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Sanjay Subrahmanyam
Impérios em
Concorrência
Histórias Conectadas
nos Séculos XVI e XVII
Imprensa
de Ciências
Sociais
-
Imprensa de
Ciências Sociais
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Instituto de e·.
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Indice
794 02 74
wwwiceJ.uJ .pr;·
. · imprensa
imprensa(éui Prefácio .......................................................................................................... 9
cs. ul. pt
Capítulo 1
A janela que a Índia era .............................................................................. 15
Capítulo 2
Instituto Perspectivas indianas sobre a presença portuguesa na Ásia,
de eie
··nc1as Soeiais. . 1500-1700 33
. -
l111pér'10 . S (.atalogaçâo 11a P11b/1wç,10
s cn1 e0n UB!lAHM ANYA ' · 1961 - Capítulo 3
corrêncj, . . M , S anpy
.
SanJa .. · h'IStón,.. s. c.onccrad , XVI e XVII/
y Subrah
• man ya ,n . I os
a� nos sccu Os cronistas europeus e os mogóis ........................................................... 65
1n1prcns e '' 1 •. · . -;- L''.� 1 )0,1: ICS
a d Cic nc,
1S13N ,9 as Soc1a1�, 2012 Capítulo 4
78-972-671-J00-
CDU 94(5) 5 O milenarismo do século xv1 do Tejo ao Ganges ................................... 113
Capítulo 5
O mundo comercial do oceano Índico ocidental, 1546-1565: uma
interpretação polít ica ............................................................................. 153
Capítulo 6
Mogóis e francos numa era de conflito contido ....................................
177
Capítulo 7
O Guzcrate mogol e o mundo ibérico na transição de 1580-1581
...... 199
. Prefácio
Ao abordar diferentes processos históricos q�e ocorrem tanto na
Península Ibérica como nos confins do oceano Indico, e ao articular
as histórias dos vários impérios que, entre os séculos xv1 e XVII, se
encontraram e disputaram o espaço euro-asiático, o livro Impérios em
Concorrência. Histórias Conectadas dos Séculos XVI e XVII conduz
-nos pelos meandros de geografias muito amplas.
A formulação de Connected histories, ou, em português, histórias
coEectadas, afirma-se como uma alternativa às histórias comparadas.
Ao in�comÕ propõe O autor, as histórias conectadas permitem
o�har simultaneamente, e de uma outra maneira, para processos
históricos que, convencionalmente, pertenceriam a campos de
estudos distintos.
Fazer histórias conectadas supõe a existência, contudo, de um
conhecimento arquivístico muito vasto, um domínio das línguas nas
quais muita desta documentação se encontra, e uma grande consis
tência metodológica. Ou seja, exige um grau de erudição e sofisti
cação que não é acessível a todos. Mais a mais sabendo que, desde
0 cultural turn, o historiador deixou de poder fazer história sem
dominar as rotinas de construção documental e textual, bem como
as políticas de arquivo e de memória - convicção potenciada pelo
archival turn que se está agora a viver. Ler as fomes produzidas em
contextos particulares implica conhecer, por conseguinte, e para além
de muitos outros, os contextos de produção dessas mesmas fontes,
e as mutações do seu
estatuto episte mológico ao longo do tempo.
A singularidade do percurso historiográfico de Sanjay Subrah
manyam caracteriza-se, cm parte, pelo virtuosismo com que esgrime
um conjunta invejável de arquivos e fomes, línguas e historiografias.
9
-11--
Impérios e
m Concorrência·.
Histor
, tas Conectad
as nos Séc ulos XVI e XVII Prefácio
por exem
plo Subrahm
arquivos e an yam traba aspectos corno o paralelismo dos processos de aculturação que ocor
a; fontes lha de for� 1a
-persas, o q p. ortuguesas, ' igu
. almente fácil os
ue1he perm e os arquivos reram durante· a época moderna, desde a persianização da Índia, à
oor� vez _j) rof ite, para um e as fo ntes m · . do-
.i.::_
u mesm o tema, ocidentalização dos territórios atlânticos, onde hoje se situam os
co·rnb- ref e :-� ente dist"I tas. d m o f ere cer erspecnvas,
E--r .
"Mlloratzo s l. e
nu Ge· · ofrf� r e y P
- Q. · -- -- -e verda eiramentp
arker a ro , .
a-. --- . ----
e s1métncas
Estados Unidos e o Brasil. Ou a simültãneidade do milenarismo,
p p s o das que atravessou o espaço euro-asiático no século xvr, bem como
do qual S n . n n °nnec ed Historie (o f n
t vir t ualidades do
a de problemáticas em torno da construção da identidade individual
se aprese: J y Subrahmanyam ros , x ord, 2004), o livro a partir
ta, os a selecção (ternas abordados no s cap ítulos 4 e 7). Permitindo, ao mesmo
portuguesa Despecialmente vocaciop
p
de textos que aqm.
. e acor n ad ª ara
os públicos de língua tempo, o questionamento de pré-cornr,reensões (corno a de que, e
m�me · nte r- do com P'ar p
aro� e t ker, a1can ra . ao contrário do mundo ocidental, na India da época moderna não
e_ntre- di n
u-eles ·
.,..._-.:=ue _E!ocu- .:. !_ esta s1·metna é extre-
..f..ere -n-t- es ra existiria urna consciência histórica plasmada em narrativas históricas
de Subra, h - �cu] , feito ai-ca m
- - en_tender os encontros
persas e po
- an yam
m
rtuguese· s,
O ra, Subrah
n- ça
ma n yam n ao
d O ª _n escnr· a h -1st . . --:
o nográfica
consistentes), e de periodizações tradicionais (nomeadamente aquelas
d0mma · so, os arquiv . relacionadas com a emergência da modernidade). A esse respeito,
(em vária - mas també os
s 1mguas) m docu. ment . . .
, t1ca 11 1d1an oiça-se o autor: «para além de repensarmos as nossas noções de/(,....,
lado, trab ' h0I1·an desa . açao
- arqu1·v1s a
alha a ext ' francesa, 1ta periodização», as histórias conectadas conv1dãn1 a «repensar as nossas
e. não-eur ensa Iterat . ' lia. n a, mg· I esa. Por outro
. ope ura de viagen noções de fronteiras e circuito�, re esennar- mapas que emérgern
ms1gnifican us' desde d1p º
lo m atas ' ª com
s p�oduzi'da or eu
ropeus
tes, so p das probferniticas que pretendemos estudar, em -vez de inventarmos
b erc1antes mais· ou
n um
detenn1·na re as d'f I erentes ge
o menos -·prõ5leináticas que encaixem nas cartografias preexisten tes» (p. 19).
na -o possuí d o espaço e gr a f ia
' s desre 11·vro . Inscri
'am uma vis. temp o' tos essa forn1ã., Subrc1hrnanyam consegue conciliar perspectivas
deste li.vro a- o abran g
ente do todo
os
prodtI tores destes
extos
r
sempre c p ocura a]can çar. A
t
. '. perspectiva · que o autor micro, oferecendo descrições densas de situações inesperadas, com
. o lo c ar disso, Sa n Jay
mais recenr, ar as. suas teses e abordagens macro e as suas problemáticas mais gerais, estabele
p
S ubrahmanyarn tenta
. es na hist . m r e1aça- o com
seJa sobr onografi. a, os. desenvol v1. rnentos cendo relações significativas entre estes dois ângulos de análise. É o
e o mun . seJ·a sobre o próprio a afirmá-lo: «um dos pontos metodológicos que procurarei
ab.tangent , . o .Is J·am1·co e d mundo J'ben , ·co e europeu,
e e m1nu india· no. E
c1 ª dos , ssa v 1.sa- o si. mult demonstrar é que as tensões e as formas de percepção estruturais
dos es aç
p os
dúv'1da, es euro-as1at1cos dura
-º�
. processos p -
o11t1.cos' sociai
aneamente
apenas podem ser lidas a partir da filigrana dos acontecimentos» (p.
te livr nte a' e, oca · ·s e culturais.
A0 pro o. p m od,erna caract . 193). Longe de ser um puro ginzburgiano (pelo contrário, a crítica
eriza, sem
ma'nyam p or "tun.a hiS to- na· . a um enfoque excessivamente micro de muita historiografia europeia
co ver
do saber n enbu1 para dem da deu.am ente po ]'f J o , ni. ca, Subrah- é explícita, bem como a sua inclinação para perspectivas macro), o
histor1o· g ' _ ocratiz'a1· o
a mu'Iti·p raf1c0 D processa de mesmo carácter desafiante e inspirador do autor de O Queijo e os
las etnog . · e facto' na su co nstrução
sobre os raf1 a na.lt.�t1v· a da, . Vermes perpassa muitos dos textos que constituem este volume,
. asiáticos' as, ('as etnografias igual relevo
giosos, d . e o seu i· n p duz1das· p
om verso) a 'n , ro . e,1os curopeus obrigando, a partir das problemáticas emergentes da análise fina de
envolvid mica;, os ou jesuí ; 1 u It1� l �s vozes casos, a repensar leituras tradicionais sobre processos históricos,
os tas, (vozes de reli-
como as nos p acessos o . vo es de. of1c1a1s. J a1·•cos, tanto no mundo ocidental (e sobretudo português), como no mundo
d e J 1 -
1t1 . . d.irectamenr e
e do v1.ce- . oão de Barros. co-ad 1111·n1strat1vos dos.
p
D se . asiático.
. re u Abu'l F us impérios'
naIidades 1 . Franc1. sco d
o
azI, o,u _as d A importância destes casos analisados em detalhe emerge, porém,
. dos v a Gam o su ltão Bulaqi
histo , ncos so ários agentes en a), e . às mult1plas razões quando estes são entendidos nas suas diferentes escalas, i. e., enquanto
b volvidos n e racio-
Esre car anaTise . a tess1nira d
s participantes em processos históricos mais vastos, ou cuja duração
fac11· Jt· a o a
, c ter incIu . o p r o cessos
estabele s1vo dos. não se esgota num só momento, num só lugar. Evitar a tentação
de outra ci rec orres
forma, me��? de relações n ,todológic
1� o de congelar determinados encontros «num memorável momento
não se
llam ta- o . en re p ia . s do . auto r
visíveis· A . cesso.s 111ston
t
, cos C]Ue, Kodak», dando-lhes um relevo que lhes atribui significados, os quais,
-s--.....2..
s1m tOt.nam quando lidos diacronicamente, mostram ser mutáveis, torna-se, então,
-se evidentes
10
11
Impérios em
eoncorrência: Hzst
· órias eonecta
das nos Séculos XVI Prefácio
o problem e XVII
a que 0 h'
presença eu 1s to
ropei.a no S ria,do. r deve confrontar quando estuda a posterior da presença europeia (sobretudo britânica) no subconti
Focand0 a ul dª A s1a no
s s écu]os
xvr, XVII e .m1c . do xvm.
, 10 nente indiano.
a repensar , 1•ente no cas o ponugu A
doravante
vanos aspe s, r
ctos da h.1s , � ivros como este convidam
Ao tornar visível a co-produção de uma multitude de processos
' s·1muItaneam tona dO 1·rnpe, históricos cujos impactos foram diferenciados para os diferentes
mai·s geral ente m ai. s loc n· o. Esta torna-se,
' en qu a - n sen agentes e espaços neles envolvidos, este olhar múltiplo, a partir
( envo1ve nto part'ic,·1p al ti'do de Geertz - e
m mu, 1 t1.plo
o
ante e m P ro
1
de distintos ângulos de análise, conduz, necessariamente, a uma
ac t
Babsburgo ores, des de os p onugueses
XVr, aos
ces s os transnacionais que
desnacionalização das diferentes historiografias. Desde l ogo, desna- '
s
. (
aos otom a s e às su
as es do primeiro século
) na nos e mog tr atégias de construção . cionaliza a própria história da Índia (e mitos como a sua precoce
óis, a outro imperial, até
. '
gar, BIJ"apu
r A ehe,m, s estad o
s as ., .
iau .. «identidade hindu» são aqui desafiados, mostrando os veios da sua
o u seJa, a h
istóri
etc.' ) e ,ª�
, s uas pop
ulações.
c o s (caso de V 1Jaya-
hist oricidade), mas também obriga, evidentemente, a desnaci onalizar
. ponug
ueses na , . a do unpeno p o n u a história de Portugal, já qu_e os «feit os» dos portugueses pa�sam
plenamen A s1 a pas A s e d �s experiências dos
te pane do sa a ser lida (e lue ev e s er lida) co
a ser situados numa encruzilhada de escalas e de outros «fenos»;I
ticos C 0 sp .
· m o relem b roces sos po 1,ItJcos' cuitu mo fazendo igualmente relevantes para quem sobre eles discorreu.
comerc1·al ,
do In_d'ico
ra o autor,
no capítu I O d
ra1·s, e socia · is
· asia- ·, Mas se Subrahmanyam privilegia o espaço euro-asiático, subjacente
mica do c , ocidental d e d'1c
omereiO , . e meados d , ado a o mundo . A ao seu trabalho está, ao mesmo tempo, «uma agenda comparativista»,
não apena m ant1m O f . secu lo XVI, «a dma-
oi
o
s pelo
s P
d et er m m ada por munas fact . proclamando a necess idade de, entre outros, aproximar «os estud os
suges
tivam,en e, 0rtugueses» (p. 176) ores e da Ásia e os do Novo Mundo na época moderna», para o que tem
anos 15 0 � p rop õe-se analis · . N um outro lugar, e
8 e ar a conJunt muito contribuído sistematicamente o trabalho do seu colega e amigo Serge
Guzerate' s 6581, a p. anir do olh;r ura da Uniã o Ibérica, os
Gruzinski.
(ver' a es s
o dommi ' o mogol que dela tem A
. e propo, sn· ' em I·nteracçao os hab'1tames do
o, o capítul - com os por Enfim, olhar todos estes processos de outra maneira, ao revés,
«Ibérica», o 7), exp1 .ica tugueses
ao s er an ndo que esta conju . ntu ou, para citar Caetano Veloso, pelo «avesso do avesso», torna-se um
desafia as a1 i·s ada a p
len artir de, urn ra
e
. · uras_ d a p erspecn· va mais geral . percurso metodológico com efeitos historiográficos centrais quer
tena tido mi·nantes so
bre os .imp
o
(ou nao) n o mundo «ocidental», quer no mundo asiático. Olhar � conexões
forma, ca nª presenç actos que, a
U niao ·- Iben . ca
nsegue-se a imperial , , entre estes impérios, e a maneira corn o se foram moldando mutua
algo que �uperar a aproxima �
o n u g ue sa no Indico. Desta
se mente, obriga a que, doravante, escrever a história dos impérios
a1, se es ra torna, visiv ' el aos o çao ao espaç o ., .
. as 1at1co como
bel lhos do len
a auton o . eceram ' suba1 terni.z . or po.rque os
europeus
signifique fazer, ao mesmo tempo, a história de vários impérios em
mia dos p ando' .amda vários tempos.
apreciado racess os . q u e .
mc .
nsc1entememe'
se his tóncos
e hegemo nquanto (ou porq Por todas estas razões, este é um livro pr ofundamente inspirador,
o
que aí t'ivera
nizaÇ- . ue ) pane dos m lugar, apenas e a meu ver incontornável para todo aquele que quiser perceber
Por outr ao ocidental. p rocessos de
expansão
gues as na as palavras.. a hi·s tó melhor (e estudar melhor) os processos históricos que ocorreram na
Ásia n-ao p ria da s exp , . A . . época moderna e cujos impactos ainda hoje estamos a viver.
com o q
ue as. font de .,m.ai· s ser fen . , enenc1 a's- unpen·a 1·s p
onu-
o
d'isseram es as1at1ca a- sem con ta . .
s obre s p r r, s1metnc am ente,
es tas m dUz1'das nos Ângela Barreto Xavier
. E,m. contrapan '1da, esrna' s experiênc.1as .
o
se,cu 1 os XVI e
-his tona' XVII Lisboa, 29 de Março de 2012
do 0n. ent ao afirm . ar a n e cessi .
Para a p ali
, resença I.n s m o ,I·n stnucion'al1·-z dade de fazer uma «'pré-
co n ado
.da epoca modern tornavel dos po n t1 » ' Subral1manya m aponta
a num pr g
ident1'f·ica ocesso cu uescs, e de outros e uropeu
Jones e ada na segun
da meta J·
a
e emergênc·ia , s
o seu
grupo, re de do s éculo XVIII, e normalmente
clam ando ea .
esse contr tribuída 'a Will'�ª1: 1
ibuto para a .
11 1s tona
12
13
Impérios em
C oncorrência: His
tórias Conectadas
nos
.
Séculos XVI e XVII
•A J.anela que ,
O capítulo 1,
espon de ao c apítulo
«On the win a lnd1a era», corr
dow that w as
Gan ges de E India ,,, do volu
xplora tions in me From the 'Eagus to the
O capítulo 2, Connected Hi
s torie s , 1-16.
na Ásia, 150 , Pe r sp ec tivas indian as sob
0-1700,,, corr re a presenç portug,iesa
the Portug esponde ao c �
1 5 0 0- 17
uese in A sia apí tulo
00», do volume Fro
•Ün lndian vtews of
Gan ges de E
xp/orations in C m the Tagus to the
stories, 17-44
O capuu o nn ected Hi
ao capítulo
, · · corresponde
, 1o 3, ,, Os cro
rns
· tas europeus e os
«European C mogois,,,
Frorn the Ta hroniclers and
138-179, Capítulo 1
gus to the Ga the Mughals», do vo 1u e
n ges de E
xp lo rati ons in Con nected ":
Hi stoms,
O capítulo
correspond 4, •Ü milenarismo do séc
Tagus to th
e ao capít
ulo ,Sixteemh-
ulo xv1 do Tejo ao anges ,
G A janela que a Índia era 1
from th e
e Ganges,,, Cemury M,·11 · »
Explorations do volume Fr ena n sm
s to the Ganges de
in Conne om the Tagu
O cap ítulo cted His tories, . d bzhisht ki nishânf
5
Hai. Hm
, «O mun do co 102 - 13 7.
Har chashma aAb-i zindagânf
.
mercial do oce
an o Indico oc,. de I
1546-1565
retação polí _mr
: Uma interp
tica,,, corresponde
ao capm, 0'
•The tra
A Índia é o sma1 do Paraíso,
ding world .
tern Indian O
A Poiitical o f th e W es
c ean, 15 46- l 96 5 · 1
on,,, do volu E cada u m dos se u s n.os é O Elixir da v·d ª·
lnterpretati
rations
in Connec me Mu ghals and
ted Histori Franks de E lo
O capítulo es, 21-41. xp
a versão e 6, • M ogóis e fran
cos num As sim escrevi·a, c om vei a fortemente patn.o. nc - a, um poeta do
ês do capít
m portugu
i ce t d o .·
a era de conflito
of contain ulo ,Mughals comido ,,, e
. , . dO século xvm, A 1m d S ' wi, c e
m an Age
ed conflict and Fr
1111CIO a ara a r s n an
E xploratio ,,, publicado n ank s
ns in C o volume Mu
C ,ada cidade e a ideia· desta te rra,
onnected H gh a ls and Franks de
O capítulo 7 istories,
1-20.
é c omo se. o Para1,so se t1.ve ss e estendido para a)'I.
na transiçã desta colectâ
ne a, « O
and the lb
o de 1580- Gu zerate mog
Cada jardim tem flores de todas a' s espec1e , · s,
1581,,, corre ol e o mundo ibén co
erian Wor sponde ao c
apí
m t .
tul
· _ é como o firm
id in the Tr o « Mughal Gui arat
e cada cant� 1ro
Mugha& a ansition of 1
nd Fra en o
,- 1
ma abordag , nas de outrª-s essas me smas palavras.
) tentado desenv em que, no mpreender o seu p rop , · A identidade do autor das frases que citei acima não precisa de
, �j
•
s anos
mais no conrexro.
. , ,, «inte . olv
grativa» ' U er, recuperando em recentes, eu , pro, pno . tenho permanecer um mistério. A maior parte dos leitores já terá reco
da Un1.vers.1 t1·1iz· ado pel0 tambe,' pane, o co . .
nc e n o . , .
de historia nhecido que o título do meu texto é um jogo de palavras com o
dade de, H m Ja.· , desap
da' Chm· a ar, va'rd (u arecid · O J oseph Fletcher título de uma obra que, durante gerações, para o melhor e talvez
e da' A'sia· m grande,
\ conec , tadas». C e nt r
Regressare.1 a·1), e ao qua I prefi nzado historiador
e s ub vª
. 1o · .
para o pior, foi muito aclamada nos estudos sobre o Sul da Á sia,
va' nas vez r0 chamar «histórias The Wonder that was Jndia, de Arthur Basham. O livro foi publicado
---- - es.a e_s. te t
3
Par a- e m a·ao ] ongo do texto
lndi·an , Octu - n-- a a111 pla a111
osrra da su 4 pela primeira vez em 1954 e o seu subtítulo explicava tratar-se de
Deli, 200 1 ' ean Me
rchant, f 500- f, . a obra, ver As! . «um estudo da história e da cultura do subcontinente indiano antes
c om t . 80O·
oliected Essai1yn D/ a G ta he
. • Sanjay S ubr�h1a introdução 111in1C i s o A s1/P , T Wor!d of ihe da chegada dos muçulmanos». Ao escrever esse livro, Basham, que
tion of Early Inanya111' «C a, 1-20). m Da s G111Jt
Jos.cph F. F Mod crn Eu_ras1.a», nnecred .His' tori 0 ,. a (Nov·1· provavelmente deveria ser visto como um indologista, mais do que
lc
Man� (Al dersrchoh �r,l��1d1es on CMhoid:'; , A s1an Stu cs: N:it�l
die s, v , . to�a rds a reconfigura-
, 5).
n e anel
fslamic Inn . ,n.
er As1a ' ct, ! (1997)
3
.: 735-762·' A. L. l3asham, The Wonder that was India: A suroey of the histmy and culture
13catncc Forbcs of the lndia n sub-conúnent b efore the coming of the Muslims (Londres, 1954).
·
16
17
Impérios em e
oncorrência: H
isto,ri.as Conect
adas nos Séculos
XVJ e XVII A janela que a Índia era
corno um .
historiador
contestam ) , . (e m bora esta po
, . des, eJava sa1·1 e ssa ser um a periodizar a história indiana como se a Índia estivesse separada do
teg1a fa ar a espec1·t· Op im ao qu s
m·1 i·1ar a ma1. 1c1'dade da ,r n ' , e muna
nt · ·-
o . rest o do mundo, seguindo os seus rit mos est rit amente internos até
do que no n ·a d e d ia. E uma estra-
mundO a�gI' nós ' e e' a que est' s
ou, no mun
d0 francof�
0fono pass
ou a ser de ª � b' Jace nte à lógica
ser incorporada no império brit ânico. A vantagem do conceito de
«época moderna» é permitir-nos integrar o Sul da Ásia num conjunt o
a, nuance). no, ai.re
s culturelles
no. m m_ado area
studz·e� de conjunturas históricas mais amplas,- que de facto variam e mudam,
6 A m
bast in h a Intenção a ( m ais adiante regressarei
, ante d'f 1 ere . qui e, apres i ue envolvem, dependend-o-dasã lturas, umas ou outras zonas do
ep oca mod nte de hI·sto, na do S . ent ar um a
concepção
erna» ul da A s1a ' . Sul da Á�a. Por conseguint e, haverá momentos em- que fará mais
deram O do , .' ou Sej·a, para os t rê em part·icular para «a
m s sentido ensinar a história de partes de Bengala ao mesmo tempo que
procedime m, 10 colon·ia1 britânic 'T'ou qua.tr0 se- cuIos que prece-
nto e
necess,an· o· 1 entare1 a história da Birmânia cost eira e da Tailândia, em vez da história do
desse per1o' defender que o meu
do especi'f o não apenas para fa Guzerate. Ou seja, para além de repensarmos as nossas noções de
compreen ico mas ta zer .justi. ça à hisrón.a
são sobre mbéni para periodização, somos obrigados a repensar as nossas noções de fron
pouco do a ·Inter ven alt er_ ar a 6ase
argt1 menta ção colon. da nossa t eiras e circuitos, a redesenhar mapas que emergem das problemáticas
«moder ·. sera, cert iaI. Ad1 ame
m os então um
nidade ,
coIon1a . am ente' ·1 m que pretendemos est udar, em vez de invent armos problemáticas que
Iugares, m J » e a mo ponante, d'
a' s - po de rnidade qu is t ·
m guir entre a encaixem nas cart ografias preexist entes.
por s1· só ' nao demos ass e e x·
is ·ia a
uma form
a de mode
umir que
o que exist . . ntes e noutros
t
Nada disto pode ser tratado de forma sensat a sem que seja
O cern e r i dade. 1 ia an tes não era, dita alguma coisa, logo de início, acerca da ideia do que é e era a
moderna» ' do . argum ento gira
n
na-, o isenta e m t or n «Índia», e quais os seus possíveis limites. Já, defendi que existem
1 ugar est o da
. /r ou outro ciente de que, O con róprios pro6Iemexp
ª
o u dos seus p
a s.
ressão «época duas concepções radicalmente diferentes de India que continuam,
lugar ua1q ce Em primeiro
r,' ,, , mas não vejo 9 ue� - t ran ito _ us�d 0 em rel nesta última década, a dar forma às discussões tant o ent re acadé
. ( n t ure
�
com
za argum º ? evitar em qual m s1 um a carga teleológ
entat
s p ona e
qu
ação à Índia
. ica,
micos como entre leigos. A tensão ent re estas duas concepções é
um assunto que merece at enção. 8 Po� um lado t emos o pont o de
nos qu
e ensinam 1v,a .e nao - s·m1p le er forma de peno · d 1zaç ão de
temen h'istona' s . sm,ente , . vista minoritário que considera que a «India» tal como a conhecemos
te co
m O probl g er a is da ncua Í J· m ec a
� n 1 ca. Aqueles de
que P0de foi inventada num passado não muit o distante, provavelmente pelos
. mas conti ema da velha ca .confrontam-se constan-
brit ânicos, ou talvez pelos indianos e pelos brit ânicos agindo em
Ind1 ana, nu teg
que a «h'IS , a. r a a' cred'J ta' r' CO 01·1a «n1ed·1eva 1 »·' n1a' s sera, conjunt o durante o domínio colonial. Isto é uma manifestação do
Um segu ton me . mo o C o
de catego
ndo in
conven�1 e dieval indiana» ng resso
de História mé todo construtivista mais geral, de origem académica, mas que se
ria univer n t e é que «é d u r a até cerca de J 757?
moda) ' m sa po estendeu a outras partes da elite da sociedade ind�ana. Claro que
as, tambe, l (e. o U n·iversal' ca moderna» e, uma espécie .
vantagen .
s E isto
m aqui' v .
porque,
is.
ª
ejo-a co mo .est ' cada vez menos na
m
existe alguma verdade na noção de que a ideia de India se alterou
e para s1. o um t nc011ven1e · ntc com cenas
significativamente nos séculos XIX e XX, mas é legítimo duvidar de
-- -- m pl't ficar, t udo o que tenha sido fabricado por um mero acto de vont ade
''V,e.,r,,.-�n e creio que nao
des aires c src. conrexto, D - podemos administ rativa ou imposição cartográfica. O segundo ponto de vista,
'Southe,· st uftu' elles asiati u en ys. L0rnbard radicalmente opost o ao primeiro, e que hoje em dia encont ra mais
A si.an stlud. Asn' n ,Lr· ,Is to q aes en partt.cu/1. ,' D( e, la Ve1·ttt des ai. ., .
7 o i es , vol. 34 /t 1
nd thc M r Lcidcn, 1994 . ,�, cultiirelles et de ce!le
cd
expressão polít ica do que apoio académico, é a id_eia de que existe
conhCCJd •.1 . rn cu P o nto .IC VJS (2003)·· 1-20 tcrranean An·'1Iog), ,e Hc arhcr Surhcrland,
e/ : há muito tempo uma noção estável e aut árcica de India, que remete
t e
processo s ndên e·ia rece d1v ta ' crge o b . · y ' joiima/ o,r 1 S•outhet1st
d e í l1udanç',1 n t e. d e escrita V1a 111c 11 t e para o momento em que uma civilização clássica indiana se teria
reactivo e e m u
«su balter ito eº ns1·cIeravclrnente de ma
«rad·ica 1 adapta' t1·vo ·isn'.1 ·Eu· ropa' e que , na',,, u enraizado na planície indo-gangética. Este ponto de vista não se
d o c
d, a vclh, a·" ·olonialis 11., 0 l � 1c 1a tivas C. t1r �e, o pape] i11qu,e.. 1oc.a I'iza toda a agência e afasta muito da concepção do professor Basham, e normalmente vê
te 0na da, 111 1 e as · o pe1-1 C11 1 110
, co1110 pn·nc1paImente ·
0dern1··z.asçn_n inc,ip az.' d,e'es.s. c,stc ponto d,e vist
1,
lnd1a ·. ·. a ostc .
a o e da a cap ns1vamcntc
1nda n1a1s. ar.'1 ·111un. '.·1s d·i· s· mesma
, ,.1nt1ga vis, .�io c . J)rctcnsõcs
s , Sanjay Subrahmanyam, «lndc ouvcrrc ou Indc fcrméc», in \vcs Michaud, cd.,
1
olonial e exótica da Q11.'est-ce que la rniture: Université de tous les savotrs, vol. 6 (Pans, 2001 ), 69-79.
18 19
Impérios em
eoncorrência: Hist
órias Conecta
A janela que a Índia era
sociedade in '
das nos Século s XVI e XVII
d1ana em te�
.
a
(duas comp mos das
três fases _ crono . . . . Prambanan e Borobudur são meros reflexos de modelos indianos
letas e uma lo, g1cas me
termina gros IO c o mpleta) : v1táve1s
so modO no . .uma 10_ic� . preexistentes, por exemplo, embora saibamos com qu a se toda a
segund
a fase de
f10a] do
prime1ro m1le . · ·al e forman .
va, que
certeza que não existiam ainda templos muito grandes no Sul da
co_nfusa- o e n 10 d a er cns
mico' e u
. ma terce
1r
declínio que
term1. 0a com o
a
, . u. ma
tã;
Índia quando Prambanan foi construído. Contudo, des ta condes
dissolução o ª - que dom1mo 1sla-
u de ressur poderá ainda estar m . cendência surgiu um vocabulário estranhamente útil p ara analisar
A
u d
m
o Sudeste s de vis.ta e
A . os normalme nacionalistas ao estuda r o problema da «França». Em acentuado
. . u1 ar, pode ser !.Ot si'at1co, e em espe,c1.
10s
e 1 nte defen- contraste, a visão que Lombard tem da história de Java, que explici
1medi·ato, . ressante.
O contrast para o Sudes
Já que ra, r te Asiático
a
estatu.t0 am , e aparece l tamente apresentou como um modelo de história regress iva, come
de «civiliz ente - se e que alg ogo ao n1v , el mais
.
nas lenur a - » para u m a vez - foi çando do presente e recuando para o passado em sucessivas camadas,
as º ess def
e nas mai· mais opt 1m1. stas es . a p. a ne d0 mundo p 1 endido. o baseia-se na ideia de que não se pode compreender Java sem pensar
s p · s a região s · e o contra, rio '
que os ho essi 1n is. tas como u urge como
u nas suas relações com as regiões de Fujian e Guangdong no Sudeste
mens q
uere r m p ali mpsesto,
de R odge da China, de Benua Keling ou do território tâmil, do Hadramaut
rs- e . I--Iam a- o .escre,ver» (par ·
la ras, a, «u
ma pa.' gi·na va .
ma tabu
Nusantara mers a cn zia cm ou mesmo de Madagásca r. Será este um luxo a que um historiador
e vista' na te1 0 e111 Música n ar as pª 1 avras i. mortais
como s· en s f rancês se pode apenas entregar quando estuda uma terra distante, e
do não a ' obras de V]ekke,
0 Cor a
. - ) · A hi.stória
de
çao
n e!r i� fl�encia B g não quando abarca a espinhosa história da própria França? O enigma
�, : o, pela civi'd::�: da m: :;: �oedes ou Schrieke,
s r
ais tarde o 1 0diana ect1 permanece, sobretudo quando se lê uma obra como a mais recente e
atrave
' a um n
ív . ' depoi. s, p · ·vamente m oldªda, demasiado famosa Lieux de mémoire, ainda mais ensismemada, ainda
�s da e e l mai·s l11 el
ass1· 1n ant xperiência s1·ngu i 11itado' pela,l � �1'.Ti:ação islâmica mais «hexagonal» do que a visão braudeliana da França. Porque é
1
r ar , c1 v 1 r z .. - .
processo ºromorfizadas e e- da l--Iolanda. Esta �çao oc1demal
un1direcci I s civilizações
onal·' os g - hes dado o e,statu são
-__ ra' ndes co to de, agentes num
10
m .
Denys Lombard, Le can·efour javanais: Essai d'histoire globale, 3 vols. (Paris,
'Ronn�:1i-::::::----
,1 a Th ap plexos arqu it , .
ccton,cos como
1988); Fernand Braudel, The identity of France, rrad. Siân Reynolds, 2 vols.
ar, Early (Nova Iorque, 1988-1990). Ver também Sanjay Subrahmanyam, «Wriring hisrory
l
ndia, h, o
m the O r 'backwards': Southeast Asian history (and rhe Annales) ar the crossroads», Studies
tg..ms to A in 1-/istory, (N. S.), vol. x (1) (1994): 131-145.
D 1300 (L
ondres' 2002) ·
21
20
Impérios em eo
.
nco . 1a·
rrenc . . Hts" t'orias Conectadas nos Séc
A janela que a Índia era
ulos XVI e XVII
que e, ta-o fácil v
er Java co . dos árabes; depois o reino de Rum, depois o do Ballaha-Ra'i, o reino
da Fran ça ? Ou
. ' e b o
mo u ma e
no da verdade,, ª.
ncruzir'lh da, e na- o
o t ntón
. o dos que furam as orelhas.11
Permit1.-me est
m a er
- da nd1a.�
a digres sao
ap enas par . . .
de um naciona1·
i sm_o extrav
a m s1st1r que as tentações O texto prossegue explicando que este Ballaha-Ra'i é o maior
1 agante e d . declaração seguida de
são um m
a exclusivo da e u m «prese 1:t1s soberano do «Hind» (ashraf al-Hind), uma
mo » c ru não
() sempre te - h isto riograf1· ª do uma descrição do próprio «Hin d , dos seus
» outros governantes e,
mos 1·1ço e pos1· t1v
. S ui ·
da A s1a, e que nem
j temente mais fortess· N as das tradiç
. · o- es h'i s · mais adiante no texto, de algumas noçõ es rudimentares de estru
to nogra'f'1cas . aparen-
(i qu.e a histon tura social, como a de que no «Hind» «os escribas e os físicos (ahl
, ·a d . o entanto' na- o .
, p retendo c
om isto m smua . r
'J�' a intenção· da frase de Sund. K - (para usar_ e )O. cosameme d'1storcer
a «1- dei. a de In dia» . al-kitâbat wa'l-tibb) pertencem a famílias que só ela podem exercer
s
:>"
' 1
assunto 1 hilnani') nao seJa · estas p rofissõ es».
mp ortant e m s1 mesma um
aparecime
e. N a v er
d ad e u m Em tom semelhante, o texto anónimo persa Hudúd al- 'âlam
nto do termo c rt a re fl e x tem uma secção
complexidade «Índi a» ;oder�a � xão acerca do (Os Limites do Mundo) do final do século
aJudar nos
e multip li
cida n - a_ rel embrar a q ue descrev e o Hindustão imediatamente após a de scrição do
� · -génese de uma def · _ de d.e ..x.roces so s d e m · er
1/ d, e nós saber, _ miç� A p rópria p- : , acçao envolvid
.
. os «Chinistão». Ficamos a saber que esta região se encontra a oeste da
a1avra denva
a, do ter China e do Tibete e a norte do G rande Mar, e que «poss i grandes
u
_ mo ara 6e me , . , co rno a ma10n. a
i e uma deformaçao d ·
dievaI «al-Hm
. d , que por sua vez
» r iquezas, uma população numer
osa e muitos reis » . O autor ou
O m un
l
o ja icos da «G rande
ª de -se até ao Camb ultura� ; s J nominados teór
separar as trajectórias destas regiões, mesmo do ponto de viSt ialismo c 40 do século xx.
o do imper � p �
to se : Í ia e o Irão nos últimos
Ín dia»' cuja presença tan
s anos 30 e
uma história da vida quotidiana e dos seus objectos ?
os no
entre a nd
m
r l ç es
Apercebemo -nos de algumas destas relações quando olha s Mas se olharmos
para a . l'smos recentes cau saram grand
mos a o
ci
e a
para os relatos de viagens escritos durante este per íodo, não ap s tempos perceb !11 , �
e ºs ue ;:t�o sentido. Se , por um lado, a
ena os na o
de Patna e _n·ocas e
n parecem querer
domínios otoman os ou de Samarc anda ou por via j ant es múltiplas relaço- es ad_ores 1. d'ianos muitas vezes
r e s d
b para
ra
mo góis simult an eamente c omo uma re giã o perfeita m e nte f ami vocabulán c m algumas
t
ã (
n
ca » \ nao
liar e como uma terra de maravilhas ('ajâ'ib) e riquezas sem pa
r.
-n�s lateralmente,
no senu . \i 19 Este movimento lateral
o no a d o o
do a
z
Recordam-nos que o factor imperial e xplica alguma da disper�ã o _do
s J oseph Fletcher ou S ? G ::rt� forn1a de interacção - ? J
u i ':1.e
«ac�lturaçao».
er e r
grupos, com rajputs e pathans a irem do N orte para o Sul da Indi a, e omo e�:_, ��-âôs - meus temas, a
só engloba c n�o lhe �ou
khatris e brâmanes saraswat para Cabul e Ghazna. Mas mostram-nos 1oicãinente rnele ermo pro -r:
va
����º- infticÕ e-certamente __
5Íe o v t·n o retrata-lo
Ü m t em pretend
igualmente que e xistia m espaços maiores com uma cul tura partilhada .- - --
!º
_JL a fir m q e é ,
Re .-a o e-Me�-
-a Ber iase5t
Jvill1 e·--:-- � i á,-ve1-s e-yr--· - ntes que
_eexiste
que transcendia fronteiras imperiais, e que permitia aos escribas,
s
c
u
o velhÕ signih a
o s
fi
- de - duas cu t ur - s anos 80 retom
poetas, homens da anilharia, físicos e mesmo artesãos moverem-se c01110 o en - c-�-ntr? -- 1 , d' Nathan-Wa'cht-el2-�º -a uuTida_de-, pelo
a s ou
oc'asocia Kin c
o
. r
a
p f
r
s
o
sante um estudo das narrativas d e sonho dos s éculos xv1 e XVII e meno r O de principio, a
.- dem se pr
eferirem, usa por questões
ra a n
u
:::i�a}� emb�ra r�si: ::��I:� :��br�dism-o». Q :�í��! :st��:;�
o
as que cas
e para os problem
ie
1oroemos o
a
ecedor.
te d e
e m eados
o
r
o
aire culturelle? Será que o mundo persa, que se estendi a d a As1a do seculo XVII. , , c o ·
historiadores
. .
.
maior par.te dOs
m
.
o
Men or até ao Decã o, ou nalgumas versões até mes mo à B irrnânia g Nanatives . · , of
. n.. Qu.estionm
e à Tailândia, nã o preenche os critérios pa ra ess a definição? Se -----..-=--, R suúng Hi.5wry 1'
fr om the N atw
recuarmos a uma ép oca anterior, que dizer da cosmopólis sân scri ta,
r: ire
· de
i•, Prascnpt Oua:,l, e 95) c;ip. 2. - eG off e Pierre Nora,
ra
sobre a qual Sheldon Pollock e outros e screveram tão scdutoramente
º in Jacq ues L
Modern China (Clt1g c ::cul t�rat ion»,
20 Nathan a; 1�c ;' , l24 -1 6.
4
W s, 974)
l'hist:oire, vol. 1 (I ;in
•
18
Garc ia da Ona, Colóquios dos Simples e Drogas da Índia, vol. 1, cd. conde de 27
18 9 1 ) , 97.
_
f.1ca\ho (Lisboa,
26
Impérios em Conco
A janela que a Índia era
.s
rre•nc1.a·. Histo.na Conect. adas nos Séculos XVI e XVII
ompor versos
( des .
crito sem h . maior parte da vida na Deli mogol, sabia cit e c
ar
. esnação est nstrava u ma grande familiaridade com 0
em persa e rekhta, e demo
a
e esta do co
t1·ca hindu na
sua forma
mo u m centro de cultura p. olí. -
-s. p .. a Bedil aos mai s famosos
1
1 à i· ncorporaç-ao ' . A u. a' 'antig · a e militante ' que res1st1 a mundo mais alargado do persa desde Mirz
f1s1ca e à influenc çou-se sobre u ma espécie
m ai
que v-ao des A rzu e autor ', ínt·1111 º do conhecido S·ir aJ· ent� m_a� onde a hist ória de certas
, . d e u m v o1 . s na cional a brang
d e a Jex,cogr mos ° conJunc . o põ e m à histór ia
reI atos de v.
iagens. Mu ªt· a. o ron1 ancc ' pass an
'ª o de e sc ri to
. de certos md1 v1duos pode transcender e
co munidades ou mesmo
u
u ma po dero s a c
orrent e ?� e�tudos 1�do l?�1cos _ eA �es1dêncj a de
eno bnta m co na In dia.
