); TR = Teacher Report (Relatos pelos professores); C =
Combined (Relatos combinados); FHS = Fire History Screen; CAI = Children and Animals Inventory; EARL-20B = Early Assessment Risk List for boys; CBCL = Child Behavior Checklist; CAS = Children’s
Aggression Scale; RAS = Relational Aggression Scale; SDQ = Strengths and Difficulties Questionnaire.
63
Tabela 3 (continuação)
Descrição dos estudos sobre a relação entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial e agressivo na infância
Comportamento antissocial e
Amostra Traços psicopáticos
agressivo
Estudo Desenho
Idade (Sub)escala
Tipo n Género País Medida Medida (Sub)escala
(anos)
E.U.A. APSD–CPTR Agressão total,
Frick et al., 2003a Escolar 98 12.36a Ambos CU ABRS–CSPR Longitudinal
reativa e proativa
SRD Delinquência
Total Problemas de
Frogner et al., 2018 Pré-escolar 1867 3–5 Ambos Suécia CPTI–TR Questionário– TR Longitudinal
(GD, CU e INS) conduta
Kimonis et al., E.U.A. APSD–CPTR ABRS–TR Agressão total,
Pré-escolar 49 2–5 Ambos CU Transversal
2006a (T2) reativa e proativa
64
Tabela 3 (continuação)
Descrição dos estudos sobre a relação entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial e agressivo na infância
Comportamento antissocial e
Amostra Traços psicopáticos
agressivo
Estudo Desenho
Idade (Sub)escala
Tipo n Género País Medida Medida (Sub)escala
(anos)
E.U.A. Comportamento
Lynam et al., 2009b Comunidade 338 12.5a Masculino CPS–PR Total Registos oficiais Longitudinal
criminal
Agressão
Marsee et al., 2005 Escolar 200 10–17 Ambos APSD–SR RCSB–SR relacional e Transversal
E.U.A. Total direta
Total
APSD–TR SRD Delinquência
(NAR, CU e IMP)
56 ASR Agressão
Agressão física e
AQ–SF
verbal
Agressão
IPAS–SR impulsiva e
premeditada
Notas: n = dimensão da amostra; E.U.A. = Estados Unidos da América; CPS = Escala de Psicopatia Crianças; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Antissocial; ICU = Inventário de Traços
Calosos/Insensibilidade Emocional; IC = Escala de Calosidade Interpessoal; SR = Self Report (Autorrelato); PR = Parent Report (Relatos pelos pais); TR = Teacher Report (Relatos pelos professores); C =
Combined (Relatos combinados); RCSB = Ratings of Children’s Social Behavior; SRD = Self-Reported Delinquency Scale; SRA = Self-Report of Antisocial Behavior; OBVQ = Revised Olweus Bully/Victim
Questionnaire; CBCL = Child Behavior Checklist; TRF = Teacher Report Form; RPQ = Reactive-Proactive Aggression Questionnaire; YSR = Youth Self-Report; ASR = Adult Self-Report; AQ-SF = Aggression
Questionnaire-Short Form; IPAS = Impulsive- Premeditated Aggression Scale.
a O valor corresponde à idade média aproximada dos participantes, uma vez que estes estudos não forneceram dados relativos à amplitude desta.
65
Tabela 3 (continuação)
Descrição dos estudos sobre a relação entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial e agressivo na infância
Comportamento antissocial e
Amostra Traços psicopáticos
agressivo
Estudo Desenho
Idade (Sub)escala
Tipo n Género País Medida Medida (Sub)escala
(anos)
Pardini et al., 2014 E.U.A. IC–TR SRD Comportamento
Comunidade 56 7.5a Masculino IC Longitudinal
(continuação) Registos oficiais criminal violento
CPTI–TR, Problemas
Somma et al., 2016a Escolar 406 6–12 Ambos Itália MR, FR Registos escolares comportamentais Transversal
Total na escola
van Baardewijk et Holanda YPI–CV
Escolar 224 9–13 Ambos Total FastKid! Agressão Experimental
al., 2009
van Baardewijk et Total Problemas de
Escolar 360 9–12 Ambos Suécia YPI–C(S)V SDQ–SR Transversal
al., 2010 (GM, CU e II) conduta
66
De seguida serão descritos os estudos longitudinais que se centram na análise da
relação de todas as dimensões da psicopatia com o comportamento agressivo e antissocial.
Houve três estudos conduzidos com amostras derivadas do PYS que estudaram a relação
entre a psicopatia, avaliada através de relatos pelos pais da CPS, e a delinquência, que
são apresentados de seguida. O autor Lynam (1997) conduziu o seu estudo na amostra do
meio do PYS constituída por crianças do sexo masculino com 10 anos de idade média.
As subescalas agressão e delinquência foram avaliadas através de autorrelatos do YSR e
relatos pelos professores do TRF no follow-up quando as crianças tinham entre 12 e 13
anos de idade. As crianças preencheram o SRA no momento inicial para avaliar a
variedade de comportamentos delinquentes praticados e o consumo de drogas ao longo
da vida. E, foi aplicado o SRD no follow-up para avaliar a variedade e frequência do
comportamento delinquente e do consumo de drogas nos últimos 6 meses. Os autorrelatos
de delinquência foram complementados com relatos pelos professores e pais de
comportamento delinquente. As crianças foram classificadas em vários níveis de
gravidade de delinquência através do sistema de classificação de Loeber, Stouthamer-
Loeber, van Kammen e Farrington (1989) adaptado das classificações de gravidade de
Wolfgang, Figlio, Tracey e Singer (1985): delinquência geral (T1,2), contra a propriedade
(T1) e violenta (T1). Foi excluído das análises o item versatilidade criminal da CPS por
causa da sobreposição do seu conteúdo com as medidas antissociais. A psicopatia previu
comportamentos de externalização (a agressão e delinquência) no início da adolescência
mesmo após o controlo das psicopatologias e a predição foi superior às psicopatologias
de internalização. A psicopatia relacionou-se com a gravidade de delinquência geral,
contra a propriedade e violenta na infância, e previu a variedade e a gravidade de
delinquência no início da adolescência. A predição da delinquência no início da
adolescência pela psicopatia foi acima e para além de outras variáveis associadas ao crime
(o estatuto socioeconómico, o QI, a impulsividade, a agressão, o temperamento
descontrolado e a delinquência aos 10 anos de idade). A psicopatia também previu a
agressão e a delinquência avaliadas por medidas de psicopatologia no início da
adolescência. Foram comparados três grupos de rapazes: não-delinquentes estáveis, que
eram não delinquentes ou eram delinquentes aos 10 e 12-13 anos; delinquentes graves e
estáveis, que apresentavam os níveis mais elevados de delinquência aos 10 e 12-13 anos
de idade; e, todos os outros delinquentes, que não preencheram o critério de delinquência
grave, estável. O grupo de rapazes com padrões de delinquência estáveis e graves da
infância ao início da adolescência apresentaram níveis superiores de traços psicopáticos
67
na infância relativamente aos grupos de rapazes não delinquentes estáveis e outros
delinquentes independentemente do comportamento agressivo e do temperamento
descontrolado (Lynam, 1997). O estudo longitudinal realizado por Lynam e colegas
(2009a) foi conduzido nas três amostras do PYS: mais nova (idade média de 7 anos até
aos 18 anos), meio (idade média de 10 anos até aos 13 anos) e mais velha (idade média
de 13 anos até aos 18 anos). A delinquência foi avaliada pela aplicação regular,
inicialmente a cada 6 meses e posteriormente todos os anos, da SRD. Foi utilizada uma
versão reduzida da CPS. A psicopatia na infância previu a delinquência na adolescência
acima e para além da delinquência passada e a sua predição não diferiu em função da
idade e do estatuto de risco. No estudo realizado por Lynam e colegas (2009b) na amostra
do meio do PYS constituída por rapazes com idades situadas entre os 10 e 13 anos, a
psicopatia avaliada na pré-adolescência (M = 12.5 anos de idade) previu o número de
prisões e condenações por crime dos 18 aos 26 anos independentemente de outras
variáveis relacionadas com o crime (sociodemográficas, familiares, delinquência de pares
e diferenças individuais). O estudo realizado por López-Romero, Romero e Andershed
(2015) também avaliou a psicopatia através do relato pelos pais da mCPS,
designadamente dos seus fatores 1 (traços psicopáticos dos domínios interpessoais e
afetivos) e 2 (traços psicopáticos do domínio comportamental) numa amostra escolar de
crianças, com idades compreendidas entre os 6 e 11 anos, em Espanha. E, aplicou a versão
de relato pelos pais da subescala de problemas de conduta da CBCL avaliados no
momento inicial e em dois follows-up de 3 e 6 anos. Foram identificados três grupos de
crianças: o grupo baixo estável, que era constituído por crianças com níveis baixos de
problemas de conduta da infância à adolescência; o grupo alto estável, que era composto
por crianças identificados como o grupo com um início precoce de problemas de conduta
e persistente da infância à adolescência; e, o grupo limitado à infância, que era formado
por crianças com um pico de problemas de conduta na infância, mas que depois
diminuíam ao longo da adolescência. Os fatores da psicopatia relacionaram-se
positivamente com os problemas de conduta na infância. Apenas os traços psicopátios do
domínio comportamental discriminaram o grupo baixo estável dos grupos alto estável e
limitado à infância acima e para além de traços psicopáticos dos domínios interpessoais
e afetivos, da impulsividade e da empatia. Os adolescentes do grupo alto estável foram os
que apresentaram maiores níveis dos fatores de psicopatia e de todos os traços CU, com
exceção da subdimensão CU Une, avaliados pelos relatos pelos pais do ICU no follow-
up de 6 anos. Dois estudos realizados por Klingzell e colegas (2016) e Frogner e colegas
68
(2018) estudaram a relação da psicopatia e das suas dimensões com os problemas de
conduta utilizando uma amostra pré-escolar de crianças, com idades compreendidas entre
os 3 e 5 anos, na Suécia, derivada do projeto de investigação longitudinal prospetivo
SOFIA. As crianças foram acompanhadas em dois follows-up de um ano quando tinham
4-6 anos de idade e de dois anos quando tinham 5-7 anos de idade. Os traços psicopáticos
foram avaliados através de relatos pelos professores do CPTI. E, os problemas de conduta
foram medidos através de relatos pelos professores de uma escala desenvolvida para este
projeto no estudo de Frogner e colegas (2018) e no caso do estudo de Klingzell e colegas
(2016) para além dos relatos pelos professores também avaliou o relato pelos pais desta
escala. No estudo conduzido por Frogner e colegas (2018), a psicopatia e as suas
dimensões previram os problemas de conduta após 1 e 2 anos, bem como níveis altos de
problemas de conduta estáveis, independentemente do género das crianças e do nível
sociodemográfico e origem dos seus pais. A dimensão interpessoal da psicopatia foi o
pior preditor dos problemas de conduta. Após o controlo de problemas de conduta
precoces, as três dimensões deixaram de prever ou foram muito baixos preditores dos
problemas de conduta. A combinação de problemas de conduta concorrentes com a
personalidade psicopática (3 dimensões) foi o preditor mais forte de problemas de
conduta contínuos ao longo da infância do que a combinação de problemas de conduta
concorrentes e apenas os traços psicopáticos CU nos rapazes, mas não nas raparigas. No
estudo realizado pelo autor Klingzell e colegas (2016), houve uma tendência para os
traços CU e os problemas de conduta evoluírem em conjunto ao longo da infância, isto é,
as crianças que aumentam ou diminuem os traços CU exibem mudanças semelhantes nos
problemas de conduta. Ao longo da infância, a estabilidade e a mudança de traços
psicopáticos dos domínios interpessoal e comportamental relacionaram-se com a
estabilidade e a mudança de traços CU e dos problemas de conduta. Van Baardewijk e
colegas (2011) realizou um estudo longitudinal numa amostra escolar de crianças, com
idades compreendidas entre os 9 e 12 anos, na Holanda, sobre a relação da psicopatia e
das suas dimensões com problemas de conduta. Os traços psicopáticos foram avaliados
através de autorrelatos do YPI-CV. Os problemas de conduta foram avaliados por
subescalas de autorrelatos do SDQ, de relatos pelos professores da Problem Behavior at
School Interview (PBSI; Erasmus, 2000) e nomeações por colegas de turma do Peer-
Report Measure of Internalizing and Externalizing Behavior (PMIEB; Weiss, Harris, &
Catron, 2002). A psicopatia e as suas dimensões previram os problemas de conduta num
follow-up de 18 meses, mesmo após o controlo dos problemas de conduta iniciais, e
69
também se relacionaram com os problemas de conduta concorrentes. Após o controlo das
dimensões da psicopatia, apenas a dimensão comportamental foi associada unicamente
aos problemas de conduta concorrentes e no follow-up. O grupo de crianças com níveis
mais altos de traços psicopáticos estáveis durante o follow-up de 18 meses apresentaram
níveis superiores de problemas de conduta no follow-up de 18 meses relativamente aos
grupos de crianças com níveis baixos estáveis de psicopatia e níveis instáveis de
psicopatia (van Baardewijk et al., 2011).
70
traços psicopáticos avaliados na infância do comportamento antissocial na adolescência
(Byrd et al., 2012, 2018; López-Romero et al., 2015b; Lynam, 1997; Lynam et al., 2009a;
Pardini et al., 2006) e no início da idade adulta (Byrd et al., 2012; Lynam et al., 2009b).
A inexistência de relação entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial
apenas foi evidenciada em parte dos resultados de dois estudos realizados por Ezpeleta e
colegas (2013) e Marsee e colegas (2005) entre os relatos não correspondentes destas
variáveis, mas houve relação entre os relatos análogos destas, e do estudo realizado por
Somma e colegas (2006a) apenas para os relatos pelos pais da psicopatia, mas os relatos
pelas mães e pelos professores da psicopatia relacionaram-se com os problemas
comportamentais escolares, bem como do estudo realizado por Dadds e Fraser (2006a)
sobre comportamentos piromaníacos. No entanto, a maior parte dos estudos demonstrou
que esta relação era consistente entre fontes de informação distintas (Baker et al., 2007;
Byrd et al., 2018; Colins et al., 2014a, 2017a, 2018; Frick et al., 1994; Klingzell et al.,
2016; Lynam, 1997; Lynam et al., 2009a; Pardini et al., 2006; van Baardewijk et al., 2011;
Waller et al., 2015) e metodologias distintas (Byrd et al., 2012; Ciucci et al., 2014;
Enebrink et al., 2006; Lynam et al., 2009b; Somma et al., 2006a). Alguns estudos
apresentaram limitações no sentido em que apenas utilizaram as versões de autorrelato
(van Baardewijk et al., 2010), de relato pelos pais (Benesch et al., 2014; Dadds et al.,
2005; López-Romero et al., 2015b) e de relatos pelos professores (Colins et al., 2018;
Frogner et al., 2018) dos questionários que mediram as variáveis, estando, assim, sujeitos
à variância partilhada pelo método. A evidência da relação de traços psicopáticos com o
comportamento antissocial também foi consistente com operacionalizações distintas
destas variáveis, nomeadamente através dos seguintes instrumentos de avaliação de traços
psicopáticos: o APSD (Dadds et al, 2005; Enebrink et al., 2006; Frick et al., 1994; Marsee
et al., 2005), a CPS (Baker et al., 2007; López-Romero et al., 2015b; Lynam, 1997;
Lynam et al., 2009a/b), o CPTI (Colins et al., 2014a, 2017a, 2018; Frogner et al., 2018;
Klingzell et al., 2016; Somma et al., 2016a), a IC (Byrd et al., 2012, 2018; Pardini et al.,
2006), o ICU (Benesch et al., 2014; Ciucci et al., 2014; Ezpeleta et al., 2013; Waller et
al., 2015), a CUS (Dadds et al, 2005) e o YPI-CV (van Baardewijk et al., 2010, 2011); e,
as seguintes medidas do comportamento antissocial: o SRA (Pardini et al., 2006; Lynam,
1997), o SRD (Byrd et al., 2012; Pardini et al., 2006; Lynam, 1997; Lynam et al., 2009a;
Marsee et al., 2005; Pardini et al., 2006), a CBCL (Baker et al., 2007; Benesch et al.,
2014; Byrd et al., 2018; Colins et al., 2017a; Frick et al., 1994; López-Romero et al.,
2015b; Pardini et al., 2006; Waller et al., 2015), o TRF (Baker et al., 2007; Colins et al.,
71
2017a; Lynam, 1997; Pardini et al., 2006; Waller et al., 2015), o YSR (Lynam, 1997), o
CTR (Colins et al., 2018), o TBB-SSV (Benesch et al., 2014), o PMIEB (van Baardewijk
et al., 2011), o SDQ (Ezpeleta et al., 2013; van Baardewijk et al., 2010, 2011), o EARL-
20B (Enebrink et al., 2006), a escala revista do comportamento antissocial (Dadds et al.,
2005), os registos oficiais de crime (Byrd et al., 2012; Lynam et al., 2009b), os registos
escolares de problemas comportamentais (Ciucci et al., 2014; Somma et al., 2016a) e um
questionário desenvolvido no âmbito do projeto de investigação (Colins et al., 2014a;
Frogner et al., 2018; Klingzell et al., 2016). Estes estudos foram realizados em diversos
tipos de amostras, designadamente maioritariamente em amostras na comunidade (Baker
et al., 2007; Byrd et al., 2012, 2018; Colins et al., 2017a; Ezpeleta et al., 2013; Lynam,
1997; Lynam et al., 2009a/b; Pardini et al., 2006; Waller et al., 2015) e (pré-)escolares
(Ciucci et al., 2014; Colins et al., 2014a, 2018; Dadds et al., 2005; Frogner et al., 2018;
Klingzell et al., 2016; López-Romero et al., 2015b; Marsee et al., 2005; Somma et al.,
2016a; van Baardewijk et al., 2010, 2011), mas apenas alguns estudos utilizaram amostras
clínicas (Benesch et al., 2014; Enebrink et al. 2006; Frick et al., 1994). Sendo assim, há
a necessidade de a investigação futura replicar os estudos em amostras clínicas. Apesar
de a maior parte dos estudos terem sido realizados nos Estados Unidos (Baker et al., 2007;
Byrd et al., 2012, 2018; Frick et al., 1994; Lynam, 1997; Lynam et al., 2009a/b; Marsee
et al., 2005; Pardini et al., 2006, 2014; Waller et al., 2015), a relação entre os traços
psicopáticos e o comportamento antissocial também foi demonstrada em contextos
culturais distintos, designadamente na Alemanha (Benesch et al., 2014), na Austrália
(Dadds et al., 2005), em Espanha (Ezpeleta et al., 2013; López-Romero et al., 2015b), na
Holanda (Colins et al., 2018; van Baardewijk et al., 2011), em Itália (Ciucci et al., 2014;
Somma et al., 2016a) e na Suécia (Colins et al., 2014a, 2017a; Enebrink et al., 2006;
Frogner et al., 2018; Klingzell et al., 2016; van Baardewijk et al., 2010). Numa minoria
de estudos as amostras eram compostas por crianças apenas do sexo masculino (Benesch
et al., 2014; Byrd et al., 2012, 2018; Enebrink et al., 2006; Lynam, 1997; Lynam et al.,
2009a/b; Pardini et al., 2006), estando os resultados limitados a este género. Contudo, a
maior parte das amostras destes estudos eram constituídas por crianças de ambos os
géneros (Baker et al., 2007; Ciucci et al., 2014; Colins et al., 2014a, 2017a, 2018; Dadds
et al., 2005; Ezpeleta et al., 213; Frick et al., 1994; Frogner et al., 2018; Klingzell et al.,
2016; López-Romero et al., 2015b; Marsee et al., 2005; Somma et al., 2016a; van
Baardewijk et al., 2010, 2011; Waller et al., 2015), cujos resultados de uma parte destes
foram independentes do género (Colins et al., 2014a, 2017a, 2018; Ciucci et al., 2014;
72
Ezpeleta et al., 2013; Frogner et al., 2018; Marsee et al., 2005). Uma parte dos estudos
forneceu evidência de que a relação entre os traços psicopáticos era independente do
género crianças (Colins et al., 2014a, 2017a, 2018; Ezpeleta et al., 2013; Frogner et al.,
2018; Marsee et al., 2005; Somma et al., 2016a; Waller et al., 2015). Contudo, os estudos
realizados por Dadds e seu colegas (2005) e Ciucci e colegas (2014) evidenciaram
diferenças de género na relação de traços psicopáticos com o comportamento antissocial.
Os estudos foram realizados em amostras de crianças com idades situadas no início da
infância (Colins et al., 2014a, 2017a, 2018; Dadds et al., 2005; Ezpeleta et al., 2013;
Frogner et al., 2018; Klingzell et al., 2016), a meio da infância (Benesch et al., 2014; Byrd
et al., 2012, 2018; Colins et al., 2018; Dadds et al., 2005; Enebrink et al., 2006; Frick et
al., 1994; López-Romero et al., 2015b; Lynam et al., 2009a; Pardini et al., 2006; Somma
et al., 2016a; Waller et al., 2015) e/ou no final da infância (Baker et al., 2007; Benesch et
al., 2014; Enebrink et al., 2006; Frick et al., 1994; López-Romero et al., 2015b; Lynam,
1997; Lynam et al., 2009a/b; Pardini et al., 2006; Somma et al., 2016a; van Baardewijk
et al., 2010, 2011). Marsee e colegas (2015) e Ciucci e colegas (2014) utilizaram amostras
mistas de crianças e adolescentes, com idades compreendidas entre os 10 e 17 anos, nos
seus estudos, cujas conclusões não podem ser apenas limitadas à infância, uma vez que
não foi controlada a idade nas suas análises. Uma parte dos estudos forneceu evidência
de que a relação entre os traços psicopáticos era independente da idade das crianças (Byrd
et al., 2012, 2018; Colins et al., 2014a, 2018; Lynam, et al., 2009a; Pardini et al., 2006;
Somma et al., 2016a). Contudo, o estudo realizado por Dadds e seu colegas (2005)
evidenciou também diferenças de idade na relação entre os traços psicopáticos e o
comportamento antissocial. Além disso, é importante destacar que alguns estudos revistos
forneceram evidência de que os traços psicopáticos previram o comportamento
antissocial acima e para além de outras variáveis relacionadas com o crime,
nomeadamente outras caraterísticas sociodemográficas das crianças e dos seus pais (e.g.,
a raça e a etnia das crianças, a origem dos pais, nível socioeconómico dos seus pais; Byrd
et al., 2012; Colins et al., 2014a, 2017a, 2018; Dadds et al., 2005; Frogner et al., 2018;
Lynam, 1997; Lynam et al., 2009b; Pardini et al., 2006; Somma et al., 2016a; Waller et
al., 2015), os comportamentos de externalização (os problemas de conduta, a
delinquência, o crime e a agressão; Dadds et al.; 2005; Enebrink et al., 2006; Lynam,
1997; Lynam et al., 2009a; Pardini et al., 2006; van Baardewijk et al., 2011; Waller et al.,
2015), as diferenças individuais (e.g., o temperamento, a empatia, a impulsividade, o
funcionamento executivo, a inteligência e as psicopatologias; Byrd et al., 2012; Ezpeleta
73
et al., 2013; López-Romero et al., 2015b; Lynam, 1997; Lynam et al., 2009b; Pardini et
al., 2006; Waller et al., 2015) e fatores parentais, delinquência de pares (Lynam et al.,
2009b) e o nível socioeconómico da vizinhança (Lynam et al., 2009b; Pardini et al.,
2006). No entanto, o estudo de Frogner e colegas (2018) não demonstrou a predição
incremental de traços psicopáticos relativamente a problemas de conduta precoces. No
estudo realizado por Pardini e colegas (2006), os traços psicopáticos não tiveram utilidade
preditiva do comportamento antissocial após o controlo de psicopatologias de
externalização apenas para a amostra mais jovem e do meio do PYS. E, no estudo
conduzido por Byrd e colegas (2012) os traços psicopáticos deixaram de discriminar o
grupo de delinquentes persistentes do grupo de desistentes após o controlo de outros
fatores de risco do crime (o sucesso académico, a punição física, a supervisão parental,
os pares delinquentes e a impressão de vizinhança). As subdimensões CU Unc e
particularmente a Cal foram as que tiveram uma contribuição mais importante para o
comportamento antissocial (Benesch et al., 2014; Ciucci et al., 2014; Ezpeleta et al., 2013;
Waller et al., 2015). A subdimensão CU Une de modo geral não se relacionou (Benesch
et al., 2014; Ciucci et al., 2014; Ezpeleta et al., 2013) ou relacionou-se unicamente de
forma negativa com o comportamento antissocial (Waller et al., 2015). Os estudos que
analisaram a relação de todas as dimensões da psicopatia com o comportamento
antissocial, demonstraram a importância para além da dimensão afetiva das outras
dimensões interpessoal e comportamental neste (Baker et al., 2007; Colins et al., 2014a,
2017a, 2018; Frick et al., 1994; Frogner et al., 2018; Klingzell et al., 2016; López-Romero
et al., 2015b; Marsee et al., 2005; van Baardewijk et al., 2010, 2011). A maior parte dos
estudos não forneceu informação relativamente à relação única das dimensões da
psicopatia com o comportamento antissocial, uma vez que se centraram apenas na análise
da dimensão afetiva da psicopatia (Benesch et al., 2014; Ciucci et al., 2014; Dadds et al.,
2005; Ezpeleta et al., 2013; Waller et al., 2015), das dimensões afetiva e interpessoal da
psicopatia (Byrd et al., 2012, 2018; Pardini et al., 2006), da dimensão interpessoal e
comportamental da psicopatia (Enebrink et al., 2003), da pontuação total da psicopatia
(Lynam, 1997; Lynam et al., 2009a/b; Marsee et al., 2005; Somma et al., 2016a) ou não
controlaram a variância partilhada pelas dimensões nas suas análises (Baker et al., 2007;
Frick et al., 1994; Klingzell et al., 2016; van Baardewijk et al., 2010). Relativamente à
contribuição única das dimensões no comportamento antissocial os resultados são
inconsistentes: as dimensões afetiva e comportamental são os preditores mais fortes
(Colins et al., 2014a, 2017a; Frogner et al., 2018), ora é a dimensão interpessoal (Colins
74
et al., 2017a, 2018), ora é apenas a dimensão comportamental (López-Romero et al.,
2015b; van Baardewijk et al., 2011), ora não é nenhuma (Marsee et al., 2005). O único
estudo que também analisou a interação dos fatores da psicopatia demonstrou que este
era o melhor preditor do comportamento antissocial (Colins et al., 2014a). Estes
resultados chamam a atenção para a investigação futura estudar a psicopatia de forma
global, a contribuição única das suas dimensões e a interação entre estas na predição do
comportamento antissocial e não apenas o estudo isolado de algumas dimensões da
psicopatia. Por fim, a evidência relacionada com a utilidade preditiva de traços
psicopáticos é mais escassa. A maior parte dos estudos utilizaram follows-up de curta
duração durante a infância entre 1 e 3 anos (Dadds et al., 2005; Enebrink et al., 2003;
Ezpeleta et al., 2013; Klingzell et al, 2016; van Baardewijk et al., 2011; Waller et al.,
2015). Alguns estudos derivados do PYS forneceram evidência da predição do
comportamento antissocial pelos traços psicopáticos noutras etapas do desenvolvimento,
nomeadamente na adolescência (Byrd et al., 2012, 2018; López-Romero et al., 2015b;
Lynam, 1997; Pardini et al., 2006) e no início da idade adulta (Byrd et al., 2012; Lynam
et al., 2009a/b).
75
2007; Lynam, 1997), a CUS (Assary et al., 2015; Dadds et al., 2005), a IC (Byrd et al.,
2018; Pardini et al., 2014), o ICU (Benesch et al., 2014; Ezpeleta et al., 2013; Waller et
al., 2015), e o YPI-CV (van Baardwijk et al., 2009) - e do comportamento agressivo
através de (sub)escalas de questionários – a ABRS (Frick et al., 2003a; Kimonis et al.,
2006a/b), o ASR (Pardini et al., 2014), a CAS (Ezpeleta et al., 2013), a CBCL (Baker et
al., 2007; Benesch et al., 2014; Byrd et al., 2018; Ezpeleta et al., 2013; Frick et al., 1994;
Waller et al., 2015), o FAVK (Benesch et al., 2014), o PBQ (Assary et al., 2015), o TRF
(Baker et al., 2007; Lynam, 1997; Pardini et al., 2014; Waller et al., 2015), o SRA
(Lynam, 1997), o SRD (Lynam, 1997; Marsee et al., 2005; Pardini et al., 2014) e o YSR
(Lynam, 1997; Pardini et al., 2014) -, de registos oficiais de crime (Pardini et al., 2014) e
de uma tarefa experimental (van Baardewijk et al., 2009). A maior parte dos estudos
foram realizados nos Estados Unidos (Assary et al., 2015; Baker et al., 2007; Byrd et al.,
2018; Frick et al., 1994, 2003a; Kimonis et al., 2006a/b; Lynam, 1997; Marsee et al.,
2005; Pardini et al., 2014; Waller et al., 2015), existindo uma pequena evidência desta
relação proveniente de investigações conduzidas noutros contextos culturais,
nomeadamente na Alemanha (Benesch et al., 2014), na Austrália (Dadds et al., 2005), em
Espanha (Ezpeleta et al., 2013) e na Holanda (van Baardewijk et al., 2009). Sendo assim,
há a necessidade de replicar estes resultados noutros países distintos dos Estados Unidos.
Os estudos foram realizados em amostras de crianças com idades situadas no início da
infância (Assary et al., 2015; Dadds et al., 2005; Ezpeleta et al., 2013; Kimonis et al.,
2006a), a meio da infância (Benesch et al., 2014; Byrd et al., 2018; Dadds et al., 2005;
Frick et al., 1994; Kimonis et al., 2006b; Pardini et al., 2014; Waller et al., 2015) e/ou no
final da infância (Baker et al., 2007; Benesch et al., 2014; Frick et al., 1994, 2003a;
Lynam, 1997; Marsee et al., 2005; Pardini et al., 2014; van Baardewijk et al., 2009). Uma
pequena parte destes estudos forneceu evidência da utilidade preditiva de traços
psicopáticos para a agressão durante a infância em follows-up de um ano (Ezpeleta et al.,
2013; Waller et al., 2015), bem como na adolescência (Byrd et al., 2018; Lynam, 1997;
Pardini et al., 2014) e na idade adulta (Pardini et al., 2014). Alguns estudos também
demonstraram que os traços psicopáticos previram o comportamento agressivo acima e
para além de outras variáveis relacionadas com o crime, nomeadamente o género
(Kimonis et al., 2006a/b; Waller et al., 2015), o rendimento familiar, a raça e a etnia das
crianças, o nível de escolaridade de seus pais (Waller et al., 2015), a inibição
comportamental (Kimonis et al., 2006a), o uso de punição corporal pelos seus pais
(Kimonis et al., 2006a), as psicopatologias de internalização e de externalização (Lynam,
76
1997; Waller et al., 2015). É de destacar que no estudo conduzido por Waller e colegas
(2015) não houve predição incremental de traços psicopáticos no comportamento
agressivo entre fontes de informação distintas para o estudo conduzido por, apenas houve
entre os informantes correspondentes. De modo semelhante, no estudo realizado por
Marsee e colegas (2005) apenas houve relação entre a psicopatia e agressão entre os
relatos correspondentes. Em conjunto com o estudo realizado por van Baardewijk e
colegas (2009) no qual não se evidenciou a relação na condição com sinais de angústia,
estes foram os únicos estudos que evidenciaram inexistência de relação entre os traços
psicopáticos e a agressão, que foi apenas em parte dos seus resultados. Tal como no estudo
da relação entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial, muitos estudos
também se centraram apenas na dimensão afetiva (Assary et al., 2015; Benesch et al.,
2014; Ezpeleta et al., 2013; Frick et al., 2003a; Kimonis et al., 2006a; Waller et al., 2015)
ou nas dimensões afetivas e interpessoais (Byrd et al., 2018; Pardini et al., 2014), ora
analisaram apenas a pontuação total da psicopatia (Kimonis et al., 2006b; Lynam, 1997;
Marsee et al., 2005; van Barrdewijk et al., 2009), constituindo uma limitação destes. Uma
parte destes estudos demonstrou a importância de todas as subdimensões CU com
exceção da Une - Unc e particularmente a Cal - no comportamento agressivo (Benesch et
al., 2014; Ezpeleta et al., 2013; Waller et al., 2015). Outros estudaram as dimensões da
psicopatia (Baker et al., 2007; Dadds et al., 2005; Frick et al., 1994), bem como a relação
única destas (Marsee et al., 2005) com o comportamento antissocial, demonstrando a
importância das dimensões interpessoal e comportamental para além da dimensão afetiva
da psicopatia na agressão.
Concluindo, existe evidência escassa de que crianças com níveis mais elevados de
traços psicopáticos apresentam uma maior predisposição para a prática do
comportamento antissocial e agressivo na infância, na adolescência e no início da idade
adulta. Este conhecimento empírico chama a atenção da Criminologia para a necessidade
de incluir na sua investigação e nas suas teorias relacionadas com as causas do crime os
traços psicopáticos, bem como para importância destes traços na prevenção e intervenção
precoce do comportamento antissocial e agressivo. A investigação futura deverá estudar
a relação entre os traços psicopáticos e o comportamento antissocial utilizando desenhos
longitudinais e metodologias avançadas.
77
3.1. Relação entre a psicopatia e formas específicas de agressão
78
Existe evidência robusta que apoia a presença destes dois subtipos distintos de
agressão para além da idade adulta (Chase et al., 2001; Raine et al., 1998) na infância e
na adolescência (Kempes, Matthys, de Vries, & van Engeland, 2005; Raine et al., 2006).
De acordo com as definições contemporâneas da psicopatia, esta está associada a uma
maior tendência para a adoção de comportamentos instrumentais, realizados com frieza
emocional, e não reativos, realizados com volatilidade emocional (Blair, Mitchell, &
Blair, 2005; Patrick, Fowles, & Krueger, 2009). A literatura sugere que a associação da
psicopatia à agressão proativa poderá estar na base da distinção dos psicopatas de outros
indivíduos antissociais (Blair et al., 2005; Glenn & Raine, 2009; Porter & Woodworth,
2006). Sugere também que a psicopatia está associada um risco aumentado de agressão
reativa, especificando que não é a sensibilidade à ameaça que está na origem deste tipo
de agressão nos psicopatas, esta é provocada pela frustração, isto é, o estado emocional
decorrente do desempenho de uma ação na expetativa de receber uma determinada
recompensa e isso não acontecer (Blair, 2010). A relação entre a psicopatia e a agressão
instrumental está bem substanciada na literatura. Contudo, a literatura no que concerne à
relação entre a agressão reativa e a psicopatia é mais escassa e a evidência da relação
entre estas é inconsistente (e.g., Cima & Raine, 2009; Reidy et al., 2011). Isto relaciona-
se com o facto de a agressão reativa ser a forma mais prevalente na sociedade e, por sua
vez, a agressão proativa ser a forma mais patológica (Reidy et al., 2011). Na perspetiva
de Reidy et al. (id.), se os indivíduos com altos traços de psicopatia têm predisposição
para adotar atos agressivos instrumentais, também serão predispostos a praticar atos
agressivos mais normativos.
79
Rilling, Glenn, Jairam, Pagnoni, Goldsmith, & Elfenbein, 2007; Reidy, Zeichner, Miller,
& Martinez, 2007) e de adolescentes (Raine et al., 2006). Existe evidência de que a
psicopatia também está associada a um risco acrescido de agressão reativa em populações
forenses (e.g., Kruh et al., 2005) e em populações não-forenses (e.g., Reidy et al., 2007).
Contrariamente aos estudos anteriores, no qual a psicopatia estava mais relacionada com
a agressão instrumental, os resultados da metanálise realizada por Blais, Solodukhin &
Forth (2014) constataram que a psicopatia não está mais relacionada com um dos tipos
de agressão, mas com ambas. Contudo, esta área de investigação na infância é escassa e
de seguida serão descritos os estudos que analisaram a relação entre os traços psicopáticos
e os subtipos de agressão na infância.
80
Aggression (IRPA; Polman, de Castro, Thomaes, & van Aken, 2009) para a avaliar os
subtipos da agressão (id.).
81
USC Study of Risk Factors for ASB (Baker et al., 2006). Os instrumentos de avaliação
administrados foram a versão de relato pelos pais e de autorrelato da CPS-RE e do
Reactive-Proactive Aggression (Raine, Dodge, Loeber, Gatzke-Kopp, Lynam, Reynolds,
Stouthamer-Loeber, & Liu 2006). O estudo revelou uma relação positiva entre os fatores
da psicopatia e os subtipos de agressão. Houve influências genéticas comuns partilhadas
entre os fatores da CPS – Caloso/Desinibido e Manipulador/Dissimulado –, e os
comportamentos agressivos. Foram encontradas influências genéticas e ambientais não
partilhadas específicas aos fatores da psicopatia e aos subtipos de agressão sugerindo
independência etiológica destes fenótipos. A influência genética foi superior entre fatores
de psicopatia e a agressão proativa do que com a agressão reativa para as versões de
autorrelato destes instrumentos (Bezdjian et al., 2011a). Baker e colegas (2007) utilizaram
a mesma amostra do estudo anterior (Bezdjian et al., 2011b). Apesar deste estudo ter
como objetivo a análise das influências genéticas e ambientais no comportamento
agressivo e antissocial na infância, este fornece informação sobre as correlações entre a
psicopatia e a agressão reativa e proativa na infância (ver Tabela 4, p. 31, Baker et al.,
2007). O relato pelos pais e o autorrelato do Fator 1 (CU; Callous–Unemotional) e o Fator
2 (II; Impulsive– Irresponsible) da CPS, ou seja, os traços psicopáticos dos domínios
afetivos e comportamentais, relacionaram-se positivamente com os autorrelatos, os
relatos pelos pais e os relatos pelos professores de agressão reativa e proativa na infância
(Baker et al., 2007).
82
CU e dos grupos com níveis baixos ou altos de problemas de conduta ou traços CU. Após
o controlo do nível inicial de problemas de conduta, apenas se manteve a relação deste
grupo com a agressão proativa. Apesar de o grupo de crianças com problemas de conduta
e sem traços CU ser caraterizado por uma maior frequência de agressão no follow-up de
um ano do que o grupo de crianças com níveis baixos de problemas de conduta e de traços
CU, a sua agressão parece ser primariamente reativa. Estes resultados apoiam a
investigação anterior que sugere que a presença de traços CU em crianças com problemas
de conduta pode designar um subgrupo importante de crianças com problemas de conduta
(id.). Num estudo realizado numa amostra escolar de crianças, com idades compreendidas
entre os 9 e 12 anos, na Holanda, a psicopatia e as suas dimensões, avaliadas pelo YPI-
CV, previram os subtipos de agressão reativo e proativo, avaliadas pelo RPQ, num follow-
up de 18 meses. Após o controlo das dimensões da psicopatia, apenas dimensão
comportamental da psicopatia manteve a relação com os subtipos de agressão. Após o
controlo dos subtipos de agressão, a psicopatia e as suas dimensões apenas mantiveram a
relação com a agressão proativa. Além disso, o grupo de crianças com níveis mais altos
de traços psicopáticos estáveis durante o follow-up de 18 meses apresentou apenas níveis
superiores de agressão proativa no follow-up relativamente aos grupos de crianças com
níveis baixos e estáveis de psicopatia e níveis instáveis de psicopatia durante o follow-up
(van Baardewijk et al., 2011). E, por fim, no subestudo de neuroimagem da cohort mais
nova do PYS realizado por Pardini e colegas (2014; ver Tabela S1), os relatos pelos
professores de traços psicopáticos dos domínios interpessoal e afetivo avaliados em
alguns pontos da infância pela escala IC em crianças do sexo masculino (T1-8: avaliados
inicialmente quando as crianças tinham uma idade média de 7 anos e depois avaliados
oito vezes a cada 6 meses) previram a agressão proativa (apenas para o T1, T4, T6 e T8
da IC) e reativa (apenas para o T1-4 e T6 da IC) avaliada pelo RPQ na adolescência (idade
média de 16 anos; n = 503), bem como a agressão premeditada (apenas para o T6 e 8 da
IC) e impulsiva (apenas para o T4 da IC) na idade adulta (idade média de 26 anos; n =
56) avaliada pelo Impulsive-Premeditated Aggression Scale (IPAS; Stanford, Houston,
Mathias, Villemarette-Pittman, Helfritz, & Conklin, 2003). E, de forma geral a relação de
traços psicopáticos dos domínios interpessoal e afetivo com a agressão proativa ou
premeditada foi mais intensa do que com a agressão reativa e impulsiva (Pardini et al.,
2014).
83
Os estudos apresentados anteriormente sugerem que de modo geral as crianças
com níveis mais altos traços psicopáticos apresentam maior predisposição para a prática
quer de agressão proativa quer de agressão reativa na infância (Baker et al., 2007;
Bezdjian et al., 2011a; Colins et al., 2017a, 2018; Kimonis et al., 2006b; Pardini et al.,
2014; van Baardewijk et al., 2011), no início (Frick et al., 2003a) e a meio da adolescência
e na idade adulta (Pardini et al., 2014) independentemente da idade (Colins et al., 2018)
e do género das crianças (Colins et al., 2017a, 2018; Kimonis et al., 2006b), da origem e
do nível socioeconómico dos pais das crianças (Colins et al., 2017a, 2018) e de sintomas
de ADHD (Frick et al., 2003a). Os resultados também foram consistentes por diversas
operacionalizações de traços psicopáticos - o APSD (Kimonis et al., 2006b), a CPS
(Baker et al., 2007; Bezezdjian et al., 2011a), o CPTI (Colins et al., 2017a, 2018) e o YPI-
CV (van Baardewijk et al., 2011) - e dos subtipos de agressão através de (sub)escalas de
questionários - a ABRS (Colins et al., 2017a; Kimonis et al., 2006b), o RPQ (Baker et al.,
2007; Bezezdjian et al., 2011a; Pardini et al., 2014; van Baardewijk et al., 2011), o IRPA
(Colins et al., 2018) e o IPAS (Pardini et al., 2014). Estes resultados também foram
consistentes em amostras na comunidade (Baker et al., 2007; Bezdjian et al., 2011a;
Colins et al., 2017a; Kimonis et al., 2006b; Pardini et al., 2014) e (pré-)escolares (Colis
et al., 2018; Frick et al., 2003a; van Baardewijk et al., 2011) de ambos os géneros (, com
exceção do estudo realizado por Pardini e colegas (2014) que apenas utilizou crianças do
sexo masculino,) com idades situadas no início (Colins et al., 2017a, 2018; Kimonis et
al., 2006a), a meio (Colins et al., 2018; Frick et al., 2003a; Pardini et al., 2014) e no final
(Baker et al., 2007; Bezdjian et al., 2011a; Frick et al., 2003a; Kimonis et al., 2006b; van
Baardewijk et al., 2011) da infância. Assim, a investigação futura necessita de replicar os
resultados em amostras com crianças mais novas e também em amostras clínicas, bem
como noutros contextos culturais para além dos Estados Unidos, uma vez que a maior
parte dos estudos foram conduzidos nos Estados Unidos (Baker et al., 2007; Bezezdjian
et al., 2011a; Frick et al., 2003a; Kimonis et al., 2006a/b; Pardini et al., 2014), com
exceção de três estudos que foram conduzids na Holanda (Colins et al., 2018; van
Baardwejik et al., 2011) e na Suécia (Colins et al., 2017a). O estudo realizado por Frick
e colegas (2003a) utilizou uma amostra mista de crianças e adolescentes a frequentarem
o 3º ao 7º ano de escolaridade, não controlando a idade, sendo assim os resultados não
podem ser aplicados apenas às crianças. E, após o controlo de problemas de conduta
iniciais os traços CU apenas previram a agressão proativa. Apenas o estudo conduzido
por Kimonis e colegas (2006a) evidenciou que os traços psicopáticos CU relacionavam-
84
se positivamente com a agressão proativa, mas não com a agressão reativa, em ambos os
géneros e independentemente de outras variáveis relacionadas com a agressão. Uma parte
destes estudos analisou isoladamente os fatores da psicopatia (Baker et al., 2007; Bezdjian
et al., 2011a) ou apenas avaliou os traços psicopáticos do domínio afetivo (Frick et al.,
2003a; Kimonis et al., 2006a) ou dos domínios afetivos e interpessoal (Pardini et al.,
2014), não permitindo, desta forma, a avaliação da relação destes traços com as formas
de agressão após o controlo da variância partilhada com as outras dimensões da
psicopatia, nem analisar a psicopatia de forma global. O estudo realizado por Kimonis e
colegas (2006b) apresenta limitações no sentido de apenas analisar a psicopatia e não
estudar a relação das dimensões desta com os subtipos de agressão. Outra parte dos
estudos (Colins et al., 2017a, 2018; van Baardewijk et al., 2011) analisaram a relação da
psicopatia e das suas dimensões afetiva, interpessoal e comportamental com os subtipos
de agressão, evidenciando uma relação positiva entre estes. Sendo assim, estes resultados
chamam a atenção para a importância de outras dimensões da psicopatia para além da
afetiva na agressão reativa e proativa. Após o controlo da variância partilhada pelas
dimensões, um estudo evidenciou contribuições únicas da dimensão comportamental (van
Baardewijk et al., 2011) e nos outros dois estudos para além de se manter a relação com
a dimensão comportamental também houve contribuições únicas da dimensão
interpessoal, que foi o preditor mais forte (Colins et al., 2017a, 2018). Estes resultados
sugerem, assim, que as caraterísticas afetivas da psicopatia que estão relacionadas com a
agressão reativa e proativa são as partilhadas com as outras dimensões. Apenas alguns
estudos controlaram a variância partilhada entre a agressão reativa e proativa no estudo
da relação destas com os traços psicopáticos, e conduziram a resultados mistos: a
psicopatia e as suas dimensões (van Baardewijk et al., 2011) ou os traços CU (Kimonis
et al., 2006a) relacionaram-se unicamente com a forma de agressão proativa; e, a
psicopatia continuou a relacionar-se com ambos subtipos de agressão, mas com maior
intensidade para a agressão proativa (Kimonis et al., 2006b). Os outros estudos (Baker et
al., 2007; Bezdjian et al., 2011; Colins et al., 2017a, 2018; Pardini et al., 2014) como não
controlaram as formas de agressão não avaliaram qual o tipo de agressão associado
unicamente com os traços psicopáticos, o que poderia ter conduzido a resultados distintos.
Além destas limitações destes estudos, é importante referir que os resultados de alguns
estudos podem ter sido influenciados pela variância de método partilhada, uma vez que
utilizaram as mesmas fontes de informação (Colins et al., 2017a, 2018; van Baardewijk
et al., 2011). No entanto, a maior parte dos estudos utilizou múltiplos informantes (Baker
85
et al., 2007; Bezdjian et al., 2011a; Frick et al., 2003a; Kimonis et al., 2006a/b; Pardini et
al., 2014). Apenas três estudos são longitudinais, cujos follows-up foram de um ano (Frick
et al., 2003ª), de dezoito meses (van Baardewijk et al., 2011), na adolescência e na idade
adulta (Pardini et al., 2014). A investigação futura terá de replicar estes estudos com
metodologias e desenhos mais complexos.
87
sociais e nos sentimentos de pertença e de amizade. Esta consiste em comportamentos
como por exemplo excluir outras crianças de um grupo, espalhar rumores e boatos sobre
os outros (e.g., Marsee et al., 2005). No estudo realizado por Colins e colegas (2017a) foi
analisada a relação entre os traços psicopáticos avaliados por relatos de professores do
CPTI e a agressão relacional avaliada por relatos pelos professores e pais de uma escala
do Preschool Social Behavior Scale–Teacher form (PSBS-T; Crick, Casas, & Mosher,
1997). Os resultados revelaram que a psicopatia e as suas dimensões relacionaram-se com
a agressão relacional, independentemente da fonte de informação da agressão e do género
da criança e da origem e nível socioeconómico dos seus pais. Após o controlo da variância
partilhada das dimensões da psicopatia, apenas a sua dimensão comportamental
continuou a relacionar-se com os relatos pelos pais da agressão relacional, mas de forma
menos intensa, e apenas as dimensões comportamentais e interpessoais mantiveram a
relação com os relatos pelos professores da agressão relacional, com maior intensidade
para a dimensão interpessoal. Isto sugere que a relação com a agressão relacional advém
do efeito conjunto das dimensões da psicopatia (Colins et al., 2017a). Baker e colegas
(2007) estudaram a relação entre os fatores 1 (Callous–Unemotional) e 2 (Impulsive–
Irresponsible) da psicopatia, medidos através de relatos pelos pais e de autorrelatos da
CPS, e da agressão relacional, avaliada por autorrelatos e relatos pelos professores de uma
escala de 5 itens construída por - Childhood Aggression Questionnaire (CAQ; Baker et
al., 2007). Neste estudo os fatores da psicopatia relacionaram-se com uma maior
frequência na adoção de comportamentos agressivos a nível social, com exceção da
relação entre os autorrelatos de psicopatia e os relatos pelos professores de agressão
relacional, a relação mais intensa foi entre os autorrelatos. No estudo conduzido por
Ezpeleta e colegas (2013), os relatos pelos professores dos traços CU e todas as suas
subdimensões exceto a Une relacionaram-se com relatos pelos professores do
comportamento agressivo relacional concorrentes e avaliados no follow-up de um ano,
com maior intensidade para a subescala Cal. Após o controlo das subdimensões CU, os
resultados mantiveram-se iguais. O comportamento agressivo relacional foi avaliado por
uma escala de 13 itens Relational Aggression Scale (RAS) construída no âmbito do
estudo, que avalia a frequência de comportamentos agressivos nas relações com os outros
(e.g., chorar para conseguir simpatia, ser malicioso, criticar os outros pelas costas, ser
manipulativo, juntar pessoas para isolar uma criança; Ezpeleta et al., 2013). No estudo
realizado por Marsee e colegas (2005), os traços psicopáticos foram avaliados por
autorrelatos e relatos pelos professores do APSD e através de autorrelatos de duas
88
subescalas do Ratings of Children’s Social Behavior (RCSB; Crick, 1996) mediram a
agressão relacional e a agressão direta. A agressão direta (overt aggression) é uma forma
de agressão física que consiste em comportamentos tais como bater, empurrar e ameaçar.
Enquanto a forma de agressão direta é caraterística dos indivíduos do sexo masculino, a
agressão relacional é caraterística dos indivíduos do sexo feminino. Os autorrelatos e
relatos pelos professores da psicopatia e os relatos pelos professores das suas dimensões
relacionaram-se com uma maior frequência na adoção de comportamentos agressivos
diretos e relacionais em ambos os géneros, com exceção da relação inexistente entre a
dimensão afetiva e a agressão relacional. Após o controlo dos tipos de agressão, a
psicopatia permaneceu relacionada com a agressão direta em ambos os relatos e com a
agressão relacional apenas para os seus autorrelatos. Após o controlo das dimensões da
psicopatia, nenhuma dimensão se relacionou unicamente com ambas as formas de
agressão. Houve uma diferença de género a destacar nesta relação, as associações mais
intensas entre os traços psicopáticos de agressão relacional para as raparigas (Marsee et
al., 2015).
89
entre autorrelatos de traços psicopáticos e relatos pelos professores de agressão relacional
no estudo conduzido por Baker e colegas (2007). Os estudos realizaram-se em amostras
na comunidade (Baker et al., 2007; Colins et al., 2017a; Ezpeleta et al., 2013) e (pré-
)escolares (Ciucci et al., 2014; Dadds et al., 2006b; Marsee et al., 2005; Muñoz et al.,
2011) constituídas por crianças de ambos os géneros com idades situadas no início da
infância (Colins et al., 2017a; Ezpeleta et al., 2013) e no final da infância (Baker et al.,
2007; Muñoz et al., 2011) ou por crianças e adolescentes de ambos os géneros (Ciucci et
al., 2014; Dadds et al., 2006b; Marsee et al., 2005). Sendo assim, os estudos que
utilizaram amostras mistas de crianças e adolescentes (id.) não puderam generalizar os
resultados apenas para crianças. Será necessário realizar estudos em amostras clínicas,
constituídas por crianças mais novas e em contextos culturais distintos, pois os estudos
foram conduzidos apenas nos Estados Unidos (Baker et al., 2007; Marsee et al., 2005;
Muñoz et al., 2011), na Austrália (Dadds et al., 2006b), em Espanha (Ezpeleta et al.,
2013), em Itália (Ciucci et al., 2014) e na Suécia (Colins et al., 2017a). A maior parte dos
estudos centrou-se apenas nos traços CU, evidenciando uma relação destes (Dadds et al.,
2006b), particularmente das suas subdimensões Cal e Unc, com as formas de agressão,
mas não houve relação com a subdimensão Une (Ciucci et al., 2014; Ezpeleta et al., 2013;
Muñoz et al., 2011). Estes estudos negligenciaram a importância do estudo de outras
dimensões da psicopatia, bem como não forneceram informação da relação única dos
traços CU com estas formas de agressão após o controlo das outras dimensões da
psicopatia. De forma diferente, apenas três estudos forneceram informação para além dos
traços CU relativamente a outras dimensões da psicopatia. Nestes estudos todas as
dimensões da psicopatia se relacionaram de modo geral com as formas de agressão (Baker
et al., 2007; Colins et al., 2017a; Marsee et al., 2005), apenas uma exceção para a relação
entre a dimensão afetiva e a agressão relacional no estudo realizado por Marsee e colegas
(2005). Destes estudos, apenas os realizados por Colins e colegas (2017a) e Marsee e
colegas (2005) analisaram as associações únicas das dimensões da psicopatia com as
formas de agressão, evidenciando a inexistência destas (Marsee et al., 2005) e
contribuições únicas das dimensões comportamental e interpessoal (Colins et al., 2017a).
É importante destacar que os estudos que se centraram no bullying direto e indireto
(Ciucci et al., 2014; Muñoz et al., 2011), tal como o estudo realizado por Marsee e colegas
(2005) deveria ter determinado qual os tipos de bullying eram relacionados unicamente e
de forma mais forte com os traços psicopáticos. Apenas houve um estudo longitudinal
(Ezpeleta et al, 2013), que avaliou as crianças dos 3 aos 4 anos de idade. Sendo assim, há
90
necessidade de desenvolver novos estudos que avaliem as variáveis em vários momentos
na infância, mas que também permitam obter conhecimento da predição de formas de
agressão específicas durante a adolescência e a idade adulta por traços psicopáticos de
vários domínios avaliados na infância.
91
Capítulo II – Desenvolvimento e validação de uma medida de traços psicopáticos
do domínio interpessoal de ajustamento positivo (boldness) na infância
1. Objetivo
2. Construção
93
e) Seleção dos itens (ver Tabela 4) que capturam as (sub)dimensões da boldness
dos questionários, que se encontram no domínio público, designadamente os que
apresentam maiores valores de saturação com o fator que é alvo de avaliação;
94
2.1. Descrição de itens de EB-CV
Eficácia Social
Persuasão
95
Tabela 4 Descrição dos itens da EB-CVA: (sub)dimensões avaliadas, conteúdo, número
e fonte
Autoconfiança Sou tímido(a) quando estou com pessoas que não 4 SAD-New
social conheço. [i] (SASC-R)
(I feel shy around kids I don´t Know.)
É fácil falar com uma pessoa que não conheço. 13 SAD-New
(I get nervous when I talk to new kids.) (SASC-R)
Fico calado(a) quando estou num grupo de 22 SAD-Gen
pessoas. [i] (SASC-R)
(I am quiet when I´m with a group of kids.)
Preocupo-me com o que os outros pensam de mim. 31 FNE
[i] (SASC-R)
(I worry about what other kids think of me.)
Preocupa-me que as outras pessoas me gozem. [i] 40 FNE
(I worry about being teased.) (SASC-R)
Notas: EB-CVA = Escala Boldness – Versão Crianças Autorrelato; Nr. = Número do item; [i] – invertido; TriPM =
Triarchic Psychopathy Measure (Patrick, 2010; Versão portuguesa: Vieira, Almeida, Ferreira-Santos, Moreira,
Barbosa, & Marques-Teixeira, 2014); SASC-R = Social Anxiety Scale for Children –Revised (LaGreca, & Stone, 1993);
FNE = Fear of Negative Evaluation; SAD-New = Social Avoidance and Distress-New; SAD- Gen = Social Avoidance
and Distress- General.
96
Tabela 4 (continuação)
Descrição dos itens da EB-CVA: (sub)domínios avaliados, conteúdo, número e fonte
97
Tabela 4 (continuação)
Descrição dos itens da EB-CVA: (sub)domínios avaliados, conteúdo, número e fonte
98
Tabela 4 (continuação)
Descrição dos itens da EB-CVA: (sub)domínios avaliados, conteúdo, número e fonte
99
Tabela 4 (continuação)
Descrição dos itens da EB-CVA: (sub)domínios avaliados, conteúdo, número e fonte
Autoconfiança social
Os itens desta subescala derivam da Social Anxiety Scale for Children –Revised
(SASC-R; LaGreca, & Stone, 1993), que avalia a ansiedade social em três dimensões:
Medo de Avaliações Negativas (Fear of Negative Evaluation – FNE), Mal-estar e
Evitamento Social em Situações Novas (Social Avoidance and Distress - New; SAD-
New) e Mal-estar e Evitamento Social Generalizado (Social Avoidance and Distress –
General; SAD- General). A FNE reflete medos e preocupações relativamente a
avaliações dos pares. A SAD-New avalia o evitamento e a aflição social relativamente a
situações novas ou pares não familiares. A SAD- General mede um mal-estar social mais
generalizado e abrangente, desconforto e inibição. Como a SASC-R mede as pontuações
baixas nesta subdimensão, dois itens foram invertidos, por exemplo: o item - “Sinto-me
nervoso(a) quando falo com crianças que não conheço.” - foi invertido para - “É fácil
100
falar com uma pessoa que não conheço.”. A palavra criança foi substituída por pessoa de
forma a ser mais abrangente da realidade social da população alvo.
Dominância social
Estabilidade emocional
Resiliência
Foram elaborados itens que medem uma grande tolerância ao stress e refletem o
conteúdo dos itens da respetiva subescala da versão portuguesa da TriPM e dos itens da
subdimensão Fearlessness do fator Fearless Dominance do Psychopathic Personality
Inventory-Revised (PPI-R; Lilienfeld, & Widows, 2005), bem como derivaram da
subescala autoeficácia emocional do Self-Efficacy Questionnaire for Children (SEQ-C;
Muris, 2002), que mede a capacidade percebida em lidar com emoções negativas (e.g.,
“Sou bom/boa em animar-me depois de me acontecerem coisas más.”).
101
Na versão portuguesa do State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC;
Spielberger, 1973), adaptada pelos autores Ponciano, Matias, Medeiros, Rodrigues e
Spielberger (1998), a ansiedade é avaliada como um estado emocional transitório
(subescala ansiedade estado; A-State) e como um traço (subescala ansiedade traço; A-
Trait), tendo como subjacente a teoria de ansiedade estado-traço de Spielberger (1966).
Na primeira escala é solicitado à criança para indicar a frequência com que apresenta
sintomas de ansiedade. No presente contexto apenas há interesse na última subescala, que
avalia a ansiedade como um traço de personalidade relativamente estável, isto é, as
diferenças individuais relativamente estáveis relativamente à propensão para reagir com
ansiedade, para perceber um conjunto de circunstâncias como ameaçadoras e para
responder a tais situações com reações de ansiedade mais ou menos elevadas (ibidem).
Nos estudos de Rodrigues (2008), que aplicou o STAIC a 2280 crianças das escolas da
Região Autónoma da Madeira, com idades compreendidas entre os 8 e os 11 anos, e de
Kirisci e Clark (1996), podemos observar que os itens que apresentam maior valor de
saturação com a subescala ansiedade traço avaliam a caraterística de preocupação da
ansiedade (cf., Quadro 17, ibidem, p.160; e.g., “Preocupo-me demasiado”; “Preocupo-
me com coisas que possam vir a acontecer”; “Preocupo-me com o que os outros pensam
de mim”). Sendo assim, foi selecionado o item com maior saturação (“I am always
worrying about something”) de uma escala que avalia apenas a tendência das crianças
para se preocuparem, com estrutura unidimensional, o Penn State Worry Questionnaire-
-Child Version (PSWQ-C; Chorpita, Tracey, Brown, Collica, & Barlow, 1997).
Foi selecionado o item com maior saturação da subescala (“Quando não consigo
fazer coisas à primeira insisto e continuo a tentar até conseguir.”) que avalia o fator de
eficácia perante a adversidade da versão portuguesa (Escala de Auto-eficácia Geral
Percepcionada; EAGP; Ribeiro, 1995) da Self-Efficacy Scale de Sherer, Maddux,
Mercandante, Prentice-Dunn, Jacobs e Rogers (1982). Esta escala avalia a autoeficácia
geral em adultos e já foi aplicada numa amostra de jovens institucionalizados com idades
compreendidas entre os 9 e 22 anos de idade (Costa, 2012).
Autoestima
A subescala autoestima avalia o grau com que os indivíduos têm uma perceção de
si elevada, isto é, apresentam um autoestima elevado.
102
Os itens desta subescala derivaram da Escala de Auto-Estima de S. Harter, que
corresponde a uma adaptação para o contexto português por Gaspar, Ribeiro, Matos, Leal
e Ferrerira (2010) da subescala da autoestima global (Global Self-Worth subscale) da
Escala de Auto-conceito (Self-Perception Profile for Children, SPPC; Harter, 1985). Esta
avalia o grau com que as crianças e os adolescentes gostam de si mesmos como pessoas,
gostam do modo como corre a sua vida e se sentem felizes, de maneira geral, consigo
mesmos.
Otimismo
A subescala otimismo avalia o grau com que o indivíduo apresenta uma tendência
em ser otimista e esperançoso relativamente ao futuro.
Os itens desta subescala foram extraídos da Escala de Orientação para a Vida, que
corresponde a uma adaptação para crianças e adolescentes no contexto português por
Gaspar, Ribeiro, Matos, Leal e Ferrerira (2009) do Life Orientation Test – Revised (LOT-
R; Scheier, Carver, & Bridges 1994). Esta avalia o otimismo disposicional, sendo
constituída por dois fatores: i) o otimismo, caraterizado por uma forma positiva de encarar
a vida; e, ii) o pessimismo, caraterizado por uma perspetiva negativa da vida.
Destemor
Coragem
103
que refletissem o conteúdo desta subdimensão e fossem adequados à etapa
desenvolvimental.
Intrepidez
Tolerância à incerteza
104
2.2. Reflexão falada
1
Para além da autora da presente dissertação, a estudante de Licenciatura em Criminologia Ângela Peixoto
participou na primeira reflexão falada da versão provisória da EB-CV no âmbito do estágio curricular na
Escola de Criminologia da FDUP. As restantes reflexões faladas foram conduzidas apenas pela autora da
presente dissertação.
105
3. Hipóteses
106
intensidade à Agradabilidade (-). Além disso, esperamos que os traços psicopáticos CU
(, avaliados pelo ICU, pelo APSD e pelo YPI-CV,) e impulsivos (, avaliados pelo APSD
e pelo YPI-CV,) apresentem padrões convergentes de associação com a boldness
relativamente à Agradabilidade, bem como os traços psicopáticos impulsivos exibam
padrões divergentes de associação com a Instabilidade Emocional.
107
Drislane et al., 2014a; Miller & Lynam, 2012; Poy et al., 2014), com problemas e
sintomas de psicopatologias de internalização associadas à emocionalidade negativa
(Drislane, Patrick, Sourander, Sillanmäki, Aggen, Elonheimo et al., 2014; Sica et al.,
2015; Venables, Sellbom, Sourander, Kendler, Joiner, Drislane, et al., 2015), que incluem
a experiência de sentimentos de ansiedade, de irritabilidade, de depressão, de desespero
e de preocupação, e de angústia pessoal – a dimensão afetiva da empatia – o desconforto
pessoal, que avalia a tendência a experienciar sentimentos de ansiedade, de apreensão e
de desconforto em contextos interpessoais tensos (Almeida, Seixas, Ferreira-Santos,
Vieira, Paiva, Moreira, & Costa, 2015).
4. Metodologia
4.1. Amostra
Encarregados
Alunos Professores
Agrupamento Escola Ano de educação
% % %
AE Alexandre
EB do Sol 4º 100 94.74 100
Herculano
108
Tabela 5 (continuação)
Taxa de participação dos alunos, encarregados de educação e professores por escola
Encarregados
Alunos Professores
Agrupamento Escola Ano de educação
% % %
109
Tabela 6 (continuação)
Descrição das caraterísticas sociodemográficas dos alunos da amostra final
Fr (%) Fa M DP Min Max
Língua materna
Português (Portugal) 98.91 455 - - - -
Outra 1.09 5 - - - -
País de origem
Portugal 98.70 454 - - - -
Outro 1.30 6 - - - -
Situação familiar
Pais casados ou vivem juntos na mesma casa 74.13 341 - - - -
Pais divorciados ou separados 24.78 114 - - - -
Outra 1.09 5 - - - -
Nível de escolaridade da mãe
1º ciclo do ensino básico 6.09 28 - - - -
2º ciclo do ensino básico 13.91 64 - - - -
3º ciclo do ensino básico 22.83 105 - - - -
Ensino secundário 32.29 149 - - - -
Ensino superior 22.83 105 - - - -
Outra 1.52 7 - - - -
Nível de escolaridade do pai
1º ciclo do ensino básico 8.04 37 - - - -
2º ciclo do ensino básico 15.22 70 - - - -
3º ciclo do ensino básico 30.43 140 - - - -
Ensino secundário 29.78 137 - - - -
Ensino superior 10.43 48 - - - -
Desconhecido/Faleceu 6.09 28 - - - -
Situação profissional da mãe
Desempregada 14.35 66 - - - -
Empregada 77.61 357 - - - -
Doméstica 6.74 31 - - - -
Outra 1.30 6 - - - -
Situação profissional do pai
Desempregado 9.35 43 - - - -
Empregado 81.52 375 - - - -
Doméstico 0.22 1 - - - -
Outra 8.91 41 - - - -
Notas: Fr = Frequência relativa; % = Percentagem; Fa = Frequência absoluta; M = Média; DP = Desvio-padrão; Min =
Valor mínimo; Max = Valor máximo.
110
Tabela 6 (continuação)
Descrição das caraterísticas sociodemográficas dos alunos da amostra final
Fr (%) Fa M DP Min Max
Quantidade de pessoas do agregado familiar - - 3.88 1.27 2 23
Rendimento mensal do agregado familiar
Até 500 euros 10.22 47 - - - -
Entre 500 e 1000 euros 26.52 122 - - - -
Entre 1000 e 1500 euros 25.00 115 - - - -
Entre 1500 e 2000 euros 15.65 72 - - - -
Mais de 2000 Euros 9.35 43 - - - -
Desconhecido 12.61 58 - - - -
Composição do agregado familiar
Monoparental 11.30 52 - - - -
Dois adultos e uma criança 23.48 108 - - - -
Dois adultos e duas ou mais crianças 51.52 237 - - - -
Três ou mais adultos e uma ou mais crianças 10.87 50 - - - -
Casa de acolhimento 0.22 1 - - - -
Dois agregados familiares (guarda partilhada) 2.61 12 - - - -
Número de irmãos - - 1.08 1.10 0 13
Notas: Fr = Frequência relativa; % = Percentagem; Fa = Frequência absoluta; M = Média; DP = Desvio-padrão; Min =
Valor mínimo; Max = Valor máximo.
111
Tabela 7 Descrição das caraterísticas sociodemográficas dos encarregados de educação
da amostra final
Fr (%) Fa M DP Min Max
Idade - - 39.83 6.49 20 65
Género
Feminino 81.00 324 - - - -
Masculino 19.00 76 - - - -
Cidade de residência
Gondomar 62.50 250 - - - -
Porto 30.30 121 - - - -
Outra 7.00 29 - - - -
Nacionalidade
Portuguesa 98.25 393 - - - -
Outra 1.75 7 - - - -
Língua materna
Português (Portugal) 97.00 388 - - - -
Outra 3.00 12
País de origem
Portugal 95.50 382 - - - -
Outra 4.50 18 - - - -
Estado civil
Solteiro 14.00 56 - - - -
Casado ou em união de facto 74.50 298 - - - -
Viúvo 1.00 4 - - - -
Divorciado ou separado 10.50 42 - - - -
Nível de escolaridade
Nenhum .25 1 - - - -
1º ciclo do ensino básico 4.00 16 - - - -
2º ciclo do ensino básico 14.25 57 - - - -
3º ciclo do ensino básico 21.75 87 - - - -
Ensino secundário 35.00 140 - - - -
Ensino superior 24.75 99 - - - -
Situação profissional
Desempregado 11.50 46 - - - -
Empregado 82.50 330 - - - -
Doméstico 5.00 20 - - - -
Reformado 1.00 4 - - - -
Notas: Fr = Frequência relativa; % = Percentagem; Fa = Frequência absoluta; M = Média; DP = Desvio-padrão; Min =
Valor mínimo; Max = Valor máximo.
112
Tabela 7 (continuação)
Descrição das caraterísticas sociodemográficas dos encarregados de educação da
amostra final
Fr (%) Fa M DP Min Max
Quantidade de pessoas do agregado familiar - - 3.79 0.91 2 8
Rendimento mensal do agregado familiar
Até 500 euros 9.75 39 - - - -
Entre 500 e 1000 euros 29.00 116 - - - -
Entre 1000 e 1500 euros 28.25 113 - - - -
Entre 1500 e 2000 euros 17.50 70 - - - -
Mais de 2000 Euros 11.25 45 - - - -
Desconhecido 4.25 17 - - - -
Notas: Fr = Frequência relativa; % = Percentagem; Fa = Frequência absoluta; M = Média; DP = Desvio-padrão; Min =
Valor mínimo; Max = Valor máximo.
