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NA GUERRA
HEVISTA QUINZENAL ILLUSTRADA
Director: AUGUSTO PINA
COLLABORAÇÀO LITTERARIA
de
ESCRIP:TORES
PORTUGUEZES
E ESTRANGEIROS
ILLUSTRADA
com documentos photographicos
do SERVIÇO ESPECIAL
junto do
Corpo Ex pedicionario
Portuguez em França
e com a collaboraçtio dos melhores
artistas portuguezes e estrangeiro:1
:::::m::::
REDACÇAO
3, Rue de Villejust - 'PARIS
VICTOR MELLO
Rue ltJens 56 - 2°
.... LISBOA
M. RAYMOND POINCARÉ
Presidente da Republica Franceza
PORTUGALMGUERRA
REVISTA QUINZENAL ILLUSTRADA
D I REC TOR AUGU STO PINA
Secretario de Redacção : J OSÉ de F RE ITAS BRAG A NÇA
ASSI GNATU R AS
POR T UGAL
C()LL.\ IWH.\\.'. \.u f.ITTl ~ l \ .\1\1 . \ IJ ():-; .\ f.\ 1:'
Um anno C4 nume1os) .. .. 6 $ 30
\"OT.\ , .E f:S ESC: , f PTOH ES POllTl" ! ;n:z1 ~ s I·:
Seis meZC$ ( 12 - ) .. .. .. 3 $ 3O
T rez meu• ( 6 - ) .. .. l $ 80
NUMERO A VULSO 30 CENTAVOS
ABON NEM E N TS
F R AN CE
L .\ l\T ,\ :-i U.\!-' l'IU :'\c:JP.\ E:-; <:.\ PIT.\I·::-; 1JO
Un an (24 numéros) .. .. 2 t Ir.
Six mois ( 12 - ) .. .. l 1 fr.
Trois mois ( 6 ·- ).. 6 Ir.
PRIX OU N U MÉRO : 1 FRAN'C
<:OLJ .A BOn.\ (:.\o A HT f:-;T JCA IJO.S \l.\ 101\ES Todos os pedidos d'assignalura para
P ortugal devem ser dirigidos á
,\ RT I ST.\ S POHT l j <; l ; EZES
Agencia geral em Portugal
VICTOR MELLO
1?,ua ! l>ens, 56 - 2º - LISBOA
S8 H \" 1 ~:0 PJI OTO< ; H.AP lll <:O ESPE<'. l.\L /i} /i} /i}
.Jl 1NTO DA:-; T IWP.\ S P Ofrl' LJ< ; LJ J~Z.\ S l~ .\ I Agencia para o Brazil
Fl1.\ \'(:.\ ,\ CAR<;o UE AH)lr\LDO ( ;,\ HCEZ C asa A . MOURA
I 14, 1{ua da Q uitando
RIO DE JANEIRO
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••••••••••••••••• • NA GUERRA.::
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1917 l...
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Director AUGUSTO PINA
A C TU A L Presidente
m da Republica Franceza
pertence a urna familia
lorena que só na presente
geração dzu à França tres dos seus
hcmens mais illustres.
Photo. H. Manuel
M. RA YMOND POINCARÉ
Presidente da Republica Franceza.
2 PORT UGAL NA' GUERRA
OS AM IGOS DE PORTUGAL
Paul ADAM
E ::>ob es::>n formn que desvirlua umn phrase biblica doApocalyps.c, Albuqncrque o Terrivel, o maior general do seu scculo,
dissimula-se toda a 111011sl r11osidade do apetite allcmào. Embria- ptie -so mui com El-Hei " por amor dos Homens» e de pois do
gado por uma fnlsa ideia ele si prnprio, sentindo-se com ganns morlo veem adorá-lo no Lumulo esses indios com quem cllc
crcadoras, la11 1:a-sc na dcslrniçüo ..\ spi ranlc a Supcrhomem, mio balal hnra. 'e o imperio colonial portugucz foi conquislado
tem consdcncia de qno querendo coloca r-se iiber alies, acima pelas armas, mio o foi menos pela grandeza de animo e pelas
de Lodos os homens, se pôe fora da llu manidadc. Essa energia nobres qualidades que serão sempre o mais puro apanngio da
nascente que cm si scntc escachoar n<iO o leYa a agir pelo espi ri to, lluma nidadc.
mas pela força material c bl'Ula. Antes que Maurício de Saxc mostrasse aos ingl<'zes, em plena
Por isso esse Pº''º <- barharo, apesar das suás univer:;idades, batalha, a gt•11 Lilcza do soldado francez, dizendo : « Mcssicurs
' <los seus laboralorios e dos seus !;abios, que forrn:.im envenena- lcs Anglais, tircz los prcmiel'S "• já os soldados portug oezes
dores e consciencias dr 1·cpl is. · L1·njavam rendas e brocados e ensinavam aos rajahs da Jndia o
Outros povos se sen tiram despertar e deram larg·as ús s11as cavalheirismo luzilano.