° 2 1996): 3 -Accounrof·1 IIJ. a uvos do 1mp
u r 111a11 ya111 ,,,D1sco- or es sigrnfic
A..
l 1roars 11c n mu tos his i d
W rcma·n y n'.vc· rs n( 1 1 154; tarnbé 1 An.1 11d Ram Mukhlis» ' So11th ma is proeminentes histo-
Th,e /nd1c de onde alguns dos
tor a
É também a universida
i
-
m f.cono
m lc· cmeL s·oc1ccr'.· TI1C CC() 1ogy. of 1-1 1 1 'Sl 1·11 1 1·1
. 'nu J)j lllkan, ,,"!'hroug 1
·111d1'.1n
1
ial Jctis··to,), 1 e wo rld o f Pcr s1an»,
Rl'Vn�, v 01
· 3 S, n." 1 (2001): 33-5
1
29
8.
1
28
Impérios em eonconência: Histórias Co
nectadas nos Séculos XVI e XVII
o que ª Chma se
- se para a Índia
apenas um ' tinh a, tor. nado para o Vietname. Era
até a I nd1ª «trad 1c10n
a questão º
com as suas ald . de te m po · uta, ve,l
h e1as - repúbt·icas, o s . · al» e 1rn
do om 0 zer h . arc . .
. m a ;a;manz,. e o mundo feliz
eu sISre
. hicus se r mv· ent d
no estereo, npo a ' ou pel o menos se transformar
a
dominante na 1.mag'.
A «. mo.derni·dad m aça- o sobre o passado indiano.
e», tal como tod
sena v1stª co a s a s f �rmas de ve rdadeira mudança,
_ mo u m pr
m e s ente do Oc1d ente, uma b enção A
· atd1·çao' c0mo
. o grande poeta te, ou urna
1ronicamente lugu G U ruJa ·
sobre O comet , a H alley:
d a Appa R ao escrevena Capítulo 2
Os poeta, s inve
Perspectivas indtanas sobre a presença
nt
. º am coisas
Boas
' , n1as e 111 d
Os erud"itos nã Iferente s.
o confi.am
Em .nenhun1 d
Os. mgl eses sab
os seus do1do
' em .
.
s mitos. portuguesa na Asia, 1500-1700
Vêe�1 o que
.os
Ensmado po 1 olh os. nao vêem .
A verd 1 e es.aprend", É _o que dizem �ersas e fenícios, e não tenho intenção
.
ade das co . .
isas nl
, como elas são de o Jl_.dgar verdadeiro ou falso [ ...]. Porque a maior parte
_z;
das [cidades] que em tempos foram grandiosas são agora
pequenas; e aquelas que foram pequenas eram grandiosas
no meu tempo. Sabendo, por isso, que a prosperidade
humana não se detém muito tempo no mesmo sítio'
concederei a minha atenção a ambas.
Heródoto, As Histórias.'
Introdução
s, na opinião da generalidade dos autores,
As fontes portuguesa
papel sig_nifi c at ivo n a def ini ç�o da no ssa
de s em penharam um
ria pol ític a e económ i ca d a Asia nos sé
compreensão da h i stó
icilmente poderemos conceber a historiografia
culos xvr e xv11. Dif
estado de Vij ayan ag ar, no Sul da Índia, por
contemporânea do
darmos que _ esta assenta, em g rande medida,
exemplo, sem recor
eses de Dom1_ngos Paes e �ernão Nunes, publi
nos relatos portugu
vez por David Lopes no fmal do século x,x, e
cados pela primeira
lês por Robe�t Sewe!l na sua obra A Forgotten
tradu zi dos para ing
ar. O_ própno p avid Lop es escrev eri� sobre
Empire _ Vijayanag s,
«Não existe em lmgua nenhu ma, que ibamo
sa
estes textos que que r n a p arte h i stórica p r opria-
possa comparar,
cousa que se lhe
7he Histories, rrad. Aubrey de Sélincourt, rev. John
Marincola
�
-r velchcr
,elu""u /Joet u N arayan·1' l>'ªº e J
1
Heródoto,
4-5.
ry jirom lndi , . o. e trad., /-ii.b1·s..u
a (M.,1d1s 1s on the l"a (Londres, 1996),
on, 2003) 7 kt.
, ,. 7w
. ent1eth-Ce11 tll1)' 33
, - .
32
Impérios em Con
corr·
encza:
. Hzst
' órias Co
nectadas nos Séc Perspectivas indianas da presença portuguesa na Ásia, 1500-1700
ulos XV! e XVII
mente dita' quer .
co
produt os, c ostu mo descnpça-o do pais (e em . . realizados [...]. Mas noutros a informação veiculada por viajantes ou
mes' etc.»,.2 e especial da capit al)
' '
estas fontes era Sewell � onc diplomatas ve_nezianos, ingleses _ou f�ances�s é tão importante que não
m «realmente ordava, afirmando que
farma extraord de va1or mcal a podemos, simplesmente, negligenciar. Afinal, o estado otomano dos
'man, ·a a condiç cul'ave1, esclarecendo de
moment os du' ' a- o de V1..Jaya séculos xrv a xvr definia-se como um estado à conquista dos infiéis. Isto
. b'i os da sua nag ar bem c omo vários significa que existiram contactos estreitos com mercadores venezianos,
mais recente e , . histo,na· ». 3 Bu .
cept1c o, que n on Stem , um historiador príncipes balcânicos e, ocasionalmente, membros das casas reinantes
«estes mercad suger1·u (ta1ve . . da Europa ocidental desde os primeiros tempos da história otomana.
. or es ave z 11 1 JUst 1 · ·
ica
md1a ' nas O suficie· m ntureir o s p ortuguese s - t damem . e) que O uso crítico das fontes europeias constitui assim um grande desafio
. e p ara co rn·g1r· as su . na o sa 61am lín guas
es. clarec1mento . as �mpress o- es . . ao historiador otomanista.6
s Obtid os a par . .
de m · d'ianos»' co
ncedeu que
tir de op1r n o es ver bais . v1sua1s com .
-
çoes», refenn . e s tes textos ou escntas
do que o se «não eram meras . �urioso, e digno de nota, é que esta relação_e_!l_!re ..9s �rtugueses
em numer o s u co mven-
as c Ort es d o s nteúd o, «.fora autem1ca · d o p or acros �-- s1a se ten a mantl o un amentalmente assimétrica. Ou seja, as
com e1es rela u l da In d1a
cionados».4 A b em _ c omo p o r [ontes asiáticas sobre a istóna os portugueses n o contment'ê entre
culo XVI sob n textos
Oda Nobunag ossa viç do Japao d_e 1500 e 1700 têm sido, na sua maioria, ignoradas, na premiss��
do teste'munh a ou Toyotº . finais do sé
o de aut om1 H1
Valignan o que ores jes dey osh1 depende ainda ue o ue o s as1át1cos tinham a a1zêr ac�réa da presença p ortuguesa
uítas c°mo L .
nessa a1tura uís F"r o,1s ou Alessandro não ser_ia d<:__especial interesse ou relevâ�Ciª-, As raízes deste preco n-
d os estad'os lá vi·veram. .
mogol' safáv As v1s o- es c o ceito não são difíceis de encontrar. Há pouco mais de um quarto
men or grau, ida e otom nte
. mporâneas
a marca dos ano carrega de século, um dos mais inovadores hist oriadores contemp orâne os,
outr os e es critos de ob m , am da que em
uropeus' que se r v
que trat re s1 ·
dir· am na . ad o res p o rtug ueses e Michel de Certeau, ainda insistia que «a hist oriografia separa o seu
, em os com
citado Bu.tto . ª1guma cautel A,s1a l
entre 1500 e .
. . 1 700. Mesmo tempo presente de um tempo passado», e que «longe de ser auto
n Stem) este a O 1 cept1c
sua utilidade s relatos, p ou 1s m 0 ( c o m o o acima · -evidente, esta construção é uma característica unicamente ocidental».
ou a n o
s sa c.os se at 1.eve - Sem referir historiadores da Índia mogol (que nos anos 60 e 70 não
na inocêneia . capacidade rao a negar a
· e omn1sc • p
destruir, · ao mesm ienc1a do ol ara os usa't.• e ontudo, ms1stlí
A •
• • • escasseavam) mas sim o antr_?pólogo estruturalista Louis Dumont,
o tem p
h ·
ar europeu' ain .
exercício pa, r o, . . ' -da que sep para Certeau concordava .que na_Ind'a «as n ovas formas nunca afastam
t'icuI annent , o fan tasma saidia . no, nao se nos af'1gura as amigas»; sugeria também que em sociedades tão distantes entre
a posiçã' o eq . e Ut11· ou pe
u1-116rada de ninente · º E .
uma reputa m vez si c omo as da Índia, Madagáscar e Da omé não se encontrava a
da Otoman.1s , d'isso citemos capacidade para impor «um corte entre um presente e um passado»,
Em cer tos ta:
parti.r de p rov casos . os estudos co o que, por sua vez, significava que aos do cumentos pr o duzid o s
as 1 oca,' s. ou nst
baseadas em ru.ídos quase exclusivamente a fora d o « Ocidente» nunca seria permitido mais d o que um estatuto
Istªrn bul po
--- dem, de facto, ser epistemológico de curiosidade exótica de val or limitado. 7 Em vão se
2
. C0h1ronzca
do s
Nacr onal, 1897) X R ez.s de Bisnaga p
, xxv procura um reconhecimento de obras c om o La vision des vaincus
n ScwellL A Fi1. ' ubl. por Dw
·
J R0 be • id Lo pcs (Lis (A Visão dos Vencidos) de Nathan Wachtel, tant o aqui com o nos
�
,, ln
º1 dza, re irnpressã �rgotten l::mpire (Vz; boa: Imprensa
' o ( ova
Deli, 19
a ya n a gar escrit os dos principais historiadores da ép oca m oderna.
' Buno n Srein , Vz ): A Contributum to the H1sto1)'
(Carnbridgc, 19 :;ayanagara ( 82) Vlll Nas últimas décadas, porém, os especialistas em história da Ásia
Bur�o ': Stein on89)Vij; \:le�ltarnbérn Sanj:; ;. ' :�1hb11·1 11� /ge History o/ l
3 T h e N
raramente adaptaram esta posição , quer em trabalhos sobre o Japão
E sra' e· a posi y ' 'g. r»' Soi1th Asza S b ' ' 1 ny·1' rn ' Agrecrng · ndza, vol. ,, 2 dos Tokugawas ou sobre a China das dinastias Ming e Ch'ing. Hist o
f?, çJ def, Re searlh ro Disagree:
3;;- :{�tce: South lndza :�.d'id\en'. Joan-P,1u Rub/ x�,, 11• 2 (1997): 127-139.
«
o
riad ores da China c omo Jacques Gernet têm sido bastante críticos
0
11
�] acques Gern . Ver, por exemplo, as afirmações extravagantes feitas cm Gijs Kruijtzer,
1985). er, Ch.ma and «Madanna, Akkanna and the Brahmin R.cvolution: A study of memality, group
the Christz.an
lmpact tr. behaviour and personaliry in scvcnreenrh-cenrury India», }ournal of the Economic
9 Cf· Je
J,e Sulran» , an Aubin' " L•1 cn. se ég .- ' .id·.1 anet Lloyd (Cambridge,
anel Social History of the Orient, vol. XLV, n. 2 (2002): 232-267.
0
�
Moyen Orien ypue ne de 1
RoYaume d, t et Oce,an n 510(-15 2.. Yem 12
Ver Narayana Rao e David Shulman, «Hiscory, Biography and Poetry at rhe
Ormuz au Indzen, vol � se, Louis XII ec
,o C
harles R. Box déb
. ld ]apan tr
O er, r�: xv1e _sic cle» , M �
VI 1989)
re Lurn-lnd1
, _ 123-1 50; Aubin , «Lc T:rnjavur Nayaka Court», Social Analysis, n. 25 (1989), número especial editado por
0
H. L Scnevirarne sobre ldentity, Consciousness anel the Past: The South Asia Scene:
ade. 1555-/ :eat 5hip fi-o cum, vol. 11 (1973)
1ªge 0f 64 0 m A m ac. . 115-130. Posteriormente já abordámos esta questão com alguma profundidade in
:;!' b Christianit), (Ltsb oa, 1959)·, G . a�:· Ann als of Macao and the
10 y « . m· ear1y e or ge Elis Yclcheru Narayana Rao, David Shulman e Sanjay Subrahmanyam, Textures of Time:
', Re. opentng the quesrio m �d,ern Japan (Ca1nb11·' � n, Dc:i1s dc:stroyed: The
Tokuga n ° Sakok d Writing History in South India, 1600-1800 (Nova Deli, 2001).
eomo O seu
w,i Bakufu»,
Thejournal u': Diplomacy �e, Mass., 1973); Ronald u Louis Dumont, Homo Hierarchicus: 77,e Caste System and its lmplications,
. 0 r;ap. an tn ri ic, I cgm
Asia m · the esw o mais el bº:;do'l ·
d Stu dies vo··l· ,
111 n.
. . mau. on of. rhc
" 2 (1977): 323-363 trad. Mark Sainsbury (Chicago, 1980); J. C. Van Leur, lndonesian li-ade and Society:
develop e�t em State and ' bem
m or 'l tªhe I
okugawa Bak d1/J/-0mac), · Essays in Asian Social and Economic History (Haia, 1955).
uli m ear . l y mo dem Japan:
t
1 (P11.· nc. cron, 19
84).
37
36
na Ásia, 1500-1700
Impérios em Concorr
e'nci.a: Hist órias C Perspectivas indianas da presença portuguesa
o n ectadas n os
, ulos XVI e XVII
Sec
a ser le vad o a sério, também
sado por Luís Filipe
Thomaz, que des Embo ra dificilmente este mito poss
e de se j armos compreender as
portugueses e sua p
_ osterior que
creve ª to mada de M a laca pelos
, não o podemos descartar total�en s te ,
, . al, o facto de portugue ses,
um modelo c1c .
1ico mais ou_ men
da ' es
, . ta orga mz . ado e m termos de mentalidades dos europeus na Asia . Afin
dete rminadas zonas d a Ásia
e ' finalmente
' retn·bm· çao - . t4 Neste tex
os ng1do d
' e t ransgressão ' controlo holandeses e in gleses acreditarem que
a riamente viole ntas terá t ido
Bendahara ' os port
ug
to' composto
por um tal D atu nos séculos xvr e xvn eram extraordin
. _ ueses ga nham Mal ortamento.
16
gema dáss1c o, ou seJ a, a c a atr a ves, de um estrata- algum e feito no seu comp
convencendO o iniciar a no ssa análise é um
de terra «t-ao grand
e quanto
su I tao - a dar-lh es um pedaço O te xto mala io escolhido para nte, mesmo
o co e a uma categoria mu ito difere
era tão extens
o quanto a
, u r o de um amm · a1» (e que de f a cto e xemplo extremo. Pertenc
s m ais comuns,
no mundo malaio, das literaturas hika
. area med·d 1 yat e sejarah, a
da pele d0 arn
forte constru1do ne
' mal) · o sultão fugi·r1·a
a por umª
ao ser atacad
corre i· a de couro feita
. provavelmente as mais influenciad
as pe la tra dição croníst ica islâ
o a p a rnr d e um
ss� terra, e dur ue e xistia n a maior parte da Ásia
dominaram. D epo. ante a I gum
tempo os portugueses mica.17 Esta tradição cronística, q
Malaca ' foram for
1s vieram os h
olandeses ocidental nessa época,
pode também ser encontrad a no Norte d a
çªd_os a apelar ' e deseJ· ando co merciar em finais do século xvn, também no
em J ohor) ·
Este enviou o à aJU· d a d o suJ ta- o (que se refug·iara Índia e no D ecão e , a partir de
s seus guerre1.r mo gol, quase cada um dos prin
questão que os h os a Sul d a Índia . No caso do estado
. olandeses
não consegu1.r mok que resolveram a u nto de crónicas e relatos, alguns
f01 restaurada _ rn esol ver. A honr a malaia cipais reinados produziu um conj
o a Akbar Nâma (qu e inclui a
h lan a r
Este é, sem d:uv1. º deses e malaios v1vera 1n fe1·1z 1 de carácter mais « oficial» - com
. da' um caso _ º º es para sempr e . llami's - do qu e outros. As cró
nicas
asiáticas. To c l áss. ·ICO da_ <<fªJ 1b1 J"1 d Â'fn-i Akbarf) de Abu '! Fazl 'A
dOS, OS «fa�tos» a de» d as fontes e f oram e scritas mais ou me no s
do sultão até a principais estao
erra d os, d e sd e o nome
podem ser subdivididas entre as qu it e aquelas (muitas
rnan e1ra como aconte cimentos descr os
passando pelª d os pon u gu eses ao me smo tempo que os
ura ção do - to maram M alaca, são rcla;os retrospectivos, de datas
,xto com
te
o fonte, 0 .
. míni·o po
do n vezes ch amadas «apócrifas») que
histonador é . ugue� s. Para defe n der este dor da Asia portu guesa está fami-
de relat.1vi.smO c . forçad mu ito mais tardias. O historia
ultur'al·
Afmal de cont o ª adopta r uma espéci·
e
artefacto, e
. d eve ter ai gum
signific'ado p
a s ' tamb'em este texto é um
H amilton, e outros. Para uma breve análise deste mito, ver também Gilles Tarabou t,
ziram. Pelo m r a . s guerriers sont rois: S ouveraineté, p ouvoir et
en ' os ma1 aios que o produ- «Au 'royaume ' des Brahmanes, leass
. s mostra um a
empm.camente
o
ontO d e . e H. Stern, eds. De la royauté l'Et
p à at duns le
defens,aveJ · v1sta, mesmo que não sej a statu t au Kéral a», in J. Pou chepad 199 1): 108 -10 9.
0s
historiad r s monde indien (C ollection P uru
sartha n. 13, Paris,
0
n
17, bem como Para uma análise detalhada destas canas, ver Muzaffar Alam .
e Sanjay Subra h
a
20
Vctun P .. ) P:i ra um : , e. Sultan>>, LL ís Filip F. R T homaz , ed., Aquém
cn1. Hyder . a6 r abhak-<11 ,1 Sas .
.,cx-·cn1plo ,Jntcno·1 le, uma cr1 órnc
154 0- 620», Oriens
. do S u 1 manyam, «Lcttcrs from a Sinking in _ � �
H1storical ad. (19.84), de que.. ..rn_' e·d ,, larljâvi?ri. an , ,c a e Além da. Taprobana: Estudos Luso-Onentazs a Memoria de Jean Aubm e Denys
,lp:llec Jra ra]itlci uiritra reimpresso
{/,
,. mtf L cn1 extr'·1ctos m W111'1•1-
Manuso·ipts c
in the ui ' · Lombard (Lisboa, 2002), 239-269.
111 · or ed. Orienta/
atlrasra, 1835)., layl
anguage (M
' ' 41
40
Im-1,·
rerios em Concor
. . Hisrorz
r'encza·
as Conectadas no Perspectivas indianas da presença portuguesa na Ásia, J 500-J 700
s Séculos XVI e XVII
deverão ser
seguid
com vista à az ,as. E o que o vosso overn reis isto de maneira apropriada, e em resultado reprimen dareis, em meu
e �dor submeteu de novo
vós. 7 RajabP942 �-��operação ficarão e�clarec n ome, o governador p or tudo isto. Quanto ao qaul-nâma , o que quer
IJn. idas nas cartas dele para que Sua Excelência escreva sobre o assunto pode ser-me enviado, e eu
aceitarei. Este ano pretendo ir à Santa Meca. O qaul-nâma , que enviardes
Numa cana p será recebido pelos meus funcion ários (muta'lliqân) na região de Diu,
osten.or fi.ca de maneira a que mo p ossam enviar para o pôr em vigor. Escrito a 25
com os ponu m os a saber . .
gueses cresc que a irnta ção do sultão Shawwal, o mês com a marca da virtude e da fortuna, no ano de 942.
Pelo governa eu' e que co . .
dor de G oa, ns1derou que tm
segunda cana visto com 0 . · ha sido traido
para o re1· p d u
, p1ice e duv1'doso. Assim, · '
ortuguês di na
z· Como tem sido referido, estas cartas, bem como as remetidas
- Comandante pelos governantes e governadores otomanos aos portugueses, ou
Joao, Rei de do Estado,
Ponug I ue Governança' Sul71nato e Fortuna, y Don quaisquer outras desse tempo escritas por dirigentes de menor
Após enviar-lhe �' q Deus fo naleç Re
�a
pessoas de in d,ese!os fragrantes e oraço undação do voss o estado. importância da região do oceano Índico, são particularmente valiosas,
tel' es' etc. N-ao e· s egredo para as
pertence apen 1gencri1a' que a realeza livr pois permitem- nos ouvir a voz e conhecer a perspectiva destes
as o d Pod d e m� dan ças e tran sformaç es
nato das suas õ
. ;uras, mes eroso, qu/p ossu1 estatura e ira. E sulta
o
cri: actores políticos.21
o declínio ine mo que dure o - (3) Papéis administrativos correntes: Mais uma vez, infelizmente,
v1t b
com o seu p avelmente surge [. ..] · A ast. a,_me temp o, p ode mudar, e
o
. ca 1am1.dad der, contr, ai?, força e esp os1ça'o d? s. r e�·s vana· de acordo
as
p rest�m hoje muito poucos, excepto para o Extremo Oriente e partes
es e oc ren le da Asia ocidental. Na maior parte do Sudeste Asiático continental,
f� _c1_as desafortunadasº� Alem disso, �o rno é q ue
nd
as _dos países
do H
szyzma Gujar dustao, que é
o Guz.. ar . o tempo, parucularmente bem como no Sul da Ásia, sobreviveram poucos documentos admi
poder e forç '. l?
ât) ºdem s
er escondi da' ate (ma n nistrativos correntes (e muito menos com alguma relação com os
a' v1ªJª pelo s de um a pes mâlik-i Hindustâ·
F·1rang e do H ocean o circu soa, o navio de CUJ O portugueses) para o período anterior a 1700. Mesmo em relação
i nd n
as fundações nd· .para mais, e para' 1·r � �e (da ryâ-i muhft) ' e dos do
d' ·i ,1. m1za. de e d1r . a uma entidade grande e ostensivamente bem organizada como o
dois; · . o governa da confiança, eno ao propo. s1to desta carta,
es.soa nesta
, d or viera' c0 f o ..
1,1m estabe 1 ec1'd • os império mogol, isto é verdade. O estado safávida está ainda mais
P , am1'dade (h 111 as forças ponugue.sas.
cal as e nt re . nos
fo rn1a. a dem . a'dz'sa. ) , e eu, p pa ra me aJudar em mal servido, a que não será porventura alheia a prática seguida por
o
'a alde ia de H ' nst· rar a m111ha s111cer·td e Io meu Ia do,. sem coacção, de cada novo regime de destruição dos documentos do seu predecessor.
. isan no ade, a mor _e
cond1ç ões qu e u111 Bª b-a I -Kot na regia-· o d amizade, concedi-lhe O mais próximo que temos deste tipo de documentação é, no caso
as c1 au • sulas esp ac o
. rd 0 f or , e D iu, e p ed ira em j eito de
mal ( qaul- dos safávidas, um texto como o Tadhkirat al-muluk, do início do
Guzarate]. N ec'f_icas estab elecidas. � ama fo
ss
. e escrito com todas século xv1n. Com os otomanos temos mais sorte. Sobreviveram
)
e , cll tura
con1 os seus ss.a! o govern·1' d nttetanto ' ttv e, de m e ausenta r [ do
E
or es
escr�to de
· e exclui seJ·os·j e ne1 e escreveu cre· veu o qa ul-nâma de acordo muitos documentos sobre uma grande variedade de assuntos, desde
ª primeira v u aqut O que deveria a u 1O
.q'd t q ue nã o deveria . ter sido a colecta de impostos ao valor das rendas passando por censos de
ersa-o deste t er s1 o.. Co �lt ·nuo co
ao l'e-1 o vos
apercebestes . docume
nto v os
f01 envi·i'da, t n fiante . de que fogos urbanos, listas de feiras sazonais, de ofícios, etc., e todos têm
exagerados d sido analisados pelos historiadores, seguindo as pisadas de Ômer
' e o.s par'a 111111 u
· q os b,ene 1c1
e e t· · os.
par
a vos
. ' o re i' e que
aqueIas [pou . 1 fo ra m 1 11 · · . .
. a o gov rn ador foram
ca e
Lüfti Barkan e Halil Inalcik.22
recti sadas, e s] coisas qu e t1·11ha 111 1·n11 m1z_,1dos. N a verdade' m esmo
u
O governadoq e O gover �ador agiu, e 1 CIO ac
5
' o. rdªd r
r transgr d es t-í ª gir, as estão agora a se Ver ainda Dcjanirah Couto, «Trois documents sur une demande de sccours
�unca nenh u o
� t s li111ites e co,nt1-� co n t ra esse document o. 21
u ; ormouzi à la Porte ottomane», Anais de História de Além-Mar, vol. til (2002):
Cio set1 .se,n 11 rn eprese . nt nu a a .
or. E se fo1 a' n.t..e de. u111 I.e1· o pôd,e f. aze, -1 o neste assu ' nto,
t·ª1 docum.e para seguir
o , .,· _ f·azer s e rn concordânci. a 469-493.
22 Ô L. ues des registres de reccnse-
n to, enta
� o on s deseJos do . Barkan, «Essai sur les donnécs starisriq
grande re1 b . . s. e.u se
(. âdsh "h, . b de lllc posso eu d1'ng . ,nhor qu e escreveu n aux xv" et xvl ° siecles», Joumal of the Econornic
.
dev1d0 a , ª
minha prop . -z uz .u rg) · N
, . ada poss
1r.
. o d ize·r so
p a r a p rotestar contra ta1
mcnt dans l'cmpire Ottoma
and Social Histol)' of the Orient, vol. 1 ( 1957): 9-36; e, mais geral, Halil Inalcik e
apen's a. na 111 e
. st1a. . bre o que ele f·ez, Donald Quaracn, cds., An Econornic and Social History of the Ottoman Ernpire,
·se eu estiv' ei. d1s
d
' postº a afi Hu lll,.1yun prestª- se a de ixar o. país
0
'acet. ta · r is so .[ .. rmar 2 vols. (Cambridge, [994). Ver também a introdução a V. M inorsky, e�., Tadhkirat
en1 todo o . ] . Tie111os de nos. ouvi. q ue ac eno a. p. az,. ma s dcc1d1 . na-o al-Muluk, a manual ofSafavid administration (Londres, 1943); e Klaus Michael Rõhr
caso o llleu r u ns. ,lo . s o (Berlim, 1966).
coraça .- o está to ut ros. p s born, PrCYUinzen und Zentralgewalt Persiens im 16. 1Jnd 17. Jahrhrmdert
t·i' l i·i l ente co aci entemente, ma
nf'1 antc que invcsnga-
. . 43
42
Impérios em Concorrê .
ncia.· Hist'orzas Conectadas nos s·éculos X Perspectivas indianas da presença portuguesa na Ásia, 1500-1700
VI e XVII
(4) Diários de viagens
e memo, nas .
·· Os d.ian · (5) Fontes orais registadas em data posterior: Nesta categoria
de mercad. ores asiátic · . , · os e re1 atos de viag ens poderíamos colocar o relato malaio de Datu Bendahar� atrás citado,
. os' 1Iteratos' místicos e
mente ute
. , is e Interessantes, mas surpreen
outro s são extre ma- bem como muitas tradições a que os historiadores da Africa oriental
muno pouco usada dentemente são uma fonte recorrem para compreender a natureza da sociedade e das entidades
· Os su'bdºitos da Su61"
pr0duzira · m uma boa qu
antidade de Iteratu
r
ime Porra, em particular, políticas em torno da costa suaíli, no século xvr e início do xvn.27 As
extenso e justamen
te cel 6 d0 relato
ra de viagens, como o canções e tradições orais preservadas entre os mapilas do Malabar,
xvn. D_e maior re de Evliya Çelebi, do século que narram a sua jihâd contra os portugueses no século XVI e início
levânci: ��:ª os por
23
de Seydi 'Ali Reis tugueses é o Mirât ul-memâlik do xvn poderão ser aqui incluídas. Estas fontes pertencem mais ao
28
' um aimirante oto
batalhª nava1 com mano que 1 utou e perdeu uma domínio do «etno-historiador» do que ao do seu colega mais conven
os porrugueses n
l 550, e que acabaria por re o golfo Pérsico na década de cional. Além disso - e as tentativas feitas por Nicholas D irks e
gressar a d,0°:,mrns ·
dºo Guzerate, do
Sind e do Norce_ otomanos através outros para usar este tipo de fontes para a história do Sul da Índia no
dif_erente do trab dª India.24 Este texto é muito período pré-colonial demonstram-no -, estes textos são analisados
alho de outro ai
Kl tâb-l· bahriyye d . . mirante otomano, o enc
e Piri Reis' esent iclopédico através de fórmulas que muitas vezes não extraem deles 29 mais do
. . o u.ns anos antes nesse século, mas opos ições binár ias estru tu rais. Neste
que posst11 igua1
. mente um sabor . que algumas generalidades e
muito estiliz�,ado d1stmto do Sa1ma-z . . tipo de análise há muito que parece ser arbitra riamente impos to
e ornamentad . ,fr Sulazma'nf,
os a
um me11Jbro da
embaixada ira . � ' esc n to na déc ada de 1680 por pelo etno-historiador (a escolha dos substantiv abstr ctos que
rna na . plo) e pouc o valid ado pela fonte
Sul da Asia · sobrev. iveram 1 à c orce da T:ailân dia. 25. Para o determinam as oposições, por exem
. .
de viaJantes da ª
A,sia central ( m
guns relatos de · .
viagens, mclumdo os oral. Mas, pelo menos potencialmente, estas fonte cont
s inuam a ser
. . · dos de Samarc Jan Vans ina e mais recen tement e
snaram a zona. anda ou Balkh) que importantes, como os africanista s
;eg, as Um exem (o b , e como Allen Isaacman
�emórias do per p em con hecido é o Waqâ'i'-i Asad Joseph Miller admiravelmente provaram
sa Asc1· d Beg Qa- · ·
e Jah ang1. r.26 M as zwm .
i, func1onáno .
de Akbar mostrou para o caso de Moçam6,ique.
30
pouco trabaIho . ersalmente aceite
estas últimas font
es.
sistemático tem sid fei sobre
o to (6) Material literário: Na actuali_dade _não� univ
do de (1) a (5) e a
que exista diferença entre o matenal acima lista
�nci� dos métodos da
Vc< r, p or cxcm produção literária propriamente dita. A influ
ns h1sto nadores, chegando
I '.Rob en D crítica literária tem sido grande em algu
2)
·
e l s1e centra/e, t r m1r ·
o1r
. 1 a . des f?ays.. · Une anabas,e_ o ltom - ane a, travers l'In Je, g1_r, ver Abdul �ham M1rzoy ef, ed.,
.· m
o 11g a , ver Scyd·1 AI'd1 .lleJe.'an -Lou1s Bacqué-G . Para outro relat o ele viagens ci o temp o ?e Jal:an
: Umversny of Karach1, 1977). . .
l20;f2 is, Mir 'âtü'l-Memâ!i{ ( '. a ris� 1999). Para o cexco Khâtirât-i Mutribf Sama.rqandi (Ca rachi
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2R
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a nizatwn of a European Institutzon:
1867-1877) ' rc1d·1nby t � �wn .historians (Tr,c Aji-ic
er
} so s T!?e i io Allen Jsaacman, Mow mbzqu e - The
a. extensa an·íl, ·1s·e pr essa
!.,, M u
Ja111m adan Pm·od), ,8cdvol.'s. (LoHndswry (Madis on,_ 1972); também David Bi rmingham,
1:· •
44
Impérios em
eoncorrência: H
. z.as Cone ct
istor
a das nos Séculos XVJ Perspectivas indianas da presença portuguesa na Ásia, 1500-1700
e XVII
ou o relato d
e viagens se·
completa ou Jam uma co . será injusto limitar as font es asiáticas a apenas um papel na escrita da
tot nstruçao,
deve ser reser al de tudo quanto o a - mais do que a soma
vadª ªlgum , . utor captou
do seu ob1ecto,
. história das mentalidades. É aqui, então, que entram os meus exem
Poucas d,u v1' a
das de que o atenção a IntençãO co . _ plos concretos. O que procurarei descobrir é o que as fontes asiáticas
'Ali Rei·s) es autor de um n s cien te. Restarao
tava con · relato de viag · nos podem dizer a um nível factual acerca de episódios particulares
do que a si.m scient_ emen
. te envolvi. d ens (como Seyd1·
ples repet1ç a nu m exerc1c10 . . da história da Ásia portuguesa que as fontes portuguesas não podem.
A o desen volv ao das aven , diferente
t ur Comecemos por examinar um texto relativamente conhecido, o
de classificaç ermos a _ nossa tipo as de Sin bad.
ão duplo: p lo Tuhfat al-Mujâhidfn (Presente para os Guerreiros Sagrados), prova
autor sobre rimeiro, ba gia' tem os usado um sistem . a
o text0 e, seado nª .n velmente escrit o no reino de Bijapur do Decão no final da década
fonte (escn· segundo, b I tença- o e na visão do
ase
oral, etc. ) . N na' .ª]tura o. u coligida ad. O n0 estatut o objectivo da
ta de 1570 por um certo Zain al-Din ibn 'Ali ibn Ahmad Ma'bari.
a . mais O t ext o, pela primeira vez t raduzido para inglês em 1833 por
uma crónic mmha op1n1ã o seria um tarde a part ir da trad'1ça-o
.
Rowlandson, e editado com uma tradução portuguesa por David
a como a e rr o fun dament al
de análise q A kb
. ue o relatO ar· Nârn a de A bu ]' submeter Lopes em 1899, foi depois traduzido pelo menos mais uma vez para
dois docu de viagens . Fazl as ' mesm as regras
. me . de Ev 11ya inglês.32 O Tuhfat é realment e um mis t ério a vários níveis. Acima
h1storiadores n tos persegu1a m dois . . ç e] e b 1.
' Os aut ores dos
mesmo que dever�amos conside obJ� ct iv os difere ntes e como de tudo, ocup ando-se dos mujâhidfn mapila de Kerala, a dedicatória
o rar ao senhor de Bijapur, 'Ali 'Adi! Shah (1557-1579), é um verdadeiro
determ1. nad s quei. ramos ver m ' senamen te as suas m . -
t ençoes,
a carga id . otiv a d os p or prec enigma. O text o tem quatro part es desiguais. A primeira fala sobre a
e0lo' g1ca. onceitos ou por jihâd em geral e os preceitos que a governam. Uma segunda secção,
Alguns exe
mplos ger mais curta, apresenta uma visão sinópti ca do estabeleciment o e da
azs
vida dos muçulmanos no Malabar antes da chegada dos portugueses,
. Dados 0s constr� ·
l mguística ng enquanto a t erceira ( com um tamanho praticamente igual à segunda)
do maten imentos de es.paç
J·ustiç
·nda, .I
·
a ao seu v a] em a o e en
asto pote . nálise, posso apen orm.e complexidade
ª descreve alguns dos costumes dos «pagãos» do Malabar. Ficamos
ncidirei O ncia as d assim a conhecer, por exemplo, a organização política de Kerala.
a' d0 s ui meu estu l. Da documen. taç ese·,Jar. fazer alguma
da Ás1·a. dO nu - as1at1
ao
efectuadas, A lgumas ma categona - � c , . ca acima refe- . Os soberanos mais poderosos do Malabar são Tiruare, príncipe de
co obs :on 1ca, em especial
concretos. P ntudo1' antes_ de ervações prelimi Coulão, Comorim, e do território comprehendido entre dois pontos;
p · nares deverão ser
luso-a. si·,at1· ara qua quer hist, . rosseguirmos para para o oriente d'elle estendem-se numerosos reinos; Colátiri, príncipe
cas no p ona das os três exemplos de Eli Marabia, Jarpatam, Cananor, lracol, Darmapatan, etc.; porém mais
mentah. d·
mente 1·0 d'
1sp
en,ado c ·
. o n-s1 d
do «O n·en ensa' ve1s. IstO n erad 0, as fontes . d.as mteracçõe
«
ª es» .
d s poderoso do que elles, e de maior fama, hé o Samorim, cujo domínio vae
tal» fo a o as de um a outro reino; é grande soberano graças ao favor do islamismo,
r
fontes P0r ssem um sign ifica 1at1
, cas são clara- e ao seu amor pelos muçulmanos, e ao modo liberal como os trata,
tu gues I v ro que os. r .
d. a acç-ao d as nada fecha' do p o cessos menta is sobretudo sendo estrangeiros.33
os p assa a os p0rtugueses e que as
i nst1t. u.iço- e seus antagon, 1.st m re velar- nos ac
. s sociais _a s ou col e
po i tug�ese e c on o aborado rca das mo tivações
s ' rn1ca :e
dade as1,at1·, (in dependente , s e mesmo relig-,. � ª.siáticos. M .
as havia tancialmenre da adaptada cm Nicholas B. Dirks, Castes of Mind: Colonialism and
ca ponu men te d ios . as , na ,
As1 a que os
que por es gue ol the Making of Modem India (Princcton, 2001).
. sa razão sa) apenas ten ugar q ue ocupavam na soc1e .
- 12
Cf. David Lopes, cd., História dos Portugueses no Malabar por Zinadim
qua1s a ma· ª lgumas uain e nte
is fa mas . , vezes se g . enten d 'iam. Percebemos (Lisboa, 1899); também J. Rowlandson, Tohfut ul-Mujahideen (Londres, 1833), e a
a sera a ' er
h1Stóri-,1 a iam en0 nnes confusões das posterior tradução para inglês por S. Muhammad Husain Nainar (Madrasta, 1942).
--:--------.__ do conce , Para análises, ver Stcphen F. Dalc, Islamic Society on the South Asian Frontier: T he
_ "Para e� ·1t0 d e «casta». 31 Mas Mappillas of Malabar. 1498-1922 (Oxford, 1980); e Genevievc Bouchon, «L'.évolution
aenr
, 327-329 nos prc1·unina s
E.canomy de la piratcric sur la côtc Malabare au cours du XVI.' sicclc», ln Bouchon, J.;Asie du
. No c ,
n tanto, rc �o 6rc a � ucs S1ul à l'époque des Grandes Découvertes (Londres, 1987).
a n11nhª . ra
Pos1çi' • o, ver S u6I.a 1 unany·
i.
. .ca/·
1
Lopes, História... , texto, 27; tradução, 25.
o uº Cerca 1111 J>oltt1
d o problem ' ..' .subs·
a ddcrc
46 47
.