4.1.1. Subamostra
113
de irmãos (t(366) =-1.17, p = .243), à quantidade de pessoas (U = 11705, W = 49931, p
= .115) e à composição do agregado familiar (χ2(5) = 10.49, p = .063) relativamente aos
alunos que não completaram a EB-CV no segundo momento. A subamostra de alunos
apresentou diferenças significativas apenas no ano de escolaridade (χ2 (2) = 144, p =.000),
género (χ2 (1) = 9.11, p =.003), na idade (t(366) =-13.09, p = .000), na cidade onde
residem (χ2 (7) = 96.57, p =.000), no nível de escolaridade da mãe (χ2(6) = 18.38, p =.005),
na situação profissional da mãe (χ2(4) = 13.77, p =.008) e no rendimento do agregado
familiar (U = 7758, W = 11079, p = .010) relativamente aos alunos que não completaram
a EB-CV no segundo momento. Nomeadamente, a subamostra era constituída por alunos
mais novos e tinha uma maior percentagem de alunos do sexo masculino, a frequentarem
o 4º ano, a residir em Gondomar, com um grau de escolaridade mais elevado da mãe, com
um rendimento do agregado familiar superior e a situação profissional da mãe de
empregada ou dona de casa.
114
sociodemográficas: a) dos encarregados de educação - o familiar que participou (χ2(9) =
11.52, p = .242), o género (χ2(1) = 3.36, p = .067), a idade (U = 19682.50, W = 39383, p
= .918), a nacionalidade (χ2(5) = 4.99, p = .417), a língua materna (χ2(6) = 4.70, p = .583),
o país de origem (χ2(7) = 5.11, p = .646), a situação profissional (χ2(3) = 7.49, p = .058)
e o número de pessoas do agregado familiar (U = 19112, W = 39413, p =.407), e, b) dos
alunos alvos de relato - género (χ2(1) = .25, p = .619), a nacionalidade (χ2(5) = 3.99, p =
.551), a língua materna (χ2(3) = 2.99, p = .393), o país de origem (χ2(3) = 2, p = .572),
situação dos pais (χ2(2) = 5.80, p = .055), situação profissional da mãe (χ2(4) = 9.07, p =
.059) e do pai (χ2(5) = 7.96, p = .158).
115
Por fim, houve diferenças significativas entre participantes e não participantes das
subamostras de autorrelato (χ2(5) = 298.42, p = .000), relato pelos encarregados de
educação (χ2(5) = 96.10, p = .000) e relato pelos professores (χ2(6) = 189.80, p = .000)
relativamente ao local de estudo, uma vez que não foi possível aplicar novamente a EB-
CV na EBS do Cerco.
116
A escala EE é constituída pelas subescalas: Resiliência (R), Autoestima (A) e
Otimismo (O). Pontuações elevadas nesta escala descrevem indivíduos que apresentam
uma capacidade elevada em lidar com o stress, uma adaptação positiva face à adversidade,
uma perceção de si elevada, e uma tendência em ser otimista e esperançoso relativamente
ao futuro.
As pontuações da EB-CV (0, 1, 2 e 3) para os itens das subescalas - P (1, 10, 19,
28 e 37), AS (4, 13, 22, 31 e 40) e DS (7, 16, 25, 34 e 43) - foram somados para formarem
a escala ES. A pontuação da escala EE foi obtida pela soma das pontuações dos itens das
subescalas – R (2, 14, 17, 29, 32 e 45), A (5, 20, 26, 38 e 44) e O (8, 11, 23, 35 e 41). As
pontuações dos itens das subescalas – C (9, 15, 21, 30 e 36), I (3, 12, 18, 24 e 46) e TI (6,
27, 33, 39 e 42) – foram somados para obter a escala De. As pontuações de todos os itens
foram somadas para obter a pontuação total da EB-CV. As cotações dos itens invertidos
(4, 5, 9, 14, 17, 22, 30, 31, 33, 34, 38, 40, 41, 43 e 45) foram alteradas (0 passa a 3 e vice-
versa). As pontuações destas subescalas foram somadas para se obter as pontuações totais
dos traços de frieza emocional, cujas pontuações mais elevadas são indicadoras de níveis
mais elevados destes traços.
117
país e a localidade onde residem, o país de origem, o ano de escolaridade completo e que
frequentam, a situação familiar, a profissão dos seus pais, as habilitações literárias dos
seus pais, o rendimento mensal e a composição do seu agregado familiar, e o número de
irmãos. Foram recolhidos os seguintes dados sociodemográficos dos encarregados de
educação e professores: a idade, a data de nascimento, o sexo, o estado civil, a
nacionalidade, a língua materna, o país e a localidade onde residem, o país de origem, as
habilitações literárias, a profissão principal, o rendimento mensal e a composição do seu
agregado familiar. Os dados de saúde (presença/ausência de doença e no caso de ter
alguma doença especificação da mesma) dos alunos foram recolhidos através do
preenchimento deste questionário por estes e pelos seus encarregados de educação.
118
4.2.3.1. ICU
119
problemas semelhantes, designadamente os itens 4 e 12 da subescala Cal e o item 22 da
subescala Une. Sendo assim, estes itens foram removidos do ICU. Os resultados
indicaram a presença de um FG forte e de que a multidimensionalidade não distorceu a
unidimensionalidade do modelo. Na versão de relato pelos professores apenas foi possível
testar o modelo unidimensional e de três fatores, que apresentou uma qualidade de
ajustamento superior. O item 2 foi removido, uma vez que apresentou problemas
psicométricos. Na secção 5.1.1 deste capítulo está descrita de forma mais pormenorizada
a análise da estrutura fatorial de todas as versões de relato do ICU. As intercorrelações
entre as (sub)escalas de cada uma das versões de relato do ICU foram positivas e fortes,
com exceção das intercorrelações moderadas entre a Une e as outras subdimensões CU
(ver Tabela 112 no Anexo 21).
120
fontes de informação do ICU. Os ICCs sugeriram uma concordância fraca entre os relatos
das várias fontes de informação. Apenas os ICCs das (sub)escalas total, Cal e Une entre
a VA e a VP não foram estatisticamente significativos.
4.2.3.2. YPI-CV
121
Este estudo replicou a estrutura de três fatores com dez subfatores validada por
van Baardewijk e colegas (2008). Tal como no estudo anterior o modelo com a subescala
L removida, como proposto por Poythress e colegas (2006a) tornou o modelo com uma
qualidade de ajustamento superior. Contudo, o modelo bifatorial de três fatores,
constituído por um FG e as subescalas a saturarem nos três fatores não correlacionados,
testado com a versão de autorrelato por adolescentes do YPI (Pihet et al., 2014;
Zwaanswijk et al., 2017), apresentou índices de qualidade ajustamento superiores ao
modelo de três fatores com dez subfatores. Os resultados indicaram a presença de um FG
e que a multidimensionalidade não distorce o modelo unidimensional. Na secção 5.1.2
deste capítulo está descrito de forma mais pormenorizada a análise da estrutura fatorial
do YPI-CV. As intercorrelações entre as (sub)escalas do YPI-CV foram positivas
moderadas a fortes, com exceção das intercorrelações fracas entre as subescalas Une-Imp
e Cal-TS (ver Tabela 114 no Anexo 21).
122
4.2.3.3. APSD
123
Nar e CU para APSD-VP e as intercorrelações fracas entre as subescalas CU e Imp para
o APSD-VA e VE (ver Tabela 113 no Anexo 21).
2
De foram a testar o modelo de dois fatores inicialmente proposto por Frick e colegas (2004), foram
somados os itens das subescalas Impulsividade/Problemas de conduta (I/CP) - 1, 2, 4, 8, 9, 11, 13, 15, 16 e
20 – e CU - 3, 5, 12, 14, 18 e 19.
124
4.2.4. Medidas de critério externas da boldness
4.2.4.1. PANAS-C
125
No estudo inicial de validação do instrumento de autorrelato, Laurent e colegas
(1999) encontraram uma estrutura de dois fatores, EP e EN, independentes. Neste estudo
para além desta estrutura foram testadas outras estruturas que têm sido apoiadas por
evidência desta medida dirigida a adultos. O melhor modelo da PANAS-C consistiu numa
estrutura de três fatores proposta por Mehrabian (1997), na qual os fatores EP e EN se
encontram correlacionados e o fator EN divide-se em dois subfatores - Medo (Afraid;
Me), que parece refletir níveis altos de ansiedade, medo, culpa e vergonha; e, Preocupado
(Upset; Pre), que parece refletir níveis altos de tristeza, rejeição e fúria -, permitindo que
os erros de itens que pertencem à mesma categoria de emoções, definidas por Zevon e
Tellegen (1982), se correlacionem. Na secção 5.1.4 deste capítulo está descrito de forma
mais pormenorizada a análise da estrutura fatorial da PANAS-C.
A pontuação da escala EP (1, 2, 3, 4 e 5) foi obtida pela soma das pontuações dos
seguintes itens – 1, 4, 5, 8, 9, 12, 14, 17, 18, 19, 21, 24, 26, 28 e 30. As pontuações dos
itens – 2, 3, 6, 7, 10, 11, 13, 15, 16, 20, 22, 23, 25, 27 e 29 - foram somados para se obter
126
a escala EN. As subescalas da EN foram obtidas através da soma dos seguintes itens: 3,
6, 10, 11, 13, 16 e 20 - Me; e, 2, 7, 15, 22, 23, 25, 27 e 29 – Pre. Não foram somadas as
pontuações dos itens removidos da VA (4 e 16), VE (15 e 25) e VP (14, 16 e 25).
4.2.4.2. BFQ-C
127
personalidade de crianças. A partir destes foram construídos itens comportamentais, que
foram aperfeiçoados progressivamente através de estudos piloto até à versão final. No
estudo de validação da BFQ-C, a estrutura de cinco fatores do FFM (John & Srivastava,
1999) foi obtida através do método de Análise de Componentes Principais (ACP) seguida
de uma rotação oblíqua em crianças do 1º e 2º ciclo do ensino básico (4º e 5º anos, n =
432) e do 3º ciclo do ensino básico (6º, 7º e 4º anos, n = 516) e nas versões de autorrelato
e relato pelos pais e pelos professores. Esta estrutura foi suportada pela AFC em todas as
idades e versões. O estudo realizado por Muris, Meesters e Diedren (2005) apoiaram a
estrutura fatorial da VA do BFQ-C avaliada pela ACP seguida de rotação oblíqua numa
amostra escolar de 222 adolescentes. Ambos estudos encontraram problemas com o fator
I/AE, designadamente vários itens não saturaram no fator. Estas dificuldades refletem um
problema geral de heterogeneidade do FFM, no qual este fator parece partilhar
caraterísticas com os fatores E/E e Co, que conduziu ao questionamento desta dimensão
da personalidade. Além disso, existe evidência de boas caraterísticas psicométricas da
BFQ-C: consistência interna boa, validade convergente e construto demonstrada pela
associação com medidas de personalidade, de perturbações comportamentais e
emocionais (Barbaranelli et al., 2003; Muris et al., 2005a) e de desempenho escolar,
convergência entre as versões de autorrelato, de relato pelos pais e de relato pelos
professores (Muris et al., 2005a). Neste estudo a estrutura de cinco fatores
correlacionados apresentou uma qualidade de ajustamento de aceitável a pobre. Tiveram
de ser removidos três itens da E/E e um item da IE na VA e dois itens da E/E, um item da
IE e um item da I/AE na VE, uma vez que não saturaram nos respetivos fatores e
apresentaram problemas de fiabilidade. Apesar destes modelos com os itens removidos
na VA e na VE serem superiores aos anteriores, os índices de qualidade de ajustamento
variaram entre aceitáveis e maus, mas mais próximo do aceitável. Na VP foram excluídos
três itens, uma vez que a análise do padrão de dados omissos demonstrou dificuldade no
preenchimento destes. No estudo de Muris e colegas (2005a) foram obtidos melhores
resultados, mas tem de se ter em consideração que o presente estudo apresenta uma
amostra com uma dimensão mais reduzida. Na secção 5.1.5 deste capítulo está descrito
de forma mais pormenorizada a análise da estrutura fatorial do BFQ-C.
128
excelente da Co. Na VE, a consistência interna das escalas do BFQ-C avaliada pelos
índices α e ω foi: excelente para a escala Co; boa para as escalas IE, I/AE e Ag; e, razoável
para a escala E/E. Na VP, a consistência interna das escalas avaliada pelos índices α e ω
foi: excelente para as escalas I/AE, Ag e CO; e, boa para as escalas E/E e IE. As escalas
apresentaram valores adequados de MIC e MCITC. Na Tabela 84 (Anexo 13) são
apresentadas as correlações entre as várias fontes de informação do BFQ-C. As
correlações entre a VE e as outras versões de relato foram: moderadas para as escalas E/E
e Co; e, fracas para as escalas Ag e IE. Relativamente à escala I/AE, a correlação entre a
VA e a VE foi moderada e a correlação entre a VP e a VE foi forte. As correlações entre
a VA e VP foram: fortes para as escalas I/AE e Co; moderadas para as escalas IE e AG;
e, fraca para a escala EE. Todas as correlações foram estatisticamente significativas. Na
Tabela 84 (Anexo 13) também são apresentados os ICCs para a concordância absoluta
entre as várias fontes de informação do BFQ-C. Os ICCs sugeriram uma concordância
fraca entre os relatos das várias fontes de informação, com exceção da concordância entre
os relatos da escala I/AE que variou entre fraca e moderada. Apenas os ICCs entre a VA
e os outros relatos para a escala E/E e entre a VE e a VP para a escala Ag não foram
estatisticamente significativos.
4.2.4.3. BIS/BAS-C
129
correspondem a uma adaptação dos itens das escalas BIS/BAS dirigidos a adultos
desenvolvidos por Carver e White (1994), que implicou a sua modificação e
simplificação. Este instrumento é constituído por duas escalas que avaliam a sensibilidade
ao BIS e ao BAS. Para cada item é pedido ao aluno (ao encarregado de educação ou
professor) que indique em que medida essa afirmação descreve o seu pensamento e
comportamento (o pensamento e comportamento do seu educando ou aluno) numa escala
de Likert de 4 valores (0 = Falso; 1 = Um pouco verdade; 2 = Verdade; 3 = Muito
verdade). Os itens da versão de autorrelato das BIS/BAS-C (BIS/BAS-CVA) encontram-
se descritos no Anexo 9. O conteúdo dos itens das versões de preenchimento pelos
professores (BIS/BAS-CVP) e pelos encarregados de educação (BIS/BAS-CVE) é igual
ao da sua versão de autorrelato, mas formulado na terceira pessoa.
130
a consistência interna das escalas das BIS/BAS-C avaliada pelos índices α e ω foi: boa
para a escala BAS e subescala En; razoável para as subescalas BD e RR; e, fraca para a
escala BIS. As (sub)escalas apresentaram valores adequados de MIC e MCITC. Na
Tabela 84 (Anexo 13) são apresentadas as correlações entre as várias fontes de
informação das BIS/BAS-C. As correlações entre as (sub)escalas das várias fontes de
informação foram fracas. Apenas foram estatisticamente significativas as correlações
entre a VA e as outras versões para as (sub)escalas BAS. Na Tabela 84 (Anexo 13)
também são apresentados os ICCs para a concordância absoluta entre as várias fontes de
informação das BIS/BAS-C. Os ICCs sugeriram uma concordância fraca entre os relatos
das várias fontes de informação. Apenas os ICCs das (sub)escalas BAS entre os relatos
da VA e das outras fontes de informação foram estatisticamente significativos.
A pontuação da escala BIS (0, 1, 2 e 3) foi obtida pela soma das pontuações dos
seguintes itens – 1, 5, 9, 13, 14, 18 e 20. As pontuações dos itens – 2, 3, 4, 6, 7, 8, 10, 11,
12, 15, 16, 17 e 19 – foram somados para se obter a escala BAS. As subescalas da BAS
foram obtidas através da soma dos seguintes itens: En – 3, 7, 11 e 16; BD – 4, 8, 12 e 17;
RR – 2, 6, 10, 15 e 19. A cotação do item 14 invertido foi alterada (0 passa a 3 e vice-
versa). Não foram somadas as pontuações dos itens removidos na VA (5), na VE e na VP
(5 e 14).
3
Participaram nos procedimentos de tradução a autora principal da presente dissertação, os investigadores
Pedro Almeida e Fernando Ferreira-Santos, a tradutora Filipa Seixas, a professora e escritora Luzia Fontes
e os autores das medidas.
131
encontras-se no domínio público.
4
As reflexões faladas foram conduzidas pela autora da presente tese de dissertação.
132
d) Retroversão: Um quarto elemento efetuou as retroversões para inglês das
versões portuguesas dos instrumentos provisórias;
5
Os procedimentos de adaptação, incluindo as reflexões faladas, foram conduzidos pela autora da presente
tese de dissertação.
133
portuguesas do ICU e do APSD ao seu autor principal (Pedro Pechorro);
134
do APSD.
4.3. Procedimentos
6
A seleção aleatória das escolas foi efetuada com o auxílio do da utilização do: www.randomizer.org
(Urbaniak, Plous, & Lestik, 2003).
135
Rodrigues de Freitas, AE Clara de Resende, AE Manoel de Oliveira, AE Leonardo
Coimbra-Filho e AE Pêro Vaz de Caminha -, devido à ausência de disponibilidade
temporal para realizar a investigação. Houve ausência de resposta de nove AEs (AE
António Nobre, AE Carolina Michaelis, AE Garcia da Horta, AE do Viso, AE Fontes
Pereira de Melo, AE Eugénio Andrade, AE Infante D. Henrique, AE Aurélia de Sousa e
Escola Artística do Conservatório de Música do Porto). A recolha de dados foi aceite em
dois AEs - AE do Cerco (Escola Básica S. Roque da Lameira e na Escola Básica e
Secundária do Cerco) e AE Alexandre Herculano (Escola Básica do Sol) – em 22 de abril
de 2017 e 29 de setembro de 2017, respetivamente. Foi realizado o mesmo procedimento
na população de nove AEs da cidade de Gondomar da região do Grande Porto. O estudo
foi recusado no AE n.º 3 de Rio Tinto, uma vez que já existiam outros projetos de
investigação a decorrer. Houve ausência de resposta de sete AEs (AE À Beira Douro, AE
Santa Bárbara, AE Júlio Dinis, AE de Valbom, AE n.º 1 de Gondomar, AE Rio Tinto e
AE São Pedro da Cova). A recolha de dados foi autorizada pelo Diretor do AE Infanta D.
Mafalda em 17 de outubro de 2017.
136
educandos e as outras variáveis sob estudo - a EB-CVE, o ICU-VE, o APSD-VE, a
PANAS-CVE, o BFQ-CVE e a BIS/BAS-CVE – que são alvo de análise deste capítulo
bem como de outros questionários que avaliam o comportamento antissocial (a adaptação
a crianças da Self Reported of Offending (SRO; Earls, Brooks-Gunn, Raudenbush, &
Sampson, 2005), Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial (QCA)) e a
agressão reativa e proativa – a ABRS - , que serão alvos de análise do capítulo seguinte
. Na EB de S. Roque da Lameira os encarregados de educação foram informados sobre o
estudo pela investigadora, solicitada a sua colaboração neste e entregue o formulário de
consentimento informado durante a reunião de pais. Após a reunião, também foi realizada
a primeira sessão supracitada. Os envelopes com os formulários de consentimento
informado e os questionários dirigidos aos encarregados de educação foram entregues
pelos seus educandos aos professores primários ou diretores de turma na sala de aula. Nas
três sessões seguintes, os alunos preencheram os questionários - o QS, a EB-CVA, o ICU-
VA, o YPI-CV, o APSD-VA, a PANAS-CVA, o BFQ-CVA e a BIS/BAS-CVA - após o
fornecimento das instruções e respetivo esclarecimento de dúvidas. Após o
preenchimento do consentimento pelos professores, estes completaram os questionários
que avaliam os seus dados sociodemográficos e os estudantes - a EB-CVP, o ICU-VP, o
APSD-VP, a PANAS-CVP, o BFQ-CVP e a BIS/BAS-CVP - que participaram no estudo.
A exceção a estes procedimentos de recolha de dados foi para a EBS do Cerco, no qual
foi colocada a imposição de que os questionários fossem aplicados pelos diretores de
turma dos 5os e 6os anos, à qual foram dadas instruções para o efeito pela investigadora.
7 A ordem dos questionários de todos os participantes foi aleatorizada através da utilização do www.random.org.
137
segundo momento de aplicação da EB-CV, que eram preenchidos em primeiro e último
lugar, respetivamente.
138
4.4. Análise estatística
O padrão dos dados omissos foi analisado através da técnica estatística Little´s
Missing Completely at Random test (Little´s MCAR test; Little, 1988). Se o Little´s
MCAR test for estatisticamente significativo (p ≤ .05) existe um padrão na distribuição
dos dados omissos. Caso contrário (p > .05) os dados omissos distribuíssem de forma
completamente aleatória. Na versão relato pelos professore do BFQ-C, existia um padrão
nos dados omissos nas escalas Conscienciosidade (Co; χ2(113) = 169.73, p = .000) e
Agradabilidade (Ag; χ2(72) = 104.11, p = .008). Os itens 16 (n = 16), 37 (n = 45) e 53 (n
= 8) eram os que apresentavam maior frequência de dados omissos. Estes resultados
demonstraram dificuldade no preenchimento destes itens. O padrão de dados omissos foi
aleatório após a remoção destes itens das escalas Ag (χ2(55) = 68.10, p = .110) e Co
(χ2(49) = 43.22, p = .706). Sendo assim, estes itens foram excluídos deste instrumento e
os dados omissos foram estimados por escala utilizando o tratamento de dados omissos
Expectation/maximization (EM) algorithm (Dempster, Laird, & Rubin, 1977).
Relativamente aos outros instrumentos, uma vez que os dados omissos estavam
distribuídos de forma completamente aleatória, estes foram estimados por escala
utilizando o tratamento de dados omissos EM algorithm.
139
distribuição da variável dependente contínua e das variáveis serem ordinais foi utilizado
o teste de Wilcoxon-Mann-Whitney. As caraterísticas são consideradas idênticas nos
grupos se p-value > α = .05 (Marôco, 2011).
8
As variáveis manifestas ordinais foram tratadas como contínuas. A utilização de variáveis ordinais com
uma escala de resposta igual ou superior a quatro valores não constitui um problema grave, sendo a
diferença entre resultados irrelevante e reduzida (e.g., Byrne, 2008; Marôco, 2014).
140
foi estimada pelo coeficiente de correlação policórica. A qualidade de ajustamento global
dos modelos fatoriais foi analisada de acordo com os seguintes índices e respetivos
valores de referência descritos na Tabela 4.1 de Marôco (2014, p.55): o chi-
square/degrees of freedom ratio (χ2/DF), o Comparative Fit Index (CFI), o Goodness of
Fit Index (GFI), o Root Mean-Square Error of Approximation (RMSEA), p-value de
RMSEA, os intervalos de confiança a 90% para RMSEA, Akaike Information Criterion
(AIC) e Modified Expected Cross-Validation Index (MECVI). Os seguintes valores dos
índices indicam um ajustamento: a) mau - χ2/DF < 5, CFI/GFI < .8, e RMSEA > .10; b)
sofrível - χ2/DF = ]2;5], CFI/GFI = [.8;.9[; c) bom - χ2/DF = ]1;2], CFI/GFI = [.9;.95[, e
RMSEA = ].05;.10]; d) muito bom - χ2 ~ 1, CFI/GFI ≥ .95, e RMSEA ≤ .05. Valores não
significativos de RMSEA indicam um ajustamento adequado. Valores menores de AIC e
MECVI indicam um ajustamento superior relativamente aos outros modelos. O teste de
diferença Qui-quadrado (ΔX2) foi utilizado para avaliar se um ajustamento de modelo é
significativamente superior. A qualidade de ajustamento global do modelo fatorial, que
melhor se adequou aos dados, foi avaliada pelos pesos fatoriais estandardizados (λ) e pela
fiabilidade individual dos itens (R2). Foram estabelecidos os valores mínimos de
saturação dos itens nos fatores de .30 (Nunnally & Bernstein, 1994) e de fiabilidade
individual de itens de .25. A validade discriminante dos fatores foi avaliada pela
comparação da variância extraída média (VEM) com os quadrados da correlação entre
fatores. A validade convergente dos fatores foi analisada pela VEM (adequada se VEM
≥ .50). A consistência interna dos fatores foi avaliada pela fiabilidade compósita (FC;
adequada = FC ≥ .70; Marôco, 2014). A fiabilidade compósita e a VEM por cada fator
foram avaliadas como descrito em Fornell e Larcker (1981). O ajustamento do modelo, a
existência de outliers e a normalidade das variáveis foram avaliados pelos índices de
modificação, a distância quadrada de Mahalanobis (D2) e os coeficientes de assimetria
(sk) e curtose (ku) uni- e multivariada, respetivamente. Os valores absolutos de sk > |3| ku
> |10| são indicadores de violação extrema da normalidade (Kline, 2011). O método de
estimação de modelo ML exige o pressuposto que as variáveis apresentem distribuição
normal multivariada. As variáveis apresentaram valores sk e ku considerados adequados
para o pressuposto da normalidade. Nos modelos bifatoriais, o índice de força do Fator
Geral (FG) em modelos bifatoriais - explained common variance (ECV) – e a percent of
uncontaminated correlations (PUC) - foram avaliados como descrito por Rodriguez,
Reise e Haviland (2016) com o intuito de testar a (uni)dimensionalidade do modelo.
Valores superiores de ECV indicam um FG forte. Valores superiores de PUC indicam
141
uma menor tendência de as estimativas dos parâmetros do modelo unidimensional serem
enviesadas. Valores de ECV e PUC superiores a .70 permitem a interpretação do
instrumento como primariamente unidimensional (ib.). Foram comparados os λ: a) do
modelo unidimensional com os do FG no modelo bifatorial (valores inferiores de λ no
FG são indicadores de multidimensionalidade); b) dos (sub)fatores do modelo bifatorial
com os do modelo de três ou nove fatores (valores inferiores de λ no modelo bifatorial
são indicadores de unidimensionalidade).
Foi conduzida uma análise dos itens com o intuito de identificar os itens que
fornecem uma discriminação fraca através do índice de discriminação correlação item-
total corrigida (corrected item-to-total correlation, CITC). Foi estabelecido o valor
mínimo de .20 de CITC como discriminação moderada. Valores inferiores a este indicam
que os itens são candidatos a remoção (Nunnally & Bernstein, 1994). Também foram
analisados os valores do coeficiente alfa (α) de Cronbach após a remoção de cada um os
itens.
9
Relativamente às recomendações para realização de uma análise fatorial um valor de KMO: inferior a 0.5
é inaceitável; situado entre 0.5 e 0.6 é mau mas ainda é aceitável; situado entre 0.6 e 0.7 é medíocro; situado
entre 0.7 e 0.8 é médio; situado entre 0.8 e 0.9 é bom; e, situado entre 0.9 e 1.0 é excelente (ver e.g., Sharma,
1996).
142
2011). Estabeleceu-se o valor mínimo de saturação 0.30 como critério de saturação dos
itens nos fatores (Nunnally & Bernstein, 1994).
A técnica Item Response Theory (IRT) foi utilizada na seleção dos itens da EB-
CV que melhor avaliam o construto latente boldness. Este método fornece informação
sobre a relação entre as respostas dos itens e o nível de um traço num construto latente de
um indivíduo (Embreston & Reise, 2000). Um dos pressupostos da IRT é a
unidimensionalidade do instrumento. Contudo este pressuposto é alvo de debate pela
comunidade científica. A unidimensionalidade é rara na maior parte das medidas, a regra
é que a AFE deve produzir uma solução fatorial não rotativa com o eigenvalue ratio do
primeiro ao segundo fator superior ou igual a 3 (Morizot, Ainsworth, & Reise, 2007).
Foram cumpridos os pressupostos da análise fatorial (KMOVA/VE/VP = .73/.78/.78; p (teste
de Esfericidade de Bartlett) VA/VE/VP = .000/.000/.000). As Análises Fatoriais
Exploratórias com o método de extração pelo eixo principal produziram uma solução sem
rotação de fatores com a soma dos eigenvalues do primeiro fator e do segundo fator
superior a 3 nas várias versões de relato da EB-CV (Fator1VA/VE/VP = 4.70/6.01/10.04;
Fator2VA/VE/VP = 3.96/4.55/5.94). Recorreu-se ao modelo IRT de resposta classificada
(graded response IRT model) de Samejima (1967), que é uma extensão do 2-Parameter
Logistic (2-PL) IRT model, uma vez que é o modelo adequado aos objetivos do estudo e
ao tipo de resposta ordinal. Este modelo estima dois parâmetros para cada item -
parâmetro da discriminação do item (ou slope; a) e o parâmetro da dificuldade do item
(ou treshold; b) – bem como a relação entre os dois. O parâmetro da discriminação do
item descreve a força da relação entre as categorias de resposta do item e o traço latente.
Itens com valores elevados neste parâmetro discriminam efetivamente entre os indivíduos
que diferem em termos do seu nível no traço latente. O parâmetro de dificuldade do item
indica o nível do traço latente no qual a próxima categoria de resposta tem maior
probabilidade de ser selecionada. Itens com valores mais elevados neste parâmetro
necessitam de níveis mais elevados do traço latente para selecionar a categoria de resposta
superior (Embreston & Reise, 2000). Foram analisadas as curvas caraterísticas dos itens
(item characteristics curves; ICCs) para cada um dos itens relativamente a estes dois
critérios. Os itens foram considerados candidatos a remoção nas seguintes condições:
fornecerem uma má discriminação, isto é., a < .9 (de Ayala, 2009). O modelo 2-PL foi
estimado após remoção dos itens. Na comparação dos modelos recorreu-se aos índices
AIC e Bayesian information criterion (BIC; Rupp & Templey, 2010), cujos valores
143
inferiores são indicadores de um modelo superior. A estrutura da EB-CV final foi
avaliada pela AFC. As propriedades psicométricas da versão final foram comparadas com
a EB-CV original.
A consistência interna das (sub)escalas foi avaliada por intermédio dos seguintes
índices de fiabilidade: o coeficiente alfa (α) de Cronbach, a correlação média entre itens
(mean interitem correlation, MIC), a correlação média item-total corrigida (mean
corrected item-to-total correlation, MCITC), o coeficiente omega (ω) e o coeficiente
omega hierárquico (ωh). Os seguintes valores de α indicam uma consistência: a)
inaceitável – α < .60; b) fraca: α = [.60; .70[; c) razoável – α = [.70; .80[; d) boa – α =
[.80; .90[; c) excelente – α ≥ .90 (Hill & Hill, 2012). Adotaram-se os valores
recomendados como adequados de MIC (= [.15; .50]; Clark & Watson, 1995), MCITC
(> .30; Nunnally & Bernstein, 1994) e ω (> .70). Contrariamente ao MIC e ω, o α é
dependente do número de itens da escala (Cortina, 1993). O ω e o ωh são índices de
fiabilidade derivados do modelo, que diferentemente do α não assumem valores iguais
dos pesos fatoriais entre os itens e a variável latente nem que os dados são
unidimensionais. O ω reflete a variância sistemática atribuída a fatores comuns múltiplos.
Enquanto o ωh reflete a variância sistemática a atribuída ao fator (Rodriguez, Reise, &
Haviland, 2016). A fiabilidade do tipo estabilidade temporal (test-retest reliability) das
(sub)escalas das várias versões de relato da EB-CV foi avaliada pelo coeficiente de
correlação intraclasse (intraclass correlation coefficient, ICC) e os seus intervalos de
confiança a 95%, utilizando um modelo misto de dois fatores, concordância absoluta e
medidas únicas. O coeficiente ICC e os seus intervalos de confiança a 95% para a
concordância absoluta baseado num modelo aleatório de uma via foi utilizado para avaliar
a consistência dos instrumentos de avaliação pelas várias fontes de informação (alunos,
encarregados de educação e professores; inter-rater reliability). Os seguintes valores de
ICC indicam uma fiabilidade: a) fraca: ICC < .50; c) razoável – ICC = [.50; .75[; d) boa
– α = [.75; .90[; c) excelente – α ≥ .90. Para além do ICC foi utilizado o coeficiente de
correlação de Pearson ou de Spearman para calcular as correlações entre as escalas das
várias fontes de informação da EB-CV e dos outros instrumentos de avaliação. O ICC
apresenta a seguinte vantagem relativamente ao coeficiente de correlação: além de avaliar
a correlação entre as medidas, avalia a concordância entre estas (Koo & Li, 2015).
144
foram analisadas através do cálculo de correlações bivariadas de Pearson ou de Spearman
entre estas e de regressões lineares simples, nas quais a pontuação total da EB-CV é
preditora das restantes variáveis. As associações das medidas de psicopatia (ICU, APSD
e YPI – CV) com as medidas de critério externas da boldness (BIS/BAS-C, BFQ-C e
PANAS-C) foram analisadas através do cálculo de correlações bivariadas de Pearson ou
de Spearman entre estas e de regressões lineares simples e múltiplas, nas quais a
pontuação total e as (sub)dimensões da das medidas como preditores das restantes
variáveis. A multicolinariedade foi avaliada em todos os modelos de regressão e a
Variance Inflation Factors nunca ultrapassou o valor 3 estabelecido como recomendável
(Marôco, 2011). A intensidade das associações entre variáveis foi interpretada pelos
valores absolutos dos coeficientes de correlação estabelecidos por Cohen (1988) da
seguinte forma: fraca – r < |.30|; moderada – r = [|.30|;|50|[; e forte – r ≥ |.50|. A direção
das associações entre as variáveis foi interpretada da seguinte forma: negativa – r < 0; e,
positiva – r > 0.
145
total. Contudo, estas análises podem ser fornecidas mediante um pedido dirigido à autora
do estudo.
As análises foram realizadas utilizando o IBM Statistical Package for the Social
Sciences Statistics (v. 24/25, IBM SPSS Inc, Chicago, IL), utilizando-se ocasionalmente
o plugin para o software R (Team, 2010). A extensão SPSSINC Hector foi utilizada no
cálculo do coeficiente de correlação policórica. A extensão STATS GRM (Graded
Response Model) foi utilizada para a análise IRT. As AFCs foram realizadas utilizando o
IBM SPSS AMOS (v. 24/25, IBM SPSS Inc, Chicago, IL). As matrizes de correlações
policóricas foram construídas no Microsoft Excel 2017. Os valores de VEM, CR, FC e
ECV foram calculados no Microsoft Excel 2017. O ω e o ωh foram obtidos através do
software Omega (Watkins, 2013). Considerou-se para todas as análises uma
probabilidade de erro tipo I (α) de .05, uma vez que é o nivel de significância mais
commumente utilizado nas ciências sociais (e.g., Marôco, 2011)
146
5. Resultados
5.1.1. ICU
Na VA, de modo geral os itens saturaram nos respetivos fatores e no FG. Os itens
2, 4, 10 e 12 para além de não saturarem no seu fator Cal e no FG, apresentaram valores
desadequados de CITC em ambas escalas e os coeficientes alfa da Cal e do FG
147
aumentariam se os itens fossem excluídos. O item 22 não saturou no FG, bem como
apresentou valores desadequados de CITC na escala total e as escalas da Unem e total,
cujos coeficientes alfa aumentariam após a sua remoção (ver Tabela 86, Anexo 14). Os
modelos testados anteriormente com a remoção dos itens 2, 4, 10, 12 e 22 foram avaliados
pela AFC. Os modelos com os itens removidos apresentaram uma qualidade de
ajustamento superior, bem como estimativas de parâmetros mais elevadas. O modelo
bifatorial apresentou uma qualidade de ajustamento entre aceitável e boa. As estimativas
dos parâmetros dos modelos testados do ICU com os itens removidos, os CITCs dos itens
e o valor α da (sub)escala total e com a remoção de cada item são apresentados na Tabela
87 (Anexo 14).
Na VE, de modo geral os itens saturaram nos respetivos fatores e no FG. O item
10 mostrou-se problemático, designadamente apresentou níveis quase nulos de CITC e
de fiabilidade individual, não saturou no FG nem na Cal, cujos coeficientes alfa
aumentariam após a sua remoção. O item 2 também não saturou no FG e Cal, apesar de
apresentar níveis adequados de CITC e o coeficiente alfa da (sub)escala não alterar após
a sua remoção (ver Tabela 88, Anexo 14). Os modelos testados anteriormente com a
remoção dos itens 2 e 10 foram avaliados pela AFC. Os modelos com os itens removidos
apresentaram uma qualidade de ajustamento superior, bem como estimativas de
parâmetros mais elevadas. O modelo bifatorial apresentou uma qualidade de ajustamento
entre aceitável e boa. As estimativas dos parâmetros dos modelos testados do ICU com
os itens removidos, os CITCs dos itens e o valor α da (sub)escala total e com a remoção
de cada item são apresentados na Tabela 89 (Anexo 14).
148
exceção do valor sofrível do χ2/df. A consistência interna avaliada pelo α da Cal aumentou
de .83 para .85. Todos os itens saturaram nos respetivos fatores e apresentaram valores
adequados de CITC.
5.1.2. YPI-CV
149
Rem e Ir no modelo bifatorial. Na tabela 92 (Anexo 15) são apresentadas as estimativas
dos parâmetros dos modelos testados do YPI-CV, com exceção do modelo de dois fatores.
O modelo bifatorial apresentou valores inferiores de λ nas dimensões relativamente ao
modelo de três fatores (M = -.43). A diferença dos valores de λ entre os modelos
unidimensional e bifatorial foi irrelevante (M = -.02). Os valores de ECV indicam que o
FG explica uma grande proporção da variância comum. Estes dados são indicadores de
um FG forte e de que a multidimensionalidade não distorce o modelo unidimensional.
150
5.1.3. APSD
151
Como a estrutura fatorial do APSD não foi validada através da AFC na VA e na
VE e os índices de qualidade de ajustamento da VP foram baixos, foi replicado o
procedimento utilizado por Frick, Bodin e Barry (2000). Os autores excluíram da análise
o item 2 (“Envolve-se em atividades ilegais/Envolves-te em atividades contra a lei ou
proibidas”). Foi conduzida uma Análise Fatorial Exploratória (AFE), com o método de
factoração pelo eixo principal. Foram cumpridos os pressupostos da AF (KMOVA/VE/VP =
.83/.80/.90; p (teste de Esfericidade de Bartlett) = .00). Diferentemente da solução de três
fatores obtida por Frick e colegas (2000), foi obtida uma solução de dois fatores. Sendo
assim foi conduzido uma AF, com o método de extração de dois fatores de máxima
verosimilhança (ML) com rotação Promax. Os dois fatores explicam 24.39% na VE,
26.06% na VA e 42.55% na VE da variabilidade total. Estes correlacionaram-se
fortemente na VP (r = .66), moderadamente (r = .41) na VE e fracamente na VA (r = .10).
No fator 1 saturaram os itens do fator I/CP. No fator 2 saturaram os itens do fator CU. De
modo geral, os itens saturaram apenas no respetivo fator em ambas as versões. Na VE, o
item 1 (“Culpa os outros pelos erros dele”) não saturou em nenhum fator e apresentou
valores superiores no fator 2. Na VA, o item 9 não saturou em nenhum fator, mas
apresentou valores próximos de saturação e distintos do outro fator. Na VP, o item 2
saturou apenas no fator oposto e o item 19 saturou em ambos os fatores, apesar de
apresentar pesos fatoriais com valores negativos e substancialmente inferiores
relativamente ao outro. Todos os itens apresentaram valores adequados de CITC, com
exceção do item 5 na VE que apresentou um valor muito próximo do adequado. A
exclusão de cada um dos itens conduziria a uma diminuição ou manteria o α da respetiva
subescala, com exceção do item 9 na VA.
152
apresentou um valor CITC muito próximo do adequado. Na VP, o item 17 saturou no
outro fator e houve saturação cruzada dos itens 4, 8 e 10, apesar de apresentaram pesos
fatoriais superiores no respetivo fator. A exclusão de cada um dos itens conduziria a uma
diminuição ou manteria o α da respetiva subescala, com exceção do item 9 na VA. Os
resultados da ACP da VA foram muito semelhantes aos resultados do estudo realizado
por Pechorro e colegas (2013). Nas tabelas 96, 97 e 98 do Anexo 16 encontram-se os
resultados das AFs e das ACPs e da análise dos itens das versões VA, VE e VP do APSD,
respetivamente.
5.1.4. PANAS-C
10
No modelo de três fatores de Mehrabian (1997): os itens do subfator Medo eram - scared, nervous, afraid,
guilty, ashamed, and jittery -; e os itens do subfactor Perturbado eram - distressed, irritated, hostile, and
upset. Na PANAS-C correspondem os itens 3, 6, 10, 11, 13, 16 e 20 correspondem aos itens do Medo e os
itens 2, 7, 15, 22, 23, 25, 27 e 29 correspondem aos itens do Preocupado.
153
Killgore (2000)11 difere apenas da anterior nas emoções de ansiedade, vergonha e culpa
que pertencem ao fator Pre. Então, foi testado qual dos modelos dois fatores ou três fatores
apresenta melhor qualidade de ajustamento. De modo a identificar o modelo, nos modelos
de três fatores foi necessário fixar o erro de variância do subfactor Preocupado em zero
com o intuito de evitar variâncias de erro negativas. Os modelos de três fatores
apresentaram um ajustamento superior ao modelo de dois fatores. E, os modelos de três
fatores com EP e EN dependentes foram superiores aos modelos independentes.
Por fim, foram testados todos os modelos anteriores, mas permitindo que os erros
de itens que pertencem à mesma categoria de emoções, definidas por Zevon e Tellegen,
(1982), se correlacionem (procedimento realizado em estudos da medida para adultos,
p.e.: Crawford & Henry, 2004; Tucitto, Giacobbi, & Leite 2010)12. Estes modelos
apresentaram um ajustamento superior aos respetivos modelos em que a correlação de
erros não é permitida. O modelo que apresentou melhor ajustamento foi o modelo de três
fatores proposto por Mehrabian (1997), no qual EP e EN estão correlacionados bem como
os erros de itens que pertencem à mesma categoria.
11
No modelo de três fatores de Killgore (2000): os itens do subfator Medo eram - scared, nervous, afraid,
and jittery -; e os itens do subfactor Perturbado eram - guilty, ashamed, distressed, irritated, hostile, and
upset. Na PANAS-C correspondem os itens 3, 10, 13, 16 e 20 correspondem aos itens do Medo e os itens
2, 6, 7, 11, 15, 22, 23, 25, 27 e 29 correspondem aos itens do Preocupado.
12
Foram correlacionados os erros de itens das seguintes categorias de emoções: atento (itens 1 e 4), forte
(itens 9 e 18), divertido (8, 17, 21, 26 e 30), desanimado (itens 2, 15, 27 e 29), amedrontado (itens 3, 13 e
20), culpado (itens 6 e 11) e agitado (10 e 16).
154
Na versão de autorrelato, os subfatores saturaram no fator EN. Os itens saturaram
nos respetivos (sub)fatores, com exceção dos itens 4 e 16, bem como os subfatores
saturaram no fator EN. Apenas os itens 1, 4, 5, 8, 12, 14, 15, 16 e 25 não apresentaram os
valores adequados de fiabilidade individual, apesar de estarem próximos do limite, com
exceção dos itens 4 e 16. Apenas o item 16 não apresentou valores adequados de CITC,
bem como a sua remoção aumentaria a consistência interna da Me. A remoção do item 4
manteria a consistência interna da EP. Assim, os itens 4 e 16 foram removidos da
PANAS-CA. Foi conduzida uma nova CFA sobre o modelo final e o modelo de dois
fatores com os itens 4 e 16 removidos, que apresentou uma qualidade de ajustamento
superior ao anterior (ver Tabela 99, Anexo 17). Nestes modelos, todos os itens saturaram
nos respetivos fatores e a consistência interna da subescala Me e das escalas EN e EP
aumentaram. No modelo de três fatores, a VEM/FC da EP, Me e Pre foram .30/.85, .39/.79
e .36/.82, respetivamente. No modelo de dois fatores, a VEM/FC da EP e EN foram
.30/.85 e .33/.87, respetivamente. Os (sub)fatores apesar de apresentarem valores
adequados de FC, os valores das VEMs foram desadequados.
155
consistência interna das respetivas (sub)escalas aumentaria após a sua remoção. Apenas
o item 16 apresentou valores desadequados de CITC, apesar de os valores dos outros itens
serem inferiores relativamente aos outros. Sendo assim, estes itens foram removidos da
PANAS-CVP. Foi conduzida uma nova CFA sobre o modelo final e o modelo de dois
fatores com estes itens removidos, que apresentaram uma qualidade de ajustamento
superior aos anteriores. Os índices de qualidade de ajustamento dos modelos foram
aceitáveis, com exceção dos valores maus do CFI em ambos os modelos e da RMSEA no
modelo de dois fatores. Nestes modelos, todos os itens saturaram nos respetivos fatores e
a consistência interna das (sub)escalas aumentaram. No modelo de três fatores, a
VEM/FC da EP, Me e Pre foram .45/.92, .56/.88 e .50/.87, respetivamente. No modelo de
dois fatores, a VEM/FC da EP e EN foram .45/.92 e .46/.92, respetivamente. Assim, os
(sub)fatores apresentaram valores adequados de FC e validade convergente, apesar de as
VEMs dos fatores estar apenas próximo do adequado.
5.1.5. BFQ-C
156
Na VA, os itens saturaram nos respetivos fatores, com exceção dos itens 9, 42, 50
(E/E) e 39 (IE), cujos valores de fiabilidade individual foram muito baixos e
desadequados. Destes itens o 9 e o 42 não apresentaram valores adequados de CITCs e
os valores α das respetivas escalas manter-se-ia com a sua remoção ou no caso do item 9
aumentaria. Os modelos (in)dependentes com os itens 9, 39, 42 e 50 removidos das
escalas foram analisados pela AFC e apresentaram uma qualidade de ajustamento
superior. O modelo melhor para a VA foi o modelo de cinco fatores dependentes com os
itens supracitados excluídos, cujos índices de qualidade de ajustamento variaram entre
aceitáveis (χ2/df e RMSEA) e maus (CFI e GFI), apesar de próximo do limite do aceitável.
Neste modelo, a VEM/FC da E/E, Ag, Co, I/AE e IE foram .29/.79, .31/.85, .38/.89,
.31/.84 e .29/.82, respetivamente. A fiabilidade compósita dos fatores revelou-se
adequada. Os valores da VEM revelaram-se inferiores ao adequado. Houve validade
discriminante da IE relativamente aos outros fatores. As estimativas dos parâmetros dos
modelos de cinco fatores dependentes são apresentadas na Tabela 104 (Anexo 18) em
conjunto com os CITC dos itens e o valor α da (sub)escala total e com a remoção de cada
item para o BFQ-CVA.
Na VE, os únicos itens que não saturaram nos respetivos fatores foram: 9, 42
(E/E), 39 (I/E) e 36 (I/AE). Os valores de fiabilidade individual destes itens foram
desadequados e muito baixos. Estes foram os únicos itens cuja remoção aumentaria os
valores do α das respetivas escalas e no caso do item 42 com valores CITC desadequados.
Sendo assim, os modelos de cinco fatores foram avaliados pela AFC com os itens 9, 36,
39 e 42 excluídos. Estes modelos apresentaram um ajustamento superior aos anteriores.
O melhor modelo foi o de cinco fatores dependentes com os itens supracitados removidos,
cujos índices de qualidade ajustamento variaram entre aceitáveis (χ2/df e RMSEA) e maus
(CFI e GFI). Neste modelo, a VEM/FC da E/E, Ag, Co, I/AE e IE foram .27/.79, .30/.85,
.42/.90, .38/.87 e .38/.88, respetivamente. A fiabilidade compósita dos fatores revelou-se
adequada. Os valores da VEM revelaram-se inferiores ao adequado. Apenas não foi
demonstrada a validade discriminante entre os fatores ‘Co e I/AE’, ‘EE e Ag’ e ‘Ag e
I/AE’. As estimativas dos parâmetros dos modelos de cinco fatores dependentes são
apresentadas na Tabela 105 (Anexo 18) em conjunto com os CITC dos itens e o valor α
da (sub)escala total e com a remoção de cada item para o BFQ-CVE.
157
fiabilidade individual: 9, 35, 42, 55, 63 (Ag), 36, 43, 59 (I/AE), 4, 31, 58 e 61 (IE). Neste
modelo, a VEM/FC da E/E, Ag, Co, I/AE e IE foram .28/.69, .44/.90, .67/.96, .56/.94 e
.41/.89, respetivamente. A fiabilidade compósita dos fatores revelou-se adequada. Os
fatores Co e I/AE apresentaram validade convergente. Os valores da VEM dos outros
fatores revelaram-se inferiores ao adequado. Foi demonstrada validade discriminante
entre os fatores, com exceção dos fatores ‘Ag e IE’. As estimativas dos parâmetros dos
modelos de cinco fatores dependentes são apresentadas na Tabela 106 (Anexo 18) em
conjunto com os CITC dos itens e o valor α da (sub)escala total para o BFQ-CVP.
5.1.6. BIS/BAS-C
Foi testada a estrutura fatorial de quatro fatores proposta por Carver e White
(1994), na qual existem dois fatores BIS e BAS. O fator BAS corresponde a um fator de
segunda ordem, que está dividido em três subfatores: Energia (Drive), Busca de
Divertimento (Fun Seeking) e Resposta à Recompensa (Reward Reponsiveness). Foi
testada a estrutura fatorial de dois fatores BIS e BAS validada por Muris e colegas
(2005b). De acordo com o modelo original proposto por Gray (1987, 1991) os dois fatores
BIS e BAS são ortogonais. No estudo de validação da BIS-BAS-C foi encontrada uma
associação positiva e moderada entre as escalas. Sendo assim, será testada a relação de
independência entre a BIS e BAS, através da avaliação dos modelos anteriores com estes
fatores (não) correlacionados. Na tabela 107 (Anexo 19) apresentam-se os índices e
estatísticas de qualidade de ajustamento dos modelos testados das BIS/BAS-C. Os
modelos de quatro fatores e dois fatores com a BIS e BAS correlacionados apresentaram
um ajustamento superior aos modelos ortogonais. Os fatores BIS e BAS apresentaram
correlações positivas moderadas a fortes nos modelos de dois (rVA = .63; rVE = .50; rVP =
.36) e quatro fatores (rVA = .72; rVE = .47; rVP = .30). As escalas BIS e BAS apresentaram
correlações positivas e moderadas na VA (r = .38, p = .000) e VE (r = .31, p = .000) e
fraca na VP (r = .17, p = .034). Contrariamente à proposta de Gray, estes fatores parecem
ser dependentes. Os modelos de quatro fatores apresentaram ajustamentos superiores aos
respetivos modelos de dois fatores. O melhor modelo foi o de quatro fatores com BIS e
BAS correlacionados.
158
item para as escalas BIS/BAS-CVA, BIS/BAS-CVE e BIS/BAS-CVP, respetivamente.
Os itens saturaram nos respetivos (sub)fatores, com exceção do item 14 na VA e dos itens
5 e 14 na VE e VP, bem como os subfatores da BAS saturaram no fator geral BAS. Estes
itens apresentaram valores desadequados de fiabilidade individual e CITC, cuja remoção
aumentaria a consistência interna da escala BIS. Com exceção do item 14 na VP que
apresentou valores adequados de CITC e a sua remoção diminuiria a consistência interna
da escala BIS. Na reflexão falada das BIS/BAS-CVA, as crianças tiveram dificuldades
em responder ao item 14 (“Não fico com medo ou nervoso(a), mesmo quando me
acontece alguma coisa má”) por estar formulado pela negativa. Poderá ser esta dificuldade
em conjunto em ser o único item da BIS invertido que origina problemas psicométricos.
Foram analisados através da AFC os modelos de quatro fatores, com os fatores BIS e
BAS correlacionados, com o item 14 removido na VA e os itens 5 e 14 removidos na VE
e na VP. Estes apresentaram uma qualidade de ajustamento ligeiramente superior ao
anterior. Os itens e subfatores saturaram nos respetivos fatores, a consistência interna da
escala BIS aumentou e os itens apresentaram valores adequados de CITCs.
159
modo geral estatisticamente significativas entre a subdimensão Insensibilidade
Emocional do ICU-VA/VE e a(s) (sub)dimensão(ões) CU do YPI-CV. Além disso, de
modo geral as dimensões afetivas, interpessoais e comportamentais do APSD e do YPI-
CV e as dimensões do ICU associaram-se mais fortemente às dimensões correspondentes
dos outros instrumentos do que às dimensões não correspondentes destes. Apesar destas
diferenças nas associações terem sido de modo geral estatisticamente não significativas.
Este é o primeiro estudo, ao nosso conhecimento, que analisa a convergência do YPI-CV
com outros instrumentos de avaliação da psicopatia em crianças. Os presentes resultados
foram congruentes com outros estudos que forneceram apoio à convergência das escalas
do ICU com a subescala CU do APSD realizados em amostras de jovens escolares (Roose
et al., 2010), de risco (Ansel et al., 2015; López-Romero et al., 2015a), clínicas (Sharp &
Vanwoerden, 2014) e forenses (Fink et al., 2012; Kahn et al., 2016; ; Kimonis et al., 2008;
López-Romero et al., 2015a; Ray et al., 2016b;) em Espanha (López-Romero et al.,
2015a), Portugal (Ray et al., 2016b), Bélgica (Roose et al., 2010) e sobretudo nos Estados
Unidos (Ansel et al., 2015; Fink et al., 2012; Kahn et al., 2016; Kimonis et al., 2008;
Sharp & Vanwoerden, 2014). No entanto, estes estudos focaram-se em jovens com idades
superiores à amostra do presente estudo, cuja idade variou entre os 12 e 21 anos e eram
sobretudo adolescentes. Sendo assim, o presente estudo é um contributo para a análise da
convergência do APSD e do ICU nesta faixa etária. Todos os outros estudos aplicaram as
versões de autorrelato destes instrumentos (Ansel et al., 2015; Fink et al., 2012; Kahn et
al., 2016; Kimonis et al., 2008; López-Romero et al., 2015a; Ray et al., 2016b; Roose et
al., 2010; Sharp & Vanwoerden, 2014) e apenas dois aplicaram outras versões dos
instrumentos, designamente Fink e colegas (2012) para além das versões de autorrelato
administraram as versões de relato pelos pais do APSD e do ICU e demonstrarm validade
convergente entre as versões de relato correspondentes, mas não entre as versões de relato
diferentes. Também Roose e colegas (2010) aplicaram uma versão combinada de relato
pelos pais e pelos professores do ICU, cujas escalas com exceção da Insensibilidade
Emocional foram convergentes com a subescala CU da versão de autorrelato do APSD.
No estudo realizado Feilhauer e colegas (2012) numa amostra mista (forense, clínica e
escolar) de jovens na Holanda, a pontuação total do ICU não teve associações
estatisticamente significativas com a subescala CU do APSD, mas sim com a subescala
Imp deste. Contudo a dimensão da amostra deste estudo era reduzida (n = 76).
160
5.3. Desenvolvimento de versões reduzidas da EB-CV
161
Tabela 8 Parâmetros de discriminação e de dificuldade dos itens da EB-CV
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
Item a b1 b2 b3 M(b) Item a b1 b2 b3 M(b) Item a b1 b2 b3 M(b)
36 1.37 -2.22 -1.19 .22 -1.07 26 2.77 -3.06 -2.12 -.60 -1.93 30 2.33 -1.79 .13 1.56 -.03
21 1.22 -1.19 -.44 .67 -.32 44 2.50 -2.98 -1.83 -.14 -1.65 36 1.93 -1.91 -.33 1.62 -.21
42 1.12 -2.05 -1.10 .39 -.92 23 1.96 -3.39 -2.79 -.41 -2.20 9 1.92 -1.33 .23 1.83 .24
15 1.03 -.94 .48 1.63 .39 5 1.77 -2.80 -1.86 -1.01 -1.89 45 1.84 -1.19 .16 1.76 .24
29 1.00 -.65 .37 1.63 .45 20 1.74 -4.40 -2.99 -.84 -2.74 32 1.61 -2.27 .15 2.09 -.01
39 .96 -2.07 -.60 1.28 -.46 11 1.42 -3.22 -2.06 -.14 -1.80 33 1.54 -1.41 .74 2.45 .60
32 .95 -1.85 -1.12 .37 -.87 41 1.30 -2.85 -1.45 .00 -1.43 22 1.45 -1.43 .12 1.20 -.04
27 .94 -1.42 -.33 1.20 -.18 45 1.20 -1.51 -.04 1.68 .04 38 1.37 -2.53 -.70 1.53 -.56
37 .90 -.89 .54 2.22 .62 36 1.19 -3.70 -1.13 1.04 -1.26 40 1.36 -.98 1.43 2.09 .85
26 .89 -4.59 -3.59 -1.71 -3.30 42 1.13 -4.05 -1.89 1.49 -1.48 5 1.34 -2.95 -1.33 .79 -1.16
44 .87 -3.84 -2.75 -1.23 -2.61 8 1.00 -4.04 -1.91 1.05 -1.63 14 1.30 -2.22 -.34 1.49 -.36
23 .83 -3.93 -3.19 -1.37 -2.83 32 .98 -3.28 -1.25 1.69 -.95 43 1.29 -1.51 .01 1.34 -.05
35 .80 -2.00 -.38 1.19 -.40 21 .91 -2.62 -.84 2.03 -.48 21 1.26 -2.08 .23 2.37 .17
24 .70 .24 1.28 2.47 1.33 38 .91 -3.24 -1.69 -.34 -1.76 8 1.22 -3.58 -1.14 1.50 -1.07
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; a = Parâmetro de discriminação; b = Parâmetro de dificuldade; M = Média; n = dimensão da amostra.
Os itens são apresentados por ordem decrescente dos seus valores no parâmetro de discriminação para cada uma das versões da EB-CV.
A negrito encontram-se os itens incluídos em cada uma das versões da EB-CV.
162
Tabela 8 (continuação)
Parâmetros de discriminação e de dificuldade dos itens da EB-CV
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
Item a b1 b2 b3 M(b) Item a b1 b2 b3 M(b) Item a b1 b2 b3 M(b)
20 .68 -6.61 -4.29 -2.55 -4.48 6 .85 -4.60 -3.31 -.99 -2.97 27 1.21 -2.45 .18 2.37 .03
46 .67 -1.53 -.83 .00 -.79 30 .83 -3.27 -1.17 1.13 -1.10 34 1.17 -.72 .46 1.86 .53
13 .64 -.86 1.33 3.14 1.20 14 .78 -2.31 -.05 1.63 -.24 11 1.02 -1.96 1.44 NA -.26
11 .63 -6.78 -4.60 -2.73 -4.70 27 .77 -3.10 -.68 2.98 -.27 20 1.00 -2.66 .79 NA -.93
16 .63 -.86 .49 2.11 .58 2 .76 -4.63 -2.20 .70 -2.04 6 .95 -5.81 -2.19 .80 -2.40
7 .63 -.64 .88 2.95 1.07 29 .72 -1.95 .59 4.17 .94 41 .94 -3.28 -1.21 1.74 -.92
1 .59 -2.38 -.96 2.13 -.40 39 .70 -5.05 -1.90 2.81 -1.38 29 .94 -1.88 .60 3.59 .77
3 .53 -1.51 -.33 1.02 -.27 33 .67 -1.94 1.86 4.45 1.46 42 .93 -3.96 -1.15 2.37 -.91
10 .52 -.60 1.63 4.80 1.94 35 .59 -5.85 -2.44 2.04 -2.08 46 .92 -1.93 -.15 1.82 -.09
19 .52 -1.39 .79 2.93 .78 9 .45 -2.46 1.48 4.91 1.31 2 .91 -3.40 -1.44 1.35 -1.16
18 .50 -2.52 -1.57 .01 -1.36 17 .42 -4.68 -.35 3.66 -.46 4 .91 -1.60 .93 2.53 .62
6 .46 -1.72 -7.27 -3.82 -7.27 40 .41 -.90 3.48 5.70 2.76 26 .88 -5.45 -3.05 .81 -2.57
28 .45 -1.05 1.25 3.60 1.27 1 .38 -6.91 -3.64 3.62 -2.31 17 .84 -2.76 .06 2.54 -.05
8 .44 -7.69 -5.47 -1.99 -5.05 28 .36 -4.29 .33 6.76 .93 16 .83 -1.06 .59 2.20 .57
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; a = Parâmetro de discriminação; b = Parâmetro de dificuldade; M = Média; n = dimensão da amostra.
Os itens são apresentados por ordem decrescente dos seus valores no parâmetro de discriminação para cada uma das versões da EB-CV.
A negrito encontram-se os itens incluídos em cada uma das versões da EB-CV.
163
Tabela 8 (continuação)
Parâmetros de discriminação e de dificuldade dos itens da EB-CV
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
Item a b1 b2 b3 M(b) Item a b1 b2 b3 M(b) Item a b1 b2 b3 M(b)
12 .44 -3.28 -1.88 .04 -1.71 46 .34 -2.30 -.18 2.36 -.04 18 .76 -2.76 -.72 1.25 -.74
2 .41 -6.85 -5.09 -.96 -4.30 25 .33 -1.75 1.44 4.60 1.43 44 .76 -5.59 -2.78 1.96 -2.14
25 .35 -1.83 .11 2.26 .18 12 .33 -5.56 -3.04 .60 -2.67 12 .74 -3.09 -1.26 1.30 -1.01
31 -.07 13.04 5.24 -6.45 3.94 18 .32 -3.72 -1.76 1.54 -1.31 23 .72 -4.38 .95 NA -1.72
22 -.07 2.48 3.58 -12.97 3.69 43 .32 -5.81 -.72 4.60 -.64 31 .71 -2.14 2.18 3.97 1.34
40 -.07 16.68 9.39 -1.07 8.33 3 .29 -2.48 .07 3.81 .46 1 .69 -2.23 -.32 4.04 .50
41 -.08 -5.75 -13.06 -19.86 -12.89 15 .26 -5.18 2.41 9.44 2.22 13 .64 -4.10 -.67 2.94 -.61
17 -.10 12.20 1.61 -9.27 1.51 37 .25 -8.30 -1.96 7.90 -.79 3 .60 -2.70 .01 2.76 .02
43 -.12 6.27 -.15 -6.75 -.21 22 .25 -8.54 -.96 5.84 -1.22 15 .59 -2.87 1.98 5.11 1.41
38 -.13 -2.78 -6.80 -1.96 -6.85 4 .15 -3.97 6.18 13.71 5.31 7 .55 -1.64 1.22 3.54 1.04
34 -.15 6.35 2.39 -3.83 1.63 34 .12 -9.44 3.28 14.87 2.91 28 .52 -3.48 .69 5.25 .82
33 -.37 3.49 1.73 -1.66 1.19 16 .12 -1.38 2.16 14.34 2.04 25 .50 -2.73 -.39 2.85 -.09
14 -.40 1.94 -.17 -2.91 -.38 19 .10 -18.70 -6.30 13.14 -3.95 35 .48 -6.38 -2.78 3.86 -1.77
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; a = Parâmetro de discriminação; b = Parâmetro de dificuldade; M = Média; n = dimensão da amostra.
Os itens são apresentados por ordem decrescente dos seus valores no parâmetro de discriminação para cada uma das versões da EB-CV.
A negrito encontram-se os itens incluídos em cada uma das versões da EB-CV.
164
Tabela 8 (continuação)
Parâmetros de discriminação e de dificuldade dos itens da EB-CV
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
Item a b1 b2 b3 M(b) Item a b1 b2 b3 M(b) Item a b1 b2 b3 M(b)
5 -.43 -1.64 -3.44 -5.78 -3.62 31 .09 -1.22 11.93 24.55 8.75 39 .42 -6.13 -1.22 4.29 -1.02
45 -.48 1.37 -.52 -2.61 -.59 10 .08 -18.52 .63 34.10 5.41 24 .42 -1.53 1.71 5.81 2.00
4 -.57 2.85 1.45 -.48 1.27 13 .08 -16.61 1.08 2.27 1.58 37 .31 -4.47 .70 8.98 1.74
30 -.61 .23 -1.89 -3.14 -1.60 7 -.12 1.94 2.35 -9.80 1.16 19 .30 -4.37 .38 6.71 .91
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; a = Parâmetro de discriminação; b = Parâmetro de dificuldade; M = Média; n = dimensão da amostra.
Os itens são apresentados por ordem decrescente dos seus valores no parâmetro de discriminação para cada uma das versões da EB-CV.
A negrito encontram-se os itens incluídos em cada uma das versões da EB-
165
Tabela 9 Estatísticas descritivas e resultados dos testes de normalidade das (sub)escalas dos instrumentos de avaliação na amostra final
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
M DP Min Max Est. M DP Min Max Est. M DP Min Max Est.
EB-CV
Total 79.87 14.97 38 116 .04 79.74 13.39 23 109 .04 71.43 17.42 25 125 .08*
Eficácia Social 18.80 6.96 2 39 .04 21.08 6.44 1 36 .06** 19.35 8.55 3 41 .08*
Persuasão 6.23 3.70 0 15 .07*** 8 3.11 0 15 .11*** 6.54 3.43 0 15 .09**
Autoconfiança Social 5.87 3.17 0 15 .09*** 6.03 2.71 0 15 .11*** 6.31 2.98 1 14 .11***
Dominância Social 6.70 3.45 0 15 .08*** 7.05 3.20 0 15 .07*** 6.50 3.85 0 15 .07*
Estabilidade Emocional 34.59 6.47 7 48 .09*** 33.86 6.18 7 48 .09*** 29.28 6.49 11 47 .05
*** ***
Resiliência 10.30 3.48 1 18 .07 9.85 3.14 2 18 .09 9.03 3.22 0 17 .08**
Autoestima 12.52 2.82 2 15 .19*** 12.70 2.40 3 15 .18*** 10.28 2.65 3 15 .14***
Otimismo 11.76 2.34 3 15 .16*** 11.31 2.40 1 15 .12*** 9.97 2.31 3 15 .15***
Destemor 26.49 7.55 6 42 .06** 24.80 6.02 6 39 .04 22.81 6.71 6 41 .06
*** ***
Coragem 8.84 3.53 0 15 .09 7.99 2.63 1 15 .10 6.86 2.73 0 13 .09**
Intrepidez 8.30 4.12 0 15 .11*** 7.66 3.96 0 15 .09*** 7.74 3.92 0 15 .11***
Tolerância à Incerteza 9.35 2.80 2 15 .08*** 9.14 1.98 3 15 .13*** 8.21 2.14 3 14 .10***
EB-CVR
Total 20.16 5.87 0 33 .05* 31.06 5.57 8 42 .09*** 20.46 7.74 1 41 .05
Notas: EB–CV = Escala Boldness – Versão Crianças; EB–CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; n = Dimensão da amostra; M = Média; DP = Desvio–padrão; Min = Valor mínimo;
Max = Valor máximo; Est. = Estatísticas do teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov.
166
Tabela 9 (continuação)
Estatísticas descritivas das (sub)escalas dos instrumentos de avaliação na amostra final
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
M DP Min Max Est. M DP Min Max Est. M DP Min Max Est.
ICU
Total 11.86 7.61 0 54 .10*** 13.85 8 0 39 .08*** 21.35 10.18 1 45 .08*
Calosidade/Frieza emocional 3.46 3.38 0 20 .17*** 4.15 3.98 0 19 .16*** 7.98 5.54 0 22 .14***
Indiferença Emocional 3.52 3.40 0 24 .15*** 5.02 3.40 0 18 .11*** 6.84 4.17 0 16 .09**
Insensibilidade Emocional 4.88 2.76 0 12 .11*** 4.69 2.93 0 14 .08*** 6.53 2.95 0 15 .11***
YPI-CV
Total 89.24 22.90 53 171 .07*** - - - - - - - -
***
Grandiosidade-Manipulação 33.95 10.73 20 72 .10 - - - - - - - -
Charme Desonesto 8.97 3.55 5 19 .14*** - - - - - - - -
***
Grandiosidade 8.62 3.18 5 19 .15 - - - - - - - -
***
Mentir 8.35 3.10 5 20 .15 - - - - - - - -
Manipulação 8.01 2.97 5 20 .16*** - - - - - - - -
Frieza/Insensibilidade Emocional 25.46 7.10 15 54 .12*** - - - - - - - -
***
Calosidade/Frieza emocional 7.63 2.59 5 18 .16 - - - - - - - -
Insensibilidade Emocional 9.20 2.90 5 18 .14*** - - - - - - - -
Ausência de Remorsos 8.63 3.06 5 19 .18*** - - - - - - - -
Notas ICU = Inventário de Traços Calosos/Não–emocionais; YPI–CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem – Versão Crianças; n = Dimensão da amostra; M = Média; DP = Desvio–padrão;
Min = Valor mínimo; Max = Valor máximo; Est. = Estatísticas do teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov.
167
Tabela 9 (continuação)
Estatísticas descritivas das (sub)escalas dos instrumentos de avaliação na amostra final
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
M DP Min Max Est. M DP Min Max Est. M DP Min Max Est.
YPI-CV
Impulsividade/Irresponsabilidade 29.82 8.08 15 54 .07*** - - - - - - - -
Impulsidade 9.76 3.57 5 20 .10*** - - - - - - - -
***
Procura de Excitação 12.29 3.22 5 20 .08 - - - - - - - -
***
Irresponsabilidade 7.77 2.95 5 17 .17 - - - - - - - -
APSD
Total 7.82 4.58 0 23 .12*** 8.19 4.25 0 20 .10*** 10.09 6.47 0 31 .12***
Narcisismo 2.66 2.39 0 11 .17*** 2.65 1.86 0 9 .17*** 3.15 2.91 0 13 .17***
Frieza/Insensibilidade Emocional 2.64 2.17 0 12 .17*** 2.54 1.94 0 10 .15*** 3.92 2.34 0 11 .10***
Impulsividade 2.53 2.05 0 9 .17*** 3 1.87 0 9 .13*** 3.02 2.33 0 10 .12***
PANAS-C .12***
Emocionalidade Positiva 56.54 9.62 18 70 .11*** 57.43 8.70 20 75 .06** 47.93 9.83 24 70 .17***
Emocionalidade Negativa 22.73 8.97 14 68 .17*** 21.80 7.34 13 55 .12*** 22.22 8.34 13 46 .10***
Medo 10.54 4.69 6 30 .19*** 12.82 4.70 7 33 .11*** 11.30 4.88 6 26 .12***
Preocupado 12.19 5.28 8 40 .21*** 8.98 3.42 6 28 .20*** 10.92 4.21 7 22 .12***
Notas: YPI–CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem – Versão Crianças; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; PANAS–C = Escala da Afetividade Negativa e Positiva
– Versão Crianças; n = Dimensão da amostra; M = Média; DP = Desvio–padrão; Min = Valor mínimo; Max = Valor máximo; Est. = Estatísticas do teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov.