energias, e Lodos cll e3 deixaram a sua ob ra, maior ou menor:Só A gloria 111ilila1· que aureola os dois povos nüo os foz porclor
oi; germano:; n;io. o ideal do libc.rdadc humana, e antes que os volunlari os do
<Junndo l'orLugul se tlcilou n deseob1·ir o globo, leve muita;,; Valmy can·cguem á bnyoneta grilando « Abaixo os lyranos »,os
vezes que o d isputar ;, sanltn cios selvagens. Nem as armas porl ug uczos ins tituem na sua colonia do .Urasi 1 - rcconhocc-o
do Ga ma peranlo 08 1;al'ros nem o peilu de Fcrn<io du Ma- Paul Adam - u 111 co mmuni smo praLico.
ga ll1ãea anlo os tagn los das Philipinns desdenharam lxücr-sc A P1·ançn sustentou contra a Aus tria g uerras de hcgemonin,
lca lmcn lc 1·om t:rns inimigos, de homem p;ua h.omem. de d<' fcza e de cqui li brio,comoPortugal luctou i;ornpro conLra o
No periodo rnais imperialista ela nossa epope ia g ucl'l'cira, absorvrn le imperinlismo hespanhol , e o esl'ol'l;o das d11:1s nn<:c'ics
Affon:o V g uiava, g-f;\dio cm punho, as s uas numerosas 11<io l'oi baldado. O imperialismo pa recia banid o do mundo
hostes ú batalha quantlo, no;,; ca mpos de Castella, clle buscava occidenln 1. Poi preciso o adven to da Allemanha para q11 e esse
occup:H' o visinho Lhrono sem su.:rcssor mais legilimo do que monstrn vol tns;,;o a ser o pesadelo humano.
O. Juana sua esposa o nem por isso o valor do seu exercito sem (;ra1;as a clla lambem, o militarismo imperia l alling iu nos
egual o deixava osqu<'c<·r a primazia do Direi lo, de que se prc- 11ossos dias a colossnl cslalura cios monsli·os antr-diluviano:.,
Yalccia ao propor uma nrbilragcm pacifica, antes de começ:ar a 1'S"(' 1·,.,Lado gign11tcsco que a biologia nos mo::>lra como 1 11·N· 11r~
guerra q11c só a 1111i:in do..; prinelpr..; hcspanhoca c·on;;Pg11 i11 so1· dn 1ks:q>(l:Hio:;:io da esp<'ric.
ganhar-lhe.
4 PORTUGAL NA GUERRA
..
J
OS I~ Maria Polgadinho é da coma rca d'Arganil, como podia ser de ramngcns ficára lú para os sitios d o vapor. Como estavam
de Freixo d e E'> pnda á Cinta o u de \/ilia Hcal de Santo Anto- em mart'.· de dar, deram-lhe alguma cousn de instr ucção para
nio. Não fez para isso a menor diligencia. Cahiu nas ir tomando o gosto.
sortes, foi para o regimento, andou lá uns mczcs na ins lrucçiío e, Folgaclinho, ;i tarde, ou escrevia ;'1 fnmilia o u ia para os esta-
quando linha aprendid o algumas artes mililarcs e va rias artima- minc/s. A primeira vez que en trou n'um, estava m lá varios
nhas de caserna, licenciaran1-110. Na aldeia fa llava-sc cm que iam inglc'zcs, solda dos e cabos, bebend o unrn cousa amar ella. Que
porluguczes para a guel'l'n, fallava-se em que não iam, o Folga- diabo seria aquillo? Folgadinho ped iu lambem. Era amargo e
dinho, esse, depois de Ler falindo uns tempos com a Gertrudes, tinha um sabor cxquisilo. E ra ccrvcj11, a quasi uni ca bebida da
!'aliava com a mcninn Hosnria, quando de repente, ordem de rc~i ão . Tnmhcm não lhe cheirou a lo111ho, mas cníim ... O diffieil
mo!Jilisa"Ção e partida. Pegou n'um sacco de retalhos, melteu pés para qualquer outro seria en tender-se e fazer-se perceber.
no caminho, ch egou tarde, deram-lhe uma por~·ão de equipamentos, Folgadin h o, que já foi á India n'outr os tempos, aprendeu a foliar
enfiaram-no n'um comboio, ellc dormiu e chegou a Lisboa, que, o francez cm Ires horas. O dinheiro lambem mio tem nada que
como o heroe do Sn r . Thomaz Ribeiro, elle nunca tinha visto. saber. Aquellcs papeis muito sujos s;1o dois tostões. Os o utros
Tambem. lh'a não deixaram vêr , porque o puzeram a bordo d'um mais sujos ainda sfio um tostão. Os m:1is limpos são dez tostões
grande navio e este abalou. Folgadinho, pouco maritimo, enjôou os . vintcni; são um vintem e os der. reis são dez r eis. Mc1111esellc
como um catita, dormiu duas noites com um liolo rei de lona um copo de biere; dois sous, um vin lcm. Madame, um pain, ou tros
enfiado ao pescoço e começou a achar que.fazia frio. Cada voz se dois sous. Os bilhetes postaes illus lrad os : Ires sous, e assi m
foi installando mais n'esln opinião, a té que o barco chegou a um snccessivnmcn le. Como lhe perguntavam a ellc : Ave.::: uous co111pris?
