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ENCERRA-SE HOJE A SEMANA

DA ARTE MODERNA
[18 de Fevereiro de 1922]

A manifestação artística ocorreu essa Semana no Theatro Municipal de São


Paulo, reunindo diversos artistas e expondo diversas obras de dança, música,
recital de poesias, exposição de obras, pinturas, esculturas e palestras.

O evento choca grande parte da população, que não estava acostumada com as
apresentações informais e inesperadas. A visão artística dos brasileiros e dos
artistas, não condizia, já que em dado momento, a experiência na arte é
totalmente diferente. Enquanto um lado queria expressar algo mais “brasileiro”,
os próprios estavam à espera de algo corriqueiro e sem cultura nacional.

Durante os dias 13, 15 e 17 de fevereiro, ocorreram diversas apresentações,


sendo elas diversificadas como danças e exposição de pinturas. Mário de
Andrade, uma das figuras mais importantes do evento, estava ao lado do escritor
Oswald de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti.
A abertura do festival no dia 13 contou com um discurso do aclamado e famoso
escritor Graça Aranha, e seguiu com apresentações do pianista Ernani Braga e do
compositor Heitor Villa-Lobos. O segundo dia de apresentações marcou o auge
do festival, com apresentações de Mario de Andrade e Menotti del Picchia,
ambas muito vaiadas pelo público presente. O dia também contou com a leitura
do poema de Manuel Bandeira “Os Sapos”, que critica diretamente os artistas
parnasianistas, causando revolta em parte da plateia devido à sua quebra radical
com a tradição literária. O encerramento do festival foi dedicado à música, com a
execução de diversas de Heitor Villa-Lobos por diversos Músicos Presentes.

[Foto dos Principais artistas presentes no Festival]

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