168
Tabela 9 (continuação)
Estatísticas descritivas das (sub)escalas dos instrumentos de avaliação na amostra final
Alunos Encarregados de educação Professores
(n/T2 = 368/276) (n/T2 = 400/201) (n/T2 = 155/59)
M DP Min Max Est. M DP Min Max Est. M DP Min Max Est.
BFQ-C
Energia/Extroversão 37.98 6.22 14 50 .06** 42.72 5.37 24 54 .06** 43.26 6.99 23 65 .08*
Instabilidade Emocional 27.26 8.29 12 52 .05* 29.23 8.18 12 51 .05* 30.71 8.83 14 55 .07*
Intelecto/Abertura 46.31 8.29 19 65 .05* 44.50 7.40 21 60 .08*** 44.46 9.52 18 64 .07
* ***
Agradabilidade 48.13 8.17 19 65 .05 51.11 6.40 29 65 .07 43.89 6.58 29 58 .08*
Conscienciosidade 49.82 8.60 19 65 .06** 47.01 8.63 16 65 .08*** 39.01 9.60 15 55 .07
BIS/BAS-C
Sistema de Inibição Comportamental 9.70 3.43 0 18 .07*** 8.37 2.46 1 15 .10*** 8.03 2.61 2 14 .10**
Sistema de Ativação Comportamental 25.48 7.25 0 39 .06** 24.46 5.94 6 39 .06** 22.97 6.65 6 39 .07*
Energia 6.99 3.49 0 12 .11*** 6.51 2.70 0 12 .09*** 6.34 2.91 0 12 .15***
Busca de Divertimento 6.57 2.52 0 12 .10*** 6.11 2.31 0 12 .11*** 5.78 2.59 0 12 .10**
Resposta à Recompensa 11.92 2.80 0 15 .14*** 11.84 2.25 2 15 .13*** 10.85 2.51 5 15 .12***
EB-CV T2
Total 80.98 15.80 45 123 .04 79.43 15.28 32 121 .06 76.99 16.43 42 114 .07
EB-CVR T2
Total 20.82 5.95 0 33 .06* 30.98 5.93 7 42 .09* 20.82 5.73 11 32 .12*
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; T2 = Segundo momento temporal BFQ–C = Questionário dos Cinco Fatores;
BIS/BAS–C = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças; n = Dimensão da amostra; M = Média; DP = Desvio–padrão; Min =
Valor mínimo; Max = Valor máximo; Est. = Estatísticas do teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov.
169
5.4. Estatísticas descritivas
170
um efeito estatisticamente significativo sobre a boldness (F (239,27) = .77; p = .844; ηp2
= .87; π = .59).
A ANOVA revelou que a situação dos pais dos alunos teve um efeito de elevada
dimensão e significativo sobre a pontuação total da versão de relato pelos professores da
EB-CV (F (1,11) = 9.37; p = .011; ηp2 = .46; π = .80). Os alunos com pais divorciados ou
separados (M = 74.39, DP = 19.55; n = 41) apresentaram os maiores valores de boldness,
seguido dos alunos com Pais casados/vivem juntos na mesma casa (M = 70.67, DP =
16.42; n = 112) e dos alunos cujo pai faleceu (M = 53.50, DP = 21.92; n = 2). De acordo
com o teste post-hoc HSD de Tukey as diferenças observadas entre estes grupos não são
estatisticamente significativas (todos os p >.05). De acordo com a ANOVA, a pontuação
total da versão de relato pelos professores da EB-CV não foi afetada pelas restantes
variáveis sociodemográficas dos alunos: o ano de escolaridade (F (2,11) = .24; p = .791;
ηp2 = .04; π = .08); o género (F (1,11) = .08; p = .779; ηp2 = .01; π = .06); o país de origem
(F (2,11) = .50; p = .620; ηp2 = .08; π = .11); a cidade onde residem (F (6,11) = 2.94; p =
.058; ηp2 = .62; π = .67); as situações profissionais da mãe (F (3,11) = .34; p = .799; ηp2
= .08; π = .10) e do pai (F (3,11) = 1.50; p = .268; ηp2 = .29; π = .29); o rendimento mensal
(F (9,11) = .30; p = .959; ηp2 = .20; π = .10) e a composição do agregado familiar (F (4,11)
= .04; p = .996; ηp2 = .02; π = .06); e, os níveis de escolaridade da mãe (F (5,11) = .61; p
= .695; ηp2 = .22; π = .15) e do pai (F (5,11) = .59; p = .708; ηp2 = .21; π = .15). Finalmente,
171
a interação entre os fatores sociodemográficos não teve um efeito estatisticamente
significativo sobre a boldness (F (75,11) = 1.18; p = .408; ηp2 = .89; π = .44).
A ANOVA revelou que o género dos alunos teve um efeito de média dimensão e
significativo sobre a pontuação total da versão reduzida de autorrelato da EB-CV (F
(1,27) = 7.26; p = .012; ηp2 = .21; π = .74). Os alunos do género masculino (M = 21.32,
DP = 5.92; n = 170) apresentaram valores médios superiores da pontuação total da versão
reduzida de autorrelato da EB-CV relativamente aos alunos do género feminino (M =
19.16, DP = 5.67; n = 198). A pontuação total da versão reduzida de autorrelato da EB-
CV não foi afetada pelas restantes variáveis sociodemográficas dos alunos: o ano de
escolaridade (F (2,27) = .28; p = .758; ηp2 = .20; π = .09); a nacionalidade (F (3,27) =
1.03; p = .; ηp2 = .10; π = .25); o país de origem (F (2,27) = .14; p = .871; ηp2 = .01; π =
.07); a cidade onde residem (F (7,27) = 1.35; p = .264; ηp2 = .26; π = .47); a situação dos
pais (F (1,27) = 1.24; p = .275; ηp2 = .04; π = .19); as situações profissionais da mãe (F
(4,27) = 2.64; p = .056; ηp2 = .28; π = .66) e do pai (F (3,27) = .77; p = .524; ηp2 = .08; π
172
= .19); o rendimento mensal (F (9,27) = .65; p = .744; ηp2 = .18; π = .25) e a composição
do agregado familiar (F (4,27) = .38; p = .824; ηp2 = .05; π = .12); e, os níveis de
escolaridade da mãe (F (6,27) = .56; p = .760; ηp2 = .11; π = .19) e do pai (F (5,27) = .99;
p = .443; ηp2 = .15; π = .30). Finalmente, a interação entre os fatores sociodemográficos
não teve um efeito estatisticamente significativo sobre a boldness (F (239,27) = .95; p =
.606; ηp2 = .89; π = .71).
A ANOVA revelou que a cidade onde residem os alunos teve um efeito de muito
elevada dimensão e significativo sobre a pontuação total da versão reduzida de relato
pelos professores da EB-CV (F (6,11) = 3.13; p = .048; ηp2 = .63; π = .70). O aluno que
173
residia no Porto e em Vila Nova de Gaia (M = 25.80; n = 1) foi o que apresentou os
valores superiores de boldness, seguido pelos alunos que residiam em Vila Nova de Gaia
(M = 25.80, DP = 10.13; n = 5), no Porto (M = 23.66, DP = 8.78; n = 38), em Matosinhos
e Vila Nova de Gaia (M = 20; n = 1), em Gondomar (M = 19.13, DP = 6.84; n = 107), em
Valongo (M = 18.32, DP = 9.14; n = 2) e em Paredes (M = 10; n = 1). O teste post-hoc
HSD de Tukey não foi possível executar relativamente à cidade de residência uma vez
que três grupos possuíam menos de dois casos. De acordo com a ANOVA, a pontuação
total da versão reduzida de relato pelos professores da EB-CV não foi afetada pelas
restantes variáveis sociodemográficas dos alunos: o ano de escolaridade (F (2,11) = .39;
p = .687; ηp2 = .07; π = .10); o género (F (1,11) = .71; p = .413; ηp2 = .06; π = .12); o país
de origem (F (2,11) = .39; p = .687; ηp2 = .07; π = .10); a situação dos pais (F (1,11) =
1.16; p = .304; ηp2 = .10; π = .17); as situações profissionais da mãe (F (3,11) = 3.06; p =
.073; ηp2 = .45; π = .55) e do pai (F (3,11) = 2.47; p = .116; ηp2 = .40; π = .46); o
rendimento mensal (F (9,11) = 1.09; p = .440; ηp2 = .47; π = .30) e a composição do
agregado familiar (F (4,11) = .72; p = .596; ηp2 = .21; π = .17); e, os níveis de escolaridade
da mãe (F (5,11) = 2.76; p = .074; ηp2 = .56; π = .60) e do pai (F (5,11) = .52; p = .755;
ηp2 = .19; π = .14). Finalmente, a interação entre os fatores sociodemográficos não teve
um efeito estatisticamente significativo sobre a boldness (F (75,11) = 1.99; p = .104; ηp2
= .93; π = .71).
174
As associações entre as variáveis sociodemográficas contínuas (a idade, a
quantidade de pessoas do agregado familiar e o número de irmãos dos alunos) e as
pontuações totais de cada uma das versões reduzidas de relato da EB-CVR são
apresentadas na Tabela 11. Apenas foi encontrada uma correlação estatisticamente
significativa entre estas variáveis, nomeadamente a correlação negativa e fraca entre a
EB-CVRA e o número de irmãos das crianças, cuja significância era perdida após o
controlo do efeito da idade e da quantidade de pessoas do agregado familiar na EB-
CVRA. Ao nível das regressões múltiplas das variáveis sociodemográficas como
preditores das pontuações totais da EB-CVR, apenas houve uma associação negativa
estatisticamente significativa entre a idade e a EB-CVRP.
A validade fatorial da EB-CV foi avaliada por intermédio de uma Análise Fatorial
Confirmatória (AFC), utilizando o método de estimação por Máxima Verosimilhança
(ML). Foram analisados seis modelos ao nível de itens: a) Modelo unidimensional, no
qual todos os itens saturaram num único fator: boldness (Modelo 1); b) Modelo de três
fatores em que os itens saturaram em três fatores latentes distintos, mas correlacionados
(Modelo 2); c) Modelo bifatorial, com cada item a saturar num dos três fatores (não
correlacionados) bem como no Fator Geral (FG; Modelo 3); d) Modelo de nove fatores,
com cada item a saturar na sua subescala, permitindo que as subescalas se correlacionem
(Modelo 4); e) Modelo hierárquico de três fatores e nove subfatores (Modelo 5); f)
Modelo hierárquico de fator Boldness, três fatores e nove subfatores (Modelo 6); g)
Modelo bifatorial, com cada item a saturar nos nove subfatores que por sua vez saturam
no respetivo fator (não correlacionados) bem com cada item a saturar no fator geral
(Modelo 7). A Tabela 12 apresenta os índices de qualidade de ajustamento dos modelos
testados. Não foi possível testar a estrutura fatorial da EB-CV - bifatorial com três fatores
e nove subfatores – o Modelo 7 – na sua versão de relato pelos professores, uma vez que
foi alcançado o número limite de iterações permitidas.
175
Tabela 12 Índices de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados da EB-CV
χ2 df χ2/df RMSEA (90% CFI GFI AIC MECVI ΔX2
I.C.)
EB-CVA
Modelo 1 3200.21 989 3.24 .08***(.08-.08) .29 .65 3384.21 9.30 1475.84***
Modelo 2 2816.20 988 2.85 .07***(.07-.07) .42 .71 3002.20 8.26 1091.83***
Modelo 3 2057.64 943 2.18 .06**(.05-.06) .64 .79 2333.64 6.47 333.27***
Modelo 4 2050.08 953 2.15 .06**(.05-.06) .65 .79 2306.08 6.39 325.71***
Modelo 5 2173.69 977 2.23 .06***(.06-.06) .62 .78 2381.69 6.57 449.32***
Modelo 6 2559.19 986 2.60 .07***(.06-.07) .50 .73 2749.19 7.57 834.82***
Modelo 7 1724.371 934 1.85 .05 (.04-.05) .75 .83 2018.37 5.62
EB-CVAR
Modelo 1 151.73*** 44 3.45 .08***(.07-.10) .80 .93 195.73 .54 3048.48***
EB-CVE
Modelo 1 4131.343 989 4.18 .09***(.09-.09) .31 .59 4315.34 10.88 1942.19***
Modelo 2 3334.90 986 3.38 .07***(.07-.08) .49 .68 3524.90 8.90 1145.75***
Modelo 3 2533.37 943 2.69 .07***(.06-.07) .65 .77 2809.37 7.13 344.22***
Modelo 4 2484.48 953 2.61 .06***(.06-.07) .67 .76 2740.48 6.95 295.33***
Notas: EB-C = Escala Boldness – Versão Crianças ; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos Encarregados de Educação; VP = Versão relato pelos professores; R = Reduzida;; χ2 =
chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança; CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI =
Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado: do modelo 7 relativamente aos outros na VA e na VE, do modelo 3 relativamente aos outros na VP e do modelo
1 relativamente ao respetivo modelo das versões reduzidas,; Modelo 1 = Modelo unidimensional; Modelo 2 = Modelo de três fatores correlacionados; Modelo 3 = Modelo bifatorial com três
fatores; Modelo 4 = Modelo de nove fatores correlacionados; Modelo 5 = Modelo hierárquico de três fatores e nove subfatores; Modelo 6 = Modelo hierárquico de fator boldness, três fatores e
nove subfatores; Modelo 7 = Modelo bifatorial com três fatores e nove subfatores Os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um ajustamento aceitável e bom estão
realçados a itálico e negrito, respetivamente. * p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
176
Tabela 12 (continuação)
Índices de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados da EB-CV
χ2 df χ2/df RMSEA (90% CFI GFI AIC MECVI ΔX2
I.C.)
EB-CVE
Modelo 6 3334.90 986 3.38 .08***(.07-.08) .49 .68 3524.90 8.90 1145.75***
Modelo 7 2170.06 934 2.32 .06***(.05-.06) .73 .80 2464.05 6.27
EB-CVER
Modelo 1 273.54*** 77 3.55 .08***(.07-.09) .84 .90 329.54 .83 3857.80***
EB-CVP
Modelo 1 3908.14*** 989 3.95 .14***(.13-.14) .28 .36 4092.14 27.10 1565.44***
Modelo 2 3199.27*** 986 3.25 .12***(.12-.13) .46 .42 3389.27 22.55 856.57***
Modelo 3 2342.70*** 943 2.48 .10***(.09-.10) .66 .60 2618.70 17.79
Modelo 4 2445.02*** 954 2.56 .10***(.10-.11) .63 .59 2699.02 18.25 102.32***
Modelo 5 2604.74*** 977 2.67 .10***(.10-.11) .60 .55 2812.74 18.86 262.04***
Modelo 6 2604.74*** 977 2.67 .10***(.10-.11) .60 .55 2812.74 18.86 262.04***
EB-CVPR
Modelo 1 253.43*** 77 3.29 .12***(.11-.14) .81 .82 309.43 2.05 3654.71***
Notas: EB-C = Escala Boldness – Versão Crianças ; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos Encarregados de Educação; VP = Versão relato pelos professores; R = Reduzida;; χ2 =
chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança; CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI =
Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado: do modelo 7 relativamente aos outros na VA e na VE, do modelo 3 relativamente aos outros na VP e do modelo
1 relativamente ao respetivo modelo das versões reduzidas,; Modelo 1 = Modelo unidimensional; Modelo 2 = Modelo de três fatores correlacionados; Modelo 3 = Modelo bifatorial com três
fatores; Modelo 4 = Modelo de nove fatores correlacionados; Modelo 5 = Modelo hierárquico de três fatores e nove subfatores; Modelo 6 = Modelo hierárquico de fator boldness, três fatores e
nove subfatores; Modelo 7 = Modelo bifatorial com três fatores e nove subfatores Os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um ajustamento aceitável e bom estão
realçados a itálico e negrito, respetivamente.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
177
Tabela 13 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional da EBC-CVA avaliados pela AFC
ao nível de itens
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Total .78
Eficácia Social .64
Persuasão .65 .42 .73
1 .24 .48 .29 .52 .27 .38 .60 .53 .28 .45 .69 .34 .12 .25 .77
10 .29 .67 .54 .69 .47 .46 .59 .72 .52 .58 .65 .35 .12 .23 .78
19 .37 .40 .29 .54 .29 .38 .60 .54 .29 .45 .69 .28 .10 .21 .78
28 .37 .29 .22 .45 .21 .30 .62 .44 .20 .38 .72 .25 .08 .15 .78
37 .38 .64 .55 .71 .51 .47 .59 .74 .54 .58 .64 .31 .22 .34 .77
Autoconfiança Social .34 .11 .42
4 -.07 .70 .50 .14 .02 .21 .63 .76 .58 .23 .36 .04 .06 .28 .77
13 .22 .49 .29 .25 .06 .22 .63 .41 .17 .13 .42 .02 .10 .26 .77
22 -.12 .15 .04 .07 .00 .11 .64 .14 .02 .10 .45 .07 .00 .10 .78
31 -.26 .12 .08 -.13 .02 .03 .66 .15 .02 .31 .29 .34 .00 .13 .78
40 -.15 .12 .03 -.04 .00 .08 .65 .15 .02 .31 .29 .36 .00 .13 .78
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVA = Escala Boldness – Versão Crianças Autorrelato; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
178
Tabela 13 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional da EBC-CVA avaliados pela AFC ao nível
de itens
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Eficácia Social .64
Dominância Social .91 .82 .49
7 .36 .47 .36 .54 .29 .42 .60 .61 .37 .30 .42 .19 .12 .24 .77
16 .44 .51 .45 .55 .30 .42 .59 .70 .49 .39 .35 .08 .13 .25 .77
25 .31 .09 .10 .17 .03 .08 .65 .26 .07 .15 .52 .07 .04 .09 .78
34 -.20 .51 .29 .17 .03 .20 .63 .22 .05 .28 .43 .21 .01 .15 .78
43 -.19 .44 .23 .14 .02 .23 .63 .18 .03 .23 .46 .13 .01 .14 .78
Estabilidade Emocional .68
Resiliência .42 .18 .48
2 .14 .14 .04 .20 .04 .16 .68 .06 .00 .07 .50 .01 .05 .19 .78
14 -.33 .71 .61 .27 .07 .38 .65 .75 .56 .43 .32 .42 .02 .26 .77
17 -.30 .34 .21 .19 .04 .23 .67 .45 .20 .24 .43 .41 .00 .11 .78
29 .27 .35 .19 .20 .04 .20 .68 .25 .06 .24 .43 .17 .18 .35 .77
32 .36 .19 .17 .32 .10 .23 .67 .04 .00 .08 .52 .18 .17 .31 .77
45 -.29 .61 .45 .23 .05 .31 .66 .69 .48 .39 .34 .26 .03 .28 .77
Notas: λ = peso fatorial estandardizado;
λ2 =
fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVA = Escala Boldness – Versão Crianças Autorrelato; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
179
Tabela 13 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional da EBC-CVA avaliados pela AFC ao nível
de itens
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Estabilidade Emocional .68
Autoestima .88 .77 .65
5 -.14 .49 .26 .46 .21 .39 .65 .45 .20 .37 .62 .02 .03 .25 .77
20 .10 .63 .41 .61 .37 .43 .66 .65 .42 .47 .59 .33 .07 .26 .78
26 .18 .64 .44 .63 .39 .42 .65 .66 .43 .48 .58 .36 .11 .32 .77
38 -.32 .48 .33 .40 .16 .32 .66 .40 .16 .36 .65 .20 .00 .11 .78
44 .20 .63 .43 .62 .39 .45 .65 .64 .41 .48 .56 .21 .13 .33 .77
Otimismo .89 .80 .30
8 .15 .43 .21 .37 .14 .27 .67 .44 .20 .25 .18 .30 .04 .16 .78
11 .15 .54 .32 .46 .21 .32 .66 .57 .32 .28 .18 .40 .04 .18 .78
23 .26 .39 .22 .38 .14 .25 .67 .46 .21 .25 .18 -.01 .09 .25 .77
35 .42 .07 .18 .16 .03 .09 .69 .21 .04 .03 .38 .47 .16 .28 .77
41 -.29 .36 .21 .29 .08 .28 .66 .21 .05 .05 .37 .42 .00 .08 .78
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVA = Escala Boldness – Versão Crianças Autorrelato; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
180
Tabela 13 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional da EBC-CVA avaliados pela AFC ao nível
de itens
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Destemor .72
Coragem 1.13 1.27 .66
9 -.10 .59 .35 .40 .16 .34 .71 .57 .32 .48 .57 .13 .08 .31 .77
15 .27 .37 .21 .46 .21 .35 .71 .45 .20 .32 .65 .42 .20 .37 .77
21 .15 .67 .48 .51 .26 .46 .69 .61 .38 .49 .56 .15 .23 .43 .77
30 -.20 .55 .35 .29 .09 .25 .72 .45 .20 .38 .62 .30 .05 .27 .77
36 .22 .47 .27 .61 .37 .50 .69 .55 .30 .38 .62 .36 .27 .47 .77
Intrepidez .29 .08 .69
3 .07 .60 .37 .44 .19 .41 .70 .60 .36 .48 .63 .25 .07 .24 .77
12 .12 .54 .31 .32 .10 .27 .72 .56 .31 .45 .64 .21 .04 .18 .78
18 .07 .71 .51 .41 .17 .38 .70 .70 .49 .55 .59 .26 .06 .25 .77
24 .32 .30 .19 .40 .16 .33 .71 .37 .13 .29 .70 .52 .13 .26 .77
46 .19 .55 .33 .45 .20 .40 .70 .58 .33 .46 .63 .23 .09 .25 .77
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVA = Escala Boldness – Versão Crianças Autorrelato; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
181
Tabela 13 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional da EBC-CVA avaliados pela AFC ao nível
de itens
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Destemor .72
Tolerância à Incerteza .55 .30 .46
6 .08 .13 .02 .23 .05 .19 .72 .19 .04 .08 .48 .48 .02 .14 .78
27 .28 .47 .29 .33 .11 .25 .72 .49 .24 .33 .33 .45 .18 .33 .77
33 -.27 .41 .24 .15 .02 .15 .73 .22 .05 .16 .48 .29 .02 .24 .77
39 .31 .38 .24 .37 .14 .28 .71 .46 .21 .26 .39 .47 .18 .29 .77
42 .28 .49 .32 .43 .18 .33 .71 .60 .37 .39 .29 .32 .22 .37 .77
Notas: λ = peso fatorial estandardizado;
λ2 =
fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVA = Escala Boldness – Versão Crianças Autorrelato; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
182
Tabela 14 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de
itens e análise dos itens da EBC-CVE
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Total .81
Eficácia Social .72
Persuasão .58 .33 .76
1 -.11 .57 .34 .54 .29 .37 .70 .58 .34 .51 .73 .19 .03 .25 .81
10 -.20 .67 .49 .65 .42 .40 .70 .68 .47 .59 .70 .07 .01 .21 .81
19 -.34 .59 .47 .67 .44 .47 .69 .68 .46 .55 .71 .21 .01 .26 .81
28 -.04 .47 .22 .44 .20 .35 .70 .45 .21 .39 .77 .13 .05 .31 .81
37 -.27 .70 .57 .70 .49 .47 .69 .75 .57 .63 .69 .06 .02 .29 .81
Autoconfiança Social .46 .21 .47
4 .18 .77 .63 .22 .05 .34 .70 .78 .60 .41 .29 .14 .02 .29 .81
13 -.06 .60 .37 .28 .08 .29 .71 .59 .35 .23 .43 .10 .00 .23 .81
22 .11 .38 .16 .19 .04 .24 .71 .38 .15 .24 .42 .26 .02 .20 .81
31 .22 -.01 .05 -.12 .01 .00 .74 .05 .00 .18 .46 -.03 .01 .10 .81
40 .32 .02 .10 -.04 .00 .09 .73 .09 .01 .19 .45 .11 .07 .24 .81
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVE = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos encarregados de educação; FG = Fator geral. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
183
Tabela 14 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e
análisedos itens da EBC-CVE
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Eficácia Social .72
Dominância Social .99 .98 .60
7 -.33 .60 .47 .61 .37 .45 .69 .67 .45 .39 .52 .20 .00 .16 .81
16 -.16 .68 .48 .51 .26 .47 .69 .69 .47 .51 .45 .12 .01 .29 .81
25 -.01 .22 .05 .21 .04 .21 .72 .23 .05 .18 .64 .18 .04 .26 .81
34 .12 .50 .27 .25 .06 .33 .70 .43 .18 .37 .53 .32 .02 .24 .81
43 .05 .46 .21 .31 .10 .38 .70 .42 .17 .35 .55 .35 .03 .30 .81
Estabilidade Emocional .79
Resiliência 1.12 .65 .61
2 .04 .43 .19 .32 .11 .23 .79 .13 .02 .07 .66 .20 .11 .19 .81
14 .45 .05 .54 .32 .11 .40 .77 .72 .51 .53 .47 .36 .12 .19 .81
17 -.08 -.07 .27 .21 .04 .26 .79 .45 .21 .31 .58 .42 .04 .10 .81
29 .35 .22 .17 .26 .07 .29 .78 .45 .21 .34 .56 .47 .13 .33 .81
32 .49 .44 .21 .38 .15 .34 .78 .27 .07 .22 .60 .50 .18 .36 .81
45 .12 .23 .52 .41 .17 .46 .77 .77 .59 .57 .45 .53 .22 .34 .81
Notas: λ = peso fatorial estandardizado;
λ2 =
fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVE = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos encarregados de educação; FG = Fator geral. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
184
Tabela 14 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e análise
dos itens da EBC-CVE
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Estabilidade Emocional .79
Autoestima .43 .54 .72
5 .12 .48 .33 .54 .30 .47 .77 .57 .32 .49 .66 .34 .25 .31 .81
20 .02 .62 .41 .59 .34 .46 .77 .63 .40 .53 .66 .66 .28 .30 .81
26 -.09 .77 .64 .72 .52 .56 .77 .77 .60 .60 .63 .67 .44 .44 .81
38 -.06 .32 .19 .41 .17 .36 .78 .41 .17 .36 .76 .41 .12 .13 .81
44 -.32 .65 .50 .68 .46 .56 .76 .72 .52 .55 .64 .50 .45 .44 .81
Otimismo .53 .89 .66
8 .69 .53 .28 .41 .17 .34 .78 .51 .26 .41 .61 .59 .17 .29 .81
11 .05 .68 .47 .53 .28 .46 .77 .67 .45 .57 .53 .28 .25 .35 .81
23 .34 .72 .53 .63 .40 .53 .77 .73 .54 .55 .57 .49 .35 .41 .81
35 .52 .41 .20 .27 .07 .16 .79 .36 .13 .28 .67 .44 .08 .28 .81
41 .02 .44 .31 .52 .27 .49 .77 .50 .25 .34 .66 .26 .24 .32 .81
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVE = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos encarregados de educação; FG = Fator geral. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
185
Tabela 14 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e análise
dos itens da EBC-CVE
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Destemor .69
Coragem .81 1.26 .56
9 .01 .25 .27 .10 .01 .19 .69 .47 .22 .36 .47 .33 .05 .17 .81
15 .73 .45 .21 .32 .10 .30 .67 .20 .04 .22 .56 .31 .03 .24 .81
21 .52 .31 .22 .20 .04 .31 .67 .57 .32 .37 .47 .34 .14 .29 .81
30 .35 .13 .26 .07 .01 .15 .69 .54 .29 .33 .50 .21 .12 .24 .81
36 .15 .64 .42 .44 .20 .42 .66 .43 .18 .32 .50 -.08 .24 .48 .80
Intrepidez .73 .19 .74
3 .33 .65 .43 .63 .39 .45 .65 .64 .41 .54 .68 .18 .03 .33 .81
12 .16 .60 .37 .56 .32 .38 .66 .61 .37 .52 .69 .16 .03 .25 .81
18 .19 .68 .46 .64 .41 .44 .65 .70 .49 .56 .67 .18 .03 .35 .81
24 .29 .39 .26 .34 .12 .17 .69 .41 .17 .35 .74 .49 .01 .12 .81
46 .28 .67 .45 .64 .41 .49 .64 .65 .42 .54 .68 .35 .05 .37 .81
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVE = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos encarregados de educação; FG = Fator geral. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
186
Tabela 14 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e análise
dos itens da EBC-CVE
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F
λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Destemor .69
Tolerância à Incerteza .94 .28 .40
6 .04 .26 .07 .39 .15 .30 .67 .29 .08 .12 .41 .38 .12 .33 .81
27 .08 .20 .15 .14 .02 .19 .69 .40 .16 .22 .33 .18 .10 .25 .81
33 .13 .14 .28 .17 .03 .23 .68 .49 .24 .20 .34 .21 .11 .34 .81
39 -.19 .39 .16 .08 .01 .08 .69 .18 .03 .14 .39 .13 .07 .15 .81
42 .34 .64 .42 .23 .05 .24 .68 .36 .13 .34 .25 .08 .19 .35 .81
Notas: λ = peso fatorial estandardizado;
λ2 =
fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVE = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos encarregados de educação; FG = Fator geral. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
187
Tabela 15 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de
itens e análise dos itens da EBC-CVP
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F λ λ 2
CITC α λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
λ λ λ2
Total .91
Eficácia Social .88
Persuasão .85
1 -.03 .68 .49 .70 .49 .64 .87 .68 .46 .61 .84 .38 .14 .45 .91
10 .08 .73 .54 .68 .46 .58 .87 .78 .60 .71 .81 .22 .05 .32 .91
19 -.07 .79 .63 .73 .53 .62 .87 .82 .67 .74 .80 .31 .06 .36 .91
28 -.03 .60 .37 .59 .35 .54 .87 .64 .41 .61 .84 .48 .10 .39 .91
37 .17 .73 .53 .67 .45 .55 .87 .75 .57 .67 .82 .34 .06 .35 .91
Autoconfiança Social .69
4 .62 .43 .35 .53 .28 .55 .87 .71 .51 .52 .61 .65 .23 .48 .91
13 .43 .40 .20 .45 .20 .45 .88 .52 .27 .40 .66 .35 .12 .37 .91
22 .51 .46 .47 .59 .35 .61 .87 .74 .55 .53 .61 .52 .42 .62 .91
31 .21 -.09 .20 .04 .00 .13 .89 .28 .08 .35 .68 .36 .12 .26 .91
40 .42 -.09 .39 .09 .01 .20 .89 .39 .16 .44 .65 .49 .27 .41 .91
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVP = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos professores; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
188
Tabela 15 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e
análise dos itens da EBC-CVP
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
λ λ λ2
Eficácia Social .88
40 .42 -.09 .39 .09 .01 .20 .89 .39 .16 .44 .65 .49 .27 .41 .91
Dominância Social .80
7 .48 .72 .52 .71 .51 .63 .87 .71 .50 .57 .76 .31 .13 .44 .91
16 .43 .80 .69 .84 .71 .76 .86 .85 .72 .74 .70 .57 .24 .56 .91
25 .19 .49 .27 .51 .26 .49 .87 .50 .25 .41 .81 .56 .10 .36 .91
34 .22 .64 .59 .73 .53 .68 .87 .77 .59 .69 .72 .40 .32 .58 .91
43 .08 .36 .37 .49 .24 .53 .87 .55 .30 .50 .78 .51 .31 .53 .91
Estabilidade Emocional .83
Resiliência .71
2 .79 .26 .18 .37 .13 .34 .83 .35 .12 .21 .73 .37 .16 .36 .91
14 .53 .03 .48 .34 .12 .54 .82 .73 .53 .63 .60 .39 .26 .39 .91
17 .35 -.05 .23 .21 .05 .38 .83 .49 .24 .39 .68 .56 .14 .31 .91
29 .48 .09 .13 .26 .07 .33 .83 .39 .15 .35 .69 .62 .15 .40 .91
32 .69 .17 .31 .37 .14 .40 .83 .56 .31 .39 .68 .51 .31 .47 .91
45 .33 .04 .63 .36 .13 .54 .82 .86 .73 .68 .58 .42 .39 .49 .91
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVP = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos professores; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
189
Tabela 15 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e
análise dos itens da EBC-CVP
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
λ λ λ2
Total .91
Estabilidade Emocional .83
Autoestima .80
5 .17 .17 .38 .45 .21 .57 .82 .61 .38 .61 .76 .53 .26 .41 .91
20 .62 .64 .49 .72 .51 .59 .82 .71 .51 .55 .77 .37 .17 .37 .91
26 .19 .66 .48 .72 .52 .57 .82 .77 .59 .66 .74 .31 .14 .35 .91
38 .29 .20 .42 .48 .23 .60 .82 .61 .37 .60 .76 .49 .28 .43 .91
44 .59 .56 .34 .59 .35 .46 .82 .63 .40 .53 .78 .43 .09 .29 .91
Otimismo .69
8 .38 .68 .52 .70 .49 .50 .82 .77 .59 .59 .58 .31 .24 .47 .91
11 -.09 .80 .66 .74 .55 .47 .82 .88 .77 .65 .56 .18 .18 .44 .91
23 .07 .79 .63 .70 .49 .46 .83 .74 .55 .59 .60 .36 .09 .31 .91
35 .13 .44 .20 .33 .11 .15 .84 .46 .21 .45 .64 .38 .03 .24 .91
41 .23 .09 .15 .26 .07 .34 .83 .13 .02 .11 .80 .19 .13 .34 .91
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVP = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos professores; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
190
Tabela 15 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e
análise dos itens da EBC-CVP
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
λ λ λ2
Destemor .82
Coragem .71
9 .55 .10 .57 .24 .06 .49 .80 .73 .54 .61 .59 .57 .41 .55 .91
15 .77 .07 .08 .12 .02 .25 .82 .29 .09 .25 .74 .44 .12 .37 .91
21 .45 .11 .21 .20 .04 .42 .81 .51 .26 .43 .68 .44 .21 .40 .91
30 .27 .17 .62 .31 .09 .53 .80 .78 .61 .59 .61 .42 .45 .54 .91
36 .75 .26 .37 .36 .13 .53 .80 .59 .35 .46 .66 .27 .47 .64 .91
Intrepidez .87
3 .17 .73 .54 .73 .53 .49 .80 .73 .54 .70 .85 .37 .11 .38 .91
12 .08 .89 .81 .89 .80 .57 .80 .90 .81 .79 .83 .36 .13 .36 .91
18 .07 .93 .87 .92 .84 .58 .79 .93 .87 .83 .81 .33 .14 .38 .91
24 .10 .39 .16 .39 .16 .38 .81 .39 .15 .39 .92 .68 .07 .29 .91
46 .04 .84 .73 .86 .74 .65 .79 .86 .74 .83 .81 .67 .17 .43 .91
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVP = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos professores; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
191
Tabela 15 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores, de nove fatores e unidimensional avaliados pela AFC ao nível de itens e
análise dos itens da EBC-CVP
(Sub)fatores/Itens Modelo Bifatorial Modelo de três fatores Modelo de nove fatores Modelo Unidimensional
FG F λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
λ λ λ2
Destemor .82
Tolerância à Incerteza .48
6 .25 .61 .40 .65 .42 .50 .80 .37 .14 .11 .51 .46 .19 .43 .91
27 .17 -.02 .27 .09 .01 .34 .81 .43 .18 .35 .35 .35 .19 .37 .91
33 .66 .03 .44 .15 .02 .43 .81 .58 .33 .26 .42 .64 .33 .49 .91
39 .52 -.19 .06 -.14 .02 -.01 .83 .11 .01 .18 .48 .25 .04 .19 .91
42 .17 .02 .06 .08 .01 .28 .81 .28 .08 .40 .33 .25 .15 .40 .91
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; EB-CVP = Escala Boldness – Versão Crianças de relato pelos professores; FG = Fator geral; F = Fatores. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
192
Nas versões de autorrelato (VA) e relato pelos encarregados de educação (VE), o
modelo fatorial da EB-CV – o modelo bifatorial, com um FG e nove subfatores a
saturarem em três fatores - apresentou índices de qualidade de ajustamento adequados
que variaram entre sofríveis (VA: GFI; VE: χ2/df e GFI), aceitáveis (VE: RMSEA), bons
(VA: χ2/df) e muito bons (VA: RMSEA), com exceção dos valores maus do CFI. Na
versão de relato pelos professores, o modelo bifatorial constituído por um fator geral e
três fatores apresentou índices de qualidade de ajustamento maus (CFI e GFI), aceitável
(RMSEA) e sofrível (χ2/df). Os modelos bifatoriais das várias versões de relato da EB-
CV apresentarem melhores índices de qualidade ajustamento bem como uma qualidade
superior (menores valores de AIC e MECVI) relativamente aos outros modelos testados.
A qualidade destes modelos diferiu significativamente dos outros (ver valores de ΔX2 na
Tabela 17). O modelo unidimensional foi o que apresentou um ajustamento pior. No
modelo de três fatores, as correlações entre os fatores variaram entre fracas e fortes na
VA (rES,De = .32; rES,EE = .01; rEE/De = .40), na VE (rES,De = .33; rES,EE = .30; rEE/De = .09) e
na VP (rES,De = .15; rES,EE = .17; rEE/De = .57).
193
itens 25 e 41 foram os que apresentaram os valores desadequados de CITC mais baixos.
Contudo, o valor do alfa (α) de Cronbach da escala total diminuiria ou manter-se-ia igual
no caso de cada um dos itens fosse excluído desta. De modo geral os itens apresentaram
valores adequados de CITC nas respetivas escalas ES, EE e De. Os itens 22, 25, 31, 34 e
40 apresentaram valores desadequados de CITC na escala ES. Destes itens, apenas a
remoção dos itens 25, 31 e 40 aumentava o valor do alfa α da escala ES. Os itens 2, 29 e
35 apresentaram valores desadequados de CITC na escala EE, cujo valor α aumentava
apenas com a remoção do item 35. Os itens 6 e 33 apresentaram valores desadequados de
CITC na escala De, cujo valor α aumentava apenas com a remoção do item 33. Os itens
das subescalas P, A, C e I apresentaram valores adequados de CITC. Apenas os seguintes
itens apresentaram valores desadequados de CITC nas respetivas subescalas: os itens 13
e 22 na subescala AS, o item 25 na subescala DS; os itens 2 e 32 na subescala R; os itens
35 e 41 na subescala O; e, os itens 6 e 33 na subescala TI. Os valores α destas subescalas
de modo geral aumentaria após a exclusão destes itens, com exceção do item 13.
194
destes. Na escala EE apenas o item 35 apresentou valores desadequados de CITC. Apenas
os itens 9, 24, 27, 30 e 30 apresentaram valores desadequados de CITC na escala De. Os
valores α das escalas EE e De manter-se-ia igual após a exclusão destes itens. Apenas os
seguintes itens apresentaram valores desadequados de CITC nas respetivas subescalas: os
itens 31 e 40 na subescala AS; o item 25 na subescala DS; o item 2 na subescala R; e, os
itens 6 e 39 na subescala TI. Os valores α das subescalas AS e TI diminuiria após a
remoção dos itens 31, 40 e 39. Os valores α das subescalas DS, R e TI aumentaria após
a remoção dos itens 25, 2 e 39.
195
bifatoriais das versões da EB-CV (.28/.38/.65) indicam a proporção da variância relativa
no compósito dos fatores que é independente do FG. Estes resultados são indicadores de
dados multidimensionais.
A Tabela 16 apresenta para cada um dos itens as estimativas dos parâmetros modelos
unidimensionais das versões reduzidas da EB-CV, as CITCs dos itens e o valor α da escala
com a remoção de cada item. Todos os itens saturaram no fator boldness e apresentaram
valores de CITCs adequados. Os itens saturaram no fator boldness, apresentaram valores
adequados de CITCs e a consistência interna da escala total diminuiria ou manter-se-ia
igual após a remoção de cada um dos itens. Em termos de fiabilidade individual apenas
os seguintes itens apresentaram valores desadequados: os itens 15, 26, 32, 36, 37, 39 e 44
para a versão reduzida de autorrelato da EB-CV; os itens 8, 21, 32, 36, 38, 42 e 45 para a
versão reduzida de relato pelos encarregados de educação da EB-CV; e, os itens 21 e 43
para a versão reduzida de relato pelos professores da EB-CV.
196
Tabela 16 Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensionais das versões reduzidas da EB-CV avaliados pela AFC ao nível de itens
EB-CVR
VA VE VP
Itens λ λ2 CITC α αTotal Itens λ λ2 CITC α αTotal Itens λ λ2 CITC α αTotal
15 .39 .15 .34 .72 .73 5 .52 .27 .44 .79 .80 5 .57 .32 .54 .89 .89
21 .51 .27 .44 .70 8 .41 .17 .35 .80 9 .75 .56 .70 .88
26 .34 .11 .28 .72 11 .52 .27 .48 .79 14 .68 .46 .61 .88
27 .52 .27 .42 .70 20 .58 .34 .48 .79 21 .47 .22 .42 .89
29 .50 .25 .42 .70 21 .31 .09 .32 .80 22 .51 .26 .51 .89
32 .44 .19 .37 .71 23 .63 .39 .56 .78 27 .52 .27 .49 .89
36 .48 .23 .42 .71 26 .72 .52 .60 .78 30 .80 .64 .74 .88
37 .30 .09 .27 .73 32 .40 .16 .38 .79 32 .58 .33 .56 .89
39 .47 .22 .40 .71 36 .44 .19 .39 .79 33 .64 .41 .61 .88
42 .55 .30 .45 .70 38 .39 .15 .32 .80 36 .59 .34 .58 .89
44 .39 .15 .32 .72 41 .51 .26 .49 .78 38 .61 .37 .57 .89
42 .41 .17 .37 .79 40 .61 .37 .57 .89
44 .71 .50 .61 .78 43 .48 .23 .48 .89
45 .38 .14 .37 .80 45 .80 .64 .73 .88
Notas: EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos encarregados de educação; VP = Versão relato pelos professores; AFC =
Análise Fatorial Confirmatória; λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da escala no caso do item ser excluído;
αTotal = alfa de Cronbach da escala Boldness. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
197
5.6. Fiabilidade da EB-CV
198
5.6.2. Estabilidade temporal
199
de autorrelato e de relato pelos pais; e, fraca para a versão reduzida de relato pelos
professores (ver Tabela 18).
200
5.8. Relação entre a boldness e os traços psicopáticos
201
forma fraca com a subescala Une do ICU-VP, a pontuação total e a subescala Une do
ICU-VA, a subescala Cal do YPI-CV (apenas ao nível de correlações) e a dimensão CU
do APSD-VE (apenas a nível de regressões com); a pontuação total da EB-CVP associou-
se positivamente com a subescala Cal do ICU-VP.
202
Tabela 20 Relação entre as escalas da EB-CV e do APSD: Correlações e análises de regressão
EB-CVA EB-CVE EB-CVP
r B EP β R2
r B EP β R2
r B EP β R2
APSD-VA
Total -.01 -.01 .02 -.02 .00 -.09 -.02 .02 -.05 .00 .00 .01 .02 .04 .00
Narcisismo .05 .01 .01 .06 .00 -.01 .01 .01 .03 .00 .02 .01 .01 .08 .01
Frieza/Insensibilidade Emocional -.15** -.02 .01 -.15** .02 -.14* -.02 .01 -.11 .01 -.16 -.02 .01 -.14 .02
Impulsividade .01 .01 .01 .04 .00 -.06 .00 .01 -.03 .00 .11 .02 .01 .16 .02
APSD-VE
Total -.01 .00 .02 .01 .00 -.10 -.03 .02 -.09 .01 -.13 -.01 .02 -.04 .00
Narcisismo .13* .02 .01 .13* .02 .13** .01 .01 .09 .01 -.02 .01 .01 .09 .01
* * ** ** *
Frieza/Insensibilidade Emocional -.13 -.02 .01 -.13 .02 -.17 -.02 .01 -.16 .02 -.05 -.02 .01 -.17 .03
** ** *
Impulsividade .03 .00 .01 .04 .00 -.13 -.02 .01 -.14 .02 -.18 .00 .01 -.01 .00
APSD-VP
Total .15 .07 .04 .15 .02 .05 .04 .04 .10 .01 .11 .05 .03 .14 .02
* ** **
Narcisismo .16 .03 .02 .17 .03 .02 .01 .02 .06 .00 .23 .04 .01 .27 .07
Frieza/Insensibilidade Emocional .07 .01 .01 .05 .00 .04 .02 .02 .09 .01 -.01 .00 .01 .00 .00
Impulsividade .16 .02 .01 .15 .02 .10 .02 .01 .10 .01 .03 .01 .01 .04 .00
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP =
Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β
= coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
203
Tabela 21 Relação entre as escalas da EB-CV e do ICU: Correlações e análises de regressão
EB-CVA EB-CVE EB-CVP
r B EP β R 2
r B EP β R2
r B EP β R2
ICU-VA
Total -.06 -.03 .03 -.06 .00 -.08 -.03 .03 -.05 .00 -.25** -.13 .04 -.27** .07
* **
Calosidade/Frieza emocional .01 .00 .01 -.01 .00 -.09 -.01 .01 -.06 .00 -.17 -.05 .02 -.22 .05
Indiferença Emocional -.06 -.01 .01 -.05 .00 -.05 -.01 .01 -.04 .00 -.19* -.05 .02 -.23** .05
Insensibilidade Emocional -.06 -.02 .01 -.10* .01 -.04 .00 .01 -.01 .00 -.20* -.03 .01 -.18* .03
ICU-VE
Total -.05 -.04 .03 -.08 .01 -.14** -.09 .03 -.15** .02 -.13 -.05 .04 -.12 .02
Calosidade/Frieza emocional -.01 -.01 .01 -.05 .00 -.05 -.02 .01 -.06 .00 -.02 -.02 .02 -.08 .01
Indiferença Emocional -.05 -.02 .01 -.08 .01 -.09 -.02 .01 -.08 .01 -.05 -.01 .02 -.04 .00
*** *** *
Insensibilidade Emocional -.06 -.01 .01 -.06 .00 -.22 -.05 .01 -.23 .05 -.18 -.03 .01 -.17 .03
ICU-VP
Total .10 .07 .06 .10 .01 .05 .06 .07 .08 .01 .00 .02 .05 .03 .00
a a * *
Calosidade/Frieza emocional .06 .03 .03 .08 .01 .12 .05 .04 .11 .01 .16 .06 .03 .19 .04
Indiferença Emocional .08a .05 .02 .16 .02 -.09a .04 .03 .12 .02 .02 .00 .02 .00 .00
** **
Insensibilidade Emocional .16 -.01 .02 -.04 .00 -.12 -.02 .02 -.09 .01 -.24 -.04 .01 -.25 .06
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r =
Coeficiente de correlação; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação; ICU
= Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional.
a São apresentadas correlações de Pearson. As restantes correlações são de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
204
Tabela 22 Relação entre as escalas da EB-CV e do YPI-CV: Correlações e análises de regressão
EB-CVA EB-CVE EB-CVP
(n = 368) (n = 309) (n = 148)
r B EP β R2 r B EP β R2 r B EP β R2
YPI-CV
Total .17** .25 .08 .16** .03 .00 .09 .09 .05 .00 .06 .13 .11 .09 .01
Grandiosidade-Manipulação .23*** .17 .04 .23*** .05 .03 .05 .04 .07 .00 .14 .10 .05 .16 .03
Charme Desonesto .17** .04 .01 .16** .02 .07 .02 .01 .08 .01 .10 .02 .02 .09 .01
*** *** * *
Grandiosidade .28 .06 .01 .28 .08 .09 .03 .01 .12 .01 .15 .03 .02 .18 .03
Mentir .10* .02 .01 .12* .01 -.08 -.01 .01 -.05 .00 .10 .03 .02 .13 .02
Manipulação .24*** .05 .01 .23*** .05 .04 .01 .01 .07 .00 .08 .03 .02 .14 .02
**
Frieza/Insensibilidade Emocional .14 .05 .02 .10 .01 -.02 .02 .03 .03 .00 -.10 -.03 .04 -.07 .01
* *
Calosidade/Frieza emocional .12 .01 .01 .06 .00 -.03 .00 .01 .00 .00 -.18 -.02 .01 -.13 .02
Insensibilidade Emocional .23*** .04 .01 .19*** .04 .06 .01 .01 .06 .00 -.09 -.01 .01 -.08 .01
Ausência de Remorsos .01 .00 .01 .00 .00 -.04 .00 .01 .01 .00 .03 .00 .02 .02 .00
Impulsividade/Irresponsabilidade .06 .04 .03 .07 .00 .01 .02 .03 .04 .00 .09 .05 .04 .11 .01
Impulsidade -.02 .00 .01 -.01 .00 -.04 -.01 .01 -.04 .00 .08 .02 .02 .09 .01
** * *
Procura de Excitação .14 .03 .01 .12 .02 .03 .01 .01 .03 .00 .14 .03 .02 .17 .03
*
Irresponsabilidade .03 .01 .01 .06 .00 .07 .03 .01 .13 .02 -.03 .00 .01 .01 .00
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de
educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não
padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
205
5.8.2. Versão reduzida
206
subdimensão Frieza Emocional; a versão reduzida de autorrelato associou-se
negativamente e de forma fraca com a dimensão CU da versão de autorrelato do APSD;
a versão de relato pelos encarregados de educação associou-se negativamente e de forma
moderada com a dimensão CU das versões de autorrelato e de relato pelos encarregados
de educação APSD; as versões reduzidas de autorrelato e de relato pelos encarregados de
educação da EB-CV associaram-se negativamente e de forma fraca com a dimensão
Insensibilidade emocional do ICU; a versão reduzida de relato pelos encarregado de
educação associou-se de forma negativa com a pontuação total e as dimensões
Indiferença Emocional e Calosidade/Frieza Emocional das versões de autorrelato (fraca)
e de relato pelos encarregados de educação (moderada) do ICU; a versão reduzida de
autorrelato associou-se negativamente e de forma fraca com a dimensão Indiferença
Emocional da versão de relato pelos encarregados de educação do ICU; a versão reduzida
de relato pelos professores associou-se negativamente e de forma fraca com a pontuação
total e a dimensão Indiferença Emocional da versão de autorrelato do ICU (apenas a nível
de regressões).
207
Tabela 23 Relação entre as escalas da EB-CVR e do APSD: Correlações e análises de regressão
EB-CVRA EB-CVRE EB-CVRP
r B EP β R 2
r B EP β R2
r B EP β R2
APSD-VA
Total .00 .00 .04 .00 .00 -.27*** -.18 .04 -.23*** .05 -.09 -.04 .05 -.07 .00
** *
Narcisismo .03 .02 .02 .04 .00 -.15 -.05 .02 -.12 .01 -.12 -.02 .03 -.07 .01
Frieza/Insensibilidade Emocional -.14** -.06 .02 -.15** .02 -.23*** -.07 .02 -.17** .03 -.08 -.03 .03 -.10 .01
Impulsividade .09 .04 .02 .10 .01 -.22*** -.07 .02 -.20*** .04 -.01 .01 .02 .04 .00
APSD-VE
Total -.01 -.01 .04 -.01 .00 -.41*** -.30 .04 -.40*** .16 -.01 .00 .05 -.01 .00
Narcisismo .08 .02 .02 .08 .01 -.18*** -.07 .02 -.20*** .04 .00 .01 .02 .04 .00
*** ***
Frieza/Insensibilidade Emocional -.07 -.03 .02 -.09 .01 -.31 -.10 .02 -.29 .08 -.08 -.02 .02 -.08 .01
*** ***
Impulsividade -.02 -.01 .02 -.02 .00 -.39 -.14 .02 -.41 .17 .04 .01 .02 .02 .00
APSD-VP
Total .08 .09 .09 .08 .01 -.20* -.14 .10 -.13 .02 -.08 -.09 .07 -.11 .01
Narcisismo .07 .05 .04 .10 .01 -.10 -.02 .04 -.04 .00 -.07 -.03 .03 -.09 .01
Frieza/Insensibilidade Emocional .06 .02 .03 .04 .00 -.16 -.05 .04 -.12 .01 -.05 -.01 .02 -.04 .00
* * *
Impulsividade .07 .02 .03 .06 .00 -.22 -.07 .03 -.18 .03 -.11 -.05 .02 -.16 .03
Notas: EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação;
VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado;
β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
208
Tabela 24 Relação entre as escalas da EB-CVR e do ICU: Correlações e análises de regressão
EB-CVRA EB-CVRE EB-CVRP
r B EP β R2
r B EP β R2
r B EP β R2
ICU-VA
Total -.06 -.11 .07 -.08 .01 -.23*** -.25 .07 -.19** .04 -.18* -.21 .09 -.20* .04
*** ***
Calosidade/Frieza emocional .04 .01 .03 .02 .00 -.25 -.12 .03 -.20 .04 -.11 -.07 .04 -.14 .02
Indiferença Emocional -.06 -.04 .03 -.07 .00 -.19** -.10 .03 -.18** .03 -.14 -.09 .04 -.18* .03
* **
Insensibilidade Emocional -.10 -.08 .02 -.16 .03 -.07 -.03 .03 -.06 .00 -.16 -.05 .03 -.14 .02
ICU-VE
Total -.09 -.17 .08 -.12* .01 -.42*** -.59 .07 -.41*** .17 -.02 -.07 .09 -.07 .00
*** ***
Calosidade/Frieza emocional -.04 -.05 .04 -.08 .01 -.31 -.22 .03 -.30 .09 -.01 -.05 .04 -.09 .01
* ** *** ***
Indiferença Emocional -.11 -.08 .03 -.15 .02 -.40 -.23 .03 -.37 .14 .03 .00 .04 .01 .00
Insensibilidade Emocional -.04 -.03 .03 -.06 .00 -.28*** -.14 .03 -.28*** .08 -.03 -.02 .03 -.06 .00
ICU-VP
Total .09 .13 .14 .08 .01 -.13 -.19 .16 -.10 .01 -.08 .11 .11 -.08 .01
Calosidade/Frieza emocional .03 .04 .08 .04 .00 -.12 -.08 .09 -.08 .01 .01 .00 .06 .00 .00
Indiferença Emocional .13 .08 .06 .12 .01 -.13 -.07 .06 -.10 .01 -.09 -.05 .04 -.09 .01
Insensibilidade Emocional .03 .01 .04 .01 .00 -.15 -.03 .05 -.06 .00 -.13 -.05 .03 -.14 .02
Notas: EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação;
VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado;
β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
209
Tabela 25 Relação entre as escalas da EB-CVR e do YPI-CV: Correlações e análises de regressão
EB-CVRA EB-CVRE EB-CVRP
(n = 368) (n = 309) (n = 148)
r B EP β R2 r B EP β R2 r B EP β R2
YPI-CV
Total .17** .69 .20 .18** .03 -.22*** -.62 .22 -.16** .02 -.03 -.13 .25 -.04 .00
Grandiosidade-Manipulação .22*** .43 .09 .23*** .05 -.19** -.26 .10 -.14* .02 .06 .05 .12 .03 .00
Charme Desonesto .17** .10 .03 .17** .03 -.15** -.07 .04 -.12* .01 -.01 -.01 .04 -.02 .00
*** ***
Grandiosidade .24 .13 .03 .24 .06 -.10 -.04 .03 -.07 .00 .09 .04 .04 .10 .01
Mentir .11* .06 .03 .12* .01 -.22*** -.09 .03 -.18** .03 .00 .01 .04 .01 .00
Manipulação .25*** .13 .03 .26*** .07 -.14* -.06 .03 -.11 .01 .04 .01 .03 .03 .00
** * *** * *
Frieza/Insensibilidade Emocional .15 .14 .06 .12 .01 -.20 -.18 .07 -.14 .02 -.16 -.16 .08 -.16 .03
* ** **
Calosidade/Frieza emocional .07 .02 .02 .04 .00 -.14 -.05 .03 -.11 .01 -.24 -.08 .03 -.22 .05
Insensibilidade Emocional .25*** .11 .03 .22*** .05 -.08 -.04 .03 -.07 .01 -.09 -.04 .03 -.11 .01
*** **
Ausência de Remorsos .05 .02 .03 .04 .00 -.24 -.09 .03 -.17 .03 -.05 -.04 .03 -.08 .01
** *
Impulsividade/Irresponsabilidade .07 .12 .07 .09 .01 -.15 -.18 .08 -.13 .02 -.03 -.02 .09 -.02 .00
Impulsidade .04 .03 .03 .05 .00 -.21*** -.12 .04 -.19** .04 -.03 -.01 .04 -.02 .00
** *
Procura de Excitação .14 .07 .03 .13 .02 -.09 -.05 .03 -.10 .01 .02 .01 .04 .03 .00
Irresponsabilidade .00 .02 .03 .04 .00 -.05 .00 .03 -.01 .00 -.10 -.03 .03 -.08 .01
Notas: EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados
de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta
não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
210
5.9. Relação entre a boldness e as medidas de critério externas
211
Relativamente à relação entre a boldness e as dimensões da personalidade, as
pontuações totais das versões de relato da EB-CV associaram-se positivamente com as
dimensões Energia/Extroversão (E/E; entre todas as versões de relato) e
Intelecto/Abertura à Experiência (I/AE; com exceção da associação positiva
estatisticamente não significativa entre a EB-CVE e o BFQ-CVP), cuja intensidade das
associações foi de modo geral moderada entre as respetivas versões de relato e fraca entre
diferentes versões de relato. Houve associações negativas e fracas estatisticamente
significativas entre a escala total EB-CV e a Instabilidade Emocional entre as versões de
autorrelato, entre as versões de relato pelos encarregados de educação e entre a EB-CVE
e o BFQ-CVA. Houve associações positivas e fracas estatisticamente significativas da
BFQ-CVA com todas as versões de relato da EB-CV e entre as versões de relato pelos
encarregados de educação da BFQ-CV e da EB-CV. A escala total da versão de relato
pelos encarregados de educação da EB-CV associou-se fraca e positivamente com a
Agradabilidade da VA e da VE do BFQ-C.
212
Tabela 26 Relação entre a escalas da EB-CV e da PANAS-C: Correlações e análises de regressão
EB-CVA EB-CVE EB-CVP
r B EP β R2
r B EP β R2
r B EP β R2
PANAS-CVA
Emocionalidade Positiva .25*** .19 .03 .30*** .09 .15** .10 .04 .14* .02 .16* .09 .05 .16 .03
*** *** ** *
Emocionalidade Negativa -.30 -.18 .03 -.31 .09 -.16 -.07 .03 -.12 .01 -.05 -.04 .04 -.07 .01
Medo -.33*** -.09 .02 -.30*** .09 -.15** -.03 .02 -.10 .01 -.10 -.02 .02 -.09 .01
*** *** *
Preocupado -.19 -.09 .02 -.26 .07 -.13 -.04 .02 -.10 .01 .03 -.01 .03 -.04 .00
PANAS-CVE
Emocionalidade Positiva .15** .10 .03 .18** .03 .39*** .25 .03 .39*** .15 .15 .09 .04 .19* .03
*** *** *** *** *
Emocionalidade Negativa -.26 -.12 .03 -.24 .06 -.35 -.23 .02 -.43 .18 -.17 -.07 .03 -.18 .03
*** *** *** *** * *
Medo -.31 -.09 .02 -.28 .08 -.37 -.15 .02 -.43 .19 -.19 -.05 .02 -.21 .05
Preocupado -.11* -.03 .01 -.13* .02 -.23*** -.08 .01 -.32*** .10 -.07 -.02 .02 -.10 .01
PANAS-CVP
Emocionalidade Positiva .13a .09 .06 .13 .02 .16a .11 .06 .16 .03 .53*** .30 .04 .52*** .27
Emocionalidade Negativa -.03 -.04 .05 -.08 .01 -.04 -.02 .05 -.04 .00 -.49*** -.23 .03 -.49*** .24
Medo -.04 -.03 .03 -.08 .01 -.06 -.02 .03 -.06 .00 -.53*** -.15 .02 -.53*** .28
*** ***
Preocupado -.01 -.02 .02 -.06 .00 -.03 .00 .03 -.02 .00 -.35 -.09 .02 -.36 .13
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; PANAS-C = Escala da Afetividade Negativa e Positiva - Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de
educação; VP = Versão relato professores; r = Coeficiente de correlação; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta
padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
a São apresentadas correlações de Pearson. As restantes correlações são de Spearman
* p < .05; ** p < .01; *** p < .00
213
Tabela 27 Relação entre as escalas da EB-CV e do BFQ-C: Correlações e análises de regressão
EB-CVA EB-CVE EB-CVP
r B EP β R2
r B EP β R2
r B EP β R2
BFQ-CVA
Energia/Extroversão .30*** .14 .02 .33*** .11 .25*** .11 .03 .23*** .05 .24** .09 .03 .25** .06
*** *** * *
Instabilidade Emocional -.18 -.11 .03 -.19 .04 -.15 -.09 .03 -.14 .02 .09 .05 .04 .10 .01
Intelecto/Abertura .30*** .17 .03 .31*** .10 .28*** .15 .03 .24*** .06 .41*** .19 .04 .38*** .14
Agradabilidade .06 .05 .03 .09 .01 .18** .10 .03 .17** .03 .17* .07 .04 .14 .02
** *** ** * * *
Conscienciosidade .15 .11 .03 .18 .03 .15 .09 .04 .14 .02 .20 .09 .04 .19 .04
BFQ-CVE
Energia/Extroversão .23*** .08 .02 .22*** .05 .46*** .19 .02 .47*** .22 .19* .06 .03 .20* .04
*** ***
Instabilidade Emocional -.09 -.05 .03 -.09 .01 -.22 -.15 .03 -.24 .06 .01 -.01 .04 -.02 .00
*** *** *** *** * *
Intelecto/Abertura .22 .11 .03 .23 .05 .30 .17 .03 .31 .09 .22 .09 .04 .22 .05
Agradabilidade .07 .03 .02 .08 .01 .11* .06 .02 .12* .01 -.01 -.01 .03 -.04 .00
* *
Conscienciosidade .04 .03 .03 .06 .00 .12 .08 .03 .12 .01 .01 .02 .04 .03 .00
BFQ-CVP
Energia/Extroversão .21* .11 .04 .23** .05 .30*** .14 .04 .27** .07 .69*** .27 .02 .68*** .47
Instabilidade Emocional .10 .06 .05 .10 .01 .09 .04 .06 .06 .00 .02 .01 .04 .01 .00
a** ** a *** ***
Intelecto/Abertura .21 .14 .05 .21 .05 .12 .08 .06 .12 .01 .41 .23 .04 .42 .17
Agradabilidade -.04 -.02 .04 -.05 .00 -.01 -.02 .04 -.04 .00 .06 .02 .03 .05 .00
a a
Conscienciosidade .00 .00 .05 .00 .00 -.08 -.05 .06 -.08 .01 .16 .08 .04 .15 .02
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; BFQ-C = Questionário dos Cinco Fatores – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP
= Versão relato professores; r = Coeficiente de correlação; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 =
coeficiente de determinação. a São apresentadas correlações de Pearson. As restantes correlações são de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
214
Tabela 28 Relação entre as escalas da EB-CV e BIS/BAS-C: Correlações e análises de regressão
EB-CVA EB-CVE EB-CVP
r B EP β R2
r B EP β R2
r B EP β R2
BIS/BAS-CVA
Sistema de Inibição Comportamental -.19*** -.05 .01 -.23*** .05 .04 .00 .01 .02 .00 .07 .01 .02 .06 .00
** ** * * * *
Sistema de Ativação Comportamental .18 .08 .02 .17 .03 .14 .06 .03 .12 .01 .20 .08 .03 .19 .03
Energia .15** .03 .01 .13* .02 .08 .01 .01 .05 .00 .09 .02 .02 .08 .01
Busca de Divertimento .16** .03 .01 .15** .02 .09 .02 .01 .11 .01 .16 .03 .01 .19* .04
** * ** * ** *
Resposta à Recompensa .14 .02 .01 .13 .02 .15 .03 .01 .14 .02 .23 .03 .01 .20 .04
BIS/BAS-CVE
Sistema de Inibição Comportamental -.09 -.01 .01 -.07 .00 -.26*** -.05 .01 -.28*** .08 .06 .01 .01 .05 .00
* *** ***
Sistema de Ativação Comportamental .10 .05 .02 .13 .02 .24 .11 .02 .25 .06 .07 .02 .03 .07 .00
* *** ***
Energia .11 .02 .01 .12 .01 .25 .05 .01 .26 .07 .09 .01 .01 .06 .00
Busca de Divertimento .06 .01 .01 .07 .00 .19*** .03 .01 .17** .03 .05 .01 .01 .04 .00
* ** **
Resposta à Recompensa .10 .02 .01 .12 .01 .17 .03 .01 .16 .03 .05 .01 .01 .06 .00
BIS/BAS-CVP
Sistema de Inibição Comportamental -.06 -.01 .01 -.08 .01 -.05 -.01 .02 -.04 .00 -.44*** -.06 .01 -.43*** .18
* * * * *** ***
Sistema de Ativação Comportamental .17 .08 .04 .17 .03 .21 .10 .04 .21 .04 .48 .17 .03 .46 .21
** * * * *** ***
Energia .23 .04 .02 .21 .04 .20 .04 .02 .20 .04 .44 .07 .01 .43 .18
Busca de Divertimento .18* .03 .01 .19* .03 .18* .03 .02 .15 .02 .46*** .07 .01 .44*** .19
** **
Resposta à Recompensa .04 .00 .01 .02 .00 .17 .03 .02 .16 .03 .26 .04 .01 .26 .07
Notas: EB-C = Escala Boldness – Versão Crianças; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças; VA = Versão
autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não
padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
215
5.9.2. Versão reduzida
216
BFQ-CVA/VP e entre a EB-CVRE e a dimensão Conscienciosidade da BFQ-CVA. A
EB-CVR também se associou positiva e fracamente com a dimensão Agradabilidade
entre as versões reduzidas de relato pelos encarregados de educação, entre as versões
relato pelos professores apenas a nível regressional e entre a EB-CVRE e a BFQ-CVA.