porto. . cllc pergunta lambem: - Compris? qua ndo o não entendem
- • Is/o é que é ct Frctnça, meu sargenlo? » perguntou elle ao e, se a co nfusão chega ao cumulo, e ncolhe os hombros com um
seu « primeiro ». - « B'. » respondeu este muílo alJorrccido. profundo dcsdcm por aquella gente que não sabe fa llar o franccz
A Franca estava feia. Fazia cada vez mais frio. Sobre a cidade d'elle e d espcde'-se : - r.·on compris.
cahia nev~ e Folgadinho não linha trazido guardachuva. Escusado Como é rcinadio e mais patusco do que os inglezes que po r
será dizer que ficou que nem uma sopa ao som da J>orl11gueza. alli andarnm ha Ires annos. Folgndinho é sympathico. O que
Para variar um pouco de meios de transporte, mellcram-no n'outro elle é, é malandro. Escangalha as bombns, passa por onde nào
comboio. Este levou Ires dias a parar em todas as estações e foi deve p assar, suja e iião limpa, mas é sym pa llli co e gostam d'ellc.
n'essa viagem tormentosa, sob rajadas de neve, que Folgadinho Até eslimnm que cllc estrague para poderem faze r reclamações ao
soube que a carne de vacca, mel lida .em latas, se chamava comed mairr e1)cclirduzcntos francos por um pé de salsa pisado.
becf e que ba uma gente que.se enlretem a meller vinagre, cebolas De repente, umn bella tarde, Folga dinho soub!! que n nove
e mostarda dentro de fra scos a que chamam depois pickles. E lle, k ilomelros se tirava o retrato por 11111 f'ran co. Elle ah i vai a
que n o r egimen to eslava ha!Jituado ao feijão, à couve, á bata ta, á unhas de cavallo ... Depois das fundi ções d e canh ões, quem tem
boa tóra de carne fresca, não percebeu a graça que tudo ganho mais d inheiro com a guerra, suo os photographos da zona
aquillo podia ter. Um dia o tal comboio parou e com uma gue- · onde acantona o Folgadinho. Já sahem a posição : em sentido, a
delha compridissima, uma barba de oito dias, sujo como um mão direita descuidosamente pousada sobre uma peanha onde
lim pa-ch aminés, o equipamento ás tres pancadas, os ossos n'uru floresce um mangerico de papelão. Quando co mbina tirar em
feixe, José :\faria Folgadinho fez a sua entrada n'nma pequenina grupo com alguns camaradões, então o caso melle o mais analpha-
cidade onde ha muitos annos, n'u111a guerra q ue durou cem, lam-
bem vieram portugueses sob o commando de um in fa nte. Sahiu
muita gente a ver as tropas. .
- Qu'csl-ce que c'esl que ça? perguntava na Grande Place a ,
menina do oculista ~1 esposa do relojoeiro. Ce doil-êlre de.~ Russes ?...
- Mais 1w11 / Ce son l de.~ Portugais 1 explicava !\qu ellc embusqué
de secretario da Mairie.
- Ah ! Efl bie11 / ils n 'onl pas l'çiir gai !
O céo estava triste, F olgadinho batia o queixo; mas, apenas as
portas e as janellas se enfeitaram do Eterno Feminino de nariz
vermelho e frieirn s, Folgadinho, beroe d'uma rnçn d e fem iei ros e
de aliradiços, arrebitou a orelha, começou a piscar o olho, a
deitar a língua de l'óra, a dizer adeus. Prompto. Os portugueses
já estavam gais. _
Deixou-se para trás a pequena cidade, atravessaram-se aldeias,
a té que chegou uma onde tudo uq uillo pàrou. Começarnm muitos
cavnllos a correr com officiaes em cima. gen te a gritar: - «A
primei ra para aqui ... Meia volla ... A' esquerda r oda r». Um sar-
gento d iz~a : - « Aqui vinte homens », etc., até que Folgad inl10
entrou n'um palco d'uma pequena h erdade, apontara m-lhe um
palheiro e era alli.
Tirou a tralha d e ci ma das banhas, estendeu os braços, mediu belo a fingir que lc um jornal do clcparla111ento, outro com uma
a palha com a vista, deitou-se e dormiu. garrafa na 111:10, o terceiro empunhando.. um copo, o quarto
No fim de tres dias eslava como em sua casa. Tinha da.do uma finalmente d e sabre desembainhado. Depois manda isso para
volta á aldeia, cspreilndo p ara dentro das casas. \'isto muitos Portugal ao compadre Joaquim. :i menina Hosaria recommen-
santos pendurados, um chão de tijolo muito limpo , uns fogões dando-lhe que não fa lle com o :Ma nuel \'lctoriho, ao genro do
muito reluzentes o cnras d e boa gente : velhotas de cabellos Thoniar. Gaiteiro e a toda a gente lü '10 s itio para q ue se saiba a
hrancos com uma coifa de canudos, raparigas pnliclamen te cara com que e llc cst·á na guerra.
