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GEOVANA SIMÕES DA SILVA

SEMANA DA ARTE MODERNA DE 22

CURITIBA - PR

2022
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GEOVANA SIMÕES DA SILVA

SEMANA DA ARTE MODERNA DE 22


Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado como
requisito parcial para a
obtenção de nota pelo
Colégio Estadual Santa
Cândida.

Professor: Luiz Fernando Amorim Custodio

CURITIBA - PR

2022

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RESUMO

 Aconteceu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de


São Paulo;
 É considerada um marco no Modernismo brasileiro;
 Congregou artistas de diversas áreas: pintura, escultura, arquitetura,
música, dança, literatura;
 Participaram, direta ou indiretamente, nomes célebres da arte brasileira,
como Graça Aranha, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Ronald de
Carvalho, Mario de Andrade, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos, Victor
Brecheret, Di Cavalcanti, Guiomar Novais, entre outros;
 Pinturas e esculturas ficaram expostas no saguão do Theatro e
causaram grande escândalo ao gosto público da época;
 Conferências, saraus e apresentações de dança e música aconteceram
em três dias do evento;
 Consolidou o ambiente propício para a publicação de diversas obras que
caracterizaram a Primeira Geração do Modernismo brasileiro (Geração
de 20).

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ABSTRACT

 It took place between February 13 and 18, 1922, at the Theatro


Municipal de São Paulo;
 It is considered a landmark in Brazilian Modernism;
 It brought together artists from different areas: painting, sculpture,
architecture, music, dance, literature;
 Famous names of Brazilian art participated, directly or indirectly, such as
Graça Aranha, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Ronald de
Carvalho, Mario de Andrade, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos, Victor
Brecheret, Di Cavalcanti, Guiomar Novais, among others;
 Paintings and sculptures were displayed in the lobby of the Theater and
caused a great scandal to the public taste at the time;
 Conferences, soirees and dance and music presentations took place
over the three days of the event;
 Consolidated the favorable environment for the publication of several
works that characterized the First Generation of Brazilian Modernism

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ______________________________________ 6

2. CONTEXTO HISTÓRICO ______________________________7

3. COMO OCORREU ___________________________________ 8

4. PRINCIPAIS ARTISTAS DA SEMANA DE ARTE MODERNA __9

5. CONCLUSÃO _____________________________________ 10

6. REFERÊNCIAS ____________________________________11

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1. INTRODUÇÃO

A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um grande evento, divisor de


águas do Modernismo brasileiro.
Gerou muitas polêmicas e uma ótima oportunidade para a atualização
artistica nacional.
Reuniu artistas de diversas áreas como pintura, escultura, arquitetura,
música, dança e literatura.
A Semana de Arte Moderna aconteceu em São Paulo e estabilizou o
ambiente para diversas obras que representavam a Primeira Geração do
Modernismo Brasileiro. Houve apresentações musicais e conferências
que se intercalavam com exposições de pintura, arquitetura, escultura,
com a finalidade de introduzir novas tendências de arte no cenário
brasileiro.
Escritores, pintores, arquitetos, músicos e escultores inspirados pelas
vanguardas européias, se uniram para apresentar suas obras e
produções para o público.

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2. CONTEXTO HISTÓRICO

O Parnasianismo era até o início do século XX a escola artística tida


como oficial no Brasil. Esse movimento foi importado da Europa, e
estabelecia princípios estéticos como a firmeza formal e questões
clássicas. O Parnasianismo claramente confrontava e contradizia o
romantismo, realismo e naturalismo.
O Brasil estava se modernizando, as primeiras indústrias estavam
surgindo e a produção de café em São Paulo gerada um grande
resultado de exportação fazendo com que a cidade se torna-se um
centro econômico e foi por esse motivo que a capital paulista foi o palco
para os eventos da Semana da Arte Moderna que contou com o apoio e
patrocínio de diversos membros da burguesia industrial.
Além disso, 1922 foi o aniversário de 100 anos da Independência do
Brasil. Assim, o momento era ideal para a renovação artística nacional.
O Brasil se transformava e se modernizava, precisando de um novo
olhar artístico, sociocultural e filosófico que apresentasse uma arte
nacional original e atualizada, trazendo consigo um pensamento a
respeito dos problemas brasileiros e da variedade cultural que se
estendia por nosso vasto território.
A Exposição de Pintura Moderna de Anita Malfatti foi uma antecessora
importante que ocorreu em 1917. Nela, cinquenta e três obras da pintora
e foram apresentadas ao lado de obras de artistas internacionais ligados
às Vanguardas Européias.
A exposição também causou grande desaprovação da crítica
conservadora, em especial Monteiro Lobato, que publicou uma crítica
extremamente negativa, intitulada “Paranoia ou mistificação?”. Com
traços expressionistas, Malfatti trouxe ao Brasil uma nova estética, em
exposição considerada o primeiro “estopim” para a idealização da
Semana da Arte Moderna.
As novas tendências que cresciam com as vanguardas, grande período
de experimentação do início do século XX, deram aos artistas brasileiros
a possibilidade de trabalhar com novas linguagens, novos materiais e
novas propostas, a fim de renovar a arte nacional.