Irnpe,rios em Concor Perspectivas indianas da presença portuguesa na Ásia, 15 00-1700
rAenci.a: Histórias eonectadas nos Séculos XVI e XVII
«
no final do século O Yueh-shan ts'ung-t'an adianta por exemplo o seguinte: Os portu
XVI na bra comp r r c i nç s com mais de 1 o
escreve que os aut
ores daque1es temp
º sobre Musta fa 'Ali (1 541-1600),
• gueses secretamente procuraram r a a
d 100 dinheiros.
a
Asia. A.'spects
. a rly i ?00 o n ), 268. St11dies, vol. 10 (1994): 24-43.
zn f list.01y ng _11nages of the pürt ,
L�guese», i11 R. Pt ak, ed. Port11g11ese
and Lcono111ic 51
! listo,)' (l.'.SLug
arda, 1987): 147. ,
50
Impérios em Concorrên Perspectivas indianas da presença portuguesa na Ásia, 1500-1700
cia·. Hz'st,orza
.s Conectadas nos Séculos XV
I e XVII
um conj.unto mst.
rutivo de contrastes reiro, e mais ainda quando recebeu notícias de Thatta de que «se
qu isesse ir o p odia fazer» . Couto é bastante exp ícito acerca da
l
P ecti"vas - ' mostrando que as duas pers-
a das crónicas
.
uma mter-re1ação mais
persas e a dae s fOntes
portuguesas - têm n atureza da pressão que Rolim enfrentou. «E como os soldados da
complexa do que a1g
Índia são muito soltos, e livres, davam de noite g des matracas
ran
uma v ez fora pensado.
ao Capitão mor; e as voltas de
muitas pa avras desordenadas lhe
l
1.º Ca. so· Os·znd
na década de 1550
s· O pnme1 ..
ro destes incidente chamavam fraco, pusillanime, e que e medo n vi v t an a
ão nga a am h
estas e outras cousas, que lhe
m?, na foz do rio In s ocorreu no p orto de Thatta no offensa; e tantas vezes lhe disseram
selho a alguém,
.
mais imp ortant
do, que no se, cu1o
. xvr eram um dos portos deo a desconfiança de maneira, que sem tomar con
es no comer , c10 e fizessem pe l u s. C om este recado
_ mandou dizer pellas fostas qu
o ro
Os portugueses tinh e xt ern0 d0 subc
ontinente indiano,
am rel aç es
co m rci ais co m Thatta desde pelo se alvoroçaram os soldados, e
começaram a guarnecer os seus arca
menos_ a segu ? e
nda década do secu nto mandou o Capitão
(es. pecialmente a par lo xvr ' e
contm
·
· uavam a comerciar· J'a buzes, e alimpar as suas armas; e entre ta
tir da base de Orm
uz) sempre que as precán as m or com muita dissimu ação
l comprar mantimentos à Cidade, de
e m certas co
nd"1ções políticas no . » 44
,. .
po1It1cas resu1tavam 5m d o perm1· t1· am. Estas incertezas que proveo a Armada bastantemente.
ota fora enviada de G oa
, em espec1- al' de A versão de Couto é, assim, c ara: a fr
l
arghuns e os umª 1uta entre clãs rivais - os
tarkhans _ a, os soldados pressio
Em meados da el o cont rolo
do B aixo Si nd para ajudar Thatta mas, a o ser aí mal recebid
déc. ad/de 1 550, as · ar um at que a os seus aliados osten
naram o capitão-mor a prepar
a
em. particular
o crornsta en·10g fo ntes, o t·1c1· a ·1s portuguesas - e imentos eram suficientes,
, a :- m
Asz · formam-nos de o do C outo
na s ua Década Sétima da sivos. Assegurando -se de que os mant
q ue de surpresa, dep oi s de
.
pnnc1pal do Reyn u m �taque p
ortuguês à «cida e de Ta ntá, Rolim acabou por decidir inf igirl o ata
d que «era necessário castigar
pela grossi"d-ao de
o' e das m
e
aio res e m . .
ais ncas do O r iente, assim convocar os capitães e de lhes dizer
seus mercadores · a qu ella affronta, e destruirem
por ella a Cidade ». Couto exage
1eza de suas me ' como pelas lou.ça inhas e subn-
o dos danos; n as suas p a avras «foram
c l
anicas em
todos, ti. rand° os que procediam, rará, sem dúvida, a extensã
.
Chms») · -12 De aco e faz1am vantagem a Cidade, e mettendo á espada toda a cousa
os nossos entrando na
de 155 6' 0 gover · s· O com C ouro, no fi na
rd l do ano aes; e como não tiveram em
um emba. ixªdor
nante do Ba1x o md ' M' .
irza ' I sa Tarkhan, enviara
. viva que achavam, até os brutos anim
o C apitão m or que saqueassem
Goa, pedmd0 aJ.u
ao g ove rna
dor p o nu que executar a sua fúria, mandou
da contra O s. eu . g ues Francisco B arreto , em
A
v'
, , com a chegada de Feve- género de morte, que se pos
2 Diogo , -C-
" So do
4
ouro Da Ásr.
bre Ro
lim
a, Década Sétin
1ª' r ed,çfo .
(a partir daqui A também Arqu c , l.isboa (1974), v11/I, 233 pane 275.
"" Couto, Década Sétima,
1,
iv;s Nac1on_a1s/
N;rt ), C Torre do Tombo, Lisboa
�atada de I Março de 1 orpo Cron oló g•ico (,1 partir 277 -280.
daqui CC), 1-105-1O 1. , carr�
45 Ibid.,
conde do Rcdo 562, nomean
ne1 o. do-o um dos . et
e, ven
, tu:11s
. sucessores do v1cc-r ' 53
presença portuguesa na Ásia, J 5 00-1700
Perspectivas indianas da
1mpérios em eoncorr
ência.. H.zsto,na
. s eonectadas nos
Séculos XVI e XVII oa por Mirza 'Isa.
Igualmente, 0 que
sobre a embaixada enviada a G rca das pressões internas e dissen
os conta ace
O relato de e outo
p ode ser c o mp ar d · s
ica não surpreende, nada n Uma secção ligeiramente mais à frente do
l,ocais em persa q a o c om duas c rón · ortuguesa.
e se ocup am s · sõe s na f orç a p iantes firangi s tinh am
uando os comerc
·
- z· ahz�rí, uma dO m d nes se p
. erí od o . A p n l to nf rm a-n os que «q ava fora
seu ido que o rei do p aís est
rne1ra
h istóna de Th
atta q ue v ai desde e
sses andarJ, e sab
e a Târfkh-
te mpos até L h i B
o
a
i
[
r.'A
cados da ques t
do
rarem «t erem
o estes
guês não é p ortanto
o
totalmente ab
as
ode ser vi sto como um
m
utro lado,
os
.
Heg1 ra [1565 d ataque dos «f't rangis» a Thatta: <<.
i
ano de 973
sol
, p r ue faz do saque
C e�. A descriç ão q
rr . . ' p erto d O f'1m da sua vida, M1rz a dos po �tugues
o
'Isa 1 arkhan se gi
o
l is aterradora do que a do texto
uto
ap
o
. gurn simples
c om o s . e v el, ainda ma
uhammad B a q i na direcç
eu ]filho M
sta
. da cidade é, te a má-fé
ão
se apr·ox1m . a m n
ssí
av am da cidade d e Durb e a,
o
c
e
u ma depen
dênci·a de
B . p ersa, e mo stra embaixada que os
tarkhan s teriam
. h o relato d a
e
k
, . ' ah. mud Khan, tendo fortaleci do1 a
k
la r
suª posiç ão M q . M a rec er a fo rma
' env1· ou o exer rir em o at el e aj ud a a escla
soa pl ausív
a ar
ora
s
cno Go incidente
ue
d�rramado sa ti
ng e qu'ando, de ao seu encontro [· ... ]. A inda não f te
a
enviado an são ap re sen
tadas as orig ens do
m
a
pente, chegaram notícias de ThatUl c
a
d.1zendo que
bastante estranh bordinado s
s
nt m o sedent o s de p h agem
e de
c
ntento · Est a mforma ção fez q
·
a
o Mir za des
istisse da
s u d'1sput · D . · , -as directam pr e sentados com
s
e
, ·0
e
q mente que a p ersp ectiva adaptada
e
nos soldado s -
il
do Khan, r
apidai11 e nt
ª e1xan dO O pais sob O do t111D1
e , sugere clara
o a
e .
ã
m b p lo
ue
chega' r, os f'1rang1' · arcot1 e p J'a x m fonte s p ortuguesas
a
ap roximava.» dei xa 1arn . za se pre cisa de ser red algo problemáuca persiste entre os dois relato s
46 - ' ao OLtvirem que. o M ir
NOtemos emao o
s pomo s de , . . Uma contradiçã do ataque. A fonte p ortuguesa, a crónica de
e
o
. no rsa situa o acontecimento em
relato e o d
e co111c 1dênc ·
1 ª e d tvergência en tre este e diz respei e a f onte pe
- C uto. Em
pri. meiro 1uga 56- 15 57,
o a
15 em
to a
descri·ç ao de «fo a C outo, sugere a Tarld2.4n Nâma, completada
go e matanç » 6, r' ]1 ª- a 1 guma convergência n·- eira fonte,
o
m te rc Th tt wi,
dem es da ci a . esl 1565. Exi ste ad ibn Sayyid Jam
. , dade qu -, .' em com O na descrição dos r d M ir M uha n_11n
M1 rza 'I.sa e refe• · e se . refu. g1ara'111 nun1 c
a
m den te da linhag em
a a
1654-1655 p or u
u al
. . alth, um descen
nda nos d 10 s c ª mesq uita.A ausêncit11a ªde' uhamrn ad S
e rto
M z M p eríodo .47
u m c-1'tente
e apologistª t . reh ' to · o ntud M uha111 às orden s de bedâr) de Tha a ne sse
tt
arkha' n, man té -. , o, Tahir ve rn ador (sú
a
g
ir
. tarkhan qu
e f i
m se notori am ente calad 0
s
o o
P··1r··1 0 te to ,
khân Nâma, ed. Husa
mudd in Rashidi (Hydc
Ra lll,1-t Thatt,1 x -m
,
ver S· . d
al ., . . ,1yy1Tâ Ta h.. hammad ., ·, ,:'
. ". °'. .1. h"u"w,,. ./a,,/;JJ.
Tar _ vol. 1, 324 .
(H y d
crabad fSin d , a:úf b1 1 _rfk..k-, M� n, History of !ndia,
<(,
i,
u h
1d i,;, , N" Y ,11 Mir M uhammad
�hat taw
], 1965); Eli1 ot e Dowso
964), rabad
J. Dowsoo, Th, , 1 1 "f /o, 1; 1 l5, u.,d,,ção d <l. _N,b olhk H M. E!liot e
, h,h Kh"º u,i,ch [Sin d
54
re•ncza. .· Historz
Impérios em Concor na Ásia, 1500-1700
. .as Conectadas Perspectivas indianas da presença portuguesa
nos Sécu los XVI e XVII
·
A crónica volta
a regi. star a
. portugueses. Todavia, para preservar a continuidade com o nosso
Tahir Muhammªd·
e )
s mesmas p g s, \
circunStan primei ro estudo de caso, vou começar pelas f ont
- c1as que Couto e
')
'Isa Ta kh s br
· e m ataq
es ortu uesa
d Antóni o /
a
)
ue desf erido p or M irza
...,
nomeadame
e Bhakkar, primei ra das quais é o Livro do Estado da Índia Oriental e
nt
Mahm�d � g�u na at tu ra so b 0
d omínio do sultão Bocarro, que, sendo mais uma espécie e g z d q ma crónica,
n. E ste s
1554 ou ·m1,c�10 d acontec1· ment os
d a eta o ue u
t or da Dé
e 1555, m , i· tuam -se n o f inal d e é, não obstante, obra de um cronista ocasiona (
l e au
ais prox1· mo das os após
cada XIII da História da Índia). Escrevendo cerca e três an
s
das de 'T'
1 ah'1r Muhamm datas de Couto do que
d
ad. «Nest : «N st m deixo e
Muhammad , che to [�screv e Sayyid Mir a queda de H ughli, B ocarra tem isto a
diz
] g a
e eo
m inform
e m omen er e
s q , p muitas e
de Lahori Bandar ações de q
ue os f irang 1s · h arn passo pela grande enseada de B engala e rio G ange
r a
· , que vm
or
em aux1
ue
'l'10 de Mi' rza randezas
c1'dade de Thatt
. a desproteg1da' . 'Isa T a kh an, encontrand o a grandes bocas, entra neste mar, que f oi theatro de mu itas g
em umilde
s1onaram 0s seu a saquearam, ª que os portuguezes nel la possuirão, chegando alguns e b h
r
s hªbI· tant ·mcend1a . ram e apn· -
d
es. O M' . p iã o igu alar a
sultão Mah
mud' e �
irza aceuo
u então a p rop o sta do nascimento a possuírem larguíssimas terras que se
o d
paz foi assin om sumptuozas
Thatta e a prosse
guir 0 seu gov
ada, apressand
o-se a regressar a grandes reinos . Ouv e nellas cidades p opulozas, c
d g v dos portuguezes
Esta é entao - uma vers-ao erno.» Igrejas, tudo acabou com o pouco me do o o erno
que, conf ormes a lles, c oncitou a
sugere uma dat o que, j unto c om o s vícios e partes
a para meados sendo mais . próxim
a da de Cou to,
e
curar extinguir ,
para 1556-1557)
' e que mequ . a de, cada d
e 1550 (mesm o que não tirania e cobiça dos reis mouros e gentios para os pro
mada nem braço
d
pr•oposta de a, l·1_
ança entr
ivocamente a'p
oia · a h'1pótese de urna como f iserão particularmente não tendo f ortaleza ar
def ender [...J. »
tres crónic
e os por
tugueses de Sua Magestade que os pudece governar, emparar
49
as' nao en t ar I<:.han s. A ssi. m, ern
e
contramos do . av oritas da época p ara
uni. dos co i· s autores 9ue O cronista recorre assim às explicações f
e o s
ntra a• ver escreveram em persa
A leuu. ra - portugue
sa . compreender porque é que os mogóis expu ls m os portugueses de
si muI tan . • , s
sao
_ ea das tres s un u m qu a d ro v a n ad o.
ara
a ganância e ti rania
Sm f ontes esc 1ar H ughli: a imoralidade e delitos dos portugueses e
m
. d, algo que n
a
forma de c r , . .
r
nas . dos ago, st·
P ormenor, ben1 111h os ref-·er onica o f'1cta I . As Cf. António Bocarro, O Livro das Plan tas de toda s as fortalezas, cidades
como ª su em-se . . 3 v ls ., ed. Isabel Cid (Lisboa, 1992),
bseque n, te . �o tnc1demc com algum
1
lad0 mogol q
o
ue sa- o, se p , M as sobre Bocarro , Charles R.
li Hist ória
oss1vel, aind exis. tem ig is
da
. ualmen fontes do i s ge
XI
de Lima Felner, 2 vols. (1876), e para comentárBarros, Couto and Bocarr o», Boletim
r Déca da
te o ra
a- mais det- li Boxcr, «Thrcc hisrorians of Portuguese Asia -
. ª 1ao as do q ue as dos. 8); e Boxer, «António Bocarro and rhc
�A N/TI M anusc . do Instituto Português de Hongkong, vol.inI B(194
i
, bh a. .Ver igL
tin nros d·1· L·1vr·1 xcr,
5 e astião 1'..i In. 1cnte. O cxtcns ' n··1, 11· 1699, fl s. 34_ . ' ivro do Estado da Índia Oriental'»,
L Portuguese Conquest and Commerce
os. -
o
in SouthemAsia. 1500-1750 (Lon dres ,
Manrzque' cc , j . Luís s·11o, e. l'l'\• vc,rcj ade ·1. 1 go ma 54, para uma cró111ca ag
0
1985 ).
vc1r.a, 2 vob ··
�-1 dor, relato in Jlinerán
· Je
, (Lisbo·1'' , 194 o
57
6), vol. 11, 337-354.
56
portuguesa na Ásia, 1500-1700
Impérios em Concorrência·. H.lStor
, zas
Perspectivas indianas da presença
. Conectadas nos Séculos XVI e XVII
dos habita ntes, à
b ai xas rendas. Algu ns
procede dos nossos portugueses p a poderaram os europeus por
nhos, os eu peus infectaram
orq ue sendo este R ei M ogor filho
força, e outros com a esperança de ga
ro
segundo ou terceiro e levae ntandose · o contra seu Pay haverá e enviaram-nos em navios para
sette O u oito annos e
co o R e m com os seus ensinamentos nazarenos, aram às t erras q u e
posto m c m po lhe deu batalha na q ual foi odiosas não s e confin
·
58
rtuguesa na Ás ia, 1500-1700
nas da presença po
Pe rspectivas india
ce-
Império s em Conco rrência: Histórias Conectadas no s Século s XVI e XVII cordo com o vi
25 de Junh°
. ares ac1. rna c·t 1 ada · De a
como as da carta
de L.111h Hughli durou de
rc o d e
gli, -rei do Estado da India,
, 0 ce
o ano, le
vando à morte de
firangis tinham formado um estabelecimento comercial em H u o bro d o rn e srn nde grupo
a vinte kos de Rajmahal em Bengal a [...]. C om o corre r do
te m p de 1632 a 29 de S etem nsporte para Agra de um gra
tra ueses em
excederam o sofrimento que tinham obtido. Vexaram os muç e
ul muitos. .portu. gueses e ao . au. vas do nm , 11ero de portug. m
t i m L. hares
man os da vizinhança, e assediaram os viajantes, e procuraram semp
r de pn s 1 0neiros. A s es ri. queza di'feren1 das de Lahon; ezes co
gu
Hughli e do v.alo. r da s-ua [. . .) mais que duzentos Portu vi. ce-rei·
•
tª J
de a
s i mp e ria l p ossu i, a to erva
crianç as de tenra idade, ficavam co m as crianças e as proprieda e ser obs bsta, culos.
A mesma tendencia pod óri as contra o
A
-nas s. ua s vit
se� cargo, e fossem estas crianças saiyids ou brahmans, t ornavam ern a s
gueses do sec , ulo XV_1 descrev
cnstãs e e scravas (mamluk). »52
M as depois disto Khafi Khan prossegu e d izen do ( n ão s� m
de.
de improvável magnit� de, cad de 1630, ao contrário
na _a.
N o caso de H ughh nte ªsiática que nos dá O deta exp1·icand
do de Thatta
lhe, o relato a
· ·°
algum espanto) _que «apesar da notoriedade desta prátic a tirânica, o
na década de 1550,- e, a f r, colocand os e111 context °- oe .
mu_ çulmanos e hmdus de todas as tribos foram para os seus estabe a nrama
P ar e passo da acçao
mi·1·ita
sa 1 ie
· n tan1 0 capricho e
lecimentos em busca de ganha-pão e ficaram a í a morar»! O relat� s
ntes portug _ es suficientes para o ataqu e, ta
ue sa l
atta ª não
h a motivação. As fo
de Khafi Khan inclui uma breve descrição do ce rc o de H u gh rn .ra z o
, . s, como se fOsse. bui O ataque portugues a Th . am
A
, os,
eu dos mogo1
em 1632, que se segue às passagens citadas atrás. Lah ori, por s ..
h-i. Ta m atn . N OS dOI·s casos que examm
Ah .
como o Târfk
lado, detém-se no cerco, referindo os generais enviados por Qasim
.
� f'irangis. se pos1c10nam
mais que cupidez dos , se complernenta' rn como i. s de termos
Khan,_ as estradas qu e tomaram e a natureza precisa das operaç?;s na - o so ' mesmo depo
de mmagem da muralha da cidade. Escreve: «Por vezes os infleis Portanto' as f.ontes
numa relação mvers
a . E � m ª ,
rn b .
o s os casos
arnos f orç ad os ª . « d
.
eixar
lutaram, por vezes deram indícios de querer a paz, fazendo tem po . an te s dispon
1veis. , continu factores e mouvos que
exammado as f ita», para os
na es perança de receberem socorro das suas gentes.» Toda a operação os· sa escr
espaços em branco na n
durou, na sua versão, três meses e meio (de 20 de J unho a 1O de
permanecem ocultos.
Outubro de 1632), no final da qual os «guerreiros do I slão» provo
ro
ca �am um buraco n a mural ha da cidade e entraram, levando quat
mil e quatrocentos cristãos prisioneiros e libertando dez mil escravos
(não-cristãos ?). A mortalidade dentro da cidade durante o cerco Conclusão
é por ele estimada . em dez mil, e as embarcações capturadas em . , u. cas e europeias (e em especial
s a sia . urna
s essenta e quatr� �mgas (barcos de rio), cinqu enta e seis ghurâbs, e as f?nte roblema tem
A comparação entre nico acontecimento ou p
ra um ú
quase duzentos 1aliyas (pequenos navios). as portuguesas) pa
nka, K. W.
O relato de Lahori encontra poucos paralelos nas fomes asiá: 9
bre o Srí La
5), 46 - 1 29·' so 1 6 58 (Amesterdão,
. 3
eylon, ]638
e for d,
Relatwn (
Wat 1
ncas da altu ra. _A tomada de O rmuz em 1622, por exem plo, ters in Ang lo -Po rtuguese
· s
t
u, ch Power in C o quase ..,- coevo masnawf .
de
ns { D
da , o undatw
s F o z,
raramente descrita com algu ma profund idade nas fontes safávi d ena, ..,,.h,e e da d e On nu Im am Qu h. K 11an
ewar ª· ida
Goo te, sobre a q gene,raI saf'v
n 1, u
o
e - s �onte s cingale sas ac� rc a das campanhas an ti portuguesas d 1958). Mas ver igua lm<:_n a, acer ca dos feitos do ondres. , o n en cal ' 'and I n dia Office
. Na m y, L d.m1,.
�
raJa Si_nh� de K andy s ão igualmen te es parsas.53 M as a narrat iva
d_ e .
Q ad n. SI11ra z1,. Ja1 -a.n
d o na British
L .b
i r a r
V er cam ber ; n Michele Bernar
t 1 ( er 1 62 2) .n f, thnâme kep
co n tr a
' P ·
1a n) . t .
m t1,e
O texto p ode ser en Manu scn . .pt 80 s
Laho n nao concorda com as descrições europeias do ce rco, tai
s
Collectíon s, Ad diri o n al w
1e Por gu cs nu ma co
e (10 3 / t . r . ª
. n feren c1a sob e J
ª r· o ran an d the
est o f J aru 11 by t l d o 2).
«The Con q ta 200
cn.a», resen de
u
de _Serembro
Estcnse Libra ry of_ Mod (S0;� Lon dres, 4-7 ac11na.
ge
51 Kl afi Khan, Muntakhab al-Lubâb, in Elliot e Dowson, History of Jndi ,
a World in the Safavid A r· ·es en . a'da, 11a' not
a 50
; 54 Cf. a car ta de L.mha
vol. VII, _II.
si Para o. caso de Ormuz, ver os comcmfü·ios de e. R. 13oxcr in «Anglo 61
ap-
-Ponuguese nvalry m the Pcrsian Gulf, 1615-1635», in Edgar Prestage, ed., Ch
60
, ·a, 1500 1700
uesa na Asi
presença portug
Perspectivas indianas da
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII nto à costa da
hol nde fu n dar um reino j u
uma seita messiânica
- 1 \- /
a sa
história própria. Admiramos a enorme, ainda que imperfeita, tarefa Austrália acidenta1. . p nço sa nao; _,
. e e possi
velmente re su
.--
levada a ca bo por Elliot e Dowson no s écu lo x1x, ou a de David Ao terminar esta ana,1ise brev O m o do com o d evem ser
Lopes, cujas notas ao Tuhfat al-Mujâhidfn se ocupam essencialmente posso oferecer conel.us o- es gerai.s sobr e tu g uese s. Li m .
. ·ito-me,
,. s ao p o
usadas as fontes asiaucas relau va ecem s·m
r
te mfor-
s
de tal comparação. Com o tempo, contudo, a percepção do estatuto 1 ultaneamen
fo rn
epistemológico destes conjuntos de fomes em relação un s aos outros todavia, a afirmar que estas f-Ontes o, que complem
entam de
também mudou. Já não podemos te r a certeza, como Lopes, de que ª mação mundana e um a v·isa o do m
p
u
or
n
t
d
uguesas
(ou holandesas ou
e
fome europeia é geralmente «verdadeira », e de que a asiática também forma substancial o que as font . a, dicionais nem sempre
s
62
Impérios em Con
co
. rre,nn.a·· Hzs. t'orz
as Conect.ad.as no
s Séculos XVI e
XVII
de «raptarem ra
pazes e rapan.
da cost m ª · '
diana». 56 Este
gas e vendê -1os
escnt· or no
com o escravos nas ilhas
os ponugueses . tae que, na altura
só podiam sob
reviver. graças do seu relat o,
ter es.te.nd1"d0
a sua protec a o «monarca inglês
de on . gm al'd ção ao re1 po
I a de - v
ai rtugues», e - num coque
A
Introdução
1
Para uma análise destes e de outros textos, ver Saiyid Achar Abbas Rizvi, Reli
·M1rz
56
' a She1·/{/1 J' tcsa
na/1y m Persian' o/ a vist't m udd.111, The Wonders· o/· V.Z
gious and Intellectual History ofthe Muslims in Ak�ar's Reign, 1_556-!605 (with special
to France an reference to Abu'! Faz/) (Nova Deli, 1975); Khaliq Ahmad N1zam1, Of Hist01y and
2001 ), 23-25 . d Bri·t.am tn ayet/ bein"o th. e Memoir
1
1765' trad. Ka1sc . , oriCJi-
º l-Iistorians of Medieval India (Nova Deli, 1983), 141-160, 224-244. Para as crónicas
r Haq (Lecds,
64 65
Os cronistas europeus e os mogóis
Impérios em eoncorr'enc.za·
· . Hzsto
,rzas
. Conectadas nos Sécu
los XVI e XVII
porrugue,ses no ultramar, seja no
recent es confirmaram a ex1.s tenc1 . ª im_en sa pr,od�ção rel �tiva aos ia O uso e a reflexão
gra'ficº o semelh ante a d e um rena scime
A •
n, t o h'iston· o-·
_ ca e, acima de tudo, na As .
na mesma época ' · . �rasil, , e'.n Afn uesas para a história da ép oca
agora demonstrado . nos dommios safav1das; 2 e foi
stemauca sobre as .fonte_s portug finados a um
conelus1v amen te que , n � e permanecem con
domínios otoinan s «o rei ess e mesmo século, nos 1oder�a ?º Sul da Asia am da hoi
: � no de Mu rad I II · · resses, p õ es e perspec
g_ru po h�itado de historiadores, de inte
ers uas
de e xplosão h iston ogra,fic . assis u·u a uma espécie
a ».3 C ur1·osamen t h res portu gueses aca ba
m por
o 1h armos para O
x t
e ? mesmo é v erdade se tivas vanadas. Os própr ios istoriado dar uma «expansão
. m? ocidental d E amente para estu
e re
No século xv portu �al Já �, uras , :a , ª Penín sula Ibérica. usar estas fon�e� quase exclu�i:
tinha mu it s cro . antêm-se assim reféns d e um
cronista oficiª '1 d O rem F rnstas, como o primeiro portu?uesa» ng1damente definida M xx. Ain da
o, ern ão Lop metade do s éculo
muito esm dado sueesso G es e ( · 1380-e. 1460) ou o seu paradign:a apresentado na primeira os exóticos no
omes Eanes de urara e( . 1410-1474), icações para term
que ocasionalmente procurem expl
r
mas ao lado desta pr o du
ção modesta' a d0 se, cZulo Rodolfo Dalgado, apenas uma
verdadeira alteraçao _ . XVI representa uma Glossário Luso-Asiático de Sebastião m
e1n termos d e ontes portuguesas pode
m agmt ud e · 4 N- u de que as f
. ao e, por acaso qu e quena minoria se apercebe
e
num estudo des c q
, te corpo de fontes se iá
ma história que é tão
� as ti a ua nto
pais da Europa, exc defen dia que « nenh u m outro ser usad as para esclarecer u
h 1.sto, nc
. , ept0 a Ita,b.a e a Esp h ção lg e xag erada prestada à
portuguesa. 7 Por outro lado, a aten
a o
an a prod u zi· ram tratados
os co ,nparav e1.s
em n úmero e e_ . .' cureceu o facto de que muito do
cados em Portugal .dur m ong mal idade a este s publi- produção historiográfica italiana obs
an te as d uas u 'l t1mas g raç nesse período vinha, na verdade
Alguns destes escntos � oes - do século xvr».s que era novo e inovador na Europa ada a figuras com�
eram c rónicas
dos reis de portug al , como a atenção dedic
famosa Crón.zca do dos ibéricos.8 Se compararmos a
Fel·zczss, zm
· o Rei D Manuel ,· 540) e Paolo G iov io (1483/1486-
que segue Os textos
an t eno· res de G · . ' de Dami· ão de Go1s, Fran cesco Guicc iardini (1483-1 iadores como Francisco
e d e Rui de p· rcia d e Re s e nd e (147 0-1536) 2 glig ênc i rela t iva de histor
na �( - 1460-c. 15 22) s� -155 ) com a ne a
do (fora de um
D. M anuel, �. II bre o ant,ece ss, or im . .
ediato de ara ou Gonza
lo Fernán dez de Ovie
reendi dos.
9
Joao · 6 Mas d,evemos i.g ual L óp e z d e Gó m
um pouco surp
ment e ter em conta s), fic m os
restrito grupo de especialista
a
uando passamos dos
. . aior grau , q
mais 11nportantes
, ver Abu '] Fazl, Akbar O mesmo acontece , ainda em m
(N ova Deli, 198 . hn Nam, a, 3 vols tr d H B ced;çi o gueses.
4 vols., rcedi o
- 9),Jo Briggs trad . o h ;!, �f j, · m,;dge, , Jndta, cronistas espanhóis para os portu rtug uesas n ão
ç Dd;, 19,9)' /J,� al t ry of t , R,,, omedan Power m fontes narra tivas po
,l.Nº�
,,,d. Gco,gc ; · · Ran kmg W H ' -Qadir B·lda· y u �, M untakhab al-Tawârikh, O uso e a apreciação das entes. Os h toriadores da
is
reediç'io (Nov'.1 Deli, L
. owc e T. W H ig � m utros contin
, 3 vols. (Calcut.i, 1884-1925); s,ão m u ito melhores nos o
2 V 1990). . p or satisfeitos
com a utilização de
er olch A. Q uinn, Histor . l rz. m . Asia, por e xemplo, têm - s d ado
lares por tuguesas para
e
logy, zmit;t�on, and legitima . Sa lla W t g dur g the rei n o suítas e secu
g f Shah :4bbas: Jdeo- traduçõe s medíocres de fontes je
J
C1 o ncll H. Fl�isc hcr, 1u:� favui chronicl:t ('S alt L a k e City, 2 009). rids e os M
ing, a história da t
ecno
1 : caucrat a d I . , M z ffa
. stor a M ustafa Alz (Prin c eton , 1986)n ntellectual m the Olloman Lmpire: 7he
a
H observar os mogóis os u
do Novo M undo
. Com
mtercsse enorm, e pe,la doc , , 242. O me,·Jmo auto.1
acrescent que «o logia ou a expansão das cu
lturas agrícolas
meno rcl·,it1v,1m · . um cn ta çao � de acon
r im . ' a
l ecido J ean
Aubin - não e sq ue çamos
. cnt, e gc , . os p·1rccc ter s1'd o um 1·cno- fa
, . 1s v, ncraliz.,idot no. u I til., no q uancl do secu
cc cnt
:,' . ' algu mas excepções , c o o
.ç ões mais· ge1a
om
cr amb ém I O xv 1». J >,ir.i cons 1 der a-
mt roductwn to th' e sourc S 1ra1y 1 J-,.1roq I1 .
es (C,ain bn.dg'c 1·999 1 , App roachm<> Ottoman H1.story: A 11
t
eds. Chronique de Cumee , ( ' · I ara Zu I..,ll.a, ve r Léoi1 B'ourdon e ]>"ºbcn Ri· c;ird' a d Eric C o , ond são analis ados e
' Dac·ir, 1960). A rcI _ Cf. a obra
gigan t ente 319-321
os que cscr. • ação cn tre cstcs · e spec ial m
e e
· cve m , autores e 1),
8 esc
do
I'
Book 2 (C lic�go, 1977) 1 ª º m g o f E u ro pe · "
· volume JJ ' A C'entury o/ Wonder,
citado é o a rquiopositor de
w is Hanke,
3 vols. (Cidade des� a s q uestões ,
rio e L m ui a
6 , .
' 38 · cds. Ag ust ín Milla res C a
l. 1, xv111-
��1) _cl arifica
e t s
1ü11 ej e P111a, Crômc . an ke (vo dos cron istas .
a de º D. joao A valiosa introdução de H div erg
sições soc1a1s
. el- l\et - II, cd. Albcr . o .
(Coimbra, 1 ,º5 O) ,. G ar ia
es
M,m111s de C'irva' lho bem como os pontos de vista e po
ent
66
os mogóis
Os cronistas europeus e
Impérios em Concon-ência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
. O de r�ferir documentos oficiais, por
p �md ad
autor teve sem . .
re O
ra s eJa conhecida a
sua proximidade a
m uito anterior E. Denison Ross e o seu antecessor, no século XIX, vezes cit . ados ipsis. ver b is. E mb o
o da Cunh a
1. al ao governador N un . guem
o
· ,
D avid Lopes -, os dois grup os de fontes, asiáticas e p ortuguesas, certos a1tos funciona, nos, em espec d m não ofender nm ,
1 2 nh d m str o cm 'd a
não são c ol ocadas frente a fren te. 10 Este capítul o é uma c ontribuição 1
( 5 9- 5 ), Ca38 st a e a o
� º: outra opçã o se nã o
m odesta para o processo de c onstrução de uma história equilibrada, excepto nas ocas10
·- es em que nao lhe re tava uma
. d O d e uma conte
nda violenta' . Escolh.eu
em que haj a uma ab ordagem mais equitativa de diferen tes f ontes e ap01ar um t 1 .
v1ai u para
e. Por um lado,
ou ou ro a o
. . . a s ua auton.dad
perspectivas da época m oderna. O capítul o organiza-se em torno estratégia mista para nnp or . ço_ es na, Ásia não tenham .s1'do
, as p eg n na
a India, m esmo que as s
er
. ordo com Diogo
u
de três eixos. N uma primeira parte oc upa-se das exaustivas crónicas ritores. De ac
s d t ro s e sc
se dez anos, correndo
u
da Ásia produzidas pel os autores portugueses do sécul o XVI. Numa tã o extensas com o a e O
and 0 n a Índia qua
segunda parte es tuda crónicas um pouc o mais obscuras dedicadas m le
u
do Couto, «este home as cousas daque
luco, escrevendo
a um acontecimento ou a uma pers onalidade em particular - neste a m or parte de1a, ate, chegar a Ma opi-1ou em dez livros». t2 Ass1. m,
. e rec
caso, a um governador do Estado da Índia do final do sécul o XVI. Na tempo m uito d1·1·igentemente, qu teste1n unha e acresc
entar-Ihe
d p ss a l d a
ioficial aos d0-
o
terceira e última parte analisam-se as m udanças oc orridas na tradição podia utilizar a auton'da e e
. m acesso sem
es c�ib a , c o
cronística durante o século xvn, quando a importância relativa dos o cu idad oso tr ab alho do dade da testemunha
materiais narrativo s p ortugueses ac erca do s m o góis c om eç ou ª cumentos de Estado. Em re l a ç ao
-pa
. ª
o d autori
ª rucipante», os comentários de
0 u�
ª
rva d
e d o es tatuto d o « ob s e . o III d �ua História sã o relevantes:
o r
declinar em qualidade e interesse.
Castanheda no Prólo. go ao Livr ue vi de1a,
que se isso não fora
1' n d'a1 e O q nem
«O tempo que andei na 'o a quem na- o tenha visto a terra,
bem me poderão e.nganar co m nos lugares em
Couto e companhia m u na - po d ' m fazer as coisas
ia
sabia com o se pod1a o 0
que ac onteceram. » 13 •
ss e rtivo acerc
a do facto de
que
As primeiras crónicas portuguesas dedicadas à Ásia são domi m � a
Castanheda seria .parucular . em a mandei perguntar
e te
. m m l1 a casa, n
nadas p or um tríptico compos to por Fernão Lopes de Casta nhe�a «nã o soube [a sua h1sto, na . ] e m
exagerado de a1gu
e, m que
»· p at h os ·
(c. 1495-1559), J oã o d e Ba rros (14 96-1570), e G aspar Correia m
1a '
P or escrito aos que a sab,' . tormentas, com que me v1 per . '
o to da
(c. 1496-c.1567). Os dois prime iros eram autores rela tivame nte Passara por «bravas e t e rn v e is
a pretensão de t er viv id0
.
· a , b em como m-
oficiais tanto em term os de pre ocupaçõ es c omo de estilo . A crónica de vi d ardadas e es p
»
m orte e sem esperança . p l ·
1as , de b o mb
de Castanheda, História do Descobrimento e Conquista da Índia pel�s t sa s e e
t0
«mil perigos em mmto espan o
e conteúdo dO tex
- s ' m al n o tom
Portugueses, foi o primeiro destes textos a aparecer impresso, a partir gardas sem conto», enqu a dra e
r como «pa
rc o de
nt. p r ou tro auto
de 1551, e ditou o p adrã o, em muitos aspectos, para os autores em si, desagradavelmente des c o o
14 da
que se seguiram. 11 O êxito da obra medir-se -á não apenas pela sua estilo c or e inteligência». c , m, ca ,das
primeiras décadas
' f z a ro inad
carreira na impressão em Portugal mas também pelo facto de ter sido A obra de Castanheda meados do re
a o
le va p a r a alem de
traduzida nesse sécul o para francês, espanhol e itali an o, e mais tarde história m ogol, mas n-ao nos
para inglês, e de ter sido geralmente c onsiderada c om o uma fonte uarta da Ásia, ed
- . . iog o do C, outo , Década Q 4 A passagem e:
de informação sóbria e de confi ança. Mesm o que a ob ra nã o tenha - D ' ·b 233-23 · ..
---
12
Par- o t-
a - ext. o ongm al, ver (Lis oa, 1999), vol . . I, · 5 », in
nan
Cruz . , 2 vol s v J)or l ues e H tsto
tlg
sido enc omendada a Castanheda, o tom escolhido pretendia torná Maria Augusta Lima ·J. B· Harrison, «F i 196 1), 163.
.
s,
pretada' e m ' Pakistan and el')'lon . (Londr,e Conquista da
e
-la respeitavelmente semioficial. Vários estudi osos notaram qu e 0 · fe1·1zmente ma1 inter
m ·
d
C. H. Philips, ed., Histonans Of :dtHistória do D esc�bri7;;r :01. 1, 494-495.
I
13 F rnã Lo pes de Ca sta nh , de Almeida (Pmto, )
Para um estudo exemplar, Salih Ôzbaran, «An Imperial Lctter from Sül eyman ' . e o d M L o pes ]-{u· mam '·st a·nd Hz.storian
lnd1a pelos Portugueses, e · Portugue se
10
rr os:
rhe Magnificenr to D. João III Concerning Proposals for an Orroman-Portllguesc e B a
Ver também Charles R.. Boxcr,· J _
oao d
Arrnisticc», Portuguese Studies, n.0 6 ( 1990): 24-31, bem como o ca pítulo 2 of Asia (Nova Deli, 1981), 120-12�15 . rians...», 162.
w
acima. 14
Harrison, «Five Porruguese
11 Ver Ana \\1ula Menino Avelar, Fernão Lopes de Castanheda: Historiador dos
Portugueses na lndia ou Cronista do Governo de Nuno da Cunha? (Lisboa, 1997). 69
68
peus e os mogóis
Os cronistas euro
, .
Imperws em Concorrência: Histórias Conectadas nos. Seculos az!
io de Abu ') F
, XVI e XVII
mp . M as ao con trár
nca imperial adequada aos t e os
po r ser m orto ao
. . ue acabaria
.
H umayun. O s seus pnnc1p ais obJ·ecti�os geo gráficos são doi s. : nt activa, e q á
b t do Decão, Barros ter
e
de que levou uma vida as a
. Índ ia, vindo
o G uz · erate, onde os p ortu gueses tm l1am t1d0 um ·interesse interrni- r�gressar a cavalo ao N or t e da
inform ação
graç à a s
. d ntá rio. Coligiu
tente des.de O temp o do vi ce-rei D. Fran� is�� ?e A lmeida; e B engala, sido um i ndivíduo bastante
se e
3 e 1567, qu ando
serviu
, lm te entre 153
onde :7anas �xp�diç ões p ortu uesas sem iofici a , s se tinham deslocado p en v nadas
. sua função oficia l, es ecia
e e ram apro
isio
â m L isboa, ond
como feitor na Casa da Í argas que dela
e
a p artir de fma is da década e 151 O. Destes dois · po nto s, nos dois ndia
tri p u laç ões e c
e xtremos d ª e xpans.ão mo gol, C asta nh ed a c onsegue descre ver o s receb i d as as
a Ásia, terá
as frotas p ara a Índia e
.
proJ ectos e xpans·iornstas de H umay un, bem cor1;0 a sua rivalidade reg_ressavam. B arros, em b ora nu nc a tenha v
iajado para
ular ao escrit
o p elos
. m t r ia l, em p a rtic
. M a s o cronista
a e
assun ti d o a cesso a cop
c om o senhor da guerra afe gão Sher Kh,an, da Ind'i a onental, que ioso
g r ç ão na Índia
.