louras de cabellos escorridos e sapatos · rasos. Passavam velhos Já vae comendo nos pickles e na marmelada como se tivesse
montados á amazona cm grandes cavallos brancos d e lavoura e nascid o para isso. O que o dislrac muito são os aer oplanos. Cada
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PORTUGAL NA GUERRA 7
dia passam qua renta e cllc H! todos. Ensinam-lhe esgrima de vendo os inglczcs barbear-se, ensaboar-se, arregaçar até ao
baioneta e, para o trenar em marchas, mandam-no passear com sovacos as mangas da camisa kaki, abrir depois a risca do cabeUo,
a mobilia ás costas, Ires vezes por semana, quer chova quer faça Folgndinho, lanzudo, com a barba por fazer, pensa no seu sacco
sol, durante uma bon dttzia de kilometros. Folgndi nho passn n que fico u para Irás, no uni co barbeiro do pcloU\o que uaixou ao
vida a nrnndnr as botas para o concerto e a dar cabo das a lpcr- h ospi tal, em vnrias eousns emllm, até que um sargento inglcz lh e
catas. faz um gosto dizendo : - Come on ! e o leva a té uma anecndação
Um bcllo dia chcgn a ordem de ir para instrn c~·f10 :is tl'in- onde lhe confio um grn nde sacco ch eio de lntns, o almoço do seu
ehciras. Momento de com moção. Os officiacs pa.>sam graves, com alojnmcnto.
mapas na mão, a dizerem historias uns aos outros. No dia O di n passa e Folgadinho vac v~r os ingleses fazerem cxerci-
seguinte abala-se. Até üs lri11c/1<1s suo uns cincoenta kilometros eio. Sen te-se f<mrisfe e mirom' e púra defronte d'uma grnnde
e fa;o:-sca marcha cm dois dins. No fim do primeiro, Folg:11li11ho casn de madeirn dentro da qual se ouve tocar pinno. Avan~·a
come~·a a vêr casas arrasndas e dorme n'um telheiro que não tem até á poria e vC: ao fundo o balcão ele uma cantina, onde ha
tcllla. Ouve-se o trôar do cunhí'lo ao longe e Folgndinho, sentado ludo o que um soldado pode precisar, <lo lado opposto um
dentro do capacete de aço, continua a olhar parn o céo, a ver palco) e, pelo mci'o cio grande cnsan)O, 111ezns compridas onde os
muitos· aeroplanos. Só vem a rapaziadn da companhia, mais o · cw11011c.ç - como cllc lhes chama escrevem, Jêem illustra~·ôcs,
nosso cnpilão, o nosso tene nte, os 11ossos sargentos. Um 11ic-11ic cm fumam COChimbO e escutam U111 enfermeiro ele OCU IOS, que, '11l f\1'-
família! tellandO ns 1(1clas cl'um E rnnl ele te rceirn qualidade, trau't'éia
Agora o tempo csti\ lindo. Em quinze dias toda a terra desaflnodamente: ll's a long woy lo 'J'iperary. Folgadinh o ,sento'-se
acordou , brota- feliz encosta-se no
ram as cearas, piano e, quando o
vestiram-se de flor inglez se calla, elle
as macieiras, as avança um dedo,
sebes enfeilaram- toca em tres notas
sc, desabrocha- ao acaso e lança a
ram os lilazcs e meia vóz :
os campos linda· O' ame1ídocira !
mente tratados Que IÍ da tua rama ?
por velhos e mu- A vid a seria boa
lheres, são o en- se não viesse a
can lo e a 'alegria ordem de formar.
dos nossos olhos. A companhia voe
V:ie :i e 11tr:ir o partir para as trln-
~laio e Folgadinho cllas. Começam a
n:io espera pelo dividil-a em pe-
Ago~lo para suar quenos grupos. A
po1· todos os po- estrada é com-
ros. Agora está prida e direita.
lavado, barbeia-se De subito lá no
ele vez cm quando, alio ha um gr:inde
comprou uma b o- estoiro e terra que
quilha para fumar vôa pelo ar e
os cigarros da ru- fumo que se enro-
ção e jti vae ar- clilha. Folgadinho
rnnhanúo o seu avança o narizfóra
bocado d e inglez. da fórma. Máu !
Quando acaba de Que foi aquillo?
escorrer a ultima Uma granada que
pinga de sopa nun- veiu ele lei. Folga-
ca se esquece de din ho não acha
dizer : Finish! Pelo S. João, os soldados portuguezes improvisam uma romana. graça e a snliva
Na manhã do se- seca - se;- lhe um
gnndo .dia rompc- pouco. Uma voz :
se a marcha sem corneias e, depois do alto do a lmoço,a companhia - « Qun lro á direita, volver... Mard1c !. .. »e cl le là vac cm dire-
divide-se em grupos. Entra-se na zona en1 que a caut elu nflo é cçl'io ao ponto onde segu11da e terceira granadas acabam de cahir
desnecessaria. Folgadinho sobe que, ,da vez que veiu umo com- Toma-se, porem, por um campo, por clctrits cl'umas arvores e
panhia de outro bnlalhl'io que lirnva o retraio no mesmo photo- Folgadinho sente-se mnis feliz. Apanhn-se ou tra estrada onde,
grapho, fica r am cá dois e isso dá-lhe um bocado que pensar. á luz do crepusculo, passam carros de reabastecimento e
O canhão ouve-se mnis pe1:to e lá loiigc, em \'Olta de um grupos de inglezes que regressam, arma em bandoleira, capa-
aeroplano que mal se \'ê, estalam umas nuvensinhas brnncns. cete no hra~·o, cigarro na bocca. Andam-se dois ou Ires kilo-
E' um boche que vinho ver onde eslava o Foli;adinho. mctros, corl:im-se cominhos, deixam-se licar pnra trás herdades
A tarde chega-se n uma nldeia onde ha ingleses cm bnr<ln. de que res t:1111 apenas paredes, pisam-se linhas de wngonctcs, as
Mcltcm o nosso amigo com outros dentro d'um palhcirn cheio cstrcl las co111c~·a111 a aparecer, até que de repente, junto d'uma
de cnnJaradns britani cos e n primeira cousa que o Folgadin ho faz laholet:i, onde letras brnncas resnltnm elo fundo preto, apm:ecc
é ·ver se consegue comprnr um canivete de ca 1111rnn lin a um u11H1 pussatlciru d<.: 11iadcirn, 111cio metro de largo, se tanto. Essa
inglcz, inlrujnndo-o e dizendo-lhe que um loshio de ni ckel porlu- pnssadeirn vae-sc mcttcndo pelo chão :ibaixo até se enterrar
guez vale um franco frn11 ccz. O inglcz acredi ta e Folgndinho jú entre dois taludes revestidos de suecos cheios de· terra · ou tle
tem navalha para destapar os frascos de conserva, nào contando rede de arame esticada sobre estacas.