217
Tabela 29 Relação entre as escalas da EB-CVR e da PANAS-C: Correlações e análises de regressão
EB-CVRA EB-CVRE EB-CVRP
r B EP β R2
r B EP β R2
r B EP β R2
PANAS-CVA
Emocionalidade Positiva .23*** .38 .08 .23*** .05 .20*** .34 .09 .20*** .04 .21* .26 .10 .21* .04
*** *** *** ***
Emocionalidade Negativa -.26 -.40 .08 -.26 .07 -.25 -.34 .08 -.23 .05 -.11 -.14 .10 -.12 .01
Medo -.27*** -.19 .04 -.24*** .06 -.15** -.11 .04 -.14* .02 -.14 -.09 .05 -.14 .02
** *** *** ***
Preocupado -.18 -.21 .05 -.23 .05 -.29 -.23 .05 -.26 .07 -.03 -.05 .06 -.07 .01
PANAS-CVE
Emocionalidade Positiva .22*** .35 .08 .24*** .06 .50*** .80 .07 .51*** .26 .15 .25 .10 .22* .05
*** ** *** ***
Emocionalidade Negativa -.21 -.24 .07 -.19 .04 -.51 -.75 .05 -.57 .33 -.08 -.08 .08 -.08 .01
*** *** *** ***
Medo -.25 -.18 .05 -.22 .05 -.47 -.44 .04 -.53 .28 -.09 -.06 .05 -.11 .01
Preocupado -.11 -.07 .03 -.11 .01 -.45*** -.31 .03 -.51*** .26 -.03 -.01 .04 -.03 .00
PANAS-CVP
Emocionalidade Positiva .14 .23 .14 .14 .02 .22* .36 .14 .22* .05 .48a*** .61 .09 .48*** .23
Emocionalidade Negativa -.02 -.06 .12 -.04 .00 -.16 -.19 .12 -.13 .02 -.59*** -.64 .07 -.60*** .36
Medo -.03 -.05 .07 -.05 .00 -.05 -.06 .07 -.07 .01 -.60*** -.38 .04 -.60*** .36
** * *** ***
Preocupado -.01 -.02 .06 -.03 .00 -.23 -.13 .06 -.18 .03 -.49 -.27 .04 -.49 .24
Notas: EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; PANAS-C = Escala da Afetividade Negativa e Positiva - Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato
encarregados de educação; VP = Versão relato professores; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado;
β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
218
Tabela 30 Relação entre as escalas da EB-CVR e do BFQ-C: Correlações e análises de regressão
EB-CVRA EB-CVRE EB-CVRP
r B EP β R2
r B EP β R2
r B EP β R2
BFQ-CVA
Energia/Extroversão .26*** .30 .05 .28*** .08 .28*** .29 .06 .25*** .06 .20* .17 .06 .22** .05
* * *** ***
Instabilidade Emocional -.13 -.18 .07 -.13 .02 -.29 -.41 .08 -.28 .08 -.06 -.06 .09 -.05 .00
Intelecto/Abertura .26*** .38 .07 .27*** .07 .30*** .39 .08 .26*** .07 .37*** .38 .09 .35*** .12
Agradabilidade .08 .14 .07 .10 .01 .27*** .38 .08 .26*** .07 .09 .11 .09 .09 .01
* ** *** *** * *
Conscienciosidade .10 .23 .08 .16 .02 .31 .45 .09 .29 .08 .18 .19 .09 .17 .03
BFQ-CVE
Energia/Extroversão .20*** .17 .05 .19** .04 .45*** .44 .04 .46*** .21 .06 .06 .06 .08 .01
*** ***
Instabilidade Emocional -.10 -.14 .08 -.10 .01 -.47 -.72 .06 -.49 .24 -.01 .00 .09 .00 .00
** *** *** ***
Intelecto/Abertura .19 .25 .07 .20 .04 .34 .47 .06 .36 .13 .13 .13 .09 .14 .02
Agradabilidade .06 .08 .06 .08 .01 .27*** .31 .06 .27*** .07 -.08 -.08 .07 -.09 .01
* * *** ***
Conscienciosidade .13 .20 .08 .14 .02 .36 .54 .07 .35 .12 -.08 -.06 .09 -.06 .00
BFQ-CVP
Energia/Extroversão .20* .24 .10 .20* .04 .23** .22 .11 .18* .03 .45*** .42 .06 .46*** .22
* * **
Instabilidade Emocional .04 .03 .12 .02 .00 -.17 -.27 .13 -.18 .03 -.19 -.28 .09 -.25 .06
* * a*** ***
Intelecto/Abertura .18 .30 .13 .18 .03 .13 .17 .15 .10 .01 .30 .37 .09 .30 .09
Agradabilidade .05 .07 .09 .06 .00 .13 .11 .10 .10 .01 .12 .13 .07 .16* .03
a** **
Conscienciosidade .03 .08 .13 .05 .00 .16 .18 .14 .11 .01 .23 .29 .10 .23 .05
Notas: EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; BFQ-C = Questionário dos Cinco Fatores – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de
educação; VP = Versão relato professores; r = Coeficiente de correlação; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta
padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
a São apresentadas correlações de Pearson. As restantes correlações são de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
219
Tabela 31 Relação entre as escalas da EB-CVR e BIS/BAS-C: Correlações e análises de regressão
EB-CVRA EB-CVRE EB-CVRP
r B EP β R2
r B EP β R2
r B EP β R2
BIS/BAS-CVA
Sistema de Inibição Comportamental -.15** -.09 .03 -.16** .03 .06 .02 .03 .04 .00 -.02 -.01 .04 -.02 .00
** ** * *
Sistema de Ativação Comportamental .16 .20 .06 .16 .03 .05 .05 .07 .04 .00 .16 .17 .08 .18 .03
Energia .14** .07 .03 .12* .01 -.04 -.03 .04 -.05 .00 .10 .04 .04 .10 .01
Busca de Divertimento .13* .06 .02 .14** .02 -.03 .00 .03 .00 .00 .16 .06 .03 .18* .03
** ** ** ** *
Resposta à Recompensa .15 .07 .02 .15 .02 .17 .08 .03 .16 .03 .15 .06 .03 .17 .03
BIS/BAS-CVE
Sistema de Inibição Comportamental -.03 -.02 .02 -.04 .00 -.16** -.09 .02 -.21*** .04 .00 .00 .03 -.01 .00
* *
Sistema de Ativação Comportamental .13 .11 .06 .12 .01 .06 .06 .05 .05 .00 .04 .02 .07 .02 .00
* *
Energia .14 .06 .03 .13 .02 .09 .04 .02 .08 .01 .04 .00 .03 -.01 .00
Busca de Divertimento .06 .02 .02 .04 .00 -.11* -.04 .02 -.11* .01 .06 .01 .03 .04 .00
*** **
Resposta à Recompensa .11 .04 .02 .10 .01 .19 .06 .02 .15 .02 .03 .01 .03 .03 .00
BIS/BAS-CVP
Sistema de Inibição Comportamental -.01 .00 .04 .00 .00 .01 .00 .04 .00 .00 -.59*** -.20 .02 -.60*** .35
* * * *
Sistema de Ativação Comportamental .19 .19 .09 .16 .03 .00 .02 .10 .02 .00 .19 .15 .07 .18 .03
** * * *
Energia .22 .10 .04 .20 .04 .05 .02 .05 .05 .00 .18 .06 .03 .16 .03
Busca de Divertimento .13 .06 .04 .13 .02 -.06 -.03 .04 -.08 .01 .21* .06 .03 .18* .03
Resposta à Recompensa .10 .03 .04 .08 .01 .05 .03 .04 .06 .00 .08 .03 .03 .10 .01
Notas: EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças; VA =
Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro
Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
220
Tabela 32 Relação entre as escalas do APSD-VA e da PANAS-C: Correlações e análises de regressão
APSD-VA
Total Nar CU Imp
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
PANAS-CVA (n = 368)
Emocionalidade Positiva -.26*** -.52 .11 -.25*** .06 -.14** -.08 .25 -.02 -.28*** -1,27 .22 -.29*** -.11* -.54 .29 -.12 .10
Emocionalidade Negativa .35*** .67 .10 .34*** .12 .36*** .95 .23 .25*** .05 .09 .20 .02 .35*** .72 .26 .16** .14
*** *** *** ** *** *
Medo .25 .24 .05 .23 .05 .28 .34 .12 .18 -.02 -.06 .11 -.03 .27 .31 .14 .14 .08
*** *** *** *** *** **
Preocupado .37 .43 .06 .38 .14 .36 .60 .13 .27 .08 .16 .12 .06 .34 .41 .15 .16 .16
PANAS-CVE (n = 309)
Emocionalidade Positiva -.21*** -.41 .11 -.21*** .04 -.15** -.33 .26 -.09 -.15** -.61 .23 -.15** -.12* -.35 .30 -.08 .05
*** ** ** *** **
Emocionalidade Negativa .20 .25 .10 .15 .02 .18 -.07 .22 -.02 .04 .21 .20 .06 .22 .72 .26 .19 .03
Medo .19** .17 .06 .15** .02 .17** .02 .14 .01 .06 .11 .13 .05 .19** .40 .17 .17* .03
Preocupado .17** .09 .04 .11* .01 .13* -.09 .10 -.06 .02 .10 .09 .06 .22*** .31 .12 .18** .03
PANAS-CVP (n = 148)
Emocionalidade Positiva -.09 -.21 .16 -.10 .01 -.02 -.23 .43 -.06 -.20* -.91 .33 -.23** .04 .36 .49 .08 .06
Emocionalidade Negativa .20* .33 .14 .20* .04 .20* .86 .36 .26* .11 .31 .28 .09 .15 -.35 .42 -.09 .06
Medo .10 .08 .08 .08 .01 .12 .34 .22 .18 .05 .11 .17 .05 .06 -.30 .25 -.13 .02
*** *** ** ** * *
Preocupado .29 .26 .07 .31 .09 .25 .52 .18 .32 .17 .20 .14 .12 .21 -.05 .20 -.03 .11
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; PANAS-C = Escala da Afetividade Negativa e
Positiva – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de
Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001
221
Tabela 33 Relação entre as escalas do APSD-VE e da PANAS-C: Correlações e análises de regressão
APSD-VE
Total Nar CU Imp
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
PANAS-CVA (n = 309)
Emocionalidade Positiva -.14* -.31 .13 -.14* .02 -.02 .17 .35 .03 -.20** -1.21 .29 -.24*** -.06 .01 .37 .00 .06
Emocionalidade Negativa .17** .37 .11 .18** .03 .11 .29 .31 .06 .11* .30 .26 .07 .17** .51 .33 .11 .03
Medo .08 .10 .06 .09 .01 .03 .07 .17 .03 .07 .04 .14 .02 .08 .19 .18 .07 .01
*** *** ** ** ***
Preocupado .23 .27 .07 .22 .05 .15 .22 .18 .08 .15 .26 .15 .10 .24 .32 .20 .12 .05
PANAS-CVE (n = 400)
Emocionalidade Positiva -.35*** -.69 .10 -.34*** .11 -.12* .52 .26 .11* -.35*** -1.28 .21 -.29*** -.31*** -1.34 .26 -.29*** .17
*** *** *** *** *** ***
Emocionalidade Negativa .43 .68 .08 .39 .15 .28 .10 .22 .02 .22 .24 .18 .06 .45 1.59 .22 .41 .19
Medo .33*** .36 .05 .32*** .11 .20*** -.01 .14 .00 .19*** .14 .12 .06 .36*** .89 .15 .35*** .14
Preocupado .47*** .32 .04 .39*** .15 .34*** .10 .10 .06 .20*** .10 .08 .05 .49*** .70 .10 .38*** .19
PANAS-CVP (n = 130)
Emocionalidade Positiva -.18* -.45 .20 -.19* .04 -.11 -.02 .52 .00 -.19* -1.06 .46 -.21* -.12 -.37 .54 -.07 .06
Emocionalidade Negativa .14 .18 .17 .09 .01 .12 -.10 .44 -.02 .06 .36 .39 .08 .13 .30 .46 .07 .01
Medo .06 .00 .10 .00 .00 .05 -.22 .26 -.09 -.01 .03 .23 .01 .07 .21 .27 .08 .01
* * *
Preocupado .20 .17 .09 .17 .03 .18 .13 .22 .06 .09 .33 .20 .15 .16 .09 .23 .04 .04
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; PANAS-C = Escala da Afetividade Negativa e
Positiva – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de
Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001
222
Tabela 34 Relação entre as escalas do APSD-VP e da PANAS-C: Correlações e análises de regressão
APSD-VP
Total Nar CU Imp
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
PANAS-CVA (n = 148)
Emocionalidade Positiva -.24** -.36 .13 -.23** .05 -.16 .23 .38 .07 -.32*** -1.73 .40 -.40*** -.15 .13 .49 .03 .13
Emocionalidade Negativa .24** .31 .12 .21* .04 .16 -.09 .37 -.03 .17* .57 .39 .14 .24** .58 .48 .14 .05
Medo .13 .08 .06 .11 .01 .08 .01 .19 .01 .06 .07 .20 .03 .14 .19 .25 .09 .01
Preocupado .28** .23 .07 .26** .07 .20* -.09 .22 -.05 .22** .50 .23 .21* .27** .39 .28 .16 .08
PANAS-CVE (n = 130)
Emocionalidade Positiva -.22* -.29 .12 -.21* .04 -.13 .34 .38 .11 -.20* -.40 .40 -.11 -.26** -.97 .49 -.25 .07
Emocionalidade Negativa .12 .09 .09 .08 .01 .08 -.27 .30 -.11 .07 -.11 .31 -.04 .16 .74 .39 .24 .03
Medo .07 .03 .06 .04 .00 .09 -.06 .20 -.04 -.01 -.20 .21 -.11 .12 .37 .26 .19 .02
* *
Preocupado .16 .06 .04 .12 .02 .06 -.20 .14 -.18 .15 .08 .14 .06 .18 .37 .18 .26 .05
PANAS-CVP (n = 155)
Emocionalidade Positiva -.27** -.40 .12 -.26** .07 -.10 .65 .37 .19 -.35*** -1.39 .39 -.33*** -.24** -.83 .47 -.20 .14
*** *** *** *** *** **
Emocionalidade Negativa .38 .56 .09 .43 .19 .35 .22 .30 .08 .28 .38 .32 .11 .38 1.16 .39 .32 .20
** ** * ** **
Medo .23 .20 .06 .27 .07 .20 .01 .19 .00 .14 -.06 .20 -.03 .27 .68 .24 .33 .10
Preocupado .52*** .36 .04 .55*** .30 .49*** .21 .14 .15 .41*** .44 .15 .24** .47*** .47 .18 .26* .31
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; PANAS-C = Escala da Afetividade Negativa e
Positiva – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de
Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001
223
Tabela 35 Relação entre as escalas do ICU-VA e da PANAS-C: Correlações e análises de regressão
ICU-VA
Total Cal Unc Une
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
PANAS-CVA (n = 368)
Emocionalidade Positiva -.31*** -.33 .06 -.26*** .07 -.23*** -.38 .20 -.13 -.25*** -.21 .19 -.07 -.23*** -.43 .19 -.12* .07
Emocionalidade Negativa .09 .09 .06 .07 .01 .06 -.07 .19 -.03 .14** .31 .19 .12 -.01 -.03 .18 -.01 .01
*
Medo .04 .00 .03 -.01 .00 .00 -.16 .10 -.11 .12 .18 .10 .13 -.05 -.06 .09 -.03 .01
Preocupado .11* .09 .04 .13* .02 .10* .08 .11 .05 .12* .13 .11 .09 .02 .03 .11 .02 .02
PANAS-CVE (n = 309)
Emocionalidade Positiva -.26*** -.28 .07 -.23*** .05 -.21*** -.18 .19 -.07 -.23*** -.39 .20 -.15* -.13* -.25 .19 -.08 .05
** * * **
Emocionalidade Negativa .17 .12 .06 .11 .01 .15 .12 .17 .05 .19 .32 .17 .14 .02 -.21 .16 -.08 .03
Medo .14* .07 .04 .10 .01 .14* .11 .11 .08 .16** .18 .11 .12 .01 -.18 .10 -.10 .03
** * **
Preocupado .16 .05 .03 .11 .01 .14 .01 .08 .01 .17 .14 .08 .13 .03 -.03 .08 -.02 .02
PANAS-CVP (n = 148)
Emocionalidade Positiva -.15 -.30 .09 -.25** .06 -.06 .07 .26 .03 -.23** -.76 .27 -.29** -.09 -.21 .30 -.06 .09
* ** *
Emocionalidade Negativa .16 .23 .08 .23 .05 .16 .36 .22 .17 .19 .28 .24 .12 .06 -.14 .25 -.05 .07
*
Medo .11 .10 .05 .18 .03 .10 .13 .13 .11 .15 .15 .14 .11 .05 -.03 .15 -.02 .04
Preocupado .17* .12 .04 .24** .06 .20* .23 .11 .22* .20* .13 .12 .12 .01 -.11 .13 -.07 .08
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; PANAS-C = Escala
da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professore; n = dimensão da amostra; r =
Coeficiente de correlação de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 = Coeficiente de
determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
224
Tabela 36 Relação entre as escalas do ICU-VE e da PANAS-C: Correlações e análises de regressão
ICU-VE
Total Cal Unc Une
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
PANAS-CVA (n = 309)
Emocionalidade Positiva -.19** -.25 .07 -.22*** .05 -.11 -.38 .20 -.13 -.18** -.21 .19 -.07 -.16** -.43 .19 -.12* .07
Emocionalidade Negativa .21*** .21 .06 .20*** .04 .22*** -.07 .19 -.03 .19** .31 .19 .12 .07 -.03 .18 -.01 .01
* * *
Medo .11 .05 .03 .09 .01 .13 -.16 .10 -.11 .13 .18 .10 .13 .00 -.06 .09 -.03 .01
Preocupado .25*** .16 .03 .26*** .07 .25*** .08 .11 .05 .21*** .13 .11 .09 .11 .03 .11 .02 .02
PANAS-CVE (n = 400)
Emocionalidade Positiva -.38*** -.44 .05 -.40*** .16 -.29*** -.18 .19 -.07 -.40*** -.39 .20 -.15* -.20*** -.25 .19 -.08 .05
*** *** *** *** **
Emocionalidade Negativa .31 .26 .04 .28 .08 .28 .12 .17 .05 .28 .32 .17 .14 .17 -.21 .16 -.08 .03
Medo .24*** .14 .03 .24*** .06 .23*** .11 .11 .08 .22*** .18 .11 .12 .13** -.18 .10 -.10 .03
*** *** *** *** ***
Preocupado .34 .12 .02 .28 .08 .31 .01 .08 .01 .31 .14 .08 .13 .17 -.03 .08 -.02 .02
PANAS-CVP (n = 130)
Emocionalidade Positiva -.35*** -.48 .10 -.38*** .15 -.29** .07 .26 .03 -.22* -.76 .27 -.29** -.28** -.21 .30 -.06 .09
Emocionalidade Negativa .11 .15 .09 .15 .02 .05 .36 .22 .17 .14 .28 .24 .12 .03 -.14 .25 -.05 .07
Medo .00 .02 .05 .03 .00 -.06 .13 .13 .11 .06 .15 .14 .11 -.06 -.03 .15 -.02 .04
Preocupado .20* .13 .05 .25** .06 .16 .23 .11 .22* .20* .13 .12 .12 .06 -.11 .13 -.07 .08
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; PANAS-C = Escala
da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professore; n = dimensão da amostra; r =
Coeficiente de correlação de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 = Coeficiente de
determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
225
Tabela 37 Relação entre as escalas do ICU-VP e da PANAS-C: Correlações e análises de regressão
ICU-VP
Total Cal Unc Une
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
PANAS-CVA (n = 148)
Emocionalidade Positiva -.25** -.24 .08 -.25** .06 -.15 .14 .21 .08 -.29*** -.69 .28 -.29* -.19* -.42 .28 -.12 .09
Emocionalidade Negativa .15 .13 .07 .14 .02 .20* .06 .20 .03 .15 .32 .27 .15 -.03 -.11 .27 -.03 .03
Medo .04 .02 .04 .04 .00 .08 .01 .10 .02 .05 .06 .14 .06 -.06 -.09 .14 -.06 .01
Preocupado .19* .11 .04 .21* .04 .24** .04 .12 .04 .19* .26 .16 .20 .00 -.02 .16 -.01 .05
PANAS-CVE (n = 130)
Emocionalidade Positiva -.15 -.13 .08 -.15 .02 -.17 -.20 .20 -.13 -.13 -.10 .27 -.05 -.08 .03 .27 .01 .03
Emocionalidade Negativa .07 .03 .06 .04 .00 .05 -.13 .16 -.11 .10 .23 .21 .14 .11 .06 .21 .03 .01
Medo .03 .00 .04 .01 .00 .00 -.12 .10 -.14 .06 .13 .14 .12 .11 .09 .14 .06 .01
Preocupado .12 .02 .03 .08 .01 .11 -.01 .07 -.02 .12 .10 .10 .13 .08 -.03 .10 -.03 .01
PANAS-CVP (n = 155)
Emocionalidade Positiva -.38*** -.37 .07 -.38*** .14 -.22** .43 .18 .24* -.43*** -1,35 .25 -.57*** -.27** -.62 .24 -.19* .25
*** *** *** *** *** **
Emocionalidade Negativa .39 .34 .06 .42 .18 .29 .22 .16 .14 .34 .39 .22 .19 .31 .66 .21 .23 .19
** ** ** ** **
Medo .24 .12 .04 .25 .06 .12 .01 .10 .01 .21 .17 .14 .15 .26 .37 .13 .22 .09
Preocupado .53*** .22 .03 .54*** .29 .45*** .21 .08 .28** .46*** .22 .10 .21* .34*** .29 .10 .20** .30
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; PANAS-C = Escala
da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professore; n = dimensão da amostra; r =
Coeficiente de correlação de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 = Coeficiente de
determinação.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
226
Tabela 38 Relação entre as escalas do YPI-CV e da PANAS-C: Correlações e análises de regressão
YPI-CV
Total GM CU II
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
PANAS-CVA (n = 368)
Emocionalidade Positiva -.08 -.04 .02 -.10 .01 -.03 .09 .07 .11 -.10 -.18 .10 -.14 -.12* -.11 .09 -.09 .02
Emocionalidade Negativa .30*** .12 .02 .30*** .09 .22*** -.02 .07 -.02 .25*** .21 .09 .17* .30*** .23 .08 .20** .10
*** *** ** * *** **
Medo .20 .04 .01 .21 .05 .16 .00 .04 .01 .13 .03 .05 .04 .23 .12 .04 .20 .05
*** *** *** *** *** *** *
Preocupado .32 .07 .01 .32 .10 .23 -.02 .04 -.04 .30 .19 .05 .25 .31 .11 .04 .17 .12
PANAS-CVE (n = 309)
Emocionalidade Positiva -.14* -.06 .02 -.16** .02 -.08 .05 .07 .06 -.19** -.20 .10 -.15 -.12* -.10 .09 -.09 .03
** * ** *
Emocionalidade Negativa .17 .03 .02 .10 .01 .13 -.02 .06 -.02 .10 -.02 .09 -.02 .17 .15 .07 .16 .02
Medo .13* .02 .01 .10 .01 .09 -.03 .04 -.07 .08 .01 .06 .01 .15** .11 .05 .19* .02
Preocupado .18** .01 .01 .08 .01 .16** .02 .03 .05 .10 -.03 .04 -.05 .17** .04 .03 .08 .01
PANAS-CVP (n = 148)
Emocionalidade Positiva -.06 -.04 .03 -.09 .01 -.02 .06 .11 .07 -.20* -.43 .14 -.33** .00 .17 .13 .14 .07
Emocionalidade Negativa .24** .08 .03 .24** .06 .14 -.14 .09 -.19 .34*** .45 .12 .41*** .22** .09 .11 .09 .12
* **
Medo .12 .02 .02 .10 .01 .04 -.10 .06 -.24 .19 .19 .07 .30 .15 .05 .07 .09 .06
*** *** ** *** *** **
Preocupado .33 .06 .01 .37 .13 .23 -.03 .04 -.09 .44 .26 .06 .47 .26 .04 .05 .08 .20
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos em Jovens - Versão Crianças; GM = Grandiosidade-Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; II = Impulsividade-
Irresponsabilidade; PANAS-C = Escala da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato
professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente
beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação;.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
227
Tabela 39 Relação entre as escalas do APSD-VA e do BFQ-CV: Correlações e análises de regressão
APSD-VA
Total Nar CU Imp
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BFQ-CVA (n = 368)
E/E -.31*** -.40 .07 -.30*** .09 -.19*** -.18 .16 -.07 -.37*** -.99 .14 -.35*** -.16** -.27 .18 -.09 .14
IE .44*** .79 .09 .43*** .19 .46*** .82 .19 .24*** -.01 -.09 .17 -.02 .49*** 1.39 .22 .35*** .27
I/AE -.27*** -.44 .09 -.24*** .06 -.18** -.36 .22 -.10 -.29*** -1.05 .19 -.27*** -.11* -.11 .25 -.03 .09
*** *** *** * *** *** *** **
Ag -.43 -.75 .08 -.42 .18 -.30 -.49 .20 -.14 -.38 -1.39 .18 -.37 -.23 -.64 .23 -.16 .21
*** ** *** * *** *** *** ***
Co -.41 -.77 .09 -.41 .17 -.31 -.48 .21 -.13 -.23 -.97 .19 -.24 -.33 -1.01 .25 -.24 .17
BFQ-CVE (n = 309)
E/E -.22*** -.21 .07 -.18** .03 -.16** -.16 .15 -.07 -.22*** -.43 .14 -.18** -.09 -.10 .18 -.04 .04
*** ** *** *** **
IE .21 .35 .10 .19 .04 .20 .25 .24 .07 .02 .00 .21 .00 .24 .79 .28 .19 .06
*** ** * *** ***
I/AE -.21 -.31 .09 -.19 .04 -.12 -.37 .21 -.12 -.23 -.68 .19 -.20 -.04 .08 .25 .02 .06
*** *** ** ** ** *** **
Ag -.28 -.40 .08 -.29 .08 -.18 -.20 .18 -.08 -.19 -.55 .16 -.19 -.20 -.55 .20 -.18 .09
*** *** ** * * *** **
Co -.27 -.47 .10 -.25 .06 -.19 -.20 .24 -.06 -.12 -.45 .21 -.12 -.21 -.85 .28 -.20 .07
BFQ-CVP (n = 148)
E/E -.11 -.12 .12 -.09 .01 -.03 -.21 .30 -.07 -.28** -.74 .23 -.26** .08 .46 .35 .14 .09
IE .45*** .75 .13 .42*** .18 .40*** 1.04 .36 .30** .20* .48 .28 .13 .31*** .55 .41 .14 .19
*** *** * **
I/AE -.13 -.23 .16 -.12 .01 -.03 -.73 .39 -.19 -.38 -1.25 .30 -.32 .17 1.21 .45 .28 .17
*** *** *** ** ** ***
Ag -.36 -.52 .10 -.39 .15 -.29 -.78 .27 -.30 -.28 -.76 .21 -.28 -.16 .03 .31 .01 .18
*** *** ** *** ***
Co -.34 -.63 .15 -.34 .11 -.21 -.77 .39 -.21 -.32 -1.17 .30 -.31 -.11 -.04 .45 -.01 .15
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; BFQ-C = Questionário dos Cinco Fatores – Versão
Crianças; E/E = Energia/Extroversão; IE = Instabilidade Emocional; I/AE = Intelecto/Abertura; Ag = Agradabilidade; Co = Conscienciosidade; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de
educação; VP = Versão relato professor; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado;
β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação;.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
228
Tabela 40 Relação entre as escalas do APSD-VE e do BFQ-CV: Correlações e análises de regressão
APSD-VE
Total Nar CU Imp
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BFQ-CVA (n = 309)
E/E -.19** -.25 .09 -.16** .02 -.10 -.13 .24 -.04 -.21*** -.54 .20 -.16** -.11 -.10 .25 -.03 .03
IE .22*** .46 .11 .23*** .05 .18** .23 .30 .05 .10 .00 .25 .00 .25*** 1.09 .31 .24** .07
I/AE -.23*** -.38 .12 -.19** .03 -.08 .19 .31 .04 -.26*** -.95 .26 -.21*** -.15** -.44 .33 -.09 .06
*** *** * *** ** **
Ag -.23 -.47 .11 -.23 .05 -.12 -.02 .30 .00 -.22 -.80 .25 -.18 -.17 -.63 .32 -.13 .07
*** *** * *** ** *** **
Co -.27 -.55 .12 -.26 .07 -.14 .14 .32 .03 -.22 -.79 .27 -.17 -.24 -1.01 .34 -.20 .08
BFQ-CVE (n = 400)
E/E -.31*** -.40 .06 -.32*** .10 -.01 .37 .16 .13* -.46*** -1.20 .13 -.43*** -.20*** -.47 .16 -.16** .22
*** *** *** *** *** *** ***
IE .60 1.14 .08 .59 .35 .48 .77 .20 .17 .22 .19 .17 .04 .65 2.29 .21 .52 .43
*** *** * *** *** *** ***
I/AE -.34 -.63 .08 -.36 .13 -.11 .27 .22 .07 -.42 -1.45 .18 -.38 -.23 -.80 .22 -.20 .21
*** *** *** *** *** *** ***
Ag -.49 -.81 .06 -.54 .29 -.28 -.72 .17 -.21 -.50 -1.52 .14 -.46 -.30 -.30 .17 -.09 .34
*** *** *** *** *** *** ***
Co -.56 -1.17 .08 -.58 .33 -.27 .17 .22 .04 -.44 -1.40 .18 -.32 -.54 -2.25 .22 -.49 .40
BFQ-CVP (n = 130)
E/E -.20* -.22 .15 -.13 .02 -.03 .44 .38 .12 -.27** -.91 .34 -.24** -.07 -.30 .39 -.08 .07
IE .23** .51 .18 .24** .06 .18* .69 .47 .15 .15 .75 .42 .16 .14 .11 .49 .02 .06
** ***
I/AE -.13 -.34 .20 -.15 .02 -.01 .24 .50 .05 -.27 -1.70 .45 -.33 .02 .21 .52 .04 .10
** ** * ** **
Ag -.28 -.46 .14 -.29 .08 -.21 -.63 .35 -.18 -.24 -.83 .31 -.24 -.12 .02 .36 .01 .10
** ** ** **
Co -.29 -.63 .19 -.28 .08 -.16 -.48 .49 -.10 -.30 -1.46 .44 -.29 -.14 -.10 .51 -.02 .11
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; BFQ-C = Questionário dos Cinco Fatores – Versão
Crianças; E/E = Energia/Extroversão; IE = Instabilidade Emocional; I/AE = Intelecto/Abertura; Ag = Agradabilidade; Co = Conscienciosidade; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de
educação; VP = Versão relato professor; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado;
β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação;.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .0
229
Tabela 41 Relação entre as escalas do APSD-VP e do BFQ-CV: Correlações e análises de regressão
APSD-VP
Total Nar CU Imp
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BFQ-CVA (n = 148)
E/E -.23** -.18 .08 -.18* .03 -.13 .32 .24 .15 -.23** -.42 .26 -.16 -.25** -.60 .31 -.22 .06
IE .31*** .36 .11 .27** .07 .31*** .46 .33 .16 .17* .20 .35 .06 .28** .38 .43 .10 .08
I/AE -.24** -.28 .11 -.21* .04 -.12 .60 .34 .20 -.24** -.73 .36 -.19* -.27** -1.02 .44 -.27* .09
*** *** ** * *** ** *** ***
Ag -.40 -.50 .11 -.36 .13 -.21 .72 .32 .23 -.35 -.96 .34 -.25 -.45 -1.68 .42 -.43 .21
*** *** ** *** * *** **
Co -.41 -.48 .11 -.35 .13 -.28 .45 .32 .15 -.33 -.79 .34 -.21 -.43 -1.42 .42 -.37 .18
BFQ-CVE (n = 130)
E/E -.05 -.02 .07 -.02 .00 .06 .47 .23 .25* -.14 -.47 .24 -.22* -.06 -.18 .30 -.08 .05
* *
IE .17 .18 .11 .15 .02 .10 -.47 .34 -.17 .13 .30 .35 .09 .20 .89 .43 .26 .05
** ** **
I/AE -.12 -.09 .10 -.08 .01 .02 .95 .31 .36 -.10 -.11 .32 -.04 -.23 -1.40 .40 -.43 .11
** ** ** * **
Ag -.25 -.23 .09 -.23 .05 -.12 .30 .27 .13 -.27 -.60 .28 -.22 -.27 -.53 .35 -.19 .09
** ** * *** **
Co -.25 -.30 .11 -.24 .06 -.16 .60 .33 .21 -.19 -.30 .34 -.09 -.34 -1.43 .43 -.41 .12
BFQ-CVP (n = 155)
E/E -.11 -.10 .09 -.09 .01 .11 1.08 .25 .45*** -.33*** -1.56 .26 -.52*** -.07 -.28 .32 -.09 .24
IE .78*** 1.08 .07 .79*** .63 .69*** .97 .21 .32*** .51*** .29 .21 .08 .78*** 1.94 .26 .51*** .67
*** *** *** *** *** *** ***
I/AE -.34 -.44 .11 -.30 .09 -.12 1.23 .34 .37 -.39 -1.41 .35 -.35 -.36 -1.67 .43 -.41 .23
*** *** *** ** *** *** *** **
Ag -.79 -.79 .05 -.77 .60 -.62 -.45 .16 -.20 -.72 -1.34 .17 -.48 -.67 -.71 .21 -.25 .63
*** *** *** *** *** *** ***
Co -.73 -1.09 .08 -.74 .54 -.51 .17 .24 .05 -.61 -1.37 .25 -.34 -.73 -2.44 .31 -.59 .62
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; BFQ-C = Questionário dos Cinco Fatores – Versão
Crianças; E/E = Energia/Extroversão; IE = Instabilidade Emocional; I/AE = Intelecto/Abertura; Ag = Agradabilidade; Co = Conscienciosidade; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de
educação; VP = Versão relato professor; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado;
β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação;.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
230
Tabela 42 Relação entre as escalas do ICU-VA e do BFQ-CV: Correlações e análises de regressão
ICU-VA
Total Cal Unc Une
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BFQ-CVA (n = 368)
E/E -.40*** -.32 .04 -.40*** .16 -.26*** .03 .12 .02 -.37*** -.58 .12 -.32*** -.32*** -.49 .11 -.22*** .18
IE .06 .05 .06 .05 .00 .09 .01 .17 .01 .16** .42 .17 .17* -.11* -.49 .16 -.16** .04
I/AE -.32*** -.37 .05 -.34*** .12 -.22*** .19 .16 .08 -.40*** -1.04 .16 -.43*** -.17** -.20 .15 -.07 .16
*** *** *** *** *** ***
Ag -.46 -.52 .05 -.48 .23 -.37 -.11 .15 -.05 -.51 -1.15 .14 -.48 -.23 -.17 .14 -.06 .28
*** *** *** *** *** *
Co -.39 -.49 .05 -.43 .19 -.35 -.14 .16 -.05 -.49 -1.19 .15 -.47 -.12 .08 .15 .03 .25
BFQ-CVE (n = 309)
E/E -.28*** -.19 .04 -.27*** .07 -.21*** -.14 .11 -.09 -.21*** -.19 .11 -.12 -.20*** -.27 .11 -.14* .07
IE .02 .01 .06 .01 .00 .05 -.06 .18 -.03 .02 .16 .19 .06 -.02 -.08 .18 -.03 .00
** *** ** *** ***
I/AE -.19 -.21 .06 -.21 .05 -.18 .00 .16 .00 -.21 -.63 .16 -.28 -.04 .11 .15 .04 .08
*** *** *** ***
Ag -.24 -.20 .05 -.24 .06 -.22 -.21 .13 -.11 -.20 -.25 .14 -.13 -.10 -.10 .13 -.05 .06
*** *** *** *** ***
Co -.25 -.30 .06 -.26 .07 -.20 .06 .18 .02 -.30 -.83 .18 -.33 -.08 -.04 .17 -.01 .10
BFQ-CVP (n = 148)
E/E -.26** -.26 .07 -.30*** .09 -.20* -.12 .18 -.07 -.24** -.39 .19 -.21* -.16 -.29 .21 -.11 .10
IE .20* .23 .09 .22** .05 .15 -.03 .23 -.02 .29*** .67 .25 .28** .04 -.04 .27 -.01 .07
** *** *** ***
I/AE -.27 -.36 .09 -.31 .10 -.15 .09 .24 .04 -.33 -1.03 .26 -.40 -.13 -.03 .28 -.01 .14
*** *** ** *** **
Ag -.29 -.25 .06 -.32 .10 -.22 -.08 .17 -.05 -.34 -.48 .18 -.27 -.15 -.17 .20 -.07 .11
*** *** ** *** ***
Co -.35 -.41 .09 -.36 .13 -.22 .09 .23 .04 -.44 -1.16 .25 -.46 -.14 -.06 .26 -.02 .19
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; BFQ-C = Questionário dos
Cinco Fatores – Versão Crianças; E/E = Energia/Extroversão; IE = Instabilidade Emocional; I/AE = Intelecto/Abertura; Ag = Agradabilidade; Co = Conscienciosidade; VA = Versão autorrelato; VE = Versão
relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente
beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
231
Tabela 43 Relação entre as escalas do ICU-VE e do BFQ-CV: Correlações e análises de regressão
ICU-VE
Total Cal Unc Une
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BFQ-CVA (n = 309)
E/E -.23*** -.20 .04 -.24*** .06 -.15** -.07 .12 -.04 -.22*** -.24 .14 -.13 -.19** -.36 .13 -.17** .07
IE .14* .17 .06 .16** .03 .14* .27 .15 .13 .15** .21 .18 .09 .04 -.08 .16 -.03 .04
I/AE -.22*** -.23 .06 -.22*** .05 -.19** -.13 .15 -.06 -.26*** -.53 .18 -.21** -.07 .01 .17 .00 .06
*** *** *** *** * *
Ag -.27 -.30 .06 -.29 .09 -.23 -.26 .15 -.13 -.25 -.39 .17 -.16 -.14 -.24 .16 -.09 .09
*** *** *** *** ** *
Co -.25 -.32 .06 -.29 .09 -.23 -.15 .16 -.07 -.26 -.64 .18 -.24 -.11 -.16 .17 -.06 .10
BFQ-CVE (n = 400)
E/E -.49*** -.33 .03 -.50*** .25 -.30*** -.09 .07 -.07 -.40*** -.39 .08 -.25*** -.46*** -.69 .08 -.38*** .29
*** *** *** *** *** *** *
IE .36 .38 .05 .37 .13 .39 .48 .12 .24 .35 .49 .14 .20 .11 .01 .14 .00 .15
*** *** *** *** *** **
I/AE -.41 -.40 .04 -.43 .19 -.32 -.14 .10 -.08 -.47 -.92 .12 -.42 -.17 -.11 .12 -.04 .23
*** *** *** *** *** *** *** ***
Ag -.56 -.46 .03 -.58 .34 -.45 -.44 .08 -.27 -.50 -.58 .09 -.31 -.32 -.35 .09 -.16 .34
*** *** *** ** *** *** **
Co -.52 -.58 .05 -.54 .29 -.47 -.30 .11 -.14 -.62 -1.32 .12 -.52 -.16 .00 .12 .00 .37
BFQ-CVP (n = 130)
E/E -.29** -.18 .08 -.20* .04 -.11 .06 .20 .03 -.22* -.30 .23 -.14 -.27** -.46 .22 -.19* .06
IE .21* .26 .10 .23** .05 .22* .30 .24 .13 .19* .37 .28 .14 .06 .02 .27 .01 .06
** ** * ** *
I/AE -.25 -.31 .11 -.25 .06 -.18 -.05 .26 -.02 -.24 -.67 .31 -.23 -.10 -.25 .29 -.08 .07
** *** ** *** *
Ag -.30 -.27 .07 -.31 .10 -.29 -.26 .18 -.15 -.31 -.49 .21 -.24 -.06 .04 .20 .02 .12
*** ** ** *** **
Co -.30 -.36 .10 -.29 .09 -.28 -.15 .25 -.06 -.34 -.96 .29 -.34 -.03 .16 .28 .05 .13
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; BFQ-C = Questionário dos
Cinco Fatores – Versão Crianças; E/E = Energia/Extroversão; IE = Instabilidade Emocional; I/AE = Intelecto/Abertura; Ag = Agradabilidade; Co = Conscienciosidade; VA = Versão autorrelato; VE = Versão
relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente
beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
232
Tabela 44 Relação entre as escalas do ICU-VP e do BFQ-CV: Correlações e análises de regressão
ICU-VP
Total Cal Unc Une
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BFQ-CVA (n = 148)
E/E -.27** -.14 .05 -.23** .05 -.19* .07 .13 .06 -.26** -.34 .17 -.23 -.20* -.35 .17 -.17* .08
IE .11 .10 .07 .12 .01 .14 -.02 .18 -.01 .19* .39 .24 .19 -.05 -.24 .24 -.09 .03
I/AE -.28*** -.23 .07 -.27** .07 -.22** .08 .18 .05 -.33*** -.65 .24 -.32** -.12 -.21 .24 -.07 .09
*** *** *** *** *** *
Ag -.40 -.33 .07 -.37 .14 -.30 .14 .18 .09 -.45 -.99 .24 -.47 -.17 -.25 .24 -.08 .19
*** *** *** *** ***
Co -.41 -.33 .07 -.38 .15 -.35 .08 .17 .05 -.50 -1.04 .23 -.50 -.06 .07 .23 .02 .21
BFQ-CVE (n = 130)
E/E -.13 -.06 .05 -.11 .01 -.05 -.10 .11 -.10 -.01 .23 .15 .18 -.32*** -.58 .15 -.33*** .11
*
IE .10 .11 .07 .14 .02 .18 .24 .17 .17 .12 .06 .23 .03 -.02 -.21 .24 -.08 .04
I/AE -.10 -.05 .06 -.07 .01 -.12 -.06 .17 -.04 -.11 -.11 .23 -.06 -.02 .08 .23 .03 .01
** ** ** * *
Ag -.25 -.15 .05 -.25 .06 -.26 -.28 .14 -.24 -.19 .01 .19 .00 -.15 -.11 .19 -.05 .07
* * ** *
Co -.18 -.13 .07 -.17 .03 -.18 .06 .17 .04 -.27 -.60 .23 -.32 .00 .32 .24 .12 .08
BFQ-CVP (n = 155)
E/E -.30*** -.22 .05 -.32*** .10 -.08 .40 .12 .32** -.26** -.65 .16 -.39*** -.50*** -1.22 .16 -.52*** .37
IE .55*** .49 .06 .57*** .32 .56*** .44 .14 .27** .64*** .97 .19 .46*** .02 -.52 .19 -.17** .44
*** *** *** *** ***
I/AE -.41 -.35 .07 -.37 .14 -.31 .33 .18 .19 -.51 -1.46 .24 -.64 -.10 .09 .23 .03 .26
*** *** *** * *** *** **
Ag -.77 -.50 .03 -.78 .61 -.67 -.20 .08 -.17 -.81 -1.04 .11 -.66 -.27 -.20 .11 -.09 .67
*** *** *** *** *** **
Co -.69 -.66 .05 -.70 .49 -.63 -.19 .12 -.11 -.82 -1.76 .16 -.76 -.07 .46 .15 .14 .68
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; BFQ-C = Questionário dos
Cinco Fatores – Versão Crianças; E/E = Energia/Extroversão; IE = Instabilidade Emocional; I/AE = Intelecto/Abertura; Ag = Agradabilidade; Co = Conscienciosidade; VA = Versão autorrelato; VE = Versão
relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente
beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
233
Tabela 45 Relação entre as escalas do YPI-CV e do BFQ-CV: Correlações e análises de regressão
YPI-CV
Total GM CU II
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BFQ-CVA (n = 368)
E/E -.12* -.02 .01 -.09 .01 -.08 .09 .05 .15 -.18** -.25 .06 -.29*** -.09 .02 .06 .02 .04
IE .42*** .16 .02 .44*** .19 .32*** .04 .05 .05 .26*** -.07 .08 -.06 .50*** .53 .06 .52*** .27
I/AE -.15** -.04 .02 -.11* .01 -.05 .22 .06 .29*** -.18*** -.25 .09 -.22** -.21*** -.23 .07 -.22** .06
*** *** *** *** *** ***
Ag -.29 -.09 .02 -.26 .07 -.22 .04 .06 .05 -.34 -.36 .08 -.32 -.24 -.04 .07 -.04 .09
*** *** *** *** *** ***
Co -.30 -.10 .02 -.27 .07 -.22 .08 .06 .10 -.25 -.16 .09 -.13 -.35 -.31 .07 -.29 .10
BFQ-CVE (n = 309)
E/E -.09 -.01 .01 -.06 .00 -.05 .06 .04 .12 -.14* -.13 .06 -.18* -.07 -.01 .05 -.02 .02
*** *** *** ** *** **
IE .27 .08 .02 .23 .05 .22 .06 .07 .08 .17 -.04 .09 -.04 .27 .22 .08 .21 .06
* ** *
I/AE -.11 -.03 .02 -.09 .01 -.05 .11 .06 .16 -.16 -.19 .08 -.18 -.11 -.09 .07 -.10 .03
** *** * ** * **
Ag -.17 -.06 .02 -.20 .04 -.13 .02 .05 .04 -.18 -.16 .07 -.19 -.17 -.07 .06 -.09 .05
*** *** ** *** *** **
Co -.24 -.08 .02 -.21 .05 -.17 .06 .07 .07 -.21 -.10 .09 -.08 -.26 -.26 .08 -.25 .06
BFQ-CVP (n = 148)
E/E -.05 .00 .02 .01 .00 .05 .23 .08 .37** -.20* -.37 .10 -.41*** -.01 .00 .09 .00 .10
IE .33*** .13 .03 .35*** .13 .23** -.03 .09 -.03 .41*** .34 .12 .29** .31*** .17 .11 .16 .15
** * ***
I/AE -.01 .00 .03 -.01 .00 .09 .32 .11 .39 -.21 -.53 .14 -.42 .00 -.02 .13 -.02 .10
** ** ** * **
Ag -.23 -.07 .02 -.25 .06 -.13 .09 .07 .16 -.27 -.22 .09 -.25 -.25 -.17 .09 -.22 .10
** ** *** ** **
Co -.24 -.10 .03 -.25 .06 -.15 .15 .10 .18 -.34 -.44 .13 -.36 -.22 -.15 .12 -.13 .11
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos em Jovens - Versão Crianças; GM = Grandiosidade-Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; n =
dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 =
coeficiente de determinação; BFQ-C = Questionário dos Cinco Fatores – Versão Crianças; E/E = Energia/Extroversão; IE = Instabilidade Emocional; I/AE = Intelecto/Abertura; Ag = Agradabilidade; Co =
Conscienciosidade; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
234
Tabela 46 Relação entre as escalas do APSD-VA e BIS/BAS-C: Correlações e análises de regressão
APSD-VA
Total Nar CU Imp
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BIS/BAS-CVA (n = 368)
BIS -.01 .00 .04 .00 .00 .19*** .40 .09 .28*** -.27*** -.47 .08 -.30*** .07 -.19 .10 -.11 .12
BAS .12* .20 .08 .12* .02 .27*** .84 .18 .28*** -.25*** -.99 .16 -.29*** .20*** .21 .21 .06 .17
En .16** .13 .04 .18** .03 .28*** .44 .09 .30*** -.15** -.27 .08 -.17** .17** .03 .10 .02 .11
*** *** *** *** * ** *** **
BD .25 .14 .03 .25 .06 .31 .23 .06 .22 -.12 -.17 .06 -.14 .30 .23 .07 .19 .15
* * * *** ***
RR -.13 -.07 .03 -.12 .01 .05 .18 .07 .15 -.35 -.55 .06 -.43 .04 -.05 .08 -.04 .19
BIS/BAS-CVE (n = 309)
BIS -.05 -.04 .03 -.07 .01 .00 -.10 .07 -.10 -.12* -.12 .06 -.11 .04 .11 .08 .09 .02
*
BAS .09 .09 .07 .07 .01 .11 .19 .17 .08 -.07 -.27 .15 -.10 .12 .26 .20 .09 .03
* * *
En .13 .06 .03 .11 .01 .13 .10 .08 .09 -.03 -.05 .07 -.04 .12 .10 .09 .08 .02
** * ** **
BD .15 .06 .03 .12 .01 .17 .10 .07 .10 -.07 -.09 .06 -.09 .17 .14 .08 .12 .04
* *
RR -.08 -.03 .03 -.06 .00 -.04 -.01 .06 -.01 -.12 -.13 .06 -.13 .00 .02 .07 .02 .02
BIS/BAS-CVP (n = 148)
BIS .09 .03 .04 .06 .00 .14 .12 .12 .12 -.01 -.05 .09 -.04 .12 -.02 .14 -.02 .01
BAS .18* .27 .11 .20* .04 .24** .44 .28 .16 -.16 -.50 .22 -.18* .29*** .62 .32 .20 .14
** * * **
En .13 .09 .05 .16 .02 .23 .22 .12 .19 -.21 -.24 .10 -.20 .25 .18 .14 .13 .13
*** *** ** *** **
BD .29 .16 .04 .31 .10 .25 .12 .11 .12 .03 .00 .08 .00 .28 .34 .12 .29 .14
** ** *
RR .03 .01 .04 .03 .00 .14 .10 .11 .10 -.22 -.25 .08 -.24 .17 .10 .13 .09 .09
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema de Ativação
Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças; BIS = Sistema de Inibição Comportamental; BAS = Sistema de Ativação Comportamental; En = Energia; BD = Busca de
divertimento; RR = Resposta à recompensa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação
de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 = Coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001
235
Tabela 47 Relação entre as escalas do APSD-VE e BIS/BAS-C: Correlações e análises de regressão
APSD-VE
Total Nar CU Imp
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BIS/BAS-CVA (n = 309)
BIS -.08 -.07 .05 -.09 .01 .04 .11 .13 .06 -.11 -.22 .11 -.12* -.07 -.12 .13 -.06 .02
BAS .04 .05 .10 .03 .00 .11 .18 .27 .04 -.07 -.41 .22 -.11 .08 .35 .28 .09 .02
En .05 .04 .05 .05 .00 .07 .02 .13 .01 -.01 -.04 .11 -.02 .06 .14 .14 .07 .01
* * ** ** *
BD .14 .09 .04 .15 .02 .18 .10 .09 .07 .00 -.07 .08 -.05 .18 .23 .10 .16 .04
* ** **
RR -.11 -.08 .04 -.12 .01 .02 .06 .10 .04 -.20 -.30 .09 -.21 -.05 -.02 .11 -.01 .04
BIS/BAS-CVE (n = 400)
BIS .01 .01 .03 .01 .00 .12* .12 .08 .09 -.21*** -.37 .06 -.29*** .13* .21 .08 .16** .10
*** *** *** *** * *** *** **
BAS .23 .33 .07 .23 .05 .39 1.09 .18 .34 -.11 -.72 .14 -.24 .28 .48 .18 .15 .20
*** *** *** *** ** ***
En .23 .15 .03 .24 .06 .39 .56 .08 .39 -.04 -.18 .07 -.13 .21 .04 .08 .03 .16
*** *** *** *** * *** ***
BD .41 .23 .02 .43 .18 .46 .37 .07 .30 .04 -.11 .05 -.09 .45 .39 .07 .31 .28
*** ***
RR -.09 -.06 .03 -.11 .01 .11 .16 .07 .13 -.28 -.43 .06 -.37 .03 .05 .07 .04 .14
BIS/BAS-CVP (n = 130)
BIS .00 -.03 .06 -.04 .00 -.02 -.09 .14 -.07 .00 .01 .13 .00 -.01 .01 .15 .01 .00
BAS .08 .10 .14 .06 .00 .16 .67 .36 .19 -.13 -.52 .32 -.14 .09 .05 .38 .01 .05
En .03 -.01 .06 -.02 .00 .12 .24 .16 .16 -.15 -.27 .14 -.17 .06 -.05 .17 -.03 .04
BD .11 .10 .05 .16 .02 .13 .26 .14 .19 -.01 -.04 .12 -.03 .10 .05 .14 .04 .04
RR .04 .02 .05 .03 .00 .10 .17 .14 .12 -.14 -.20 .12 -.15 .08 .05 .14 .04 .03
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema de Ativação
Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças; BIS = Sistema de Inibição Comportamental; BAS = Sistema de Ativação Comportamental; En = Energia; BD = Busca de
divertimento; RR = Resposta à recompensa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação
de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 = Coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
236
Tabela 48 Relação entre as escalas do APSD-VP e BIS/BAS-C: Correlações e análises de regressão
APSD-VP
Total Nar CU Imp
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BIS/BAS-CVA (n = 148)
BIS -.04 -.02 .04 -.03 .00 -.01 .07 .14 .06 .01 .13 .15 .09 -.08 -.27 .18 -.18 .02
BAS .03 .02 .10 .02 .00 .05 .02 .30 .01 .01 .02 .32 .01 .05 .01 .39 .00 .00
En .04 .01 .04 .01 .00 .01 -.16 .14 -.14 .01 .02 .15 .02 .11 .21 .18 .14 .01
BD .13 .04 .03 .10 .01 .12 .05 .11 .05 .09 .05 .11 .04 .12 .03 .14 .03 .01
RR -.09 -.03 .04 -.07 .00 -.03 .13 .12 .13 -.11 -.05 .13 -.04 -.08 -.23 .15 -.18 .02
BIS/BAS-CVE (n = 130)
BIS -.15 -.05 .03 -.14 .02 -.05 .11 .10 .13 -.21* -.20 .11 -.21 -.16 -.11 .13 -.10 .05
BAS .17 .11 .08 .12 .01 .08 -.09 .26 -.04 .11 .06 .27 .03 .17 .39 .33 .15 .02
*
En .18 .05 .04 .12 .02 .10 -.06 .12 -.07 .15 .09 .12 .08 .17 .16 .15 .14 .02
* *
BD .18 .04 .03 .11 .01 .07 -.14 .10 -.17 .15 .08 .10 .08 .21 .22 .13 .22 .04
RR .05 .02 .03 .05 .00 .07 .11 .10 .14 -.02 -.10 .10 -.11 .03 .02 .13 .02 .02
BIS/BAS-CVP (n = 155)
BIS .02 .03 .03 .08 .01 .14 .25 .10 .28* -.06 -.21 .11 -.19* .01 -.03 .13 -.03 .06
BAS .30*** .33 .08 .32*** .10 .43*** 1.28 .24 .56*** .07 -.64 .25 -.23* .26** .00 .30 .00 .24
*** *** ** *
En .11 .07 .04 .15 .02 .29 .61 .11 .61 -.05 -.31 .11 -.25 .04 -.28 .14 -.22 .20
*** *** *** *** *** *** ***
BD .58 .23 .03 .58 .34 .58 .32 .08 .36 .29 -.14 .08 -.13 .59 .46 .10 .42 .42
* ***
RR .06 .03 .03 .08 .01 .19 .35 .10 .41 -.05 -.19 .10 -.18 .01 -.18 .12 -.17 .09
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema de Ativação
Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças; BIS = Sistema de Inibição Comportamental; BAS = Sistema de Ativação Comportamental; En = Energia; BD = Busca de
divertimento; RR = Resposta à recompensa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação
de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 = Coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
237
Tabela 49 Relação entre as escalas do ICU-VA e BIS/BAS-C: Correlações e análises de regressão
ICU-VA
Total Cal Unc Une
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BIS/BAS-CVA (n = 368)
BIS -.30*** -.14 .02 -.31*** .10 -.28*** -.16 .07 -.15* -.23*** -.11 .07 -.11 -.22*** -.16 .07 -.13* .10
BAS -.20*** -.22 .05 -.23*** .05 -.10 .09 .15 .04 -.17 -.31 .14 -.15* -.21*** -.58 .14 -.22*** .08
En -.12* -.05 .02 -.12* .01 -.04 .08 .07 .08 -.08 -.06 .07 -.05 -.18** -.27 .07 -.21*** .05
** ***
BD -.08 -.03 .02 -.09 .01 .01 .06 .05 .08 -.02 -.02 .05 -.02 -.17 -.20 .05 -.21 .04
*** *** *** *** *** *** *
RR -.32 -.13 .02 -.37 .13 -.24 -.04 .05 -.05 -.34 -.24 .05 -.29 -.18 -.12 .05 -.11 .14
BIS/BAS-CVE (n = 309)
BIS -.10 -.03 .02 -.09 .01 -.11* -.10 .05 -.14 -.05 .05 .05 .06 -.06 -.03 .05 -.03 .02
BAS -.04 -.01 .04 -.01 .00 -.04 -.17 .13 -.10 .03 .25 .13 .14 -.07 -.16 .12 -.08 .02
*
En -.03 .00 .02 .01 .00 -.04 -.08 .06 -.10 .03 .12 .06 .15 -.04 -.04 .06 -.04 .01
*
BD .00 .01 .02 .03 .00 .05 .02 .05 .03 .08 .08 .05 .11 -.11 -.11 .05 -.14 .03
*
RR -.11 -.03 .02 -.09 .01 -.11 -.11 .05 -.17 -.09 .05 .05 .08 -.04 -.01 .05 -.01 .02
BIS/BAS-CVP (n = 148)
BIS .05 .02 .03 .07 .00 .05 .01 .07 .01 .08 .06 .08 .09 .01 -.03 .08 -.03 .01
BAS -.10 -.08 .07 -.10 .01 -.01 .06 .18 .03 -.04 -.05 .19 -.03 -.18* -.40 .21 -.17 .03
*
En -.17 -.05 .03 -.15 .02 -.09 .00 .08 .01 -.12 -.08 .08 -.10 -.13 -.11 .09 -.11 .03
*
BD .06 .01 .03 .03 .00 .09 .03 .07 .05 .11 .08 .07 .12 -.12 -.17 .08 -.18 .04
*
RR -.09 -.04 .02 -.12 .01 -.02 .02 .07 .04 -.05 -.05 .07 -.08 -.18 -.13 .08 -.14 .03
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema
de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças; BIS = Sistema de Inibição Comportamental; BAS = Sistema de Ativação Comportamental; En = Energia; BD = Busca
de divertimento; RR = Resposta à recompensa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação
de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 = Coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
238
Tabela 50 Relação entre as escalas do ICU-VE e BIS/BAS-C: Correlações e análises de regressão
ICU-VE
Total Cal Unc Une
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BIS/BAS-CVA (n = 309)
BIS -.12* -.04 .02 -.10 .01 -.03 .10 .06 .12 -.12* -.14 .07 -.14 -.14* -.15 .07 -.13* .03
BAS -.02 .00 .05 .00 .00 .00 .14 .13 .08 -.03 -.14 .16 -.07 -.03 -.05 .14 -.02 .00
En .04 .02 .02 .04 .00 .04 .06 .06 .07 .01 -.03 .08 -.03 .03 .03 .07 .02 .00
BD .06 .03 .02 .09 .01 .08 .05 .05 .07 .08 .05 .06 .06 .00 -.03 .05 -.03 .01
** * ** **
RR -.16 -.05 .02 -.14 .02 -.11 .04 .05 .06 -.18 -.16 .06 -.19 -.09 -.05 .06 -.05 .03
BIS/BAS-CVE (n = 400)
BIS -.12* -.04 .02 -.13* .02 -.06 .04 .04 .07 -.15** -.15 .04 -.21** -.07 -.03 .04 -.03 .03
**
BAS .02 .02 .04 .02 .00 .08 .24 .09 .16 -.01 -.18 .11 -.10 -.03 -.11 .11 -.05 .02
* **
En .07 .03 .02 .08 .01 .12 .14 .04 .21 .00 -.09 .05 -.12 .02 .00 .05 .00 .03
*** *** *** *** **
BD .18 .05 .01 .18 .03 .25 .14 .04 .23 .17 .04 .04 .06 -.01 -.08 .04 -.10 .07
*** *** ** *** ** *
RR -.19 -.06 .01 -.23 .05 -.15 -.03 .03 -.06 -.20 -.13 .04 -.19 -.10 -.03 .04 -.04 .06
BIS/BAS-CVP (n = 130)
BIS -.15 -.04 .03 -.13 .02 -.12 .01 .07 .02 -.14 -.08 .09 -.10 -.11 -.09 .08 -.11 .02
BAS -.08 -.05 .08 -.05 .00 .07 .14 .18 .08 .02 .11 .22 .05 -.26** -.62 .21 -.27** .07
* *
En -.14 -.04 .03 -.11 .01 -.04 .01 .08 .02 -.05 -.01 .10 -.01 -.22 -.20 .09 -.20 .04
* * *
BD .11 .05 .03 .14 .02 .21 .09 .07 .13 .19 .13 .08 .17 -.15 -.16 .08 -.18 .08
** **
RR -.15 -.05 .03 -.15 .02 -.02 .04 .07 .06 -.06 -.02 .08 -.03 -.25 -.26 .08 -.29 .08
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema
de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças; BIS = Sistema de Inibição Comportamental; BAS = Sistema de Ativação Comportamental; En = Energia; BD = Busca
de divertimento; RR = Resposta à recompensa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação
de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 = Coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
239
Tabela 51 Relação entre as escalas do ICU-VP e BIS/BAS-C: Correlações e análises de regressão
ICU-VP
Total Cal Unc Une
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BIS/BAS-CVA (n = 148)
BIS -.08 -.02 .03 -.07 .00 .00 .08 .07 .14 -.09 -.13 .10 -.16 -.10 -.12 .10 -.10 .03
BAS -.04 -.02 .06 -.03 .00 .03 .17 .16 .13 -.07 -.30 .21 -.17 .00 .01 .21 .00 .01
En .00 .00 .03 .01 .00 .05 .05 .07 .09 -.01 -.06 .10 -.07 -.01 -.01 .10 -.01 .00
BD .07 .01 .02 .05 .00 .10 .05 .06 .11 .06 -.04 .08 -.06 .01 .00 .08 .00 .01
* ** *
RR -.16 -.04 .02 -.14 .02 -.09 .06 .06 .11 -.21 -.20 .08 -.29 -.03 .02 .08 .02 .05
BIS/BAS-CVE (n = 130)
BIS -.15 -.03 .02 -.14 .02 -.14 -.06 .05 -.13 -.12 .00 .07 .01 -.07 -.03 .07 -.04 .02
** **
BAS .14 .08 .05 .14 .02 .10 -.12 .13 -.11 .23 .47 .17 .34 -.01 -.20 .17 -.10 .07
*
En .15 .03 .02 .13 .02 .11 -.02 .06 -.05 .20 .16 .08 .25 .01 -.07 .08 -.08 .04
** * *
BD .15 .03 .02 .13 .02 .16 -.01 .05 -.03 .24 .16 .07 .29 -.06 -.13 .07 -.18 .08
*
RR .07 .02 .02 .08 .01 .01 -.09 .05 -.21 .14 .16 .07 .31 .03 .01 .07 .01 .05
BIS/BAS-CVP (n = 155)
BIS -.06 .00 .02 -.02 .00 -.08 .04 .06 .09 -.09 -.10 .08 -.16 .05 .06 .07 .07 .01
BAS .09 .07 .05 .10 .01 .24** .61 .13 .51*** .08 -.38 .17 -.24* -.23** -.67 .17 -.30*** .20
** * * *
En -.05 -.01 .02 -.04 .00 .06 .16 .06 .31 -.07 -.17 .08 -.24 -.20 -.20 .08 -.21 .08
*** *** *** *** *** ** ***
BD .37 .10 .02 .38 .14 .53 .27 .04 .57 .40 .03 .06 .05 -.23 -.33 .06 -.37 .41
** ** *
RR -.09 -.02 .02 -.07 .01 .04 .18 .05 .40 -.13 -.24 .07 -.40 -.15 -.13 .07 -.16 .12
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Insensibilidade Emocional; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema
de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças; BIS = Sistema de Inibição Comportamental; BAS = Sistema de Ativação Comportamental; En = Energia; BD = Busca
de divertimento; RR = Resposta à recompensa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação
de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 = Coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
240
Tabela 52 Relação entre as escalas do YPI-CV e BIS/BAS-C: Correlações e análises de regressão
YPI-CV
Total GM CU II
r B EP β R 2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
BIS/BAS-CVA (n = 368)
BIS .14** .02 .01 .13* .02 .11* .01 .03 .02 .08 -.02 .04 -.05 .16** .07 .03 .18* .03
BAS .35*** .11 .02 .36*** .13 .31*** .10 .05 .14 .21*** -.08 .07 -.08 .36*** .31 .06 .35*** .16
En .31*** .05 .01 .33*** .11 .26*** .02 .03 .07 .20*** -.01 .03 -.02 .34*** .14 .03 .32*** .13
*** *** *** * *** *** ***
BD .44 .05 .01 .44 .20 .39 .04 .02 .17 .29 -.02 .02 -.05 .45 .12 .02 .39 .23
* * * *
RR .11 .01 .01 .12 .01 .12 .03 .02 .12 .03 -.06 .03 -.14 .10 .05 .02 .15 .03
BIS/BAS-CVE (n = 309)
BIS .06 .00 .01 .02 .00 .09 .03 .02 .12 -.02 -.05 .03 -.13 .04 .01 .02 .03 .01
* * ** **
BAS .14 .04 .01 .14 .02 .15 .07 .05 .13 .04 -.09 .07 -.12 .15 .10 .06 .14 .03
* * * *
En .13 .02 .01 .14 .02 .14 .03 .02 .12 .05 -.02 .03 -.04 .13 .03 .03 .08 .02
*** *** *** *** **
BD .24 .02 .01 .21 .04 .23 .02 .02 .11 .11 -.04 .03 -.12 .26 .07 .02 .25 .07
RR -.02 .00 .01 -.02 .00 .03 .02 .02 .09 -.07 -.04 .02 -.13 -.03 .00 .02 .01 .01
BIS/BAS-CVP (n = 148)
BIS .11 .01 .01 .11 .01 .03 -.04 .03 -.18 .14 .07 .04 .20 .12 .04 .04 .14 .04
BAS .23** .07 .02 .25** .06 .24** .13 .07 .21 .12 -.14 .10 -.15 .25** .17 .09 .21 .10
* * ** ** *
En .17 .02 .01 .20 .04 .24 .10 .03 .40 .02 -.09 .04 -.23 .15 .01 .04 .02 .10
** *** * ** *** **
BD .28 .03 .01 .30 .09 .21 .00 .03 .01 .22 .00 .04 .01 .31 .10 .03 .33 .12
*
RR .14 .01 .01 .13 .02 .12 .02 .03 .08 .05 -.05 .04 -.15 .18 .06 .03 .21 .05
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos em Jovens - Versão Crianças; GM = Grandiosidade-Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; n =
dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = Coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do Coeficiente beta não padronizado; β = Coeficiente beta padronizado; R2 =
Coeficiente de determinação; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças; BIS = Sistema de Inibição Comportamental; BAS =
Sistema de Ativação Comportamental; En = Energia; BD = Busca de divertimento; RR = Resposta à recompensa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato
professores. * p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
241
6. Discussão
242
aproximadamente 31, 52 e 74 dias, respetivamente (, que foi inferior na versão de relato
pelos professores relativamente ás outras versões de relato). Ao nível da consistência
interna avaliada pelo ω, as versões de relato pelos encarregados de educação e dos
professores apresentaram uma consistência interna razoável e excelentes, enquanto a
consistência da versão de autorrelato foi fraca. Apenas a versão de relato pelos
professores apresentou valores adequados de MIC e de MCITC.
243
encarregados de educação da subescala Narcisismo associaram-se positivamente com as
pontuações totais da versão de relato pelos encarregados de educação (apenas ao nível
das correlações) e da versão de autorrelato da EB-CV; e, os relatos dos professores da
subescala Narcisismo associaram-se positivamente com as pontuações totais da versão de
relato pelos professores e da versão de autorrelato da EB-CV. Contudo, os autorrelatos
de Narcisismo não se associaram a nenhuma versão da EB-CV, bem como as versões de
relato pelos encarregados de educação e de professores das medidas não foram
convergentes. Nos estudos anteriores não se tinham evidenciado relações entre as
dimensões interpessoais da TriPM e do APSD (Drislane et al., 2014a; Sellbom & Phillips,
2013), com exceção do estudo longitudinal com um follow-up de aproximadamente 4
anos realizado por Kyranides, Fanti, Sikki e Patrick (2016) numa amostra escolar de
adolescentes, no qual o Narcisismo do APSD associou-se positivamente à Boldness, mas
não a previa no modelo de regressão que inclui as outras escalas da TriPM.
244
Phillips, 2013), com exceção da associação positiva entre esta e as subescalas
Insensibilidade Emocional e Procura de Excitação do YPI (Drislane et al., 2014a). A
intrepidez é uma das caraterísticas da boldness, que corresponde à motivação elevada em
experimentar atividades perigosas, de risco e radicais apenas pelo divertimento e pela
adrenalina. Sendo assim, esta sobrepõe-se concetualmente à subescala Procura de
Excitação do YPI-CV designadamente com os seus itens indicativos de procura de
emoções fortes (“1. Gosto de entrar em situações que me dão excitação ou emoção.”, “22.
Gosto de fazer coisas apenas porque são fixes ou excitantes/emocionantes.”, “42. Gosto
de fazer coisas perigosas e excitantes ou emocionantes, mesmo que sejam proibidas.”),
mas não se sobrepõe com os seus itens indicativos de propensão para o tédio (“4.
Aborreço-me rapidamente quando tudo continua na mesma.” “29. Aborreço-me
rapidamente se fizer sempre a mesma coisa.”). Apesar de a subescala Insensibilidade
Emocional (Une) pertencer à dimensão de Frieza-Insensibilidade Emocional da
psicopatia, esta apresenta três itens (“2. Normalmente sinto-me calmo(a) quando outras
pessoas estão assustadas.”, “25. Os(As) fracos(as) é que se sentem nervosos(as) ou
preocupados(as).” e “36. O que assusta os outros normalmente não me assusta.”) cujo
conteúdo está relacionado com a descrição de boldness de ansiedade baixa e de tolerância
ao desconhecido e perigo, sendo a capacidade de se manter calmo e concentrado e
recuperar rapidamente de situações de tensão avaliado pelas subescalas Resiliência e
Coragem. No estudo realizado por Drislane, e colegas (2015) numa amostra universitária
os itens 2 e 36 da subescala Insensibilidade Emocional e os itens 1 e 22 da subescala
Procura da Excitação foram selecionados do YPI-CV para compor a subescala boldness
das escalas triárquicas. Além disso, no estudo realizado por Sellbom e Phillips (2013) a
boldness avaliada pela TriPM associou-se positivamente com a escala de procura de
sensações fortes e, especificamente, com a sua subescala procura de adrenalina e
aventura, da Emotionality-Activity-Sociability-Impulsivity Scale (Buss & Plomin, 1984)
numa amostra forense de indivíduos do género feminino, bem como noutros estudos a
boldness avaliada pela TriPM (Drislane et al., 2014a) e pela escala YPI-Tri (Drislane et
al., 2015) associou-se negativamente á faceta Evitação de Perigo (o sujeito evita
adrenalina e perigo e prefere atividades seguras, mesmo que sejam aborrecidas) da
dimensão Controlo do Modelo da Personalidade de Tellegen (Tellegen, 1982).
245
seria o único que iria associar-se à boldness. De forma consistente a escala total da versão
de autorrelato da EB-CV associou-se positivamente à pontuação total do YPI-CV,
replicando os resultados de estudos realizados com a TriPM e o YPI-CV numa amostra
universitária de jovens adultos nos Estados Unidos (Drislane et al., 2014a) e numa
amostra escolar de adolescentes em Itália (Somma et al., 2016b). Contudo, não houve
associações positivas estatisticamente significativas com as outras versões de relato da
EB-CV. As pontuações totais das várias versões de relato da EB-CV de modo geral não
se associaram às pontuações totais das várias versões de relato do APSD e do ICU.
Contudo, houve uma relação negativa entre as versões de relato pelos encarregados de
educação da EB-CV e do ICU e entre a EB-CVP e o ICU-VA. Sendo assim, estes
resultados foram semelhantes aos estudos anteriores no qual a boldness não se associou
com as pontuações totais do ICU e do APSD (Drislane et al., 2014a; Kyranides et al.,
2016; Sellbom & Phillips, 2013). Estes resultados também apoiam a teoria e a evidência
de que os instrumentos de avaliação de traços psicopáticos na infância avaliam de forma
limitada (YPI-CV) ou nula (APSD e ICU) a boldness. O APSD e o ICU foram construídos
para emular o conteúdo da PCL-R e tal como este abrangem primariamente os construtos
da psicopatia relacionados com a desinibição/impulsividade e frieza/insensibilidade
(Patrick et al., 2009; Patrick, 2010a/b; Patrick & Drislane, 2014).