? und e a
.
em breve tomana o p oder n o N orte ª In dia sob o título d e Sh er p�rtugueses de p rim eira e se g
a
tos em lín guas
ais documen
r pr ocura r m
�h a S ur. O declínio do sultanato H usam Shªh'i de B engala é contado n �o se deteve aí e acab aria
p o
h inês e talve
z me smo em per
. , m c
árabe a sua narra tiva
e
com_ al gum p ormeno r' tal como a e xpediç-- ao de H umay u n contr a
o asiáticas - em especia l em a ra ap oiar
d uzidos, p
su 1 tao B ah ªdu r do G u z erate É ·i nte ressa nte ve u sa - que usaria, d ep ois
de tr a
até de form
a mais
-· f·icar q ue C astanheda t nh d a, e talvez
· .
rep rod u z pe 1O menos u ma carta escnt a _por Humayun a Nun o da n:eta-histó rica. Tal com o C
as a e
se limite à enu
m e
q ue a sua tarefa
de lm ente
sistemática, Barros não consi
. ra
fosse principa
C unha n� d,ecada de 1530, talvez o m ais anugo te xto cr edível da t g e ses , m esm o que
traba
um a só vez,
u
ehan elana mogol a sobre viv er p�m� versão europeia. 's Co rn o é ração dos «feitos» dos po r u
P retende, de
� d o . va central, o
p ara isso que tivesse sido nom
ea
q �e ast anhe da· via os mogó·is .) E o b v10 q ue encar ava o seu a vanço v el te m os a na rrati
eir o ní
.
tnunfant e no m1,c10 da década de 1530 com ª1 guma tre pidação, e lhar três registos. A um prim que é a narrativa
dos
s u a obr a,
, . i a, s rre t oda a
fi zeram aos
que encontra . va em Sher Shah («Xercansur») um contrapeso un ar ame de aç o q ue p erco e s P o rtu guez es
. uer r qu o
ante s
próprios p ortu gueses, e «a g ossível, de e lementos emba raç
a
ambiç · oe · E m rela�r·ão a' am eaça colocada pelo Islão e pela5
- s mo gó is. p que
. . mfiéis», despida, na medida d o
máo nom e , d e
sa s de t ão
•
t c o u te
er m u i ta p
s, e o u ras ar
, d de :< odios, invejas, cubiça odiam p erd
Ba rros, que nas pnme1 ras três Deca as d.a Aflª · tem relativa m ente m o os ve nc i d o s p à
. ass1 os vencedo res, co lo vm). Mas
p ouco a diz.. er sobre a política do Norte da Ind1. ª· B arros, c om o e a Jl, Li vro 3, capítu t
ros, D écad m ou ros
sabido, era O grande crom.st,a of,· ci· al da p r.imei. ra fase da e xpansão de seus meritos» (Bar
nc ontros dos
po rtu gueses co
ão de
. medida que vão ocorrend
o os e a de scriç
llltramanna portuguesa, e usou LI n1,l, paleta' r eto, n· ca di.ferente da de
d o n íve l d e narrativa, um nd u z
Castanheda · E xploremos b re vemente o co ntraste entre os dois ante s povos, obtemos um seg un de « tn ografia b
» ásica. I sto
co
para as h istórias
i e
. . .. a espéc e
. difere nç a s culturais, um vel, ou seja,
de nos volt-armos p ara C orreia ', o terceiro no nosso mp , nco m1c1a1. o terc e i ro n í
políticas com
S e C a s ta nhed a p ode s e r com p ·ara d o com O cror.n s ta m o gol -nos, quando p ossível, para entidad es
·
Niz,am al- nm AI1 mad, autor da Ttabaqat-i Akban, o para 1e 1o ó b vio
• . dos diferentes rein os,
cidad es p o r
m
t uárias e
c o ntacto. E
p ortanto ex i gido a
e em árabe , e
A
am
A
. , . _
ª quarta Década, trata-se de u
1995), 2. 5-271,· e ta, mbem Ma1·I< PIi1. 11.ips, Francesco Cu nua
e 6
.. s
rdm1: 7'he Historutrl 71
ra;t (1oronto, 1977)
.r
.
70
e o s mogóis
Os cronistas europeus
cul o XVII (publicada em 1625), e muitas vezes parece ficar a dever detalhe, observado c m im �
génuo nem cuid adoso ;
era nem in
hci
.
s
.
o
0 r i n ha que
mais a Castanheda que a J oão de Barros . cidades e fortalezas».18 C . 'lhança que pouco tm
a a o
e verosimi
r e
. ·
it d
D o grupo inicial de cronistas o terceiro é G aspar Correia, sem pretendia produzi . m e f e o
. .ip1m . a escolástica que Ca
t n heda e
_
r u s a
t 1 v ez esteJ a
cerca de 1580 tenha circu lado em f orma manuscrita e tenha sid
o ler, como o cronista . q ue a
. to' ou - comparativament - de e
d P m
usada por outros cronistas do s é cul o xvn, como Frei Lu ís de Sous
a.'7 do famoso F ernao - Men
recederam
Abu'l Fazl . e os seu , ,
es s
. gaos q p
O s historiadores recentes têm valorizado mu ito Correia, vendo ele alguns dos cronistas afe - . com
ue
i Mush taqi
duz1,ram textos
n Wâq i'at -
uma voz «subalterna» que se pode op or radicalmente aos cronistas contemporâneos , � ?ro
o a
_ da de 1 5 70) .19
mais oficiais. O próprio Correia cultivaria esta p ose, quando no (completada no mic10 da deca o goi , · s' incluindo o e, xten-so
sobre
m
prefácio ao seu livro declarava que se o cronista oficial (Barro s) Correia esc,rev e bastante , , sua derrota as maos
os
c1 · .
. uên onanam
sen s ibilidade pa ra o dramático e o pitor esc o, mas n a sua n oçã no que escreveu mas na mfl e paradox
alm en t , aba n d
s, b ªstant Barros em favor d
ª
o e
de his tória esbatiam-se as distinções de género en tre a crónica a oficiais posteriores. E ste t extua1 de
e
o alto estilo e a trad.1çao - cro ní u . estudadª JJ ose
narrativa píca ra. O seu mundo é pov oado de figuras impro váveis, com a sua
ca
,
s
C rr ·
i
ª Por começos das cousas dª India
versão mais vulga.r propoSt
a
que passam por situações bas tan te inveros ímeis. Há um desej o de
o e
>> e o e
mais lux uriantes das cores au tóct0nes. Além disso, a cronologia, ferro que depoi. s descob 1·iram
s
Sera
em Correia, é tudo menos escrupulosa e o que men os o preocupa. no tema da decadê ncia. ·
n ossos gra
ndes crom·stas.
rt
. d es di·ssu · nu1 o- es
�ç
Será pertinente opor Correia a Castanheda e Barros em termos de Chegámos ass, im ao qua s constant
os
' ,
o
enetrar d e v 'd
i · ona da
. .il d p p r a hJSt
a
ifi
o
sensibilidade. Cont udo, não podemos a ssu mir qu e o conhecimen
to talvez o ma i d · pn·n cip · a, l f nt
escn ta. 'A xvr é a e1ªboradª
s c e o e a a
de lugar de Correia é mais fiável, ou menos «imperialista» do qu_e e, à natu reza prolixa da e d o século
m e ta d
o dos se us c olegas oficia is. Pel o contrário , a su a lingu agem é provi As ia portuguesa na segunda
dencial, raiando o messiânico, e é marcada a sua nostalgia pela época
de Afons o de Albu querq ue. Po r essa razão parece-n o s bas tan te
164 . h Mush-
. . rtug ucse Hi
storians...», ui
. 0.r Shaikh Rizq Ulla
1s H arnson,«F1ve Po M us hta q 1. . p ,-Mu hal Jnd ia,
,
. . i'at-e-
desadequado defender que Correia «escreve u um relato t0talmente i? Shaikh Rizqull a
h Mushr aq 1 , Wt Life and Conditwns
':J! t mto, �1 aik� Rizqullah
secu lar da actividade portuguesa na Ásia», e ainda mais «sublin har taqui: A Source of Inf0171'!ªtl.on � .1 Deli 1993), e pa_ra ? �aq rui Hasan Siddiqi
n
e_
trad. lqtidar Husain Sidd1C)_u1: ( º��cidar 'Husain SiddiqUI tam�ém Simon Digby,
h taq , ed s. . ge ral ve r
Mushr aqi, Wâqi'ât-i Mus e ideraçã o '. · G al' ed., les
Frei Luís de Sous a, Anais de D. joão III, ed. M. Rodrigues Lapa, 2 vols. . ortant con s . Sulcans», m ·F ranço1s rim
(Rampu r, 2002). P a r� um� i 11p
t
sa d1
of·rhe Lo cherry, 200l), 243-264.
17
(Lisboa , 1951-1954). Este a uto r, cujo verdadeiro nome era Manuel de Sou o «Thc lndo-Persi an h1stonogr ra.p�Y7íim . e') Pondi
d
Coutinho (1555-16 32) era filho de Lopo de Sous a Coutinho, auto r da História S01 aces et le Temps (Sources an (
do
Primeiro Cerco de Diu, (Lisbo a, 1890), publicado pela primeira vez cm meados 73
século XVI. É provável que o pai tenha conhecido pessoalmente Correia .
72 4
e o s mogóis
Os cronistas europeus
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII to por _r�rte
. . .
, de t e ct a r,a um tom de ressentimen «oficial»,
conde da V1d1gue ir a mais
se tratava de algo
crónica Da Ásia (Décadas IV-XII) de Diogo do C outo (1542/1543- do cronista. N o e.ntanto,. quando ua h"isto' ria para apresentar os
a. s
-1616), iniciada em 1589 mas da qual foi ap en as esboç ado um plan
o
C outo adaptava. s1stemaucamente so trabalho de corte-e-costura
c u n o
geral por volta de 1595. 2º Este proj ecto destinava-se explicitam ente ª G ama à luz mais favor,ave1; e o
v eu p or ordem d
e D. Francisc
. o,
adas do Tratado dos Gama, q ue esc re 4 g nda
reviver e continuar o trab alho de B arro s, a bandonado h avia déc a · 2 Uma se u
enc1 a l'iterári
A
nis:a s u b s e rv1
do casado, q . ue
•
é um b om exemplo. da sua
'
após um acident e vascul ar c erebral que em 1567 deixou o cro d o p ç -ao da voz
,
e a a
p aralisado. A p ersonalidade de C outo e a sua ab ordagem da histó�i a característica da escnta de COut ' _ com 0 seu papel de cronist. a
o
s em
arto mente apresentados comO aut d1' 1·nspirar-se em documento.
e ntre C outo e o seu principal pa tro no , D. Fra ncisco d a G a m a, qu
em que B arros escreve quand °
�
or sublinh
ar a sua m
iStU ra
ntª fazer-se
an si o s o p _
Diogo do Couto, Da Ásia, Décadas IV-XII (Lisboa: Livraria Sam Carlos, 1974- ,arab e, p ersa ou ch'm es. C ou. to meira m· ao, te
A
20
· c1
A
e
'
m
•
pr i guns
-1975), reimpresso da edição da Régia Oficina Tipográfica, 1778-1788. Maria Aug ustª n a
. ca textual · Al. a
Lima Cr u z lidera um projecco de reedição destas Décadas, especia lmente daquelas
, mca de erud"1ç-ao e expene
u
, por uma alta au to n ' d ª d e em cn,u
. O da sua emb aixa
d
passar tambem C lav1J
de que existem versões man uscritas. Cf . o se u Diogo do Couto e a Década Ott�va · o o re l a t o d e
aos
dos do cumentos que cita, co·m ·s. M as no que se refere
da Asia, vo l . 1 (Lisboa, 1993), bem como a edição da Década Quarta citada ;ibaix
Ver Char les R. �oxer, «Diogo do �ouco (1543-16,16), c,ontroversia l c hr 0,1: í
�-
1
a Timur' era m-lh e, sem d
, vida,
u ac e ss ,1vei
sas. Por um do 1ª '
ais confu
21
, a: t t a n t e ..
' ,".,
c ler of Portuguese As1a», m R. O. W Goer t ,., ed., Iben.tt - Luera1"y and J-f ot ori
mogóis, as suas alegaçoe - s sa- o bas
Jssues: Studies in f-fonour of Harold V Livermore (Calgary, 1985): 49-66.
ão Marinho dos
António Coimbra Martins, «Sobre as Décadas que Diogo do Co u to deix? do. e si·1v a e Jo (Lisbo a, 1998);
u
l Azeve
Jose; e
22
n� M an u
inéditas», Arquivos do Centro Cultural Português, n." 3 (1971:) 272-355; cambc l us ilhos na, Í_n ae Maria A ug usta
di
14 Cf. a edição rcc.ente de .
rt, da Gama e Se ,F a recensao d
Coimbra Martins, 'Sobre a génese da obra de Couto (1569-1600): Uma c a Sant os, 7i·atado dos Feitos de y asc �
rc l ·
eta' de erros ' 469 -48I ·
b 1 caç o p 11 (20 01 )
inéd}ta», Arqui1:os do Centro Cultur�l Portt�guês n. 8 (1974): 131-174.
0
. . : . e para uma crítica desta pu ' e Além-Mar, vo 1 ·
l a
0 de d
- O primeiro trabalho s ubstancial dedicado a um membro da fa milia !0 1
3 _
Lima C z cm Anais de HtSlÓrl:a
ru
Miguel de Castanhoso, História das co�sas �1ue o muy esforçado ectpitão J?· ChristoV)� 75
da Gama fez nos Reynos de Preste Joao, Lisboa, 1564 (re1mprcssfo, L1sbo;1, 1855
74 4
s e o s mogóis
Os cronistas europeu
inaria no sé-
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
di
,
outo, que co
relato de C
a
ct_ _ � ��
tal como Correia (e até certo ponto G arcia de Orta) antes dele, culo XVI. A mamfesta mex l?� nte afega- o Bahlul Lodi (quase de
a º
eno r m cr om ,. ,
há bastantes por toda a sua . que fala dos mog01s
e
afirma que por ocasião da visita de emba ixadores mogóis a Goa nas nt O t s regi stos en1
cta m nt
desta forma. Ha, certame s estão dire
u ro e
décadas de 1580 e 1590 lhe foi dado acesso às crónicas persas d�s ortuguese
e e
· t s p nt e
nomeadamente quando os m outros e
re s es
a'ticos ou
r
p rópr ios mogóis; ou quando, em relação ao Decão, diz que coligiu
e
ct d '
1 P lO m
em causa, e s ão descnt · os onta os
nte provável �ue te
n ha
informações de 'Ali bin Yusuf 'Adil Khan, o filho do fundador da � n).. É P erfeitame c ca
Goa e Agra (ou Fatehpur S � para sustentar a sua narrauva
i a er
eStªtªis
dinasti a 'Adil Shahi de Bijapur que vivia exilado em G oa. . .. s resi. dentes na
utilizado documentos , n. os dos J·esuíta
As fantasias de Couto não aguentam um escrutínio mais meti c m o s relato ' or, e,
disp
destes contactos, bem m eios ao s eu
o
culoso. Uma comparação das listas de reis da dinastia Bahmani (e do t
o
s
com tod s e s es
trata a
corte de Akbar. Contud0, aneira como
o
das origen s dos mogóis no N orte da Índia pouca semelhan tel11 ça d n g ar_� Bijap
Ah m rtes do
Decão - e acima de tudo e certas pa
a
ser dito d
a
c?m os te�tos persas que conhecemos.25 Na sua opinião, um do . p o d ra rrendo-se
s
o mesmo
ainda que soco
e
. atenção mais extensa, e . .
filhos de T1mur, chamado 'Umar Shaikh («Haomarxac»), foi d1rec , qu tra t c m c .
u1dado,
es s obre a h'1st , a
on
o Sudeste Asiático
o
res. As se
c çõ
tamente responsável p ela presença mogol no N orte da Índia. Cout
e a
n despudoradamente de text.o
s anterio
s h n, ou da As1 , . a Central
d akh -
escre�e como , após a morte de se u pai, «Haomarxac, qu e alg d B a serao no
a
, , u
u s
de longo prazo dos mogois � o, r.ia de Chinggis Khan),
o
nomeiam por Balobo, que era moço e ficou sem nada, porque o . do uma vers a- o da' hi st , n·a a uma
s
Balobo, vendo-se deserdado, determino u servir a Mafamede e sain do . lectua! de Barros. Não s nto
o grandioso projecto
mte
B r. ros e Ca
stanheda, que t.a _
-se do� estad s qw� foram de seu pa i em traj os de calandar (que é o lªdo d em opoSiç
ao ,
se catalogaríamos Co- uto a
a
o, ou se,
e
� lá tic
pere ?rmo)� fo1 can:imhando par� as partes da India e atravesso� wd� . e
. . am na erud'1çao e no ngor · 0na1 recurso a elementas · de
c
s o s
76
Os cronistas europeus e os mogóis
Impérios em Concorre.ncia: História,•· Con ectadas
.
nos Secu
, los XVI e XVII
ação, que é assim
bastante injustas. I sto condu-lo à sua própria situ
críticas : «Lembro
tratada, num esforço de anulação de potenciais
Crónicas individuais
arga e o tempo muito
A tradição cro' nística' portuguesa , lo não inclu1a pore �1 que tive p ara escrever a maté ria muito l
h erdadª do secu de pessoas a que não
ap e nas O t ext o h1s tórico em 1 rga
xv :s t_r �1to, sem poder tomar mais, com in cita ções isso quanto
. escala. Ao l ado deste, h avia ourr os ar e trabalh ei p or
escr� t_os, normalmente � e hcit� desob edecer, mas desejei acert ,
enco endados p or um ·
m d'1víduo ou urna s estimari a, crer-se de
fam1l1a' com O propósi to de g m� fo1 possível [...]. Porem, a que sobre toda
1 n'f�car um a p erso na gem ou urna procurei alcançar pellas
J'm h a_ g��- Já referimos que O
� mi� que desejei muito fal ar verdade, a qual
ais razam tinham de
p rop �to Couto fez i sto, ao escrever mais graves testemunhas de vista, e que m
a
a h 1st 0 n a d os G am maç ões senão
a e a de u m fI d alg o
dO f'm a 1 do sé culo xvr, o aceitando i nfor
D. p .au 1 o de L'ima Pereira ai, saber e mor obriga ç ão de a falar, nã
de Goa per só
d cróni ca sobre a Á sia . Couto , escrevendo as cousas
seg uia uma tradi ção q ue ' ntÁ . ª ?ªs mais calificadas pessoas s de Chaul pello cap
itão
sua
en do lan çá-
nos do Grande A_fonso de es o
d
Albuquerque , capitã e
o
s
geral que foi das Índias nen
i° acordo dos confederados alcão ficasse a
vida) que ao Hid
ta1s em tempo l mu o
primeiro deste no , 2 vols. (Coi u poderoso rey D. Manuel º. , e o c ce
ar nellas, e cuidar qu
e as m E
taman.h as coisas' e O que os fez que com a sua força
ofensivas que costu e
_ det�rm ,m.
m am
flecha. Nota
pode nam acabar' n ão fo1· al se nao a v ito na sobre, o saco de B isnaga, sua d estreza no uso do ar co e da
poderiam conquistar
. ' gores facilmente
onde viram q ue d e s e terem _ u do , e c onformad o, p roced era serern e t écnicas militares estes mo amm ad
rn
ci ona a tenta
tiva de Mirza Muh
· a, senh or della, príncipe de , m r
t») de tomar o pode
poderosos. para destru1· r o re1 de N arsi�g nu m dia o G uzer at e e en
m «M irão Hame
mun · o �a10r poder e amoridade [...] ». Zama_ n (por ele referid o co o
desenvolvendo a te se
.
no fmal da década de 1530.
Pereira prossegue ir que,
P ereira n. ão. ,h. es1·ta em suge rir q ue O q ue estava por trás disto era
am de M agog,
dizendo logo a segu
di igem
, S trução na quaJ o fa cto de o Samudn de qu e os mogore s
a «f, sc en
e d os mf1e1s»' uma con
certo que eram de
de or
ade, era
'
não ser um muçulmano e totalmente ig
. · norada. Estes ataq
ues ao n� esmo que isto não f o sse v er d
«a q uele mons
truoso conquist dor, a
r' ·
Estad 0 da nd1a são cons1·derados tra1çoeiros · , por os portugueses cita, corno é também o ca
É
so
st
de
e context
o que faz
uma breve m
enção
no mesm
ê s
o papel,
debaixo da
mesm_a
senh or na ' t u ra [ou seJa', Humayu n]' os quizcra J. á mandar conq uistar. que escrevem per autori dad e , e
Bernar Rodn
d o
g uê s por u�.
m p o rtu nde
chapa e final, a tresladação e d a v a l á [no
_BiJ apu �], pera o
gue�, cristão -novo de Goa, q pes que
a n
pcre1. ra, Histór ue
delitos m ais tor
ia da Índ·ta... , � 44. Tnfolizmentc., h.. . dorcs modern os com er outros
)2 0
IStOna p
M anucl Ma r qu es Dua� n .e na sua introduçã ( ia p fugm co m uma mulher cas a d a , e
to hábil, ladino em
-34) têm rido a t endênc u ro r ser mui
ra
o
a
desvaloriz·ir um� v ersao muita mais prov·í;�e d33 m ; e p guesa,
os ac ont eciment os d·1 dº p or o c entre os mouros se n ão estranh e na portu
a
cronista Antón io de Castilho, no s·· e·L1 Comme t, w ' e q uente n ela
G ' a "e Cha11l no
l íng uas, prin cipalmente em
persa, e lo
· o y D. Luís de At í e ( 7 sª; do c�1- o de o
· c
anno de,1570 send v1s gere q ue a al ai nÇ
il
/ -n
·
ad
3 ) . C asnlho su ·
era apenas en,trc. 1 IJapur e Ahmadnag'1r' e que se 6··1sc.iv.i · .. . num dcs Je . O de recupc r
a
... , 168-169.
1
1
o contr ol o da costa _d e K 011 1<:111, bem corno na rehç"
. . . dos sulrõ es con
· .·'º co 1 ecnva Per ie ra, História da Índia
o r
JJ
. . do !n' oe· A teona grandi osa ti e u 1 v·1st
Shah T.'1 1imasp
· 1 a por 'o .o, u • ·. . 111·· · · a conspi· ração prop osta P 81
Pere ira, e s eguit m n nca foi apo1.1d.1 por outras provas.
80
Impérios em Conco
rrência: Histórias
Conectadas nos S
éculos XVI e XVII Os cronistas europeus e os mogóis
•
se serve o Hidalc
ão dele com O s
sua letra vm · h am tresladª ecretário nas cousa n a �oca das diferentes personagens; na crónica de Pereira, a repro
d as da escrn . s de fora, e de
co1 1 Pend" ura persa, que por ser muito
: tosa e com preensível duçao das cartas é seguida de capítulos em que 'Ali 'Adil Shah fala e
m�1s de seis, por c ' uma 1auda dela
ausa dos carac o cupav a no português exorta um conselho de guerra dos seus «capitães e principais pessoas
fetça- o, arcados a m ter es' gue sen
do todos quasi de uma
odos de mei.as de mor autoridade no reino», e depois um contra-argumento alega
que 1evam dentro luas' tem a d"f 1 erença em pontinhos damente apresentado por um nobre do Bijapur chamado Noricão,
e fora' e tam b,
do corpo de cad em n a pane per «de condição livre, muito inteiro, de grande ser e prudência», que
a letra.»34 onde v ai o aberto
Esta extensa intr fala contra um ataque aos portugueses. Estes discursos dramáticos
art
odução r ce
ª
� as traduzidas, a primeir/��a� � reprodução ipsis verbis de duas
e
nunca são apresentados como tendo o mesmo estatuto que as canas;
etembro de 15 atada e a s
70. Nestas m1ss1 egunda dat ad a de 26 de 0 cronista não se preocupa em contar ao leitor como é que lhes
as emba1x · adas respectiv v as ' q ue p e cem ter acompanhado teve acesso, e percebe-se que servem para preencher outras funções
as d RO d .
ar
0 'Adil Shah gu ngo de Moraes e retóricas, para lá da palavra escrita. Não se trata somente de um caso
eixa-se ama:ga Khwaj a Lutfullah,
e aos seus
su'bd·1tos dado mente do trata . ei:1 �ue se contrasta o discurso com a carta traduzida de uma língua
m nto aos seus navios
pe1os of1.ciais p e
e Chau1, que
os pilharam e ort ugu eses em Ormuz' D.iu asi,at1ca, pois as cartas em português que cronistas como Castanheda
e moças que a « as revolvem
todas, e todos os moços ou Couto reproduziram são abordadas de maneira muito semelhante.
cham levam a
entram filhos terra a fazer C Isto dá-nos uma pista sobre o que separa G aspar Correia do resto
de mouros ho hristãos por força ' onde
seus maços es nrados ' e su as dos cronistas: o facto de tratar a carta escrita precisamente como
cravos] abexi·ns mancebas e mulheres, e
em pan·icular[ e mouros». Js E
stes assuntos' declara, e se tivesse sido transmitida oralmente, ignorando a diferença entre
a questão
na su a ami.zade da conversa_ o fo .
com o m
r ç a da, causam muno desgaste a s du as fo rm as. Mesmo assim, a cart a traduzida de uma língua
gue�s resolve r
a tensão ·
onar.ca de Por
o t ª,
ug 1 e cabe ao vice-rei. portu-
. «�rienral» tem um lugar peculiar na crónica portuguesa, pois são
tratamento dos utr as questões
n avios m'ap·li as nos p orto
ªbordadas nas cartas são o fenos esforços óbvios para a preservação do seu cará cter exótico. No
de certos bens , de . .
s caso das missivas escritas em persa, isto envolve o recurso a formas
Sh ahr.' e o trat
cruc iais (e
m parti.cu la r' op . BIJapur; o livre trânsJtO
io) para os territórios 'Adi"l de tratamento particulares e exageradas (o vice-rei é uma vez ref� rido
Ponda e Be1ga-
amento
dos es cravos c . co_mo «o
o - que O 111o n st ã o s que f agem de Goa para mais singular, prudente e esforçado Príncipe nunca à India
aos seus, senh , narca de BIJ..a veio, como é notório em todas as p artes onde sua fama se estende»);
ores. E muito pur concorda em entregar
tra te esr as ca natural q.ue há igualmente uma textura de língua em que marcadores como o
n as com o me . perei· ra no seu comentári.o
mostras de am r a «d1s si m
u laç a- o» e corno «fin gi·das uso_ exagerado da voz passiv a e os verbos impessoais e reflexivos são
· ade», qu'an
iz
gue rra conera o d0 de fa cto o muno postos em evidência, para produzir um discurso algo elev ado
s por 'Ad"lI Shah planeava uma
sua fo rm a «erua , tugu eses · Contudo' a pre . e ar caico; finalmente, estas cartas são muitas vezes traduzidas num
» e de algum sença d estas ca nas na
do s,e culo XVI a Uti.1I.dade' p . tom qu ase bíblico, como quando o 'Adil Shah aparece a declarar:
. um con tra-ear . ois· fo rnec1a aos leit. ores
crornst'as
portugueses g u m_ enro . I �1Pl'ic · «e vejam os seus costumes antigos e vejam a sua lei, se manda tomar
de ue nao e tto às pretensões dos 0 seu a seu dono, quer sejam almas, quer fazendas».
guerra ent re as xi sti m
duas panes: a r azões reais para uma
Mas façamos u Nos finais do século XVI o texto de Pereira não era único na cate
ma pausa para goria das cróni
po refie ctir .
_ ndê nci-·a d"1P1omática na co cas individuais ou dedic adas a um assunto específi co.
d. -
· na 111cl usão desta corres-
s ao com o Ja , n st r
.uç _
ao d,a propna , , . O próprio Couto teve acesso a muitos delas e várias vezes as pilhou
· vi· mos no · cro . si.vas
eru iça· 0, confian
. ,e
� ça e compr ,
caso d� C
omet11nento
ª stan heda, um
nica. As mis
sinal crucial da
sem piedade
p ara prosseguir rapidamente a sua tarefa gigantesca.
Assim, para a sua décima primeira Década, utilizou seguramente
nesse asp cto tem u d o c 1on1
. ·sta com o Estado, e
m est'atuto ba outra fonte suplement 36
stante d"f I e renre das falas colocadas ar, até muito re centemente por publi car.
J; pcrcrr. a, História da Í
A mençã, o de ou n d,ta... , 333-
J5 334
(347), é co nfus.a,. tro e mbaixador, «u� 36
ili tares, em 1
M. ath.zas de Albuquerque a que durante mu·t i O tempo se d eu pouqu1s- pensa _dos seus s ç r vi m
honra para algu m é que
m . sinal de
e os
O z, u
sim
. a ·importanci a , se exceptuarmos u m b reve estu do feit o pel retto à capi':"ll a de
u
, .
o rm
co serviço.
'
, �/'.
A •
histon·ad or ·i esmta J osé w·icki e a1 guns comentanos de passagem por7 sempenhara a mda tão pou g resso u a
3 qu e a d o ec eu
g ravem ente e re
um con heci"do especialista em Couto' A mo , m·,o Coimbra M artins Em 1574, Alb qu � Maio de
do_ a Lisboa
p ugal_ no g�leão São Ma_teus, chega�
u er m
,°"
tiv as da as
o u a
I .. i . �l !b m m a
"'°""· p,n , qo•, �e1 A1:conclla V gnati', «V ic a e Acçocs - , de Math1as · de A u- do assun to . N as cerim ónia
s co ue foi trazi
r
, Albuquerq
e o do de
qu erqu cCapitão ' , e V1 s0-Re1 do E• stado d'1 lnd'1a» (cm d pomes), M a,e Ub,r•:"·a burgos na Ásia portugu esa , 1 58 1 158 1 1584.
n. o 15 ( 1998 ).. 13,-0 245 , n. o 7 ( 19991' 26?-J(, í ficando entre
e m e
rdeu 0
A
ando ch 1, sup
o s tam e
vanos mem
bros do nov
eg o u a Portu
gal, em 159 nte c o ntend o uma e dos feitos ue f.izeram v1t , · as q ue a1cançaram em esp1c1
. on · · a 1 dª q u e
corrupção e o regun 8, Filipe II morrera And ré F urtad o de Men,,onç,
q
i d e Japh napatao - , e
de outros e ter-lhe-ã
o : 'd a alcanç ou d0 re . a
sob detençã d eli tos, Mati a si d o ho strs.
Acusado d conquista d o se u re1 no»
o na su
a propried s de Albuquer
todas as acu
sações m a ade em que foi mantido A segunda nmade d crónica, em contraste com a cob. e r wra
s S anr o A
m bastante divers1f1cada d: p cimeira, co centr e num só ep1so, d o '
ci.am que se s entiu que o. Liberto u -s e de
n
ar
escrevesse as a tr i
observám
os, por
u m a c ,
ronic. a (prov
b ul aç õe s vividas mere· q ue é apresenta dO como O ponto alto do �:pl o vice-reinado �e
um certo avelm en ·
p róprio dese
mpe Miguel de t e escrn . a, corno M atias de A 16 uqu ei·q ue·· a defesa feit · a Pe los po rtu gu eses do porto
Lacerda),
texto é a Vida nho como soldado, defe ndendo o se
capitão e
-
e Acções.
Matias de u
Al bu q
adm ini st rador. Esse -li E
mbora se digafrequen e 1 nente que Matias de Albu�ue1·q"' "'º"'"'"' J 609.'
ue rque morreu em a verdade é que mo t c is A. Du tra, «Notas so6_1 e
-Para d'eta"lh Portu gal ' em 4 de Março
rreu ' dee1606; cf. Fran
3·-9
A Re-A><e><m cs
dcs_r, • '<da
· e mon, d' J º'ge de Albuquerque Oelho e a ureia de seusfºlh
;
I os·»' Studza,
en t "Í Thm "Ped_ição, "' Ke a n. 37 ( 97 2
1967), 135-146, Pla,·e ,n Eii oe,
,a/,eth,,n M h R . Aodrew,, Dm
0
Chaul, no Decão, co
ntra as f orças e Acções começa a segundª Pªrte com um c apítulo introdutório,
de
forte no alto do mom de Nizam Shah e a tomada do '
e em Korla, so bre seguido de outro chamadO «de com o o n �0 meli que tomou cont
nos documen
tos portugueses da Chaul , um farte con hecido .
a
época como o morro de Chau1 ·44 do seu reino com a aJU da dos mogores e as r,azões que havia para
·
O episódio é brevem
ente menci on
ado nas fomes persas da época, ele se rebelar contra o EstadO e causar a famosa guerra de Chau1 »
tant o as da co - e,
ne mogol (como aA (fólios 113v.-15v.). Devemos _ notar_ ue a palavra «rebelde» nao
as p_róprias cr kb ar Nâma de Abu '! F az!) con:0
ónicas do Decão . u sada com hg · e1rez· a ; a reto,ri ca of1cia 9 l portuguesa considera os v
nascia em par O inte resse mogol n o episódio .
a
te da sua m
á rel ação com N1zam Shahs cun·osamente, seus vassaIos, devido a uma se, ne · de
monarca de Ahmad Burhan Nizam Shah II, 0 ' · am Shªh I
nagar nesse . · Burhan N1z
o filho de Hu período . B urhan Nizam ah era
Sh
acordos tácito
. s e explícitos segund.o os qu .
ais '
sain Nizam Shah, .
na opm1ão dos portugueses, devena ter pag0 páreas a D. Manue1 ·
Vij ayanagar do iní c u m dos venced
ores d a batalha de . am Sl1ªhs não se. c ons'1de,ravam
io de 1565, a quem
é dedicado o texto masnawi Por seu lado, é ev.idente que_ os N1z
do poeta Aftabi, en ,
titu lado Târif- de maneira nenhu ma su bordm ado� ª O Estado da Ind1a.
Ao morrer Husain i Husain Shâh Bâdshâh D han. 45
em 1565, su O autor de Vida e Acçõe: exphc re resso de Burhan Niza 1;1
ak
q� e reinou pouco cedeu-lh e o se
u filho menor Murtaza, t �n l ar. O motor por . t:as
men os de um qu Shah com a política de facçoes de h a nag
remado, como des arto de sécul
o. N o in ício _do o capitao,
Mu_rtaza Nizam
creve com alg
um pormen or
António Pinto Pereira:
desse regresso
sen·a, af'mna, um certo A sad Khan' «um velh
'Adi! Shah do Bij
Shah entrou num
a liga antipor tuguesa co m da nação persa », que ·, · era em comacto com os po gueses na
J ª e5 uv
rt u
.
.
leci mento português
apur e vári o
s outro s monarca 'Ah altura do segundo cerco de Dm , em 1546 . Este Asad Khan, c ont'a-
s e a ta cou o estabe isso entrou
O c�rco é descrito
de Chaul ( ou Rew
ad an da) e m 1570-1571 . 46
-se, deci·dm · ap adn·nhar O regresso de Burhan' e para ,
com a lgum
e l em negociações co m o governador d Estado da 1 nd'ia, Manue1
? êxito portug� ês é atr he por Couto e por Pereira, e -
de Sousa Coutm · ho, com O qual teve ºduas reuniões secr�tas ª
d ta
ibuído à sua lider
a de D. Fr
anci sco Masc
ança superior, em particular as m m m e. -
a renhas. O c primeira em Chaul e a seg�nda D mão amb
e;r
a ter
la��, _é meno� el nista p ersa
co
ogio so, afir Firishta, por seu ueses, cha mad Khw Ja
um J· udeu d a confiança os pªortu�
diação de
ro
mando que os p
o a
ofic iais de gueses su bornara� umen s,
Nizam Shah com Ibra en c· ido dos seus arg
«presentes, particu . him. Coutinho acabou por ser conv .J á que d.
ortu to
A seg unda m etad larmente vinho» . eixar voltar
e do r ein . Insensatamente na opmia · ·- o dO nosso cronista'
marcada por con ado de M ur
t z Niz a m Sha h f oi ' er so como
flitos agudos com a a Burhan significava abnr · a porta «a um 1011 · · nigo tão pod o
�pós várias tent�:7a o seu irmã '
o e rival B urhan, que 'A1·I B and Shah II
s de deposição do e, o Mogor». Diz-se · que 0 gove rnador. escreveu a .
m onarca acabaria po .
)Unto � os mog
r se ref ugi_ar . ,
aux1 1 10, e at •.é mesmo
. tand o 0 seu
o1s, dando-lh de B'1dai· e.
ap ro:7e1 t_and
e Akbar um mans ( 1589-161O) ' so!1C1
ab e um jâgír. Depois, . o própno Akbar.
o a confusã
e a rivalidade entre
o criad a pel
o assassinat
a Ibrahim
'Adi! Shah li de Bippur, bem como a . · o
diferentes fa
o de Murtaz a em 1589 Akbar não preci .s essem , end o «um rei muito ª 1tiv
cções da c ava que o co nvenc
15�0-1591 co1'.1 o o»
on , ·c o rei poderoso no. mund
s
e, Burhan regressou e� e arrog .
ap oio mog
ol, para ex a nt e qu e acredJ tava ser o um
raçao mahdaw1, do tinguir o regime,
de inspi (fl. 110v). Terá imposto várias cond'iço- es a Burhan, m · U
e I o q
seu p rópri _
j n d ue
o filho I sm '
no trono p or
u m c erto
a 'il Niza m Sh h olo cado
a c 1essem o seu nome na kh v z d d Sh h 'Ab bas _ do lr·ao.
J amal Khan. É _utb , em a
dos
e
a qui que O texto
O retorno e a retomada ade poder. de Burhan c om ª ªJ uda
e O
de Vida
· A h m ad -
mogóis . o s inte rnos em
caus ara m ,med'iatamente confl'1t _
44
Como, Déca�a XI,
164-173, descreve
nagar s r de -es. A secessao
t .
' empre de acordo c om O
Chaul, mas ª autoria
.
desta pane do te res umidamente a Vida e Acço
ve res·iStenei a acuva
. tomada do Mon·o de au o
de B erar' com que ... 1111cia1 mente c oncordara' te
45
. _ _ Aftab1,
T ârif-i Husain Shâh xto é duvidos a.
A
88 89
Impérios em Con
corrência: Históri
as C onectadas nos Séc Os cronistas europeus. e o s mogóis
ulos XVI e XVII
. Se, p ublicament
e, a imagem do
sultão era a de 1 , mininos e mannh . e1r . os Os que se salvaram, tanto que a nau se foi ao
mais sob influê
ncia da facção a guem ada vez fundo e estava assenta da na vaza, recorreram Tanadar pedindo-lhe
Khan, em detrim
ento dos Hab
persa da cone,
m clumdo �· Asad ajuda para m
ª
· ar dela o que podessem, o qua 1ºmandou logo aviso a
mais complexa. ashis e dos Dak
O cronista po hnis, a reahda�e seria D. Manoe1 perei·ra' cap1tao . _ de Baçaim
cada vez mais de rtu guês sugere
que o sultão se torn ,111 [ J .»
an os, cham
pendente de u
m v elh o eunuco de Bengala de tenta Conta-se que o cap1tao . . portugues c···h egou ao 1 ocaI com outros
A
ado Fahim .
Shah, e ue pa Kh n, já proeminente sob .
of1c1a1s, · to que a proa ainda estav a v1.S 1,v el ' m�ndoau mergu-
· e vis
M u naza ;:; ain
a
q rticipara no c lhadores resgatar os 6ens que a nau tra nsportan.a. m parte da
Khan, escreve erco d e C
o cronista, ti haul em 1570-1571. /a�iin
seu dese jo nha uma ran carga desapareceu, sem dúvida às ma- os d s «casados» locais' como
esta6a1 ecer
deixar Ahma
dnagar co m g
de fortun a pessoal e serfa o própn. o cro m·sta desarmantemente admite º. . Burhan Nizam Shah
ess a fo rtuna
na H1..pz
e a1, mo r
rer uma mort in ta cta, para se . . .
envi ou um re pre sentan te p ar a e x1.g1r qu e O v alor do s b ens r e -
um plan o
de longo praz
o a crónic
e santa e om o parte de cup erad os lhe fosse devolvido e acrescentou a ameaça v elada de
o governo
das províncias r ela ta . u
costeiras do K que Fahim Khan tomo . do sobre as hortas q os portugu eses
a
fortuna estive que certos imp. ostos' me . lum , ��
nk an, d e form a que ua
de um dos p disponível em ter m os lí uid de Chaul não lhe pagavam havia anos, sen.am adic10nados à conta.
sse o
: �, 1
ortos. Fo s, p ara pode r em a r
primeiro mom i este Fahim q o
Matias de Albuquerque recusou-se a entregar o bens alegando ,
Khan que lide ro
ento do
conflito com u, p o rtanto, 0 entre outras cois . as' que os proprietários de gra �e par;, da carga
Regressando a o s portu ue �
tec1.ment
o texto d
e Vida e g ses. se tinham afogado' que outros prefen.am tratar dIrectamente com o
os, l emos Acções e à sua
mover esta g que, •As
causas que h versão dos �º n· ª Estado e que, aJe'm de tudO isto' os N1º z·a1n Shahs devi,am ao mesmo
e todos o
u erra de Ch
s 1u ares .
aul, cidad
e marítim
ouve para
º. novo Me11q·ãue, Estado tn.6utos e 1·mpostos havia já multo tempo. A' espera de uma
a do r e m o do ço . he1.ro f01. coloca' do na Santa Casa da Misencór . d1º
foram pnn . c1p
g
. a1 mente
c1rcunv1z . m. h o s su . .
i e1tos a, i.un.sd1ç Da 1 resolução, o dm ª
duas: a pri.m . º ao de Por c ga'
- u em Chaul
Mogor, em cu . i r h vê- .
i a corre res1.d. e a a 1 o assim . tratado corn 0 O mesmo incid . ente u e provavelmente ocorreu em Setem6ro
quem os capitã ira muit . os ano . a. o a
contra a vont s a bexins, e de Decanin
e s, rece oso d e seu irm ou Out ub ro de l5 2, / ;ef,rido pelo a �tor e a Sayyid 'A1·I bºm
ade dos s tinham lev i 9 � �urhân-i Ma'a ir
a esta u p ersas [...]. A ant ado po r e 'Azizullah Tabataba'1 na sua crónica enrnulad s .'"
rra foi a rav gund a cousa ue d eu ocas1a0
. '. .
g e s e
Tabataba'i, rec de os esteve primeiro ao serv 1�0 Q tb Shahs
· o e p eçasg ar-se o melique de lhe n
. he1r dos
o dm
u
q °'. m
can as mm. n. que se salvara ão ser entregue to do e depois dos N1zam shahs·' o se u trabaIh � ntmua pela década de
ca d m d e uma n
· do co� , .. ºe º
. com a' s, negociações entre 1� nd Sultan (ou Chand
rijo, que por e M eca para entrar em au sua, ue vm 1580 e termina
Chaul lhe d eu o cempo ca. 0 Bibi) de Ahmadnagar e os m ogó1.s, conclmdas a 27 Rajab 1004
q
ser conjunçã
se achar o de lu
a, á uas
p erco da cos vivas e vento escasso, , (14 Março 15 6) , em que o própn.o croms . ta p arece ter estad0
chamam A u ta , rgiu de fro g 9
presente O seu texto fo1· encomendadO Por Burhan Nizam Shªh
su
g a ç ai, ue é
de duas lé
nt e de um rio pequeno a q e
que h á Tanadar : .
q
com po g uas d a fortale z II, igualmente p at ro no do c onh e ci d0 poe ta p e rsa Nur a i- Dm
º .
rtugueses c a de B açaim, e
Os pro61emas asados e
nado, pois d o na
. a narrat. vi·o de N1z . am Sh povoação.»'" Muhammad Zuhun
.
por o tempo .Ir iva conti.nu
a nos s
ah a ind a n
ão tm · l1 am cer111·1., O Burhân-i Ma'asir. apresenta as acço- es de Burhan Nizam Shah
carregando eg uintes
term os: « .E c o dav1· em relação a ehauI como pro . duto de um agravo antigo contra os
vendo ue ca d a v ez m
q n em cort
ar-lhe o
ais e a nau fazer mu.na águ a, portugueses e de ertas fn-·cções imediº atas. O cerco de Chaul por
nem a a, u s mastros fo
g a se pod1a v
º
ence r, o i parte para se reme'd.. . r,
ia M urta za em 1570-lS e 71 _é mencionado a propo'1 sº to do pnm . e1r .o
.
dores e man· nh C api·tão c d s p e1 os
· os se sa1 av
e1r om al u n s ofº ·ai·s. , merca Afir. ma-se que as- 1.ntençoes de Murtaza acabariam aborta a
se afogaram n arm no
batel indo -g m
que vma . . m mais
a nau
ue logo s
e fo i ao fu
se à t e rr a, e Os 111a1·s
. de 15 q
d , cm a qual se f. ·rn,a . bad'. 1936-
00 a1 mas entre n o
ª ·" ,19 S . . li 1 'fabataba,·t, Burhân-1. Ma 'asir (H ydc1a
oficiais, mercad ayyid 'Ali bin 'A�1z .
o res, m u]heres' -1937) Usei ma ad � :;r da da e baqa por T . Wolsele y Ha1g, TI:?e
18
Vignari, ,, Vid a e Ac . · u tr uçao_ 'Kd. saof terc n�: ta
m, 1923).