com a lusitana satisfaçilo de ter embrulllado o seu prnximo, hatendo- Os homens já não cabem senl\o a um de fundo. As mar-
lhe no hombro e perguntando : - CM1wmdc ! r:o111pri11 '! l'ess? mitas, todos os acccssorios da mobilia de um soldado esbarram
O outro só ha-tle comprehender quando mais tarde em nas esq\1inas bruscas d'aquella becco que não consegue andar
qualquer cidadéca fúr trocar o dinheiro. clcz metros nn mesma dircc~·fto.
Folgadinho passa essa uoile um pouco sob1·esaltndo com .José Maria Folgadinho, la11::11do ela Grnnde Guerra, est{t pela
bnterias que estoiram perto, que, quando uma pesson vae a • primeira vez nns lrinclws.
olhar para dentro, ribombam, abalam a casa de cada um e levam
n'islo horas sem llm. Por li111 consegue ador111cce11 e, no acordar , C:APTTÃO X ...
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8 (l()RTL'CAL NA C\.."E.RRA
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t\o 1cclct Ponui;ueL. Rc,;1111 11 trqJ~s que part~ p.ua n lin • clv f11.:11.
Dan, lc scd eur Po1l~ls. Rcuuc Jc i'l'c«Apc.s 011ont Jo parHr pom la lig.~ Jc j t.!J,
• ,
•
.
c~al CO~tES d11 COSTA. C1H111111111.Jt :.- d.. I.• Oin~lo do C. E. P.
ú Cé.niral C0!,1ES G'a COSTA. Commm:Jn1.>J ftr f '• Dt~tHO 'I dtJ C,1!..P.
..
.."'
Vê-se por esta succinta ennuciação que Paris. Aquelle comi té escolheu para presi-
a actividade tão variada da nova agremia- dentes de honra o grande poel~ Guerra
ção se inspira ao mesmo tempo no legitimo Junqueiro e o sn r . Emile Daeschner, Minis-
desejo de ajudar a França a consolidar lá tro de França em Lisboa e para secreta-
fora o seu posto inlellectual e commercial rio geral o Sr. Dr. Magalhães Lima•, cujo
e da mais sincera ·sympalhi a por tudo quan to nome é um sym bolo de actividnd e, dedi-
possa auxiliar o desenvolvimento ccono- cação e valorosa generosidadr.
mico e o engrandecimento moral do povo F nzcm parle d'este comité, ao qual trazem
portuguez. a sua alta com potencia n as ctillerentes espe-
Em cada um destes lres domínios o papel cialidades, os sns. drs. Almeidà Lima,
do Comité é duplo. Por um lado, os seus antigo ministro da lnslrucçúo e professor
membros mais compelentes elaboram a d a Unive1si <lad c; Anselino· de Andrade, o
solução dos problemas npresentados nos grande economista e financeiro, cujos tra-
rell).torios que serão puulícados muito IJre- balhos são bem conhecidos em França e
vementc. Assim é que ;\Ir. Ei:nest Meyer Anselmo Braamcnmp Freire o erudito bisto-
passou em revista os meios pralicos da riographo, que ,presidiu a Assembleia Con-
P-tºP·ªg;inda pelQ turismo; que i\1. Maximi- stituinte da Hepublica.
lieri Donan elucidou a questão das sçibre- E' indubitavel que dos esforços combi-
laxas de Entreposto que allingem, nos por- nados d'estas duns agremiações tão digna-
tos francezes, os cncaos que não veem mente re.préseniacias ha ~de nascer e cou-
di.rectamente das colonias portuguezas e solidar-se derírcssn· entre os dois povos
que Mr. Henry Marlinet traçou um esboço i~·mãos que com cgual heroísmo vertem
claro do aclual estado economico de Por- hoje o seu sangue pela mesma ca usa, nos
tugal. mesmos campos de batalha, uma união
Mas a actívidade do Comité France- prof11nda e durndoira.