246
Neuroticismo (-) em amostras de adultos de ambos os géneros derivados da população
geral em Itália (Sica et al., 2015), população universitária em Espanha (Poy et al., 2014)
e da população forense nos Estados Unidos (Stanley et al., 2013), numa amostra escolar
de adolescentes de ambos os géneros (Somma et al., 2016b). Também replicaram os
resultados de investigações da relação entre o PPI-FD e as dimensões da personalidade
do modelo FFM em adultos PPI FD (Derefinko & Lynam, 2006; Gauhghan et al., 2009;
Miller & Lynam, 2012; Ross et al., 2009). Contudo, não foi encontrada a relação negativa
entre a boldness e a dimensão da personalidade Agradabilidade, que de modo geral foi
negligente e não estatisticamente significativa. Contrariamente ao esperado, houve uma
relação positiva entre a boldness e a Agradabilidade entre a EB-CVP e BFQ-CVA (apenas
a nível de correlações), entre as versões de relato pelos encarregados de educação e entre
a EB-CVE e a BFQ-CVA. Estes resultados são contrários a evidência empírica anterior
da associação negativa entre a escala Boldness avaliada pela TriPM e a Agradabilidade
ao nível da análise de regressões múltiplas que mostram a associação única desta faceta
da TriPM com a Agradabilidade controlando as outras facetas (Poy et al., 2014; Sica et
al., 2015; Somma et al., 2016b; Stanley et al., 2013), independentemente do género (Poy
et al., 2014; Somma et al., 2016b) e apenas no género masculino (Sica et al., 2015). Ao
nível correlacional, destes estudos apenas houve uma correlação negativa estatisticamente
significativa na amostra total do estudo realizado por Sica e colegas (2015). O estudo
realizado por Somma e colegas (2016b) não apresentou os resultados das correlações
entre a TriPM e os fatores do FFM. Os resultados deste estudo replicaram os resultados
da metanálisa conduzida por Miller e Lynam (2012) e apenas ao nível correlacional dos
estudos realizados por Poy e colegas (2014) e por Stanley e colegas (2013), bem como
pelo estudo realizado por Drislane, Patrick e Arsal (2014) numa amostra universitária de
adultos de ambos os géneros nos Estados Unidos no qual inverteu os itens da escala
Agradabilidade para indicar superior Antagonismo, cuja associação positiva com a escala
boldness da TriPM não foi estatisticamente significativa quer a nível correlacionar quer
ao nível regressional. A ausência da relação negativa entre a Boldness e a Agradabilidade
poderá conduzir ao reforço da posição de alguns autores (cf. Marcus, Fulton, & Edens,
2013; Lynam & Miller, 2012; Miller & Lynam, 2012) no debate atual do papel das
denominadas “caraterísticas de ajustamento positivo” do domínio interpessoal da
psicopatia, que questionam a relevância destas características na concetualização e
operacionalização da psicopatia tendo em consideração a sua associação (neste caso do
PPI-FD) apenas com índices do funcionamento adaptativo e a ausência de relação com
247
indicadores mal-adaptativos da psicopatia. Também houve uma relação positiva
inesperada entre a boldness e a Conscienciosidade entre as versões de relato pelos
encarregados de educação e entre a BFQ-CVA e as várias versões de relato da EB-CV.
Este resultado inesperado replica evidência anterior em adultos da relação entre a escala
boldness da TriPM e o fator Conscienciosidade do FFM apenas estatisticamente
significativo ao nível correlacional (Sica et al., 2015) e ao nível regressional (Stanley et
al., 2013). Além disso, de modo geral o ICU e os traços do domínio comportamental e
afetivo do APSD e do YPI-CV associaram-se divergentemente da boldness à
Conscienciosidade. Os padrões de associação divergentes da boldnness e dos outros
traços psicopáticos neste estudo parecem apoiar o papel das caraterísticas mais
adaptativas da psicopatia na definição de importantes subtipos de psicopatas,
designadamente na distinção da psicopatia de sucesso e de insucesso (cf., Lilienfield et
al., 2012; Lynam & Miller, 2012), tendo em consideração que níveis superiores nos traços
de Conscienciosidade primariamente distinguem psicopatas de sucesso de criminais (cf.
Mullins-Sweatt, Glover, Derefinko, Miller, & Widiger, 2010). Além disso, os resultados
apoiaram uma divergência boa entre os traços psicopáticos relativamente ao FFM, de
acordo com os resultados os traços psicopáticos do domínio comportamental do APSD –
os traços de impulsividade - e do YPI-CV – a(s) dimensão(ões) Impulsividade-
Irresponsabilidade -, diferentemente da boldness, correlacionaram-se positivamente à
dimensão da personalidade Instabilidade Emocional (entre todas as versões de relato, com
exceção da relação entre o APSD-CVE e o BFQ-CVP). Mesmo após o controlo de traços
psicopáticos do domínio interpessoal e afetivo houve uma associação positiva entre estes
(com exceção da associação positiva e não estatisticamente significativa entre o APSD-
VP e o BFQ-CVA, o APSD-VA e o BFQ-CVP, o YPI-CV e o BFQ-CVP).
248
inferiores de ansiedade, de medo, de culpa e de vergonha. O presente estudo replicou os
resultados de estudos anteriores da relação positiva entre os traços psicopáticos do
domínio interpessoal de ajustamento positivo e as facetas de personalidade que avaliam
uma disposição para experienciar emoções positivas, designadamente a faceta Emoções
Positivas da dimensão da Extroversão do FFM (Benning et al., 2003; Poy et al., 2014) e
a faceta Bem-Estar da dimensão Emocionalidade Positiva do Modelo de Personalidade
de Tellegen (Benning et al., 2003; Drislane et al., 2014a, 2015). Os resultados também
apoiaram a hipótese colocada de padrões divergentes de associação da boldness e de
traços psicopáticos do domínio comportamental com a Emocionalidade Negativa.
Contrariamente à boldness, a dimensão Impulsividade do APSD e a dimensão
Impulsividade-Irresponsabilidade do YPI-CV, correlacionaram-se de modo geral
positivamente à Emocionalidade Negativa (entre todas as versões de relato, com exceção
da associação positiva e não estatisticamente significativa entre a PANAS-CVE e o
APSD-VP e da PANAS-CVP com o APSD-VA e o APSD-VE). Mesmo após o controlo
de traços psicopáticos do domínio interpessoal e afetivo houve uma associação positiva
entre estes (, com exceção da associação positiva e não estatisticamente significativa entre
a PANAS-CVA e as outras versões de relato do APSD e entre o YPI-CV e a PANAS-
CV). Estes resultados replicaram a evidência das associações divergentes de traços
psicopáticos do domínio interpessoal de ajustamento positivo e de traços psicopáticos de
impulsividade com: medidas da emocionalidade negativa (Hicks & Patrick, 2006); a
faceta Reação ao Stress da dimensão Emocionalidade Negativa do Modelo de
Personalidade de Tellegen, que avalia uma disposição para experienciar emoções
negativas como a ansiedade, o stress e a preocupação (Drislane et al., 2014a, 2015);
problemas e sintomas de psicopatologias de internalização associadas à emocionalidade
negativa, que incluem a experiência de ansiedade, de irritabilidade, de preocupação, de
desespero e de depressão, (Drislane et al., 2014b; Sica et al., 2015; Venables et al., 2015);
e, a angústia pessoal – a dimensão afetiva da empatia, que avalia a tendência a
experienciar sentimentos de ansiedade, de apreensão e de desconforto em contextos
interpessoais tensos (Almeida et al., 2015).
249
medida em que a escala total da EB-CV associou-se negativamente apenas com as
respetivas versões de relato da escala BIS das BIS/BAS-CV, que representa um sistema
de motivação psicobiológico que está subjacente aos défices no sistema de medo.
Também replicaram evidência proveniente de amostras de adultos da relação do PPI-FD
com as escalas BIS/BAS (ver metanálise de Miller e Lynam, 2012). Contudo, esta
associação negativa foi estatisticamente não significativa entre versões de relato distintas.
Além disso, uma parte dos resultados evidenciaram uma convergência boa entre a
boldness e os traços CU - avaliados pelo ICU e pela subescala CU do APSD -
relativamente ao BIS (apenas entre as versões de autorrelato e entre as versões de relato
pelos encarregados de educação). Tal como postulado por Patrick e colegas (2009) o
temperamento de défices no medo corresponde à origem etiológica das componentes
boldness e meanness. Sendo assim, os presentes resultados também têm implicações
teóricas relativamente à etiologia das componentes da psicopatia. As relações positivas
de modo geral inesperadas entre a boldness e as (sub)escala(s) BAS também encontradas
no estudo supracitado podem ser explicadas pela forte correlação entre a boldness e a
emocionalidade positiva, que está ligada aos sistemas de abordagem psicobiológicos.
Uma parte dos resultados também evidenciou uma convergência boa ao nível
correlacional entre a boldness e os traços psicopáticos do domínio comportamental do
APSD – os traços de impulsividade (, designadamente a associação positiva entre o
APSD-VA e todas as versões de relato das BIS/BAS e entre as versões de relato pelos
encarregados de educação) - e do YPI-CV – a dimensão Impulsividade-
Irresponsabilidade (entre todas as versões de relato) – relativamente à escala BAS.
Contudo, quando controladas as outras dimensões de traços psicopáticos apenas se
mantiveram estatisticamente significativas as associações positivas entre o APSD-VE e
as BIS/BAS-CVE e entre o YPI-CV e as BIS/BAS-CVA.
250
vulnerabilidade para a externalização, que não está relacionada com o processo etiológico
de défices no sistema de medo. Além disso, os resultados do presente estudo destacam a
importância de avaliar as dimensões distintas da psicopatia.
251
(apenas a subescalas Imp) do YPI-CV. Relativamente às outras versões de relato apenas
existiram as seguintes associações inesperadas: a versão de autorrelato da EB-CVR
associou-se negativamente à dimensão CU do APSD-VA, à subdimensão Unc do ICU-
VE e subdimensão Une do ICU-VA; a versão de autorrelato da EB-CVR associou-se
positivamente com a a dimensão CU e as subdimensões Une e TS do YPI-CV; a versão
de relato pelos professores da EB-CVR associou-se negativamente à subdminesão Unc
do ICU-VA, à subdimensão CU do YPI-CV e à dimensão IMP do APSD-VP (apenas ao
nível de regressões), à pontuação total do ICU-VA e à subdimensão Cal do YPI-CV.
252
6.2. Vantagens e limitações do presente estudo e direções futuras da investigação
253
concerne com a aleatorização da ordem de administração dos questionários. Assim,
diminuiu a possibilidade de a fatiga influenciar o preenchimento dos questionários que
estivessem distribuídos em último no protocolo. A desajabilidade social não foi
controlada no presente estudo. Um follow-up desta amostra para avaliar os resultados a
longo prazo é claramente necessário. A EB-CV foi validade numa amostra escolar
portuguesa de crianças com idades compreendidas entre os 9 e 12 anos. Ser um estudo
realizado numa população escolar possibilita o estudo do desenvolvimento normal destes
traços, bem como permite a avaliação destes traços precocemente em crianças. É
necessário a investigação futura analisar as caraterísticas psicométricas da EB-CV em
amostras clínicas, de risco elevado e noutros países e contextos culturais, bem como
adaptar o instrumento a outras faixas etárias na infância e na adolescência. Uma parte da
população alvo deste estudo não participou. É possível que estas crianças difiram da
presente amostra nas variáveis alvo de estudo, ou que se encontrariam resultados
diferentes se estas estivessem presentes. Também há a possibilidade de as crianças com
valores elevados de traços psicopáticos estejam sobrepresentadas nos não participantes.
É também provável que a sua inclusão no estudo o fortalecesse em vez de enfraquecer os
resultados. Todos os dados provêm da aplicação da forma longa da EB-CV. Tornasse,
assim, importante que os estudos futuros apliquem ambas as versões para conhecer a
verdadeira sobreposição entre ambas e a relação com as variáveis de interesse. Uma
versão reduzida da EB-CV poderá ser útil em investigações futuras com amostras de
grandes dimensões e multivariadas ou com recursos financeiros limitados.
7. Conclusão
254
estes traços manifestam-se e relacionam-se de forma semelhante na infância e na idade
adulta. O que corrobora a evidência crescente decorrente de estudos que avaliaram outros
traços psicopáticos na infância e na adolescência que espelharam os resultados da
avaliação destes na idade adulta (e.g., Andershed et al., 2002). Além disso, o presente
estudo apoiou o modelo dual dos processos etiológicos subjacente às componentes
triárquicas da psicopatia (Patrick et al., 2009) e replicou a evidência da psicopatia como
um conceito de natureza dimensional ao invés de uma entidade taxonomicamente
delimitada (Edens, Marcus, Lilienfeld, & Poythress, 2006; Hare, 2003). Assim,
destacando a necesidade de serem avaliadas as distintas dimensões desta na investigação
da psicopatia, incluindo os seus traços interpessoais de ajustamento positivo. Os
resultados foram consistentes com a hipótese de que a representação da boldness nos
instrumentos que avaliam os traços psicopáticos em crianças é nula (o APSD e o ICU) ou
limitada (o YPI-CV). O desenvolvimento de um instrumento de avaliação da boldness
como a EB-CV ultrapassa esta lacuna na operacionalização deste tipo de traços
psicopáticos na infância. O desenvolvimento de medidas de boldness na infância é crucial
tendo em consideração debates atuais relativamente à importância da boldness na
concetualização da psicopatia (Lilienfeld et al., 2012; Marcus et al., 2013; Miller &
Lynam, 2012; Patrick & Drislane, 2014) e o papel desta na distinção da psicopatia do
diagnóstico de personalidade antissocial (Venables, Hall, & Patrick, 2014) e de
psicopatologias de externalização (Krueger, 1999; Patrick et al., 2013), que estão
associadas frequentemente à emocionalidade negativa e a psicopatologias de
internalização comórbidas (Krueger, 1999; Patrick, Kramer, Krueger, & Markon, 2013).
Este estudo apoiou a associação destas caraterísticas a índices do funcionamento
adaptativo, que é consistente com a definição de Cleckley (1950) da psicopatia como a
presença de uma desviância comportamental mascarada com a aparência de saúde mental
robusta. A avaliação dos traços de ajustamento positivo da psicopatia na infância irá
permitir adquirir conhecimento sobre as manifestações precoces e a etiologia destes
traços, bem como testar teorias sobre os processos etiológicos distintos subjacentes ao
desenvolvimento destes e dos outros traços psicopáticos (e.g, Patrick et al., 2009),
designadamente a interação entre fatores genéticos e ambientais neste, estudar as
manifestações criminais e não criminais da psicopatia, as distinções entre a psicopatia
primária e secundária (Karpman, 1941; Kimonis, Frick, Cauffman, Goldweber, & Skeem,
2012; Lee & Salekin, 2010; Lykken, 1957, 1995; Skeem, Johansson, Andershed, Kerr, &
Louden, 2007) e de sucesso e de insucesso (Hall & Benning, 2006), a investigação
255
desenvolvimental do papel dos défices do medo na formação da consciência na infância
(Kochanska, 1997) e, por fim, estudar o papel destes traços psicopáticos isoladamente e
em interação com os traços de outros domínios da psicopatia no comportamento
antissocial. Na investigação que aborda este tipo de questões a EB-CV poderá
desempenhar um papel fundamental como medida de traços psicopáticos de ajustamento
positivo em crianças. Esta investigação será uma etapa necessária ao desenvolvimento de
intervenções eficientes.
256
Capítulo III – Associação entre os traços psicopáticos e o comportamento
antissocial e agressivo na infância
1. Objetivos
Este estudo teve como objetivo analisar a relação entre os traços psicopáticos e o
comportamento antissocial e agressivo na infância.
2. Hipóteses
3. Metodologia
3.1. Amostra
257
3.2. Instrumentos de avaliação
3.2.1.1. QCA
13
O SRO avalia o envolvimento na adoção de comportamentos antissociais e as consequências legais deste através de
entrevistas realizadas pessoalmente ou por telefone dos pais/guardões e das crianças/adolescentes. Este foi adaptado a
partir do Self-Report of Delinquency Questionnaire (Huizinga, Esbenson, & Weihar, 1991) e do Self-Report of
Antisocial Behavior Questionnaire (Loeber, Stouthamer-Loeber, Van Kammen, & Farrington, 1989) de modo a incluir
as idades a partir dos sete anos até à idade adulta, no âmbito do Project on Human Development in Chicago
Neighborhoods (PHDCN).
258
questionados se já o praticaram alguma vez (se o educando ou aluno já o praticou alguma
vez; 1ª questão). No caso de o terem praticado é solicitado aos alunos (aos encarregados
de educação ou aos professores) para indicarem a idade que tinham quando o praticaram
pela primeira vez (2ª questão), se o praticaram este ano (3ª questão), e quantas vezes o
fizeram este ano (4ª questão). Além destas questões, relativamente à agressão física (item
22) é pedido para indicarem quem agrediram (pai, mãe, irmão, professor(a), colega ou
amigo ou indicar outra pessoa). Nos maus tratos a animais (item 34) é pedido para
indicarem que tipo de animal maltrataram ou feriram, de forma a excluir respostas que
incluam animais como insetos ou aranhas. No furto (item 37) é solicitado para indicarem
o lugar onde furtaram (casa, carro, escola ou indicar outro lugar). Os itens da versão de
autorrelato do QCA(-VA) encontram-se descritos no Anexo 11. O conteúdo dos itens das
suas versões de relato pelos professores (QCA-VP) e de relato pelos encarregados de
educação (QCA-VE) é igual ao da sua versão de autorrelato, mas formulado na terceira
pessoa. O questionário é composto por quatro escalas:
a) Escala de Comportamento Antissocial ao Longo da Vida, que mede o número de
comportamentos antissociais praticados pelas crianças ao longo da vida. As
pontuações (0 = Não praticou o ato delinquente; 1 = Praticou o ato delinquente)
da primeira questão dos itens foram somadas para obter a pontuação total desta
escala;
b) Idade de Início do Comportamento Antissocial, que avalia a idade menor relatada
da prática de qualquer comportamento antissocial. Esta escala é obtida pela
inclusão da idade menor relatada à segunda questão14 aos itens, no caso de terem
praticado algum dos comportamentos;
c) Escala de Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses, que mede o número
de comportamentos antissociais praticados pelas crianças nos últimos 12 meses.
As pontuações (0 = Não praticou o ato delinquente; 1 = Praticou o ato delinquente)
da terceira questão15 dos itens foram somadas para obter a pontuação total desta
escala;
d) Escala de Frequência de Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses, que
avalia a frequência com que as crianças praticaram os vários comportamentos
14
Relativamente aos itens 22, 34 e 37 a idade é avaliada na terceira questão.
15
Relativamente aos itens 22, 34 e 37 o número de comportamentos antissociais praticados nos últimos 12
meses é avaliado na quarta questão.
259
antissociais nos últimos 12 meses. A pontuação desta escala foi obtida pela soma
das respostas dadas à quarta questão16 dos itens.
Os índices de consistência interna das escalas das versões de relato do QCA são
apresentados na Tabela 83 (ver Anexo 13). A consistência interna das escalas do QCA-
VA avaliada pelo índice α foi: boa para as escalas de Comportamento Antissocial ao
Longo da Vida e nos Últimos 12 meses; e, inaceitável para a Frequência de
Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses. Todas as escalas do QCA-VA
apresentaram valores desadequados de MCITC e de MIC em todas as versões. A
consistência interna das escalas do QCA-VE avaliada pelo índice α foi: boa para a escala
de Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; razoável para a escala de
Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses; e, inaceitável para a Frequência de
Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses. Os valores de MCIT foram
desadequados para todas as escalas do QCA-VE. Apenas a escala Frequência de
Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses do QCA-VE apresentou valores
adequados de MIC. A consistência interna das escalas do QCA-VP avaliada pelo índice
α foi: excelente para as escalas de Comportamento Antissocial ao Longo da Vida e nos
Últimos 12 meses; e, razoável para a escala de Frequência de Comportamento Antissocial
nos Últimos 12 meses. As escalas do QCA-VP apresentaram valores adequados de MIC
e de MCITC, com exceção da escala de Frequência de Comportamento Antissocial nos
Últimos 12 meses. Na Tabelas 116 (ver Anexo 21) são apresentadas as intercorrelações
das (sub)escalas do QCA-VA, do QCA-VE e do QCA-VP, respetivamente. As escalas de
Comportamento Antissocial ao Longo da Vida, nos Últimos 12 meses e a sua Frequência
nos Últimos 12 meses intercorrelacionaram-se positivamente e de forma forte. A
correlações entre as escalas Idade de Início do Comportamento Antissocial e
Comportamento Antissocial ao Longo da Vida foram negativas, cuja intensidade foi
moderada para os autorrelatos e relatos pelos encarregados de educação e fraca para os
relatos pelos professores. A escala Idade de Início do Comportamento Antissocial não se
correlacionou com as outras escalas para as várias versões de relato do QCA, com exceção
da correlação negativa e fraca entre esta e a Frequência de Comportamento Antissocial
nos Últimos 12 meses do QCA-VE. Na Tabela 84 (Anexo 13) são apresentadas as
correlações entre as várias fontes de informação do QCA. Relativamente às correlações
16
Relativamente aos itens 22, 34 e 37 a frequência de comportamentos antissociais praticados nos últimos
12 meses é avaliado na quinta questão.
260
entre as versões de autorrelato e de relato pelos encarregados de educação do QCA, as
correlações entre as escalas foram positivas e de modo geral moderadas e apenas para as
escalas de Comportamento Antissocial ao Longo da Vida foram fortes. As correlações
entre as escalas das versões de autorrelato e de relato pelos professores do QCA foram:
estatisticamente não significativas entre as escalas de Idade de Início do Comportamento
Antissocial; positivas e moderadas entre as escalas de Comportamento Antissocial ao
Longo da Vida e nos Últimos 12 meses; e, positivas e fracas entre as escalas de Frequência
de Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses. Relativamente às correlações entre
as versões de de relato pelos encarregados e pelos professores, apenas houve correlações
estatisticamente significativas e positivas entre as escalas Comportamento Antissocial ao
Longo da Vida (moderada) e nos Últimos 12 meses (fraca). NaTabela 84 (Anexo 13)
também são apresentados os ICCs para a concordância absoluta entre as várias fontes de
informação do QCA. Os ICCs sugerem uma concordância: fraca a razoável entre os
autorrelatos e os relatos pelos encarregados de educação das escalas do Comportamento
Antissocial ao Longo da Vida e nos Últimos 12 meses, e entre os relatos pelos
encarregados de educação e pelos professores da escala Frequência de Comportamento
Antissocial nos Últimos 12 meses; e, fraca entre os relatos pelos professores e os outros
relatos das escalas de Comportamento Antissocial ao Longo da Vida e nos Últimos 12
meses, e entre os autorrelatos e os relatos pelos encarregados de educação da escala de
Idade de Início de Comportamento Antissocial. E, não houve concordância entre os
autorrelatos e os outros relatos da escala Frequência de Comportamento Antissocial nos
Últimos 12 meses, bem como entre os relatos pelos professores e os outros relatos da
escala Idade de Início de Comportamento Antissocial.
3.2.1.2. ABRS
261
foi construído para ser preenchido pelos professores das crianças. De forma semelhante
a outros estudos (e.g., Frick et al., 2003a) as afirmações formuladas na terceira pessoa
foram alteradas para a primeira pessoa, de modo a permitir o autorrelato. Os itens da
versão de autorrelato (ABRS-VA) encontram-se descritos no Anexo 10. O conteúdo dos
itens das versões de relato pelos encarregados de educação (ABRS-VE) e de relato pelos
professores (ABRS-VP) da ABRS é igual ao da sua versão de autorrelato, mas formulado
na terceira pessoa.
A ABRS-VP foi desenvolvida por Brown e colegas (1996) numa amostra escolar
de crianças do género masculino que frequentavam o 3º ao 5º anos nos Estados Unidos a
partir de itens antissociais derivados de uma revisão de escalas existentes (Dodge & Coie,
1987; Loeber & Schmaling, 1985; Stott, McDermott, & Marston, 1987). A Análise de
Componentes Principais com rotação oblíqua (Promax) destes itens revelou uma estrutura
de dois fatores independentes – AR e AP e a exclusão de 5 itens. As subescalas AR e AP
apresentaram uma excelente consistência interna avaliada pelo índice α (.92 e .94,
respetivamente) e intercorrelações fortes. E, associaram-se ao estatuto social avaliado
pelos pares negativo e detenções escolares por comportamento antissocial, quando
controlado o ano escolar e a outra subescala de agressão apenas se manteve
estatisticamente significativa a associação da subescala AR com as detenções escolares.
Estes resultados de acordo com os autores apoiam a independência das subescalas (Brown
et al., 1996). Existe evidência da fiabilidade e validade do instrumento (Colins et al.,
2017a; Frick et al., 2003a).
262
exceção da subescala AR do ABRS-VA e da ABRS-VP. As intercorrelações entre as
(sub)escalas de cada uma das versões de relato da ABRS foram positivas e fortes, com
exceção da intercorrelação entre as subescalas AP e AR da ABRS-VA que foi moderada
(ver Tabela 115 no Anexo 21). Na Tabela 84 (Anexo 13) são apresentadas as correlações
entre as várias fontes de informação da ABRS. As correlações entre a escala total e as
subescalas foram positivas e fracas, com exceção da correlação positiva e moderada entre
as escalas totais da ABRS-VE e da ABRS-VP. A correlação entre as subescalas AR da
ABRS-VA e da ABRS-VA foi a única correlação estatisticamente não significativa. Na
Tabela 84 (Anexo 13) também são apresentados os ICCs para a concordância absoluta
entre as várias fontes de informação da ABRS. Os ICCs não sugerem concordância entre
os relatos das várias fontes de informação, com exceção da concordância fraca entre as
escalas totais da ABRS-VE e ABRS-VP. Por fim, as escalas da ABRS associaram-se, por
um lado, positivamente e de forma fraca a forte às respetivas versões de relato das
(sub)escala(s) de Comportamento Antissocial ao Longo da Vida, nos Últimos 12 meses
e a sua Frequência nos Últimos 12 meses do QCA e, por outro lado, negativamente e de
forma fraca à Idade de Início do Comportamento Antissocial apenas entre as versões de
autorrelato e de relato pelos encarregados de educação. As associações positivas das
escalas da ABRS com as escalas de Comportamento Antissocial ao Longo da Vida, nos
Últimos 12 meses e a sua Frequência nos Últimos 12 meses do QCA também se
evidenciaram de modo geral entre versões de relato distintas, mas não houve associações
de modo geral entre as escalas da ABRS e a Idade de Início do Comportamento
Antissocial entre versões de relato distintas (ver Tabela Tabela 123, Anexo 23).
A subescala AR foi obtida através da soma das pontuações (0, 1 e 2) dos seguintes
itens - 1, 4, 7, 9, 12 e 14. A subescala AP foi formada pela soma das pontuações dos
seguintes itens - 2, 3, 5, 6, 8, 10, 11, 13, 15 e 16. As pontuações destas subescalas foram
somadas para se obter as pontuações totais da prática do comportamento agressivo, cujas
pontuações mais elevadas são indicadores de uma maior frequência da prática deste tipo
de comportamento.
Foi traduzido e adaptado para o contexto português, entre julho de 2016 e outubro
de 2016, a ABRS (Brown et al., 1996), com o intuito de ser utilizada como medida de
autopreenchimento por crianças, pelos seus encarregados de educação e pelos seus
263
professores da agressão reativa e proativa praticada por crianças. A tradução e adaptação
para o contexto português da escala seguiu os procedimentos habituais 17 (e.g., Byrne,
2016; Hill & Hill, 2012; van Widenfelt et al., 2005), designadamente:
17
Participaram nos procedimentos de tradução a autora principal da presente dissertação, os investigadores
Pedro Almeida e Fernando Ferreira-Santos, a tradutora Filipa Seixas, a professora e escritora Luzia Fontes
e os autores das medidas.
18
As reflexões faladas foram conduzidas pela autora da presente tese de dissertação.
264
c) Retroversão: Foi efetuada uma retroversão para inglês da versão portuguesa da
ABRS por um quarto elemento;
d) A retroversão da versão portuguesa da ABRS foi enviada para o seu autor
principal, que indicou algumas alterações. A retroversão da revisão da versão
portuguesa, que foi realizada tendo em consideração as alterações sugeridas, foi
aceite pelo autor principal.
19
Os procedimentos de adaptação, incluindo as reflexões faladas, foram conduzidos pela autora da presente
tese de dissertação.
265
(ver Anexo 1) para a investigadora anotar a informação relevante desta. Foi
efetuada uma análise estatística descritiva dos dados demográficos dos
participantes e da interpretação dos itens com o Excel 2015. O formato do
questionário e o vocabulário de alguns itens foram alterados e simplificados,
conduzindo a uma versão final do SRO adaptada ao nível desenvolvimental e
ao contexto social da faixa etária alvo de estudo.
3.3. Procedimentos
O padrão dos dados omissos foi analisado através da técnica estatística Little´s
Missing Completely at Random test (Little´s MCAR test; Little, 1988) em cada versão de
relato das escalas da ABRS. Se o Little´s MCAR test for estatisticamente significativo (p
≤ .05) existe um padrão na distribuição dos dados omissos. Caso contrário (p > .05) os
dados omissos distribuíssem de forma completamente aleatória. Apenas foram
identificados dados omissos nas escalas das versões de autorrelato (n = 8; χ2(4) = .158, p
= .997) e de relato pelos encarregados de educação (n = 12; χ2(20) = 12.27, p = .907). Os
dados omissos estavam distribuídos de forma completamente aleatória. Sendo assim,
estes foram estimados por escala utilizando o tratamento de dados omissos EM algorithm
(Dempster et al., 1977). Relativamente ao QCA, não havia dados omissos nas escalas de
Escala de Comportamento Antissocial ao Longo da Vida e nos Últimos 12 meses. Foram
excluídos indivíduos da análise dos autorrelatos (n = 18), relatos pelos encarregados de
266
educação (n = 114) e relatos pelos professores (n = 19) da escala de Frequência de
Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses por não terem respondido pelo menos
uma vez a esta pergunta e/ou por terem respondido incorretamente com os seguintes
rótulos: “muitas”, “várias”, “algumas”, “sem conta”, “sempre”, “poucas”, “demasiadas
vezes” “1+”, “3+” e “5+”. Também foram excluídos análise dos autorrelatos (n = 27),
relatos pelos encarregados de educação (n = 65) e relatos pelos professores (n = 11) da
escala Idade de Início do Comportamento Antissocial, uma vez que não responderam pelo
menos uma vez a esta pergunta.
20
Na transformação de variáveis Log 10 não se pode ter valores negativos ou zeros na distribuição. Sendo
assim, como as variáveis de comportamento antissocial assumiam valores iguais a zero, foi adicionado uma
constante (um valor) a todas as variáveis.
267
escalas foram realizadas com as variáveis não transformadas.
A validade fatorial da ABRS foi avaliada por intermédio de uma Análise Fatorial
Confirmatória (AFC) recorrendo à matriz de correlações policóricas com estimação por
máxima verosimilhança (ML). Esta foi baseada nas correlações policóricas, uma vez que
a escala de resposta é inferior a quatro valores. A qualidade de ajustamento global dos
modelos fatoriais foi analisada de acordo com os seguintes índices e respetivos valores
de referência descritos na Tabela 4.1 de Marôco (2014, p.55): o chi-square/degrees of
freedom ratio (χ2/DF), o Comparative Fit Index (CFI), o Goodness of Fit Index (GFI), o
Root Mean-Square Error of Approximation (RMSEA), p-value de RMSEA, os intervalos
de confiança a 90% para RMSEA, Akaike Information Criterion (AIC) e Modified
Expected Cross-Validation Index (MECVI). Os seguintes valores dos índices indicam um
ajustamento: a) mau - χ2/DF < 5, CFI/GFI < .8, e RMSEA > .10; b) sofrível - χ2/DF =
]2;5], CFI/GFI = [.8;.9[; c) bom - χ2/DF = ]1;2], CFI/GFI = [.9;.95[, e RMSEA = ].05;.10];
d) muito bom - χ2 ~ 1, CFI/GFI ≥ .95, e RMSEA ≤ .05. Valores não significativos de
RMSEA indicam um ajustamento adequado. A qualidade de ajustamento global do
modelo fatorial, que melhor se adequou aos dados, foi avaliada pelos pesos fatoriais
estandardizados (λ) e pela fiabilidade individual dos itens (R2). Foram estabelecidos os
valores mínimos de saturação dos itens nos fatores de .30 (Nunnally & Bernstein, 1994)
e de fiabilidade individual de itens de .25. A validade discriminante dos fatores foi
avaliada pela comparação da variância extraída média (VEM) com os quadrados da
correlação entre fatores. A validade convergente dos fatores foi analisada pela VEM
(adequada se VEM ≥ .50). A consistência interna dos fatores foi avaliada pela fiabilidade
compósita (FC; adequada = FC ≥ .70; Marôco, 2014). A fiabilidade compósita e a VEM
por cada fator foram avaliadas como descrito em Fornell e Larcker (1981). O ajustamento
do modelo, a existência de outliers e a normalidade das variáveis foram avaliados pelos
índices de modificação, a distância quadrada de Mahalanobis (D2) e os coeficientes de
assimetria (sk) e curtose (ku) uni- e multivariada, respetivamente. Os valores absolutos
de sk > |3| e ku > |10| são indicadores de violação extrema da normalidade (Kline, 2011).
O método de estimação de modelo ML exige o pressuposto que as variáveis apresentem
distribuição normal multivariada. As variáveis apresentaram valores sk e ku considerados
adequados para o pressuposto da normalidade.
268
correlação média entre itens (mean interitem correlation, MIC), a correlação média item-
total corrigida (mean corrected item-to-total correlation, MCITC), e, apenas para a
ABRS o coeficiente omega (ω). Os seguintes valores de α indicam uma consistência: a)
inaceitável – α < .60; b) fraca: α = [.60; .70[; c) razoável – α = [.70; .80[; d) boa – α =
[.80; .90[; c) excelente – α ≥ .90 (Hill & Hill, 2012). Adotaram-se os valores
recomendados como adequados de MIC (= [.15; .50]; Clark & Watson, 1995), MCITC
(> .30; Nunnally & Bernstein, 1994) e ω (> .70). Contrariamente ao MIC e ω, o α é
dependente do número de itens da escala (Cortina, 1993). O ω são índices de fiabilidade
derivados do modelo, que diferentemente do α não assumem valores iguais dos pesos
fatoriais entre os itens e a variável latente nem que os dados são unidimensionais. O ω
reflete a variância sistemática atribuída a fatores comuns múltiplos (Rodriguez et al.,
2016). O coeficiente de correlação intraclasse (intraclass correlation coefficient, ICC) e
os seus intervalos de confiança a 95% para a concordância absoluta baseado num modelo
aleatório de uma via foi utilizado para avaliar a consistência das várias fontes de
informação (alunos, encarregados de educação e professores; inter-rater reliability) da
ABRS e do QCA. Os seguintes valores de ICC indicam uma fiabilidade: a) fraca: ICC <
.50; c) razoável – ICC = [.50; .75[; d) boa – α = [.75; .90[; c) excelente – α ≥ .90. Para
além do ICC foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson ou de Spearman para
calcular as correlações entre as escalas das várias fontes de informação dos outros
instrumentos de avaliação. O ICC apresenta a seguinte vantagem relativamente ao
coeficiente de correlação: além de avaliar a correlação entre as medidas, avalia a
concordância entre estas (Koo & Li, 2015).
269
comportamento agressivo e antissocial. Nas regressões lineares de traços psicopáticos
como preditores da agressão reativa ou proativa, foi introduzido como preditor a outra
forma de agressão com o intuito de controlar a variância partilhada entre as formas de
agressão e, assim, avaliar qual o tipo de agressão associado unicamente e mais
intensamente com os traços psicopáticos. A multicolinariedade foi avaliada em todos os
modelos de regressão e a Variance Inflation Factors nunca ultrapassou o valor 3
estabelecido como recomendável (Marôco, 2011). A intensidade das associações entre
variáveis foi interpretada pelos valores absolutos dos coeficientes de correlação
estabelecidos por Cohen (1988) da seguinte forma: fraca – r < |.30|; moderada – r =
[|.30|;|50|[; e forte – r ≥ |.50|. A direção das associações entre as variáveis foi interpretada
da seguinte forma: negativa – r < 0; e, positiva – r > 0.
As análises foram realizadas utilizando o IBM Statistical Package for the Social
Sciences Statistics (v. 24/25, IBM SPSS Inc, Chicago, IL), utilizando-se ocasionalmente
o plugin para o software R (Team, 2010). A extensão SPSSINC Hector foi utilizada no
cálculo do coeficiente de correlação policórica. As AFCs foram realizadas utilizando o
IBM SPSS AMOS (v. 24/25, IBM SPSS Inc, Chicago, IL). As matrizes de correlações
policóricas foram construídas no Microsoft Excel 2017. O ω foi obtido através do
software Omega (Watkins, 2013). Considerou-se para todas as análises uma
probabilidade de erro tipo I (α) de .05, uma vez que é o nivel de significância mais
commumente utilizado nas ciências sociais (e.g., Marôco, 2011).
270
4. Resultados
271
Na ABRS-VP, o modelo estrutural apresentou má qualidade de ajustamento aos
dados (χ2 = 539.23, p = .000; df = 104; χ2/df = 5.19; RMSEA (90% I.C.) = .17 (.15-.17),
p = .000; CFI = .77; GFI = .74). Os itens saturaram nos respetivos fatores e apresentaram
uma fiabilidade individual adequada. Os fatores Agressão Reativa (FC = .89; VEM = .59)
e Agressão Proativa (FC = .93; VEM = .58) apresentaram uma fiabilidade de construto e
validade convergente adequadas. Todos os itens apresentaram valores adequados de
CITCs na escala total e nas subescalas de Agressão Reativa e de Agressão Proativa, cujo
α diminuiria ou manter-se-ia após a sua remoção destas.
272
Tabela 53 Estatísticas descritivas das (sub)escalas da ABRS e do QCA na amostra final
Alunos Encarregados de educação Professores
273
4.3. Relação entre os traços de personalidade psicopáticos e o comportamento
agressivo
4.3.1. APSD
274
e fracas. Após o controlo do subtipo de agressão proativo, a dimensão Nar deixou de estar
associada à escala AR da ABRS-VP.
275
com exceção da associação não estatisticamente significativa entre a dimensão CU e a
escala AP. A intensidade das associações foi fraca para as dimensões CU e Nar, enquanto
a dimensão Imp associou-se moderadamente à pontuação total e à escala AP e de forma
fraca à escala AR. Após o controlo da variância partilhada entre as dimensões, apenas se
mantiveram estatisticamente significativas as associações da dimensão Imp com a
pontuação total e a escala AP, mesmo após o controlo da agressão reativa.
276
Tabela 54 Relação entre as escalas do APSD-VA e da ABRS: Correlações e análises de regressão
APSD-VA
Total Nar CU Imp
r B EP β β1 R 2
r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .33*** .09 .01 .37*** .13 .39*** .19 .03 .40*** .01 .00 .03 .00 .29*** .03 .03 .05 .18
AR .25*** .05 .01 .29*** .20*** .08 .31*** .12 .02 .35*** .28*** .01 .00 .02 -.01 -.01 .20*** .00 .02 .00 -.02 .13
*** *** *** *** *** ** ***
AP .33 .04 .01 .31 .23 .10 .37 .08 .02 .29 .20 .02 .00 .01 .01 .01 .31 .03 .02 .10 .10 .13
ABRS-VE
(n = 306)
Total .34*** .28 .04 .35*** .12 .29*** .27 .10 .17** .12* .16 .09 .10 .25*** .40 .12 .22** .13
*** *** * *** * *** **
AR .29 .15 .03 .28 .11 .08 .26 .16 .07 .16 .09 .08 .05 .06 .05 -.02 .25 .21 .08 .18 .07 .09
*** *** *** *** * ** * * *** ** *
AP .33 .14 .02 .33 .19 .11 .25 .11 .05 .14 .06 .16 .11 .05 .13 .11 .22 .20 .06 .22 .13 .12
ABRS-VP
(n = 148)
Total .41*** .49 .10 .38*** .15 .34*** .57 .26 .23* .13 .33 .20 .13 .37*** .50 .30 .17 .15
AR .36*** .21 .04 .36*** .06 .13 .30*** .26 .12 .23* .07 .07 .06 .09 .06 -.08 .37*** .24 .14 .18 .06 .15
AP .44*** .28 .06 .37*** .09 .14 .35*** .30 .16 .20 .01 .20* .27 .12 .17* .13** .32*** .27 .18 .16 .01 .14
Notas: APSD-VA = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social – Versão autorrelato; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; n = dimensão da amostra; r =
Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta padronizado da
regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente de determinação; ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão reativa; AP = Agressão
proativa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professor.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
277
Tabela 55 Relação entre as escalas do APSD-VE e da ABRS: Correlações e análises de regressão
APSD-VE
Total Nar CU Imp
r B EP β R 2
β1 r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .16** .06 .02 .19** .04 .13* .07 .04 .10 .08 .05 .04 .09 .16** .05 .05 .07 .04
AR .13* .03 .01 .15* .02 .08 .12* .03 .03 .08 .05 .05 .01 .02 .03 -.01 .12* .03 .03 .08 .06 .02
** ** * * * *
AP .16 .03 .01 .18 .03 .13 .14 .03 .02 .09 .06 .10 .04 .02 .12 .11 .14 .01 .03 .04 .01 .03
ABRS-VE
(n = 306)
Total .62*** .58 .03 .66*** .43 .53*** .62 .09 .31*** .00 .25*** .18 .07 .09* .63*** .87 .09 .44*** .48
*** *** *** *** *** *** *** *** *** ***
AR .59 .33 .02 .60 .36 .41 .51 .33 .06 .26 .18 .23 .08 .05 .06 .03 .59 .53 .06 .43 .33 .41
*** *** *** *** *** *** *** * * *** *** ***
AP .50 .25 .02 .57 .32 .35 .42 .29 .05 .28 .20 .23 .10 .04 .10 .08 .50 .34 .05 .34 .20 .35
ABRS-VP
(n = 148)
Total .24** .23 .13 .16 .03 .21* .46 .33 .14 .16 .32 .29 .10 .15 -.06 .34 -.02 .03
AR .20* .12 .06 .18* .03 .06 .19* .27 .15 .18 .09 .11 .10 .14 .07 -.03 .14 -.01 .16 -.01 .02 .04
AP .25** .11 .07 .13 .02 -.01 .21* .19 .19 .10 -.05 .18* .22 .17 .12 .06 .16 -.05 .20 -.03 -.02 .03
Notas: APSD-VE = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social – Versão relato pelos encarregados de educação; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; n =
dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 =
coeficiente beta padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente de determinação; ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR =
Agressão reativa; AP = Agressão proativa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professor.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
278
Tabela 56 Relação entre as escalas do APSD-VP e da ABRS: Correlações e análises de regressão
APSD-VP
Total Nar CU Imp
r B EP β R2
β1 r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .23** .05 .02 .25** .06 .19* .02 .05 .05 .21* .07 .05 .13 .19* .07 .06 .12 .07
* ** * * *
AR .20 .03 .01 .25 .06 .20 .15 .02 .03 .06 .01 .18 .06 .03 .17 -.02 .17 .03 .04 .08 .09 .07
AP .19* .02 .01 .15 .02 .08 .17* .01 .03 .03 .04 .15 .01 .03 .03 .14 .21* .04 .04 .12 -.05 .03
ABRS-VE
(n = 306)
Total .30** .12 .05 .21* .05 .22* -.05 .16 -.04 .21* .01 .16 .01 .30** .45 .20 .28* .07
** * * * *
AR .24 .07 .03 .20 .04 .11 .19 .00 .10 .00 .04 .20 .09 .11 .09 .14 .21 .16 .13 .15 -.05 .04
** * *** ** **
AP .28 .05 .02 .17 .03 .07 .20 -.05 .08 -.08 -.08 .16 -.08 .08 -.11 -.15 .33 .30 .10 .37 .30 .08
ABRS-VP
(n = 148)
Total .86*** .90 .04 .89*** .80 .82*** 1.30 .11 .58*** .60*** .39 .11 .14** .77*** .86 .14 .31*** .83
AR .78*** .37 .02 .82*** .67 .34*** .77*** .55 .06 .55*** .29*** .51*** .11 .07 .09 .01 .71*** .37 .08 .30*** .17* .70
*** *** *** *** *** *** *** *** ** *** *** ***
AP .86 .54 .02 .89 .78 .60 .80 .75 .07 .56 .40 .65 .28 .07 .17 .14 .77 .49 .09 .29 .21 .81
Notas: APSD-VP = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social – Versão relato pelos professores; Nar = Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de
correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta padronizado da regressão múltipla com a outra forma de
agressão como preditor; R2 = coeficiente de determinação; ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão reativa; AP = Agressão proativa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de
educação; VP = Versão relato professor.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
279
4.3.2. EB-CV
280
Tabela 57 Relação entre as escalas da EB-CV e da ABRS: Correlações e análises de regressão
EB-CVA EB-CVE EB-CVP
r B EP β R2 β1 r B EP β R 2 β1 r B EP β R2 β1
ABRS-VA
Total .01 .00 .00 .04 .00 -.06 .00 .00 -.02 .00 .07 .00 .01 .05 .00
Agressão Reativa -.03 .00 .00 -.03 .00 -.07 -.08 .00 .00 -.05 .00 -.06 .03 .00 .00 .05 .00 .03
Agressão Proativa .11* .00 .00 .11* .01 .12* .06 .00 .00 .03 .00 .05 .10 .00 .00 .04 .00 .02
ABRS-VE
Total .08 .02 .01 .08 .01 .02 -.01 .01 -.03 .00 .16 .03 .02 .15 .02
Agressão Reativa .05 .01 .01 .06 .00 .02 -.03 -.01 .01 -.08 .01 -.09* .13 .02 .01 .13 .02 .07
Agressão Proativa .09 .01 .01 .08 .01 .05 .04 .00 .01 .03 .00 .07 .14 .01 .01 .12 .02 .06
ABRS-VP
Total .20* .09 .04 .21* .04 .11 .05 .04 .12 .01 .18* .08 .03 .20* .04
Agressão Reativa .21** .04 .02 .20* .04 .04 .13 .03 .02 .13 .02 .06 .18* .03 .01 .18* .03 .01
* * * *
Agressão Proativa .18 .05 .02 .20 .04 .03 .07 .02 .02 .09 .01 -.02 .18 .05 .02 .20 .04 .06
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r =
Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta
padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente de determinação; ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
281
Tabela 58 Relação entre as escalas da versão reduzida da EB-CV e da ABRS: Correlações e análises de regressão
EB-CVRA EB-CVRE EB-CVRP
r B EP β R2 β1 r B EP β R2 β1 r B EP β R2 β1
ABRS-VA
Total .04 .01 .01 .04 .00 -.09 -.01 .01 -.07 .00 . .03 -.01 .01 -.06 .00
Agressão Reativa .02 .00 .01 -.03 .00 -.07 -.09 -.01 .01 -.09 .01 -.08 .00 .00 .01 -.03 .00 -.01
* * *
Agressão Proativa .13 .01 .01 .11 .01 .12 -.02 .00 .01 -.02 .00 .01 .03 -.01 .01 -.06 .00 -.05
ABRS-VE
Total .01 .00 .04 .00 .00 -.29*** -.22 .03 -.33*** .11 .10 .05 .04 .10 .01
*** *** ***
Agressão Reativa .01 .00 .02 .01 .00 .02 -.28 -.13 .02 -.32 .10 -.19 .06 .02 .03 .06 .00 -.01
*** ***
Agressão Proativa .00 .00 .02 -.01 .00 -.02 -.25 -.09 .02 -.25 .06 -.08 .12 .03 .02 .13 .02 .10
ABRS-VP
Total .12 .14 .09 .13 .02 -.12 -.07 .09 -.06 .00 -.03 -.06 .07 -.07 .01
Agressão Reativa .12 .06 .04 .13 .02 .03 -.09 -.03 .04 -.06 .00 -.01 -.04 -.03 .03 -.08 .01 -.03
Agressão Proativa .12 .08 .05 .12 .01 .02 -.14 -.04 .05 -.06 .00 -.01 -.01 -.03 .04 -.06 .00 .00
Notas: EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra;
r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta
padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente de determinação; ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
282
4.3.3. ICU
283
Relativamente ao ICU-VE, as subdimensões Cal e Unc correlacionaram-se
positivamente com as escalas de todas as versões de relato da ABRS, com exceção das
correlações positivas não estatisticamente significativas: da sua subdimensão Unc com as
subescalas AR e AP da ABRS-VA; e, entre a sua pontuação total e a subescala AR do
ABRS-VP. Ao nível de regressões múltiplas, apenas se mantiveram estatisticamente
significativas as associações entre as escalas das respetivas versões de relato, bem como
entre a pontuação total do ICU-VE e as escalas da ABRS-VA e entre a subdimensão do
ICU-VE e a pontuação total e subescala PR do ABRS-VA. A sudimensão Une do ICU-
VE apenas se associou positivamente e de forma fraca com a pontuação total e subescala
AR da ABRS-VE, que após o controlo da variância partilhada com as outras
subdimensões CU perdeu significância estatística. A intensidade das associações entre as
escalas da ABRS-VE e do ICU-VE variou de moderada a forte. A intensidade da
corralção entre a sudimensão Cal do ICU-VE e a subescala AP do ICU-VP foi moderada.
E, as restantes associações foram fracas. Após o controlo dos respetivos subtipos de
agressão, todas as associações das subdimensões do ICU-VE com as subescalas AR e AP
mantiveram-se estatisticamentesignificativas, com exceção da associação entre a
subdimensão Cal e a subescala AR da ABRS-VE.
284
Tabela 59 Relação entre as escalas do ICU-VA e da ABRS: Correlações e análises de regressão
ICU-VA
Total Cal Unc Une
r B EP β R 2
β1 r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .05 .01 .01 .04 .00 .10* .05 .02 .14* .06 .01 .02 .04 -.07 -.07 .02 -.17** .04
AR .02 .00 .01 .02 .00 .01 .07 .03 .02 .11 .08 .03 .00 .02 .01 -.02 -.06 -.04 .02 -.12* -.07 .02
* ** *
AP .07 .00 .00 .05 .00 .04 .11 .02 .01 .11 .08 .09 .01 .01 .07 .07 -.06 -.04 .01 -.17 -.13 .04
ABRS-VE
(n = 306)
Total .22*** .09 .03 .18** .03 .22*** .07 .08 .06 .23*** .20 .08 .18* .05 -.04 .08 -.03 .05
* * ** **
AR .15 .04 .02 .13 .02 .01 .18 .04 .05 .06 .03 .16 .08 .05 .12 .01 .00 -.03 .05 -.04 -.04 .02
*** *** ** *** *** ** * *
AP .26 .05 .01 .21 .04 .14 .21 .03 .04 .05 .02 .25 .11 .04 .20 .14 .12 .00 .04 .00 .02 .05
ABRS-VP
(n = 148)
Total .16* .13 .06 .16* .03 .12 -.16 .17 -.10 .24** .44 .18 .26* .06 .12 .19 .06 .05
AR .13 .05 .03 .14 .02 .00 .08 -.07 .08 -.09 -.01 .19* .17 .08 .22* .00 .08 .06 .09 .06 .01 .04
AP .16 .08 .04 .17* .03 .06 .12 -.10 .10 -.10 -.03 .25** .27 .11 .27* .09 .02 .07 .11 .05 .01 .06
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão reativa; AP = Agressão proativa; VA = Versão autorrelato; VE =
Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do
coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
285
Tabela 60 Relação entre as escalas do ICU-VE e da ABRS: Correlações e análises de regressão
ICU-VE
Total Cal Unc Une
r B EP β R2 β1 r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .15** .03 .01 .20** .04 .15** .07 .02 .22** .13* .02 .03 .06 .03 -.03 .02 -.07 .06
AR .12* .01 .01 .15** .02 .09 .12* .02 .01 .13 .04 .10 .03 .02 .11 .13 .01 -.02 .02 -.08 -.08 .04
AP .14* .01 .00 .18** .03 .12* .16** .04 .01 .25*** .21** .10 -.01 .01 -.03 -.07 .04 .00 .01 -.02 .01 .05
ABRS-VE
(n = 306)
Total .49*** .25 .02 .53*** .28 .51*** .31 .05 .33*** .50*** .37 .06 .34*** .13** -.05 .06 -.04 .33
AR .44*** .13 .01 .44*** .20 .22*** .43*** .14 .03 .24*** .09 .44*** .21 .04 .30*** .17** .14** -.01 .04 -.01 .02 .23
AP .44*** .12 .01 .49*** .24 .30*** .48*** .16 .02 .34*** .25*** .45*** .17 .03 .30*** .18*** .09 -.04 .03 -.07 -.06 .31
ABRS-VP
(n = 148)
Total .24** .12 .07 .15 .02 .29** .12 .17 .08 .26** .32 .20 .17 -.02 -.19 .19 -.09 .05
AR .16 .05 .03 .13 .02 .00 .22* .07 .08 .10 .05 .20* .12 .09 .14 -.02 -.05 -.10 .09 -.10 -.04 .04
AP .27** .07 .04 .15 .02 .05 .30** .05 .10 .05 -.03 .28** .20 .11 .19 .08 .01 -.09 .11 -.07 .01 .05
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão reativa; AP = Agressão proativa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato
encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não
padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
286
Tabela 61 Relação entre as escalas do ICU-VP e da ABRS: Correlações e análises de regressão
ICU-VP
Total Cal Unc Une
r B EP β R2 β1 r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .18* .02 .01 .19* .04 .16* .05 .03 .20 .15 .00 .04 .00 .13 .01 .04 .02 .04
AR .17* .02 .01 .20* .04 .16* .15 .02 .02 .15 .09 .15 .01 .02 .05 .06 .14 .01 .02 .04 .05 .04
AP .13 .01 .01 .11 .01 .05 .16 .02 .02 .18 .14 .11 -.01 .02 -.06 -.07 .04 .00 .02 -.02 -.03 .02
ABRS-VE
(n = 306)
Total .11 .04 .03 .11 .01 .15 .02 .08 .03 .21* .16 .11 .19 -.07 -.18 .11 -.15 .05
AR .08 .02 .02 .09 .01 .05 .10 .00 .05 .00 -.04 .15 .10 .07 .18 .10 -.04 -.08 .07 -.10 -.01 .03
AP .15 .02 .02 .09 .01 .04 .17 .02 .04 .07 .07 .22* .06 .05 .15 .06 -.02 -.10 .06 -.17 -.12 .05
ABRS-VP
(n = 148)
Total .67*** .45 .04 .71*** .50 .66*** .52 .09 .44*** .71*** .64 .12 .41*** .15 -.22 .12 -.10 .60
AR .60*** .18 .02 .64*** .41 .09 .59*** .19 .05 .37*** .01 .64*** .27 .06 .39*** .10 .13 -.08 .06 -.08 .01 .48
AP .71*** .27 .02 .71*** .50 .29*** .69*** .33 .05 .47*** .25*** .76*** .36 .07 .39*** .16* .13 -.15 .07 -.11* -.07 .60
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão reativa; AP = Agressão proativa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato
encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não
padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
287
4.3.4. YPI-CV
288
subdimensões GM do YPI-CV, a subdimensão G deixou de se relacionar com as escalas
da ABRS e apenas houve as seguintes associações positivas e de modo geral fracas: das
subdimensões M e L com a pontuação total e subescala AP da ABRS-VA; da
subdimensão DC com as subescalas AR da ABRS-VA e VE; e, das subdimensões DC e
L com a pontuação total e subescala AP da ABRS-VE. Após o controlo das formas de
agressão, apenas deixaram de ser estatisticamente significativas as seguintes associações:
da subdimensão DC com as subescalas AP e AR da ABRS-VE; e, entre a subescala L e a
subescala AR do ABRS-VE. Após o controlo da variância comum das três subdimensões
CU do YPI-CV, apenas foram encontradas as seguintes associações positivas
estatisticamente significativas e fracas: das subdimensões Une e Rem com a pontuação
total e a subescala AP da ABRS-VA, mesmo após o controlo da agressão reativa; da
subdimensão Rem com a subescala AR do ABRS-VA, mesmo após o controlo da
agressão proativa, e a pontuação total e a subescala AP do ABRS-VE, que deixou de ser
significativa após o controlo da agressão reativa; entre as subdimensão Cal e a subescala
AR da ABRS-VE, mesmo após o controlo da agressão proativa. Por fim, após o controlo
da variância comum das quatro subdimensões II do YPI-CV, as subdimensões Imp e TS
deixaram de se associar às escalas da ABRS e a subdimensão Ir associou-se positivamente
e de forma fraca a moderada com as escalas da ABRS-VA e da ABRS-VE. Após o
controlo das formas de agressão, a subdimensão Ir apenas continuou associada à
subescala AP da ABRS-VA e VP e à subescala AR da ABRS-VE e VP.
289
Tabela 62 Relação entre as escalas do YPI-CV e da ABRS: Correlações e análises de regressão
YPI-CV
Total GM CU II
r B EP β R 2
β1 r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .33*** .02 .00 .45*** .20 .28*** .02 .01 .19* .28*** .03 .01 .19** .31*** .02 .01 .13* .20
AR .26*** .01 .00 .33*** .11 .22*** .22*** .01 .01 .10 .04 .23*** .02 .01 .19** .16* .23*** .01 .01 .09 .05 .11
*** *** *** *** ** ** *** *** *
AP .32 .01 .00 .42 .18 .35 .29 .01 .00 .22 .20 .26 .01 .01 .12 .08 .32 .01 .01 .14 .12 .18
ABRS-VE
(n = 306)
Total .30*** .05 .01 .30*** .09 .31*** .11 .03 .31*** . .20*** -.04 .04 -.08 .26*** .04 .03 .10 .11
*** *** ** *** *** * ** ***
AR .28 .03 .01 .27 .07 .13 .30 .07 .02 .30 .18 .17 -.04 .03 -.11 -.09 .24 .03 .02 .09 .05 .09
*** *** * *** ** *** ***
AP .28 .02 .00 .27 .07 .13 .27 .04 .01 .24 .08 .22 -.01 .02 -.03 .03 .22 .02 .02 .08 .03 .08
ABRS-VP
(n = 148)
Total .37*** .09 .02 .33*** .11 .30*** .04 .07 .07 .37*** .15 .09 .19 .34*** .09 .08 .12 .11
AR .34*** .04 .01 .34*** .11 .11* .27** .02 .03 .09 .05 .34*** .06 .04 .17 .02 .30*** .04 .04 .13 .05 .12
AP .41*** .05 .01 .29*** .09 .01 .34*** .02 .04 .05 -.03 .41*** .09 .05 .19 .05 .37*** .05 .05 .11 .00 .09
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos em Jovens - Versão Crianças; GM = Grandiosidade-Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; ABRS
= Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão reativa; AP = Agressão proativa; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores;
n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; β1 = coeficiente beta padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como
preditor; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
290
Tabela 63 Relação entre as subescalas da dimensão GM do YPI-CV e as escalas da ABRS: Correlações e análises de regressão
YPI-CV GM
DC G L M
r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .24*** .04 .02 .11 .15** -.03 .02 -.08 .29*** .08 .02 .20** .26*** .10 .03 .24** .20
AR .20*** .04 .02 .17* .18* .10 -.02 .02 -.08 -.06 .22*** .02 .02 .07 .00 .20*** .04 .02 .16 .09 .10
*** *** *** *** *** *** ** **
AP .25 .00 .01 -.01 -.05 .18 -.01 .01 -.05 -.03 .31 .06 .01 .28 .27 .27 .05 .02 .25 .21 .20
ABRS-VE
(n = 306)
Total .34*** .30 .09 .29** .14* -.13 .08 -.11 .27*** .19 .09 .15* .27*** .03 .11 .03 .14
*** ** * *** ***
AR .32 .17 .06 .26 .12 .13 -.06 .05 -.08 -.03 .25 .08 .06 .10 .02 .26 .04 .07 .05 .06 .11
*** ** * *** * ***
AP .29 .13 .04 .26 .13 .13 -.06 .04 -.11 -.07 .24 .11 .05 .18 .12 .22 -.01 .06 -.01 -.04 .11
ABRS-VP
(n = 148)
Total .27** .07 .19 .04 .22** .16 .19 .09 .28** .32 .21 .17 .23** .09 .26 .05 .08
AR .25** .02 .09 .03 .00 .23** .12 .09 .15 .12 .23** .11 .09 .13 -.02 .21** .05 .11 .06 .03 .09
AP .29*** .05 .12 .04 .02 .24** .04 .12 .04 -.09 .33*** .21 .12 .19 .08 .26** .04 .15 .04 -.01 .07
Notas: ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão reativa; AP = Agressão proativa; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; VA = Versão
autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP
= Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente
de determinação; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L = Mentir; M = Manipulação.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
291
Tabela 64 Relação entre as subescalas da dimensão CU do YPI-CV e as escalas da ABRS: Correlações e análises de regressão
YPI-CV CU
Cal Une Rem
r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .18*** .01 .03 .03 .25*** .07 .02 .17** .25*** .11 .02 .28*** .17
* *** *** *** **
Agressão Reativa .13 .01 .02 .03 .03 .20 .03 .02 .10 .05 .22 .06 .02 .24 .18 .10
*** *** ** ** *** *** **
Agressão Proativa .21 .00 .02 .02 .01 .26 .04 .01 .19 .17 .22 .05 .01 .22 .16 .14
ABRS-VE
(n = 306)
Total .16** .08 .10 .06 .15** .04 .09 .03 .19** .17 .08 .14* .04
Agressão Reativa .12* .05 .06 .05 .03 .14* .02 .06 .02 .01 .17** .08 .05 .11 .03 .02
*** * ** *
Agressão Proativa .21 .03 .05 .05 .02 .14 .02 .05 .03 .02 .19 .09 .04 .14 .08 .04
ABRS-VP
(n = 148)
Total .32*** .38 .24 .17 .25** .10 .23 .05 .33*** .27 .19 .14 .09
*** * * * **
Agressão Reativa .31 .23 .11 .23 .14 .21 -.01 .11 -.01 -.08 .28 .12 .08 .14 .04 .10
*** *** ***
Agressão Proativa .30 .15 .14 .11 -.08 .30 .11 .14 .09 .10 .38 .15 .11 .13 .01 .08
Notas: ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão reativa; AP = Agressão proativa; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; VA = Versão
autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP
= Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente
de determinação; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Une = Insensibilidade Emocional.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
292
Tabela 65 Relação entre as subescalas da dimensão II do YPI-CV e as escalas do ABRS: Correlações e análises de regressão
YPI-CV II
Imp TS Ir
r B EP β β1 r B EP β β1 r B EP β β1 R2
ABRS-VA
(n = 368)
Total .29*** .04 .02 .11 .22*** .02 .02 .04 .24*** .12 .02 .30*** .16
Agressão Reativa .22*** .02 .01 .10 .08 .17** .01 .02 .06 .06 .16** .04 .02 .16** .06 .07
*** *** *** *** ***
Agressão Proativa .29 .01 .01 .08 .06 .23 .00 .01 .01 -.01 .29 .08 .01 .35 .31 .17
ABRS-VE
(n = 306)
Total .21*** .04 .07 .04 .18** .07 .08 .06 .26*** .27 .08 .22** .08
** ** *** ** *
Agressão Reativa .18 .02 .05 .02 -.01 .17 .04 .05 .05 .03 .26 .17 .05 .21 .12 .07
** ** *** *
Agressão Proativa .18 .03 .04 .06 .04 .16 .03 .04 .05 .02 .21 .10 .04 .17 .05 .06
ABRS-VP
(n = 148)
Total .24** .05 .17 .03 .30*** .30 .18 .16 .29*** .31 .20 .15 .08
Agressão Reativa .20* .04 .07 .06 .05 .29*** .15 .08 .18 .07 .26** .11 .09 .12 -.01 .09
Agressão Proativa .26** .01 .10 .01 -.04 .34*** .15 .11 .14 -.01 .31*** .19 .12 .16 .06 .07
Notas: ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão reativa; AP = Agressão proativa; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; VA = Versão
autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP
= Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; β1 = coeficiente beta padronizado da regressão múltipla com a outra forma de agressão como preditor; R2 = coeficiente
de determinação; II = Irresponsabilidade-Impulsividade; Imp = Impulsividade; TS = Procura de Excitação; Ir = Irresponsabilidade.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
293
4.4. Relação entre os traços de personalidade psicopáticos e o comportamento
antissocial
4.4.1. APSD
294
Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses do QCA-VA, todas as subescalas
associaram-se ao Comportamento Antissocial ao Longo da Vida do QCA-VE, apenas a
subescala Imp associou-se à Frequência de Comportamento Antissocial nos Últimos 12
meses, as subescalas Nar e CU associaram-se ao Comportamento Antissocial ao Longo
da Vida e nos Últimos 12 meses do QCA-VP e a subescala Cu foi a única associada à
Frequência de Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses do QCA-VP.
295
Tabela 66 Relação entre as escalas do APSD-VA e do QCA: Correlações e análises de regressão
APSD-VA
Total Nar CU Imp
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .47*** .11 .01 .49*** .24 .45*** .13 .02 .30*** .05 .01 .02 .01 .49*** .17 .03 .32*** .31
12 meses .40*** .09 .01 .43*** .18 .39*** .11 .02 .27*** .07 .02 .02 .04 .41*** .12 .03 .26*** .22
*** *** *** *** *** ***
Freq .39 .22 .03 .41 .17 .42 .30 .06 .30 .03 -.01 .05 -.01 .40 .29 .07 .24 .23
* ** * *
Início -.11 -.06 .03 -.13 .02 -.16 -.16 .06 -.18 .06 .07 .06 .07 -.13 -.02 .07 -.02 .04
QCA-VE
Vida .31*** .08 .01 .34*** .11 .22*** .02 .03 .04 .09 .05 .02 .10 .34*** .17 .03 .34*** .15
*** *** ** * *** **
12 meses .26 .06 .01 .29 .09 .19 .04 .03 .09 .09 .05 .02 .11 .25 .10 .03 .22 .09
Freq .16* .09 .03 .24*** .06 .16* .02 .06 .03 .01 .07 .05 .09 .21** .21 .07 .24** .07
Início -.07 -.04 .04 -.08 .01 -.06 -.04 .08 -.04 .02 .02 .08 .02 -.12 -.09 .09 -.08 .01
QCA-VP
Vida .32*** .09 .02 .38*** .14 .22** .06 .05 .12 .15 .07 .04 .15 .28** .14 .06 .27* .15
12 meses .37*** .09 .02 .41*** .17 .28** .06 .04 .13 .13 .06 .03 .15* .30*** .14 .05 .30** .18
*** *** *** ** **
Freq .35 .15 .03 .41 .17 .31 .24 .08 .34 .13 .04 .06 .06 .24 .10 .10 .12 .20
Início -.14 -.04 .04 -.11 .01 -.14 -.11 .10 -.17 -.21 -.14 .09 -.18 .02 .10 .12 .13 .05
Notas: VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU
= Traços calosos/não-emocionais; Imp = Impulsividade; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do
coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato;
VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida = Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12
meses; Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início = Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente
beta não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001
296
Tabela 67 Relação entre as escalas do APSD-VE e do QCA: Correlações e análises de regressão
APSD-VE
Total Nar CU Imp
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .27*** .07 .01 .29*** .09 .24*** .09 .04 .16* .10 .01 .03 .02 .29*** .11 .04 .19** .10
12 meses .24*** .06 .01 .27*** .07 .20*** .08 .04 .15* .12* .05 .03 .09 .23*** .06 .04 .11 .07
*** ** ** * ***
Freq .22 .11 .03 .19 .04 .18 .10 .09 .07 .12 .08 .08 .06 .22 .15 .10 .12 .04
Início -.10 -.04 .03 -.07 .01 -.12 -.08 .09 -.07 .03 .05 .08 .05 -.11 -.08 .10 -.06 .01
QCA-VE
Vida .50*** .12 .01 .51*** .26 .41*** .10 .03 .18*** .24*** .05 .02 .10* .51*** .20 .03 .37*** .29
*** *** *** * *** *** ***
12 meses .42 .06 .01 .27 .19 .34 .06 .03 .11 .20 .04 .02 .08 .46 .19 .03 .37 .22
Freq .27*** .14 .02 .31*** .10 .17** .07 .07 .08 .14* .05 .05 .05 .33*** .28 .07 .28*** .12
Início -.25*** -.12 .03 -.22*** .05 -.23*** -.09 .09 -.07 -.02 .08 .07 .07 -.31*** -.33 .09 -.26** .09
QCA-VP
Vida .31*** .09 .02 .31*** .10 .22* .13 .06 .20* .32*** .19 .05 .31*** .13 -.04 .06 -.06 .14
12 meses .28** .07 .02 .27** .08 .21* .13 .06 .23* .26** .11 .05 .20* .15 -.02 .06 -.04 .10
* ** ** **
Freq .23 .13 .04 .31 .09 .14 .18 .10 .19 .28 .23 .08 .26 .12 -.01 .10 -.02 .12
* **
Início -.05 -.02 .05 -.04 .00 .04 .04 .11 .05 -.27 -.29 .11 -.35 .10 .16 .14 .17 .13
Notas: VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU
= Traços calosos/não-emocionais; Imp = Impulsividade; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do
coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato;
VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida = Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12
meses; Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início = Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente
beta não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
297
Tabela 68 Relação entre as escalas do APSD-VP e do QCA: Correlações e análises de regressão
APSD-VP
Total Nar CU Imp
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .50*** .08 .01 .47*** .22 .40*** .02 .04 .06 .46*** .19 .04 .39*** .42*** .07 .05 .14 .26
12 meses .41*** .06 .01 .38*** .14 .30*** -.02 .04 -.04 .43*** .19 .04 .41*** .35*** .05 .05 .11 .20
*** *** ** *** *** ***
Freq .38 .13 .03 .34 .12 .27 -.04 .09 -.05 .39 .36 .10 .35 .33 .15 .12 .15 .17
Início .04 .00 .03 .01 .00 -.02 -.09 .09 -.14 .03 .06 .09 .07 .05 .08 .12 .09 .01
QCA-VE
Vida .39*** .06 .01 .39*** .15 .24** -.01 .04 -.02 .35*** .09 .04 .21* .41*** .13 .06 .28* .17
** *** *** ** **
12 meses .27 .05 .01 .32 .10 .17 -.01 .04 -.03 .32 .13 .04 .31 .26 .05 .05 .11 .13
Freq .14 .04 .03 .18 .03 .17 .07 .08 .13 .15 .09 .09 .14 .11 -.03 .10 -.05 .04
Início .07 .01 .03 .03 .00 -.01 .02 .11 .04 .12 .10 .12 .12 .01 -.10 .14 -.12 .01
QCA-VP
Vida .64*** .13 .01 .70*** .49 .46*** .01 .03 .02 .52*** .15 .04 .29*** .66*** .27 .04 .52*** .53
12 meses .64*** .12 .01 .72*** .52 .49*** .04 .03 .11 .50*** .11 .03 .22** .67*** .24 .04 .51*** .55
*** *** *** * *** * *** ***
Freq .59 .20 .02 .69 .47 .44 .12 .06 .18 .47 .13 .06 .16 .63 .39 .08 .46 .50
*
Início .04 .02 .03 .07 .01 .09 .12 .10 .20 -.14 -.21 .10 -.28 .10 .11 .15 .12 .08
Notas: VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU
= Traços calosos/não-emocionais; Imp = Impulsividade; n = dimensão da amostra; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do
coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato;
VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida = Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12
meses; Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início = Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente
beta não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
298
4.4.2. EB-CV
299
Tabela 69 Relação entre as escalas da EB-CV e do QCA: Correlações e análises de regressão
EB-CVA EB-CVE EB-CVP
r B EP β R 2
r B EP β R2
r B EP β R2
QCA-VA
Vida .08 .00 .00 .04 .00 -.01 .00 .00 .01 .00 .09 .01 .01 .09 .01
12 meses .02 .00 .00 -.01 .00 -.03 .00 .00 -.01 .00 -.05 .00 .01 -.04 .00
Freq -.01 -.01 .01 -.03 .00 -.04 .00 .01 .01 .00 -.05 .00 .01 .01 .00
Início -.07 -.01 .01 -.06 .00 -.04 .00 .01 -.03 .00 -.08 .00 .01 -.04 .00
QCA-VE
Vida .10 .01 .00 .08 .01 .05 .00 .00 .05 .00 .19* .01 .01 .24** .06
12 meses .11 .01 .00 .11 .01 .09 .01 .00 .10 .01 .18* .01 .00 .20* .04
Freq -.02 .00 .01 -.03 .00 -.02 .00 .01 .00 .00 .12 .01 .01 .11 .01
Início .01 .00 .01 .01 .00 .01 .00 .01 .01 .00 .03 .01 .01 .11 .01
QCA-VP
Vida .12 .01 .01 .11 .01 -.02 .00 .01 .04 .00 .09 .01 .01 .09 .01
* *
12 meses .20 .01 .01 .20 .04 .02 .01 .01 .08 .01 .10 .01 .01 .11 .01
Freq .17 .02 .01 .19* .03 .03 .01 .01 .12 .01 .07 .01 .01 .10 .01
Início .15 .02 .01 .14 .02 .13 .02 .02 .11 .01 .07 .00 .01 .03 .00
Notas: VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; r = Coeficiente de correlação de
Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação; QCA = Questionário
de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida = Comportamento Antissocial ao
Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses; Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início = Idade de Início do de Comportamento
Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
300
Tabela 70 Relação entre as escalas da versão reduzida da EB-CV e do QCA: Correlações e análises de regressão
EB-CVRA EB-CVRE EB-CVRP
r B EP β R2
r B EP β R2
r B EP β R2
QCA-VA
Vida .09 .01 .01 .06 .00 -.20*** -.03 .01 -.19** .04 .04 .00 .01 .03 .00
*** **
12 meses .04 .00 .01 .02 .00 -.21 -.03 .01 -.19 .04 -.06 .00 .01 -.02 .00
Freq .01 -.01 .02 -.02 .00 -.19** -.06 .02 -.14* .02 -.03 .01 .03 .03 .00
Início -.01 -.01 .02 -.02 .00 .00 .00 .02 -.01 .00 -.04 -.01 .02 -.03 .00
QCA-VE
Vida .06 .01 .01 .05 .00 -.23*** -.04 .01 -.24*** .06 .19* .02 .01 .18* .03
12 meses .06 .01 .01 .05 .00 -.17** -.03 .01 -.16** .03 .22* .03 .01 .21* .04
** **
Freq -.02 -.01 .02 -.03 .00 -.19 -.06 .02 -.19 .03 .10 .02 .02 .11 .01
* *
Início .02 .00 .03 .00 .00 .13 .05 .03 .13 .02 .02 .01 .03 .03 .00
QCA-VP
Vida .12 .02 .02 .08 .01 -.25** -.04 .02 -.18* .03 -.01 .00 .01 -.03 .00
*
12 meses .14 .02 .01 .13 .02 -.18 -.02 .02 -.13 .02 -.03 -.01 .01 -.05 .00
Freq .13 .04 .03 .14 .02 -.13 -.03 .03 -.09 .01 -.02 -.01 .02 -.04 .00
Início .03 .02 .03 .08 .01 .08 .03 .04 .07 .01 -.05 -.02 .02 -.08 .01
Notas: VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; r = Coeficiente de
correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação; QCA
= Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida = Comportamento
Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses; Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início = Idade de Início do de
Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
301
4.4.3. ICU
Ao nível das regressões lineares múltiplas das dimensões Cal, Unc e Une do ICU-
VA como preditores destas escalas do QCA: apenas a subescala Unc associou-se
positivamente a todas estas escalas exceto a Frequência de Comportamento Antissocial
nos Últimos 12 meses; e, a subescala Une associou-se negativamente ao Comportamento
Antissocial ao Longo da Vida do QCA-VA.