Shahz mg 'l Ahmadnag r (Bombai
'
ções», pane 11, H1st01y of the Nzzam
·.
271-273.
91
90
Impérios em Concorr'encza. Os cronistas europeus e os mogóis
.. H.zsto,rzas
. Cometa
, . das nos Séculos XVI e XVll
«amfrs e of iciais do Estad q com reforços dos outros portos. Burhan Nizam Shah enviou então
0� portugueses e em acordºo co
ue e ntraram em corres
pondência co!Tl um exército de uns quatro mil hom en s, so b o coman
do de F arhad
m eles e que se recusaram a lutar no
dia dª bataIha». N o en ta nto' d' Khan; bem como outro exército sob o de um general ira51niano
iz-s e ' as ordens de D
P e us e do Sagrado cham ad o Baha dur Khan Gilani p ara bloquear Rewadanda. Em
. ro. f�ta exi·gi·ram que Burhan des e ncadeasse
mfié1s e descrentes» como os. «guerras santas contra resumo, a acreditar em Firishta, as dificuldades teriam começado
p,ortugu�s� s, que são particularmente dos de 1593 deve
apontados c om o um . em 1592-1593 e o esc alar do conflito em mea
a « tribo �a e 1rre
M as out ros pormenores Sl
exp]'i �am a eclosão
do c onflito
!: "fi ca uv
hg1 0sa».
. os s ão ac rescentados, ue
term os b astante sem elhantes aos
q
ser visto com o um segundo m omento. O cron
a d screver como é que as forças de Ahmad n
�
ista persa continua
agar quase fizeram
ado
m�ncionados pelos p róprios capnular os portugueses, mas tendo a «tirania» de Burhan obrig
portugu e ses·· « Um dos nav1· 0s de Burhan var a cabo a
N 1zam Shªh, 0 Husaini, viaja
va de M eca p ara o porto de Murtzabad
ª que muitos dos seus comandantes hesitassem emão ledos aconteci
Chau� com um grande nú aventura, num desenl ace reminiscente da sua
vers
m ero de m uçulmanos e muito tesouro e egado com
propnedade a bordo e f ·
01 sugad mentos de 1571. O s portugueses, entretanto, tinham ch
. ? por um rem oinho e afundou - s e e um l sangrenta
uma frota e c onseguiram desembarcar ; seguiu-s
a uta
n as un · ed'1açõ es do p orto
de V:a1s1 [Bassem] · que. está na posse dos de Ahmadnagar e em
portugueses e os portugue em que p erecer am doze mil hom ens da força
. ses recupararam
a m aior parte do tesouro cimento, de
e propne ,dade atravé s de merguIh que o forte recém-erigido foi destruído. Este aconte
d�a gue
a dores e assi· m ab riram as p ortas
acordo c om fo ntes portuguesas, teve lugar no
início de etembro de
S
. rra nas suas caras· F ªh'im Kh an' q em meados de
ue era o governador dess e ido pouco dep ois,
distmo e estava, pelo com
'and0 rea1 ' encarregue de tent ar recuperar a l59�, tendo o próprio Burhan morr os conte o que
carga do navio · , deu conheci·m ento Abn] de 1595. A crónica de Firishta - embora não n
d o ocorn'do ao rei e isso acicatou terá levado Burh an a ac tuar assim, arriscan
do a humilhação - é um
o rei con tra os cn. _
o velhO f er vor d -
st aos [ · ] . » so F ah'1m Khan fo1. entaO s.
chamado ª, corte e prep ·· complemento e contrapeso útil às fontes portuguesa
. a de Korl ( araram s e m ap as
de Rewada nda' Chaul e da Mas a Vida e Acções contém, de facto, bast
antes ais detalhes do
m
c_olm a ou Karl a )., Bur- ·
han ord . enou que, a colina fosse foru- vemente, cada
f1cada e guarnecid · a, e c o m que as fontes persas acima citadas. Con sideremos, bre
o se erguia sobre
o umc · o canal de acesso um dos capítulos contidos na segunda par
te do tex to:
. m ar p ar
ao . a o estabel ec1me · n to p or tugu '
es, s ignificava q ue «sen de Chaul, tomada do
Segu nda Parte: Q ue trata do famoso cerco
a
. i,veI , mesmo para
•
impos�
A
94
Os cronistas europeus e os mogóis
1mpérios em Concorrênci .
H.. ª·
. s Conectadas nos Séculos XVI e XVII
zstorza
.
ao cristianismo, como coma Manuel de Faria e Sousa no seu Ásia
Capítulo 30· A repartiç e za Portuguesa (que muitas vezes está em desacordo com a nossa crónica
· -ao e sni , o do arraial do inimigo, e forr aj
do morro. em questões de detalhe), o autor da Vida e Acções não o diz.
52
96
Impérios em C'oncorre, · Os cronistas europeus e os mogóis
ncza· Hzsto
· ,rzas
· Conectadas nos Séc
ulos XVI e XVII
E, finalmente D . Niz am Shah os bens do navio afundado Husaini. Ao escrever no
Álvaro de Abranche
todos salva, e e, e'1e · s é o líder heróico qu
e
que encarn a O 1'dea final de 1599 a Filipe III, quatro anos depois da morte de Burhan,
espécie de cruz- ame 1 do fid · algo trad1C10n· · aJ, u 13
quando os mogóis já tinham progredido substancialmente para o
!1
nto de D 'Artagnan .
o sentido de hum com D. Qmxote (mas se,fl1 Decão, D. Francisco da Gama declarou «a principal causa de que
or de nenhum de
menciona que, p ar les) . Irom. camente o texto nao resultou o perigoso estado em que se encontram os reinos do Decão,
. a os seus f1!
visto como um h , .
. . eroi. O v1c . co. ntemporaneos, D. Alvaro nao ed e da qual se temem também outros efeitos piores, é uma acção
A
e - e
�
re1 eonde d
f mais de 1599 e , a v·d· · numa carta
1 1gue1ra completamente insensata e conhecida contra o rei melique, de um
,
detaI hes do que , . cada XIII da História da Índia de António Bocarra seja normal
s. cronicas persas te
tema não tenha' .'. da décad a de 1590. Embora e� , mente considerada como urn a obra menos significativa do que as
a
SI d O desenv
namento da co olvidO aqui,· vamos assistindo ao func10 crónicas de Barros Castanheda ou Couto. A lém disso, outras histó-
) m p lexa re Iação
(I'-ewad anda ou Murtaza ' entre os mercadores do Aj to os
e ª"
h ,,] . ,
nas derivativas continuaram a ser publicadas e até gozaram de um
bad) e os por
acontecime
ntos em rorno ' tugueses da cidade bai·xa· te cer ro sucesso, como O conhecido texto de Giovanni Pietro M affei,
coloridos pelo cr . _ d ª batalha do morro são exageradam�nl e que usav a, em grande medida, m aterial já existente, incluindo a
onista, par'a em
.
heró1co à vice-r prestar um carácter m ai. s mareia crónica de Jerónimo Osório, ou como a crónica de Fernão Guerreiro
e· 1eza. basta nte d' e
para facil. itar as su . iscreta de M ati.as de Albuquerqu e, sobre a Companhia de Jesus, surgida em Coimbra no princípio do
a
as m ais qu
de .Albuquerq,Li e· ' _ e frequent es comparações com f 50 século xvrr e depois resumida e traduzida por Pierre du Jarrie. 56 M as
0 sucessor de A º� e-
-rei, o viperino M at1·as de Albuquerque como vc1 no século xvn o lugar de outros textos europeus de naturez a mais
eonde d digueira, D. Francisco da Ga111ª'. 'rei 1 ia
considerar que
. todo o ep1sod 10 .ª
_V!
e mcompctênci a d0 morro fora causado pe1a c upid o
dos. portu ueses la
55
British Library, Londres, Additional Manuscript 28,432, fólios 13r-16v., cana
g , por não terem devolvido a Btifl do
��n�e da Vidigueira a Filipe fII de Espanha, 18 de Dezembro de 1599.
�::-=----- . · Pierre du ]arrie, Histoire des choses plus memorable [m'] advenues tant ez Indes
Cana do conde d·1·
. s,,
. 9, Orientales, 3 vols. (Bordéus, 1608-1614) .
-.
BNL, 1'"eservados, v,·d·tgue,n -11·1· de 159
Códice 1975, r'-o 1·. 't tpe Ili , darada de 23 de Dezcm b ro
10 107r).
99
98
-
Os cronistas europeus e os mogóis
Impérios em Concorrência·
· HzS. torzas
. . C onectadas nos Séculos XVI e XVII
Leid�n. _O próprio Johannes de Laet estava e1;volvido na Companhia
original também nao - pode ser neg 11gen sua das Ind1as Ocidentais e na Companhia das Indias Orientais e com
.
m aioria esses textos fosse · c1a · do, mesmo que na , o
, .cas. . m relªtos de viagens · ou tratados, e .is
na outras grandes figuras como Heinsius. No final do século XVII, textos
croni Mesm .
Bernier . o assi m, e com escnt · ores de viagens como Fran o , ç como os de Abraham Rogerius e Philippus Baldaeus foram dados à
· Taver
e Jean - Bapt1ste
. nier· ª ocuparem um lugar proernin · en.t.e estampa num contexto intimamente ligado à Companhia; estes do
a crónica ainda tm ha os seus praticantes, · I.ais �umentos pareciam destinar-se a diminuir e desacreditar a etnografia
da voe Françoys ,, entre os quais os ofIC' ª
vaI entyn e, ate, certo ponto Daniel Havart, euJ Jesuíta da Asia, que estivera em primeiro plano nas últimas décadas
Op-en Onderg.
:�� van oman�el (Ascensão e Queda de Coman�el), do século xvr. 57 Muito embora não tenha sido tarefa totalmente bem
publicada em 1 , co C, . . s cro'nica. s -sucedida, o elemento competitivo nesta produção de etnografia e 0
. , . ntem muitos e1 ementos das pnme lfa
1. 6enc as. Depois, . is papel da imprensa no século xvn não podem ser ignorados.
importantes escritos so
· taI como verem
os a d 1ante, um dos te xtos rna
,
bre a Ind1º ª dos mogo1s , . no fmal . xvrr A obra de Johannes de Laet está dividida em duas partes.
. do se,cu10 e
f01 a obra do venez1a
estrutu.rada como cro, .
.
· no Niccol'O Manuzz1, Storia dei Mogol, ast 11t
.
. b
ª, A primeira é sobre a «Geografia e Administração, do Império Mogol»
nica e base para a cro, mca do Jesuna fra11cdes e a segunda é «Um Fragmento da História da India». 58
Franço1s Catrou p . , u e O texto da sua fonte, Pelsaert, também aparece como uma
· 0dera, ate, s er defendido º
que a crónica goz o veI
um grande reviva]·is á f!roniek, por um lado, começando no final da década de 1530 e
.
da h1stória de RO6e
mo no sécu1 O xvrr . r, dado o. sucesso cons1ºder s
no mdo até 1627, e uma Remonstrantie, por outro, com uma mistura
rt Onne' 6em como dos trabalhos mais
. · peque a-
de James Fraser e
passar a visão whzg, · q
w1- 1 11am F. rancklm. º ,
E por isso importante � al»
Jc r de informação geográfica, económica e etnográfica. Na última
59
. ue cons1derava a crom .
, ca uma forma «me d1ev categoria encontramos uma riqueza de detalhes relativos a uma série
associada 'aos ·16e,n·cos de categorias sociais, em particular às elites muçulmanas, bem como
. ca' s e os
mgleses, mais «moder' '1da em desuso quando os holandese uma repetição da visão comum de casta que encontramos nos autores
nos» ' entraram em cena
Entre as erom , ·cas esta portugueses do século xvr. Pelsaert escreve que «o artesão pode
holandesas mais
a de Francisco peIs · imp · ortantes '· do século xv!l 'da, treinar os seus filhos apenas na profissão que ele próprio pratica, e
1
na sua versão origº
aert, que t·end permane
° . cido quase desconhec se também não os pode casar com qualquer outra casta (oock aen geen
mal, ate . , ao
' sec , , ,ul o xx, fo1 muito usada o ba
para o De Imperzo · Magm Mºº zz· d . com nnes ander geslacht trouwen) ». 60 Temos assim as noções gémeas de endo
de Laet, publicado ô? s O geo, grafo e naturalista JOhª d oS
em 16.31 · Livros co gamia e ocupações hereditárias como definidoras de grupos como os
pela p. rodução am mo estes foram acompanha les ourives, os carpinteiros e os trabalhadores de cobre, por exemplo.
· da m aior d� mapas , e
prop , nos,
u m da Asia que possui,am, o a5 Se este é o destino do povo comum, que segundo os relatos vive
cont•exto narr'at1vo, s
.
de d1 ferentes reg·ioe m uit · as vezes retrata ndo Pes o
- s nas m'ar>-gens c e
contraste entre os hoI do texto. Aqui é interessan l]o
� cl
andeses e os portugueses. Embo ra no sé de Ver a análise geral da documentação holandesa em Donald F. L1ch e Edwin
57
xvr os portugueses t el J. Van Kley, Asia in the Making of Europe, Vol. III: A Centu1y of Advance, Livro 2
en h consideráv 1ew
documentação sobre, , �m produzido um corpo . .
,.-,1 (South Asia) (Chicago, 1993).
a As1a' muno · pouco a
das grandes crónica' S sena impresso. para J(tD5 58
J. S. Hoyland e S. N. Banerjec, T he Empire of the Great Mogol: A Translation
de Barros Castanheda ce . 0f De Laet's, «Description of Tndia and Fragment of Tndian History» (Bombaim,
apo.1ogéticos ded·icados ' . e Couto e ourros d iVI·'
a cerco,s e. vno, nas, 1
· 1927).
dua1s de vice-reis, go ,. verna ou das biogra fiº as niv . 5
o A Remonstrantie foi pela primeira vez traduzida para inglês por
W H. More
dores ou capnães, é difícil encontrar J r e
59
100 --
Os cronistas europeus e os mogóis
Impérios em Concorrência·
· H.zstorz
. .as Conectadas nos Séculos XVI e XVII
desejasse dar o ano e as datas correctos dos acontecimentos (não
numa condição pobre e . , o � pude fazer) devido ao descuido do historiador indiano de quem
m1�eravel, só pode ser contrastado coJJl
lux
. o flagrante em que a elne, part1·cularmente a elit . e rnuçu]mana. , tive de traduzir o que ocorreu antes do meu tempo. Espero que isto
v1ve. Escreve De Laet
. ' «os nobres v1ve ravagán
cia n_ão cause nenhuma desinclinação para ler, mas que possa ser apre
· m em luxo e ext
mdescritív eis' preocupa
ndo- se apenas em se satisfazer enquani .
o ciado como uma mudança de dieta.»61 Contudo, é suficientemente
podem' em toda a espe, .
c1e de prazeres. A sua maior rnagn·i t1c · jênci
a claro que Pelsaert na realidade não teve acesso directo às crónicas
está na zona das muIh
eres (ou M ah aII), pois casam-se corn rre's .0e
0 persas que foram produzidas na corte mogol.A sua própria crónica
quatro mulheres O p i começa na década de 1530, assim (após uma breve reflexão sobre
or vezes mais: cada uma destas m ulheres_ vd v
separadamente nos� seu . a as Ti:1mr e seus descendentes): «No ano de Cristo - [para 1538], o
s pr,opnos su a s eri
ou escravas' das qua1s . apo sentos com as re i Humayun conduziu o seu exército de Agra a Bengala com o
E naturalmente tudo .
tem munas · vezes um grande número [···]'·l·a objectivo de levar esse país para debaixo do seu domínio»; acaba
. isto está 1·1gado, por sua vez, a urna au sênCd com a morte de Jahangir e a luta pela sucessão que se seguiu,
de le1s para comrabaIançar Il o
O peso excessivo do poder real. Cit� sem ser capaz de informar o leitor sobre qual dos três candidatos
de novo Pelsaen «d 5
' as suas Ie·is pouco ou nada é mann'do, P ois 0r· rivais (Khurram, Shahryar ou Bulaqi) de facto ascendeu ao trono.
soberanos são absoI re s e
utos Contudo, as primeiras cinco ou seis décadas cobertas na crónica são,
vados pelos seus J· . ' mesmo que tenham livros de le·is, Pelhará
. . uri stas' os cazis . · [...] . Poi.s quem é que acons do no mínimo, recontadas de uma maneira menos consistente com a
ou exig i rá do gover . uail
a nossa lei nos or
nador' por que nos Julga assim ou assado, q ce�1•, tradição cronística persa do que com o texto de Couto. Resta-nos
dena de outra mane . . e então reafirmar o perspicaz juízo dos seus tradutores para inglês:
em bora cada cida 1ra? Tal coisa jamais aconr . d e
de tenha O seu tn·b io «A história confusa [de Pelsaert] do conflito entre Sher Shah e
· stiça
Ju . onde, em no una! (ketschari) ou palª'c o0
quatro vezes por se
me do re·1, 0 governador faz reuniões d1a ''r·ai s' d• Humayun e a sua cronologia bastante absurda das andanças de
, mana para ª res na ' Humayun após o nascimento de Akbar são a prova suficiente de
SeJ.a decidido sem olução de disputas, em bora ,
que a ganâne·i a of'1c1a · l desempen he um pape .af11
l» que não podia ter usado uma crónica persa contemporânea para a
Eram imagens po . compilação da sua obra.» Pelo contrário, parece provável que Pelsaert
· adas p or derosas quando f oram impressas, e que se.ri' S
pior De Laet, qL�e sim . tenha tido acesso a uma versão oral resumida das fontes persas, talvez
as p rop ç e
osi o
e
de Pels plific ou e radicalizou
. aen para tornar . ente at�avés de um dos escribas (munshís) usados pelos holandeses na sua
0 Oc, i dente. Isto s , amd . ª maior o contraste entre o O n· .e d o feitoria de Agra. A complexidade deste processo de transmissão, de
era mais. marcado em u
que a mais obsc, ur relação à Remonstran ofl10 um m unshf que tentava resumir um texto complexo (ou série de
a Krontek' que e, . c
as trad.1ções h'i sto, n· . um exemplo curioso .de mogºJ textos) para o próprio Pelsaert, que sem dúvida o tentava tornar
cas orai s nos centr
encontr os urbanos do im pe, n° \JJ..,.,J'a compreensível a partir de um persa mal falado para um holandês
. aram um formato europeu e
carreira mult ifacetª , . . pe1saen, recordem os, te,v ow..,.,0 bem escrito, pode muito bem explicar os deslizes encontrados.Em
· - do nav
capitao
d a I
na nd1a', antes
. , de um desastroso penod arie , o c
vez de um relativo rigor textual de um Barros ou de um Castanheda,
io B atavza . or p
do material para a 1,,, ! qLie, se afundana em 1620. A mai· fei. t oria encontramo-nos bem mais próximos de um universo misto em que
\rontek tera, v·mno 1 dos seus tem os na
0s as distinções entre a palavra escrita e a forma falada estão longe de
holandesa de A gra,
onde pa tec . . .tpo com certd
mem bros da elit-'e m ·., e , ter conv1v1do mw o o ser evidentes.Contudo, a outra declaração final de Pelsaert também
ogol · EX1st to r n
modo de construçao - · e a1guma controvérs i. a e m (íl é interessante, pois é óbvio que se sentia mais confortável quando
da . crón·ica, , . o que asp e ct o s e 11cont s podia escrever sobre a sua época a partir de uma mistura de teste
paraIelo nas análises em alguns ria
fenas à cro, rnca .
de D .
i ogo do C o u t a-. C e gi munhos orais directos, boatos e o que quer que presenciasse, do
passagens do textO so ' J
bre . o 1nvtl que quando tinha de tratar do «que ocorreu antes do meu tempo».
do calendário da, H,�. ssaem· o uso consistente e mui·t -� , ·co
e persa para marcar . '' 0 uso. de meses dos calendários !'.D d'ianas
ra 5
a cr_onologi a, a un·1·1 ação de med'd I as
de tempo de c urta z ias nicle of Mughal lndia
duraçao' eorno gharts e pahars, bem com0 cer' al
. Brij Narain e S.R. Sharma, A Contempora,y Dutch Chro
61
102
.
Imperios
. Os cronistas europeus e os mogóis
,,encz.a·· Hzstorzas
em Conco='
• Conectadas nos Séculos XVI e XVII
pela história cronológica manteve-se, bem como o argumento de
�ma leitura de Pe a
. lsae rt e
, t . f r a um que só uma descrição do desenrolar dos acontecimentos ao longo do
distinção entre dois . � m b em
, m strunva. porq ue o ç d
gen , eros l1tera, nos, .
o «tra. ta da
oi tempo permitiria ao leitor esclarecido compreender como funcionava
. a «crónica» e
rem
( onstrantie) A u,1tima for na outra entidade política. Pelsaert escreveu assim a sua Kroniek para
co- m o relato d· e . ma, p or sua vez, estava re]ac1. o , 0
viagens.' embora fosse . e t1V um público distinto do limitado grupo de leitores empregados da
nao era apresem .
d1snma . O seu obJ c de
ar o escritor em p · o Companhia que as suas Remonstrantie poderiam ter tido; e apesar de
via · gens, mas d'ispo . nme1ro · plano, como n o relat o5. certamente compreender português, escolheu ignorar por completo
. rn'b·1hzar uma pai·sage que aprofundav a a p d
s1·b·1hdade de um a m o corpo das crónicas portuguesas. Concluía enfaticamente a sua
. certa forma de d'1ag . . erva �
T:ais dis . tinções nost1co
, da soc1edade ob 5 , 1 crónica apontando a fragilidade da estrutura política mogol que, no
holandeses na 1Pn .
º dem ser
claramente observadas entre o s escntº,,
0o seu entender, a luta pela sucessão após a morte de Jahangir apenas
que surgiram imp
d1a na pn·me1ra · metade do século xvrr, t an t d05 voltava a sublinhar. Ao leitor da sua crónica não restariam dúvidas de
ressos com 0 a uele ra
nos arquivos da g s que permanecer am enter ftS que o breve período de consolidação sob Akbar era uma anomalia,
C
- ompanh.ia Holandesa nas,
primeiras descn como anexos de. c a er e porque de facto a regra era de constantes rebeliões de príncipes de
.
P ieter Gilliesz
·çoes do rem · o de Golkonda por AmhoDI.J SehO r , 0 sangue, escaramuças perpétuas com senhores da guerra desordeiros e
van Ravesteyn ca o»,
relato de P ieter bem nesta categoria do «tratad a1·1 �ma corte em que as mulheres desempenhavam um papel demasiado
van den Broec k 01
pro, x1. mo do r . e, por seu lado, segue um padrão , 1·ca importante. Tudo prova muito mais importante do que a afirmação
elato de via
(«journaal» ou ?ens organizado como narrativa cronol�g 03 contida nas Remonstrantie de que «das leis pouco ou nada é mantido,
«d_ag-regiSter») · t
claramente O i A Remonstrantie de Pels. aert !llda5 pois os soberanos são absolutos», ou a declaração sarcástica de que
ntu1to de d�ese s
da sua Kroniek nvolver funções bastante d1snn . ta ,_1 apesar do grandioso título de senhor do mundo (jahân), Jahangir
. rc1i!I
concreta, e inf
·. o seu proposn
_ . , o e, apresentar informação c ome o5 era incapaz de controlar mais do que as estradas principais, com o
ormaçao mst't . e
grupos sociae is I ucional sobre as leis os coscu111es rja campo e as montanhas nas mãos de râjas autónomos.
que se poderia '
m encontrar. E, também nesta ca cega'vel O s anos intermédios do século xvrr são mais uma vez dominados,
o
que cabe O cas .
o do va1ioso t ot todavia, pelo tratado e pelo relato de viagens, quer da lavra do próprio
Pela atenção dedica exto de Gel eynssen de Jongh , n re·
·, da ao . . emP Bernier (claramente o escritor mais prestigiado do período), quer de
ª
g do da Comp s p r·mc1 -·pa1s· grupos soc1a1s que O a!
a cc
enquanto estiv
anhia · Hol�ndesa
tinha a probabilidade de c onc Jl!O Tavernier, Careri, Abbé Carré ou de muitos outros. Mas a crónica
esse no O c1de
nte e no Norte da India. Desce Pº 01e
, ainda não estava morta, como acontecimentos subsquentes iriam
de vi·sta emine
ntemente prag
mat1, ·co, a h'1stória dos mogo1 ,·s d
ura mostrar, e na verdade ganharia um novo fôlego no século seguinte.
O se, cu1o xv, f .
01· de mu1t º p
ouca utili.dade.
. I sto leva-nos, de forma a concluir a nossa série, à figura notável do
v
Então porque
tera, pe1saen escn· o sca
de e veneziano N iccolo Manuzzi, ou Manucci, como é por vezes refe
estar no facto t o a sua crónica? A res p
s, a' q ra rido. 63 Mencionámos, noutro lugar, os principais elementos da sua
J11
de um_ público h ue
s- e d'1ng u man ·
ista nos Países Bai x o
.
· 1a
· De Laet, na .
o fieat. provavel mente satisfeito com uma n. •
· 1e carreira, incluindo a sua estadia de mais de sessenta anos na Índia e
seriação das c _ s t0 a sua transformação de aprendiz de artilharia na década de 1650 em
ond'1çoes d ep ª , ((h1
nc· 1z
· ante» , oca na India. A abordage m ll J11as
seria I-eva da ao · r a lg de
dec, adas ma·is t ext rem o por François Bern1e
. ar d e, com O seu trat .
ado epistolar sobre a f o, e s�
O ríl1ª prestável, ver Bernier, Traveis in the Mogul Empire, AD. 1656-1668, trad. Irving
co nst.1tuiç ão Brock e Archibald Constable, revisão Vincent A. Smith (reimpressão, Deli, 1989).
. do estado mo g o
1 e o e1 ·iagnósnco Juç
1ocb a1s. Co nstitU1..t1a . . das «revo e qve . � Niccolao Manucci [Niccol
1
õ Manuzzi], Mo�ul India, or St?ria do M�gor, trad.
· um pilear da gran . d
os azlz. vene-z1an de lnerarura polm , .c a des 11 0s Wil11�m Trvine, 4 vols. (Londres, 1907-1908; re1111pres�ão Deli,_ 1990). Embo�·a a
· os em Ist.a b I J totabdade do texto original de Manuzzi nunca renha sido publicad�, ver
a edição
. us
se relatórios a um m li , uma vez regressados, e J e vara' g1· as, e do de P1ero Falch e tta,
6 c parcial (com ilustrações valiosas do libra nero rosso)
, . usando metáforas b1'0J o510
lzbro
ge, ncro J'Jterano,
para transforme g ed., Storia del Mogol di Nico/à Manuzzi veneziano, 2 vols. (Milão, 1986). Consultei
a.1 o co rpo po1,1 t1co . num corpo vivo. 62 Mas 0 também o manuscri to na Staatsbibliothek Zll Bcrlin, Ms. Phillips 1945, 3 vols., numa
mistura de português e francês.
t!
r, � Para o texto francês do scu , . , s ti�
d Grand Mogol, i el, . .o, ver h-ançois Bcrnicr, Vo.ya ge d 11s 1.11 glesi
,n a / e
cd. r,r.11. 1cc Bii·1t
u
· harya, J>an.s, 1981; e para uma eraduç,ão
105
· r-ic
104
Os cronistas europeus e os mogóis
, . · .. H.1storzas
Impérios em Conco rrenua . . Conect adas nos Séculos XVI e XVII
Índia, tendo Manuzzi encomendado, por isso, um notável conjunto
médico amador e a suª co1oca -ao nas ci. . 1. enre s d
e de pinturas mostrando «cenas típicas» da vida quotidiana na Índia,
. dades coloniais inc1p
M adrasta e Pond1c · , · do século xvrrr. Manuzz1· a1ega a v
ç
herry, no m1c1O como a procissão de um templo, as práticas dos ascetas indianos,
.
um a f am1.11an.d ade lon g veu
a com a e 11te · mogol na altura em que escre e ou os inevitáveis (e múltiplos) casos de sati que afirma ter encon
o texto, e f.1zera pane dos grup d
, . os que giravam em torno de mais· r trado.64 Ao longo desta etnografia especialmente religiosa, Manuzzi
um pnnc1pe m ogol a
· Afirmava fluenc1a no persa' embora - a JUJg
h
deleitou -se a reproduzir sínteses de textos como o Râmâyana, ou
pelas provas dadas - fosse ni· ro ·
•
sso claramente in ferior a outros e u u outras narrativas da tradição indiana, sempre acompanhadas dos seus
•
modado Manu zz1' por · ' · do Jes íta só po d' 0 próprio Manu zzi, afirmando que o seu portugu ês é «corrupto»
tº
re sen
u
razõ
a qu estão·· «Uma pe ' es evi'dentes. Eis corno Catrou ap eu o5 devido à longa estadia na Índia (e daí não totalmente compreensível),
cargos mais altos nas ª · , probidade, que exerc. rt.t0
sso d�e conh. ec1da
c e chegando a admitir que ocasionalmente teve de modificar o texto
nossa color ' nas· da 1 nd'1a, deu-me um. manus ·,,• u sando ou tros au tores como Tavernier, T homas Roe e «Monsieur»
em portu guês' O tr. .
abalho d 0 s·1gnor N1ccolà ManuzJO, 'v•'en Zl o e
, [... ]. Lendo-o, v1. qu
no . . aces,s Bernier, por qu em, em particu lar, demonstra u m extraordinário
as crónicas do Impe, no . e o Signor N'1ccol'o Manu z10 tmha ti'dO' ue5 �es�eito. Aceita qu e por vezes Manuzzi u ltrapasse Bernier, mas isto
_ d_ o Mogol, qu e fez tradu zir para p ortug ' e simplesmente «porqu e escreveu depois do francês e teve tempo
e que tinham s1·do 67
msenda_ ,s ? º vo1 ume qu e tinha nas mãos. » i ra de verificar, nos próprios locais de acção, certos acontecimentos que
C atr ou prosseg uia . e
'. ms1stmdo qu e o trabalho de Manuzz ª' Monsieur Bernier apenas relatara de acordo com o qu e era dito». Mas
manifestamente su perio . 11a . u 1ado na Eu. r 'rͪ oP
r ao qu e ate, entao - tm circ enquanto todo o fervor do trabalho de Manu zzi está em denegrir
nomeadamente a ob.ta h i s tO
de de Laet, que escrevera «uma breve e deslegitimar Bernier, Catrou acaba por assu mir um compromisso
;,1
entre os dois, salvando a reputação do seu compatriota e ao mesmo
atl·011bén1 tempo promovendo o seu próprio texto (notemos a reveladora frase
Roberr On
Indostan ji-o m the ,,:ear MD ry ofL the Milita1y Transacti o ns ar
ne A H.zsto sh
61
the Br iti ]Y
Orme, , . i CCX V, 2 vols. (Londres, 1763-1'l778); mas ver,rafllrig/i1h «a minha crónica do mogol»).
Hzsto rical Fragments o'li' th, e Mogul Empire, of the Moratt o es, and of rbt E
Concerns m Ind O efeito geral de tudo isto, corno atrás dissemos, é tornar insí
,
. ostan 1·rom 1659
r,r. F.ranço1s C (L
, ond res, . . 1782).
. 1,
a1101 .
pido e normalizado o texto de Manuzzi, de forma que o que resta
atrou H_t.sto . tz.re enéral
e de l'empire du Mogo l depitis sa f0 C era�,
1 J
sur les mémoires port; a s
' t é o primeiro volu me de Catrou é u ma série de capítulos cronoló
g
g t e M._Ma_n o uchi, 2 vols (Paris 715.,); e ªt0 r/JC
T he 0"eneral hz.stcJri ·/ º1 Jthe MoguI E. mp · e, · . · · ' ' '1 705-. 1m eJ1al1 CAf11JII
iate
,
emperor Oran · ,:,o-zeb, extracted· jrom t1!:e zr from lts foundat ion by Ta
f· �
gicos qu e começam com Timu r e prosseguem por Miran Shah, Abu
(Londres, 1709 . memoirs o/ M. Mano uc ht· by
Sa'id e 'Umar Shaikh, até Babu r, Humayun e os seu s sucessores,
) fio1101�·
Francesco CatroL S
to . . l s1111 etia110i, até ao fim do reinado de Shahjahan. O reino de Akbar recebe o
67
.
zzone / ... ) scritta a
11 generale dell'!mpero dei Mogo l do p a
, secont1''o Ie rnem V e11 i1.in .
o
orze st .. he lIeI 5'.zgno r Ntcco .
.. lo a M n u z. i· tratamento mais completo de todos (depois do de Shahjahan) e
trªd O/la. . daI I-rancese (V,encza OI ll o
v cn e
. '. 1731) , •< prc, 1:az1onc», 1. Use, esta rraduç
,
a - 0
. presc11
ta'nto. por ser de ,·ic,.. esso mais sunple,s co
. ·
. 01 a
tªdo impresso _ uo 109
. . mo por ser assun que Manuiz1. (
-
·. n,c · am '61' .
ente - ao pu 1co lcnor da ·ua cidade natal .
108
Os cronistas europeus e os mogóis
Impérios em Conwrr
. enc . .· Histórias
, za . Conectadas nos Séculos XVI e XVII
a dizer que realizaram uma tradução textual fiel, ou mesmo uma
o volume conclui co om
m uma «Descnção . da Corte», dos «D i· �aráfrase próxima, de uma crónica «indígena». 68 Não que não exis
nios do Mogol» e dO a
ao autor venezia ·' < �verno e Política
<G . do Mogol». Qu nto tissem algumas noções explícitas de tradução, pois vimos que cartas
no, acabana por se queixar amargamen te, n uma e correspondência diplomática eram traduzidas, ou mesmo usadas
carta às altas auton'd r ara de forma explícita, tanto quanto podemos saber. 69 Couto dizia que
ad es de Vienez a, d e que o Jes · w,ta o to nma
num actor menor, em
parte significativa d
vez . dª f1gura central de pelo men os_ u'do chegara a tais textos através dos embaixadores mogóis em Goa, o
narrativa. Neste sentido e por ter ins1st1
que o trabalho era, ª
que é dificilmente sustentável, o mesmo se podendo dizer de Pelsaert
na essênci·a, «a verdadelfa , ·ca do lV!
· ' crom �,rogo1"•·• e de Manuzzi.
Catrou distorceu, se uzz1,
. ad.ver m som bra de .d,uv1'da, as intenções de.m �. ,ran e Existe outra solução para este problema das pretensões de Pelsaert
m tidamente contudo . nvis ra» qu e de Manuzzi, que é o recurso a ideias como a «tradução cultural».
sena adoptadO p' ' aprox1mou-o do tom «obJec
or autores P0stenores · cor11° Os documentos persas teriam sido transpostos do seu espaço cultural
Onne ou Ale d no mesmo sec , ulo, ·
er Dow (na sua prim �ara o da tradição cronística europeia, através de um «jogo linguís
-Ibra"hfrnf de :��
mshta). Orme, nom
eira tradução da Guíshanb·!'1a
n �ico» não especificado. Este é um argumento seriamente viciado,
Inglesa das Índ·ias ' eado historiador da CornPa. 5
. em 1 6ra incapaz de demonstrar o conteúdo de tal processo, em termos filo
por ano, .cargo
Onenta' 1s 769 com um salário de 400 h ·a•
arI lógicos. Os processos a que assistimos são, na verdade, outros. Terá
de maneira curio
On de se ma
nteve ate, a, morte, em 18 01 , �cab doS
sa, por apagar a p s havido elementos presentes na tradição cronística persa que foram
acontecimentos q rópria presença de mui.ro _ su3 desmontados e depois reconstituídos numa outra estrutura narrativa,
ue descreve,. NAao escr a
H.zstory em que ap eveu nenhum prefac , io Jbo com outras sequências causais, valências e estruturas de significado.
r ese · a b a
not,avel pela secur ntasse a sua carreira, · e produzrn um tr ( ue Além disso, a tradição escrita terá sido constantemente mediada
a.e parafraseamento q
encomendara e de relatos de outros nus,· por versões orais e retrabalhada, no caso de materiais orais para os
retiv na
Cntos). Elogios ex er'a na sua colecção de 231 volumes r varJ1
•
e
l 10 --
Capítulo 4
Introdução
pelos Portugueses, .
ed M. Lopes de Almeida, 9 livros cm 2 vols. (Porco, 1979),
vol. 1, 71-72.