Porlugal não se limita a isto. M. JULES CODIN
Longe de se contentar com ser um Presidente da Commissão Permanente
simples observatorio onde se estudem theo-
•••
ricamenle os p ro blemas luso- francezcs de
toda a o rdem, elle preoccupa-se egual- A formação do «Comité Fr ance-Portugal >>
menle de maneira mais cfllcaz, com as suas foi annun ciada por toda a imprensa pari -
realisações p raticas. • siense, que com esse ensejo dirigiu ao nosso
N'essa ordem de ideias, apresentou aos paiz palavras da maior sympathia e frater-
min istros competentes o voto para que se nidade.
suppdmam provisoriamente as menciona- Entre outras publicações, a bell a revista
d as sobretaxas de entreposto e para que se litteraria << La Vie », no seu ultimo numc1·0
introduza o estudo de porluguez nos esta- sob o titulo « Frnnce-Portugal », .consagra
belecimentos de ensino secundario e pro- ás relações entre os dois pnizes um bello
fissional. artigo, de que traduzimos a seguinte passa-
Por intermedio do representante da Hepu- gem:
blica Portugncza em Pnris, tem instado «Soou a hora de sahirmos llO nosso entor-
junto do Governo Portuguez, fazendo-se peci mcn lo.
inter prete de todos os que desejam ver «As circumstancias a isso nos obrigain,
constituir-se promptamente em Paris uma e amanhã serú já demasiado tarde.
Camara de Commer cio Portuguez e um Ofll- « E' da maior importancia que testemu-
c io Portuguez. nhemos aos nossos amigos Portuguczes todo
Em summa, prop õe-se ser o orgão natural o nosso reconhecimento pelo co ncurso dedi-
ele todos os que querem assegurar por cado que ellcs nos trouxeram na presente
todos os meios a approximação intellcc- guerra; a melhor maneira de o fazermos não
tual e cconomica das duas Hcpublicas da será aprender primeiro a conhece-los, tra-
Europa Occidental. - IJallrnndo ao mesmo tempo por estreitar
A mesma ta refa util e desinteressada será em todos os dominios as rclaçf>cs do no-sso
r ealisada cm Lisboa pelo« Comité Portn· paiz com o d'ellcs? »
gal-França » que a(:aba ~e se constitui r M. HENRY MART INET
sobre bases analogas ás do Comité <le Secretario da secção de T urismo. )l.f )l.f )l.f
12 ============================= PORTUGAL NA GUERRA
O M inistro da Guerra assiste a uma festa sportiva perto da frente. - L e Ministre de la Guerre assiste à une /ête sportive, pres du /ront.
,,,
Uma phase animada da lucta de tracção. Une pha.1c animée de la lulle de lrac/ion.
14 PORiUGAL NA GUERRA
serão tro tadas as condicções cio commercio porlu•1ucz no cxlrnn- t;tdoi< cm l!l l<i) 1·01111wrd;t inainr, c a di1Icrcnçt1 para nwnos vne até 47.773 he<'-
geiro, e as possibilidades do seu desenvolvimento~ lolitros. fllll' r1• 1>1'•' ~t· 111n111 11111 a perda do SOO co nto~!
A situa~tio p11d11 parecei· irremediavel e raz1•1· retirar t111 11\'gocio quem bus-
N.uma e dição especial, qt~ c scní profusamente distl'ihuida por
que un ga11l111 íttcil e promplo. ~las os lavra1lor1•s e os vcnla.deiros commcr-
hotc1s, camaras d e con1111e r c10, co111pnnhias e sociedades co111111c1·-
clacs e indns triacs, cslnbc lccimcntos ofl1 ~iaes, ele. ., for~ m os, e m ciantcs d1' 1·i11hos.\· q11 c 11511 dcvrm desei<pt't'ar. Jt\ n'cssr nl('Z :\ Franç:\ rcloma
o logar tl1' I" c11:11prador 1' pan1 l:í e traosporta111 22.000 hi'clolitros dos 36.500
ling ua fran c cza, a aprcsc nt n~'fto d os produc tos e marcas Porln-
g uczcs, proporcionando assilll aos nossos commer c iantcs, indus- qu r st1h1ra111 wia harra do Douro fó r~. A alíandcg:1 do Lisboa accusa uma
lriaes e ngricultores o me io de se porem cm contacto dirccto co111 propo«:ão ttnaloga (3i7 contos para a .Franc,:a sobro: o total de cerca de 500).
E 1ws d1•is nwZ1'~ S1'gnin1c cs t() mudanç:i ronll rma-sc e solidillca- sc. A expor-
os compradores dos mercados de quasi todo o mundo.
tm;à11 l'k·va-sc a :;9, i 2:i 111. cm Junho, e aguenta-si• cm ·H.23~ 111. em julho.