Ao nível das regressões lineares múltiplas das dimensões Cal, Unc e Une do ICU-
VE como preditores destas escalas do QCA: a subescala Unc foi a única que se associou
positivamente à Frequência de Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses do
302
QCA-VA e ao Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses e ao Longo da Vida do
QCA-VP; e, as subescalas Cal e Unc associaram-se positivamente ao Comportamento
Antissocial ao Longo da Vida e nos Últimos 12 meses do QCA-VA e do QCA-VE e à
Frequência de Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses do QCA-VE.
Ao nível das regressões lineares múltiplas das dimensões Cal, Unc e Une do ICU-
VP como preditores destas escalas do QCA: a subescala Unc foi a única que se associou
positivamente às escalas do QCA-VA e ao Comportamento Antissocial nos Últimos 12
meses do QCA-VE; as subescalas Cal e Unc associaram-se positivamente às escalas do
QCA-VP e ao Comportamento Antissocial ao Longo da Vida do QCA-VE; e, a subescala
Une apenas se associou e negativamente ao (à Frequência de) Comportamento
Antissocial nos Últimos 12 meses do QCA-VP. A intensidade destas associações foi
superior entre as respetivas versões de relato das escalas destes instrumentos.
303
Tabela 71 Relação entre as escalas do ICU-VA e do QCA: Correlações e análises de regressão
ICU-VA
Total Cal Unc Une
r B EP β R2 r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .25*** .03 .01 .24*** .06 .26*** .03 .02 .10 .33*** .08 .02 .27*** -.02 -.05 .02 -.13* .11
12 meses .21*** .03 .01 .23*** .05 .21*** .02 .02 .05 .29*** .09 .02 .30*** .00 -.04 .02 -.10 .10
*** *** *** *** ***
Freq .21 .06 .02 .20 .04 .19 .05 .05 .07 .30 .17 .05 .25 .00 -.09 .05 -.10 .08
* **
Início .03 .01 .02 .04 .00 -.04 -.06 .05 -.09 -.01 .01 .05 .01 .13 .13 .05 .16 .03
QCA-VE
Vida .14* .02 .01 .13* .02 .14* .00 .02 -.01 .18** .07 .02 .21** -.01 -.02 .02 -.06 .04
** *** ** *** **
12 meses .18 .03 .01 .21 .04 .17 .01 .02 .05 .20 .06 .02 .21 .04 -.01 .02 -.02 .06
Freq .16* .04 .02 .18** .03 .14* .01 .04 .03 .24*** .13 .04 .25** -.04 -.04 .04 -.06 .06
Início .00 .00 .02 .01 .00 -.05 -.04 .07 -.05 -.03 -.02 .06 -.03 .08 .10 .06 .13 .02
QCA-VP
Vida .17* .03 .01 .19* .04 .13 .01 .03 .03 .21* .08 .03 .25* -.01 -.03 .04 -.08 .07
12 meses .12 .02 .01 .16 .02 .11 .00 .03 -.01 .18* .07 .03 .26* -.04 -.03 .03 -.09 .06
*
Freq .14 .03 .02 .13 .02 .12 -.02 .05 -.04 .17 .11 .06 .21 -.01 -.01 .06 -.01 .03
Início -.07 -.02 .02 -.08 .01 -.12 -.08 .06 -.18 -.06 .01 .07 .03 -.01 .06 .07 .09 .03
Notas: VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; Cal = Calosidade/Frieza
Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente
beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato; VE =
Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida = Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses;
Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início = Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta
não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
304
Tabela 72 Relação entre as escalas do ICU-VE e do QCA: Correlações e análises de regressão
ICU-VE
Total Cal Unc Une
r B EP β R2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .26*** .04 .01 .30*** .09 .27*** .05 .02 .21** .26*** .05 .02 .16* .10 .00 .02 -.01 .10
*** *** *** ** *** * **
12 meses .28 .04 .01 .32 .10 .25 .05 .02 .20 .24 .04 .02 .14 .15 .02 .02 .06 .11
Freq .27*** .08 .02 .26*** .07 .23*** .04 .04 .07 .25*** .15 .05 .22** .14* .02 .05 .03 .08
Início -.03 -.01 .02 -.02 .00 -.08 -.03 .04 -.05 -.06 -.03 .05 -.04 .05 .07 .05 .09 .01
QCA-VE
Vida .40*** .05 .01 .42*** .18 .41*** .06 .01 .24*** .41*** .08 .02 .27*** .12* .00 .02 .00 .21
12 meses .35*** .04 .01 .37*** .13 .37*** .05 .01 .22*** .37*** .07 .02 .26*** .08 -.01 .02 -.04 .17
*** *** *** ** *** **
Freq .28 .07 .01 .30 .09 .30 .09 .03 .20 .28 .10 .03 .19 .08 -.01 .03 -.02 .11
Início -.06 -.02 .02 -.05 .00 -.10 -.03 .04 -.04 -.09 -.05 .05 -.07 .03 .05 .05 .07 .01
QCA-VP
Vida .27** .04 .01 .29** .08 .30*** .06 .03 .18 .30** .09 .04 .25* .00 -.05 .03 -.11 .14
* * ** ** *
12 meses .23 .03 .01 .21 .04 .23 .02 .03 .08 .27 .08 .03 .26 -.02 -.04 .03 -.12 .09
Freq .15 .05 .02 .21* .04 .19* .06 .05 .15 .18 .09 .06 .18 -.08 -.06 .06 -.10 .08
Início .05 .00 .03 .02 .00 .14 .01 .06 .03 -.04 -.05 .07 -.11 .07 .07 .08 .12 .02
Notas: VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; Cal = Calosidade/Frieza
Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente
beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato; VE =
Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida = Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses;
Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início = Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta
não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
305
Tabela 73 Relação entre as escalas do ICU-VP e do QCA: Correlações e análises de regressão
ICU-VP
Total Cal Unc Une
r B EP β R2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .43*** .05 .01 .43*** .19 .38*** .01 .02 .06 .48*** .12 .03 .44*** .14 -.01 .03 -.03 .23
*** *** *** *** *** *
12 meses .40 .04 .01 .39 .15 .33 -.01 .02 -.03 .45 .12 .03 .46 .18 .01 .03 .04 .20
Freq .39*** .09 .02 .36*** .13 .32*** .00 .05 -.01 .44*** .23 .07 .40** .16 .03 .06 .03 .17
Início .03 .00 .02 .02 .00 .04 -.05 .05 -.13 .12 .11 .06 .25 -.15 -.09 .06 -.14 .04
QCA-VE
Vida .37*** .04 .01 .38*** .14 .38*** .05 .02 .24* .40*** .06 .03 .24* .09 -.04 .03 -.10 .19
12 meses .34*** .04 .01 .37*** .14 .32*** .03 .02 .16 .35*** .06 .03 .28* .15 -.01 .03 -.02 .16
* * *
Freq .21 .04 .02 .25 .06 .25 .04 .04 .14 .23 .06 .06 .16 .09 -.02 .06 -.03 .08
Início .17 .03 .02 .14 .02 .18 .02 .07 .07 .14 .05 .08 .12 -.01 -.03 .08 -.05 .03
QCA-VP
Vida .55*** .07 .01 .59*** .35 .61*** .11 .02 .49*** .54*** .06 .03 .22* .08 -.03 .03 -.08 .43
*** *** *** *** *** *** *
12 meses .54 .06 .01 .59 .34 .57 .08 .02 .38 .58 .09 .02 .36 .03 -.06 .02 -.15 .45
Freq .50*** .10 .01 .56*** .31 .54*** .15 .03 .45*** .52*** .12 .04 .28** .05 -.11 .04 -.18** .44
Início -.01 .01 .02 .03 .00 .06 .05 .05 .15 .00 .01 .06 .02 -.19 -.13 .07 -.21 .05
Nota: VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; Cal = Calosidade/Frieza
Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente
beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato; VE =
Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida = Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses;
Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início = Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta
não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
306
4.4.4. YPI-CV
307
Últimos 12 meses do QCA-VE e de Comportamento Antissocial ao Longo da Vida do
QCA-VP; a Cal foi a única dimensão que não se associou ao Comportamento Antissocial
ao Longo da Vida do QCA-VE. Ao nível das regressões lineares múltiplas das
subdimensões II como preditores destas escalas do QCA: a Ir foi a única dimensão
associada ao Comportamento Antissocial ao Longo da Vida e nos Últimos 12 meses do
QCA-VE; todas as subdimensões associaram-se ao Comportamento Antissocial ao Longo
da Vida do QCA-VA, tendo sido a associação menos intensa com a TS; e, por fim, a TS
foi a única subdimensão não associada à (Frequência de) Comportamento Antissocial nos
Últimos 12 meses do QCA-VA. Todas as associações referidas foram positivas e fracas,
com exceção das associações moderadas das subdimensões L e Rem com o
Comportamento Antissocial ao Longo da Vida do QCA-VA e do QCA-VP,
respetivamente.
308
Tabela 74 Relação entre as escalas do YPI-CV e do QCA: Correlações e análises de regressão
Total GM CU II
r B EP β R2
r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .50*** .02 .00 .50*** .25 .42*** .02 .01 .16* .38*** .00 .01 .03 .50*** .05 .01 .38*** .27
*** *** *** *** *** ***
12 meses .35 .02 .00 .37 .14 .27 .00 .01 .01 .28 .01 .01 .08 .38 .04 .01 .34 .16
Freq .36*** .04 .01 .36*** .13 .29*** .01 .02 .05 .29*** .01 .02 .03 .37*** .10 .02 .34*** .16
Início -.32*** -.03 .01 -.33*** .11 -.33*** -.05 .02 -.27** -.24*** -.02 .02 -.08 -.23*** .00 .02 -.01 .11
QCA-VE
Vida .32*** .01 .00 .33*** .11 .30*** .02 .01 .21* .24*** .01 .01 .05 .29*** .01 .01 .11 .11
12 meses .26*** .01 .00 .29*** .08 .23*** .01 .01 .13 .19** .01 .01 .05 .26*** .02 .01 .15* .08
*** *** *** * ***
Freq .26 .02 .00 .29 .08 .25 .02 .02 .15 .17 .01 .02 .05 .27 .03 .02 .13 .08
* * * *
Início -.15 -.01 .01 -.14 .02 -.21 -.06 .02 -.27 .01 .05 .03 .15 -.11 .00 .03 -.02 .04
QCA-VP
Vida .27** .02 .00 .32*** .10 .21** .00 .01 -.01 .31*** .04 .02 .25* .23** .02 .02 .14 .12
*** *** ** *** ***
12 meses .31 .01 .00 .34 .11 .27 .00 .01 .05 .29 .02 .01 .16 .28 .02 .01 .18 .12
Freq .32*** .03 .01 .38*** .14 .29** .02 .02 .14 .27** .01 .03 .04 .31*** .05 .03 .24* .15
Início -.01 .00 .01 .02 .00 .00 .02 .03 .17 .04 .01 .03 .06 -.13 -.04 .03 -.22 .02
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos em Jovens - Versão Crianças; GM = Grandiosidade-Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; II = Impulsividade-
Irresponsabilidade; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2
= coeficiente de determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato
professores; Vida = Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses; Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12
meses; Início = Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
309
Tabela 75 Relação entre as subescalas da dimensão GM do YPI-CV e do QCA: Correlações e análises de regressão
YPI-CV GM
DC G L M
r B EP β r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .35*** .00 .02 .01 .25*** .00 .02 .01 .44*** .13 .02 .38*** .36*** .05 .03 .13 .24
*** ** *** *** *** *
12 meses .21 -.03 .02 -.10 .17 .00 .02 .01 .26 .08 .02 .24 .26 .07 .03 .20 .12
Freq .23*** -.02 .05 -.03 .19*** -.03 .05 -.05 .29*** .19 .05 .25*** .28*** .15 .07 .19* .12
*** *** *** ** ***
Início -.26 -.06 .05 -.10 -.25 -.09 .05 -.13 -.34 -.14 .05 -.21 -.27 .03 .06 .04 .12
QCA-VE
Vida .28*** .02 .02 .07 .22*** .03 .02 .09 .22*** .05 .03 .15* .26*** .03 .03 .07 .10
12 meses .22*** .01 .02 .03 .21*** .03 .02 .11 .15* .03 .02 .10 .20*** .02 .03 .07 .07
** ** ** **
Freq .21 -.01 .05 -.03 .19 .07 .04 .13 .22 .09 .05 .15 .20 .05 .06 .08 .08
** * *
Início -.23 -.16 .07 -.26 -.15 -.02 .06 -.02 -.13 .00 .07 .00 -.14 .07 .09 .09 .05
QCA-VP
Vida .23** .06 .04 .21 .15 .02 .04 .06 .18* .06 .04 .17 .11 -.04 .05 -.11 .09
*** * * *
12 meses .29 .06 .03 .22 .19 .01 .03 .04 .20 .04 .03 .12 .18 -.01 .04 -.02 .09
Freq .34*** .11 .06 .22 .23** .08 .06 .15 .22* .02 .06 .04 .19* .00 .07 .00 .13
*
Início -.01 -.02 .07 -.05 .03 -.02 .07 -.05 -.12 -.15 .08 -.30 .10 .19 .09 .42 .08
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos em Jovens - Versão Crianças; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L = Mentir; M = Manipulação;
r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de
determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida
= Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses; Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início =
Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
310
Tabela 76 Relação entre as subescalas da dimensão CU do YPI-CV e do QCA: Correlações e análises de regressão
YPI-CV CU
Cal Une Rem
r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .27*** .05 .02 .12* .28*** .01 .02 .03 .37*** .10 .02 .29*** .15
12 meses .20*** .05 .02 .13* .23*** .02 .02 .06 .24*** .05 .02 .17** .09
*** *** *** **
Freq .20 .08 .06 .08 .25 .04 .06 .05 .26 .15 .05 .19 .08
* *** * *** ***
Início -.12 .06 .06 .07 -.22 -.12 .05 -.16 -.25 -.17 .05 -.24 .10
QCA-VE
Vida .12* -.01 .03 -.02 .20*** .05 .02 .14* .26*** .06 .02 .18** .07
* ** ** *
12 meses .11 .01 .02 .02 .17 .04 .02 .11 .20 .04 .02 .14 .05
Freq .09 .06 .06 .09 .14* .04 .05 .06 .19** .07 .04 .13 .05
Início .00 .00 .08 .00 -.04 -.03 .07 -.04 -.01 -.02 .06 -.02 .00
QCA-VP
Vida .20* .00 .04 .00 .22** .04 .04 .09 .34*** .10 .03 .30** .12
12 meses .20* .02 .04 .07 .23** .05 .04 .12 .29*** .05 .03 .16 .09
* * *** *
Freq .17 .05 .07 .08 .21 .01 .07 .01 .31 .13 .06 .25 .10
*
Início .15 .13 .09 .23 .09 .11 .10 .18 -.13 -.17 .07 -.35 .11
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos em Jovens - Versão Crianças; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Une
= Insensibilidade Emocional; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta
padronizado; R2 = coeficiente de determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP =
Versão relato professores; Vida = Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses; Freq = Frequência de Comportamento Antissocial
Últimos 12 meses; Início = Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
311
Tabela 77 Relação entre as subescalas da dimensão II do YPI-CV e do QCA: Correlações e análises de regressão
YPI-CV II
Imp TS Ir
r B EP β r B EP β r B EP β R2
QCA-VA
Vida .46*** .07 .02 .25*** .38*** .04 .02 .13* .43*** .08 .02 .22*** .26
12 meses .35*** .06 .02 .22*** .27*** .02 .02 .05 .36*** .07 .02 .21*** .17
*** ** *** *** **
Freq .33 .11 .04 .17 .26 .08 .05 .10 .34 .17 .05 .21 .16
** ** *** **
Início -.16 .00 .04 -.01 -.19 -.07 .05 -.11 -.22 -.13 .05 -.18 .07
QCA-VE
Vida .23*** .02 .02 .07 .23*** .04 .02 .12 .24*** .05 .02 .15* .08
*** ** *** **
12 meses .21 .01 .02 .05 .19 .02 .02 .07 .26 .07 .02 .21 .08
Freq .24*** .07 .04 .16 .21** .03 .04 .05 .23*** .06 .05 .10 .07
Início -.09 .00 .06 .00 -.08 -.04 .06 -.06 -.12 -.07 .07 -.08 .01
QCA-VP
Vida .21* .03 .03 .11 .21** .03 .03 .09 .18* .05 .04 .14 .08
12 meses .23** .02 .03 .09 .27** .05 .03 .17 .21** .04 .03 .11 .10
** *** **
Freq .23 .05 .05 .11 .30 .10 .05 .19 .23 .09 .06 .16 .14
Início -.21 -.12 .06 -.28 -.08 -.02 .07 -.04 .10 .14 .08 .26 .07
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos em Jovens - Versão Crianças; II = Irresponsabilidade-Impulsividade; Imp = Impulsividade; TS = Procura de Excitação; Ir = Irresponsabilidade;
r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado; EP = Erro Padrão do coeficiente beta não padronizado; β = coeficiente beta padronizado; R2 = coeficiente de
determinação; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; Vida
= Comportamento Antissocial ao Longo da Vida; 12meses = Comportamento Antissocial nos Últimos 12 meses; Freq = Frequência de Comportamento Antissocial Últimos 12 meses; Início =
Idade de Início do de Comportamento Antissocial; r = Coeficiente de correlação de Spearman; B = coeficiente beta não padronizado.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
312
5. Discussão
313
ambos subtipos de agressão reativa e proativa na infância oriunda de estudos realizados
em amostras (pré-)escolares na Holanda constituídas por crianças com 9 a 12 anos de
idade (van Baardewijk et al., 2011) e com 3 a 7 anos de idade (Colins et al., 2018), e na
comunidade de gémeos com 5 anos de idade na Suécia (Colins et al., 2017a) e de crianças
com 9 anos de idade nos estados Unidos (Kimonis et al., 2006b). Estes utilizaram várias
medidas da psicopatia, designadamente o YPI-CV (van Baardewijk et al., 2011), a versão
combinada de autorrelatos e relatos pelos pais do APSD (Kimonis et al., 2006b) e a versão
de relato pelos professores do CPTI (Colins et al., 2017a, 2018). E, utilizaram os seguintes
questionários com o intuito de avaliar a agressão reativa e proativa: o RPQ (van
Baardewijk et al., 2011), o IRPA (Colins et al., 2018) e as versões de autorrelato, relato
pelos pais (Kimonis et al., 2006b) e relato pelos professores da ABRS (Colins et al.,
2017a). Estes estudos, exceto os realizados por Colins e colegas (2017a, 2018), estudaram
a relação entre estas variáveis após o controlo dos subtipos de agressão, de modo a
determinar qual a forma de agressão associada unicamente e mais intensamente aos traços
psicopáticos. No presente estudo após o controlo das formas de agressão, a psicopatia
apenas continuou a relacionar-se com ambos tipos de agressão em metade das associações
(entre as versões correspondentes de relato do APSD e da ABRS, entre as versões de
autorrelato e de relato pelos encarregados de educação do APSD e da ABRS e entre o
YPI-CV e a ABRS-VA). Esta parte dos resultados são consistentes com o estudo
conduzido por Kimonis e colegas (2006b). As outras associações entre a psicopatia e os
subtipos de agressão perderam significância estatística (, designadamente entre as versões
de autorrelato e relato pelos encarregados de educação do APSD e a versão de relato pelos
professores da ABRS, e entre a versão de relato pelos professores do APSD e a versão de
relato pelos encarregados de educação da ABRS), sugerindo que a psicopatia está
associada à variância partilhada entre os tipos de agressão, bem como a psicopatia
associou-se apenas a uma das formas de agressão (à agressão reativa entre o APSD-VP e
a ABRS-VA e entre o YPI-CV e o ABRS-VP e à agressão proativa entre o APSD-VE e
o APSD-VA). Apenas um resultado esteve de acordo com o estudo conduzido pelo autor
van Baardewijk e colegas (2011), no qual a psicopatia associou-se unicamente à agressão
proativa. Assim, os resultados do presente estudo de modo geral sugerem que o
comportamento agressivo praticado pelas crianças com valores mais altos de psicopatia
pode decorrer de motivos diferentes, isto é, instrumentais ou reativos, bem como pode ter
como subjacentes processos emocionais distintos, ou seja, ser caraterizado pela frieza
emocional ou precedido por uma reação emocional forte. Uma parte dos resultados
314
também forneceu apoio à hipótese colocada anteriormente de uma relação mais forte da
psicopatia com agressão proativa relativamente à agressão reativa. Ao nível das
correlações bivariada entre a psicopatia e os subtipos de agressão, as associações foram
mais intensas com a agressão proativa do que com a agressão reativa, com exceção da
relação entre o APSD-VE e a ABRS-VE, entre o APSD-VP e o ABRS-VA, e entre o YPI-
CV e o ABRS-VE. Replicando, assim, os resultados dos estudos anteriores (Colins et al.,
2017a; Kimonis et al., 2006b; van Baardewijk et al., 2011). Após o controlo do respetivo
outro subtipo de agressão, os seguintes resultados continuaram a apoiar a hipótese: entre
as versões de relato de todos os instrumentos, com exceção do APSD-VE, replicando o
resultado do estudo conduzido por Kimonis e colegas (2006b). E, apenas os autorrelatos
de agressão proativa se associaram unicamente ao APSD-VE, de forma consistente com
os resultados do estudo realizado pelo autor van Baardewijk e colegas (2011).
315
de educação, entre versões de relato pelos encarregados de educação, entre APSD-VE e
ABRS-VA e entre APSD-VA e ABRS-VP). A dimensão comportamental do APSD
associou-se unicamente à agressão proativa (entre o APSD-VA e a ABRS-VE e entre o
APSD-VP e a ABRS-VE), a ambos tipos de agressão (dos respetivos relatos pelos
encarregados de educação e pelos professores). A dimensão interpessoal associou-se a
ambos tipos de agressão (entre as versões de relato correspondentes). Assim, os resultados
em parte apoiam uma associação particular com a agressão proativa para a dimensão CU
do APSD e a dimensão comportamental do YPI-CV e do APSD que se relacionaram
unicamente apenas com a agressão proativa. Nos estudos realizados por Colins e colegas
(2017a, 2018) apenas as dimensões interpessoal e comportamental da psicopatia se
relacionaram com a agressão reativa e proativa após o controlo das dimensões da
psicopatia, com maior contributo da dimensão interpessoal e uma maior intensidade para
a agressão proativa. No estudo realizado pelo autor van Baardewijk e colegas (2011),
apenas a dimensão comportamental do YPI-CV se associou unicamente a ambos os tipos
de agressão e após o controlo da outra forma de agressão apenas à agressão proativa.
316
estudo replicou os resultados dos estudos mencionados, nos quais os traços CU e
particularmente as suas subdimensões Calosidade/Frieza Emocional (Cal) e Indiferença
Emocional (Unc) relacionaram-se com o comportamento agressivo (entre o ICU-VA e a
ABRS-VE, entre o ICU-VE e a ABRS-VA/VE, entre o ICU-VP e a ABRS-VA/VP). A
dimensão Insensibilidade Emocional de modo geral não se relacionou com o
comportamento agressivo e após o controlo da variância partilhada com as outras
subdimensões CU as associações com o comportamento agressivo deixaram de ser
significativas e até foram negativas. Estes resultados sugerem que são as caraterísticas
afetivas da psicopatia relacionadas com calosidade em relação aos outros e a falta de
preocupação com o seu desempenho e não a ausência de expressão emocional que estão
relacionadas com uma predisposição para a prática do comportamento agressivo. Estes
resultados replicaram a evidência proveniente do reduzido número de estudos conduzidos
na infância (Benesch et al., 2014; Ezpeleta et al., 2013; Waller et al., 2015), bem como a
evidência de um maior número de estudos realizados na adolescência (Ansel et al., 2015;
Charles et al., 2012; Colins et al., 2016; Pihet et al., 2015; Kimonis et al., 2008, 2013b;
Hawes et al., 2014b; Hougton et al, 2013b; López-Romero et al., 2015a; Ray et al.,
2016b). Há evidência de um padrão de relações divergentes da subdimensão Une
relativamente às subdimensões Cal e Unc com traços de personalidade básicos (e.g.,
Decuyper et al., 2011; Romero & Alonso, 2017), outras medidas de comportamento
antissocial e de psicopatologias de internalização e de externalização (e.g., Colins et al.,
2015; Essau et al., 2006), sugerindo que esta subescala captura a timidez e a
vulnerabilidade. Esta evidência conduziu ao questionamento do papel desta escala na
avaliação dos traços CU. Segundo a opinião de vários autores a subescala Une do ICU
deveria ser removida (e.g., Hawes et al., 2014a) ou revista (e.g., Colins et al., 2016).
Contudo, os comportamentos antissociais e agressivos constituem uma importante
medida de critério externa de validação do ICU, mas não são as únicas. E, a subescala
Une está relacionada negativamente com a empatia e o comportamento pró-social
(Ezpleta et al., 2003; Kimonis et al., 2016). É importante destacar que os presentes
resultados em conjunto com esta evidência podem ser consequência do conteúdo inerente
aos itens da subescala Une do ICU estar a avaliar uma ausência ou défice de expressão
emocional (e.g., “Escondo os meus sentimentos dos outros”), que não é caraterística da
psicopatia, ao invés de uma ausência ou défice de responsividade emocional ou de
respostas emocionais (e.g., sentir simpatia pela angústia do outros e medo de punição),
para além de não incluir no seu conteúdo a caraterística afetiva da psicopatia de expressar
317
emoção de forma instrumental e manipuladora. E, deste modo a subescala Une captura
com insucesso as caraterísticas essenciais à concetualização da psicopatia de défices ou
superficialidade a nível afetivo (e.g., Frick & Moffitt, 2010, Kimonis et al., 2013a). Além
disso, no presente estudo, o ICU forneceu dados mistos à hipótese, nos quais, por um
lado, os seguintes resultados apoiam a hipótese colocada: os traços CU associaram-se
unicamente à agressão proativa mesmo após o controlo da agressão reativa (entre as
versões de relato pelos professores e entre o ICU-VA e o ABRS-VE), replicando os
resultados do estudo realizado por Kimonis e colegas (2006a), e a ambos subtipos de
agressão, mas com maior intensidade para a agressão proativa (entre o ICU-VE e a
ABRS-VE). E, por outro lado, outros resultados contrariam a hipótese colocada,
designadamente após o controlo do outro tipo de agressão, os relatos pelos professores
dos traços CU relacionaram-se unicamente com autorrelatos de agressão reativa e os
traços CU deixaram de ser relacionar com ambos os tipos de agressão (entre o ICU-VA
e a ABRS-VA/VP e entre o ICU-VP e a ABRS-VE), replicando o resultado do estudo
realizado por Frick e colegas (2003a).
318
quer pelo instrumento original e versões do PPI, com comportamentos de externalização
(o comportamento antissocial, a agressão e o consumo de substâncias). Por outro lado, os
resultados foram de modo geral contrários à evidência da relação positiva entre
comportamentos de externalização e traços psicopáticos do domínio interpessoal de
ajustamento positivo em adolescentes e adultos, avaliados pela escala Boldness da TriPM
(Almeida et al., 2015; Drislane et al., 2014b; Somma et al., 2016b; Seixas, 2014; Wall et
al., 2014), bem como pelo fator FD do PPI (Cima & Raine, 2009; Ostrov & Houston,
2008; Selbom, Benporath, Lilienfield, Patrick, & Graham, 2005; Stanford, Houston, &
Baldrige, 2008). Esta ausência de relação de traços psicopáticos do domínio interpessoal
de ajustamento positivo poderá reforçar o posicionamento de alguns autores que
questionam o papel destes traços na concetualização e operacionalização da psicopatia
(cf. Marcus et al., 2013; Lynam & Miller, 2012; Miller & Lynam, 2012), afirmando que
a boldness «(…)is largely assessing psychological adjustment and adaptive functioning
in a manner that is distinct from how the psychopathy construct has been conceived of
and studied over the past 30 years. (…)» (p.318, Miller & Lynam, 2012). Contudo, o
comportamento agressivo e antissocial não são as únicas medidas de critério externas
relevantes na rede nomológica da psicopatia. E, apesar de traços psicopáticos do domínio
interpessoal de ajustamento positivo não se relacionaram com estes indicadores mal-
adaptativos da psicopatia em adultos e no presente estudo na infância, estes relacionaram-
se com outros conceitos teoricamente relevantes para a psicopatia, designadamente a
inibição comportamental (-; Miller & Lynam, 2012), a procura de sensações fortes (-;
Miller & Lynam, 2012; Marcus et al., 2013; Lilienfeld et al., 2012) e o narcisismo (+;
Benning, Patrick, Blonigen, Hicks, & Iacono, 2005; Miller & Lynam, 2012; Lilienfeld et
al., 2012; Patrick & Drislane, 2014), o medo (-) e indicadores psicofisiológicos de
resposta ao medo (-; Lilienfeld et al., 2012; Patrick & Drislane, 2014). Além disso, as
conclusões destes autores negligencia as concetualizações clássicas da psicopatia
(Cleckley, 1950; Karpman, 1941; Lykken, 1995) e atuais (Patrick et al., 2009) que
incluem de traços psicopáticos do domínio interpessoal de ajustamento positivo na
definição da psicopatia, bem como a associação da psicopatia a certas caraterísticas
clínicas de funcionamento saudável também está incluído em autores que se focaram mais
nos traços mal-adaptativos da psicopatia, designadamente McCord e McCord (1964) e
Hare (1993).
319
Os resultados relacionados com a associação entre a psicopatia e o comportamento
antissocial foram consistentes com a hipótese colocada de valores mais altos de traços
psicopáticos estarem associados a uma adoção de uma maior variedade de
comportamentos antissociais ao longo da vida e nos últimos 12 meses, e a uma maior
frequência de prática de comportamentos antissociais nos últimos 12 meses (, com
exceção da associação não significativa entre relatos pelos professores do APSD e relatos
pelos encarregados de educação da frequência de comportamentos antissociais nos
últimos 12 meses). A relação positiva entre a psicopatia e estas escalas de comportamento
antissocial foi independente do instrumento de avaliação da psicopatia (YPI-CV e APSD)
e das fontes de informação das medidas utilizadas para avaliar a psicopatia e o
comportamento antissocial, apesar de a intensidade das associações ser superior entre
relatos provenientes da mesma fonte de informação. O presente estudo apoia a evidência
proveniente de estudos que demonstraram uma relação positiva entre a psicopatia e o
comportamento antissocial em amostras pré-escolares de crianças com idades
compreendidas entre os 3 a 5 anos na Suécia (Colins et al., 2014a; Frogner et al., 2018) e
entre os 3 a 7 anos na Holanda (Colins et al., 2018), em amostras escolares de crianças
com idades compreendidas entre 6 e 12 anos em Itália (Somma et al., 2016a) e entre os 9
e 12 anos na Suécia (van Baardewijk et al., 2010) e na Holanda (van Baardewijk et al.,
2011) de crianças e adolescentes com 10 a 17 anos de idade nos Estados Unidos (Marsee
et al., 2005), e em amostras na comunidade derivadas do estudo de gémeos de ambos os
géneros com 5 anos de idade PETSS na Suécia (Colins et al., 2017a) e com crianças do
género masculino com 7, 10 e 13 anos de idade nos Estados Unidos do estudo PYS
(Lynam, 1997; Lynam et al., 2009a/b). Estes estudos utilizaram várias medidas da
psicopatia, designadamente relatos pelos professores (Colins et al. 2014a, 2017, 2018;
Frogner et al., 2018), mães e pais do CPTI (Somma et al., 2016a), relatos pelos pais da
CPS (Lynam, 1997; Lynam, et al. 2009a/b), autorrelatos e relatos pelos professores do
APSD (Marsee et al., 2005) e autorrelatos do YPI-CV (van Baardewijk et al., 2010, 2011).
As seguintes medidas de comportamento antissocial foram utilizadas por estes estudo: o
SRA (Lynam, 1997), o SRD (Lynam, 1997; Lynam et al., 2009a; Marsee et al., 2005), o
o TRF (Colins et al., 2017a; Lynam, 1997), a CBCL (Colins et al., 2017), o YSR (Lynam,
1997), o CTRF (Colins et al., 2018), autorrelatos do SDQ (van Baardewijk et al., 2010,
2011), relatos pelos pares do PBSI, nominações pelos pares do PMIEB (van Baardewijk
et al., 2011), relatos pelos pais (Colins et al., 2014a) e pelos professores (Frogner et al.,
2018) de questionários elaborados para avaliar problemas de conduta no âmbito do
320
projeto de investigação. Outros estudos utilizaram registos oficiais de crime (Lynam et
al., 2009b) e registos escolares de problemas comportamentais (Somma et al., 2016a). É
importante destacar que o estudo realizado por Marsee e colegas (2005) apenas
evidenciou uma relação positiva dos autorrelatos de comportamento delinquente com os
autorrelatos da pontuação total do APSD e não com os relatos pelos professores do APSD.
E, no estudo conduzido por Somma e colegas (2016a) os problemas comportamentais
escolares apenas não se relacionaram com os relatos pelos pais da pontuação total do
CPT.
321
frequência nos últimos 12 meses (entre autorrelatos, entre relatos pelos professores e entre
APSD-VA e QCA-VP). A dimensão afetiva do APSD associou-se unicamente à prática
de comportamentos antissociais ao longo da vida (entre relatos pelos encarregados de
educação, entre o APSD-VE e o QCA-VP e entre o APSD-VP e todos os relatos do QCA),
à prática de comportamentos antissociais nos últimos 12 meses (entre APSD-VA e QCA-
VE/VP; entre o APSD-VE e o QCA-VP e entre o APSD-VP e todos os relatos do QCA)
e à sua frequência nos últimos 12 meses (entre o APSD-VE e o QCA-VP, e e entre o
APSD-VP e o QCA-VA/VP). A dimensão comportamental do APSD associou-se
unicamente à prática de comportamentos antissociais ao longo da vida (entre o APSD-
VA e todos os relatos do QCA, entre relatos pelos encarregados de educação, entre o
APSD-VE e o QCA-VA, entre relatos pelos professores, e entre o APSD-VP e o QCA-
VE), à prática de comportamentos antissociais nos últimos 12 meses (entre o APSD-VA
e todos os relatos do QCA, entre relatos pelos encarregados de educação, e entre relatos
pelos professores) e à sua frequência nos últimos 12 meses (entre o APSD-VA e o QCA-
VA/VE, entre relatos pelos encarregados de educação, entre relatos pelos professores).
De acordo com a hipótese colocada e apoiando uma parte dos estudos anteriores (Colins
et al., 2014a; Frogner et al., 2018; van Baardewijk et al., 2010), uma parte dos resultados
evidenciou que o preditor mais forte do comportamento antissocial foi a dimensão
comportamental do YPI-CV e do APSD. Contudo, a outra parte dos resultados
demonstrou uma contribuição maior da dimensão afetiva (, designadamente nas relações
entre o: YPI-CV e o comportamento antissocial ao longo da vida do QCA-VP, APSD-
VP(VE) e todas as escalas do QCA-VA(VP)), replicando os resultados do estudo
realizado por Colins e colegas (2017a) relativamente aos relatos pelos pais da psicopatia,
ou da dimensão interpessoal (, nomeadamente nas relações entre o: YPI-CV e o
comportamento antissocial ao longo da vida do QCA-VE, o APSD-VA e a frequência de
comportamento antissocial nos últimos 12 meses do QCA-VP, o APSD-VE e o
comportamento antissocial nos últimos 12 meses do QCA-VA), replicando o estudo
realizado por Colins e colegas (2018), ou de nenhuma (, designadamente nas relações
entre o: YPIC-V e o (a frequência de) comportamento antissocial nos últimos 12 meses
do QCA-VP (VE), APSD-VE(VP) e a frequência de comportamento antissocial nos
últimos 12 meses do QCA-VA(VE)).
Este foi o primeiro estudo a analisar a relação entre os traços psicopáticos e a idade
de início de comportamento antissocial na infância, ao nosso conhecimento. Uma parte
322
dos resultados forneceu evidência de que valores altos de traços psicopáticos estavam
relacionados com um início mais precoce da prática do comportamento antissocial na
infância (, designadamente entre as versões de autorrelato para o YPI-CV e o APSD, entre
o YPI-CV e o QCA-VE e entre as versões de relatos pelos encarregados de educação do
APSD). Estes resultados replicaram os estudos realizados na adolescência que analisaram
a relação entre os traços psicopáticos e a idade de início do comportamento antissocial
em amostras forenses constituídas por adolescentes do sexo masculino com idades
compreendidas entre os 13 e 20 anos em Portugal (Pechorro et al., 2015) e os 11 e 18
anos nos Estados Unidos (Poythress et al., 2006a), numa amostra mista escolar e forense
constituída por adolescentes do sexo feminino com idades compreendidas entre os 13 e
18 anos em Portugal (Pechorro, Gonçalves, Marôco, Nunes, & Jesus, 2014). Estes estudos
utilizaram o YPI (Pechorro et al., 2015; Poythress et al., 2006a), o YPI-SV (Pechorro et
al., 2015) e a versão de autorrelato do APSD (Poythress et al., 2006a; Pechorro et al.,
2014) para avaliar a psicopatia. E, utilizaram autorrelatos (Pechorro et al., 2015) e relatos
dos técnicos (Pechorro et al., 2015; Poythress et al., 2006a), bem como a combinação de
registos oficiais e de autorrelatos (Pechorro et al., 2014) da idade de início da prática de
comportamento delinquente. Relativamente ao contributo das dimensões da psicopatia
para a idade de início de comportamento antissocial no presente estudo, a dimensão
interpessoal foi o único preditor desta entre o YPI-CV e o QCA-VA/VE e entre as versões
de autorrelato do APSD e do QCA, enquanto a dimensão comportamental foi o único
preditor deste apenas entre as versões de autorrelato do APSD e do QCA. Deste modo,
estes resultados de modo geral contrariam as previsões iniciais de um maior contributo
da dimensão comportamental para esta relação.
323
forneceu evidência da relação isolada de traços psicopáticos do domínio interpessoal de
ajustamento positivo e CU com o comportamento antissocial, que será discutida de
seguida.
324
de informação e valores mais altos da subdimensão Insensibilidade emocional
relacionaram-se com um início mais tardio da prática do comportamento antissocial na
infância entre as versões de autorrelato independentemente das outras subdimensões CU.
Estes resultados não estão de acordo com a evidência produzida da relação negativa entre
os autorrelatos de traços CU avaliados pelo ICU e a idade de início de comportamento
delinquente por estudos conduzidos em amostras forenses constituídas por adolescentes
em Portugal (Pechorro et al., 2016a), em Espanha (López-Romero et al., 2015a) e nos
Estados Unidos (Muñoz et al., 2008; White et al., 2013). Estes estudos utilizaram de modo
geral registos oficiais de crime (López-Romero et al., 2015a; Muñoz et al., 2008; White
et al., 2013) e um estudo avaliou através de autorrelatos (Pechorro et al., 2016a). Estes
resultados sugerem que crianças com níveis mais altos das caraterísticas afetivas da
psicopatia de uma atitude calosa em relação aos outros, mas particularmente a falta de
preocupação com o desempenho estão mais predispostas à prática do comportamento
antissocial.
325
5.2. Vantagens e limitações do presente estudo e direções futuras da investigação
326
distorção de resposta, défices de autoconhecimento, desejabilidade social, competências
de leitura e de compreensão; e.g., Dadds, Perrin, & Yule, 1998; Matt, Vázquez, &
Campbell, 1992; Lyons, True, Eisen, Goldberg, Meyer, Faraone, Eaves, & Tsuang,
1995), e de a utilização de informantes como os pais e professores ser mais fiável na
avaliação de psicopatologia em crianças mais pequenas, a adequacidade dos autorrelatos
aumenta na adolescência (Frick, Barry, & Kamphaus, 2010), particularmente
relativamente aos traços psicopáticos e comportamentos desviantes. A utilização de
autorrelatos constitui um dos melhores métodos na avaliação de atitudes e de estados
emocionais internos (e.g., grandiosidade, ausência de remorsos, e empatia; e.g., van
Baardewijk et al., 2011) e das motivações inerentes ao comportamento agressivo (e.g.,
Baker et al., 2008; Raine et al., 2006) que podem ser difíceis de observar e avaliar por
terceiros, tais como os seus pais e os seus professores, bem como as crianças são as únicas
que estão em posição de relatar vários comportamentos por vários contextos (e.g., casa,
sala de aula e recreio) os terceiros podem não ter conhecimento de comportamentos
antissociais. Estes também permitem aceder à perspetiva do próprio. Em segundo lugar,
foi utilizada uma amostra escolar de dimensões relativamente grandes de crianças (com
proporções iguais de rapazes e de raparigas) para os autorrelatos e relatos pelos
encarregados de educação. Em terceiro lugar, foram aplicados instrumentos de avaliação
com boas caraterísticas psicométricas e frequentemente utilizados na infância. Em quarto
lugar, a utilização de instrumentos de avaliação que avaliam os vários domínios de traços
psicopáticos permitiu estudar a psicopatia de forma global, bem os domínios específicos
desta após o controlo da variância partilhada com as outras dimensões. Ultrapassando,
assim, a limitação de estudos que se focam apenas num domínio da psicopatia. Em quinto
lugar, a aleatorização da ordem de administração dos questionários diminuiu a
possibilidade de a fatiga influenciar o preenchimento dos questionários que estivessem
distribuídos em último no protocolo. Por fim, a escolha de administração de um
questionário que avalia o comportamento antissocial em detrimento de escolha de
metodologias documentais, como por exemplo, registos escolares de problemas
comportamentais ou registos oficiais de delinquência, permitiu ultrapassar as cifras
negras de comportamentos antissociais, isto é, apenas uma pequena parte dos
comportamentos antissociais e agressivos praticados pelos alunos é conhecido e registado
pelo sistema escolar e de justiça. Os relatos de delinquência permitem aceder a
comportamentos antissociais e agressivos que nunca foram alvos de intervenção e registo
327
pelo sistema escolar e de justiça (e.g., Krueger et al., 1994) e permitem distinguir as
formas de agressão.
328
desenhados de modo a avaliar o contributo de traços psicopáticos na explicação do
comportamento antissocial e agressivo relativamente a outros fatores de risco destes,
incluindo medidas destes (e.g., caraterísticas sociodemográficas, atitudes criminais, pares
desviantes, membros familiares criminosos, baixo autocontrolo, psicopatologias de
externalização, maus-tratos e baixa supervisão parental) e de modo a perceber o papel de
traços psicopáticos em diferentes trajetórias de comportamento antissocial (e.g., limitadas
à adolescência e crónicas). Os estudos deverão incluir diversas medidas da psicopatia e
fontes de informação destas. Além disso, a investigação futura também deverá replicar os
presentes resultados através da utilização quer de metodologias distintas de avaliação de
comportamento agressivo e antissocial, tais como observações de crianças a interagir
socialmente (e.g., a brincarem no recreio), tarefas experimentais e registos oficiais e
escolares, quer através da aplicação da mesma metodologia mas com fontes de
informação distintas, como por exemplo questionários relatados pelos pares ou colegas
das crianças, e no caso da agressão reativa e proativa recorrendo a outros questionários
que distingam melhor as formas de agressão (e.g., o RPQ). É recomendado aos
investigadores que utilizarem o questionário que avaliou o comportamento antissocial
incluírem escalas de Likert para avaliar a frequência deste (e.g., de nunca a 20 vezes ou
mais), como outros investigadores fizeram (e.g., Fossati et al., 2016; Krueger et al., 1994),
e a idade de início, de modo a reduzir a dificuldade de resposta destas questões. Os nossos
resultados também requerem replicações em amostras escolares de maiores dimensões
para os professores, bem como noutros tipos de amostras, designadamente em amostras
clínicas constituídas por crianças em risco da prática de comportamento antissocial por
possuírem psicopatologias de externalização ou amostras de crianças sinalizadas ou alvos
de intervenção da CPCJ. Em Portugal, não é possível o recurso a amostras forenses
constituídos por crianças alvo de sanções ou institucionalizadas em centros educativos
pela prática de comportamentos antissociais, só a partir dos 12 anos de idade, nos termos
da Lei Tutelar Educativa.
6. Conclusão
329
relação entre os traços psicopáticos interpessoais de ajustamento positivo e o
comportamento antissocial e a agressão. O presente estudo vem acrescentar evidência de
que valores mais elevados de traços psicopáticos estão relacionados com uma maior
adoção de comportamentos antissociais e agressivos reativos ou proativos na infância,
bem como fornecer nova evidência de que valores mais elevados de traços psicopáticos
estão relacionados com um início mais precoce da prática do comportamento antissocial
na infância. Contudo, estes resultados apenas se aplicam aos traços psicopáticos avaliados
pelo ICU, YPI-CV e APSD, uma vez que os traços psicopáticos do domínio interpessoal
de ajustamento positivo (boldness) avaliados pela EB-CV de modo geral não se
relacionaram com o comportamento antissocial e agressivo proativo e reativo. A área de
Criminologia tem-se focado apenas no baixo autocontrolo como fator de risco da
delinquência. O presente estudo reclama a necessidade de a investigação futura estudar
outras diferenças individuais, designadamente os traços psicopáticos, como fatores de
risco da delinquência até agora negligenciadas pela área de Criminologia. Sendo
importante destacar que não é colocado em causa a existência outros fatores para além de
traços psicopáticos, quer a nível individual, social, familiar, genético e neurobiológico
que influenciam a prática do comportamento criminal. Assim, incluir apenas um fator de
risco na explicação do desenvolvimento do comportamento agressivo e antissocial iria
limitá-la. A investigação nesta área é da maior relevância no desenvolvimento de
estratégias de prevenção e intervenção precoces de prática do comportamento antissocial
e agressivo, tendo em consideração a estabilidade do comportamento antissocial e
agressivo da infância ao longo da vida e a maior plasticidade associada a esta faixa etária,
e consequentemente, na redução dos custos destes associados à sociedade. O presente
estudo não analisou a estabilidade de traços psicopáticos nem a sua utilidade preditiva do
comportamento antissocial e agressivo na adolescência e na idade adulta. No entanto, os
resultados sugerem que os traços psicopáticos podem desempenhar um papel importante
na explicação do comportamento antissocial e agressivo mesmo na infância. Assim, os
traços psicopáticos poderão ser um alvo crítico de intervenção com o intuito de reduzir
ou prevenir o comportamento agressivo e antissocial na infância, bem a eficiência de
intervenções sobre o comportamento antissocial e agressivo poderá ser melhorada se
tiverem como alvo crianças que podem estar em risco de problemas comportamentais
devido a predisposições para traços psicopáticos.
330
Capítulo IV: Conclusão
331
noutros países e contextos culturais, bem como adaptar o instrumento a outras faixas
etárias na infância e na adolescência.
332
designadamente Hare (1993), McCord e McCord (1964). Os autores também
negligenciaram a operacionalização das caraterísticas de ajustamento positivo do domínio
interpessoal por instrumentos de avaliação da psicopatia em adultos, nomeadamente a
TriPM e o PPI. Os autores (cf. Marcus et al., 2013; Lynam & Miller, 2012; Miller &
Lynam, 2012) também excluíram da sua análise evidência do relacionamento destas
caraterísticas com constructos relevantes na rede nomológica da psicopatia indicadores
mal-adaptativos desta (e.g., Lilienfeld et al., 2012). Os traços interpessoais do domínio
de ajustamento positivo da psicopatia relacionaram-se com comportamentos de
externalização (+, Almeida, Seixas, Ferreira-Santos, Vieira, Paiva, Moreira, & Costa,
2015; Cima & Raine, 2009; Drislane, Patrick, Sourander, Sillanmäki, Aggen, Elonheimo,
et al. 2014; Ostrov & Houston, 2008; Selbom, Benporath, Lilienfield, Patrick, & Graham,
2005; Somma et al., 2016b; Seixas, 2014; Stanford, Houston, & Baldrige, 2008), atitudes
positivas sobre táticas predadoras sexuais de manipulação (Marcus & Norris, 2014), o
sistema de inibição comportamental (-; Miller & Lynam, 2012; Selbom & Philips, 2013),
a procura de sensações fortes (-; Miller & Lynam, 2012; Marcus, Fulton, & Edens, 2013;
Lilienfeld et al., 2012), o narcisismo (+; Benning, Patrick, Blonigen, Hicks, & Iacono,
2005; Miller & Lynam, 2012; Lilienfeld et al., 2012; Patrick & Drislane, 2014), relatos e
indicadores psicofisiológicos de resposta ao medo (-; Lilienfeld et al., 2012; Patrick &
Drislane, 2014), a baixa agradabilidade ou antagonismo (Poy et al., 2014; Sica, Drislane,
Caudek, Angrilli, Bottesi, Cerea, & Ghisi, 2015; Somma et al., 2016b; Stanley et al.,
2013). A investigação futura deverá avaliar outros indicadores mal-adaptativos da
psicopatia para além dos avaliados na presente investigação ou os mesmos utilizando
metodologias distintas e estudar a sua relação com a EB-CV, bem como de outros
indicadores adaptativos desta. É importante destacar o papel destes traços na distinção da
psicopatia do diagnóstico de personalidade antissocial (Patrick et al., 2013; Strickland et
al., 2013; Venables et al., 2014; Wall et al., 2014) e de psicopatologias de externalização
(Krueger, 1999; Patrick et al., 2013), que estão associadas frequentemente à
emocionalidade negativa e a psicopatologias de internalização comórbidas (Krueger,
1999; Patrick, Kramer, Krueger, & Markon, 2013). Este estudo apoiou a associação
destas caraterísticas a índices do funcionamento adaptativo, que é consistente com a
definição de Cleckley (1950) da psicopatia como a presença de uma desviância
comportamental mascarada com a aparência de saúde mental robusta.
333
A existência de um instrumento de avaliação da boldness é imperativo, como a
EB-CV, uma vez que a avaliação de traços interpessoais de ajustamento positivo da
psicopatia na infância irá permitir adquirir conhecimento sobre as manifestações precoces
e a etiologia destes traços, designadamente o modelo dual dos processos etiológicos
subjacente às componentes triárquicas da psicopatia (Patrick et al., 2009), as
manifestações criminais e não criminais da psicopatia, as distinções entre a psicopatia
primária e secundária (Karpman, 1941; Kimonis, Frick, Cauffman, Goldweber, & Skeem,
2012; Lee & Salekin, 2010; Lykken, 1957, 1995; Skeem, Johansson, Andershed, Kerr, &
Louden, 2007) e de sucesso e de insucesso (Hall & Benning, 2006), a investigação
desenvolvimental do papel dos défices do medo na formação da consciência na infância
(Kochanska, 1997). Na investigação que aborda este tipo de questões a EB-CV poderá
desempenhar um papel fundamental como medida de traços psicopáticos de ajustamento
positivo em crianças. Os resultados relativos aos padrões divergentes de associação da
boldness e de traços psicopáticos do domínio comportamental com a Emocionalidade
Negativa, bem como aos padrões convergentes de associação da boldness e dos traços
CU com o sistema de inibição comportamental, fornecem apoio ao modelo dual dos
processos etiológicos subjacente às componentes triárquicas da psicopatia (Patrick et al.,
2009), no qual a base etiológica das componentes da psicopatia boldness e meanness, que
incorpora as caraterísticas do domínio afetivo da psicopatia, está relacionada com o
processo etiológico de défices no sistema de medo. A disinhibition, que incorpora as
caraterísticas do domínio comportamental da psicopatia apresenta uma base etiológica
distinta da boldness, que é a vulnerabilidade para a externalização. A investigação futura
deverá testar particularmente a base etiológica défices no sistema de medo do modelo
dual dos processos etiológicos subjacente às componentes triárquicas da psicopatia
(Patrick et al., 2009), no qual a interação de uma predisposição genética para baixo medo
com fatores ambientais (e.g., maus tratos parentais na infância) resulta nas expressões
fenotípicas adaptativa (boldness) e mal-adaptativa (meanness). Apesar de a existência de
evidência da influência de fatores ambientais, como a parentalidade, no desenvolvimento
da psicopatia, esta corresponde a uma área de estudo negligenciada, pois a investigação
tem-se focado no estudo de fatores neurobiológicos e individuais. Assim, é relevante
investigar o papel de fatores ambientais que de acordo com modelos como o supracitado
podem interagir com os outros fatores no desenvolvimento da psicopatia (Farrington,
Ulrich, & Salekin, 2010).
334
Relativamente aos traços psicopáticos dos domínios comportamental e afetivo e a
outras caraterísticas do domínio interpessoal da psicopatia, o presente estudo acrescentou
evidência de que valores mais elevados de traços psicopáticos estão relacionados com
uma maior adoção de comportamentos antissociais e agressivos reativos ou proativos na
infância, bem como forneceu nova evidência de que valores mais elevados de traços
psicopáticos estão relacionados com um início mais precoce da prática do comportamento
antissocial na infância. Estes resultados para além de demonstrarem a importância de
traços psicopáticos no comportamento antissocial na infância, demonstram que estes
traços manifestam-se e relacionam-se de forma semelhante na infância e na idade adulta.
A área de Criminologia tem-se focado apenas no baixo autocontrolo como fator de risco
da delinquência na área de investigação da relação entre a delinquência e diferenças
individuais na personalidade ou temperamento. O presente estudo reclama a necessidade
de a investigação futura estudar outras diferenças individuais, designadamente os traços
psicopáticos, como fatores de risco da delinquência até agora negligenciadas pela área de
Criminologia, recorrendo a desenhos e metodologias de investigação mais avançados.
Esse conhecimento será essencial para o desenvolvimento de programas de prevenção e
tratamento precoces eficientes dirigidos a fases do desenvolvimento mais maleáveis do
que a idade adulta; e, assim, na redução dos custos sociais associados ao comportamento
antissocial.
335
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385
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386
______________________________________________________________ANEXOS
Anexos
387
______________________________________________________________ANEXO 1
Grelha de reflexões faladas
388
Grelha de reflexões faladas
ID Estudo: ____________
ID Sujeito: ____________
Data: ________________
Duração: _____________
Instruções
Escala de avaliação
121
Comentários/Anotações:
21
A grelha de reflexões faladas continuava contendo uma linha para cada item dos instrumentos de
avaliação.
389
______________________________________________________________ANEXO 2
Versão autorrelato do Questionário Sociodemográfico
391
Secção 1: Esta parte
Versão do questionário
autorrelato tem várias perguntas
do Questionário sobre as22tuas informações
Sociodemográfico
sociodemográficas.
11. Qual é a situação dos teus pais? □ Os meus pais estão casados ou vivem juntos
na mesma casa
22
Desenvolvido no âmbito do presente projeto de doutoramento.
393
12. Qual é a profissão da tua mãe? ________________________ □ Não sei
15. Quantas pessoas vivem ao todo em tua casa (a contar contigo)?_____ pessoas
□ Nenhum
□ Ensino Secundário - Cursos Gerais (12º/7º ano dos liceus completo, propedêutico,
serviço cívico)
□ Não sei
23
No Questionário Sociodemográfico original tem uma coluna ao lado igual a esta para os alunos
preencherem sobre as habilitações literárias das suas mães.
394
______________________________________________________________ANEXO 3
Versão de relato pelos encarregados de educação do Questionário
Sociodemográfico
Anexo 3 Versão de relato pelos encarregados de educação do Questionário
Sociodemográfico
395
Data de preenchimento: ___-___-______ (dia-mês-ano)
______________________________________________________________________
10. Qual é a soma do rendimento mensal de todas as pessoas que vivem em sua casa
(incluindo a si), depois dos descontos obrigatórios para contribuições e impostos?
Se não souber o número exato, por favor, considere um valor aproximado.
□ Solteiro(a) □ Viúvo(a)
□ Casado(a)/Em união de facto □ Divorciado(a)/Separado(a)
398
Secção 2: Esta parte do questionário tem várias perguntas sobre as informações
sociodemográficas do seu educando/da sua educanda.
______________________________________________________________________
11. Qual é a situação dos seus pais? □ Os seus pais estão casados ou vivem juntos
na mesma casa
□ Os seus pais estão divorciados ou separados
15. Quantas pessoas vivem ao todo em sua casa (a contar comele/ela)?____ pessoas
□ Nenhum
□ Ensino Secundário - Cursos Gerais (12º/7º ano dos liceus completo, propedêutico, serviço
cívico)
□ Não sei
24
No Questionário Sociodemográfico original tem uma coluna ao lado igual a esta para os encarregados de
educação preencherem sobre as habilitações literárias das mães dos seus educandos
400
____________________________________________________________ANEXO 4
Versão adaptada ao autorrelato por crianças do Inventário de Traços
Calosos/Não-emocionais
401
Versão adaptada ao autorrelato por crianças do Inventário de Traços
Calosos/Não-emocionais25
Tabela 78 Descrição dos itens da versão adaptada ao autorrelato por crianças do ICU
Subdimensão Item Nr.
Unc Preocupo-me com o meu desempenho ou as minhas notas na escola. [i] 3
Sinto-me mal ou culpado(a) quando faço alguma coisa mal. [i] 5
Admito e digo que me engano sem problemas. [i] 13
Tento sempre fazer o meu melhor. [i] 15
Peço desculpa às pessoas que magoo. [i] 16
Tento não magoar os sentimentos das outras pessoas. [i] 17
Trabalho muito em tudo o que faço. [i] 23
Faço coisas para que as outras pessoas se sintam bem. [i] 24
Cal Penso de forma diferente dos outros o que é praticar o bem e o mal. 2
Importo-me quem magoo para conseguir o que quero. [i] 4
Preocupo-me em ser pontual (chegar a horas). [i] 7
Preocupo-me com os sentimentos dos outros. [i] 8
Não me importo se me meter em sarilhos. 9
Consigo controlar ou conter os meus sentimentos. 10
Preocupo-me em fazer as coisas direito ou com cuidado. [i] 11
Os outros acham que não me preocupo com os sentimentos e o sofrimento deles. [i] 12
Sinto-me arrependido(a) se fizer alguma coisa mal. [i] 18
Perco o tempo que é preciso para fazer as coisas bem ou direito. [i] 20
Dou importância aos sentimentos dos outros. [i] 21
25
Adaptaçãoda ao autorrelato por crianças da versão portuguesa do Inventory of Callous-Unemotional
Traits (ICU; Frick, 2004), dos autores Pechorro, Ray, Barroso, Marôco e Gonçalves (2016), Inventário de
Traços Calosos/Não-emocionais, realizada no âmbito do presente projeto de doutoramento.
403
______________________________________________________________ANEXO 5
Inventário de Traços Psicopáticos Jovem – Versão Crianças
405
Descrição dos itens do Inventário de Traços Psicopáticos Jovem – Versão
Crianças26: (sub)dimensões e números
Grandiosidade-Manipulação
Charme Desonesto
É fácil para mim ser mais simpático(a) e querido(a) com os outros para conseguir o que quero deles. (6)
Consigo enganar as outras pessoas sendo mais simpático(a) e querido(a). (14)
Quando alguém me pergunta algo, normalmente tenho uma resposta rápida que parece ser verdadeira,
mesmo que a tenha apenas inventado. (27)
Muitas vezes sou mais simpático(a) e querido(a) para conseguir o que quero, mesmo com pessoas que
não gosto. (33)
Sou mais simpático(a) e querido(a) para convencer os outros a fazerem o que quero. (38)
Grandiosidade
Sou melhor do que todos em quase tudo. (10)
Sou muito mais talentoso(a) do que as outras pessoas. (19)
O mundo seria um lugar melhor se fosse eu a mandar. (30)
Sou mais importante e tenho mais valor do que as outras pessoas. (37)
Mesmo agora já sei que vou ser uma pessoa muito conhecida e importante. (41)
Mentir
É divertido inventar histórias e tentar fazer com que as pessoas acreditem nelas. (7)
Às vezes minto só porque é divertido. (24)
Às vezes dou por mim a mentir por nenhum motivo especial. (43)
Gosto de exagerar quando conto alguma coisa. (47)
Meti-me muitas vezes em sarilhos porque mentia demasiado. (50)
Manipulação
Consigo fazer as pessoas acreditarem em quase tudo. (11)
Consigo que as pessoas se acreditem nas minhas mentiras. (15)
Convenço facilmente os outros a fazerem-me favores. (20)
Enganar os outros é a melhor maneira de conseguir o que quero deles. (31)
Já aconteceu ter usado alguém para conseguir o que quero. (46)
Frieza-Insensibilidade Emocional
Remorso
Há coisas que acho que fazem as outras pessoas sentirem-se mal, mas a mim não. (8)
Quase nunca me arrependo das coisas que faço, mesmo que as outras pessoas achem que são erradas.
(21)
26
Versão portuguesa do Youth Psychopathic Traits Inventory – Child Version (YPI-CV; van Baardewijk,
Stegge, Andershed, Thomaes, Scholte, & Vermeiren, 2008), Inventário de Traços Psicopáticos Jovem –
Versão Crianças, traduzida e adaptada ao contexto português no âmbito presente projeto de doutoramento.
407
Quando alguém descobre que fiz algo errado, sinto-me mais zangado(a) do que culpado(a). (28)
O que assusta os outros normalmente não me assusta. (36)
Os(As) fracos(as) é que se sentem culpados(as) quando magoam as outras pessoas. (44)
Sentires-te mal quando fizeste alguma coisa errada é uma perda de tempo. (48)
Insensibilidade Emocional
Normalmente sinto-me calmo(a) quando outras pessoas estão assustadas. (2)
Os(As) fracos(as) é que se sentem nervosos(as) ou preocupados(as). (25)
O que assusta os outros normalmente não me assusta. (36)
Não percebo como é que as pessoas podem chorar ao verem TV ou um filme. (39)
Os sentimentos são menos importantes para mim do que são para os outros. (45)
Frieza Emocional
Acho que chorar é para fracos(as), mesmo que ninguém te esteja a ver. (12)
Quando as outras pessoas têm problemas, normalmente a culpa é delas e é por isso que não as deves
ajudar. (17)
Quando magoo os sentimentos de outras pessoas, isso não me incomoda muito. (23)
Se vir coisas tristes na TV ou num filme, isso normalmente não me afeta. (35)
Não me importo quando os outros estão tristes. (49)
Impulsividade-Irresponsabilidade
Procura de Excitação
Gosto de entrar em situações que me dão excitação ou emoção. (1)
Aborreço-me rapidamente quando tudo continua na mesma. (4)
Gosto de fazer coisas apenas porque são fixes ou excitantes/emocionantes. (22)
Aborreço-me rapidamente se fizer sempre a mesma coisa. (29)
Gosto de fazer coisas perigosas e excitantes ou emocionantes, mesmo que sejam proibidas. (42)
Impulsividade
Prefiro gastar logo o meu dinheiro em vez de guardá-lo. (3)
Acho que sou uma pessoa que faz as coisas de repente, sem pensar. (9)
Muitas vezes falo primeiro e penso depois. (18)
Se tiver a oportunidade de fazer algo divertido, faço-o e largo tudo o que estava a fazer antes. (26)
Muitas vezes faço as coisas sem pensar nos seus resultados. (32)
Irresponsabilidade
Acho que as regras são apenas uma chatice. (5)
Se pudesse, desistia da escola e só faria coisas que são divertidas. (13)
Não acho que é necessário dizer aos meus pais o que vou fazer quando vou lá para fora. (16)
Já me aconteceu várias vezes pedir alguma coisa emprestada e depois perdê-la. (34)
Acho que fazer os trabalhos de casa não serve para nada. (40)
408
______________________________________________________________ANEXO 6
Versão adaptada ao autorrelato por crianças do
Dispositivo de Despiste de Processo
Anti-social
409
Versão adaptada ao autorrelato por crianças do Dispositivo de Despiste de
Processo Anti-social27
Tabela 79 Descrição dos itens da versão adaptada ao autorrelato por crianças do APSD
Dimensão Item Nr.
Nar Dás pouca importância ou finges os teus sentimentos? 5
Gabas-te ou armas-te muito das coisas que fazes ou tens (elogias-te muito a ti
próprio)? 8
Usas ou enganas as pessoas para teres o que queres? 10
Gozas ou fazes pouco dos outros? 11
És mais agradável e simpático(a) para conseguires as coisas que queres? 14
Ficas zangado(a) quando te corrigem ou castigam? 15
Pensas que és melhor ou mais importante que os outros? 16
27
Adaptação da ao autorrelato por crianças da versão portuguesa do Antisocial Process Screening Device
(APSD; Frick, & Hare, 2001), dos autores Pechorro, Marôco, Poiares e Vieira (2013), o Dispositivo de
Despiste de Processo Anti-social, realizada no âmbito do presente projeto de doutoramento.
411
______________________________________________________________ANEXO 7
Escala da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças
413
Escala da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças28
28
Versão portuguesa da Positive and Negative Affect Scale for Children (PANAS-C; Laurent, Catanzaro,
Joiner, Rudolph, Potter, Lambert, Osborne, & Gathright, 1999), traduzida e adaptada para o contexto
português no âmbito do presente projeto de doutoramento.