-
113
O milenarismo do século xv1 do Tejo ao Ganges
1rnpérios em Concorre
· Cone
ncia· His torzas
· ctadas nos Séculos XVI e XV!l
ment�, dizimaram estilos de vida e populações mais antigos. Houve,
que O_ método compar . , a
. . ati vo histo . ·
nco pode serv
.
r para su st e n tar ess. todavia, . e para além de todas estas teses indubitavelmente válidas
pos
. . iça . . u?1 conJunto de fenómenos que operaram a uma escala global nos
. o m terméd'ia, mai s sensata. Dno por outras palavras, a esp
)
i e
cificidade indiana, u c o f11 sec�los xv, XVI e xvn, com repercussões culturais, sociais e políticas
ma
. vez 1·d enu·fi·c ada, pode ser comparada of11
outras situações d"istm
tas, no. tempo ou no espaço, atrave, s d ""r e m�no amplas. Refiro-me ao complexo de movimentos políticos
pr, ocesso sequencial·
Mas a h. i stonograf"ia também se pod e rnost,. , milena�istas conectados que acompanharam o processo de expansão
cepu·ca
. . em relaça-o a, verdadei ra uti·1·d a rat1
V0 eu:�feia, dando-lhe por vezes impulsos ideológicos cruciais. Muito
i ade deste método camp
tradic1onal (webena · no ou _nao - .
v entre foi _ Jª escrito sobre estes movimentos enquanto focos de rebelião e
_ ) · U ma proposta alte n a n a - J
ta·ntas outras ava . . nect· eii'· resistência, e como mecanismos desesperados de defesa de grupos
hzstori.es)
r
nço. u a idei·a das h'istónas cone cta da s ( c o n
como maneira de . . t1/1 ameaçados, que produziam os seus profetas, como aconteceu em
aproximar fenómenos históricos ªrI° 1
eia
· 1mente separados
pela convençao ít11 Canudos no final do século x1x. 5 Estas ideias estão em consonância
p�ecis ·, amente con.ce 1 -, hi" storiográfica.2 Este cap ,o da com Norman Cohn, que num aclamado livro de 1957 procurava
b"d
, o n esse espmto, ça
hIStona · do Sul da A . · tratando da reconf1' gura , r,13l demonstrar como «na Europa, repetidamente entre o final do século x1
sia no contexto de uma paisagem de b1' ro s
conectadas da ép
. oca moderna e a primeira parte do século xvr, o desejo de melhoria da vida
Quais eram os grandes. material dos pobres se cruzou tão bem com fantasias de um novo
moderna, torna ,
. ndo poss1vel a povos que vi .
f: .
enomenos que. uniam o g lobo na éP res
ell
oe3
�araíso na terra».6 Que dizer, então, do milenarismo político como
do m u n d . viam em pa rte s difer. u.1ai, ideologia dominante, como um dos blocos construtores do império
. o imagi·nar p
ela primei· ra vez, ainda que de forma d esig 0
ª existência de Jong e c�mbustível da ambição imperial? A análise que se segue é assim
processos a uma 3
dos an os vários escala realmente global? A� or1•3, dedicada a este fenómeno bem menos explorado e, não obstante,
can i 5r
dores. Os micrób d"datos eem vm · do a ser apresentado s aos h1 ura,sia absolutamente global e típico da época moderna.
io
· s, por exe,mp1 o, espalharam-se por tod aª E
du rante e gol», e Será ótil começarmos com uma breve reflexão sobre questões
eonduz. imediatami,en te apos , O «Gra nde M om ent o m on p1ol
.,.,r
de definição, de modo a distinguir os movimentos milenaristas de
1ra111 mais t . e
da' -mass , a te ame .a, ep1-de mia s d e peste cm a m b os os, e)(tr Jo ou�ros movimentos simplesmente baseados em visões proféticas
rr t � . uo
h',rston ..adores es re euras. 1at1ca· A prata e. os metais prec1.0s0s, 5eg. I do mais genéricas ou em ideias de cruzada. Um historiador recente do
que pacien tem ia
Pro-duto da s . ente seguiram a expansão mundoll do milenarismo na China, J onathan Spence, propôs, numa definição
. m inas. argen 0 qiie nos parece adequada, que estaríamos a lidar com um «padrão de
J apao, mais ou n·1eno tífe�ras. ne J Potosí' na ' década de 15 7s ' ros0s
processos de i'nfl - s no m . esmo período provocaram de ast flie' crença [...] [queJ prometia a possibilidade de um mundo final em
açao e de · q ·
( nv ol u n tana� · e 4), que existiria 'cosmos sem caos', um mundo de 'de feitos maravi
J evaram à prod .- m metação . socia
' l e , i . ViI ar
u çao de D lh?sos' sem imperfeições, uma paz eterna para além da história, um
PJantas e anim . orn Quzxote, na opinião de P·ierre rePre·
ais, a acrednar rei�o imutável governado por um deus inigualável». Acrescentando à
sentaram possib na tese da «Troca Colom bi ana>>, . flal·
il'1 dades de e,xp - s1o .
defm1ção que «mestres e profetas previram que antes de este mundo
ansao agrícola e pecuán. a e, oca
� l' novo ser alcançado haveria uma batalha apocalíptica entre duas
. i Ve-r SanJay Subr·.i1ima a recol)
figurarion º..f E·ar 1y ny a m' «Connecred Histo ries: Nores cowa r d .
. os (1991.' forças, uma batalha em que, após muita agonia, o bem triunfaria e
M
735-7 (reunpresso odern Eu. .· Modérn Asian Studies, vol. _31, n._ �,-i111at
in Victor ·bt:ics.6e7'.r man, , Bey nd i ry /-i1stor e�- /senvol· 0 mal seria escorraçado da Terra».7 Spence escreveu sobre o reino
ning L�2 ur,ma to e. 3 ed. o B na
, o por Serge Gr18uzi0 (Ann A r or, 1999), 289-316. O ari,"umcnto foi mais eec'aurrcs
t
vid
co
. nnecrccJ·1 111·sro . nc· s'»n, ski, '' L .es mo. nd,. es mc·1es• de la Monarchic carh o1·,q u e i1111e_,1•, Ver a obra clássica de Euclides da Cunha, Rebelüon in the Backlands (Os
dos. Ann�les HSS ta SS, vol. 56, n. º 1 (2001 ): 85-117 (o mesmo J1 fc�lo\· Sertões), trad. Samuel Purnam (Chicago, 1944) .
5
l 1º8 , 7) •
nen o; ( ) • cds• · y1:scont
, 1 i· , , a11
cI rrc
· V. ihr · ' «1"1 ic age of Do Q · · f:,'ti1'0Pe
Lcono.mie History 5
1 00-1800 (Oxford,LIIXOtc n », in Pctcr Earlc, cd., Essay m
1974), 100-112.
s 115
. O milenarismo do século XVI do Tejo ao Ganges
lmpe,rios em Concorrên
.· . H"zstorzas
cza. , . Conectadas nos Séculos XVI e XVII
tenha podido «tirar imquiryçam per todalas naaos» nem saibamos se
Taiping no século xrx . al e «muita jem te se asemtou em jyolhos e hadorou» como tinha feito
m as. ª def mição é suficientemente ger
suficientemente espe , ' . .
ões no incidente anterior. Não obstante, na sua carta a Duarte Galvão
Consideremos, p ara
cifica p arª se encaixar · nas nossas pretens r,es
co m eçar, u m a série de incidentes meJlo , 0 governador português prosseguiu falando, com precisão, num a
i·1ustrativos dos pn. . z1J11° hadf$.. (ou tradição do Profeta) em relação ao papel escatológico dos
ao cerne do proble
m e r1 os 'anos
do secu , 1 o xvr , que nos condu . do
m a Em 1513 ,
0 governador português do
Estah h�bashis (ou abexins) na destruição da Casa de Deus (em Meca) no
da r'ndia, o fam oso Jo F im do Tem po: «Os m ouros tem por profecia que elle [Preste JoãoJ
Af
1 onso de Albuquerque, entra no mar VerJ1l�Jha
com a su a frota. A0 ha de dar de comer aos alifantes e aos seus cavalos na casa de Meca,
argo da costa ocidental do Iémen, perto da 1
de Kam aran, Albuq
uerqu , e
. d' 1 2 ter test e unhado um sm a l c el est_ e qdue e q�e per m eyos d'elle ha de vyr sua destroyção e nossa ajuda, e foi
o confi. rm a nos .
. da es m lll grande açoute pera elles a emtrada do Mar Roxo.»
m
seus vanos proJecros:
atacar e destruir as ci con1
10
santas m uçulm a Três décadas depois, em 1540, um enviado veneziano, Michele
'nas de M eca e Me
0 1endário _ d'ma, construir uma a11·anÇ_a de Me m bré, achou-se no Irão safávida na corte itinerante de Shah
Preste Joao, senhor , da Etiópia, e afirmar o destJJlO o
Portugal na criaç Tahm asp, para propor uma aliança entre os safávidas e algum as
oceano In
a- 0 de u m I m peno · Urnversal que se esrende para
.
l ctü� ?ªs potências cristãs do Mediterrâneo contra o inimigo com um, o
,
dico Nu m a cana
Duarte Galva_o· ao seu a m igo ' o cortesão e inte e arta, im pério otom ano. Membré era um astuto observador da corte safá
(e m que tom a
ao re1) . , Albuquerque escre questões já abordadas nou rr� e r tO vida _e, claramente, tinha uma relação bastante próxim a com alguns
v
nesse m ar' nos ve· « [A nossa frota] ' esrando ass1 s te
apareceu u m s · al res dos ir m ãos do Shah, que descreve com algum pormenor. No meio
J0h-ao, hum a g m· no ceo contra a c erra dO p t11·,o desta descrição deixa passar umas frases dignas de menção: «O Rei
rande
respran decente · cruz e muno crara e m uito bem feir. a e mt1 1La1 tem u m a irm ã em sua casa que não quer casar porque, diz ele, está
· vi hu m a nuvem 1
e m panes e na . sobre eila e achegando-se Pªrr. e0' ª guardá-la para ser a mulher do Mahdi. Este Mahdi é descendente
m ª cobnu· este c
adorada e vista . · ve assi· m por u m bom pedaço no 1.1as de 'Ali e de Maomé; e ele diz que a guarda porque ele é a corte e o
de m uuos, e a1gu t 1
1a'gru· nas,
m ostran d , ns com devoção lançaram m ..re verdadeiro lugar de Maomé. E por isso ele tem um cavalo branco,
-n a l
d0 preste Johão ° os nos·so senhor aquele sinal pera a, q u, Pªl' que guarda para o dito Mahdi, que tem um tecido de veludo púrpura
. coJ11
0
on de se havi·.a por n o s
J10mens de po
uca fe,
mais se vido r de ; � b »s e ferraduras de prata; e por vezes de ouro puro. Ninguém monta
, _n�m ousamos de
O últim o comen cometer aquelle carnJD'ood, ",5 este cavalo e põem -no sempre à frente dos seus outros cavalos.»
11
-
9 •
Albuquerque para
D· M·,lnucl, 4 Dezembr 513, in Ca.rtas, v l. ,, 23 1· 117
o 1 o
116
O milenarismo do século X\/! do Tejo ao Ganges
Impérios em eonco
rren cia·· Historz
, as Conectada s nos Séculos XVI e XVII
muito influenciado pelo pensamento apocalíptico franciscano sobre
mogol Jalal al-Din
Muhammad Akbar começou a interrogar O J·e5uírl a chegada do milénio, de tal forma que pediu para ser enterrado
catalão Antón1·0
Monserrate (envia· do acerCJ com o hábito dessa ordem religiosa. 13Assim, os descobrimentos
de assuntos rela · em missão à sua corte ) , . 0
cionados com ·- · . Vlt1Jll para ocidente, durante muito tempo considerados como o início da
JU 1 gamento' se C · . O m11enio, ou SeJa, sobre «O si·10
. nsto sena O J m· z, e po Modernidade e o princípio de uma verdadeira sensibilidade universal,
quando ocorreria». 0 pro . Je
1
subJacente era c aparecem agora aos historiadores como tendo sido produto não só
ompl xo e é pro
vável que estivesse no des eJ e i
O
Akbar destrinçar � de avanços nas técnicas de navegação e conhecimento geográfico,
as dIferenças e as ntr
sua heterodoxa semelhanças ideo1,og1c· a s e . mo. ou do impulso materialista de aquisição de riquezas (como Vitorino
corren nis
M onserrate ' ta , te do Is1-ao e a versão jesuíta do Cns· ti·a oJII0 Magalhães Godinho defendeu com exagerada ênfase para o caso
m bem ele um
outros membro . f'Irm e crente em portentos, c grr português), mas igualmente de uma visão do mundo embaraçosa
s influentes da on
· ae L tion ·
ztec sua ordem ' refere no seu fa{ l,Z0 mente «medieval», que tanto tinha em comum com Joaquim de Piore
U
ega
era um mistério
lS Commen
. tartus. que respondeu que o Di' a do ]. is con�o com Copérnico. 14
dºivmo' m as que . s a'
i n
nomeadamen te sena conhecido por a1 gun s o'e"' A medida que o século xv do calendário cristão chegava ao fim,
«guerras e rebe1· ç
a in · vas
ão, devastaç-ao - , a queda de reinos e de lla . ol
ioes 0 poder de sinais e portentos relacionados com o milénio não dimi
e_ conquista de nações ri e
por reinos: e _ por na ções e d e e11\ �uiu; estes foram meramente modificados e apareceram sob formas
estas coisas ve
no nosso tem mos acontecer muito frequentern agi 1�1 �ditas. No século xvr emergiria um conjunto de condições mate
po» 12 A . s1. nu
e deve ter enc . m ação da última frase era bast a ntf "dai na1s do qual o milenarismo pôde brotar e propagar-se como corrente
ontra do eco numa co se
milenaristas goz- e que os textos e � kJlbaf abrangente de um grande espaço geográfico e, ao mesmo tempo,
, ,av am de amp1a . n em
tera pergunt'a circulação. Diz-se que depois .A qui como fenómeno com manifestações locais específicas e únicas.
do se Maom é
Monserrate res
pondeu que n-
ª
e1· mencionad · o no Evangeli1 o, e rr:t1e
ao A _ metáfora da circulação monetária, embora inevitavelmente imper
escreveu que ao, por ser um falso profeta . 1viO �, n s rei· feita, pode ser aqui utilizada, pois o século xvr assistiu também a
mente Maom
Akbar div ' agou ªIto, de f orma algo calculad a, <<Ce do enormes transformações no fluxo mundial de metais preciosos, à
é na-o pode s . 11
mundo como . , ague 1e que deve aparecer n o fo 0s
er medida que urna rede de prata cada vez mais vasta cobria o globo.
adversa, no de fl1
muçu1manos eh . . toda a humanidade (aquele a qued ·;/, Todavia, as consequências deste fenómeno foram diferentes para
. amam D1Jal) », . 'h l- aJJ sociedades diferentes. A inflação e a agitação social registadas na
0 anti- Cristo q refenndo-se à ideia do masz a uoi
ue aparece em ll
burro no Fim ª 1 gum as lendas islâmicas mon tado Península Ibérica tiveram apenas um pálido reflexo nos domínios
, do 'i'empo. otomanos e a Índia não terá sofrido qualquer inflação. O milena
T
-
129-134.
l 18
Impérios em Concorrênci
a: Histórias. Conectadas n os Séc
ulos XVI e XVII O milenarismo do século XVI do Tejo ao Ganges
r ança, uma macro-história
um pouco nos pântan do ? ro 61�ma sem ultrapass ava, a . . .
os d micr
o-histór ia. ª
antes nos enterrarmos ' que esperara o m1·1,emo cn sta- o. 18 Certos anos mterme-
dios'. como 960, 989 e 990
,
a. H., detinham também um significado
panicular, com
Otomanos e safá o fora o caso com o calendário cristão . Infelizmente,
vidas �
nquanto os m edievalistas europeus têm sido incansáveis na atenção
. evotada a cada par ticularidade do milénio, os estudiosos do mundo
islâmico têm
. A m�nha perspectiva sobr e ficado muito atr ás. Efectivamente, a historiogr afia
mfluenc1ad� pelo est e a� s unto fo contempor ânea
s traba lhos do � par ticu larmen te tem muito meno s sobr e o que construir para o
Cornell Fleisch hist0nador do imp ano °;undo islâm ico do que para l'An Mil. Mesmo no que diz respeito ao
n o ne _ e d a
er que defende
' u que os nt . ' . ério otom secu_lo x
. margem s
ul d MedIt ' m os h1stónco s da margem vr, o milenarismo n a Eur opa cristã está provavelmente mais
Interligados não º
A
�rr aneo da época analisado do que
apenas pelo cl 1 moderna es cavam nas terras do Islão . Existe quase uma indú stria em
econo, m1ca ·
s e por ri ma e
' , p el a ge .
o gr afia, por f o rç as
�or_ � o de uma só
B raudel), mas validades pol,Itl_. figura europeia, Nostradamus (1503-1566). O êxito
por cenas carac cas (como já and micial de Nostradamus vem dos seus feitos médicos com as vítimas
um s entu· nent tenst1c'as cultura · defendia Fern da peste no final
depoi·s de Co
o p anilh
ª do de exp ecta · 1 s com uns inclm· n d o
tiva mi. len arista 'n o século
da década de 1540, que despertaram a atenção de
Catarina de Médicis, permitindo-lhe tornar- se médico de Carlos IX.
relacionando-as
lombo · J6 U sa
° nd fon tes do
. s domm1os , · otomanos e
A sua famo sa co lecção de pr evisões, Centuries astrologiques, pela
dár'ia dO M edue · rrân eo e ª
com um se, ne
de documen taç _
a
. .
o milen ans ta secun- P
.
rimeira vez pu
blicada em 1555 e reescrita em 1558, era dedicada
ª
Florenç ate, ao f
a
ur o p e u, desde escnt · os sobr e Savo naro1a de ª esse rei e baseava-se numa tradição de temores milen aristas em
expectati·vas m moso n1 Ole1·ro de C arl . e· F_rança e no utros lugares. 19 Na Europa da época moderna as ideolo
, nar istas na
ile mzburg passando pelas
cadas por Rie co ne de F1º �ias m ilenar istas não
hard Kagan e I'
ip e II de E's panha identi·t1·- eram meros contra-sistemas usados para ques
todo o Medite outros, Fle1.sch ti�nar hierarquias
rrâneo , n
a era de C arl er suger e habilmente que sociais estabelecidas (como uma leitura ingénua de
sobre o Gmzburg po der ia sugerir), po is podiam estar intimamente as�ocia_das
qual operava os V e p·1
1 ·1pe II era o espaço
uma co · n t ao Estado,
Embora isto seja �J� ura milen arista.11 ' que as acarinharia e enco rajaria para os seus próprios fms,
p roveitosO _ ve ' sem duvlda válid nomeadamente o exercício do poder.
r o mi.len aris ' 0, po d era, ser igualme .
nte . .
Ihantes mais. .
a onente (n
mo Otomano
ª ' I uz
eadamente n r - de pro ces sos seme' - . Era isto que se passava nas áreas islâmicas para as quais h1sto
mogol e d D -
. 0 ec a
om,
. .
ao safáv1da na ln ' dia nograficamente
no s encon tramos mais bem servidos - o império
Eura, s1a_, po nu o ), tal como· sugiro que,
o r
Otomano, o Irão
preensao equi·
gal deva ser
me
'
· ] u1 do pa. r no extrem o ocident ' al d a e O No rte de Áfr ica. No contexto do ano 1000,
as expectativ
1·1brada e ger al a a obtenção de uma com- as nestas áreas não eram uniformemente apocalípticas.
o s suben
tend'1dos o c
ult
dO M edJterrâ'
r ·
neo. sto a1ud aria a esclarecer �el?_ contrário , m
uitas giravam de forma optimista em torno da pos
embora n-ao s nas c s161lidade de
o nvers. as
o
tenham tido de Akbar e Monserrate, um reor denamento do mundo conhecido, através da
G anges, mas 1 ugar nas m 1ediaç�o de um
entre ambas argens do Tej
o nem nas do � mujaddid (ou «Renovador»); assim, pelo r�1e,11?s um
. R
_el em b r emos cen '. � as marge
n s d o Indo. ?n hec1do reformado r religioso de fin ais do século xvr e m1c10s do
cnsta' f01· 0 a os. facto s ectilo
no 1000 do ) s e'ss� nci·ai·s. O ano 1591-1592 da era xvrr na Índia, Shaikh Ahmad Sirhindi da ordem dos Naqsh
para os muçu ca ,endano bandi Sufi, a
lmanos com da LT, · ssum iu O título de mujaddid-i alf-i �âní («Reno vado r do
anos eram p eço u cm 1495 ncgira, e o décimo sécul0
or is · so esperad (90 1 a no da Hégira). Esres
de expectat1v o s no
mundo is --::--_
a m,·1 enarist · IAam,c · o com um n1,vel 18
Estes temas tratados numa importante colecção recente: Mercedes
a qu, e ce. namente . . García-Arenal, cd., são
igualava, e possiv elmente des mondes m M hdi sme et millénarisme en Islam, número especial da Revue
�. Ficamos a sabe
a
usulmans et de la Méditerranée, n.º' 91-94, 2000.
tive a sorr,e de , . , r. que A. Mediten·anta , nA D
19
C f . o excele nte artigo de Denis Crouzet, «Circa 1533: Anxieties, Desires and
consult·1r ocal
. . Ver, por cxern 1�, i{�htes n1anuscritas, vp·ii . !�se d � C,ornell Fleischer, de que ª 111_sc,> Journ�l of Early _Modem History, vol..5, n. 1 _ (2�0 l): 24;61. -�ocm�_1en-
17
c/�
0
m s_ ixteenth-C P c
. r ard L. Kag·1 , se, publicado cm breve. ç O u rl po ser rambem encontrada em Michael W111t1oub, ,<1.:ord1c du 11ruel
ancl Fl· orence· entu.,y SJ?am (Berkeley, 19, n, Ll·to·eua's Dreams: Polw .. h,, ..,, et/ordre desdera ch I..:enrrée royale d'Henri fT à Rouen», Annales HSS, vol. 56,
ª
• p1.ºPhecy and p, 1 1.·w11s. 90)., e,, antes. ' Donald . cs. and, Prop
m in the J)\<:na, Wcrnstcrn ' Savo11a
ss· ance (Pn-nceton, 1970).
1
e-1
-ola n. 2 (2001): 479- 506.
oses:
120 121
Impérios em Con
c.orre•ncz.a: H
isto,rias C onectadas nos S
,ec, ulos XVI e XVII O milenarismo do século XVI do Tejo ao Ganges
se?undo .
milén
tuir, de outr ' io.»). A ide1a do mui
aI o O _mujaddid d_a época e como um Conquistad�r
do Imam M d�Ia com profundas i , dz'd andava a. pa. r, sem . a çao·
substJ _N.fundial. L�itfi
ad
ahd1' 0 Oc raizes na h"1 ;��ha c
sto, na 1slâm1ca, a n o _ 1ta com evidente aprovação duas cartas dmg1das a Selnn,
o mund
'Izzat 1 1 'A� ' -i
d uma fo_ r ulto ou E erado, q
? S a y Y id Pir
ma radical ti
m
ue su rgiria para reform�r
� �to canónico persa de Sayrid
, ost ensiv
se re fe:
amente escritas pel o «ulamâ» sunita da Transoxiânia, que
e m a �!e, sem ambiguidade,
descreve ass . como mahdi-yi âkhir-i zamân
im 0 Ima 'Ali R,asulpun'Intn· u 1
e
•
e por is · so mem m Mah dI.' ado Rauzat al-A ,z.mrrta' f��essias da Ultima Idade») e como qudrat-i ilâhí («Força Divina»).
bro do clã Q · s
.en.� um des cendente do Pror1eta eischer defe nde min
Mahd1,· e q ura1sh i
u ciosamente que a natureza das ambições e a
u. and0 e1e uto-percepção de
ceria. De aparecess e . ' s�na· um certo Muhammad ; 20, q Süleyman mudaram bastante entre a década de
oi s de
t ' C to ( Isa ua�do su biu ao trono , e a década 1e 1560. Na priri:
intervençafo d os os b
m e n
f!S Masi.h) também ap are- � ieira me:ade
d d seu re ado,
o
o M h s serem - ela
do Juízo F' di,' c o nd m
o
Inal. Aªlgu escreve SªyY 'd, , Izzat ul z1dos ao Isl ao pDia_ eI� co rr
e
o sultão otomano terá sido fortemente mfl u enc1ado
contrário ns dos xi 'A i, começaria o �- si gn ntes milenaristas herdadas do reinado anterior e passara a
ue o
_ M it s �a m
como Ab i ah lo ar-se Sâhib-Qirân, «Senhor da Conjunção» (um título timú
u Q s11 di não pre �s va d ito qu e defendem, pe _ ri� a), bem
u
Soli111j� 0 es t:Sc v�f 45 nasrg . Robcn Finla,y «Prophccy and Policies ni Isranbul: Charles V, Sultan Süleyman,
a.11 d thc
' Magnffi.co, ' r ·
c n POrtLJ, g11· 4 (1990): 1034. Habsburg Embassy of 1533-1534»,Journal ofEarly Modem History, vol. 2,
0
LJês (N l.
').
122 123
Impérios em Con corrência: Histórias Co n ectadas nos O milenarismo do século XVI do Tejo ao Ganges
Séculos XVI e XVII
est a e xpectativa coloria o próprio compo rtam ent o de Gritti q ue década de 1550, proceder a uma demarcação de fronteiras e assinatura
m ai· s tarde se lançou numa estranh a conspira ção com o embª"' · ªd o r de tratados, pelo menos com os vizinhos asiáticos. D e facto, se na
h absbur go na Porta, Co melius Schepper, levando ao seu dec1'1n1.0 década de 1530 e início da de 1540 os otomanos tinham planeado
bem como, provavelmente, ao d o seu pmativo aliado, o grande vi. zir ganhar pelo menos uma posição no Guzerate, no início da década
Ibrahim Pasha. Gritti mante ve-se cristão até ao fim da vida e parece de 1560 isso parecia já não inter�ssar, quando tentaram chegar a u1:1
que esta identidade cristã foi de facto crucia o s, modus vivendi com O Estado da India através de uma troca de embai
l e m alguns aspect d xadas. O aventureirismo otomano em relação a Mascate e ao golfo
tanto para as suas amb1çõ . es c om o para a natureza d a sua qu a
Pérsico da década de 1550, e depois no início da de 1580, não �eve
e
política ( quand o foi abandonad o pelos
oto m anos e m orto pelos
se s
u
ser confu
inimigos no final de 1534 na Hungria ndido com O sonho de um império indiano; foi defendido,
). com alguma convicção, que assim que tomaram_ Bassorá, no fin de
Nest e cont exto te m sig nific ado esp eci um a obra oro_rn an a!
al � 1546, a principal preocupação dos otomanos foi a sua preservaç�o e
composta por um qâzi co m filiação , º
. na ordem Khalweti Sufi P a recuperação dos custos de ocupa ção. Mais do que tudo� n_o fmal
comei'dAenc1a . ehamad o Maula na 'Isa ( ou
sej a , J esus). Neste ceJCtO da década de 1540, estariam ansiosos por promover o comercio c_om
e m ver s o, o ]âmi' al-
Maknúnât (O Compêndio das Coisas Ocultas)' Ormuz e mesmo com Goa.2s Claro que os oto manos não podiam
terminado por volta de 1534, é re
bastante destacada a rivalidade ent abandon ar o estabelecimento tácito de alianças com potentados
Su.. 1eyman e o monarca habsbur go 0
Carlos V na disputa pe1o esta r ut indianos e sudeste-asiáticos tendo enviado uma ou outra expedição
de Soberano um· versal. Document ns o s
and o profusa mente as prete marítima (por vezes abort�da) especialmente a Achém, na_ década
e
de Süleyman n ess e
sentido' o autor sugere que oc orrerão a co t
n _ de 1560. Mas isto deve ser visto no contexto de desenvolvimentos
cim . entos por volta do ano :
960 a . H. (ou 1552-1553) que torn a rao_ de m ais longo prazo.
i· sto ev1·dente. Nao - -
e , port anto , de todo surpreende nte que a n atU Ao mesm o te mpo, 0 vocabulário especial. ..
reza d as pretensõe c0
utilizado nas cortes de
s de Süleyman se comece a modificar u m pou Selim e de Süleym an deverá ser analisado no contexto de desenvol
na d éc ad a de 1550. É U5
- cada vez menos visto' por si e pelos s� vimentos imediatamente a oriente, nomeadamente no da sua longa
cortes�os, co mo um conquist
ador (o que se torna a prerroga tdi"ªr rivalidade co m os safávidas, uma dinastia co declaradas preten� ões
m
de F a uh Mehmed e
Selim 1) e cada vez mais co mo u m preserv ad o messiãnicas. O fundador da dinastia, Shah l sma'il, ao assunm 0
da o rdem int ern a (d
r
aí o título Pâdishâh-i 'Âlampanâ Impera .)º2: título real e m 1501, rapidamente se revelou uma pers n�gem com
aura escatológica.26 Várias vezes identificado por s� pro?p no e pelos
h,
e Refúgio do Mun
d o, e mais tarde Qânúni o Criador da Lei �
Além disso, a natureza das a mbi
ções extern�s parece m udar, o , s eus s eguidores m as figuras prestigiantes de 'Ah e de Alex a dre,
c
S �·· 1_eyman a passar de uma te sta co �
ndenc1a para s1stemat1camente des ília e e por ve
zes mesmo com D eus , 0 aparecimento de Shah I sma 11 na
bilizar O regime safáv ida usan
A • • •
d o os membros d issid entes da fa� da cena política iraniana causou agitação e m sítios tão longínquos como
real, c o mo o irmão pa rti r
do Sh ah Tahmas p, Alg
a s Mirza , para, a
n.º l (1998)·· 1-31 A·s comp . a iscas Cf. 1>'"º b erc Mamr an, «Re' glc1ne·nts Fiscaux Occomans: La Province de
, · .- e5.milencssro o0
2s
· 1cmcnt · assorah
», Journal of the Econ omic an d Sociql Histº 1Y of th e O rie· n t , vo1 · 1 O,
dos. :f absburgos e dos otomanos andadcs pcrs1srenrcs cnrre as v1so B
n · º' 2-3 (1 967); t ambém, a síntese un
apar ecem também num curioso rexto unp r, · do5 1 _O·zba' r'an' «The Ottoma
, ·1 de Sa1·1, . . n 'Iiurlcs and
M cxKo ' n 1606. , cu · · a
utor no dos oroma_nos (e '1 v1cofl• thc Ponugucse
1
_ �bu1�:gos) . e1 111ev1)� ra que a destruição· . dizei11, e in che Pcrsian Gulf, 1534-1581», ]ournal of ASian Hzstºry, �o1 · 6,
H,1b
a
�avel, «porque é t ambém O que os própr i os Turcos p- n · ° 1 ( 1972), basea a em ocumentos. portugueses e otomanos. P ara um a smtese
ofeta, geral, ver também d
cons ide:am um a trad1çã� dos seus
e qu� d isse que a su a lei duraria
antepass ados; dizem que M a homa era um 1--/ ricº
e n
d .
Sanjay Subrahmanyam «The cradmg wo1 ld of e1 , wesce
Ocean, 1546-1565· political incerpreration», in Artur Teodoro e Matos e L,,
. ,d , -·rn Indian
mil anos cios quais só restam alguns»; cf: rcssã0 A uis
M�rtmez, Reportorio de los tiempos y Filip e F 1> · ·
historia n atu.ral de NulY/Ja Espafía, rcunP . \.Cls TI1 oma z, eds., 'A Car eira · da · e as Rotas dos E str itos: Actas do
(C idade do México, 1981), 1i-ata I' n dia
r e
do Cin co Ca 7' 215. ria In ternacio n al de História In do-Portuguesa (Ang ra d O H ermsmo, ,
pc 1el
VIII Semi nário
24 C · 1 er, «·1·1
. orne·li 1r.1• �1sC1 · r as' Mcssiah · e ,r,íf,t/ l 998): 207-227. O capítulo 5 deste livro.
1e Lawg1ve : T hc M a kmg Of ch Jm .
lm agc 111 the Rc i �n of Sülcymân» , in G l V para a melh . · _a iramana. · , · d.o secu
do 1111c10 . , 1 o xvi ,
1
il es c instcin, cd., Solirnan /e Ma� ral �111
ver Je an Aubin, or analise , are, a, data da poI'me
2&
: ', '
des Safavides reconsi dere», Moyen Orient ,et Ocea ;n
et son tern_p , ( �ns, 19 2!: 1�9-177. T
� P ? am bérr� a análisc anrc_rior � fu ncl 1 n 1f11 «Cavenemenc
Ba1 _ b,1r a rlcm 111111g, «S ah1b-k1ra, n und Mahd i : Türlm. chc Endzc1rcrwaªrt.:�ge tlJC lndien, n.º 5 (19
88): 1-130.
crsten Jahrzehnt der Rcgicrung Sülcy e e ii
mâns», i n Gyorgy Kara, cd., Bet'/J)
Danube and the Caucasus (Budap
este, 1987): 43-62. 125
124
Impérios em Conconc' O milenarismo do século XVI do Tejo ao Ganges
encza.
· ·H·zstorzas
, · Conectadas nos Séculos XVI e XVII
nao morrera e q_ue viv · era, eternamente». Outro viajante e reJat. or E como um pedinte ao portão do Mahdi, Senhor da Idade.
.
Ita1i·ano, G1.ov' ann1 Morosm . .
i, escreveu aos seus s upen. ores a Pªru
r O meu nome é Wali Shah Isma'il, o meu apelido é Khata'i.
de D asco, em 1507: «Ele [Sha h de É int eressa nt e notar que as pretens ões messiânicas de Shah
;t Isma'il] é adorado em lugar
um 1, um parente e apóstolo de Maomé. sa Isma'il, que sem dúvida terão desempenhado um papel na união
Foram vistos soldado 0
rezar-lhe a ele no seu pavi·1hao - . 0 Su t·1, com a cabeça velada, escava 11 dos seguidores em seu redor e na capacidade destes de enfren
centro de uma grande coroa e circu sas tarem, por vezes, terríveis disparidades militares, surtiram um efeito
, 1o form ado pelos princ1·pa·s1 pe r 0
no seu acampamentº · E taI como · pér1 dual nos que se encontravam de fora. Os otomanos, de vez em
estes mouros aqui [no irn
o omano] aclama _ m Maomé, os que ali estão adoram o Sufi. Não Jhe quando, usavam a term inologia em voga no Irão safávida, em certos
� ª 1110mentos ironicamente, para explicar a derrota que tinham infligido
c amam nem rei nem pn,ncipe,
. · mas santo e profeta.» Havera, a1g url1 scher
s imP11·t·ic.açao
- merente a esta descnça-o,
.
·
claro. Alguns d. os se10 ua
s e
d ª?s safávidas na batalha de Chaldiran, em 1514. Comei! Flei
Sha h _Isma ,I 1 s ugerem que tm . . d s Cita uma passagem da crónica de Lüfti Pasha em que Sultan Selim
pos. 1. çao, como podemos ve r no
· ha uma opm 1ão mais mauzad a ª a deveria ter-se dirigido aos generais e ministros como seus «discípulos
epíteto «So berano (Shahanshâhí) devotos», usando precisamente o mesmo termo, murid, usado por
>
quem D eus tem na Sua Graça
(ba lutf) acompan hado no ca JD ,0
m· ho> S_ha� Isma 'il para descrever os seus seguidores qizilbâsh. Aqui a
usado num deles · Alé in d.isso . a 11a
, a poesia que escreveu' e m bor . rivalidade engendrou imitação, at ravessando não apenas front eiras
SeJ·a cons1·der . . eja
_ ad_'a d.a mai·s alta qualidade literária , é significauva p �olíticas mas tam bém religiosas. Por seu lado, escritores arménios da
s ua ident1'ficaçao s i m
ultânea com Alexandre D eus e 'Ali, e o uso do epoca desconstruíram as pretensões messiânicas de Shah Isma'il, ao
cognome (takhallus) de K esces
-hatâ'i, ou SeJa , «O ' pecado r». Um d comentarem a sua política de terra queimada no decurso de campa
versos diz: nhas no Norte e Noroeste dos seus domínios. Um deles escreveu
e111 1504 que «o anti-Cristo previsto chegou, e chamava -se Sawafi.
O meu nome é Shah r.sma ,.1 1 Sº_ u o . .
Sou ? eJ1efe de todos estes oh,;. · • . mistério de Deu
s. Atacou a terra dos albaneses e massacrou gente até às margens do
. 111 ha i!1ae
- é Fátima, 111 ª� Cáspio. D aí seguiu para o Irão e tomou Tabriz. Forçou o rei a
o meu pai 'Ali·,
=ílZZs
Am
E sou o P1 r dos Doze I mas -. fugir, colocou o povo sob a sua autoridade e impôs tributos sobre
.,... .
Recu�ere1 de Yazid o sa ngue do eles». Esta associação de Shah Isma'il com a chegada do milénio, num
1 enl1a1s a certeza de que so_u de emeu pai ' , sentido negativo, não é uma excentricidade deste autor, pois existe
Sou O Kh1· 1•.z. vivo ssên eia haidariana.
e JeJ<·t1'·0, .f I ll10 de M ana,
_ . nout ros textos arménios, nomeadamente num escrito por Parsam
Sou o Al,exa ndre dos meus com
·
emporâneos. 27 de Akhtamar em 1509, que diz: «Nesta altura, o rei de Tabriz era
Sha h Is111 a'il, precursor do anti-Cristo, que comet eu muita selvajaria
na nossa terra. H ouve assassínios e pilhagens em todo o lado. Que
pena consegue descrever os crimes e a destruição que cometeu na
nossa terra ?»2s
V. M'mors1{y, ,,The Poerr .
o 0r Q
r1.e1ititl
Y O f SI1•·'11I
. '"d !», !Jufletm. o11 . the Scho l f.1hackscofl,
21
and A�'
fr1·l-�r.i St-Ult·1es, vo I I O 4 ( 1942)
l�ma
••
. : 1042a; ver também Whceler M. A-s, ,.a,.., Art � e Aubin, «I..:avenement des Safav1des», 75.
·
nado em
.. ,·.1. 1;.1crures
«Thc Diwan of· KI1,1ta . ,·
for t I 1 e poerry of· Shah
, fsma 11 r »,
(O urono de 1988): 37_ 63_ 127
126
- --·-
Impérios em Concorrência·. Hist'orzas Conectadas nos O milenarismo do século XVI do Tejo ao Ganges
Séculos XVI e XVII
.
Finalmente' h ouve alguns_ bservadores europeus (e em especial ser Shªh Isma,i·1 II, m1racu1osamente regressado dos mortos.
0 epi. so, d.io mais imp ortante ocorreu em 1580-1581 (988 a. H.)
diam
?.
italianos) que _ a·mda que dificil_ mente me · 1·mados a levar a séno as quando um qalandar (ou derv1x .
e ) chamado Muzawwar ap areceu a
p re_tensões a profeta do Shah - interpretaram generosamente o s eu desafiar os go vernadores regionais safávidas, afirmando. ser o Shah
e f eito, v isto q ue os sa f a ' viº das re . . .
presentavam uma barrei·ra ao qu morto. Este movi.mento tena , no seu auge, uns vmte mil segmdores
e
Ihe s p arecia ser a mai·s grave e directa ameaça ·imp én·o otornaDo . militar. Nos
,o ser b rutalmente esmagado através da for ça
- e acab a n a _ror
sob os sul t õ es Seiim e S u .. 1 . .
y . O resumo de um diansta vene· . .
º
. anos seguintes surgiram m ovimentos seme1hantes, embora com um
z1ano, M arino S anuto, tem um tom p . . leni- .
e m an
osmvo colad o à sua so apoio p op ular mais limitado.33
.
dad e fú nebre : « Um h o rn
em de grande JU · st1ç· a e sem ganância, beJJ1 a década
.
mais liberal q ue AIe x an · o mesmo, p ois . . c eb e
;ºm a subida ao trono do Irão de Shah 'Abb as, no final d
. dre' p ro - dig assim que re de �80, a atmosfera milenarista sofreu uma completa reviravolta.
dinheiro . distrib u1·_o . D e forma .
que p arece um D eus na Terra .)) A n meira década d o reinado foi marcada por conflitos entre o
2?
Aq ui, mais uma, vez' a anti.ga auto-im · agem s afávida conta rn·m0u t
Shª e uma ordem ressurgente de sufis heterodo x os, os Nuqtawis .
o vocab ulário dos ob s erv , , , · as .,.,
. . adores extern os ate as metaforas p . asu·a, J.a1 como f01. recentemente analisado com alguma profundidade por
e
,as compara ções q
recis
ue uti1iz am p ara descrever o f undad or da dm K h Babayan, o desafio n�q:a�i d�u.f�u�os precisamente porq�e
Isso também e' ev·idente no t'itu1O usad
o pelos europeu s, ao
Jongo 0t:a;�� vidas p assaram da sua 111s1stenc1a m1c1al no gb_uluww (ou seJ a,
do século xvr, p ara des
. c, rever os safa- vi·das, nomeadamente o Gra nde c enças het�rod�xas de natureza es�atológic�, no s�u caso), para
Suf1. Em meados do seculo xvr o
· perador M ax1·m1·1·1 an . :
e
. , q uando o im u a �?nn a de 1mamsmo que os aprox imou mmto mais da sharf'a.
34
128
----�
Impérios em Concorrência.
O milenarismo do século XVI do Tejo ao Ganges
.. H.ZSlorias
, . Conectadas nos Séculos XVI e XVII
A e�pectativa de uma figura messiânica aparecia ligada a um reino
Muhamm ad Muna1·1·im ai -yazd'1 . . . te
anunciou que a con1·ugação 1rninen «universal», que se no caso otomano era talvez interpretado algo lite
de Saturno e Jú ·te previa · ª morte do sobe rano no poder, 'Abba: ralmen�e, noutros exemplos tinha um conteúdo mais metafórico (em
decidiu resolver � assu �
mo de outra forma.3s Prendeu ou executou . �� e �n1versal é interpretado como significando a conquista de um
m aior parte dos nuqtawis,
mas escolheu de entre eles um tal Yusuh 1migo, que era ao mesmo tempo um elemento «complementar»).
Tarkishduz, em favor de q O· ;ai dem anda de
' uem abd'rcou nominalmente do t ron uma conquista universal conduziu quase inevitavel
Assim ' O fantoche Yiusuf I é
que esteve sentado no trono durante·a mente _ a uma reinterpretação da lenda de Alexandre, o Conquistador
conjugação plan .
et,
ana desf avorav , e1, com uma coroa (ta;) e urn rra/0 Mundial por excelência para o mundo islâmico da época.
e A'
de r ei (châr,qab'; , enquanto
e
gaç-ao, depors .