Est ns ~ecções, c~n po rtu? ucs a « Vida econornica » e na cdiç;io _\ Fr;inça 1•nnti1111:1 a ,,.,.,•bcr uma quanlidad" ani111:\dora e :11<· a l~1?latN·1·a
para a !•rança e Extrangc1ro « Lc Po rtu gal économiquc l> scr fio 1·econwça a abrir- nos us p11rl1>s, «omo tl.'an tcs. C111wlua-so pois que vs allcmfü.-s
o arauto de todos os inte resses <ln Nação, servidos pe los seus pro- nãn r .. ns1•guirn111 :1 ..ahar r nm o trafico 111ari1i1110 •' q111· so •>s barcois sãu raros
duclorcs e exportado res. 11ão s;1o i111possi1 •·io; d1· 11bl1·1'. A 1liff<·rc 11 ~:1 d1• pr1·~0>1 1•ntc··· o 1111•1-cado 1·inirola
Que iram e lles comprehc ndc r-n os e ajudar-nos na nossa Portn g11C'Z <' o Jo'm111·1·z ,; "n111·111issirna ( t'!'l'\'t~ de 1 para 'Ili ), (• O nosso camhi!I
c111 prcza, que d 'ellcs (•, e os hons rcsultndos nfio tardarfio :i pl'Odi- ainila fa1·01·t>c·1' os 1·xp.. rla1lorr~, q111' pela ~ 11n nrtivi'Clad•' b<'m pod1'1°inm, llll'l!lo-
alisa r -se. rarnln a sua C•Jllclicçi111, 1111•1hnrar ta111llc111 as ("1 11 olit·~·i••s g1·1':1t"S rio mercado.
PORTUGAL NA GUERRA ===========================15
AO LEITOR
Durante o lapso de tempo cm que esteve suspensa a publicaçcio da Revista « Po r -
tu gal na guerra », por motivo das di/ficuldades matcriacs q11asi ills11peraveis do acl1111l
momento, se experimentamos grw 1des contrariedades e prej11izos graves, tivemos lam-
bem occasicio de receber pe11horn11tcs provas do 1Ji110 interesse com que a nossa reuista
fora recebida em l·i·ança.
Estes capliua11tes /esle1111wllos serviram-nos de i11ce11tit10, e redobrnndo de esforços
e sacrificios, µos decidi111os a mclhomr tanto quanto possiuel a nossa publicaçâo, mio só
sob o ponto de vista gmpllico, mas lambem sob o ponto de vista lillcrario e arlislico.
O presente 1111111cro leva cm ho r s tcxte a rcprod11ç<io d'um bellissimo retrato a oleo do
general Tamag11i11i, do pincel do artista port11gae:: Ferreira da Costa, co11sagraclo de ha
muito 110 Salo n ele Paris, bem como na capa, 111110 tricllromia do Prcsidc11/c da
Republica Fra11çeza.
Ey11almc11te i11ic iam o.~ neste 11u111e1·0 uma secçiio cco110111ica, collabora<la por distinc-
los especiC1lislas, e que prestará valiosos serníços ris /'orças produclivas do nosso paiz.
Tomamos lambem todas as 111cdídas para nsscg11rar aos 11ossos leitores 11111a reporla-
f/em photographica ab1111<ia11te e preciosa, assim como co11ta111os com r1 collaboraçcio
artística dum novel pintor porl11gue:: que, act11alme11tc j1111to das nossas tropas, nos c11-
11iará os seus flagranles croq uis .
.tl seguir reprodu:imos com a devida venia as sey11i11te.~ referencias ao Por tuga l n a
guerra :
La R evue :
« No u s salu ons, n vec j oie, la n aissn n ce d ' un 11 0 11 vea11 pfü'iodiq u e p o rtugais ill u s lré:
P ortugal 11a Guerra qu i se préscn te sot1s d' h en r e u x :.iuspiccs, et qui a ura l a po r téc
d 'une p r o fession de foi ... O alferes d e artilharia S nr. V asco de Menezes
...« Le Portugal na G11erm esl dirigé p a r Augus to Pina . un g rnnd a r lis le po r lugais
d o n t l'éloge n ' est p lus :\ fnirc . »
E xcelsior: Actualidades
(< Les t ro up es p o rtu g11 iscs, qui son t en Jign e depu is quclquc lcmps déjú, ava ie nt
h ier lr.s b o nneu r s du « commu n iqué »...
...« No u s a vons v u , :1 ce sujet,les milieux les pl us directemenl rcnseignt's et,cntre O a lfer es de a rt ilha ria Snr. Vasco de
au tres JJer sonnali tés, M. Augusto Pina, l'artiste bien connu, qui vient de fondcr ln Menezes, filho do Snr. Dr . .loão dc~Ie n ezes
r e nte e propngan de Porl11[1<1t 11<1 Guerra, et à J'obligeancc de qui nous devons lcs foi Yict ima dum lamentnvel accide nte :
d ocumen ts pho tog r a phiq ucs que nous publions. » qua n do, em junho d 'esle nnno, se fa ziam
..