415
______________________________________________________________ANEXO 8
Versão de autorrelato do Questionário dos Cinco Fatores – Versão Crianças
417
Descrição dos itens da Versão de autorrelato do Questionário dos Cinco Fatores–
Versão Crianças 29 : dimensões e números
Energia/Extroversão
Gosto de conhecer outras pessoas. (1)
Gosto de competir ou concorrer com os outros. (9)
Gosto de mover-me e de fazer uma grande quantidade de atividades. (14)
Gosto de estar com as outras pessoas. (19)
Consigo dizer aos outros o que penso com facilidade. (23)
Digo o que penso. (26)
Faço qualquer coisa para não me aborrecer. (35)
Gosto de conversar com os outros. (40)
Quando alguém pensa de forma diferente de mim, consigo mudar-lhe a opinião ou as ideias. (42)
Quando falo, as outras pessoas ouvem-me e fazem o que digo. (50)
Gosto de dizer piadas. (55)
Faço amigos facilmente. (57)
Estou feliz e alegre. (63)
Intelecto/Abertura á Experiência
Sei muitas coisas. (5)
Tenho muita imaginação. (10)
Aprendo facilmente o que estudo na escola. (12)
Quando o(a) professor(a) coloca questões, eu sou capaz de responder corretamente. (18)
Gosto de ler livros. (24)
Quando o(a) professor(a) explica alguma coisa, percebo logo. (30)
Gosto de programas de TV científicos (como por exemplo, sobre ciência, vida selvagem ou
experiências). (33)
Gosto de ver o telejornal, para saber o que acontece no mundo. (36)
Sou capaz de criar jogos e entretimentos novos. (43)
Sou capaz de resolver problemas de matemática. (46)
Gosto de conhecer e aprender coisas novas. (52)
Gostaria muito de viajar e conhecer os costumes ou tradições de outros países. (59)
Percebo rapidamente. (62)
Instabilidade Emocional
Fico nervoso(a) com coisas parvas (sem importância). (4)
Estou de mau humor. (6)
Discuto com as outras pessoas muito irritado(a) ou zangado(a). (8)
29
Versão portuguesa do Big Five Questionnaire – Children (BFQ-C; Barbaranelli, Caprara, Rabasca, &
Pastorelli, 2003), traduzido e adaptado ao contexto português no âmbito do presente projeto de
doutoramento.
419
Instabilidade Emocional (continuação)
Irrito-me com facilidade. (15)
Discuto com as outras pessoas. (17)
Fico ofendido(a) facilmente. (29)
Estou triste. (31)
Quando quero fazer alguma coisa tenho que a fazer logo, é difícil esperar. (39)
Sou impaciente. (41)
Perco a calma facilmente. (49)
Faço coisas com agitação (irrequieto(a), com nervosismo e sem calma). (54)
Choro. (58)
Preocupo-me com coisas parvas (sem importância). (61)
Agradabilidade
Partilho as minhas coisas com outras pessoas. (2)
Comporto-me de forma correta e sincera com as outras pessoas. (11)
Percebo quando os outros precisam da minha ajuda. (13)
Gosto de dar prendas. (16)
Se alguém é injusto comigo, eu desculpo-o(a). (21)
Trato os meus colegas com amor e carinho. (27)
Sou bom/boa para as outras pessoas. (32)
Sou bem-educado(a) quando falo com os outros. (38)
Se um(a) colega tem alguma dificuldade, eu ajudo-o(a). (45)
Confio nas outras pessoas. (47)
Também sou simpático(a) com as pessoas de quem não gosto. (51)
Acho que as outras pessoas são boas e honestas (verdadeiras). (60)
Deixo as outras pessoas usarem as minhas coisas. (64)
Conscienciosidade
Faço as coisas com muito cuidado e atenção. (3)
Trabalho muito e com prazer ou gosto. (7)
Esforço-me (trabalho muito) nas coisas que faço. (20)
Na aula estou concentrado(a) no que faço. (22)
Quando termino os trabalhos de casa, verifico-os muitas vezes para ver se os fiz corretamente. (25)
Respeito as regras. (28)
Se prometer algo, cumpro essa promessa. (34)
O meu quarto está arrumado. (37)
Quando começo a fazer alguma coisa, faço de tudo para a acabar. (44)
Gosto de manter todas as minhas coisas da escola organizadas. (48)
Só brinco depois de terminar os trabalhos de casa. (53)
Estou sempre atento(a). (56)
Faço as minhas tarefas. (65)
420
______________________________________________________________ANEXO 9
Versão de autorrelato das Escalas de Sistema de Ativação
Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças
421
Versão de autorrelato das Escalas de Sistema de Ativação
Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças30
30
Versão portuguesa da Behavioral Inhibition System/Behavioral Activation System Scales for Children
(BIS/BAS-C; Muris, Meesters, de Kanter, & Timmerman, 2005), traduzida e adaptada ao contexto
português no âmbito do presente projeto de doutoramento.
423
_____________________________________________________________ANEXO 10
Versão de autorrelato da Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo
425
Versão de autorrelato da Escala de Avaliação do Comportamento
Agressivo31
31
Versão portuguesa da Aggressive Behavior Rating Scale (ABRS; Brown, Atkins, Osborne, & Milnamow,
1996), traduzida e adaptada ao contexto português no âmbito do presente projeto de doutoramento.
427
_____________________________________________________________ANEXO 11
Versão de autorrelato do Questionário de Avaliação do Comportamento
Antissocial
429
Itens da versão de autorrelato do Questionário de Avaliação do Comportamento
Antissocial32
32
Adaptação ao autorrelato por crianças da Self Reported of Offending (SRO; Earls, Brooks-Gunn,
Raudenbush, & Sampson, 2005), realizada no âmbito do presente projeto de doutoramento.
431
27. Alguma vez te meteste na vida privada de alguém sem a sua autorização (como por exemplo, ler
mensagens ou ver fotos do seu telemóvel ou ler o seu diário ou tentar entrar na sua conta de email,
playstation ou Facebook)?
28. Alguma vez espalhaste rumores ou boatos ou inventaste coisas sobre outras pessoas?
29. Alguma vez fizeste telefonemas inapropriados, como por exemplo insultar pessoas ou dizer-lhes
asneiras?
30. Alguma vez estragaste ou destruíste, de propósito, alguma coisa que não te pertencia (como por
exemplo, partir, cortar, furar, rasgar, queimar, pintar ou marcar alguma coisa ou fazer graffitis)?
31. Alguma vez pegaste fogo ou queimaste, de propósito, uma casa, edifício, carro, terreno abandonado
ou outra propriedade ou tentaste fazê-lo?
32. Alguma vez trouxeste contigo uma arma escondida (como por exemplo, um pau/bastão ou uma
navalha)?
33. Alguma vez causaste problemas num lugar público de forma às pessoas queixarem-se disso (como
por exemplo, ser barulhento(a) ou conflituoso(a))?
34. Alguma vez feriste ou maltrataste animais de propósito?
35. Alguma vez não devolveste, de propósito, alguma coisa que alguém te emprestou?
36. Alguma vez tiraste alguma coisa sem pagar num estabelecimento comercial (como por exemplo, de
uma papelaria, uma loja, um supermercado, um café, uma bomba de gasolina ou uma mercearia)?
37. Alguma vez tiraste alguma coisa ou dinheiro que não te pertencia a alguém?
38. Alguma vez evitaste pagar ou não pagaste coisas, como por exemplo filmes, autocarros, metro ou
comida?
39. Alguma vez ameaçaste bater em alguém ou ameaçaste alguém com uma arma para conseguires
dinheiro ou outra coisa?
40. Alguma vez entraste num edifício para roubar alguma coisa?
41. Alguma vez mentiste em relação à tua idade para ires a um local ou comprares algo (como por
exemplo, assistir a um filme para maiores ou comprar álcool)?
42. Alguma vez tentaste enganar alguém ao vender-lhe uma coisa que custava menos dinheiro ou valia
menos do que lhe disseste?
43. Alguma vez experimentaste ou fumaste tabaco ou cigarros?
44. Alguma vez experimentaste ou bebeste bebidas alcoólicas (como por exemplo, cerveja, vinho,
champanhe, uísque, ...)?
45. Alguma vez conduziste um veículo, como por exemplo um carro ou uma moto?
432
_____________________________________________________________ANEXO 12
Termo de consentimento informado
433
Termo de consentimento informado dirigido aos encarregados de educação
(Reflexões faladas)
Maria João de Sousa Seixas, estudante da Universidade do Porto, vem por este meio
solicitar a autorização ao encarregado(a) de educação
do(a)_____________________________________________________________________
para realizar um estudo, que está ser desenvolvido no âmbito académico do seu projeto de
investigação de doutoramento, sob a orientação científica do Prof. Dr. Pedro Almeida. Este
tem como objetivo a validação e a adaptação do conteúdo de um questionário ao contexto
português em crianças e pré-adolescentes, com idades compreendidas entre os 8 e 12 anos,
que avalia traços da personalidade, mais especificamente mede diferenças individuais nos
domínios afetivos, interpessoais e comportamentais. 33
Previamente à tarefa irão ser recolhidos dados sociodemográficos do seu educando
(sexo, idade, nacionalidade, país e língua de origem, país de residência, ano de escolaridade).
Na presente tarefa o seu educando irá realizar uma reflexão falada do questionário supracitado
enquanto preenche-o, com vista a avaliar se os itens são interpretados corretamente e são
adequados às capacidades linguísticas deste.
Todos os dados recolhidos serão utilizados estritamente para fins de investigação
científica. Os dados serão tratados de forma absolutamente anónima e a identidade do seu
educando não será divulgada. A participação deste neste estudo é voluntária e este é livre de
interromper a sua participação em qualquer momento da investigação. No caso de querer
colocar alguma questão relacionada com o estudo poderá contactar a investigadora
(Telemóvel:913200698; Email:mj.sousa.seixas@gmail.com).
Declaro que fui informado(a) dos objetivos do estudo e que tive oportunidade de esclarecer
todas as minhas dúvidas relativamente ao estudo. Autorizo a participação do meu educando
de forma voluntária e fui informado que a sua participação, ou recusa em participar, não
acarreta quaisquer benefícios ou custos para este.
Porto,___de_____________de_____
Assinatura do(a) encarregado(a) de educação:_________________________________
Assinatura da investigadora: ______________________________________________
33
Este foi o objetivo escrito para as reflexões faladas dos seguintes instrumentos de avaliação: o ICU, o BFQ-C, o APSD e o YPI-CV. Relativamente à
reflexão falada das outras medidas foram colocados como objetivos de avaliação: o seu estado emocional nas últimas semanas para a PANAS-C; as
diferenças individuais quanto à sensibilidade aos sistemas motivacionais que estão subjacentes ao comportamento e ao afeto, para as escalas BIS/BAS-
C que mede; e, a prática do comportamento agressivo e antissocial para a ABRS e o QCA:.
435
Termo de consentimento informado dirigido aos encarregados de educação
436
desenvolvido no âmbito do presente projeto de investigação em contexto de sala de aula com
a colaboração do professor e a presença da estudante na sua escola. No caso de consentir a
sua participação e a do seu educando/da sua educanda neste estudo, poderão ou não ser
selecionados/as para completarem de novo o questionário.
No caso de querer colocar alguma questão relacionada com o estudo poderá contactar
a estudante (Telemóvel: 913200698; E-mail: mj.sousa.seixas@gmail.com).
Eu, __________________________________________________________,encarregado(a)
de educação do(a) aluno(a):
_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________, declaro
que fui informado(a) dos objetivos do estudo e que tive oportunidade de esclarecer todas as
minhas dúvidas relativamente a este. Autorizo a participação do meu educando/da minha
educanda e participo de forma voluntária e fui informado(a) que a nossa participação, ou
recusa em participar, não acarreta quaisquer benefícios ou custos para nós.
Porto,___de_____________de_____
437
Termo de consentimento informado dirigido aos professores
No caso de querer colocar alguma questão relacionada com o estudo poderá contactar
a estudante (Telemóvel: 913200698; E-mail: mj.sousa.seixas@gmail.com).
438
Declaro que fui informado(a) dos objetivos do estudo e que tive oportunidade de
esclarecer todas as minhas dúvidas relativamente a este. Participo de forma voluntária e fui
informado(a) que a minha participação, ou recusa em participar, não acarreta quaisquer
benefícios ou custos para mim.
Porto,___de_____________de_____
439
_____________________________________________________________ANEXO 13
Fiabilidade dos instrumentos de avaliação
441
Tabela 83 Índices de consistência interna das (sub)escalas dos instrumentos de avaliação
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω
ICU
Total .84 .23 .44 .88 .80 .85 .22 .43 .88 .72 .90 .29 .51 .85
Calosidade/Frieza emocional .73 .29 .45 .78 .16 .76 .28 .45 .78 .37 .85 .37 .55 .85
Indiferença Emocional .76 .31 .47 .79 .01 .79 .33 .50 .82 .01 .87 .46 .63 .87
Insensibilidade Emocional .65 .31 .43 .66 .54 .73 .36 .50 .74 .64 .79 .42 .56 .79
YPI-CV
Total .93 .22 .45 .94 .88 - - - - - - - - -
Grandiosidade-Manipulação .89 .31 .53 .91 .09 - - - - - - - - -
Charme Desonesto .74 .37 .51 .78 .20 - - - - - - - - -
Grandiosidade .73 .38 .51 .76 .28 - - - - - - - - -
Mentir .68 .32 .45 .72 .10 - - - - - - - - -
Manipulação .74 .37 .51 .78 .05 - - - - - - - - -
Frieza/Insensibilidade Emocional .78 .20 .39 .78 .15 - - - - - - - - -
Calosidade/Frieza emocional .52 .20 .31 .63 .19 - - - - - - - - -
Insensibilidade Emocional .53 .19 .30 .54 .06 - - - - - - - - -
Ausência de Remorsos .56 .20 .32 .65 .15 - - - - - - - - -
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; α - Alfa de Cronbach; MIC – Correlação média entre itens;
MCITC – Correlação média item-total corrigida; ω – Omega; ωh – Omega hierárquico. A negrito apresentam-se os valores α ≥ .70, MIC = [.15; .50], MCITC > .30 e ω ≥ .70..
443
Tabela 83 (continuação)
Índices de consistência interna das (sub)escalas dos instrumentos de avaliação
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω
YPI-CV
Impulsividade/Irresponsabilidade .82 .24 .44 .83 .21 - - - - - - - - -
Impulsidade .73 .34 .49 .74 .38 - - - - - - - - -
Procura de Excitação .55 .20 .32 .55 .21 - - - - - - - - -
Irresponsabilidade .66 .28 .42 .72 .15 - - - - - - - - -
APSD
Total .72 .14 .31 .77 .76 .16 .34 .78 .90 .33 .54 .81
Narcisismo .67 .25 .40 .82 .59 .19 .33 .80 .86 .48 .64 .87
Frieza/Insensibilidade Emocional .62 .22 .36 .74 .65 .24 .39 .78 .73 .31 .47 .74
Impulsividade .64 .27 .40 .73 .65 .28 .41 .77 .77 .40 .55 .78
PANAS-C
Emocionalidade Positiva .86 .31 .52 .85 .87 .34 .54 .88 .92 .46 .65 .92
Emocionalidade Negativa .87 .34 .54 .89 .87 .35 .55 .91 .91 .46 .65 .92
Medo .80 .40 .56 .79 .79 .36 .53 .77 .88 .57 .70 .89
Preocupado .83 .37 .55 .82 .82 .44 .59 .82 .86 .48 .64 .87
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; PANAS-C = Escala da Afetividade Negativa e Positiva -
Versão Crianças; α - Alfa de Cronbach; MIC – Correlação média entre itens; MCITC – Correlação média item-total corrigida; ω – Omega; ωh – Omega hierárquico. A negrito apresentam-se os
valores α ≥ .70, MIC = [.15; .50], MCITC > .30 e ω ≥ .70..
444
Tabela 83 (continuação)
Índices de consistência interna das (sub)escalas dos instrumentos de avaliação
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω
BFQ-C
Energia/Extroversão .78 .27 .45 .86 .78 .26 .44 .79 .84 .29 .49 .84
Instabilidade Emocional .82 .28 .47 .83 .88 .37 .57 .88 .89 .39 .59 .89
Intelecto/Abertura .83 .28 .48 .89 .86 .35 .55 .87 .94 .54 .72 .94
Agradabilidade .85 .31 .51 .89 .84 .30 .50 .85 .90 .43 .62 .90
Conscienciosidade .88 .37 .57 .92 .90 .41 .60 .90 .96 .66 .80 .96
BIS/BAS-C
Sistema de Inibição Comportamental .61 .21 .35 .62 .57 .21 .33 .59 .62 .25 .38 .64
Sistema de Ativação Comportamental .85 .30 .50 .88 .84 .29 .49 .87 .88 .36 .56 .87
Energia .83 .55 .66 .84 .78 .47 .59 .79 .87 .62 .72 .87
Busca de Divertimento .55 .23 .34 .55 .63 .29 .41 .64 .73 .41 .53 .74
Resposta à Recompensa .74 .38 .51 .75 .73 .36 .50 .74 .77 .42 .55 .79
Notas: BFQ-C = Questionário dos Cinco Fatores – Versão Crianças; BIS/BAS-C = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças; α -
Alfa de Cronbach; MIC – Correlação média entre itens; MCITC – Correlação média item-total corrigida; ω – Omega; ωh – Omega hierárquico. A negrito apresentam-se os valores α ≥ .70, MIC =
[.15; .50], MCITC > .30 e ω ≥ .70..
445
Tabela 83 (continuação)
Índices de consistência interna das (sub)escalas dos instrumentos de avaliação
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω ωh
EB-CV
Total .78 .08 .24 .67 .19 .81 .09 .28 .72 .27 .91 .18 .41 .92 .60
Eficácia Social .64 .11 .27 .68 .66 .72 .15 .32 .73 .72 .88 .32 .53 .90 .72
Persuasão .73 .35 .49 .74 .52 .76 .39 .53 .77 .70 .85 .54 .67 .86 .86
Autoconfiança Social .42 .12 .22 .40 .37 .47 .15 .25 .50 .42 .69 .31 .45 .67 .67
Dominância Social .49 .17 .27 .56 .50 .60 .23 .36 .64 .63 .80 .44 .58 .81 .81
Estabilidade Emocional .68 .13 .30 .71 .64 .79 .21 .40 .83 .37 .83 .25 .45 .87 .42
Resiliência .48 .12 .24 .56 .56 .61 .19 .34 .42 .20 .71 .28 .44 .74 .74
Autoestima .65 .31 .43 .72 .72 .72 .38 .51 .72 .71 .80 .46 .59 .80 .80
Otimismo .30 .12 .17 .49 .43 .66 .30 .43 .80 .60 .69 .34 .48 .75 .75
Destemor .72 .15 .33 .75 .68 .69 .12 .29 .71 .49 .82 .22 .43 .85 .42
Coragem .66 .28 .41 .68 .67 .56 .20 .32 .66 .33 .56 .20 .32 .73 .73
Intrepidez .69 .31 .45 .71 .65 .74 .36 .50 .79 .67 .74 .36 .50 .88 .88
Tolerância à Incerteza .46 .14 .24 .51 .45 .40 .12 .21 .40 .38 .40 .12 .21 .43 .43
EB-CVR
Total .73 .20 .38 - - .80 .25 .44 - - .89 .38 .58 - -
Notas: EB-CV = Escala Boldness – Versão Crianças; EB-CVR = Escala Boldness – Versão Reduzida Crianças; α - Alfa de Cronbach; MIC – Correlação média entre itens; MCITC – Correlação
média item-total corrigida; ω – Omega; ωh – Omega hierárquico. A negrito apresentam-se os valores α ≥ .70, MIC = [.15; .50], MCITC > .30 e ω ≥ .70
446
Tabela 83 (continuação)
Índices de consistência interna das (sub)escalas dos instrumentos de avaliação
Alunos Encarregados de educação Professores
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω ωh α MIC MCITC ω
ABRS
Total .68 .14 .31 .90 .82 .23 .43 .95 .55 .72
Agressão Reativa .54 .14 .28 .78 .76 .34 .50 .89 .58 .71
Agressão Proativa .69 .20 .37 .92 .73 .23 .41 .93 .22 .45
QCA
CA ao Longo da Vida .83 .11 .29 .81 .12 .29 .90 .25 .44
CA nos Últimos 12 meses .80 .09 .27 .79 .12 .28 .90 .32 .50
Frequência de CA Últimos 12 meses .28 .07 .13 .47 .16 .24 .71 .13 .29
Notas: ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; CA = Comportamento Antissocial.; α - Alfa de Cronbach;
MIC – Correlação média entre itens; MCITC – Correlação média item-total corrigida; ω – Omega; ωh – Omega hierárquico. A negrito apresentam-se os valores α ≥ .70, MIC = [.15; .50], MCITC
> .30 e ω ≥ .70. .
447
Tabela 84 Consistência entre as fontes de informação das medidas de traços psicopáticos, de critério externas da boldness e do comportamento
antissocial e agressivo: correlações entre (sub)escalas e coeficientes de correlação intraclasse
A vs. E A vs. P P vs. E
(n = 309/306) (n = 148/148) (n = 130/128)
ICC (95% I.C.) r ICC (95% I.C.) r ICC (95% I.C.) r
ICU
Total .34***(.24-.44) .37*** .07 (-.09-.23) .32*** .17* (-.01-.33) .35***
Calosidade/Frieza emocional .28***(.18-.38) .27*** -.01 (-.17-.15) .15 .16* (-.01-.32) .35***
Indiferença Emocional .25***(.14-.35) .31*** .19* (.03-.34) .38*** .27** (.10-.42) .32***
Insensibilidade Emocional .21***(.10-.31) .21*** .06 (-.11-.22) .12 .16* (-.02-.32) .33***
APSD
Total .34***(.24-.44) .34*** .41***(.27-.54) .48*** .21** (.04-.37) .29**
Narcisismo .18** (.07-.29) .20*** .32***(.17-45) .33*** .07 (-.11-.23) .11
Frieza/Insensibilidade Emocional .26***(.15-.36) .30*** .19** (.03-.34) .29*** .19* (.02-.35) .27**
Impulsividade .29***(.18-.39) .28*** .32***(.17-.46) .31*** .20* (.03-.36) .21*
PANAS-C
Emocionalidade Positiva .31***(.21-.41) .26*** .06 (-.10-.22) .25** -.02 (-.19-.15) .21*
Emocionalidade Negativa .31***(.20-.41) .31*** .08 (-.08-.24) .10 .09 (-.09-.26) .12
** ***
Medo .18 (.07-.28) .27 .08 (-.08-.24) .13 .04 (-.13-.21) .08
Preocupado .09 (-.02-.20) .26*** .13 (-.03-.29) .15 .08 (-.09-.25) .21*
Notas: A = Autorrelato; E = Relato pelos encarregados de educação; P = Relato pelos professores; ICC = Coeficiente de correlação intraclasse para concordância absoluta entre as várias fontes
de informação baseado num modelo aleatório de uma via; I.C. = Intervalo de confiança; n = dimensão da subamostra; ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; APSD = Dispositivo
de Despiste de Processo Anti-social; PANAS-C = Escala da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
448
Tabela 84 (continuação)
Consistência entre as fontes de informação das medidas de traços psicopáticos, de critério externas da boldness e do comportamento antissocial
e agressivo: correlações entre (sub)escalas e coeficientes de correlação intraclasse
A vs. E A vs. P P vs. E
(n = 309/306) (n = 148/148) (n = 130/128)
ICC (95% I.C.) r ICC (95% I.C.) r ICC (95% I.C.) r
BFQ-C
Energia/Extroversão .13* (.02-.23) .32*** .13 (-.03-.28) .25** .35***(.19-.49) .36***
Instabilidade Emocional .27***(.17-.37) .28*** .28***(.13-.43) .34*** .20** (.03-.36) .19*
Intelecto/Abertura .43***(.33-.52) .45*** .57***(.45-.67) .60*** .54***(.40-.65) .53***
Agradabilidade .16** (.05-.27) .23*** .34***(.19-.47) .43*** -.05 (-.22-12) .25**
Conscienciosidade .38***(.28-.47) .41*** .18* (.02-.33) .60*** .17* (.00-.33) .42***
BIS/BAS-C
Sistema de Inibição Comportamental .05 (-.06-.16) .10 .05 (-.11-.21) .10 .05 (-.12-.22) .06
Sistema de Ativação Comportamental .12* (.01-.23) .11 .23** (.08-.38) .26** .14 (-.03-.31) .16
** ** * *
Energia .16 (.04-.26) .16 .19 (.03-.34) .18 .14 (-.04-.30) .13
** ** * *
Busca de Divertimento .15 (.04-.26) .16 .18 (.02-.33) .19 .12 (-.05-.29) .12
Resposta à Recompensa .12* (.01-.23) .15* .22** (.07-.37) .28*** .10 (-.08-.26) .15
Notas: A = Autorrelato; E = Relato pelos encarregados de educação; P = Relato pelos professores; ICC = Coeficiente de correlação intraclasse para concordância absoluta entre as várias fontes de
informação baseado num modelo aleatório de uma via; I.C. = Intervalo de confiança; n = dimensão da subamostra; BFQ-C = Questionário dos Cinco Fatores – Versão Crianças; BIS/BAS-C =
Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão Crianças.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
449
Tabela 84 (continuação)
Consistência entre as fontes de informação das medidas de traços psicopáticos, de critério externas da boldness e do comportamento antissocial
e agressivo: correlações entre (sub)escalas e coeficientes de correlação intraclasse
A vs. E A vs. P P vs. E
(n = 309/306) (n = 148/148) (n = 130/128)
ICC (95% I.C.) r ICC (95% I.C.) r ICC (95% I.C.) r
ABRS
Total -.33 (-.43 - -.23) .20*** -.21 (-.36 - -.05) .20* .17* (.00 - .34) .31***
Agressão Reativa -.42 (-.51 - -.33) .15** -.26 (-.41 - -.11) .13 .17* (.00 - .33) .23*
Agressão Proativa -.07 (-.18 -.04) .15* -.15 (-.30 - .01) .24** .09 (-.08 - .26) .29**
QCA
CA ao Longo da Vida .49***(.40-.57) .50*** .34***(.19-.48) .37*** .34***(.17-.48) .38***
CA nos Últimos 12 meses .47***(.38-.55) .43*** .29***(.13-.43) .30*** .24**(.07-.39) .22*
Frequência de CA nos Últimos 12 meses .06 (-.08-.19) .38*** .09 (-.08-.26) .18* .41***(.21-.58) .08
Início do CA .28***(.14-.41) .31*** .06 (-.19-.30) .04 .02 (-.29-.33) .23
Notas: A = Autorrelato; E = Relato pelos encarregados de educação; P = Relato pelos professores; ICC = Coeficiente de correlação intraclasse para concordância absoluta entre as várias fontes de
informação baseado num modelo aleatório de uma via; I.C. = Intervalo de confiança; n = dimensão da subamostra; ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; QCA = Questionário
de Avaliação do Comportamento Antissocial; CA = Comportamento Antissocial.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
450
_____________________________________________________________ANEXO 14
Análise da estrutura fatorial do ICU
451
Análise da estrutura fatorial do Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais (ICU)
Tabela 85 Índices e estatísticas de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados do ICU
χ2 df χ2/df RMSEA (90% CFI GFI AIC MECVI ΔX2
I.C.)
ICU-VA
Modelo 1 809.32*** 252 3.21 .08***(.07-.08) .70 .84 905.324 2.49 349.55***
Modelo 2 638.86*** 249 2.57 .07***(.06-.07) .79 .87 740.86 2.04 179.09***
Modelo 3 459.77*** 228 2.02 .05 (.05-.06) .88 .91 603.77 1.67
*** ***
Modelo 4 636.65 152 4.19 .09 (.09-.10) .73 .84 712.65 1.95 172.67***
Modelo 5 485.57*** 149 3.23 .08***(.07-.09) .81 .88 567.57 1.56 153.29***
Modelo 6 318.30*** 133 2.39 .06*(.05-.07) .90 .92 432.30 1.20 141.47***
ICU-VE
Modelo 1 998.25*** 252 3.96 .09***(.08-.09) .67 .79 1094.25 2.76 516.95***
Modelo 2 648.70*** 249 2.61 .06***(.06-.07) .82 .87 750.70 1.90 167.4***
Modelo 3 481.36*** 228 2.11 .05 (.05-.06) .89 .91 625.36 1.59
*** ***
Modelo 4 923.18 209 4.42 .09 (.09-.10) .67 .79 1011.18 2.55 75.07**
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos encarregados de educação; χ2 = chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-
square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança; CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI = Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 =
teste de diferença Qui-quadrado do modelo 3 relativamente aos modelos 1 e 2, dos modelos com os itens removidos e os respetivos modelos com todos os itens; Modelo 1 = Modelo unidimensional;
Modelo2 = Modelo de três fatores; Modelo 3 = Modelo bifatorial com três fatores; Modelo 4 = Modelo unidimensional com os itens 2, 4, 10, 12 e 22 removidos na VA, os itens 2 e 10 removidos
na VE e o item 2 removido na VP; Modelo 5 = Modelo de três fatores com os itens 2, 4, 10, 12 e 22 removidos na VA, os itens 2 e 10 removidos na VE, o item 2 removido na VP; Modelo 6 =
Modelo bifatorial com três fatores com os itens 2, 4, 10, 12 e 22 removidos na VA e os itens 2 e 10 removidos na VE; Os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um
ajustamento aceitável e bom estão realçados a itálico e negrito, respetivamente. * p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
453
Tabela 85 (continuação)
Índices e estatísticas de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados do ICU
χ2 df χ2/df RMSEA (90% CFI GFI AIC MECVI ΔX2
I.C.)
ICU-VE
Modelo 5 578.33*** 206 2.81 .07***(.06-.07) .83 .87 672.33 1.70 70.37**
Modelo 6 412.31*** 187 2.21 .06 (.05-.06) .90 .91 544.31 1.38 68.99**
ICU-VP
Modelo 1 945.71*** 252 3.75 .13***(.13-.14) .60 .62 1041.71 6.89 47.22**
Modelo 2 746.52*** 249 3 .11***(.11-.12) .71 .69 848.52 5.64 46.63**
Modelo 4 898.49*** 230 3.91 .14***(.13-.14) .61 .62 990.49 6.54
Modelo 5 699.89*** 227 3.08 .12***(.11-.13) .72 .69 797.89 5.30
Notas: ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; VP = Versão relato pelos professores; χ2 = chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. =
Intervalo de confiança; CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI = Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado do modelo
3 relativamente aos modelos 1 e 2, dos modelos com os itens removidos e os respetivos modelos com todos os itens; Modelo 1 = Modelo unidimensional; Modelo2 = Modelo de três fatores; Modelo
3 = Modelo bifatorial com três fatores; Modelo 4 = Modelo unidimensional com os itens 2, 4, 10, 12 e 22 removidos na VA, os itens 2 e 10 removidos na VE e o item 2 removido na VP; Modelo
5 = Modelo de três fatores com os itens 2, 4, 10, 12 e 22 removidos na VA, os itens 2 e 10 removidos na VE, o item 2 removido na VP; Modelo 6 = Modelo bifatorial com três fatores com os itens
2, 4, 10, 12 e 22 removidos na VA e os itens 2 e 10 removidos na VE; Os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um ajustamento aceitável e bom estão realçados a itálico
e negrito, respetivamente.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
454
Tabela 86 Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensional, de três fatores e bifatorial do ICU-VA
Itens Modelo bifatorial Modelo de três fatores Modelo unidimensional
FG Cal Unc Une Cal Unc Une
λ CITC α λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
CITC α λ λ 2
λ λ 2
λ λ2 λ λ2
2 .12 .04 .79 .06 .02 .06 .56 .10 .01 .10 .01
4 .05 .11 .79 -.14 .02 .07 .58 .10 .01 .09 .01
7 .45 .36 .77 -.04 .20 .33 .50 .43 .18 .44 .19
8 .47 .53 .75 -.92 1,07 .49 .45 .66 .43 .59 .34
9 .30 .28 .77 -.17 .12 .34 .49 .37 .14 .33 .11
10 -.13 -.07 .79 .05 .02 -.09 .60 -.12 .02 -.13 .02
11 .60 .50 .76 -.09 .36 .39 .49 .60 .44 .60 .37
12 .13 .14 .78 -.06 .02 .12 .55 .15 .02 .15 .02
18 .65 .53 .76 .03 .43 .41 .49 .61 .37 .64 .40
20 .43 .36 .76 -.01 .18 .25 .51 .43 .18 .43 .19
21 .56 .57 .75 -.49 .55 .53 .45 .71 .51 .64 .41
3 .49 .40 .77 .07 .25 .46 .73 .49 .24 .47 .22
5 .51 .40 .76 .04 .26 .41 .74 .51 .26 .51 .26
13 .39 .33 .77 .03 .15 .36 .76 .40 .16 .39 .15
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC =
λ2
correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; ICU-VA = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais – Versão Autorrelato;
FG = Fator Geral; Cal = Calosidade/Frieza emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC >
.20.
455
Tabela 86 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensional, de três fatores e bifatorial do ICU-VA
Itens Modelo bifatorial Modelo de três fatores Modelo unidimensional
FG Cal Unc Une Cal Unc Une
λ CITC α λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
CITC α λ λ 2
λ λ 2
λ λ2 λ λ2
15 .72 .51 .76 .16 .54 .58 .72 .69 .47 .67 .44
16 .67 .52 .76 -.32 .54 .57 .72 .67 .44 .64 .41
17 .57 .45 .76 -.31 .42 .48 .73 .58 .33 .56 .31
23 .62 .46 .76 .16 .40 .51 .72 .60 .36 .58 .34
24 .49 .41 .76 -.15 .26 .43 .73 .51 .26 .49 .24
1 .18 .27 .77 .45 .24 .38 .58 .48 .23 .23 .05
6 .27 .43 .76 .68 .53 .52 .50 .73 .53 .35 .12
14 .23 .33 .77 .41 .22 .37 .58 .47 .23 .27 .07
19 .28 .33 .77 .51 .33 .42 .56 .58 .34 .32 .10
22 .04 .15 .78 .31 .10 .24 .65 .28 .08 .07 .01
α .77 .54 .76 .63
VEM .19 .10 .03 .22 .20 .31 .28
FC .81 .24 .01 .48 .65 .78 .64
ECV .65 .16 .04 .16
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC =
correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; ICU-VA = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais – Versão
Autorrelato; FG = Fator Geral; Cal = Calosidade/Frieza emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥
.25 e CITC > .20.
456
Tabela 87 Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensional, de três fatores e bifatorial do ICU-VA com os itens 2, 4, 10, 12 e 22 removidos
Itens Modelo bifatorial Modelo de três fatores Modelo unidimensional
FG Cal Unc Une CITC α Cal Unc Une
λ CITC α λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ2 λ λ2
7 .45 .30 .82 .02 .21 .35 .72 .42 .18 .43 .19
8 .46 .41 .82 .74 .76 .57 .67 .66 .43 .58 .34
9 .29 .43 .81 .23 .13 .34 .73 .36 .13 .33 .11
11 .59 .43 .81 .11 .37 .48 .69 .60 .44 .60 .37
18 .65 .36 .82 .01 .42 .46 .70 .61 .37 .64 .40
20 .43 .54 .81 .04 .19 .34 .73 .43 .19 .44 .19
21 .55 .26 .82 .62 .68 .63 .65 .71 .51 .64 .41
3 .50 .53 .81 .05 .25 .49 .24 .47 .22
5 .51 .36 .82 .03 .26 .51 .26 .52 .27
13 .39 .33 .82 .01 .15 .40 .16 .39 .15
15 .73 .56 .81 .14 .55 .69 .47 .67 .45
16 .66 .53 .81 -.34 .55 .66 .44 .64 .41
17 .56 .45 .81 -.33 .42 .58 .33 .56 .31
23 .62 .54 .81 .13 .40 .60 .36 .58 .34
24 .48 .36 .82 -.17 .26 .51 .26 .49 .24
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC = correlação item-
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; ICU-VA = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais – Versão Autorrelato; FG = Fator Geral; Cal
= Calosidade/Frieza emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
457
Tabela 87 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensional, de três fatores e bifatorial do ICU-VA com os itens 2, 4, 10, 12 e 22 removidos
Itens Modelo bifatorial Modelo de três fatores Modelo unidimensional
FG Cal Unc Une CITC α Cal Unc Une
λ CITC α λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ2 λ λ2
1 .19 .39 .82 .43 .23 .37 .62 .47 .22 .23 .05
6 .27 .58 .81 .67 .52 .51 .51 .72 .51 .35 .12
14 .23 .12 .83 .42 .23 .39 .61 .48 .23 .27 .07
19 .28 .50 .81 .52 .35 .45 .57 .59 .35 .32 .10
α .82 .73 .65
VEM .24 .14 .04 .27 .31 .32 .33
FC .84 .34 .03 .59 .75 .78 .65
ECV .66 .14 .04 .16
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC = correlação item-
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; ICU-VA = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais – Versão Autorrelato; FG = Fator Geral; Cal
= Calosidade/Frieza emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
458
Tabela 88 Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensional, de três fatores e bifatorial do ICU-VE
Itens Modelo bifatorial Modelo de três fatores Modelo
undimensional
FG Cal Unc Une Cal Unc Une
λ CITC α λ λ2 λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 λ λ2 λ λ2 λ λ2
2 .26 .27 .84 .18 .10 .27 .73 .33 .11 .30 .09
4 .32 .41 .83 .43 .29 .45 .70 .49 .24 .44 .19
7 .34 .37 .83 .34 .23 .44 .70 .48 .23 .41 .17
8 .57 .54 .83 .20 .36 .43 .71 .59 .35 .62 .38
9 .42 .49 .83 .43 .36 .51 .69 .58 .33 .53 .28
10 -.02 .05 .85 .12 .01 .05 .76 .05 .00 .03 .00
11 .57 .57 .83 .30 .41 .55 .68 .66 .34 .63 .39
12 .26 .43 .83 .45 .27 .38 .71 .47 .22 .42 .18
18 .34 .45 .83 .48 .35 .48 .69 .55 .30 .48 .23
20 .35 .32 .84 .19 .16 .34 .72 .40 .16 .37 .14
21 .28 .39 .83 .45 .29 .41 .71 .48 .23 .42 .18
3 .63 .49 .83 .17 .42 .50 .77 .60 .36 .58 .34
5 .41 .34 .83 -.16 .19 .39 .79 .43 .18 .41 .17
13 .50 .39 .83 -.07 .26 .46 .78 .51 .26 .47 .22
15 .69 .46 .83 .18 .50 .59 .76 .65 .42 .57 .33
16 .56 .49 .83 -.48 .54 .51 .77 .59 .34 .57 .33
Notas: λ = peso fatorial estandardizado;λ2 =
fiabilidade individual; ; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; VEM =
Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; ICU-VE = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais – Versão relato pelos encarregados de
educação; FG = Fator Geral; Cal = Calosidade/Frieza emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC >
.20.
459
Tabela 88 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensional, de três fatores e bifatorial do ICU-VE
Itens Modelo bifatorial Modelo de três fatores Modelo
undimensional
FG Cal Unc Une Cal Unc Une
λ CITC α λ λ2 λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 λ λ2 λ λ2 λ λ2
17 .62 .50 .83 -.40 .55 .56 .76 .65 .42 .60 .36
23 .67 .48 .83 .30 .54 .52 .77 .62 .38 .57 .32
24 .56 .46 .83 -.13 .33 .51 .77 .58 .33 .53 .28
1 .23 .33 .83 .56 .37 .52 .68 .62 .38 .29 .09
6 .12 .32 .84 .69 .49 .54 .67 .66 .43 .25 .06
14 .28 .37 .83 .43 .26 .44 .70 .53 .28 .35 .12
19 .33 .40 .83 .42 .28 .44 .70 .53 .29 .39 .15
22 .14 .33 .84 .67 .47 .54 .67 .65 .43 .26 .07
α .84 .73 .79 .73
VEM .19 .12 .07 .23 .24 .34 .36
FC .82 .57 .04 .50 .75 .80 .74
ECV .59 .17 .08 .15
Notas: λ = peso fatorial estandardizado;λ2 =
fiabilidade individual; ; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; VEM =
Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; ICU-VE = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais – Versão relato pelos encarregados de
educação; FG = Fator Geral; Cal = Calosidade/Frieza emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC >
.20.
460
Tabela 89 Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensional, de três fatores e bifatorial do ICU-VE com os itens 2 e 10 removidos
Itens Modelo bifatorial Modelo de três fatores Modelo
FG Cal Unc Une Cal Unc Une unidimensional
λ CITC α λ λ2 λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 λ λ2 λ λ2 λ λ2
4 .32 .39 .84 .42 .28 .44 .74 .49 .24 .43 .19
7 .34 .35 .84 .32 .22 .42 .75 .47 .22 .41 .17
8 .57 .56 .84 .21 .37 .46 .74 .60 .36 .62 .39
9 .42 .48 .84 .42 .36 .51 .73 .58 .33 .52 .27
11 .56 .56 .84 .29 .40 .55 .73 .65 .35 .62 .38
12 .27 .43 .84 .45 .27 .41 .75 .48 .23 .43 .18
18 .34 .45 .84 .48 .35 .50 .73 .54 .29 .47 .22
20 .35 .32 .85 .18 .16 .34 .77 .40 .16 .37 .14
21 .28 .41 .84 .47 .31 .45 .74 .49 .24 .43 .18
3 .63 .49 .84 .18 .42 .60 .36 .58 .34
5 .42 .35 .84 -.15 .20 .43 .19 .42 .17
13 .50 .40 .84 -.06 .26 .51 .26 .47 .22
15 .68 .48 .84 .19 .50 .65 .42 .57 .33
16 .57 .50 .84 -.48 .55 .59 .35 .58 .33
17 .62 .50 .84 -.39 .54 .65 .42 .60 .36
23 .67 .48 .84 .30 .54 .61 .38 .57 .32
24 .56 .46 .84 -.12 .33 .57 .33 .53 .28
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC = correlação item-
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído.; ICU-VE = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais – Versão relato pelos encarregados de
educação; FG = Fator Geral; Cal = Calosidade/Frieza emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC >
.20.
461
Tabela 89 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensional, de três fatores e bifatorial do ICU-VE com os itens 2 e 10 removidos
Itens Modelo bifatorial Modelo de três fatores Modelo
FG Cal Unc Une Cal Unc Une unidimensional
λ CITC α λ λ2 λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 λ λ2 λ λ2 λ λ2
1 .23 .35 .84 .56 .37 .62 .38 .30 .09
6 .12 .32 .85 .69 .49 .65 .43 .25 .06
14 .28 .38 .84 .43 .26 .53 .28 .35 .12
19 .33 .41 .84 .42 .29 .54 .29 .40 .16
22 .14 .33 .85 .67 .47 .65 .42 .26 .07
α .85 .76
VEM .20 .12 .07 .23 .28 .34 .36
FC .82 .50 .04 .50 .77 .80 .74
ECV .61 .15 .08 .16
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC = correlação item-
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído.; ICU-VE = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais – Versão relato pelos encarregados de
educação; FG = Fator Geral; Cal = Calosidade/Frieza emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC >
.20.
462
Tabela 90 Estimativas dos parâmetros dos modelos unidimensional e de três fatores do
ICU-VP
Modelo de três fatores Modelo unidimensional
λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
Total .89
Calosidade/Frieza emocional .83
Item 2 .37 .13 .37 .83 .32 .10 .23 .90
Item 4 .78 .60 .70 .80 .72 .52 .34 .89
Item 7 .47 .22 .48 .82 .44 .19 .60 .89
Item 8 .53 .28 .42 .83 .56 .32 .67 .88
Item 9 .76 .57 .63 .81 .74 .55 .40 .89
Item 10 .08 .01 .09 .85 .05 .00 .29 .89
Item 11 .57 .66 .55 .82 .55 .30 .41 .89
Item 12 .73 .53 .62 .81 .72 .52 .54 .89
Item 18 .59 .35 .59 .81 .52 .27 .67 .88
Item 20 .58 .33 .55 .82 .54 .29 .08 .90
Item 21 .63 .39 .58 .81 .61 .37 .53 .89
Indiferença Emocional .87
Item 3 .60 .36 .61 .85 .63 .39 .68 .88
Item 5 .50 .25 .47 .87 .47 .22 .59 .89
Item 13 .67 .45 .57 .86 .66 .44 .39 .89
Item 15 .65 .43 .67 .85 .65 .43 .60 .89
Item 16 .81 .66 .71 .84 .76 .57 .66 .89
Item 17 .81 .65 .69 .85 .76 .58 .64 .89
Item 23 .63 .39 .62 .86 .63 .40 .49 .89
Item 24 .75 .56 .70 .85 .73 .53 .28 .89
Insensibilidade Emocional .79
Item 1 .63 .39 .55 .75 .16 .02 .50 .89
Item 6 .67 .45 .59 .74 .20 .04 .58 .89
Item 14 .66 .44 .56 .75 .32 .10 .35 .89
Item 19 .63 .40 .54 .75 .23 .05 .55 .89
Item 22 .68 .46 .57 .74 .24 .06 .67 .89
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de
Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; ICU-VP = Inventário de Traços Calosos/Não-
emocionais – Versão relato pelos professores; FG = Fator Geral. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20.
463
_____________________________________________________________ANEXO 15
Análise da estrutura fatorial do YPI-CV
465
Análise da estrutura fatorial do Inventário de Traços Psicopáticos Jovem – Versão Crianças (YPI-CV)
Tabela 91 Índices e estatísticas de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados do YPI-CV
χ2 df χ2/df RMSEA (90% CFI GFI AIC MECVI ΔX2
I.C.)
Ao nível subescala
Modelo 1 205.62 35 5.88 .12***(.10-.13) .91 .89 245.62 .67 120,5***
Modelo 2 419.23 35 11.98 .17***(.16-.19) .79 .85 459.23 1.26 334,11***
Modelo 3 126.24 32 3.95 .09***(.07-.11) .95 .93 172.24 .47 41,12***
Modelo 4 72.371 24 3.06 .07*(.06-.09) .97 .95 114.37 .32 12,749***
Modelo 5 85.12 25 3.41 .08**(.06-.10) .97 .95 145.12 .40
Ao nível itens
Modelo 1 2869.04*** 1175 2.44 .06***(.06-.07) .69 .74 3069.94 8.45 653.37***
Modelo 2 2933.57*** 1175 2.50 .06***(.06-.07) .68 .75 3133.57 8.63 717.90***
Modelo 3 2592.68*** 1172 2.21 .06***(.05-.06) .74 .76 2798.68 7.72 377.01***
Modelo 4 1998.37*** 942 2.12 .06**(.05-.06) .77 .80 2184.37 6.03 (594.31***)
Modelo 5 2215.67*** 1125 1.97 .05 (.05-.06) .80 .81 2515.67 6.99
Modelo 6 1729.70*** 900 1.92 .05 (.05-.05) .82 .83 1999.70 5.55 (485.97***)
Modelo 7 2289.10*** 1130 2.03 .05 (.05-.06) .79 .80 2579.10 7.12 73.43***
Modelo 8 2410.04*** 1162 2.07 .05*(.05-.06) .77 .78 2636.04 7.28 194.37***
Modelo 9 2220.31*** 1125 2 .05 (.05-.06) .80 .81 2520.31 7 72.66***
Notas: YPI-CV – Inventário de Traços Psicopáticos Jovem – Versão Crianças; χ2 = chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança;
CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI = Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado do modelo 5 relativamente aos
outros e entre parêntesis entre os modelos com ou sem a escala Lying; Modelo 1 = Modelo unidimensional; Modelo 2 = Modelo de dois fatores; Modelo 3 = Modelo de três fatores correlacionados;
Modelo 4 = Modelo de três fatores sem escala Lying; Modelo 5 = Modelo bifatorial de três fatores; Modelo 6 = Modelo bifatorial de três fatores sem itens da escala Lying; Modelo 7 = Modelo de
10 fatores correlacionados; Modelo 8 = Modelo de 3 fatores com 10 subfatores Modelo 9 = Modelo bifatorial com 10 fatores. Os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para
um ajustamento aceitável e bom estão realçados a itálico e negrito, respetivamente. * p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
467
Tabela 92 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores (com e sem subescala Mentir) e unidimensional do YPI-CV avaliados
pela AFC ao nível de subescalas
Subescala Modelo bifatorial Modelo de três fatores Modelo unidimensioal Modelo de três fatores sem L
FG GM CU II GM CU II GM CU II
λ λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ 2
λ λ2
DC .73 .35 .65 .80 .64 .77 .60 .80 .64
G .62 .33 .49 .69 .48 .68 .46 .72 .52
L .78 .08 .62 .77 .60 .77 .60
M .79 .39 .77 .86 .74 .83 .69 .87 .76
Rem .71 .18 .53 .76 .57 .71 .50 .75 .56
Unem .63 .47 .62 .73 .53 .66 .43 .73 .54
Cal .62 .37 .53 .71 .50 .64 .41 .71 .50
TS .60 .34 .47 .68 .46 .61 .37 .68 .46
Imp .62 .57 .70 .70 .49 .62 .38 .69 .48
Ir .75 .13 .57 .79 .62 .73 .53 .79 .63
VEM .47 .10 .13 .15 .61 .53 .52 .64 .53 .52
FC .90 .27 .29 .30 .86 .77 .77 .84 .77 .76
ECV .79 .07 .07 .08
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; YPI-CV = Inventário
de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; AFC = Análise Fatorial Confirmatória; FG = Fator geral; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L =
Mentir; M = Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Une = Insensibilidade Emocional; Cal = Frieza Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade;
TS = Procura de Excitação; Imp = Impulsividade; Ir = Irresponsabilidade. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
468
Tabela 93 Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores (com e sem subescala Mentir), de dez fatores e unidimensional do
YPI-CV avaliados pela AFC ao nível de itens
Modelo bifatorial de três fatores Modelo bifatorial de dez fatores
Modelo de dez Modelo
(Sub)escala/ Modelo de três fatores
Item FG F FG F fatores unidimensional
469
Tabela 93 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores (com e sem subescala Mentir), de dez fatores e unidimensional do YPI-CV
avaliados pela AFC ao nível de itens
(Sub)escala/ Modelo bifatorial de três fatores Modelo bifatorial de dez fatores
Modelo de três fatores Modelo de dez fatores Modelo unidimensional
Item FG F FG F
λ λ λ2 λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
L .68
7 .48 .18 .26 .52 .13 .29 .52 .27 .50 .89 .51 .26 .32 .69 .51 .23 .49 .93
24 .61 -.02 .38 .59 -.18 .38 .59 .35 .54 .89 .64 .40 .50 .62 .59 .25 .55 .93
43 .50 -.21 .30 .44 -.38 .34 .43 .19 .38 .89 .49 .24 .45 .62 .44 .23 .42 .93
47 .56 .00 .31 .54 -.18 .33 .55 .31 .52 .89 .59 .35 .46 .61 .56 .21 .53 .93
50 .63 -.32 .50 .55 -.46 .52 .52 .27 .45 .89 .60 .36 .50 .60 .55 .08 .52 .93
M .74
11 .47 .36 .35 .52 .49 .51 .55 .31 .54 .89 .53 .28 .52 .69 .52 .21 .49 .93
15 .61 .25 .43 .64 .36 .54 .64 .42 .61 .89 .64 .41 .57 .66 .63 .36 .60 .93
20 .48 .41 .40 .54 .27 .36 .58 .33 .56 .89 .55 .30 .50 .69 .54 .23 .52 .93
31 .67 -.03 .45 .66 -.18 .47 .64 .41 .58 .89 .65 .43 .49 .70 .64 .35 .60 .93
46 .64 .02 .41 .63 -.19 .43 .62 .39 .57 .89 .63 .40 .44 .71 .61 .41 .57 .93
Notas: λ = peso fatorial estandardizado;λ2 =fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC = correlação item-
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; AFC = Análise Fatorial
Confirmatória; FG = Fator geral; F = Fatores; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L = Mentir; M = Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade
Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Une = Insensibilidade Emocional; Cal = Frieza Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; TS = Procura de Excitação; Imp = Impulsividade; Ir
= Irresponsabilidade. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
470
Tabela 93 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores (com e sem subescala Mentir), de dez fatores e unidimensional do YPI-CV
avaliados pela AFC ao nível de itens
(Sub)escala/ Modelo bifatorial de três fatores Modelo bifatorial de dez fatores
Modelo de três fatores Modelo de dez fatores Modelo unidimensional
Item FG F FG F
λ λ λ2 λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
CU .78
Cal .52
12 .43 .28 .26 .46 .11 .23 .52 .27 .45 .76 .52 .27 .32 .45 .46 .23 .44 .93
17 .39 .24 .21 .42 .22 .22 .48 .23 .44 .76 .51 .26 .33 .44 .42 .22 .41 .93
23 .36 .30 .22 .37 .89 .93 .46 .22 .40 .76 .50 .25 .35 .44 .38 .20 .36 .93
35 .28 -.11 .09 .26 -.10 .08 .25 .06 .22 .78 .27 .08 .13 .60 .26 .40 .25 .93
49 .46 .12 .22 .44 .18 .22 .48 .23 .43 .76 .52 .27 .41 .41 .43 .24 .41 .93
Une .53
2 .21 .04 .05 .23 .06 .06 .25 .06 .23 .78 .26 .07 .21 .52 .23 .26 .23 .93
25 .44 .56 .50 .48 -.27 .30 .57 .33 .51 .75 .57 .32 .37 .43 .47 .35 .45 .93
36 .43 -.02 .19 .45 .14 .22 .43 .18 .37 .76 .44 .19 .29 .47 .45 .20 .44 .93
39 .39 .15 .18 .40 -.20 .20 .44 .19 .40 .76 .44 .19 .31 .46 .39 .31 .38 .93
45 .41 .20 .21 .42 -.45 .39 .48 .23 .43 .76 .47 .22 .30 .47 .42 .30 .40 .93
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC = correlação item-
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; AFC = Análise Fatorial
Confirmatória; FG = Fator geral; F = Fatores; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L = Mentir; M = Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade
Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Une = Insensibilidade Emocional; Cal = Frieza Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; TS = Procura de Excitação; Imp = Impulsividade; Ir
= Irresponsabilidade. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
471
Tabela 93 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores (com e sem subescala Mentir), de dez fatores e unidimensional do YPI-CV
avaliados pela AFC ao nível de itens
(Sub)escala/ Modelo bifatorial de três fatores Modelo bifatorial de dez fatores
Modelo de três fatores Modelo de dez fatores Modelo unidimensional
Item FG F FG F
λ λ λ2 λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
CU .78
Rem .56
8 .32 -.02 .10 .33 .07 .12 .31 .10 .26 .77 .32 .10 .16 .59 .33 .27 .33 .93
21 .41 .20 .20 .43 -.21 .23 .49 .24 .43 .76 .47 .22 .39 .46 .43 .40 .42 .93
28 .44 .17 .22 .45 -.91 1,03 .47 .22 .37 .76 .46 .21 .40 .45 .45 .30 .44 .93
44 .46 .52 .48 .49 -.03 .24 .57 .32 .47 .76 .57 .32 .32 .50 .48 .41 .46 .93
48 .41 .19 .20 .43 -.09 .19 .48 .23 .39 .76 .46 .21 .33 .49 .43 .37 .40 .93
II .82
Imp .73
3 .27 .19 .11 .27 .18 .34 .11 .31 .82 .35 .12 .29 .75 .28 .21 .27 .93
9 .41 .57 .50 .43 .58 .58 .33 .53 .81 .67 .45 .53 .66 .46 .17 .46 .93
18 .44 .55 .50 .45 .55 .61 .37 .57 .80 .70 .49 .58 .64 .48 .14 .48 .93
26 .47 .26 .29 .49 .21 .56 .32 .50 .81 .54 .29 .43 .71 .50 .07 .50 .93
32 .46 .57 .53 .45 .59 .62 .38 .59 .80 .73 .54 .61 .63 .48 .18 .48 .93
Nota: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC = correlação item-
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; AFC = Análise Fatorial
Confirmatória; FG = Fator geral; F = Fatores; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L = Mentir; M = Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade
Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Une = Insensibilidade Emocional; Cal = Frieza Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; TS = Procura de Excitação; Imp = Impulsividade; Ir
= Irresponsabilidade. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
472
Tabela 93 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos bifatorial, de três fatores (com e sem subescala Mentir), de dez fatores e unidimensional do YPI-CV
avaliados pela AFC ao nível de itens
(Sub)escala/ Modelo bifatorial de três fatores Modelo bifatorial de dez fatores
Modelo de três fatores Modelo de dez fatores Modelo unidimensional
Item FG F FG F
λ λ λ2 λ λ λ2 λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
II .82
TS .55
1 .19 .16 .06 .20 .17 .25 .07 .24 .83 .27 .07 .24 .54 .21 .05 .22 .93
4 .22 .29 .13 .24 .48 .33 .11 .34 .82 .33 .11 .30 .51 .26 .22 .27 .93
22 .49 .20 .27 .51 .20 .55 .30 .49 .81 .57 .32 .40 .44 .52 .20 .52 .93
29 .28 .29 .17 .30 .46 .37 .14 .36 .82 .39 .15 .33 .49 .32 .15 .33 .93
42 .57 .18 .36 .55 .02 .61 .37 .53 .81 .61 .37 .32 .50 .55 .18 .54 .93
Ir .66
5 .49 .17 .27 .48 .41 .55 .30 .49 .81 .57 .32 .44 .60 .49 .11 .49 .93
13 .58 .13 .36 .58 .31 .61 .38 .51 .81 .65 .43 .52 .56 .59 .18 .56 .93
16 .45 .07 .20 .46 -.04 .45 .20 .39 .81 .47 .22 .31 .66 .45 .21 .44 .93
34 .46 .04 .21 .44 .02 .43 .18 .36 .82 .47 .22 .32 .65 .43 .23 .40 .93
40 .50 .01 .25 .46 .57 .49 .24 .40 .81 .56 .31 .49 .58 .46 .18 .45 .93
Notas: λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; VEM = Variância Média Extraída; FC = Fiabilidade Compósita; ECV = Explained Common Variance; CITC = correlação item-
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; AFC = Análise Fatorial
Confirmatória; FG = Fator geral; F = Fatores; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L = Mentir; M = Manipulação; CU = Frieza-Insensibilidade
Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Une = Insensibilidade Emocional; Cal = Frieza Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; TS = Procura de Excitação; Imp = Impulsividade; Ir
= Irresponsabilidade. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
473
_____________________________________________________________ANEXO 16
Análise da estrutura fatorial do APSD
475
Análise da estrutura fatorial do Dispositivo de Despiste de Processo Antissocia (APSD)
Tabela 94 Índices e estatísticas de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados do APSD
χ2 df χ2/df RMSEA (90% CFI GFI AIC MECVI ΔX2
I.C.)
APSD-VA
Modelo 1 1849.80*** 170 10.88 .16***(.16-17) .54 .69 1929.80 5.27 786.79***
Modelo 2 1173.21*** 103 11.39 .17***(.16-.18) .55 .74 1239.21 3.39 110.20***
Modelo 3 1063.01*** 132 8.05 .14***(.13-15) .67 .79 1141.01 3.12
APSD-VE
Modelo 1 4277.04*** 170 25.16 .25***(.24-.25) .34 .66 4357.04 10.93 2971.97***
Modelo 2 1391.86*** 103 13.51 .18***(.17-.19) .53 .76 1457.86 3.66 86.79***
Modelo 3 1305.07*** 132 9.89 .15***(.14-16) .64 .78 1383.07 3.48
APSD-VP
Modelo 1 468.75*** 170 2.76 .11***(.10-.12) .78 .76 548.75 3.65 168.98***
Modelo 2 298.52*** 103 2.90 .11***(.10-.13) .78 .81 364.52 2.42 1.25
Modelo 3 299.77*** 132 2.27 .10***(.08-.10) .85 .82 377.77 2.52
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos encarregados de educação;VP = Versão relato pelos professores; χ2 = chi-
square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança; CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI = Modified
Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado do modelo 2 relativamente ao outro; Os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um ajustamento
aceitável e bom estão realçados a itálico e negrito, respetivamente.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
477
Tabela 95 Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores do APSD e análise dos itens
APSD-VA APSD-VE APSD-VP
λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
S E S E S E S E S E S E
Nar .67 .72 .59 .76 .86 .90
Item 5 .51 .26 .31 .34 .66 .70 .50 .25 .16 .24 .59 .75 .70 .49 .62 .64 .84 .89
Item 8 .60 .36 .43 .38 .62 .70 .45 .20 .32 .26 .55 .75 .77 .59 .73 .61 .83 .89
Item 10 .74 .55 .47 .46 .62 .69 .86 .74 .40 .44 .54 .75 .79 .62 .70 .74 .83 .88
Item 11 .79 .62 .37 .46 .65 .70 .66 .44 .34 .37 .55 .75 .81 .65 .71 .72 .83 .89
Item 14 .51 .26 .38 .35 .65 .70 .44 .20 .33 .27 .54 .75 .41 .17 .42 .35 .87 .90
Item 15 .50 .25 .37 .34 .64 .70 .50 .25 .27 .38 .57 .74 .62 .39 .57 .60 .85 .89
Item 16 .69 .47 .49 .45 .62 .70 .74 .54 .46 .40 .50 .74 .72 .53 .71 .61 .83 .89
CU .65 .73
Item 3 .64 .41 .34 .19 .58 .71 .59 .34 .39 .37 .60 .75 .59 .35 .44 .55 .70 .89
Item 7 .61 .37 .38 .29 .56 .71 .53 .28 .36 .30 .61 .75 .58 .34 .45 .48 .70 .89
Item 12 .68 .47 .41 .18 .55 .72 .59 .35 .38 .21 .61 .76 .53 .28 .45 .42 .70 .89
Item 18 .56 .31 .39 .20 .56 .71 .89 .79 .56 .45 .54 .74 .70 .49 .61 .57 .65 .89
Item 19 .41 .17 .29 .04 .61 .73 .45 .20 .27 .14 .65 .76 .36 .13 .33 .19 .73 .90
Item 20 .48 .23 .32 .14 .59 .72 .58 .33 .36 .29 .61 .75 .60 .36 .54 .44 .68 .89
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos encarregados de educação; VP = Versão relato pelos professores; Nar =
Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach
da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; S = Subescala; E = Escala total. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
478
Tabela 95 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores do APSD e análise dos itens
APSD-VA APSD-VE APSD-VP
λ λ 2
CITC α λ λ 2
CITC α λ λ 2
CITC α
S E S E S E S E S E S E
Imp .64 .65 .77
Item 1 .72 .51 .33 .45 .61 .69 .74 .55 .44 .45 .58 .74 .78 .60 .63 .68 .70 .89
Item 4 .63 .40 .43 .44 .56 .69 .70 .48 .50 .51 .55 .73 .76 .58 .70 .65 .67 .89
Item 9 .31 .10 .29 .19 .64 .72 .59 .35 .39 .44 .61 .74 .54 .29 .44 .48 .77 .89
Item 13 .71 .50 .48 .42 .53 .69 .61 .37 .34 .32 .63 .75 .52 .27 .44 .45 .76 .89
Item 17 .56 .31 .45 .30 .55 .70 .51 .26 .38 .37 .61 .75 .62 .38 .52 .58 .74 .89
Notas: APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos encarregados de educação; VP = Versão relato pelos professores; Nar =
Narcisismo; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Imp = Impulsividade; λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach
da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; S = Subescala; E = Escala total. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
479
Tabela 96 Modelo de dois fatores do APSD-VA obtida com análise fatorial
Subescala/Item Fator 1 Fator 2 CITC α
I/CP .80 (.80)
Item 1 .61 (.55) .07 (.08) .51 (.50) .79 (.78)
Item 2 .49 .07 .36 .80
Item 4 .57 (.53) .01 (.01) .47 (.48) .79 (.78)
Item 5 .44 (.39) .06 (.05) .36 (.35) .80 (.79)
Item 6 .65 (.62) .06 (.06) .54 (.54) .78 (.78)
Item 8 .57 (.51) -.04 (-.03) .45 (.45) .79 (.78)
Item 9 .32 (.28) -.16 (-.12) .25 (.25) .81 (.81)
Item 10 .64 (.58) .07 (.07) .52 (.51) .79 (.78)
Item 11 .61 (.57) .09 (.08) .50 (.49) .79 (.79)
Item 13 .69 (.65) -.18 (-.17) .57 (.56) .78 (.77)
Item 14 .48 (.43) .05 (.05) .38 (.39) .80 (.79)
Item 15 .48 (.44) -.03 (.00) .39 (.40) .80 (.79)
Item 16 .59 (.54) .09 (.07) .49 (.48) .79 (.78)
Item 17 .57 (.51) -.25 (-.21) .45 (.44) .79 (.78)
CU .62
Item 3 .05 (.04) .56 (.44) .34 .58
Item 7 .16 (.12) .61 (.51) .38 .56
Item 12 .01 (.00) .64 (.52) .41 .55
Item 18 .01 (.02) .60 (.48) .39 .56
Item 19 -.14 (-.13) .55 (.44) .29 .61
Item 20 -.03 (-.03) .52 (.40) .32 .59
eingenvalue 4.44 (3.54) 2.17 1.41
Variância explicada 22.19% (18.65%) 1.85% (7.41%)
Notas: APSD-VA = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social – Versão Autorrelato; I/CP =
Impulsividade/Problemas de conduta; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; CITC = correlação item-total corrigida;
α = alfa de Cronbach da escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores dos pesos
fatoriais ≥ .30 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da análise fatorial, com o método de
extração de dois fatores de máxima verosimilhança com rotação Promax (item 2 removido). Sem ser entre parêntesis
são apresentados os resultados da extração de dois fatores através da análise de componentes principais com rotação
Promax.
480
Tabela 97 Modelo de dois fatores do APSD-VE obtida com análise fatorial
Subescala/Item Fator 1 Fator 2 CITC α
I/CP .77 (.77)
Item 1 .64 (.13) .02 (.26) .52 (.51) .74 (.74)
Item 2 .30 .08 .23 .77
Item 4 .56 (.60) .15 (.01) .51 (.51) .74 (.74)
Item 5 .14 (.53) .31 (.10) .19 (.20) .77 (.77)
Item 6 .40 (.37) .25 (.16) .35 (.34) .75 (.76)
Item 8 .51 (.41) -.15 (-.06) .34 (.34) .76 (.76)
Item 9 .53 (.48) .04 (.04) .45 (.46) .74 (.74)
Item 10 .55 (.50) .15 (.10) .47 (.47) .75 (.75)
Item 11 .47 (.40) .11 (.11) .38 (.37) .75 (.75)
Item 13 .54 (.48) -.09 (-.10) .37 (.37) .75 (.75)
Item 14 .60 (.51) -.26 (-.19) .37 (.37) .75 (.75)
Item 15 .55 (.48) -.08 (-.05) .42 (.42) .75 (.75)
Item 16 .58 (.52) .00 (.00) .45 (.45) .75 (.75)
Item 17 .51 (.45) -.02 (-.03) .38 (.37) .75 (.75)
CU .65
Item 3 .13 (.13) .54 (.42) .39 .60
Item 7 .02 (.05) .57 (.43) .36 .61
Item 12 -.18 (-.15) .68 (.58) .38 .61
Item 18 .03 (-.02) .75 (.76) .56 .54
Item 19 -.14 (-.13) .49 (.41) .27 .65
Item 20 .00 (.01) .54 (.42) .36 .61
eingenvalue 4.19 (3.36) 1.97 (1.27)
Variância explicada 20.93% (17.69%) 9.86% (6.70%)
Notas: APSD-VE = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social – Versão relato pelos encarregados de educação;
; I/CP = Impulsividade/Problemas de conduta; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; CITC = correlação item-total
corrigida; α = alfa de Cronbach da escala e no caso dos itens se este for excluído. Os valores dos pesos fatoriais
superiores ou iguais a .30 em valor absoluto apresentam-se a negrito. Os valores dos CITCs superiores a .20 apresentam-
se a negrito. Entre parêntesis são apresentados os resultados da análise fatorial, com o método de extração de dois
fatores de máxima verosimilhança com rotação Promax (item 2 removido). Sem ser entre parêntesis são apresentados
os resultados da extração de dois fatores através da análise de componentes principais com rotação Promax.
481
Tabela 98 Modelo de dois fatores do APSD-VP obtida com análise fatorial
Subescala/Item Fator 1 Fator 2 CITC α
I/CP .90 (.91)
Item 1 .59 (.56) .24 (.23) .70 (.70) .89 (.89)
Item 2 .19 .30 .35 .90
Item 4 .60 (.40) .15 (.34) .65 (.66) .89 (.90)
Item 5 .60 (.57) .21 (.19) .66 (.66) .89 (.90)
Item 6 .73 (.65) .17 (.25) .76 (.77) .88 (.89)
Item 8 .91 (1.09) -.23 (-.41) .67 (.69) .89 (.90)
Item 9 .38 (.34) .24 (.22) .50 (.50) .89 (.90)
Item 10 .62 (.57) .28 (.32) .73 (.75) .89 (.89)
Item 11 .73 (.80) .11 (.02) .73 (.75) .89 (.89)
Item 13 .37 (.37) .17 (.15) .42 (.46) .90 (.91)
Item 14 .61 (.46) -.24 (-.08) .36 (.37) .90 (.91)
Item 15 .59 (.50) .10 (.15) .59 (.61) .89 (.90)
Item 16 .88 (.89) -.21 (-.21) .65 (.67) .89 (.90)
Item 17 .40 (.17) .31 (.52) .53 (.54) .89 (.90)
CU .73
Item 3 .18 (.01) .54 (.67) .44 .70
Item 7 .18 (.01) .46 (.57) .45 .70
Item 12 .09 (.14) .51 (.35) .45 .70
Item 18 .09 (.26) .66 (.36) .61 .65
Item 19 -.48 (-.21) .84 (.44) .33 .73
Item 20 -.08 (-.10) .75 (.64) .54 .68
eingenvalue 7.53 (7.00) 1.69 (1.08)
Variância 37.67% (36.86%) 8.44% (5.69%)
explicada
Notas: APSD-VP = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social – Versão relato pelos professores; I/CP =
Impulsividade/Problemas de conduta; CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; CITC = correlação item-total corrigida;
α = alfa de Cronbach da escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores dos pesos
fatoriais ≥ .30 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da análise fatorial, com o método de
extração de dois fatores de máxima verosimilhança com rotação Promax (item 2 removido). Sem ser entre parêntesis
são apresentados os resultados da extração de dois fatores através da análise de componentes principais com rotação
Promax.