· de um remado de quatr0 O,
em que foi ma t t
e o seu corpo p
n 1'do sob est nta . A . Yusufi foi deposto, 11:or ,.
. vigr·1ancra, m «Conquistador Mundial» mas um Profeta. Certos elementos da
�end� eram
nominalmente cumprid
endurado pa 1.
ª se� vis. to pelo público. A profee,aioa fo•ie, de natureza basilar. Primeiro, a sua ligação a Dario, o seu
opositor aqueménida na história, hoj e em dia muitas vezes visto como
a·' m sultao, realmente, morreu, mas .n do
o Shah 'Abbas . d�sso . a um meio-irmão de Alexandre. A guerra entre os dois é portanto uma
36 Depors
por heresia em az . i
e •
também Darwish Khusrau foi J UJg . 0
. sug gue_ rra fratricida e é um passo importante na pretensão de Alexandre
Q wm ' dad O como cu1pado e su1.e1to ao ca. do
exem plar de (Sikandar) a monarca universal e conquistador mundial, unindo os
pa,ssar em paradª pe1as 1ra
e
xvr. E ssa peça . eci.do te . Na Índia, o alvor do secu ' 1O X do calendáno . da< He,gn ..a foi direc-
é o Lvro de D xr ua1 d º. '.11'·1
enar! s m� do secul
o
a, 0
em torn o
do mito apocalíp ame! (ou
K1tab-, Damyal), q ue gira
tamente aco mp
anh ad o por poderoso mov1. en to miºlenarist
7 tica de
de Nabucodono tico acerca da 1.
n rerpretaç ao o dos Mahdawis 40
O movunenm: t teve origem na igura caruismá
culo XVJ o Llv
sor. Muito
usado pelos ast - do sonh · um tal Sayyid 1443-1505), que fugi da cidade
ro de Daniel er rólogos de cort o sé · uha mmadJ aunpun· (
M
conjunto' , a habitual de Jaunpu r (n
o mei· o d O v ale gangético, perto
d Benares e sede de .
com textos ta1is . nte fun dido, o u \1� em
mãn 1c · os e com os \uí· um sultanat � s m - s d din asua
dos a Alexandr o no s éculo XV) após a sua qued
me
s que K
O seu guia nesra\ sca uma re ta da h pe d ar·1as
ve rdura, q hwaj a Khizr, de de albergues, ehamados â'iras, d1stI11 .
em m eno
ue o l eva o profeta ,morrar da suf.1s habi· tua hdaw1 gozou
d s s os
defender a civ uralha de m 2OI mas ver Wambém Pem Gae,ffk,c,, «Alexan
eira d
ri
� .
bre
nur Khu
ilização con a b '"d t>c Bc" .
•
Magog (yâjUj w
,1
srau (D e11,_ º}5), 200- · .
b_ c
, ·se M alhson, d , Stud,e,'"
tra a depr o e South1 Asi g"1 S· u f'<s•,'" Alan , w1stI e e Fra.nçor 1991 (Nova. D eli/Pans,
co n
usadas para
a rnajUj), n o
.
edação de
G . : "'
W· Enr
procurar liga va mente
p �er 1994), 2 an Devotwnal lite,rat" • R,rwch
Papeis, 1988-
subjacente ções ao Velh ersona gen s que podem 75-284 , b,sc,"do-se no texto de Ahmad Sh,rif, ed •· Ala
darnarna (Doe
ul vi·racita SI'kan-
à lenda não o Tes tam
deve, todavi en to. O po t o c ruci·,aJ ,, 1977).
Alexandre é es , er esquecido. O de n . io Par vement in · Jnd1 a,
ta belecer de a uma síntese geral , v er Q,m,rnddin, Ti Mabdaw,. M0
islâmico, e G o ã p Suno_ o "·
5 'Abd ·11-Qacl. a 1 B ad·1yum., Naiât al-rashtl d (complerndo . M ,hammod
a
em 999/1591),
s
g e Magog sã nas um reino universal, as u
D cli 198
m 'f' no
n o a e
o assim
os inimi os m defende CJu · - ' ' .- khs 1 an, com S yyr d_
· . ens d·,1 s. e·ira esta0 noJ Bad· ª D . ·e' ter cn. aclo ra1s pi\bi emas,
do Islão. Assim, d '"llrb' akh c as orig
ir a
l\r
ª . •pulo de Abu [ s·I1 ªq Khn . ·I am._ 1z-s .
sh
J8 par a 1 · 9llc ora11 , o d1sc1 ·. .. o Ira' q·ue, e aí, nas
g
a g1"na 1 1 pa1,1
do século XVI, s , US<mço- ,s s,g . d as tropas. comra ele· depois disso :ugm
. n,·1··"""." . . · es. y,cr- rambém D e I N. M··1cl ean
1 envia
'"º"�ohas, <ceá ·
f «TI,e ,
n
' rry
do
,e, Jere-Pierr ' mspuad,,s "
30 · ' d M·
d'Oriem et d'O c eD º'
cident (Paris, igmd, et ai., Cb,�aux" ""º' 1ª , a do Decáo 000 · . h,
scg 11 dor · Ric har
<:.aton, cd., Polirical Engagemcnr. T MaaI 0" ( D e r1' 2003), 150
r.·t n= Sociology t
. j1 "•nd tl1e Srate», 1· 1.1
of d v1ya
2002). cm,a/im arabcr J,mr /'•r arl>
.. 7i·adi twns, llf
-175 ' -166 ·
ia
fnd 1 a's Is1amn
. ,
132 133
Impérios em Concorr
. enc
, za:
. Hist,orz. as Conectadas nos O milenarismo do século XVI do Tejo ao Ganges
Séculos XVI e XVII
rap!d�m ente se .
tornou local
de
. até ao
presente » , as pesso as pen savam, escreve
B ad ay um,· que «o d1a
safavid as Isma
' il e Tahmasp levp grinação. Os .primeiros sobera,nos dª
ere
aram O cu1 to . fl· ressurreição tinha chegado (qiyâmat wâqa' shud)». Isto, por sua
a pont0 d e suf1 c1ememente a se o
ata carem O t,
umulo re et vez, levou a uns versos (rubâ'í) inevitáveis:
No entanto, o c idas
u1 to m ahd 1.p . . . ve zes.
J :un��n. n�? se ex _in 1 c1 ado por S a yyid M uh arnrnad
tin gui u. �.w Em novecentos e onze a cidade de Agra,
O fim d o
d vana s filiações s éculo XVI m uçulm anos Tornou-se o alvo de vários tremores de terra sucessivos.
d em 0n
para _ como e le. A i r f
a m cun· osi da d e e mesm ' ·ia
o reverênc
str ra E embora os seus edifícios fossem muito fortes· , b
Sayy1d Yusuf, in b o g a ª
1 0
· tit· ulada M tl , santo. -here, t1c
d
· o da autoria de M1y . an . altos tornaram-se nos mais a1xos
O s seus pontos mais · .43
d ad a
pel o poeta d a co
ªª a l -wil âyat, f0 1· na verdade encome11-
rte mogol . �mbora o movimento mahdawi tenha, em parte, desap a recido
cu1o XVI q_ uand
'A ' o estev
Abu 'l Fa1z 'Fai zi ' no final do se-
af'zm sunita, m Bur�anpur, no D de vi5ta nas déca das seguintes, restam poucas dúvidas de que conti
ecão.41 O fo rmidável
e e
Mulla 'Abd al -
a uou a ang ariar numerosos seguid ores, parti cul armente entre alguns
como
representa
nte da O nodo .
Q di r 1 B ad a
ª- . y un i muitas vezes t1·d° �os
x1a sun Ita d e fm º '. a a fegãos re sidentes n o N o rte da Índia. A grand e manifestação
co ne
mogO1 ' escrev
eu a seg ui. ais do século xvr n
s ayy1· d Mu
hammad, na n t e passagem eni gmática acerca . d e seguinte teri
a de esperar a cheg ada de outro mar
cador signif!cativo
a H] M" sua h1º sto .
' no calendári o 9 M ais uma
s · ayyid Mu
h
, na uni·versal: «E n este ano [910 do milénio o ano de 60 a. H. (1552-1553).
' - sob o movi· -
ir
m ve7� Bad ay u
· .
seu Iugar a m ad de Jaunpur, m· é uma preciosa fonte de ·m formaçao re
de d esc que D eus santifique o
wal' e ue ch anso sagrad �nto_, que nesta fase se centrava n as figura s de Shaikh 'Abdullah
� :e f?i um dos chefes dos gra ndes
Dei� q ;,e te gou a dizer-:e � _ e) e do seu
e
seu n o m
: m a ahd1, e m r
es osta ao chamamento /Y �zi ( ele próprio um a fegão, como sugere o
Aqui estou eu, verdadeira pretensão sob p etJ iscipulo Shaikh 'Ala 'i ibn Hasan Bayanwi (ou B angah).
re todos nó s, respond-
na cidad e de o regressar de Mec a, ,a ci. d con tex t o polític o era O problemáti co rein o n o N orte d a
a
F
Kandahar qu arah. ond e f01. en terra d
ade s agrada a o HindustaO, Í ?dia de Islarn Shah Sur (1545-1552), cuj o pai Sher Shah expuls_ara
c omo
e ª
' , . misericórdia de , º· .
Q az 1 H us' ain Zargar .
de
8 e screve que Sha1_kh
t .ª
, ?,1 ay un durante a lgum temp o . B aday uni
O ro n
p p o Mir
Deus estej a c om ele que ass1J11 u
crono tive a honr'a ' e 1 1 um h omem escola hanafoa,
grama·· E.!e d.
. isse: 'Vai de v · · a , escrev eu o seg
ui· 11r
' de conhecimento ortodoxo da
estabeleceu -se
i sit
e pergunta a r
ei ou Ben gala
para fa zer a Ha1·1·' e no seu regresso
k
Shai h un k
o Shaikh'
gram--; nas al âr). Shaikh Mli barak t
zstifs (Guftâ ke birau az- x
em Bay an ' ºi· a
· fluenc
cul o de m
p avras M a m be, m mvemou · um cr0 no a , p ert o de Agra . Aqui' entrou para o cír . .
Em bor a Ba d a y a· zâ Mªhdz,.. 0 Mahd iº a n1 »42 de Shª1·kh dem Chisht1 d s s u f is,
'Abdullah' que 1·á pertencera à or
o
un 1 n ão . ·u.
Sayyid Muh acene in de D1as que subseq en por Sayy 1ºd M uh ammad
p
completamen
amn1 d ao ª título de, pr
t eir· a me n - es r a
t e as pr e t e n s o
a
u temente fo ra ca tivad o
J unpun_ ·. E, deixado bem cl aro que a ma10 · r parte dos segm·dores
te º
Além disso, . b st1-1 nem a aiguns d
o feta, ,
e o, bv1. 0 que não Ihe e
. . . s, , e Shaikh 'Ab s de lenha e _ de
J"dore dullah eram «tr ab alhadores, colectore
d
e, os s
morte d,e Say . interessante que asse . e, us pnnc1pa1s seg U to da � U a», que ele idolatria e a ad aptar uma vid
a
y1d Muh d i rec t
ameme deste re1 a in tim a va a abandonar ª.
�
1ento que a amma d para um descnç
p
terra v·10
. ão de u m cremor de or. Tom do e
ª pobreza ( e pos sivelmente de castidade) com ard
a d
balou a n 1 a 1·
pouco te 0 e u..si,a_ sm o or este rojec to, Shaikh 'A1 a ,I ter-se� a tregue_ a' auto -
n t . , en
«as co �po depois (em ,3 ,af :9Parte do N o rte da Índia e o Irãoe '
linas começ J ar 11;6 d u D1
( Ott1f1caçã p isenta d e unpostos
o e à humi ldade, abandonado a terra
p
aram a t e Julho de 1505), em q
caíram em m . r em er
. 11 pedaços, , edI"fícios. fartes d s
e bem co nstrLll, oe- a'âsh) que lhe f ora dada pelo Estado .
Jnadad-i m
o de uma luta abe rta
cera m e a terr , O f inal
a
de 1540 acabou por ser palc
fendas, e m algu a r
Ao expen· men mes. mo tempo que al ns. s1,t1o
ao
. s se racho u e ap > · entre Sh 1da 'd é cada . ores, po r um 1 ado, e O su1 ta? - e. _ os
tar este
terra 1110
deia,s e a, rvores desaparece· ra nv ai· <h Ala'.1 e seus segmd
1 lleinbr p nmeiro
---- to o m
ai·or «desde o temp ' o de Ad'aO s aliado s, por outro. N o
i1 1on1ent do cle ro ortodoxo seu
, os
'
,2 P
idores armaram-se e
nflito o Shaikh e os seus segu
,1 ara, � visita de o do c o
A. bd al Qadir 13Faizi à arca,
., . ,
M aulav1 Ahm- adayun1, M ver Arsb1]..1d, ed., lnshâ '-i F ·. ,. . 10?-103 passtii:i.
ad 'AI'1 and untªk-hª al-t , , atzt . , - . ' 1 1 ad,
1983) 1 . W. N ee eds. Kabir-ud -D111 A 1 �ck, � :. Interessante notar que segundo as memórias de Babu_r e outras_ ontes, este
� 1, 3 9 20 ; L s Calc á 64 1
(
1884-'i ; 5); reu! n-pr ; trad G S. A. Ranki ut
t;an k h, terr· senndo no lrao e noutros
1 oto, datado de 6 de Jull;o de 1505, foi igualmeme
esso ova (N. ng 'w.
- 869); reimpresso (OsnabrUutiÍ'
lc loc·'is
1·ll 1e deu 011g
.· , . .
Deli, l 990 , · H. Lowe e Wolseley Haig (Ca em a composição de cronogramas.
) ' vol. 1, 420 1
-42 ,
1 34 135
1mpérios em eoncorre,nc1.
O milenarismo do século XVI do Tejo
a: Histórias C'onectada ao Ganges
s nos Secu
, los XVI e XVII
impuseram O que im agmav am ser que, como o seu reino, estava ainda na juventude.
uma forma pura do Isl ão nas vilas
· .
e nos pequ enos
centros urbano
s . O segundo foi Islam Shah, sultão de Deli,
perto d� Agra. No m da regiao
. - de B ayana, p erigosamente O amado filho de Sher Kahn.
. omento seg
ara Ir a corte j
ustificar a sua
�mte Shaikh 'Ala'i foi convidad o O terceiro foi Nizam-ul-Mulk Bahri,
rontes,
repreendeu o sultãO
p os1ção teológica e, di z-se em várias Que estava sentado como sultão no trono do Decão.
cen do com os
p elas suas p ,
rati·cas n ao
.
_ - 1sla m 1cas, a.pare- Se me perguntarem uma data para a morte destes três sultões:44
. s s seguidores . . Respondo: Zawâl-i Khusrawân («O declínio dos soberanos»).
•
ra
de andra1 os (
· boh. zar a p 0bre sa mistu
eu
. . ª sim . )
a m111tanci a) e tas de m alh a (a simbo ar 1· z
0s principais teo,1 reino tenh a
za
. Mas a questão não terminou aqui . Embora o seu
co 1
A
· . g zes de
•
corte de St
.A
137
136
. século XVI do --r.
ie;o · a0 Ganges
Impérios em Concorrência: Histórias Con
ectadas nos Séculos XVI e XVII O milenarismo do
xen'fes de Meca
As alterações na corte de Akbar Maulana Shirazi mostrou um Panfleto atnbUI'do aos ' dos
º
não-muçulmanos. Procurou
-se então uma ideologia suficien eme ce
or todoxa para exe A . c �a -
Vejo em 990 duas conJ_unçõ e s (du
.
rcer m · fluenc1a em t odos estes grupos . O mess1
qirân),
· o 1s
rnsm · I am1c· o na- o-sectan aJ'jal;
, · o oferec1a · esse p otenc·ia1 , espec1.alm. ence __ e, no ddee Dmud ar,
Vejo o signo do M.ªhd1
A
porque na .1magm .
aça- o popu 1ar pod'1a ser
fac,·1 mente es tendi do a
A política ou a religiao
o. 47
não-muçulmanos Vejo claramente O s e gre�tO :s condid
. 1mente, o . pro, pn·o
Fma , os
caI endan ·o exerceu a sua pressao. - Os an d terce.ira l'n 1 ha·· Yâ mulk
entre 960 e 990 são test en u 'd o, n a
emunhas de uma acalmia, ma
s a últim a de , ca a A chave estava, num certo s
q ueSta - o atingm . o auge
do milénio (e a aproxim badal gardad yâ gardad dfn. Rea)m en e a s
ação de 990) era um pe río ansiosamente 0I'1t1·cos e sociai
esperado. Badayurn. faz do em 990 (1581) m ano n1arcado por tumultos P to excelen te .
t
e s xªta
s
d
o
do Guzerate, te rá entr s
Papel de khâtib para conduz- 1r as oraçõe declarar
e
q e n ta que se
con,pletado ltura,
mai.s ou menos nesta a
o
Akbar:
u
Ver Dcr ryl N. Macl.can
Musrafa Gujarati», in D Falsc Mcn ar rhc Court O f cnce,
, <<Real Mc n and
4(,
11 ' 323.
Thc Ma;alzs of Shaykh
eds., Beyond Turk and avi
Hindu: Rethinking Relig d Gilmanin e Bruce B.. L.aw5011th
-._ 13; rrad. vol.
3
Asia (Gaincsvillc, 2000) ious Jdentities in lslamicat } ... , vol.
Badayu111, Muntakhab al-Tawa,ri'k,:_J,
I1,
. e i
�
)39
138
O milenarismo do século xv1 do
Impérios em Concorrência: Hist Tejo ao Ganges
órias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
da sétima geração desde Timur príncipe Nizam Shah com o apow . m g I · Os Mahdawis eram aqm
está destinado a conquistar _os set retratados como prov ocadores de sed�1ço,?es e causadores de grandes
clim as do mundo, excedend :
o Alex andre n a s su as c onqutSras,
vivendo ainda mais tempo qu danos, tal corno tinham sido sob Islam Sh h S r o outro aconte-
• e N oé.48 ª de Akbar
E também nesta altura que
Akbar lança u m grande proJeC · to de cu· nento importante f01· o nascim · ento de Khur�a;n' neto
escrita da história
nos seus domínios, 0 Târ (que mais tarde assu mma · · o t1'tulo ShahJ. ah· an)' que em meados d0
990 a. H., com um colectivo fkh-i Alfí iniciad� ern século xvn faria ocasionalmente uma grande questão do f acto de
de sete autores. O objectivo do proJect� ser filho do milénio. As expectativa popul are_s, todavia, não desa
era contar a históri
a das terras islâ
(a rihlat) até ao ano 1000 micas desde a morte de Maorne �
pareceram, e estão patentes na carreira do su fl Naqshbandi Shaikh
do calendário. Entre os envolvidos es:ava
B adayun e a crónica dev Ahmad Sirhindi. Este reformador rtod0 º que afirmava ter p_or
eria ser a obra
consensual de muitas rnaos; . ao � milémo,
Este formato foi su bseq m1ss - d1v. .ma p unfic 1 ca e c1v11 no segundo
. . ar a v1'da pol'u �: ,
autor, um certo
uentemente a ba
ndonado a favor de · urn 5? passou a autodenomm . ar-se o « Renovador» (mu;·addid) e entr
ou em
M ulla Ahmad
Thattawi, supostamente um sirnpau
za�te xu.. ta. D ep�i.s de co nflito com os mogóis.
1588 foi continuada p J ' · Beg
e fmalmente rev or Asaf Khan a far · tas encontram i. gu almente expressão _ na
ista por B adayuni. A s expectativas mi1enans
Por voIta da altura muito significativa história , que aparece num dicionário b10g ' ra• f!co
mesmo am es , em m ad
em que o te
xto se aproximava do f.irn , ou m ogol de meados do século xvrr, 0 Za hzrat al -
k ' -Khawâní n de Shaikh
d0xo
0 1000 0 nobre orto
da década de 1580, A kba pare
perdido o mteresse neel
o
e. A Târfkh-i
s
r �� rJ: Farid Bhakkari. Aí se conta que n o - ª
M.l z Anos) era clarame -
nte um projecto que f
A 'f
Y' (liter lm ente ' A Hist o ria sunita de o
rigem centro-asiática (turam � ), Q'li'i Muhammad Khan
dro
l a
. azia sentido num qua � seu jâgfr em
m'l i enansta. M as a, med'1da que o And..IJan1. estava a su perv1· s10 · nar umas _obras, pe to do
mogo1 tera• senti'do q milénio se aproximava , ª corte Jaunpur; a localização da h.ISto• na. nao de1x · a de ser reve1adora.'
ue era uma b
ase d emasi ad o instável p ara f undar
u m� �'deo1og1. a
d'ma. st1.ca de Iongo pr Porque é o loc al de nascimento d� :: ' 'd Muhammad Jaunpur·1 ·
defmir urna base id azo. Se o objectivo e ra reaI rnente \ _ 2], Jaunp��- er_a 0
O texto diz: «No
eológica qu e
pudesse reconciliar as expecta . v s ano 1000 da He� � 591 9
culturais da Ásia c Jâgfr [de Qilij iram Q1hJ, f ilho
entral, do
Irão e dos indianos autóctones, po d�ia
n Khan]. M uhammad Sa'id, fi'Íh0 de M moso em
ser encontra
da u ma solução
melhor num
d e seu .irmã . a cerca de 600 /300 zat / sawa,r, e era fa
o, tmh
combmasse a ide ologia oficial qu) to d o o mund de e honesu'dªde ·
O s'.mbolismo do
f ogo (que at o pelo seu ascet1. smo' generos1'd a n de
c� rn uma relaçao raía iranianos e _ raj�ur� O autor desta era o d'zw �,
de mestre-discípul
ao , s pági nas, Sha1'kh Fan. d B hªkk ri ª' ·
diade pir-murid d o b
os primeiros s afávidas. aseada n u ma imitaç Bir. Naww
a b S afshika n Khan, filho de S
'd Yusuf Riza e ra
vi,
ór�. a
marca' 1deológ·ica
akban· an a m
Assim' na década de 159
o, ª 0 thânadâ
r d e sse síti o . Muh ammad Sa ,-J 1 :ont ou esta hist
de esplendor d"1v · a d ra p ss u a centrar-se nos e1ement05 estranha e queria construir
m (' r , extraordinária: Q1 iJ Muhammad Khan
r
u
;arr-z· zz · adí) que ilumin
a
. lhe
o
de
concedia avam o s o berano e um grandioso edifício em Jaunpur. Qu do se escavou uma gra?
o
m um lugar a' pa ·d i
, , rt,e, e no d'1spos1t1 r
Ilahz, em que os · ·vo ms . t.1tuc10 · na1 'T' 1 ta z fundação, f · deixada à vista. D is
me,m bros da c1as uh a coroa de uma cúpula _de pe
to
soberano mogol c se d'ing · ente estavam 11ga · dos a-o foi infor oas e este _ve
omo seus 1
d' s ..
c1pu1os esp.m.tua ,s. mado Qilij Khan. Reumu um g p de pess 'ª /�
A_ssi m, 0 ano _IO . no 1oca[ panhia da elite
de manhã à noite durante dez d�ias na com
.
. DO (1591-1592)
vuona mogol ma p assou sem grande pompa e exposta ·
is unponante - : e d a nobreza de Jaunpu r, ate, a ct•1pula estar. totalmente
nas fontes. da época a conquist
a d Si d - seria c1tad: ·A terra que . Uma grande P0rta'
corn o conf'1rm
ação do triu · e n-te se acumul ara a, sua voltª f·o1 removi'da. .
do um maun d, fo1
o n
dos mogo1s . No D nfo universal 1mm de ferro c
M ahdaw1..lid·erada por
c - , no rem · o de Ahm · o ·
om um imens o cad,eado de fe rro, pesan
adnagar, uma co 1i· g,aç_a d e: coben do e e, ntrou n o
e
no fim do tempo. A escatologia J udaica ibenca, p or seu lado, v por vezes trágicos - corno O assass. m. a e ue os dóceis · estavarn
al di vin d Ma n u e l
queda de Constantinopla numa perspectiva muito diferente, coJJlO eram u rn sin
o
D. João II - \de rosos, D.
destin ad o s a f ru strar o s or g lh o s_ os e p
Portugal º?
osição de
u
um sinal de esper ança.
52
a p
A casa real de Avis fizera uso do simbolismo milenarista de� _
de encontrou n eles urna met'af. ora d e si e
m
d
rn e spe °
cial cunh J·0ª
9ui-
c - e
mundo. Educado por francisca. nos, Ga1vao
u
0 seu início, com a guerra entre portugueses e castelhanos de 13 3
o
. as h m e n s con10 Duarte v1s . � o de.
-1385 que precedeu a ascensão ao tron o de D. João I. Este sobe_ rat� mita, procurou para canselheir avam a
o a
c m e le partilh . n 0
p op_ularrnente co�hecido com� o Messias de Lisboa, �anipdJi D. M artinho de Cast, elo- B rancO ' q urn 1
o
odena ser
u e e1
n o 1 , n d' ic 0 p
habilrnente urna situ�ção de cnse provocada pelas pressoes e. que o caminho ma nu. mo para O ocea .
dade · . · de Jerusa1,ern parte
culdades de urna sociedade em recuperação da grande mortal� e decisivo para a reconquista ª s p irações de urna
da peste negra ; os historiadores . de arte m ostraram, aliás, ate gdou D. M anuel p rocurou por iss · o ne g a r a
d
s
L is b o a, essen
·
cia1mente
tes o
. bo1·1s�10 rnessi. a� mco pod'1a ser le�ado a, 1etra. 53 rr1'ern si · e terra tene,n . do Atlânn. co, ao. mesm
e
p o�to este sim dos grupos m ercantis
gal' de · rn i c d o s
. interessados na exp1oraça� o econo bres, 1ider
a
ern Portu
a
muitas vezes assumido que as correntes rness1âmcas 1 � de. outro grupO de no grandemente
D. João I ao mal-afortunado D. Sebastião, no final do século ' e)(V.1; tempo que resistia à pressao . erreiros eram c�stelhano.
, . . os-novos,54 1d id eais g _
se conf.mavarn as comum'dades JU da.icas e de cristã pelo duque de B ragança, c u j o s
1 d�l 1 i·ca do mod.
elo ,
que, nas duas u'ltun. as d'ecadas, se revelou extremam ente enganosa- determinados por urna 1m · ag ern a l g o
su a traJ ect
on a par a
o
f,ar lY d e Je
i d o ,
.
legado de Constantino pela posse
Ver também Andrew G�w, «G?g and Mag�g on
·nª�a
. aem un
di ci n»
51
Mapp �
I>nmcd World Maps: Onemaliz111g Ethnography 111 thc Apocalypnc al O�.rw orld Histo y,
r
Journal of Early Modem History, vol. 2, n. l (1998): 61-88. . Ie . ·uifs . Russe wOOd' Journ
ll -wr
and Legend of Vasco da Gama, po1. A. J. R
0
Jacqucline Gcnot-Bismuth, «Lc Mythe de l'Oricnt dans l'esc hawlogie ces stsC, � S Pºde· .
ser enco'n-
.
52
Este po�to de vista mais antigo é reimosamente defendido por v:írios dos ªc;,1111/t .
V1t o1 111
e do propno . editor cm Diogo Ramada Curto, cd., O Tempo de: Vasco d� , .1dO, Por exe mplo Maria João Maru· ns,. «
· acre_sccntarcm argumentos novos. Para uma r.e ice i,�
(L'1sboa, 1998) _ , sem todavia .he, careet 14 5
ver a rccensao bastante tendenciosa ao livro de Sanjay Subrahmanyam ?
144
Impérios em Concorrência: Histórias Conectada
s nos Séculos XVI e XVJJ o mi·tenarzsm
. n es
o do século XVI do Tejo ao Ga g
(e não em Medina ), e que a Ka 'aba era o Trancoso que na década de 1540 esc�eveu um conjunto de textos
seu túmulo. Como escrevia epig. . . v · douros. Embor
a
acontecimentos m
62
G a lvão a Albuquerque em Março de 1513 ramáticos que p rediziam .
: «Agora me p ar_ec , tenham acabado por ser censuradas, as 7irovas de Bandarra celebn-
segundo disse a el-Rei, que na perdição ;
da Cristandade, pela vin_ ª . d sec , eguinte, quan °
zaram-se mais p ara o fim o , ulo e no seculo s
d
de Mafamede, se ordenou, por mist .
ério de Deus, que o P reste Jo
ficasse la nessas partes, com suas terra � for am relaci. onadas com o culto mess1amco do rei D. S ebasu_ao,
s e gentes, na fé e verdade �
'A •
Cn·sto, por tal que quando se cumpns· mono em 1578 enquanto encabeçav_a uma expedição ma1 pr.epa-
se esse outro mi·ste, no· da nossa
navegação e ida a essas partes, acha rada ao Norte de Af , rica. Esta expediç_ao talvez_ a mais famosa d. a
ssemos lá cristãos e gentes corn . bstancial
que mais ligeiramente se pusesse
as mãos a Mafamede e a M eca, SUa história de Portugal, provocou �xtl?Ç_ª ' de uma fatia su
principal sede, a qual verão com d da alta nobreza portuguesa e conªrnbum p�ra a anexação de Portug�l
bati a per cristãos, [até agoraJ rarn h av�a
fora de se cuidar.» pe1os Habsburgos, em 1580- 1581 · Em boa parte de Portugal
·
A isto G a1 va- o acrescenta numa outra su· np1esmente um recusa em se acredi.tar que 0 rei morrera , cont1-
sempre imbuído do espírito do passagem d a mesma carta, nuando a correr rumores de que regressan· a _ conduzm· do P0r ,
a sua
tempo : «Por tal que, assi como r0r · pos
doze apóstolos foi desfeita a vez ao surgimento de uma se,n. e de_ 1.mpostores.63 D. Se. basu-ao, a
idolatria, e esta crescida a fé cath o ica, no contex_to
ass.im per portugueses, poucos d a morte' apare
ce como uma espec , 1e de fi'gura de Mahd1
e sem poder per a i. sso, sei. a começa o · Encobe rto sao
de sfazer Ma
fame e e sua perversa seita 60 P ortuguês, e os epítetos usados de o Dese7ado ou o
.» .
d
trad1.ções i.
Ne st e s mom ent os v em o-
nos no mu ndo ma n iqu e í st� _ d 0
.
muito próximas da fraseologia mahdaw
século xvr, polarizado entre
forças resolvidas à mútua destruiçao,
Contudo, o vocabulário e o
as metáforas têm mu
ap elo ao l egado a ito em comum: d
lexandrino e romano e a te a
de agarrar e controlar um ntativa de sespera Conclusão
mundo cu jos contornos se alte rava
rap!dame�t<:. _Na d
écada �e 1520, a visão messiânic de D. M a � e '
. .ic1·a o terceiro m11em
. , ·o do ca1endári , o cris.tão
e
sena d e fmm vamente r e �� b A medida que se m hd do
nte ape
a
J eita da p e la cor te po rt u gue s a , q ue . sa e pomposame .
a
n os aproxun
D. João III procurou alca
nçar um conJ. Unto mais limita do de o .ec . am os do que foi· Pºnento . olh r p . os movi-
«fIn1 da históri » exi. ste um cer.to mteresse em .
ra
t1·vos, acabando
a
bJ o
a
por aba ndonar um a . proxima-
um 05 estabelecimentos n il1entos milenari ' do passad0 Ao faze-lo, O historiador ª . o
a
Norte de África. Mas o stas cromsm!,
milenarismo popula r perdurou, alimen_ ta d
A
;,� Citado_�� Aubi�, Le Lati . . A ffa b ul ari on: Le so 9 .9 1) -24; cam bem
d, <,i luccrrc Yalcns1 ,,Sdc
eh'it· e dans . ncc, D;cnciganlon, :
v ol 46, 11· º_1 (1 s· .. 3 .an .sm o em
Cf. M111am Eliav-Fcldon,n et l'Astrolabe... , 36-37. of '
la culturc portuga1sc», · A1ma SC .
' Construçao do e
«fnvenrcd fdenrirics: Crcdulity . .111 rhc, Ag9e99):
es E bastt i
Prophecy and Explorarion», Jflacq uc11·nc Hcnna N · o dO Dese;.ado·· A
nn, o Rem 98
9 ).
203-232. 'l Earl), Modem Hist . ory' vol. 3, n.º 4 (1 º''lttgal, Séc
ulos XVI e XVII (São 1 au 1 o, 1
jou rn al oi' -,
[49
148
d ao Ganges
Impérios em Concorrência·· Hist,orias
. Conectadas nos Séculos XVI e XVII O milenarismo do século xvr o Tejo
a
em Prophets of Rebellion sugere_m que os movimentos milenaristas Além disso, e o que é mais curi oso, o mundo da época modern
eram paradoxalmente «progressistas» · de _Goldston e está muito bem dividido entre dois subgrupos, as
eve�a'
· e antic olom· ais, não se d e as socie-
· o ie dros «escatológicos»
esquecer que noutras circunstancias · · ·
O mi1 enansmo f0 1 uma 'ideoIogia � � dades que trabalham com qua
a es que trabalham com quadros «cíclicos». O historiador conclui,
A •
.
movimentos do sécu 1o XVI ª ca ' tan umir
operaram numa escala social e geogr a'f'
i
0 obJ'. ect.ivo da bal não deveria ser· ass , · d
compIetameme d'f história comparativa· ou glo o e
1 crente . qu e O saber fei·t n ada histo 1�grat1a · (def'm1'da �rnm cnten a
O contexto de lugar � de o e � um
tempo é essencial n o estudo dos rn o �- estudos de ,a ! : que bastaria efectuar
v
mentas milenaristas da , rea) nao e probl emauco, e
ep oca moderna, reduzir síntese deste e alg o do apre
sentado neste
todo o exercício a u1 e d e nada ser virá s e
sab res fei t s. Es p a- e qu
i t as
11 model.o mecan1co de desafi o e resp0sta · ac pi, ulo um p ouco esquemático cause desconforto nos especial S
o er s
•
· · ·
·,
pe1 O soc10logo histo, nc da md1ana ou ibérica, levando- os a reve
· o Jack A e fa os «factos e rafiaS,
</1d,eo1 og1. a, quadros . · · G0ldstone.. A . análise qu zÇ stab elecidos» nessas duas historiog
67
to de
65
cu1tura1s 1 utas . revo luc1onánas e reconsrr u i.o vingar este· pon
d0 E .stad o» ( o
título de um' dos cap1 as . Um últi m o ex emplo pode aJ·u. dar a fazer om o prim · dos
,eiro
.
importante) f'
. ,tulos do s eu rrabaIho rn ã Vista. A0
. . , tar o regresso de Nicolau
rela C oelho c
1499,
ica encalhada em dois I avios da frota de Vasco da Gam a a Portugal, em Julho de
totalmente mecanici·s't bancos de areia· É um rnode os �ll opes de
a em que O «colapso do E tado» muiras veze
s esmo O mais· sóbrio dos cronistas portugueses, f'erna- o L
acompanhado de mov.i inv ictíssimo
desequi'l'b
. mentos mi·t,enanstas, . é o resul , tado de uJ,,a11 C ªstªnheda,
recorda ao leitor que esta
é uma obr� «d_o
i no malth · R.e do tinha goardad·o
. us1ano entre po pu 1ação press o p rouidenci a
e recurso s. A. m Ma nu el para qu, e a iui
P opu1acional condu- a u . ·ntra, h0 yeff · to estava pro
f'iti-
d na
·
m
. z ma cnse fisca . 1, a cnse . .
fiscal a c n fli tos i eyto dele que era' a India cuJo descobnmen
._ tire, e estes mteragem com o descontcntamento popular (centr a.do, ' em hum au ' ' o· tic
o
Zad0 dant do se con ta
e ten
m evi·tavelmente, na es . es pela Sibila Cumea se gu n ·
' raordmano
, 'f1ca· - cassez de I'imenr os) para produzi. r i. deo1 0gias
ª l1bro que
anda impresso em ' l im [ ... ]» . Ai nda mais ext
de «rect1 çao e transf ormação»' .
at
(B erkeley, 1991), 444_4;��'�; J�:,olution and Rebellion in the t'arly Moderfl \'(lorid,
s
151
150
Impérios em Concorrência: Históri
as Conectadas nos Séculos XVI e XVII
esmo, global
. a sy n estas com o ne ss,�;s Partes va era
to que se esp
a fazenda de y,os ·s A I reza. O nobrec1men guas. e o acre-
casa de dro
de ter a c1"dade de 'eoa com e sta se cre que s·eraa , ta' manho
a
s as lfa nd e gu as
centamento de - e Turquia.
que fa raa mu yta envep ª. a poten cia de Veneza
u
· ar ret o a D· João
III (1557)
l
Governador Francisco B
Introdução
. . �ao da monção e a
E111 fm . a1s . co m a aproxn� aç
da
s u b1'da
de Maio de 15� , depoi. s da chega
da temperatura em Di u (um meAs e me10
6
n te
69
152 153
. 6-1565
Impérios em Concorrência: His
tórias Con ectadas nos Séculos XVI e XVII O mundo comercia
· l do oceano I,ndi'co acidental' 154
. ambaia, nesse ano,
filho do governador, D. Al , varo de C o- A carta relatava . 1 gual men_te a partida de C
astro. E sta carta brev e men ci de muitos n avios grandes, ncamente carregados na d'ffecção dos
nada pelo j esuíta Georg
Schurhammer n o seu conh�CI"d'O Que/1,n «E streitos de M eca», que d 1 regressan· am no míc . 1.0 de Agosto.
( Q 2219), oferece-nos um ta ,
do segundo cerco de D.
pan or ama interessante da situa:ª _ º à da Prosseguia ª
. rn enc1· 0nand ? que Ibrah'1m 'Adil Shah_ despachªra c. o. ntm-
. 1.p 1 .
se da opressão exercida
m. 2 A pnnc a mtençao - da carta era quei){ar- gentes militares p ara diferentes P artes do D ecao (Pªra auxi1 1ar os
pelo tanadâr local, n omeado por JbrahirJJ .
'Adil Shah I de Bij apur Band . Shah.is e p ar a Sho 1 apur) e dav a conta de rumores de que 0
(c. 1535-1558) e solicitar ao gov ernador que p róprio 'Adi! Shah em breve m ' ha n sh'd Qutb Shah
escrevesse ao monarca d . . arc _. a contra Jam 1
. a, q o füJ apur a ped'1 r a reti. r ada ou em a]terna- de Golconda.'
uv ue desmame1 ass
e a fe.1ton. a,
a p ortuguesa. E' ta mbém'mencion a d
com al gum pormenor, Uma segu nda c arta de Ch oca (Schu rh a mme r, Quellen
,
,
que al gumas décadas
a situa ão no
p orto de Surrare, no Guzerate Q 251 1) datada de seis meses m •:is tarde (21 de_ Nov :
e bro de
O p ri
n ·
ç
depois surgiria, na Í ndia mo gol, co dia ue
cipal centro do
Chanoca possuía um
comércio para o m
ar Vermelho e o o1 O
fº p/rsiCO·
1546) insistia n o medo e n o es ero em que se v1v1.'
a feitori
a fosse d esm antel ad a rao
� �f ressa quanto possiv � j. notta
informador de confi sado• �;va-lhe, no
ança, «hum J ao c s da «vytorya grande Dm
g
que regressara a D abh ; ,r,ic do Senhor Go;ernador, _cm
ol a
E ste mai ai.o, por seu 1 pós uma ausência de d ois meses em u are- entanto, algu de Castro que
ado, tinha a p m conso1 0, e assegurava a D. Alvaro . o rnuito
ticul annente entre
os h omens da
migos na guarm.çao - de Surrate'h•'". º 'Adil Shah e os outros monarcas do Decão tm.ham ficad inicial-
. afecrados e im tos, ª que
ai tnma portu
gueses pns 1one1ros,
artilharia ; tinh_a
".'-lhe d1t: ��re cial, press.ionados P 0_r estes, desenvolvimen
contava com uns duz e q ue a guarrnçao, nada u an tnenre tinham dado p ouco ciedit. o.
a s. Le o nard o
entos home
ns, incluindo quarenta «rumes»e trint o m e ns c o m o Ch a n o c a ( ou com o os cr oniSra
.
malaios (a maioria H
tanadâr local cca um a
na a n ilharia
). O capitão do force era um me e o ,�unes e Diogo do Co\ito) entend.1am um facto bastante simples
11.r
I, nd1c
arr
e apercebe r e
m d e que ess- ae s queixas, ,s duas rotas . enta e espec1a_
re
murmoração
, podiam ser enc abastec e n. a o mercad o europ eu com p1m
Do ponto de vis ont radas já e
º· r·ias as·1a, . en . .on
, ea
ta de um espaç m 1515 oo 152 ti·cas. D a qm· n asceu outra prop osição, a.m d 1nais
Índico ocidental, o mais extenso como O o ceallº qu e a prun . .