.. * experencias d e grn n a d as, na base d as
J e vous r emer c ie iníl n im enl de l'envoi d e vo tre bca u péri od ique. li se présente operações d o Cor p o Expedi c io nario Por-
a dm irabl e menl bie n e l se dis tin gue d' un e faço n lrcs nvn ntage use d e to u s les pêrio- Luguez c m F r:rnçn, a ex plosão dum
d iqu cs s imilai r es c r éês d e pn is la gu e r rc. J EAN F1 NOT.
d'a qu elles e nge n h o s a ttin g i11-o com va r ios
.Je s nis he ure u x d e sa is ir ccllc o ccasion d e vo u s félici t c r d e hl publicati o n que estilhaços, um d os qua cs lhe arre batou
vo u s p o urs uivez. Lc P ortu gal a un inté r c t his to riqu c il co nscrver v iva nt le so u vc nir
qu a tro dedos da m ão esque rd a.
d esa parlic ipal ion :1 ln g u e rre . Ce ser a un m o nu me nl qu i in tércsser a c e rla i nemc nl
les gé n é r a lions ac lue llcs, m a is d o nl la valeu r augmen lc r a avcc lc le111ps e l se c lasscra A sua primeira id eia a o ver -se ferido
comm e lc Lémoig n agc v ivhnt d es gr ands événcmen ts qui se sont passés dnns le revela-nos b e m o mo r a l do valor oso mo~·o .
monde. J t;LES Go DJN , Quaudo o ma u dava m p a r a o h ospita l, elle
A11cie11 sr11ate11r. ancien ministre. Lodo ensanguenta d o, pergu n ta a n cioso :
Aussi bie n, nfa-t-il é té particulieremcnt précieux de prcnd,re coLrnaissance de - Meu coro nel, mas cu continuo no
volre splend ide r evu e consncrée ú l'armée p o r t ugaise: J>ortuyal 1w Guerra.
L es d eux n uméros q ue vo us 111':wcz l'ai t s i génércusc111c 11t pnrven ir vont 111e per·
meu regi me n to, eu volto p ara a fren te.
m ettr e d'éc rire e n l'ho nneu r d u com batta nt Jusi tanien une Nud e quejc prém(·d1la is O S nr. Vasco de Men ezes t rn t a d o pri mei r o
d e puis quel q ue t e mps e t q u i aurn po ur b ut el e lui fa i re r c n drc com plete j u s ti ce. no h ospital ele Boul ogne, es_te ve d epois
.le n e m a nque r a i p o int d e sígnaler d a ns ma p roc h a in e c hro niqu c lrimcs lrie lle d11
Mercure de Fra11cc, votre c apti vante publication c l vol l'c h cllc inilia li ve.
l/11 11ieil ami du Pol'l11.rJ11l,
j e m Par is, no Val-de-Gr:\cc e cn conlra-s e
h oje em via de r estabe leci men to.
P 1111,JAS L EBESGUE.
tli l:lt l:l
O s n r. Lenenle Oscar
Mon t cirÕ T o rre s ,
chere d a 13 Missão d e
Avia\·ào q ue sa hi u d e
P o rlu gnl em jan e iro
d'est e anno, d epois
d e te r fe ito, junto do
(< Hoya l Fly ing Corps»,
a a prendi za gemdc p i-
lo to,passo u ao se1·,•iço
d a av i:1 ção d e caça .
Pa r a isso !'re qu e n -
tou as escolas fran ce-
zas da cspecia fid a d e,
d as titwcs acaba de
sahir, com cxcclle n les
clnssilicaçõcs, nome-
adamen te das esco las
de ac r obacia de P:iu
e d e Caz m1x.
A co n vite d e Gn y-
n e m c r , v:1c e nlr:ir 11:1
O te nente piloto aviador Snr. MONTEI RO T ORRES, na escola de Pau. sua esq u a d r ilha.
"
'.
16 PORTUGAL NA GUERRA
O ~ub-chefe d·.J Estado M aior do C. E. P., Snr. ma;or Ferreira Martins, visitando a instrucção de sapadores:
L c sous-chef de l' Etat Major du C. E. P ., /e commard1nl Fcrrcira Martins, visitant l' instruction des sapeurs .
..
O campo de instrucção dos sapadores. de infantaria portuguez1. L c camp d'inslruclion dcs sapeurs d"infanleric poriugaise.
- 512. PARIS. - UIP. Al\TIST. <LUX>, 131, BOOL. SA I NT-MICllEI, L'lmprimeur-Géranl : M. CÉU S.
Comptoir General de Commission
P A R IS - 222 , Boulevard S a i n.t-Germ ain - PARI S
CAS A DE CONFIA N ÇA ll ll ll PEÇAM: S E CONDIÇÕES
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SECCÃO .>
PORTUGUEZA
SERI E HIST O R IC A ILLVSTRADA
Napoleão intimo A morte de Napoleão A queda da Aguia
Napoleão Imperador Memorias secretas da Cor te da Russia De moço de cozinha a Comendador
Napoleão na peninsula lberita El ba e os cem dias A Corte de Luiz Quinze
Napoleão pelo seu creado particular Napoleão en Santa Helena Maria Luiza Intima
Brochadâs, 2 fr. ; encadernaçào Aexivel, 3 Ir.
Collecça o de Romances Myst eriosos P equ enas His tor ias para Crea n ças
O cadaver assasino 1 A mão errante 1 A i::arta sangrenta O Autor da Muralha t M.ania dcs Bonecos
O enigma do comboio no 1 3 (2 tomos) 1 O automovel vermelho Ambição e Trabalho 1 Concilio das flores 1 Cidade da f ortuna
O solar enfeitiçado (2 tomos) 1 A estrella de seis raios Homen da Nariganga 1 Guerra de Ratazanas
O segredo do Dr Ram Moraley Aventuras Maravilhosas de D. Pimpão
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