482
_____________________________________________________________ANEXO 17
Análise da estrutura fatorial da PANAS-C
483
Análise da estrutura fatorial da Escala da Afetividade Negativa e Positiva - Versão Crianças (PANAS-C)
485
Tabela 99 (continuação)
Índices de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais da PANAS-C testados
χ2 df χ2/df RMSEA (90% I.C.) CFI GFI AIC MECVI ΔX2
PANAS-CVE
Modelo 1 1730.26*** 405 4.27 .09*** (.09-.09) .72 .75 1850.26 4.66
*** ***
Modelo 2 1673.81 404 4.14 .09 (.08-.09) .73 .75 1795.81 4.53 (56.45***)
Modelo 3 1518.89*** 404 3.76 .08***(.08-.09) .76 .78 1640.89 4.14 211.37***(70.86***)
Modelo 4 1514.44*** 404 3.75 .08***(.08-.09) .76 .78 1636.44 4.13 215.82***(68.64***)
Modelo 5 1448.03*** 403 3.59 .08***(.08-.09) .78 .78 1572.03 3.97 225.78***
Modelo 6 1445.80*** 403 3.59 08***(.08-.09) .78 .79 1569.80 3.96 228.01***
Modelo 7 1211.80*** 382 3.17 .07***(.07-.08) .82 .82 1377.80 3.49 518.46***
Modelo 8 1168.03*** 381 3.07 .07***(.07-.08) .83 .83 1336.03 3.38 505.78***
Modelo 9 1181.26*** 381 3.10 .07***(.07-.08) .83 .83 1349.26 3.42 337.63***
Modelo 10 1220.94*** 385 3.17 .07***(.07-.08) .82 .82 1380.94 3.50 293.50***
Modelo 11 1132.50*** 380 2.98 .07***(.07-.08) .84 .83 1302.50 3.30 315.53***
Modelo 12 1151.33*** 380 3.03 .07***(.07-.08) .84 .83 1321.33 3.35 294.47***
Modelo 13 1036.00*** 328 3.12 .07***(.07-.08) .85 .83 1192.00 3.02 96.50***
Modelo 14 1072.73*** 329 3.26 .07***(.07-.08) .84 .83 1226.73 3.11 95.30***
Nota: PANAS-CVE = Escala da Afetividade Negativa e Positiva - Versão Crianças relato pelos Encarregados de educação; Modelo 1 = Modelo de dois fatores ortogonais com todos os itens; Modelo 2 = Modelo de dois
fatores correlacionados; Modelo 3 = Modelo de três fatores de Mehrabian (1997); Modelo 4 = Modelo de três fatores proposto por Killgore (2000); Modelo 5 = Modelo de três fatores de Mehrabian (1997), com fatores
emocionalidade positiva e emocionalidade negativa correlacionados; Modelo 6 = Modelo de três fatores proposto por Killgore (2000), com fatores emocionalidade positiva e emocionalidade negativa correlacionados;
Modelo 7 = Modelo de dois fatores ortogonais com erros correlacionados; Modelo 8 = Modelo de dois fatores dependentes com erros correlacionados; Modelo 9 = Modelo de três fatores de Mehrabian (1997) com erros
correlacionados; Modelo 10 = Modelo de três fatores proposto por Killgore (2000) com erros correlacionados; Modelo 11 = Modelo de três fatores de Mehrabian (1997), com fatores emocionalidade positiva e
emocionalidade negativa e erros correlacionados; Modelo 12 = Modelo de três fatores proposto por Killgore (2000) com erros correlacionados com fatores emocionalidade positiva e emocionalidade negativa e erros
correlacionados; Modelo 13 = Modelo 11 com os seguintes itens removidos: 15 e 25 na VE, 4 e 16 na VA, e, 14, 16 e 25 na VP; Modelo 14 = Modelo 8 com os seguintes itens removidos: 15 e 25 na VE, 4 e 16 na VA,
e, 14, 16 e 25 na VP; χ2 = chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança; CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI =
Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado do modelo de dois fatores relativamente aos modelos de três fatores, dos modelos com erros correlacionados relativamente aos respetivos
modelos, entre parêntesis dos modelos dependentes e independentes e dos modelos com os itens removidos com os respetivos modelos; os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um ajustamento
aceitável e bom estão realçados a itálico e negrito, respetivamente. * p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
486
Tabela 99 (continuação)
Índices de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais da PANAS-C testados
χ2 df χ2/df RMSEA (90% I.C.) CFI GFI AIC MECVI ΔX2
PANAS-CVP
Modelo 1 1364.50*** 405 3.37 .12***(.12-.13) .67 .57 1484.50 9.84
*** ***
Modelo 2 1329.02 404 3.29 .12 (.12-.13) .68 .57 1451.02 9.62 (43.56***)
Modelo 3 1271.91*** 404 3.15 .12***(.11-.13) .70 .59 1393.91 9.25 92.59***
Modelo 4 1306.23*** 404 3.23 .12***(.11-.13) .69 .59 1428.23 9.47 58.27***
Modelo 5 1221.76*** 403 3.03 .12***(.11-.12) .72 .59 1345.76 8.94 107.26***(50.15***)
Modelo 6 1261.61*** 403 3.13 .12***(.11-.13) .70 .59 1385.61 9.20 67.41***(44.62***)
Modelo 7 1114.48*** 382 2.92 .11***(.10-.11) .75 .65 1280.48 8.59 250.02***
Modelo 8 1091.68*** 381 2.87 .11***(.10-.12) .76 .65 1259.68 8.46 237.34***
Modelo 9 1070.97*** 381 2.81 .11***(.10-.12) .76 .65 1238.97 8.32 200.94***
Modelo 10 1105.43*** 381 2.90 .11***(.10-.12) .75 .65 1273.43 8.54 200.80***
Modelo 11 1039.84*** 380 2.74 .11***(.10-.11) .77 .65 1209.84 8.13 181.92***
Modelo 12 1080.33*** 380 2.84 .11***(.10-.12) .76 .64 1250.33 8.40 181.28***
Modelo 13 771.80*** 300 2.57 .10***(.09-.11) .83 .71 927.80 6.25 268.04***
Modelo 14 823.92*** 301 2.74 .11***(.10-.12) .81 .70 977.17 6.57 267.76***
Nota: PANAS-CVP = Escala da Afetividade Negativa e Positiva - Versão Crianças relato pelos Professores; Modelo 1 = Modelo de dois fatores ortogonais com todos os itens; Modelo 2 = Modelo de dois fatores
correlacionados; Modelo 3 = Modelo de três fatores de Mehrabian (1997); Modelo 4 = Modelo de três fatores proposto por Killgore (2000); Modelo 5 = Modelo de três fatores de Mehrabian (1997), com fatores
emocionalidade positiva e emocionalidade negativa correlacionados; Modelo 6 = Modelo de três fatores proposto por Killgore (2000), com fatores emocionalidade positiva e emocionalidade negativa correlacionados;
Modelo 7 = Modelo de dois fatores ortogonais com erros correlacionados; Modelo 8 = Modelo de dois fatores dependentes com erros correlacionados; Modelo 9 = Modelo de três fatores de Mehrabian (1997) com erros
correlacionados; Modelo 10 = Modelo de três fatores proposto por Killgore (2000) com erros correlacionados; Modelo 11 = Modelo de três fatores de Mehrabian (1997), com fatores emocionalidade positiva e
emocionalidade negativa e erros correlacionados; Modelo 12 = Modelo de três fatores proposto por Killgore (2000) com erros correlacionados com fatores emocionalidade positiva e emocionalidade negativa e erros
correlacionados; Modelo 13 = Modelo 11 com os seguintes itens removidos: 15 e 25 na VE, 4 e 16 na VA, e, 14, 16 e 25 na VP; Modelo 14 = Modelo 8 com os seguintes itens removidos: 15 e 25 na VE, 4 e 16 na VA,
e, 14, 16 e 25 na VP; χ2 = chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança; CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI =
Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado do modelo de dois fatores relativamente aos modelos de três fatores, dos modelos com erros correlacionados relativamente aos respetivos
modelos, entre parêntesis dos modelos dependentes e independentes e dos modelos com os itens removidos com os respetivos modelos; os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um ajustamento
aceitável e bom estão realçados a itálico e negrito, respetivamente. * p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
487
Tabela 100 Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores proposto por Mehrabian e do modelo de dois fatores, com os fatores e erros de
itens correlacionados, da PANAS-CVA
Modelo de três fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
Emocionalidade Positiva .86 (.86) .86
1 .41 (.41) .17 (.17) .41 (.38) .85 (.85) .41 (.41) .17 (.17) .41 .85
4 .25 .06 .27 .86 .25 .06 .27 .86
5 .49 (.49) .24 (.24) .45 (.46) .85 (.85) .48 (.48) .23 (.23) .45 .85
8 .45 (.45) .20 (.20) .52 (.51) .85 (.85) .45 (.44) .20 (.20) .52 .85
9 .60 (.60) .36 (.36) .51 (.51) .84 (.85) .60 (.60) .36 (.36) .51 .84
12 .48 (.48) .23 (.23) .42 (.42) .85 (.85) .48 (.48) .23 (.23) .42 .85
14 .35 (.35) .12 (.12) .35 (.33) .85 (.86) .35 (.34) .12 (.12) .35 .85
17 .54 (.53) .29 (.28) .57 (.56) .84 (.85) .53 (.53) .28 (.28) .57 .84
18 .65 (.65) .42 (.42) .58 (.58) .84 (.84) .65 (.65) .42 (.42) .58 .84
19 .63 (.63) .39 (.39) .57 (.57) .84 (.84) .63 (.63) .39 (.39) .57 .84
21 .58 (.58) .33 (.33) .63 (.64) .84 (.84) .58 (.58) .33 (.33) .63 .84
24 .62 (.62) .38 (.38) .52 (.53) .84 (.85) .62 (.62) .38 (.38) .52 .84
26 .64 (.64) .41 (.41) .58 (.59) .84 (.84) .64 (.64) .41 (.41) .58 .84
28 .56 (.57) .32 (.32) .46 (.47) .85 (.85) .57 (.57) .32 (.32) .46 .85
30 .60 (.60) .36 (.36) .64 (.65) .84 (.84) .59 (.60) .35 (.36) .64 .84
Notas: PANAS-CVA = Escala da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças Autorrelato; λ = peso fatorial estandardizado; λ = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa
2
de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial
Confirmatória da PANAS-CVA com os itens 4 e 16 removidos.
488
Tabela 100 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores proposto por Mehrabian e do modelo de dois fatores, com os fatores e erros de itens
correlacionados, da PANAS-CVA
Modelo de três fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
Emocionalidade Negativa .86 (.87)
Medo .82 (.82) .68 (.67) .75 (.80)
3 .56 (.57) .32 (.32) .53 (.56) .71 (.76) .50 (.51) .25 (.26) .52 (.53) .85 (.87)
6 .47 (.47) .22 (.22) .42 (.41) .73 (.80) .37 (.37) .14 (.14) .37 (.36) .86 (.88)
10 .67 (.66) .44 (.44) .55 (.57) .70 (.76) .60 (.60) .36 (.36) .56 (.56) .85 (.87)
11 .67 (.67) .44 (.45) .49 (.52) .72 (.77) .62 (.62) .38 (.38) .56 (.57) .85 (.86)
13 .63 (.64) .40 (.41) .59 (.62) .70 (.75) .57 (.57) .32 (.33) .58 (.59) .85 (.86)
16 .25 .06 .20 .80 .26 .07 .24 .87
20 .70 (.70) .49 (.49) .65 (.68) .69 (.74) .50 (.62) .25 (.39) .65 (.65) .85 (.86)
Preocupado 1 (1) 1 (1) .83
2 .67 (.67) .45 (.45) .62 .80 .66 (.66) .43 (.43) .62 (.61) .85 (.86)
7 .71 (.71) .51 (.51) .60 .80 .68 (.68) .46 (.46) .58 (.58) .85 (.86)
15 .46 (.46) .21 (.21) .48 .81 .47 (.47) .22 (.22) .48 (.49) .86 (.87)
22 .54 (.54) .29 (.29) .52 .81 .51 (.51) .26 (.26) .46 (.46) .86 (.87)
23 .71 (.71) .50 (.50) .59 .80 .68 (.68) .46 (.46) .57 (.58) .85 (.86)
25 .48 (.48) .23 (.23) .41 .83 .47 (.47) .22 (.22) .43 (.42) .86 (.87)
27 .58 (.58) .33 (.33) .56 .80 .57 (.57) .33 (.33) .55 (.56) .85 (.86)
29 .60 (.60) .36 (.36) .62 .80 .59 (.60) .35 (.36) .57 (.59) .85 (.86)
Notas: PANAS-CVA = Escala da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças Autorrelato; λ = peso fatorial estandardizado; λ = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa
2
de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial
Confirmatória da PANAS-CVA com os itens 4 e 16 removidos.
489
Tabela 101 Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores proposto por Mehrabian e do modelo de dois fatores, com os fatores e erros de
itens correlacionados, da PANAS-CVE
Modelo de três fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
Emocionalidade Positiva .87
1 .54 (.54) .30 (.30) .55 .86 .54 (.54) .30 (.30)
4 .45 (.45) .20 (.20) .45 .87 .45 (.45) .20 (.20)
5 .62 (.62) .38 (.38) .58 .86 .62 (.62) .38 (.38)
8 .63 (.64) .40 (.40) .62 .86 .63 (.63) .40 (.40)
9 .60 (.60) .36 (.36) .55 .86 .60 (.60) .36 (.36)
12 .51 (.51) .26 (.26) .45 .87 .51 (.51) .26 (.26)
14 .33 (.33) .11 (.11) .31 .88 .33 (.33) .11 (.11)
17 .72 (.72) .52 (.52) .69 .86 .72 (.72) .51 (.51)
18 .61 (.61) .37 (.37) .55 .86 .61 (.61) .37 (.37)
19 .45 (.45) .20 (.20) .41 .87 .45 (.45) .20 (.20)
21 .69 (.69) .47 (.47) .67 .86 .69 (.69) .47 (.47)
24 .61 (.60) .37 (.37) .57 .86 .61 (.61) .37 (.37)
26 .59 (.58) .34 (.34) .55 .86 .59 (.59) .34 (.34)
28 .50 (.50) .25 (.25) .45 .87 .50 (.50) .25 (.25)
30 .76 (.76) .58 (.58) .71 .86 .76 (.76) .58 (.58)
Notas: PANAS-CE = Escala da Afetividade Negativa e Positiva - Versão Crianças relato pelos Encarregados de educação; EP = Emocionalidade Positiva; λ = fiabilidade individual; CITC = correlação item-
2
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados
da Análise Fatorial Confirmatória da PANAS-CE com os itens 15 e 25 removidos.
490
Tabela 101 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores proposto por Mehrabian e do modelo de dois fatores, com os fatores e erros de itens
correlacionados, da PANAS-CVE
Modelo de três fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
Emocionalidade Negativa .86 (.87)
Medo .78 (.78) .61 (.60) .79
3 .56 (.57) .32 (.32) .59 .75 .51 (.51) .26 (.26) .56 (.57) .85 (.85)
6 .44 (.44) .20 (.20) .39 .79 .38 (.38) .15 (.14) .39 (.38) .86 (.87)
10 .69 (.69) .48 (.48) .60 .75 .61 (.60) .37 (.36) .60 (.61) .85 (.85)
11 .51 (.51) .26 (.26) .40 .79 .49 (.49) .24 (.24) .46 (.45) .86 (.86)
13 .67 (.67) .45 (.46) .68 .74 .61 (.61) .37 (.37) .66 (.66) .84 (.85)
16 .49 (.49) .24 (.24) .39 .80 .46 (.59) .21 (.21) .44 (.45) .86 (.87)
20 .62 (.62) .39 (.39) .74 .56 (.63) .32 (.31) .63 (.63) .85 (.85)
Preocupado 1 (1) 1 (1) .79 (.82)
2 .71 (.72) .50 (.52) .63 (.65) .74 (.77) .69 (.70) .47 (.48) .62 (.62) .85 (.85)
7 .62 (.61) .38 (.38) .54 (.55) .77 (.81) .61 (.61) .38 (.38) .53 (.53) .85 (.86)
15 .24 .06 .27 .80 .24 .06 .25 .86
22 .60 (.60) .36 (.36) .52 (.51) .76 (.80) .59 (.59) .35 (.35) .53 (.52) .85 (.86)
23 .64 (.64) .41 (.40) .59 (.60) .75 (.78) .64 (.63) .41 (.40) .55 (.55) .85 (.86)
25 .28 .08 .25 .80 .28 .08 .26 .86
27 .57 (.56) .32 (.32) .57 (.55) .76 (.80) .55 (.54) .30 (.29) .51 (.50) .85 (.86)
29 .79 (.79) .62 (.62) .69 (.69) .74 (.77) .76 (.76) .57 (.58) .66 (.66) .85 (.85)
Notas: PANAS-CE = Escala da Afetividade Negativa e Positiva - Versão Crianças relato pelos Encarregados de educação; EP = Emocionalidade Positiva; λ = fiabilidade individual; CITC = correlação item-
2
total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados
da Análise Fatorial Confirmatória da PANAS-CE com os itens 15 e 25 removidos.
491
Tabela 102 Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores proposto por Mehrabian e do modelo de dois fatores, com os fatores e erros de
itens correlacionados, da PANAS-CVP
Modelo de três fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
Emocionalidade Positiva .91 (.92)
1 .48 (.47) .23 (.22) .48 (.47) .23 (.22) .51 (.49) .91 (.92)
4 .50 (.49) .25 (.24) .50 (.49) .25 (.24) .57 (.53) .91 (.92)
5 .72 (.71) .52 (.50) .71 (.70) .51 (.49) .74 (.73) .90 (.91)
8 .70 (.69) .49 (.47) .69 (.68) .48 (.46) .74 (.73) .90 (.91)
9 .64 (.65) .42 (.42) .65 (.65) .42 (.43) .61 (.62) .91 (.92)
12 .72 (.72) .51 (.52) .72 (.72) .51 (.52) .63 (.66) .91 (.91)
14 .18 .03 .18 .03 .25 (.65) .92
17 .64 (.64) .42 (.41) .64 (.63) .41 (.40) .65 (.78) .91 (.91)
18 .83 (.84) .69 (.71) .83 (.84) .70 (.71) .75 (.61) .90 (.91)
19 .65 (.66) .43 (.43) .66 (.66) .43 (.43) .61 (.72) .91 (.92)
21 .70 (.69) .49 (.48) .70 (.69) .49 (.47) .73 (.57) .90 (.91)
24 .63 (.64) .40 (.40) .64 (.64) .41 (.41) .56 (.65) .91 (.92)
26 .67 (.67) .45 (.45) .67 (.67) .45 (.45) .65 (.62) .91 (.91)
28 .69 (.70) .47 (.48) .69 (.70) .48 (.49) .59 (.74) .91 (.92)
30 .76 (.76) .58 (.58) .76 (.76) .58 (.57) .73 (.49) .90 (.92)
Notas: PANAS-CVP = Escala da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças relato pelos professores; λ = peso fatorial estandardizado; λ = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total
2
corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da
Análise Fatorial Confirmatória da PANAS-CVP com os itens 14,16 e 25 removidos.
492
Tabela 102 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de três fatores proposto por Mehrabian e do modelo de dois fatores, com os fatores e erros de itens
correlacionados, da PANAS-CVP
(Sub)escalas/Itens Modelo de três fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
Emocionalidade Negativa .89 (.91)
Medo .81 (.81) .66 (.66) .83 (.88)
3 .74 (.74) .55 (.55) .72 (.74) .78 (.85) .67 (.67) .44 (.45) .68 (.69) .88 (.90)
6 .66 (.66) .44 (.44) .55 (.63) .81 (.88) .56 (.57) .32 (.32) .52 (.56) .89 (.91)
10 .78 (.78) .61 (.61) .70 (.69) .78 (.86) .75 (.75) .56 (.57) .72 (.72) .88 (.90)
11 .74 (.73) .54 (.54) .63 (.60) .80 (.87) .73 (.72) .53 (.52) .70 (.69) .88 (.90)
13 .84 (.84) .71 (.71) .79 (.81) .77 (.84) .77 (.77) .59 (.59) .78 (.80) .88 (.90)
16 .17 .03 .15 .88 .19 .04 .20 .91
20 .72 (.73) .52 (.53) .70 (.74) .78 (.85) .64 (.64) .41 (.41) .66 (.67) .88 (.90)
Preocupado 1 (1) 1 (1) .85
2 .84 (.85) .71 (.72) .71 (.73) .82 (.83) .79 (.79) .62 (.62) .71 (.74) .88 (.90)
7 .69 (.69) .48 (.47) .69 (.69) .82 (.84) .66 (.65) .43 (.43) .63 (.60) .89 (.91)
15 .58 (.57) .33 (.33) .48 (.47) .85 (.87) .55 (.54) .30 (.29) .50 (.49) .89 (.91)
22 .79 (.79) .63 (.63) .72 (.73) .82 (.83) .79 (.80) .63 (.63) .73 (.74) .88 (.90)
23 .49 (.49) .24 (.24) .53 (.50) .84 (.86) .49 (.48) .24 (.23) .45 (.40) .89 (.91)
25 .18 .03 .22 .86 .19 .04 .21 .90
27 .67 (.67) .45 (.45) .60 (.60) .83 (.85) .65 (.65) .42 (.42) .61 (.63) .89 (.91)
29 .81 (.81) .66 (.66) .76 (.73) .81 (.83) .73 (.73) .54 (.54) .69 (.70) .88 (.90)
Notas: PANAS-CVP = Escala da Afetividade Negativa e Positiva – Versão Crianças relato pelos professores; λ = peso fatorial estandardizado; λ = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total
2
corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da
Análise Fatorial Confirmatória da PANAS-CVP com os itens 14,16 e 25 removido
493
_____________________________________________________________ANEXO 18
Análise da estrutura fatorial do BFQ-C
495
Análise da estrutura fatorial do Questionário dos Cinco Fatores – Versão Crianças (BFQ-C)
Tabela 103 Índices e estatísticas de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados do BFQ-C
χ2 df χ2/df RMSEA (90% CFI GFI AIC MECVI ΔX2
I.C.)
BFQ-CVA
Modelo 1 5595.97*** 2017 2.77 .07***(.07-.07) .60 .66 5851.97 16.10 (920.30***)
Modelo 2 4675.67*** 2008 2.33 .06***(.06-.06) .70 .70 4949.67 13.65 562.28***
Modelo 3 5036.33*** 1771 2.84 .07***(.07-.07) .62 .67 5276.33 14.51 559.64***
Modelo 4 4113.39*** 1762 2.33 .06***(.06-.06) .73 .71 4371.39 12.05 (562.28***)
BFQ-CVE
Modelo 1 5481.40*** 2017 2.72 .07***(.06-.07) .68 .68 5737.40 14.51 (696.97***)
Modelo 2 4784.43*** 2007 2.38 .06***(.06-.06) .74 .71 5060.43 12.82 530.54***
Modelo 3 4951.40*** 1771 2.80 .07***(.07-.07) .69 .69 5191.40 13.12 530***
Modelo 4 4253.89*** 1761 2.42 .06***(.06-.06) .76 .72 4513.89 11.43 (701.50***)
BFQ-CVP
Modelo 1 4875.90*** 1831 2.66 .10***(.10-.11) .62 .47 5119.90 34.34 (433.46***)
Modelo 2 4442.44*** 1821 2.44 .10***(.09-.10) .68 .49 4706.44 31.75
Notas: BFQ-C = Questionário dos Cinco Fatores - Versão Crianças; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos encarregados de educação; VP = Versão relato pelos professores; χ2 =
chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança; CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI =
Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado dos modelos com os itens removidos e os respetivos modelos com todos os itens e entre parêntesis dos modelos
independentes e dependentes; Modelo 1 = Modelo de cinco fatores independentes; Modelo 2 = Modelo de cinco fatores dependentes; Modelo 3 = Modelo de cinco fatores independentes com os
itens 9, 39, 42 e 50 removidos na VA e com os itens 9, 36, 39 e 42 removidos na VE; Modelo 4 = Modelo de cinco fatores dependentes com os itens 9, 39, 42 e 50 removidos na VA e com os itens
9, 36, 39 e 42 removidos na VE. Os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um ajustamento aceitável e bom estão realçados a itálico e negrito, respetivamente.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
497
Tabela 104 Estimativas dos parâmetros do modelo de cinco fatores correlacionados da
BFQ-CVA
Fatores/Itens λ λ2 CITC α
Energia/Extroversão .75 (.78)
63 .58 (.58) .34 (.34) .41 (.45) .73 (.76)
57 .63 (.63) .40 (.40) .49 (.51) .72 (.75)
55 .33 (.32) .11 (.10) .35 (.31) .73 (.78)
50 .18 .03 .22 .75
42 .12 .01 .18 .75
40 .73 (.74) .53 (.54) .53 (.61) .72 (.74)
35 .44 (.44) .19 (.19) .36 (.37) .73 (.77)
26 .36 (.35) .13 (.12) .40 (.39) .73 (.77)
23 .40 (.39) .16 (.15) .47 (.42) .72 (.76)
19 .72 (.73) .52 (.53) .53 (.60) .72 (.74)
14 .50 (.49) .25 (.24) .40 (.40) .73 (.76)
9 .11 .01 .19 .76
1 .52 (.53) .27 (.28) .41 (.46) .73 (.76)
Agradabilidade .85
2 .36 (.36) .13 (.13) .38 .85
11 .57 (.57) .33 (.33) .47 .84
13 .56 (.56) .31 (.31) .52 .84
16 .45 (.45) .21 (.21) .44 .84
21 .48 (.48) .23 (.23) .48 .84
27 .73 (.73) .54 (.54) .65 .83
32 .70 (.70) .49 (.49) .62 .83
38 .65 (.66) .43 (.43) .51 .84
45 .70 (.70) .49 (.49) .60 .83
47 .46 (.46) .21 (.21) .48 .84
51 .50 (.50) .25 (.25) .48 .84
60 .55 (.55) .30 (.30) .53 .84
64 .43 (.43) .18 (.18) .45 .84
Notas: BFQ-CA = Questionário dos Cinco Fatores - Versão Crianças Autorrelato; λ = peso fatorial estandardizado; λ2
= fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos
itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são
apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BFQ-CA com os itens 9, 39, 42 e 50 removidos.
498
Tabela 104 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de cinco fatores correlacionados da BFQ-CVA
Fatores/Itens λ λ2 CITC α
Conscienciosidade .88
3 .61 (.61) .37 (.37) .56 .87
7 .68 (.68) .46 (.46) .62 .87
20 .76 (.76) .58 (.58) .69 .86
22 .73 (.73) .53 (.53) .66 .86
25 .47 (.47) .22 (.22) .46 .88
28 .64 (.64) .41 (.41) .56 .87
34 .60 (.60) .35 (.36) .52 .87
37 .44 (.44) .20 (.20) .45 .88
44 .47 (.47) .22 (.22) .43 .88
48 .65 (.65) .42 (.42) .64 .87
53 .53 (.53) .28 (.28) .55 .87
56 .69 (.69) .47 (.47) .62 .87
65 .63 (.63) .40 (.40) .62 .87
Intelecto/Abertura .83
62 .67 (.67) .45 (.45) .59 .81
59 .43 (.43) .19 (.19) .39 .82
52 .64 (.64) .41 (.41) .56 .81
46 .65 (.65) .42 (.42) .57 .81
43 .45 (.45) .21 (.20) .43 .82
36 .37 (.37) .14 (.14) .36 .83
33 .34 (.33) .11 (.11) .38 .83
30 .67 (.67) .44 (.44) .55 .81
24 .34 (.34) .12 (.12) .35 .83
18 .66 (.66) .44 (.44) .55 .81
12 .73 (.73) .53 (.53) .64 .80
10 .38 (.38) .14 (.14) .37 .82
5 .61 (.61) .37 (.37) .54 .81
Notas: BFQ-CA = Questionário dos Cinco Fatores - Versão Crianças Autorrelato; λ = peso fatorial estandardizado; λ2
= fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos
itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são
apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BFQ-CA com os itens 9, 39, 42 e 50 removidos.
499
Tabela 104 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de cinco fatores correlacionados da BFQ-CVA
Fatores/Itens λ λ2 CITC α
Instabilidade Emocional .82 (.82)
61 .38 (.37) .14 (.14) .35 (.35) .81 (.82)
58 .43 (.44) .19 (.19) .39 (.41) .81 (.81)
54 .55 (.53) .30 (.29) .52 (.50) .80 (.80)
49 .58 (.58) .34 (.33) .52 (.52) .80 (.80)
41 .51 (.49) .26 (.24) .49 (.45) .80 (.81)
39 .26 .07 .27 .82
31 .48 (.50) .23 (.25) .39 (.42) .81 (.81)
29 .47 (.46) .22 (.21) .46 (.45) .81 (.81)
17 .65 (.65) .42 (.43) .52 (.53) .80 (.80)
15 .73 (.73) .53 (.53) .63 (.64) .79 (.79)
8 .58 (.59) .34 (.34) .50 (.50) .80 (.80)
6 .59 (.60) .35 (.36) .49 (.52) .80 (.80)
4 .34 (.33) .12 (.11) .41 (.40) .81 (.81)
Nota: BFQ-CA = Questionário dos Cinco Fatores - Versão Crianças Autorrelato; λ = peso fatorial estandardizado; λ = fiabilidade
2
individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A
negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial
Confirmatória da BFQ-CA com os itens 9, 39, 42 e 50 removidos.
500
Tabela 105 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de cinco fatores correlacionados da BFQ-CVE
Fatores/Itens λ λ2 CITC α
Agradabilidade .84
2 .44 (.44) .20 (.20) .46 .83
11 .69 (.69) .47 (.47) .55 .83
13 .64 (.64) .41 (.40) .53 .83
16 .52 (.52) .27 (.27) .50 .83
21 .38 (.38) .15 (.15) .40 .84
27 .70 (.70) .48 (.48) .61 .82
32 .67 (.67) .44 (.44) .58 .83
38 .60 (.60) .36 (.36) .51 .83
45 .59 (.59) .35 (.35) .48 .83
47 .43 (.43) .18 (.18) .46 .83
51 .45 (.45) .21 (.21) .44 .83
60 .42 (.42) .18 (.18) .43 .83
64 .50 (.50) .25 (.25) .53 .83
Conscienciosidade .90
3 .72 (.72) .52 (.52) .69 .88
7 .76 (.76) .58 (.58) .69 .88
20 .82 (.82) .67 (.67) .75 .88
22 .81 (.81) .65 (.65) .71 .88
25 .55 (.55) .30 (.30) .52 .89
28 .55 (.55) .30 (.30) .51 .89
34 .56 (.56) .31 (.31) .54 .89
37 .45 (.45) .20 (.20) .48 .89
44 .56 (.56) .31 (.31) .55 .89
48 .65 (.65) .42 (.42) .66 .89
53 .45 (.45) .20 (.20) .47 .89
56 .76 (.76) .58 (.58) .68 .88
65 .60 (.60) .36 (.36) .59 .89
Intelecto/Abertura .85 (.86)
62 .78 (.78) .60 (.60) .65 (.67) .84 (.84)
59 .31 (.31) .10 (.09) .34 (.35) .85 (.86)
52 .59 (.59) .35 (.34) .59 (.58) .84 (.85)
46 .69 (.69) .48 (.48) .58 (.57) .84 (.85)
Notas: BFQ-CVE = Questionário dos Cinco Fatores - Versão Crianças relato pelos encarregados de educação; λ = peso
fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da
(sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BFQ-CA com os itens 9, 36, 39 e
42 removidos.
501
Tabela 105 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de cinco fatores correlacionados da BFQ-CVE
Fatores/Itens λ λ2 CITC α
Intelecto/Abertura .85 (.86)
43 .37 (.36) .13 (.13) .42 (.41) .85 (.86)
36 .29 .09 .30 .86
33 .38 (.37) .15 (.14) .46 (.43) .85 (.86)
30 .80 (.81) .65 (.65) .67 (.68) .83 (.84)
24 .47 (.47) .22 (.22) .47 (.47) .85 (.86)
18 .79 (.79) .63 (.63) .68 (.69) .84 (.84)
12 .83 (.84) .70 (.70) .70 (.71) .83 (.84)
10 .34 (.34) .12 (.12) .36 (.39) .85 (.86)
5 .67 (.67) .45 (.45) .64 (.64) .84 (.84)
Instabilidade Emocional .87 (.88)
61 .38 (.37) .14 (.14) .43 (.42) .87 (.88)
58 .50 (.50) .25 (.25) .51 (.52) .86 (.87)
54 .60 (.60) .36 (.36) .57 (.57) .86 (.87)
49 .75 (.75) .57 (.57) .68 (.68) .85 (.86)
41 .59 (.58) .35 (.34) .58 (.55) .86 (.87)
39 .29 .09 .30 .88
31 .49 (.50) .24 (.25) .48 (.50) .87 (.87)
29 .55 (.55) .31 (.30) .54 (.54) .86 (.87)
17 .75 (.76) .57 (.57) .65 (.66) .86 (.86)
15 .84 (.84) .71 (.71) .75 (.75) .85 (.85)
8 .75 (.76) .57 (.57) .65 (.66) .86 (.86)
6 .64 (.65) .42 (.42) .58 (.58) .86 (.87)
4 .38 (.38) .14 (.14) .39 (.39) .87 (.88)
Notas: BFQ-CVE = Questionário dos Cinco Fatores - Versão Crianças relato pelos encarregados de educação; λ = peso
fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da
(sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BFQ-CA com os itens 9, 36, 39 e
42 removidos.
502
Tabela 106 Estimativas dos parâmetros do modelo de cinco fatores correlacionados da
BFQ-CVP
Fatores/Itens λ λ2 CITC α
Energia/Extroversão .84
63 .47 .22 .39 .83
57 .65 .42 .55 .82
55 .41 .17 .44 .83
50 .59 .35 .51 .82
42 .41 .17 .40 .83
40 .58 .34 .50 .82
35 .36 .13 .34 .83
26 .63 .40 .58 .82
23 .69 .48 .62 .81
19 .64 .41 .53 .82
14 .54 .29 .54 .82
9 .45 .20 .46 .83
1 .52 .28 .50 .82
Agradabilidade .90
2 .60 .36 .59 .89
11 .74 .54 .66 .89
13 .56 .31 .49 .90
21 .53 .28 .53 .89
27 .81 .65 .75 .88
32 .84 .70 .79 .88
38 .71 .50 .61 .89
45 .70 .49 .65 .89
47 .69 .47 .68 .89
51 .51 .26 .48 .90
60 .58 .34 .59 .89
64 .61 .37 .61 .89
Conscienciosidade .96
3 .87 .76 .85 .95
7 .91 .82 .87 .95
20 .90 .81 .87 .95
22 .94 .88 .91 .95
25 .86 .74 .84 .95
28 .65 .42 .64 .96
Notas: BFQ-CVP = Questionário dos Cinco Fatores - Versão Crianças relato pelos professores; λ = peso fatorial
estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala
e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
503
Tabela 106 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de cinco fatores correlacionados da BFQ-CVP
Fatores/Itens λ λ2 CITC α
Conscienciosidade .96
34 .58 .33 .59 .96
44 .83 .69 .81 .95
48 .73 .53 .74 .95
56 .91 .83 .88 .95
65 .76 .58 .75 .95
Intelecto/Abertura .94
62 .91 .82 .82 .93
59 .43 .19 .51 .94
52 .71 .51 .70 .94
46 .88 .77 .81 .93
43 .47 .22 .52 .94
36 .48 .23 .54 .94
33 .57 .32 .65 .94
30 .93 .87 .85 .93
24 .68 .46 .69 .94
18 .92 .85 .87 .93
12 .91 .83 .86 .93
10 .67 .45 .68 .94
5 .84 .71 .80 .93
Instabilidade Emocional .89
61 .36 .13 .50 .89
58 .39 .15 .42 .89
54 .61 .37 .57 .89
49 .81 .65 .73 .88
41 .76 .58 .72 .88
39 .46 .21 .40 .89
31 .42 .18 .46 .89
29 .59 .34 .54 .89
17 .86 .74 .77 .88
15 .82 .68 .77 .88
8 .86 .74 .79 .87
6 .68 .46 .64 .88
4 .38 .15 .34 .90
Notas: BFQ-CVP = Questionário dos Cinco Fatores - Versão Crianças relato pelos professores; λ = peso fatorial
estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala
e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
504
_____________________________________________________________ANEXO 19
Análise da estrutura fatorial das escalas BIS/BAS-C
505
Análise da estrutura fatorial das Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental – Versão
Crianças (BIS/BAS-C)
Tabela 107 Índices de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados das escalas BIS/BAS-C
χ2 df χ2/df RMSEA CFI GFI AIC MECVI ΔX2
(90% I.C.)
BIS/BAS-CVA
Modelo 1 649.99*** 171 3.80 .09*** (.08-.10) .73 .82 727.99 2.00 169.67***
Modelo 2 480.32*** 168 2.86 .07*** (.06-.08) .82 .87 564.32 1.55 (96.66***)
Modelo 3 563.75*** 170 3.32 08*** (.07-.09) .78 .83 643.75 1.77 (94.66***)
Modelo 4 385.66*** 167 2.31 06* (.05-.07) .88 .89 471.66 1.30 178.09***
Modelo 5 530.09*** 152 3.49 08*** (.08-.09) .78 .83 606.09 1.66 33.66*
Modelo 6 352.05*** 149 2.36 06* (.05-.07) .88 .89 434.05 1.20 33.61*
BIS/BAS-CVE
Modelo 1 862.91*** 171 5.05 .10*** (.09-.11) .65 .78 940.91 2.37 175.07***
Modelo 2 687.84*** 168 4.09 .09***(.08-.10) .74 .84 771.84 1.95 (38.15***)
Modelo 3 810.80*** 170 4.75 .10*** (.09-.10) .68 .78 890.80 2.24 (52.11***)
Modelo 4 649.69*** 167 3.89 .09***(.08-.09) .76 .84 735.69 1.86 161.11***
Modelo 5 705.05*** 135 5.22 .10***(.10-.11) .70 .79 777.05 1.96 105.75***
Modelo 6 543.19*** 132 4.12 .09***(.08-.10) .79 .85 621.19 1.57 106.50***
Notas: BIS/BAS-C = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos Encarregados
de educação; Modelo 1 = Modelo de dois fatores BIS e BAS ortogonais; Modelo 2 = Modelo de quatro fatores, no qual BIS e BAS são ortogonais; Modelo 3 = Modelo de dois fatores dependentes;
Modelo 4 = Modelo de quatro fatores, no qual BIS e BAS são dependentes; Modelo 5 = Modelo 3 com item 14 removido na VA e os itens 5 e 14 removidos na VE e na VP; Modelo 6 = Modelo
4 com item 14 removido na VA e os itens 5 e 14 removidos na VE e na VP; χ2 = chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança;
CFI = Comparative Fit Index; AIC = Akaike Information Criterion; MECVI = Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado dos modelos de dois e quatro
fatores, dos modelos com itens removidos e os respetivos, e entre parêntesis de modelos ortogonais e dependentes; Os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um
ajustamento aceitável e bom estão realçados a itálico e negrito, respetivamente.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
507
Tabela 107 (continuação)
Índices de qualidade de ajustamento dos modelos fatoriais testados das escalas BIS/BAS-C
χ2 df χ2/df RMSEA CFI GFI AIC MECVI ΔX2
(90% I.C.)
BIS/BAS-CVP
Modelo 1 571.82*** 171 3.34 .12***(.11-.14) .65 .70 649.82 4.30 109.83***
Modelo 2 461.99*** 168 2.75 .11***(.10-.12) .74 .76 545.99 3.63 (8.68**)
Modelo 3 564.29*** 170 3.32 .12***(.11-.13) .65 .71 644.29 4.27 (7.53**)
Modelo 4 453.31*** 167 2.71 .11***(.09-.12) .75 .76 539.31 3.59 110.98***
Modelo 5 450.48*** 135 3.34 .12***(.11-.14) .70 .73 522.48 3.46 113.81***
Modelo 6 339.727*** 132 2.57 .10***(.09-.11) .80 .80 417.73 2.78 113.58***
Notas: BIS/BAS-C = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças; VP = Versão relato pelos Professores; Modelo 1 = Modelo de dois
fatores BIS e BAS ortogonais; Modelo 2 = Modelo de quatro fatores, no qual BIS e BAS são ortogonais; Modelo 3 = Modelo de dois fatores dependentes; Modelo 4 = Modelo de quatro fatores,
no qual BIS e BAS são dependentes; Modelo 5 = Modelo 3 com item 14 removido na VA e os itens 5 e 14 removidos na VE e na VP; Modelo 6 = Modelo 4 com item 14 removido na VA e os
itens 5 e 14 removidos na VE e na VP; χ2 = chi-square; df = degrees of freedom; χ2/df = chi-square/degrees of freedom ratio; I.C. = Intervalo de confiança; CFI = Comparative Fit Index; AIC =
Akaike Information Criterion; MECVI = Modified Expected Cross-Validation Index; ΔX2 = teste de diferença Qui-quadrado dos modelos de dois e quatro fatores, dos modelos com itens removidos
e os respetivos, e entre parêntesis de modelos ortogonais e dependentes; Os índices que se encontram dentro dos valores recomendados para um ajustamento aceitável e bom estão realçados a
itálico e negrito, respetivamente.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
508
Tabela 108 Estimativas dos parâmetros dos modelos de quatro fatores e dois fatores, com fatores BIS e BAS correlacionados, das BIS/BAS-CVA
(Sub)escalas/Itens Modelo de quatro fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ 2
CITC α
Sistema de Inibição Comportamental .56 (.61)
1 .42 (.42) .18 (.18) .42 (.42) .17 (.17) .43 (.43) .47 (.53)
5 .35 (.35) .12 (.12) .35 (.35) .12 (.12) .26 (.25) .53 (.61)
9 .51 (.51) .26 (.26) .51 (.51) .26 (.26) .36 (.39) .49 (.55)
13 .44 (.44) .20 (.19) .44 (.44) .20 (.20) .29 (.34) .52 (.57)
14 -.02 .00 -.02 .00 .05 .61
18 .58 (.59) .34 (.34) .59 (.59) .35 (.35) .41 (.43) .48 (.54)
20 .44 (.45) .20 (.20) .44 (.45) .20 (.20) .24 (.23) .54 (.61)
Sistema de Ativação Comportamental .85
Resposta à Recompensa .82 (.82) .67 (.92) .74
2 .66 (.66) .43 (.43) .51 .70 .61 (.61) .37 (.37) .57 .83
6 .49 (.49) .24 (.24) .43 .73 .36 (.36) .13 (.13) .32 .85
10 .69 (.69) .47 (.47) .61 .67 .51 (.51) .26 (.26) .47 .84
15 .60 (.60) .36 (.36) .50 .70 .49 (.49) .24 (.24) .46 .84
19 .63 (.63) .40 (.40) .52 .70 .58 (.58) .33 (.33) .52 .83
Notas: BIS/BAS-CVA = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças Autorrelato; λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade
individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BISBAS-CVA com o item 14 removido.
509
Tabela 108 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos de quatro fatores e dois fatores, com fatores BIS e BAS correlacionados, das BIS/BAS-CVA
(Sub)escalas/Itens Modelo de quatro fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
Sistema de Ativação Comportamental .85
Energia .75 (.75) .56 (.56) .83
3 .79 (.79) .63 (.63) .69 .77 .71 (.71) .51 (.51) .64 .83
7 .84 (.84) .71 (.71) .75 .74 .72 (.72) .52 (.52) .65 .82
11 .68 (.68) .46 (.46) .59 .81 .70 (.70) .49 (.49) .63 .83
16 .67 (.67) .45 (.45) .60 .81 .63 (.63) .40 (.40) .58 .83
Busca de Divertimento .96 (.96) .92 (.67) .55
4 .46 (.46) .21 (.23) .40 .42 .43 (.43) .18 (.18) .41 .84
8 .59 (.59) .35 (.35) .41 .40 .54 (.54) .30 (.30) .51 .83
12 .48 (.48) .23 (.23) .24 .54 .43 (.43) .18 (.18) .40 .84
17 .40 (.40) .16 (.16) .29 .51 .37 (.37) .14 (.14) .34 .85
Notas: BIS/BAS-CVA = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças Autorrelato; λ = peso fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade
individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BISBAS-CVA com o item 14 removido.
510
Tabela 109 Estimativas dos parâmetros dos modelos de quatro fatores e dois fatores, com fatores BIS e BAS correlacionados, das BIS/BAS-CVE
(Sub)escalas/Itens Modelo de quatro fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ 2
CITC α
Sistema de Inibição Comportamental .50 (.57)
1 .41 (.40) .17 (.16) .40 (.40) .16 (.16) .40 (.39) .40 (.48)
5 .27 .07 .28 .08 .16 .51
9 .44 (.48) .19 (.23) .44 (.48) .20 (.24) .25 (.30) .46 (.53)
13 .65 (.66) .42 (.43) .64 (.65) .41 (.42) .39 (.43) .40 (.45)
14 .05 .00 .06 .00 .04 .55
18 .52 (.46) .27 (.21) .53 (.47) .28 (.22) .42 (.34) .40 (.51)
20 .34 (.34) .12 (.12) .34 (.34) .12 (.11) .14 (.21) .51 (.59)
Sistema de Ativação Comportamental .84
Resposta à Recompensa .68 (.68) .47 (.78) .73
2 .57 (.57) .32 (.32) .43 .72 .54 (.54) .29 (.29) .49 .83
6 .49 (.49) .24 (.24) .44 .71 .35 (.35) .12 (.12) .30 .84
10 .56 (.56) .31 (.31) .52 .68 .38 (.38) .15 (.14) .34 .84
15 .66 (.66) .44 (.44) .53 .67 .55 (.55) .30 (.30) .50 .83
19 .71 (.71) .51 (.51) .57 .66 .59 (.59) .35 (.34) .54 .83
Notas: BIS/BAS-CVE = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças de relato pelos encarregados de educação; λ = peso fatorial
estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores
λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BISBAS-CVE com os itens 5 e 14 removidos.
511
Tabela 109 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos de quatro fatores e dois fatores, com fatores BIS e BAS correlacionados, das BIS/BAS-CVE
(Sub)escalas/Itens Modelo de quatro fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
Sistema de Ativação Comportamental .84
Energia .91 (.91) .83 .78
3 .78 (.78) .61 (.61) .66 .69 .72 (.72) .52 (.52) .64 .82
7 .79 (.79) .62 (.62) .67 .68 .70 (.70) .49 (.49) .62 .82
11 .52 (.52) .27 (.27) .43 .80 .59 (.59) .34 (.34) .54 .83
16 .69 (.69) .48 (.48) .60 .73 .64 (.65) .41 (.42) .59 .82
Busca de Divertimento .88 (.88) .77 (.47) .63
4 .59 (.59) .35 (.35) .48 .50 .51 (.51) .26 (.26) .49 .83
8 .70 (.70) .49 (.49) .51 .47 .58 (.58) .33 (.34) .54 .83
12 .45 (.45) .20 (.20) .26 .65 .47 (.47) .22 (.22) .43 .83
17 .46 (.46) .21 (.21) .38 .58 .35 (.36) .12 (.13) .32 .84
Notas: BIS/BAS-CVE = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças de relato pelos encarregados de educação; λ = peso fatorial
estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores
λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BISBAS-CVE com os itens 5 e 14 removidos.
512
Tabela 110 Estimativas dos parâmetros dos modelos de quatro fatores e dois fatores, com fatores BIS e BAS correlacionados, das BIS/BAS-CVP
(Sub)escalas/Itens Modelo de quatro fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ 2
CITC α
Sistema de Inibição Comportamental .59 (.62)
1 .61 (.58) .38 (.33) .62 (.57) .38 (.33) .53 (.51) .42 (.50)
5 .13 .02 .12 .01 .03 .62
9 .41 (.51) .17 (.26) .41 (.51) .17 (.26) .18 (.34) .56 (.58)
13 .52 (.54) .27 (.29) .52 (.54) .27 (.29) .39 (.39) .48 (.56)
14 .27 .07 .27 .07 .21 .55
18 .55 (.47) .30 (.22) .54 (.46) .29 (.22) .50 (.33) .44 (.59)
20 .49 (.47) .24 (.22) .49 (.47) .24 (.22) .22 (.32) .54 (.60)
Sistema de Ativação Comportamental .88
Resposta à Recompensa .95 (.95) .91 (.48) .77
2 .54 (.54) .29 (.29) .43 .78 .52 (.52) .27 (.27) .52 .87
6 .55 (.55) .30 (.30) .48 .75 .83 (.83) .69 (.69) .74 .86
10 .68 (.68) .46 (.46) .59 .72 .48 (.48) .23 (.23) .53 .87
15 .73 (.73) .53 (.53) .63 .70 .47 (.47) .22 (.22) .36 .88
19 .76 (.76) .58 (.57) .64 .69 .74 (.74) .54 (.54) .62 .86
Notas: BIS/BAS-CVP = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças relato pelos professores; λ = peso fatorial estandardizado; λ2 =
fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BISBAS-CVP com o item 5 e 14 removido.
513
Tabela 110 (continuação)
Estimativas dos parâmetros dos modelos de quatro fatores e dois fatores, com fatores BIS e BAS correlacionados, das BIS/BAS-CVP
(Sub)escalas/Itens Modelo de quatro fatores Modelo de dois fatores
λ λ 2
CITC α λ λ2 CITC α
Sistema de Ativação Comportamental .88
Energia .81 (.81) .65 .87
3 .89 (.89) .80 (.80) .79 .80 .58 (.58) .34 (.34) .59 .87
7 .81 (.81) .65 (.65) .72 .83 .58 (.58) .34 (.34) .56 .87
11 .77 (.77) .59 (.59) .72 .83 .74 (.74) .55 (.55) .63 .86
16 .69 (.69) .47 (.47) .65 .86 .58 (.58) .34 (.34) .59 .87
Resposta à Recompensa .69 (.69) .48 (.89) .73
4 .74 (.74) .54 (.54) .66 .58 .65 (.65) .42 (.42) .62 .86
8 .66 (.66) .44 (.44) .51 .67 .70 (.70) .49 (.49) .66 .86
12 .76 (.75) .57 (.57) .54 .66 .22 (.22) .05 (.05) .26 .89
17 .40 (.41) .16 (.16) .40 .74 .67 (.67) .45 (.45) .62 .86
Notas: BIS/BAS-CVP = Escalas de Sistema de Ativação Comportamental/Sistema de Inibição Comportamental - Versão Crianças relato pelos professores; λ = peso fatorial estandardizado; λ2 =
fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e
CITC > .20. Entre parêntesis são apresentados os resultados da Análise Fatorial Confirmatória da BISBAS-CVP com o item 5 e 14 removido.
514
_____________________________________________________________ANEXO 20
Análise da estrutura fatorial da ABRS
515
Análise da estrutura fatorial da Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo (ABRS)
Tabela 111 Estimativas dos parâmetros do modelo de dois fatores independentes do ABRS e análise dos itens
(Sub)escala/Item ABRS-VA ABRS-VE ABRS-VP
λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α λ λ2 CITC α
S E S E S E S E S E S E
Total .68 .82 .95
Agressão Reativa .54 .76 .89
Item 1 .64 .41 .44 .39 .40 .66 .78 .61 .55 .48 .71 .81 .83 .69 .76 .74 .86 .95
Item 4 .56 .32 .04 .13 .57 .68 .61 .37 .46 .56 .73 .80 .78 .61 .75 .83 .86 .94
Item 7 .74 .55 .45 .35 .40 .66 .90 .80 .65 .63 .68 .80 .85 .73 .78 .76 .86 .95
Item 9 .57 .32 .21 .20 .52 .68 .69 .48 .46 .46 .73 .81 .71 .51 .67 .70 .88 .95
Item 12 .60 .36 .34 .37 .47 .66 .71 .50 .53 .49 .71 .81 .72 .51 .67 .64 .88 .95
Item 14 .50 .25 .18 .26 .54 .68 .43 .19 .35 .38 .76 .82 .68 .46 .64 .65 .88 .95
Item 16 .90 .81 .54 .39 .65 .67 .77 .59 .37 .29 .72 .82 .84 .70 .78 .76 .92 .95
Notas: ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos encarregados de educação; VP = Versão relato pelos professores; λ = peso
fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; S = Subescala; E = Escala
total. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
517
Tabela 111 (continuação)
Estimativas dos parâmetros do modelo de dois fatores independentes do ABRS e análise dos itens
(Sub)escala/Item ABRS-VA ABRS-VE ABRS-VP
λ λ 2
CITC α λ λ 2
CITC α λ λ 2
CITC α
S E S E S E S E S E S E
Agressão Proativa .69 .73 .93
Item 2 .71 .50 .38 .29 .67 .67 .70 .50 .44 .43 .70 .81 .89 .79 .86 .83 .91 .94
Item 3 .56 .32 .12 .24 .71 .68 .72 .51 .52 .48 .69 .81 .75 .56 .74 .74 .92 .95
Item 5 .66 .44 .27 .33 .68 .67 .65 .42 .27 .24 .73 .82 .63 .40 .60 .58 .93 .95
Item 6 .78 .61 .43 .28 .66 .67 .64 .41 .31 .25 .72 .82 .68 .47 .64 .60 .92 .95
Item 8 .63 .40 .27 .25 .68 .68 .61 .37 .39 .44 .71 .81 .74 .55 .73 .78 .92 .94
Item 10 .69 .48 .10 .13 .73 .69 .65 .43 .56 .53 .68 .80 .78 .60 .77 .81 .92 .94
Item 11 .87 .76 .53 .40 .64 .66 .54 .29 .31 .34 .72 .82 .78 .60 .73 .71 .92 .95
Item 13 .89 .79 .66 .51 .61 .65 .95 .91 .41 .30 .72 .82 .84 .70 .78 .75 .92 .95
Item 15 .62 .39 .44 .39 .65 .66 .71 .50 .48 .51 .70 .80 .64 .42 .64 .68 .93 .95
Item 16 .90 .81 .54 .39 .65 .67 .77 .59 .37 .29 .72 .82 .84 .70 .78 .76 .92 .95
Notas: ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; VA = Versão Autorrelato; VE = Versão relato pelos encarregados de educação; VP = Versão relato pelos professores; λ = peso
fatorial estandardizado; λ2 = fiabilidade individual; CITC = correlação item-total corrigida; α = alfa de Cronbach da (sub)escala e no caso dos itens se este for excluído; S = Subescala; E = Escala
total. A negrito apresentam-se os valores λ ≥ .30, λ2 ≥ .25 e CITC > .20.
518
_____________________________________________________________ANEXO 21
Intercorrelações entre as (sub)escalas dos instrumentos de avaliação
519
Intercorrelações entre as (sub)escalas dos instrumentos de avaliação
521
Tabela 114 Intercorrelações entre as (sub)escalas do YPI-CV
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
YPI-CV
1. Total - .91*** .79*** .70*** .76*** .79*** .81*** .61*** .66*** .70*** .85*** .70*** .69*** .69***
2. GM - .88*** .79*** .79*** .86*** .65*** .50*** .54*** .56*** .65*** .53*** .54*** .54***
3. DC - .58*** .62*** .70*** .57*** .43*** .47*** .49*** .54*** .45*** .45*** .46***
4. G - .45*** .63*** .54*** .44*** .47*** .42*** .46*** .34*** .40*** .38***
5. L - .61*** .51*** .40*** .40*** .47*** .63*** .56*** .48*** .51***
6. M - .58*** .44*** .49*** .52*** .55*** .44*** .44*** .48***
7. CU - .77*** .83*** .78*** .55*** .41*** .43*** .50***
8. Cal - .56*** .41*** .41*** .32*** .26*** .44***
9. Une - .46*** .42*** .28*** .36*** .40***
10. Rem - .52*** .41*** .43*** .44***
11. II - .85*** .81*** .79***
12. Imp - .54*** .54***
13. TS - .49***
14. Ir -
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L = Mentir; M = Manipulação;
CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Une = Insensibilidade Emocional; Cal = Frieza Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; TS = Procura de
Excitação; Imp = Impulsividade; Ir = Irresponsabilidade.
São apresentadas correlações de Spearman.
*
p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
522
Tabela 115 Intercorrelações entre as (sub)escala(s) da ABRS
Escalas ABRS-VA ABRS-VE ABRS-VP
1 2 3 4 5 6 7 8 9
1. Total - .92*** .57*** - .92*** .81*** - .96*** .93***
2. Agressão Reativa - .30*** - .55*** - .82***
3. Agressão Proativa - - -
Notas: ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores;.
São apresentadas correlações de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
523
Tabela 117 Intercorrelações entre as (sub)escalas da EB-CVA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
EB-CVA (n = 368)
1. EB-C Total - .65a*** .44*** .45*** .42*** .65*** .59*** .37*** .43*** .79*** .68*** .47*** .58***
2. Eficácia Social - .76*** .47*** .72*** .13* .12* -.01 .19*** .27*** .28*** .13* .18***
3. Persuasão - .05 .40*** -.03 -.03 -.11* .08 .18** .17** .11* .11*
4. Autoconfiança Social - .04 .27*** .31*** .14** .06 .22*** .23*** .08 .21***
5. Dominância Social - .03 .00 -.05 .19*** .13* .16** .06 .07
*** *** *** *** ***
6. Estabilidade Emocional - .79 .69 .62 .38 .37 .09 .43***
7. Resiliência - .29*** .24*** .41*** .43*** .11* .45***
8. Autoestima - .36*** .17** .16** .04 .17**
9. Otimismo - .18** .16** .03 .23***
10. Destemor - .77*** .74*** .64***
11. Coragem - .32*** .41***
12. Intrepidez - .18**
13. Tolerância à Incerteza -
NotaS: EB-CV - Escala Boldness – Versão Crianças; VA = Versão autorrelato; n = dimensão da amostra.
a São apresentadas correlações de Pearson. As restantes correlações são de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
524
Tabela 118 Intercorrelações entre as (sub)escalas da EB-CVE
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
EB-CVE (n = 400)
1. EB-C Total - .68*** .46*** .49*** .52*** .64*** .50*** .44*** .54*** .79 a *** .53*** .54*** .58***
2. Eficácia Social .72*** .57*** .80*** .09 .03 .01 .19*** .33*** .13* .32*** .19***
3. Persuasão - .11* .42*** .07 -.01 -.01 .19*** .16** .01 .21*** .08
*** ** ** *** *** ***
4. Autoconfiança Social - .25 .14 .17 .05 .08 .32 .22 .23 .23***
5. Dominância Social - .01 -.06 -.02 .13* .26*** .08 .26*** .13*
6. Estabilidade Emocional - .75*** .77*** .74*** .35*** .40*** .03 .50***
7. Resiliência - .36*** .27*** .32*** .40*** .01 .46***
8. Autoestima - .51*** .21*** .28*** -.02 .34***
9. Otimismo - .26*** .26*** .09 .32***
10. Destemor - .63*** .79*** .57***
11. Coragem - .15** .36***
12. Intrepidez - .17**
13. Tolerância à Incerteza -
Notas: EB-CV - Escala Boldness – Versão Crianças; VE = Versão relato pelos encarregados de educação; n = dimensão da amostra.
a São apresentadas correlações de Pearson. As restantes correlações são de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
525
Tabela 119 Intercorrelações entre as (sub)escalas da EB-CVP
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
EB-CVP (n = 155)
1. EB-C Total - .79 a *** .52 a *** .71 a *** .73 a *** .77 a *** .69 a *** .55 a *** .58 a *** .85 a *** .79 a *** .51 a *** .72 a ***
2. Eficácia Social - .82 a *** .72 a *** .93 a *** .32 a *** .35 a *** .15 a .23 a ** .46 a *** .49 a *** .21 a * .44 a ***
3. Persuasão - .30* a ** .70 a *** .11 a .11 a -.01 a .17* .21 a ** .20 a * .09 a .24 a **
4. Autoconfiança Social - .56 a *** .40 a *** .48 a *** .24 a ** .16 a .55 a *** .62 a *** .27 a ** .42 a ***
5. Dominância Social - .30 a *** .31 a *** .15 a .24 a ** .41 a *** .43 a *** .17 a * .43 a ***
6. Estabilidade Emocional - .83 a *** .84 a *** .69 a *** .64 a *** .65 a *** .29 a *** .62 a ***
7. Resiliência - .55 a *** .30 a *** .55 a *** .70 a *** .10 a .63 a ***
8. Autoestima - .45 a *** .42 a *** .45 a *** .17 a * .41 a ***
9. Otimismo - .55 a *** .33 a *** .49 a *** .40 a ***
10. Destemor - .79 a *** .78 a *** .70 a ***
11. Coragem - .31 a *** .64 a ***
12. Intrepidez - .21 a *
13. Tolerância à Incerteza -
Notas: EB-CV - Escala Boldness – Versão Crianças; VP = Versão relato pelos professores; n = dimensão da amostra.
a São apresentadas correlações de Pearson. As restantes correlações são de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
526
_____________________________________________________________ANEXO 22
Convergência dos instrumentos de avaliação de traços psicopáticos
527
Convergência dos instrumentos de avaliação de traços psicopáticos
Tabela 120 Convergência entre as várias versões de relato do APSD e do ICU: correlações entre (sub)escalas
APSD-VA APSD-VE APSD-VP
(n = 368) (n = 400) (n = 155)
Total Nar CU Imp Total Nar CU Imp Total Nar CU Imp
ICU-VA
Total .42*** .23*** .50*** .18** .28*** .07 .35*** .17** .27** .09 .37*** .22**
Cal .43*** .24*** .44*** .22*** .26*** .06 .32*** .15** .22** .09 .34*** .13
*** *** *** *** *** *** *** *** * ***
Unc .42 .28 .37 .25 .27 .10 .24 .23 .32 .19 .30 .33***
Une .13* .01 .34*** -.07 .11* .01 .22*** .03 .08 .01 .17* .06
ICU-VE
Total .38*** .24*** .29*** .23*** .65*** .37*** .61*** .45*** .33*** .12 .35*** .38***
Cal .32*** .23*** .20*** .21*** .62*** .42*** .47*** .47*** .32*** .17* .29** .37***
Unc .35*** .23*** .25*** .22*** .61*** .35*** .53*** .50*** .33*** .19* .30** .38***
Une .21*** .09 .22*** .11 .27*** .09 .38*** .10* .08 -.09 .18* .09
ICU-VP
Total .39*** .26** .31*** .22** .21* .20* .16 .08 .82*** .60*** .80*** .69***
Cal .30*** .21** .18* .19* .22* .22* .18* .11 .76*** .58*** .67*** .69***
Unc .42*** .31*** .31*** .23** .24** .23** .17 .14 .85*** .64*** .76*** .75***
Une .20* .13 .23** .11 .06 .02 .07 -.01 .21** .09 .40*** .08
Notas: VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; Nar = Narcisismo; CU
= Traços calosos/não-emocionais; Imp = Impulsividade; ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une =
Insensibilidade Emocional.
São apresentadas correlações de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
529
Tabela 121 Convergência entre o YPI-CV e as várias versões de relato do APSD: correlações entre (sub)escalas
YPI-CV
Total GM DC G L M CU Cal Une Rem II Imp TS Ir
APSD-VA (n = 368)
Total .58*** .50*** .45*** .38*** .47*** .41*** .49*** .44*** .33*** .46*** .54*** .49*** .35*** .49***
Nar .57*** .51*** .46*** .38*** .46*** .43*** .43*** .38*** .28*** .41*** .53*** .46*** .36*** .50***
CU .13* .10* .10 .12* .08 .07 .25*** .28*** .16** .21*** .03 .02 -.05 .09
Imp .53*** .44*** .36*** .29*** .45*** .38*** .33*** .28*** .20*** .35*** .59*** .54*** .45*** .46***
APSD-VE (n = 309)
Total .29*** .27*** .28*** .14* .26*** .20*** .21*** .17** .16** .18** .28*** .28*** .16** .24***
Nar .26*** .27*** .25*** .16** .26*** .21*** .14* .10 .15* .12* .26*** .24*** .21*** .21***
CU .17** .12* .16** .03 .11 .10 .21*** .17** .13* .19** .13* .15** .02 .16**
Imp .27*** .25*** .23*** .14* .25*** .19** .15** .11 .14* .12* .26*** .25*** .19** .21***
APSD-VP (n = 148)
Total .37*** .29*** .25** .25** .27** .22** .38*** .33*** .24** .35*** .35*** .31*** .26** .29***
Nar .33*** .28** .24** .25** .28** .18* .31*** .23** .21* .29*** .32*** .27** .28** .24**
CU .27** .21* .17* .21* .18* .18* .29*** .25** .17* .31*** .28** .26** .18* .23**
Imp .33*** .23** .23** .17* .22** .17* .38*** .35*** .28** .31 .29*** .23** .21* .28**
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L = Mentir; M = Manipulação;
CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Une = Insensibilidade Emocional; Cal = Frieza Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; TS = Procura de
Excitação; Imp = Impulsividade; Ir = Irresponsabilidade; APSD = Dispositivo de Despiste de Processo Anti-social; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP
= Versão relato professores; Nar = Narcisismo; CU = Traços calosos/não-emocionais; Imp = Impulsividade; n = dimensão da amostra.
São apresentadas correlações de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
530
Tabela 122 Convergência entre o YPI-CV e as várias versões de relato do ICU: correlações entre (sub)escalas
YPI-CV
Total GM DC G L M CU Cal Une Rem II Imp TS Ir
ICU-VA (n = 368)
Total .19*** .17** .17** .14** .15** .16** .21*** .31*** .10* .16** .13* .15** .04 .16**
Cal .29*** .26*** .25*** .20*** .22*** .26*** .28*** .32*** .16** .24*** .22*** .24*** .10 .22***
Unc .29*** .24*** .25*** .19*** .23*** .21*** .27*** .33*** .18*** .20*** .25*** .23*** .13* .29***
Une -.13* -.11* -.10 -.06 -.11* -.09 -.07 .06 -.08 -.10 -.15** -.11* -.12* -.12*
ICU-VE (n = 309)
Total .29*** .26*** .24*** .16** .21*** .23*** .29*** .26*** .18** .24*** .21*** .22*** .07 .23***
Cal .34*** .30*** .26*** .18** .27*** .25*** .31*** .26*** .21*** .29*** .28*** .29*** .16** .25***
Unc .25*** .23*** .22*** .17** .19** .16** .22*** .20*** .12* .20*** .22*** .23*** .08 .23***
Une .08 .09 .05 .05 .06 .11* .13* .14* .07 .07 .00 .00 -.06 .07
ICU-VP (n = 148)
Total .31*** .22** .18* .26** .16* .16 .41*** .36*** .32*** .33*** .27** .19* .19* .28**
Cal .27** .17* .12 .17* .17* .10 .35*** .32*** .25** .30*** .26** .21* .20* .24**
Unc .36*** .30*** .22** .32*** .23** .22** .38*** .32*** .31*** .31*** .32*** .24** .26** .29***
Une .13 .08 .13 .14 -.01 .05 .23** .18* .19* .18* .06 .00 -.03 .14
Notas: YPI-CV = Inventário de Traços Psicopáticos Jovem - Versão Crianças; GM = Grandiosidade-Manipulação; DC = Charme Desonesto; G = Grandiosidade; L = Mentir; M = Manipulação;
CU = Frieza-Insensibilidade Emocional; Rem = Ausência de Remorso; Une = Insensibilidade Emocional; Cal = Frieza Emocional; II = Impulsividade-Irresponsabilidade; TS = Procura de
Excitação; Imp = Impulsividade; Ir = Irresponsabilidade; ICU = Inventário de Traços Calosos/Não-emocionais; VA = Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP =
Versão relato professores; Cal = Calosidade/Frieza Emocional; Unc = Indiferença Emocional; Une = Insensibilidade Emocional; n = dimensão da amostra.
São apresentadas correlações de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
531
_____________________________________________________________ANEXO 23
Associações entre o comportamento agressivo e antissocial
533
Associações entre o comportamento agressivo e antissocial
Tabela 123 Associações entre as várias versões de relato da ABRS e do QCA: correlações entre as (sub)escalas
ABRS-VA ABRS-VE ABRS-VP
Total AR AP Total AR AP Total AR AP
QCA-VA
CA ao Longo da Vida .28*** .22*** .27*** .31*** .25*** .30*** .44*** .39*** .44***
CA nos Últimos 12 meses .23*** .16** .25*** .24*** .19** .23*** .35*** .31*** .37***
Frequência de CA nos Últimos 12 meses .24*** .15** .29*** .22*** .18** .21*** .33*** .30*** .34***
Início do CA -.18** -.17** -.14* -.13* -.13* -.10 .02 .02 .03
QCA-VE
CA ao Longo da Vida .14* .11 .19** .52*** .44*** .49*** .33*** .27** .40***
CA nos Últimos 12 meses .10 .05 .17** .43*** .36*** .42*** .23** .18* .30**
Frequência de CA nos Últimos 12 meses .00 -.04 .16* .27*** .23*** .24*** .18 .14 .24*
Início do CA .04 .03 -.01 -.25*** -.26*** -.16** -.05 -.05 -.03
QCA-VP
CA ao Longo da Vida .24** .20* .28** .21* .17 .21* .61*** .53*** .64***
CA nos Últimos 12 meses .29*** .26** .27** .26** .21* .25** .63*** .54*** .68***
Frequência de CA nos Últimos 12 meses .30*** .30*** .26** .22* .15 .25** .56*** .47*** .64***
Início do CA -.14 -.11 -.10 .00 .02 -.02 .04 .01 .08
Notas: ABRS = Escala de Avaliação do Comportamento Agressivo; AR = Agressão Reativa; AP = Agressão Proativa; QCA = Questionário de Avaliação do Comportamento Antissocial; VA =
Versão autorrelato; VE = Versão relato encarregados de educação; VP = Versão relato professores; CA = Comportamento Antissocial.
São apresentadas correlações de Spearman.
* p < .05; ** p < .01; *** p < .001.
535
537