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3. COMO OCORREU

Entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, no saguão do Theatro Municipal de


São Paulo, havia uma exposição de pinturas e esculturas. Obras de Anita
Malfatti, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, entre outros, escandalizaram o gosto
público brasileiro, vaias, burburinhos e agitação geral só aumentaram ao longo
da Semana.

Além da exposição o evento contou com três festivais que contavam com
apresentações de música, dança, declamações de poemas e conferências.

Graça Aranha, que à época já era um aclamado escritor e intelectual brasileiro,


fez as honras da abertura do festival, no dia 13, com a conferência intitulada “A
emoção estética da arte moderna”. Ele foi ouvido respeitosamente pelo público
e declamou versos de Guilherme de Almeida e Ronald de Carvalho,
acompanhado de músicas executadas pelo maestro Ernani Braga.

Ainda no dia 13, o já citado poeta Ronald de Carvalho esteve à frente de sua
própria conferência, de nome “A pintura e a escultura moderna no Brasil”,
seguida de três solos de piano de Ernani Braga e três danças africanas de
Villa-Lobos.

O dia 15 de fevereiro representou o auge da Semana. A nova literatura


provocou irritação e algazarra no público presente. Destacam-se a palestra de
Mario de Andrade, cujo texto depois se tornaria a publicação A escrava que
não é Isaura, em que o autor defende enfaticamente o abrasileiramento da
língua portuguesa, e a conferência sobre a estética moderna proferida por
Paulo Menotti del Picchia, que provocou os ânimos da plateia com diversas
vaias.

Mario de Andrade pronunciou também uma breve palestra, na escadaria


interna do Theatro, sobre as obras de pintura.

O evento de encerramento da Semana foi dedicado à música. Peças de Villa-


Lobos foram executadas pelos diversos músicos participantes, com menos
ruídos em vaias, mas não sem escapar às críticas dos conservadores.

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4. PRINCIPAIS ARTISTAS DA SEMANA DE ARTE MODERNA

 Arquitetos: Antonio Moya, Georg Przyrembel.


 Escritores: Afonso Schmidt, Agenor Barbosa, Álvaro Moreyra,
Elysio de Carvalho, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Luiz
Aranha, Mario de Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de
Andrade, Ronald de Carvalho, Sérgio Millet, Tácito de Almeida.
 Escultores: Wilhelm Haarberg, Hildegardo Leão Velloso, Victor
Brecheret.
 Músicos: Alfredo Gomes, Ernani Braga, Fructuoso Viana,
Guiomar Novais, Heitor Villa-Lobos, Lucília Guimarães, Paulina
de Ambrósio.
 Pintores: Anita Malfatti, Antonio Paim Vieira, Emiliano Di
Cavalcanti, Ferrignac, John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Yan
de Almeida Prado, Zina Aita."

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5. CONCLUSÃO

Polêmica, confusa, barulhenta, tida como “demasiado festiva” e “pouco


moderna”, não se pode negar que a Semana de Arte Moderna de 1922 foi um
marco, um divisor de águas no panorama artístico brasileiro. Ela abriu as
portas para uma grande liberdade no que diz respeito à produção e pesquisa
estética no país, contribuindo para um crescimento intelectual e artístico. Na
visão de Di Cavalcanti, o acontecimento da Semana extrapolou o campo
cultural e repercutiu também na área política.

A Semana fez o papel de divulgação da arte moderna, que, por sua vez,
cultivou o terreno para a consolidação de uma revolução artística e literária que
tomou forma após 1922, quando foram lançados os manifestos de Oswald de
Andrade e as obras fundamentais do Primeiro Modernismo brasileiro, tais como
Macunaíma (Mario de Andrade), Memórias Sentimentais de João Miramar
(Oswald de Andrade) e Ritmo Dissoluto (Manuel Bandeira).

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6. REFERÊNCIAS

https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/a-semana-arte-moderna.htm

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/parnasianismo.htm

https://www.portugues.com.br/literatura/semana-arte-moderna.html

https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/a-semana-arte-moderna.htm

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