, penaªs um< a - ª mais
8
tornaram n
uma força em C ·v do Lev,ante nn
ochim, em G oa e n orr e catácter as portug u eses de bl o·.que.10 d R ota te d os recursos
e, 1·gua1 men
te_ verdade que os a Provínc ia 0 N político' pois pretend iam minar u ma par
·
_met ais preci·osos gar do 1sca1s .s, seos rivais
. dos
ª
Exrremo Onent começara,11 a e1,e . , e dos otomanos, depoi
e; mas a lógica
d a mud ança parece rer esrado nourro gfeopo1 íti mamelucos, prim . eiro cun da-
lado. Neste ca
pítulo proponh Jír1c' . cos; ac reditava-s e, em lguns cir , culos mas apenas se
dos, ac,onteci. me o uma leit "'m em Kerala
ntos neste esp ura es sencial men re 0
a . ente, que ao fa zê-lo o preço d e COInpra da pi·menta
aç o manu , .mo, afºirman do que �e0 rre e a
b l)<aria par é<rcIO do mar
segunda d
ª
e fesa bem
-sucedida de a os p ortug ueses. C omo a história do com
a tomada
def.m1t · a de D
· 1v Diu pelos p ortug ueses, em 1546, Ver , n1eIho
n os
! vm s duas rotas co1nerciais
trar a, ate, ao sécu o X
pu deram p mos
•
e, o 1 emo c av es pa ra com
preender as muda e' ast o mar or de e1·r·cuns-
tànci·as ado e ,transformado por um conjunt
am
o1apso da
a ote n· or e à
m· capac1 dade d strurura d
o su ! tan a ro d O Guzera
r e . A Ro ! dig amos, 1700, f,�n·1 �eia
os otomanos e oi·s1 a Europa o · ta d o Levante por- vo ta de, el h
m c umprirem a
ro messa expans1· c,denta1 prod utos asiátt.cos, enquanto a dO mar vern
º
p
(e do go lfo · ociden<ta1
, ia , N orte
· o mes 110 pa ra As
o
Empn, m A«,, ''" w,s q,es.õcs, " de A, fri· r . . IstO fazia· · tozer oa
do
---- ---
c
' S'"jay S,hcahm' ya , Th' PortHg11e sentid a, uma parte da Europa onen . ta1 e aª Rússia
0
o eei \
•
qoecque a Duone l
Go ,oo (15 ),"" R
J .• • rcs qu jssº ------
ulo xv111
1 j ) .,,
.___
156 157
-1565
Império sem eo ncorrência·. Hist, O mundo comercial do ocean
o Índico ocidental, 1546
oria s Co nectada os
sn Século s XVI e XVII
do por escri-
p orto de Surr ate, apesar de inevitavelmente menciona
. A nossa historiografia transp orta o es�do fardo de uma narra- tores e01110 Dorne, p·ITes e Du arte Barbosa, era nestes ano
s ofuscado
tiva, des envolvida
p or Frederic Lane, V1ptor o M aga1hães Godi·nh o, i o Tapti, uma
Fernand Br au del e Nº1el s Stee m s pelo seu p orto g,emeo, Rander, na outra margem do r
,cr
. · p o rtuguês no
nsgaar d;· 0 d om,m 10 . ulman os
mercados da p1mema e espec cidade hecida p e b c onsiderável comu
nidade de muç
iarias d• Europa entre 1500 e 1530, nave adores.
o recrudescimemo de rotas navay ' "'.'os os no Indico ocidental co.mo pilotos .e , . g Sei. s-
rivais ap os 1530, e o desa fio aberto a .ma1 de Qu mhentos e m1c10 de
partir de 1570 encabeçado . Rand:r tera bene fi cia . , n f
. por acheneses e guzerate s.'° SubJ acente . eamento do
centos d declm. o r adual de C ambaia, devido ao_ assor
d o o
a esta narrativa e · ,
XlS te uma s egu nda, d e uma Ida de do Ouro inicial '. g s com Diu,
que deu lugar ª• decadência na golf o de ºe ambaia; mas esses ganhos foram parulhado
Ási·_ a p o nuguesa. Esp eramos c onsegu·ir Malik Ayaz.
construir uma his . . . cuj a agressi_va expansão comercial foi condu zida por
, ·a mais mat·izada e c un
t on stitu a a de c onstruir
outrora provocad ':1 :-- m .º? gente, que sub es Assim que f o.i c once dido aos p ortugueses o direito r
º s ag ora estult cia - narrativa acima r u· u1 tan B:hadu
t urna fonaleza· _e": D·'.u, em _ 1535, pe1 o atorm_entado S
a
mida, ap oiando exph cit. ameme a re,m · terpreta ao
ç- quantitati
va sugefl'da c omerciais d
Shah Gu·a r ati, era m evn avel que as acuv1dades
os
p. or C. H. H · Wake Já ate.
em 1979'
ª qual ainda é c onscientem e
ent s no Gu zer
ignorada pel mai. or pa rn ercadorles asi·,at1·c os procurassem ou tros entreposto
ª ne dos noss os colegas. i 1 ado à Í ndia
e tinha cheg
no
A fig de Khwaj a Sa far al-Sa l i, qu uxiliar
tª tada do antigo a
m an
fim e 152 º e xp dição abor ç
c omo p rte da e
trans forma
ão de
inência na
A ascensão de S urrate a
otom iriu p e
º Salman Re 'is, adqu rtugueses),
m
os dos p o
ro e
Surra:-" ( r n a m ã
. e n ma alternativa a Diu ag . o a s
stao).
No iníci o do se, c ulo
xvr , do s numeros os p ortos q ue p on t•l· a Ca rnbai�a (cu· . b'l º dade estava sena mente em que - Mah1'.'u�
lhavam. a costa do G lª v 1 1
do Guzerate,
uzerate' os centros pri . corte do sultã�
ia
pn. m i o wcncm . .
or I a dee 1539 tinha sido apenas de Khwaj a De qualqu er
and southern A s1a,. 1500-1750· S me U
p º ic - e rcantis."
tural aspects Stud1 compomive ,od coaJ �,- rn en:O � as su po lí dep ois do
as p róprias a mbi ções
o m
es in Hi tso (N. S.), ,oi. v,' � (1991): 79-105 Ver ca111beJ11
t
a síntese úrii"'de Brn M enha sido
tomada
cc W,� (') h das f onn as i ã r a fr ota
s,c/
Middi, Eas t· M erca ntilism, s, Yfe'h Ori gin. s of� ttsem E· c·ononcu · Do•n
'·
.n a e ,.,.,,. t e
·i . nc é provável que es ta d e c s o
m 1538, quando
and the Is·a.!mic· E · · frac asso te D · e ,r eIho sem
Ior quc, 1988.) · Alepp o , 1600-1750 (Nº"ª dO ce , rc o otomano-guzera
iu
con omy m mar , e rm
a
· Otorn ana , ress ou ao ,
O tcx to central é Fre•
. '1 d eH a d'1 m Süle ym an P h e 'nd'1a. As croni·cas
[1s"v,va
r
dcn.c C. L anc l
a
n a
10
as g
in the s1· xrcenrh cenr ry» M · · que t·ivesse c onseguido nada' ou quase na da ,
. u i n· L ane " , · «Thed e·d1 tc1T'""" sp,cc '" d' u r rate
f0·1 em 1 arga
tamb ' S
M. ém VItormo. M,g,lhãcs G d' ' '"'"'' Lcv H<>rory (fühirnocc, 1966); bo, ind0-per
sas ·m, ·iste m u e a delesa da
forta le z d e
,n,S '"
"" e M,n d na, Utopia, p � _<aho, •Ü ;,"''. " Rom do C,bo•, ;n Godio ha, e que
an a
frota do Pas
411-426' ooªdo 0), rnedid ass à
, cacom<amos '""' de N,,,,, 'ª ',�:'�los Xlll-XV/11 (Lisbo,, 199 e
ª q
re tir a d o and Khan
qt, O ª egurada po r u m canhão d e Kh� daw
40 000 , f "moçõo 20 oO oa l
al- Q ad1 r
i;"" d pimem, eh, '.gavam
do golf� r s,co erodos . ,e 1554 e 1565' entre
ao Mc. c1J·1tcrrâiic,o atr aves
, do mar Vermell1 e
a constru
ç: - o da fortaleza foi um fe ito
' A s
pe
si
ss
, e s cr eve Abd
ra Khuda-
O t tulo d e Khw a , a Sa f ar ).
0
Os anos. c om
razão pa
11 e ( m
. H . H .W; k e, «Thc al-B d·a i m qu a
ca. 1400-1700» , 7'�he clu. ngu. w pa tcrn of E . ' impor ,' ª yurn, no fim do século xvr: «D ize
e
t o pc s pcppcr ·mel s picc
tS
-- Joum a l o r
y . p
Euro . m · · 7 9 )
3 61-403. N.!O
negamo s que mu· as ecin En· w'in o,-m te rft ·
'- story, vol. v111 (2) (19que
b
. -
:
nc cc,·aSitam .
de, mais inv
e n das co usocs d w, 1
, e e wa ,e são supos1çoe
,
a ta c Thc
m in Guj,
",P'"'' 1' th'
' estig> aç.1O c m arquiv os
s
podem ter c ontnºbuíd pro s pero O d ª que controlav am o N orte da lnd . d e flu1'dez
o para o seu florescim ent o a pós . a de'ca ,
ltn c
u
. uação po
eu
es p ol'i-
e
de 1550, permitindo que UI.11a sit parecer facçõ bases
a
1570, unindo Surrate 'ga é' r m ª ª
directamcmc ao . o do do -âb !ltgava ç
not,av e1 nascesse. Entr e as elices, eome 1. cas e em parte, em
��. co, mas a :'erdade é qu ' rico sertã a a
es e, cn '
e tomaram cont
a de um porto qu�, será t1· cas apoi. adas, em parte, em lt. nl1 agens aram ni. sto urn importan
te
J a numa posw-sa- O form " h
,· ,dav
, e1 cm re1arã -s o '·10s seus n·va1· s. As .
s1!11, · .
ain da mai. s frágei. s. s «rumes» desempen
uti 1d1s· tmg · ·
uir três fases na vid e1•,a, O , .
a do porto de Surratc: uma prl-m écada 8.
a Asia, 2 vos.
da 1
. o do Couto e a D
bd/· 1 - Q·,\d'· S . A··
---
� a 1 -Badayun,,· Muntakh C 1·uz' D1,og
ab al-1áwârfkh, vol. 11, cr d · .G. kbª1
1" ' A IS
· Man• a A ugusta L11na
•
(lisboa, 1993-94), vol. 365-368·
1
R,mk1ng
. .
, re1mpres
s ao Nova Deli 19º7 � :. 1' A 1,
N'ama, vo 1 · 111, trad. 1-I.( .. c,o1 11 Abu I F ,1i
16 1
. , 0), 14º,- 150 . C omp,1. 1.1r
8evendge (reimpressão
, Deli, 1989), 39-41.
160
Impérios em Concorrênc 1546-1565
. ..
ia: Hist orias Cone ctadas nos S'·f
ecu osXVJeXVII O mundo come,cial do oceano ln
· d·zco acidental,
M uzaffar Shah, qu
a d o sete an
os ma.,s
tarde, pe 1o n otav , e,] I'wnad
I( haJ1 a fa B airam (aha . , s, Rumi Khan), u 'Adi·1 Khan
e subiu ao trono tamb
ém u m a el r oem,· nente po·rs detinha O tI'tulo de
mogóis em 1573 depois dele, fo i derrotado peI os sob o sultã p p p e exerc.i a u
m controlo
, e c ondu ziu u -15 1 )
cu1m.m ou n o seu ma inútil acçã o de reraguar d a que o Ahma d Shah (c. 15 54 6
.
à facção pol'ti 1 ca
parci. al da r , encia
acçã o cada
su.1CJd 10
' ' no ,m.,c,. o da d,ecad a de 159 0 Por tr'as des" . o de Br.oach nessa epoca. Pert
egiã
mo que é repe-
vez mais sangu · á l.iderada , Turk'1, 0 mes
um grup o form'd, in ária que ocu a
o c e nt ro d o alc o , est
t.idament
por 'Imad a1-Mu lk A salan al-
ueses da de, cadª
. de
1 ave1 de n ota, · p
ve,s, que dos 6astt'dores manobravam
p
e mencionad O nos docw11entos portug
o
poder, em qu e se
destacam 'Imad lSso com qu e n - o deve ser confun o
a
d1d
o filho de al-mu lk e [' t irna d Khan, depo
1·s o «Madre M a]u quo » ( 1 '
59, quando
rar) E1n 15
11as
'Imad al-mulk, ãoS co111 m e ah de B e ·
fuladi e os mirzas Chengiz Khan, ' feg , mb r os da d.m ast'1a 'Im a d Sh cunhado
e mais tarde os a Imad al-mulk rra t e pelo seu
timúridas. foi morto na fartale z a de 5 u
· Sa' far!),
ap
Há que considera
r igua lmente u vh
!\. udaw _ confund'ir co m Khw .
complexo No fi
nal d o séc
m co ntexto ext erno basra•" seguiu-s
and Khan Ru mi. (a nao
' . .1mou M u sta fa Qa raman1 ·
é eviden te. que o u lo xv e n dh e uma desorde m que tambe m v1t sa
o re in ado
de M:hmud Bega ' e » e ra Qa
s sultões do G Outr a per s onage m 111 de on . g e m « ru m
ridade dos sultõ uzerate nã o reconh am ,uper º Í · 1 p o rta nt e O r em . adO .o d
!tasan (c ·tr Khan, du ran t e
h
es de Deli;
o irmã o m
ais velho e nw val de Sikao ª d•1
Sultan M
o nhecid o c o m o J ah ang
u m ín .
ti m o assoCJ ado
· de Khwap
o
Uma foncc un Safar dur
ahmud [1537-1554] ) e
Ao c o n tr a
-' rio do seu Pª tron
. pona, nte p1r ·
sobreviv te o segund ° cerco
de Diu. e�g1z
11'
an
monas "'' " ,cn ·b"'d a . s anos é u1n-,1
· go' deeste . porcuguesa· an 6ndi'çã
111iº, ·d o wazfr de Ch
vo,isfa,ó,i,; AN/1T,· ' , Dm
· M es q ·
""'•
cró111ca
e eu ao acontec1m . ento e fo1 · m ai· s ta r e
nador de D10g
�
qoc pasv,cfo ao RcyoCoiecç/o São Vicom_e, vol'". " p,n , '1"·' 1 º'.fo ""·cc '" m
. f on
.
Kh an (filho m
1
Paris, 19
. e,
918 A · H ·
called Cambay, nide of the events 1 ,he J(in& s7). 55, vol 1, 268-269,
. entra d ª p,ara o dia
] u rn 3 O R am az
cds S. C Misra e K.
. . S. Mathcw (; ªroda, 19 .
162 163
- -· -
---� ....
...
outro s - sob re viv de expediçõ e s p reparada s por Pm . . Re,.is, Se yyidi 'A1·1 Re,is, Se fer Re'1s
e ntes , por e xemp
lo, da falha d a expe d i_ç.ao de SeyYi e Mir 'Ali Bey, o que essenci.al me�te vemos são a cçoe - s direcc.10nadas
'Ali Re'is, em meado s da
1
rca do verdad e
iro inte res se dos otorna do
os depois de 1546. Sem dúvida que O Est a domin10 O oce ano ªr,n dico'
de que haviam si�o de sa
pelos assuntos indian
da I, nd'1a vi·a ne1 es, . do comerc , ·
i d
pe n·o d'icamente , um possa, dos no .míc10 . se num ma !-entendido
a a mea ça d'irec ta tan
to no. · d ° se,_cu l o XVI»,• 1·sw ba seia-
o
te mpo do Su ltan
Süleyman como d
os seu s sucessores . e
' diatoS, de algum a dimensão, VISW qu s «turcos» nunca contra!aram
o
?· ais,
» na comércio d o ocean I, nd'ico no :mic10 d o século XVI e, ª1e, m do m
roso «lobby �l"rnd eue d a
da mesma forma ac
Sublime Porta de s n os
reditava-se que o pode
assenta na supo si. - d e uma perfei' ta congruencia entre mai l
e mpe nhava
nisto o seu papel. M as a sene d a d !
o
m
· tençõe s m·1· çao
e uc
, rtare s otomanas , l fo .
sequer tive ran
1 acesso
A •
a lguns recur
so s militares, este s s
veIh o Ha d.im Sül fica ra m na s ;o nW ° ast força com
s d
eyman Pash
a , qu e não tusias D. Estêvão d G
a ma e Stav,a «na ong
· em da ·mvesuda em ! ante
a
O que e que os
o to manos ter· o 1mpeno p u da opm · , pel o contráno,
· iao
, rea1 mente q u . s in d o rtugue s dO Indi.co ». 4 So
me'd'10s do sécuI en am nos ano . - ra além do
s mbi.çoe s claras pa
2
o XVI, em
ublime Porta nunca te ve a
A
u me » e outr· o s agente
1
ai.s
receran
«r
18 E' Va- o, agit . ar um a reluta nte Porta a entra< r em a cçao - numa e sfera m
"stas lil
. fo mações p . e dores
al-M akki Hajji alr-Da odem ser obtidas uhaITl,Arn f·
. I 0r enviar b at
M a1 argada o meça d o P
ad
bir, atra vés de 'A bd u li h Os o m s, q ue t m 1 am c viv ram
Lokh ,adwal, (Boroda uzaffar wa Alihi, 2 v oª s , d. 1v•: 0 . . di. c om os por.tugueses , rea a
Para estab e lecer um modus viv
Zaf
Tbc M,,at-,-S<kanda,i,, 1970-1974); e Shoikh Sibodac ibo oh, ld. tf\[anJh •
ar al Wâlih bi M
en a-
to ano
s or pragm
M mm: )'. . . ocn· s1·a ma P
Cf. M A Nay eds. S . C. Mism e M L. Rahmoo (B omda, 1961 ), Pe ri od .
ic amente esse pro·JeC , to, na_ p r. hip
ee m,
Hyde <ahad, .197.4, bem coExterna! Relations. of the Bijapur Kingdom !489-/6ri8�
1' 1 o o
Ier» , in Res
m
a e "
s, tn�sd )',qo 1
a,),
. tale de Sali.4m 1 97-2 !6)
"'" ce tieê óo, ,oo d c
Mogh ol, •The E�p«liri si, >pedi fo "' t o
oh""!i' ;ou
af tbc Regional Cultu oo of S oi eym'" Posha ç,-1 K h,dimambémdiM ·'J Cf. neste comexto, Jean ª · , a p ol m q
"/ /m , l o , (153 Orz.entales Aub:m «L< de Cahen (1 99 ·
ú1u ie (fwao) , sol. ,, . nages à Cla. u eaça curca sobre', a' r'nd,·'a por
�•
ver Palmira Brumme (1969), 146-151. p,,a_ 0 ,hc ? . razres
. .·, t Ho' mr
tt, Ottoman Seapow . e,ecos d,e .ªm
0
·;, n«'.
· Luís de Albuquerque, '' Algu' ns .1sp
VI: Itmé
Doanmry, Alb,_y, 199 Af,' ó/
d'O ,ien
4, e a ceccosão de ,, 111 ead
os do século xv1», Bt:blos, t. Lili (,1977).
'i
er and L evantine Diplmnacy
J in o p cph cyj
n Studies, vol I.V o, Rho,ds Mo
the School of Or _,.n jJJl/letJ 11
iental and Africa
. lll (3) (1995): 561-56 ·
e
165
164
O mundo comercial do oceano Índico
ocidental, 1546-1565
Impérios em Concorrência·· Histo..
rias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
168 169
6-1565
Índico ocidental, 154
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Século
s XVI e XVII O mundo comercial do oceano
caia m abaix
for çadas a permane cer na cos ta
les te de África à e spe ra de ve º5 an ua i. s , ern ve
z d e uma
i· nfla ção. Contudo ç -
fa voráveis. O próprio D. Con
stantino esta va nos Açores co rn ; uda5
;r · ' tra ta va -se de f!utu s da Carre ir .a
d.1v1são pr ecisa do me rcado. N 0s a nos em que o s nav1· 0
a o es
h avia três · co d A c h .
, d. lf
a funda do por fro
tas portuguesa s, tendo des sd na vios de Bhatkal e cm d i. a ª co nfun
e
o s ve di t en
e
ap cid dos tod avia, n ín
· s de outro, e um te
gio r o to
o, de que a burocra ci. a po rtuguesa bar aIhou a ana1
1se
a
· cant
a
rceiro
· conseguira a tingir Ade m. Entre vez
a e
cau sa e efeit p r s u
e m Alepo, alg J os o nes ta questao - , o que nha , nui11a
uns carrega mentos de e nt.ão de No ro
o a
. . a, spe cia rias tra zida s por carne dos· h1. s tonado -r 1
. D A ma
(na sua ma ion .
ca ne la) tmha m chega do ra, · re s actua1· s . O . v1c ·566, ms1·s t1· a que o pro61e
via Ormuz e B sd so 5
e
ª -
e
c ana à Cor d 1 . fácil
A ca rta cone1 m· nota ndo
o re ceio em Ve neza de c1ue os esqua roe oa da tada de De zembr� . e
or tugue s
es. unharn
. e rcepte estava do s n v 1 s do s p ç,
- foi
por tugues es mt m os na vios par a O ma Ve a·ior lado da ofe rta: que . o tinha. A
sua so Iu
rmelh o com m e
a
ac essa a f n ã
a o
d
O
�requ ência; mas , conclui ontes de pim . e nta que· o E . s t . rne nta de Kerala p 36a ar
significa tivame nte, «la felicidad _sen. q
o
d pi
r a
inud ar par si · ç - , ulo xvrr ·
JUmta mente con esto
no faltassem de venir por e! ordmano J�s
� cialmente o ce ntr o ele aqm d ,
ate ª 0 sec
a 0 a
an . lí .
tJC q e u rou
nuestras naos ». 34 a
J.\.. ra e assim m . a ugurar urn a P o
ir u
a
171
170
Impérios em Concorrência: His. - . O mundo comercia· l do oceano l'ndico ocidental, 1546
-1565
torias Conecta das nos s-eculos XV!eXVII
Esta mudança acab ou por a. em pessoa f ora de G oa para Coch1.m em Novembro de 1562 nu1::a
1udar a .JUstI"f"tear a captura p ortuguesa de imenta nao
H onawar, Basrur e Mangalo
re e m 1568-1569 e a deSrrui.ça_ o do poten·
frota de umas c_m · quenta veIas «por ter nova que a p
eia! comercial de Bhatkal. _ cona». Pel o ca mmho, e m Quibndi (,Coulete'.) encontrara e f1- 'zera
erróneo. O vice-rei
Mas o rac1.ocm , .10 u sadO era n ao obstante, a paz com ·, de Calecute , M anav1krama ( ·
e 1562-1574)
. o S am udn· R ªJª
afirmava que enq
uan to 20 000 '25 ' 000 quin1•' com esse obj ect.1vo . Mas O roble ma nao - f ora res oIvi·d 0, p ois 1·
. medi'a-
de pimenta entravam anua de P_
qualquer f orma), ap enas
lmente n o mar " vermeIhOª (um exagero, tamente após a parti·d do v1c e-re1· de Cochim u
.nham s.ido desenca_
os
nos porões dos navi. os d
10 000 a 12 000 qum · tai·s_ e ram gu a rda d deadas hosti·h·dades coªntra o «regedor» do rai·,a, u m certo Ran1 a, no
er
que se as cargas portug
a Carre.ira d a ln , d"1a. Quena com .ISso dihz contexto das quai.s cerca de v.mte ou trinta portugueses e cristãos
, o ,
isso acontec.ia porque a .
uesas era m .mfen.
ores a s d o m ar ,ve , rmel 1oca1·s tm · h am si'do mortos· Esta atmosfera tensa, a)ém d"
1ss 0 provo-
1 e afa
s-
t ada das feitorias p ortu
pimenta era escoad a p or out ros cana.5 cada por uma ten tati·va falhada dos portugu eses de assassínio de
guesas. Mu.n os h"1ston·ad ores contemporân e· s o
- de pimenta.
têm aceitado esta per 1ra
am
R a, em nada aJU· d ava questao _ da aquis.1çao
spec .va. . ·-ao a verdade A atit· ude of"1c1·a1 portuguesa de aquisição de P.1menta em K
erala
fonte do problema estav u Mas na mmh . a opmi
ª
a no utro lado. A procura eu rope'..a de pim e nta fora, desde o .1mc . em tratar a questão
e esp ec1.an.as vi.
a A1 ep o, 1inp , io, m m·to cun.osa· Insist.iam
! ada em reacção às
. o1 I· e AIex andn.a era, co i110 vimos, forrn.U· como se fosse po 1,1t1c· a e na-0 comerc1·al e recusavam-se na mai·or parte
cargas esperad as e m . f!O· das vezes, a pagar s preÇos do mercado (baseadOs 'na apl"icação da
D e qualq ue r man e ir Ltsb oa e na- o ao contrá · S
a! que os fei.tores portu-
(proposta por D. A
a , a q u a n t id
a de t o tal d e 7 ' 0 quin t sua noção de «m
on op o, )'IO>> da p.1menta). Visto
o
o
Malaba r nessa époc
ntão) não es
gotava a produç-ao3 de OKO anara e d gueses esperava re er a p.1menta abaixo dos preços dO inercado,
a m ceb
a, l ong e disso.
O problema estava no fªcto de na- o e, de espan tantemente m
al abastecidos,
parte da Coroa da da, tar que est'.ivesse m cons v.ws
e nos feit ores po
Carreira da Índia se
r muitas vez es su b capitaliza r enquanto a pnn .
en ta v1a· p· va. por terr·a atraves , dOs Ghats, em na
rtugueses e m Co a para
chim e noutros lugares se reor Priv· ados p ortugues es para Bengala e outros 1ugares e também
. aça- o, 0 Estado
mante r os p reços de
o mar Verm s1tu
, s.1co. Diante desta
aquisição demasiado
Estes aspectos são e baixos. • . elho e o g olfO Per ' preços
Castro, de regresso
sclarecidos po r um ce r to Antom o Men e
d s de Português tinha duas soIu o-es· u ma, comercia· I, de subir os
� · . r menta aos
a Portugal em 156 de extorqu.ir a p1·
a de aquisição;
. dos A çores, em nu ma ca rta e scrita_ª • rainha ou t ra, p o )'Itlc o- m1 1 .1ta ,
pa rtlf
ordo eaças.
Agosto desse an3o. Ca
stro era capi tao a b te governantes de subornos e am
do São Vicente, qu
e de ix ara C
loca.is atraves , de u ma mistura _ conduzindo a
com os navios Ra ochim em fi
nais d e Ja ne iro, 1. un a
men O Es , tado esc
o lheu con Stante mente a
última soI liçao .ra
inha e Frol de la M \ J eJlle : as p' oi· s a primei
.1tot1
ao 1 a rg o do
Cabo e segu.ira p Es te úl tim o queb rara Urna escassez cró
nica de pim · enta nas suas fe 'do que a Coroa
ara S ao
- Tome; - de qu aI quer forma rr a ns- so1u ção r . or de capit· al·s
ar.
p ortava pouca ou equ eria um d esemb olso mai
nenl1uma p.iment
a O s d 01s . S. rer.i a
J11 JU· 1gava p . nstituir um goJpe contra O pres-
. a1S. de pi.menta . outros na'_vJO d r s p r, I , _ d e c r.ito,
tt,g,o pro, x.ima em espí
7700 qu1nt
a bo rdo, enquanto o d o cap.itao-111 or e o
. · portu guê s l u ç ã mais .
o
grau bastante ma
orta
Esperança (que pa rtir . a apenas em . uns talvez c'ação nuno
. ) ren a m os apli
o
ntais. Finalmente, á
meados de Feverc!fo
.i ' hol andeses, ten não conseg · uia
da frota que reg re h notícia de dois ou, rros nav eI evado q ª. Est d o da lnd1 ª.
da forç a coerc.iva , ma: a m mas
o
· foi aplic•ada
a
173
172
. 5
oceano n
!, dic a acidentaz, J 546-156
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII O mu ndo com erci·a z d o
. ho».40
!O
. p p f c ar tão vez
pnmsipal gedelha domde e 1e P 0de meter do
olronha, �screven
ara
à sua cidade de residência : «Feyta e ca ye veuv he trebutar ya
e
oferta, confundindo o
fluxo de pimenta para o m ar Verm�lh cou
enseada que a fiq
s airern delia
e outros rnill
.º s q e co nta a todollos n avio tr a m e . ura ara os decrarar.
uma rivalidade política 39
. De facto, a pimenta e as esp ecian� · s que em .
r e
r it
ben s e proveitos que avi·a m1ste r m uy t esc P . os
entravam no mar Vermelho servir os, e a1a que se
· propos1·c de rn b
a
eca»), continuo u a ser encarado_ e d o Rib eiro, «Em rorno dO' · d0 do mar
in '
alarme e suspeiç ão e 52.54. a S u rrate v m a
durante as décad as de 155 No firn r s av nu
0 e 1560. o que, regr es. sco BªarretO, e, r. efen'd reira de
°.
1556,. D. J?㺠da Costa, escrevendo a D. J ã I I ce 4l Um na ' vio ricamente can.e,g,ad, n c Pe
o o I , p ar a o conv: ú' Vern1elho ador fra 1 Francisco_
da 1mportanc1.a de Da mão, com um cartaz. do govern I-10O- 28' ca rt,a de e, me11c1onado que
fez questão de notar qu e, se os P t ca:ta de Chaul de 1556; cf. A / CC
N bY:cmb�o de 1556�:d 1 Lisboa, fo n nzidas
55 7,
gueses nao - tomasse . « por se r a Miranda para �� �,;l �o; cf.
m a c1'dade, o «Turco» tomá- a-1a, D. ·João III, 18 de . Orien te, Joa e mar er l Ver
1 ca·,rtas
. do agente p o rcugues no M e
' d e de s de o
rrat 1557
Pai·a G oa através dos nav10s c"saram a Su ezembro de a'11·0 ·para
· . que rcgre go' de N01·onl1a de D 1s
10
1.
24 de Janeiro de 1563.
. AN/TT, CC' 1-99- Roma, ' 6 de
' Ver, neste c ontex
·apicã I) · Afo datada., de 2
to, a can a ,'
31
ns o de Lencastre cm
de Ormuz, à Coroa, AN/TT ba stante significativa de D. Pedro de So usa, e,
0
-v1ol
re s p on de com chica n a n a-o
port ad
dep?.1s de_ 1573, qu ugueses. Este facto seria ainda ma.is centt1 o
(1979) i
As hin D a s Gupta
and � an
,Indico o
cidental. Os h1sto
o e_stado mogol
entrou em cena nªo oce ia
prec·isam assun nadores da presença portuguesa na fod 620 ) estava
· de asseg te· Era o final do ano 1605. _o im . perador Wanlt. (1573-1 as
ci. mentos os port urar que ta m
bém na sua versa- o dos aco n ti a mais· de a C hin a, en quant º--Shah 'Abb
ugueses nao
aparecem a ag.ir no vaz.JO, numa tabul metade do seu remado n
r rao. Na Índia,
rasa histórica. (1587-1629) se encontrava no auge do seu poder no d da época
áticos do mun ° _ na
-
U111 dos
monarcas mais. p od erosos e car ism n es es an os
moderna e stava a morrer, e como e r·a, frequente-
se encontravam
s
. , p1. a
Et1o 6 ,
1q o. .
J es uítas na o
ou em Pequim. -, 0s u
e em d.irec
to dos acon-
5
is A• 5·I1. l 9 76 ),
ri ap o is '
111 Das
-- Gupt
Early Scvcnrccnrh , a, «T11d1a11 . Mcrc fhC Vol, , xxxv11 ent 1600-1800 (Minnc
. '
Ccmury », Modern ha11t s a11d thc Wcstcrn fnd 1ª 11 Qce .an : 99, 1, n.:,2 (1979): 316.
Asian Studies, vol. XIX (3) ( 1985)·• 4gJA
177
176
Impérios em Concorrência: conflito contido
Histórias Conectadas nos Século XV e XVII Mogóis e francos numa era de
s I
de r elações cortadas (e .
.ir pfraquesa, e quando [...] foi. meia-n�ite' tornacos
de . a passar Por ali pera
A luta correra mal a Chanc
que em br eve tomaria o título de J hangir). ª ara o sítio onde rezava. vun · o lo vlf sem en to de mnen guem'. e
hal mas pior qu e isso f ora a di. spu a ue .
rompera entre os seguido
res de Salim e os do filho deste, 0 pnnc e
: ; praticando [ ...] risonho como sempre' que• tudo notava os. Enfnn
Khusrau, tamb,em um
pretendente ao trono.2 Os Jes . mtas comP a nos resolvemos o outro padre e eu que nao era tempo de lhe fa1ar,
. - .
sua v1sao '. 1
p olltlco-re ·1g1osa, não . . .
' '
si, p ois ninhua mostr a dava de doente recoIhendo se pois a rezar.
en ten am assim o assu to · C on . à
deremos um documento
mone de Akbar e a, su
. di
mais ou menos cont emporaneo relauv.o
n
'd
A. meia noite nos viemos nos persuadi os de que estava são. A outro.
d1a pela menhã sayo ... J·ane1 a ao ovo com muito bom semblante
a su cessão, a cana escrita pe1o Jesmta Jeróniíll0 P .
, eve bem; a 2 ·ª feira
A
. m a r epu tação
de santo («tido por sancto delles» ) ar e . ,u
se pay.
] 11 ão vinha ver a
u
resi dente em Lah 0 relato : ,
or e fizera
saber o m esmo. Além disso, v afl· 0 s
, <<Neste tempo o prmci· pe [Sa1im
astr?'l?�os genti. o u .
1-:tUns d1sserão qu e pay [ Akb ar] �·osp .
e1t and delle° lhe d era Peçonh_ a
s também o tinh _
am predito. Akbar f'ic�u doent
e
no micio de O ut na• o queria . o
. que elle mesmo [Sal'im] na. o
ubro de 160
5, o qu e a princípio não foi c side, q e visse. O utros d I z1a o · - o gen tio.,
rado grave. Nessa · · cap1ta
vir por se não meter antre portas, porque hum
u o
queria
eles assuntos cris· -
altura man
dou chamar os jesuítas e discu �n u co!11 cunhado do or se aver morto
a si
taos. Na ocas1·ao -
, escreve Xavie .
· h uma rnoSr e
n ra príncipe' do qual es·tava agravado p .,n cipe po r
dava de doente».
Uns dias mai·s t . r, «nm
qu
mesma co
m peço nha a irmaa delle q. u_e era . molher do pn R y e
estar.ia acomet"id
º
arde ci rcu lava o ru mor de dO del ei' ..
O de desmt .
· eria, e o j ar quei·xumes
de seu marido, e este cap1ta o estava apodera
que era 'altura d s esuítas começaram a pen5 Pretend·ia fazer rey a seu sobn·nh fi. lho maJO · r do pr.ín ci·pe, e ex .
c uu
Evang , elho» · Mais um
e sugerir· mais· u
ma vez que aceitasse «a l ey do SantO a seu pay
° tr gran de cap1ta
- o mouro .cuJa
a vez, . quando Xav.ie hei·ro' e
' tiha de sua b anda h u m O u
Anto� .io Mach Outros G enu os e
o
r e o seu co mpan
ado, foram cham
ados para uma visita a altas h0r a
s fi1ha era cas
ada c om este mes mo flh 1 0 do .pn'nci'pe. h a me · l
. do
1na
da none («teriam
. si'do umas dez . do M o uro s erã
o deste mesm o parec. er,· e o m
1sm0 rey se tin
pavilhão real' fic l1 oras da none»), .
ao m · tenor ª is· so assi q na for tale za a ver ª seu pay
, arain esp . antados p boa u e [Salim] temi·a d' en tr r-
, er de ' a
a
saude. Akbar re
cebeu- os com . or o soberano parec n-ao saben . .
. Salim e Khusrau presen tes, e pedJtl do se o de1xanao ·- salf daly ' · »' s· gh cunhado
Xavier que traduzi·
sse uma cana em r, A s duas figu ras menc1onadas aqui. sa• o RaJ·a Man. m ' . Koka,
.
. portu g uês q u e a cabara de cheg,a de Salu. n za ' Aziz�
Depois mand . t1 embora O
'
e tio materno do seu flho 1 Kl1Usrau' e M lf
f'lI ho e o neto e j eceraJ11·
. o
Xavier contmua·
« os esuít as perman
· A cabO de pedaço se bal,
lugar das molhere
s, e hia [...] co alevantou p ara ·H ª
. 0 rn a ra � Comparar c om o rclato -padra- o em Pierre du Jarric, Akb. a� �ayne (Lon?res,
n i the Jes
uits: An
mo são e ainda com menos osr C!C u rad. e _
1 p
rn co nt of the Jesuit M issions to the Cou rt OjJA kbar' r · 4' denva· va
CJ11 161
ara uma analis ,.
. e
1 926) , 203-204. Du J arric's Hi.stoire
· 3 vo 1u 111 es ' c om p jctada' p - 0 Guerreir o,
, em
s. u.brahmanyam, �essd.eralh ' ªd•·1 00 J s• d
111g Transiri on: ocu menros, ver M uza ff' saniaY
· a1. AI 111 . e, is' pen, c111' g�ande m og , o, is e Akbar, d. e ·ern,esaus n as Parte,s
san on», m K. N«Wn Yi D R.cla_çao m e i
d da, para o que _conta os
Anual das Co isas que Fizeram_ os Padres da Comp
anh1 a de J
, ce 1· Byreews on. rhe End. of rhe Akªban/V[akt·ng o[
d
H'·zs ory.. · E_ss· ay · Pan1kk·ar' 'tcrcn a ). . se. ,
� . s_p resented to lrfan
H ib· (N ova D
s e Urs Parn 1k, e s., T 'h e d l5ndia Orie ntal 5 vol.. (Coim bra/L1sboa, l603 -16 l l 1 ,oliu ópio �
13 1 n1s l l
, Londres_, ., Addabnion para a versã'o de Jahang n· . d· 11orce de., sua mulher, que o'.111ngdia traduzido,
a a d
a [do em]
faz·ia obedecer e sabi·a governar, [e era] hornem muito am
intitulado Khan-i A'zam. Voltarem os a encontrar estas personagens, os, ·1gua 1 ª
, a com a s a ssÍ dUíl todo o mundo, temido pelos grandes' amadO dos piquen os
mas e, m · teressame notar, por agora, que os J· esuit s, � ª . s, m ouros e cnsta
· -
todos, naturais estrange.iros piqu�no_s o g n d e
compilação de coscuvilhic e de bazar, não estav am m u ito long_ er parte. Pera com D
e�s
u ra
e gentios,_ todos _qui�avão que un�ao
da verdade na descrição das tensões e rel açõ es do temp o. �avie ão �ad �1ª
era tam pio que mfahvelmente fazia qu: [:��] vezes oraç
a
commua · d.izendo que «o re·i começou a deten·orar-se». Sa 1·m i , afirrna, - a saber - ao sair do sol e ao por se' e ao me10 · dia e a meia noite
com eçou a pensar que a situação estava a fugir-lhe d e contr�lo , ] deixar de a fazer
«esteve quasi· fug1·do huma no·ite tão bem parado vi· a o seu negocio».
sem nunqa por n egoci. os grav1ssi , .mos que [fossem
a esses tempos». .
Embora em m.mo n. a e sem contro 1o sob re os p orto- es do forte , 6 m en or e a d emasiado
· o X avi·er acrescenta que nenh
A ist _ um P.or mas
a r nem escrever·,
r
pareci·a ter a op·m·1ão popu 1ar ( «o vulgo») com ele. J· eSUl't.ª afºlfrne
que isto se devia ao facto dele ser conside o t�», . pequeno que lhe escapasse, e que «na o sabia le ' · ta contrasta
. rad o «liberal [e] JUS tud o sabia». Este retrato de um governante humanis .
ssun , pouco a pouco, conseguiu ganhar a c nfi nça dos pn·nc1pa1 . e seriam produzi·das me10
f0rtememe com as im . agens dos mogoi , s qu
amirs. C ont.mua : «ate os pnn
� . . . 5 .
do De, spota
a
c1pa1s m ouros que q uen.ao d ar o_ reynoe seculo depois na Europa, numa ªltura em que a ideia
,
o a
-
ao n eto tomarão o seu
conselho, et omnibus pensatis acharao q
u
O n· ent al g anhara um a p o siç - fir . m e na imaginação europe.ia·
lhes convinha da lo a cu·J o era e 0i
· ao
-0 que o J·esmt , a faz da
' assi hum dos principais delles fº O que também n os mter ess q i
· d escn· ça
da
arta acerca .
com o mandado por elles a ver c
. ,
om elle [SalimJ e prom eter fu
e rativa na c
a
r
e
transiç n
a u
ng
a
arração com um obituário lon go e ( «cap.itão Gentio cabeça de todos. Os g en ti· o [...] os
laudatório de Akbar, d rn �a . n o s ortodoxos. « qms
and o-nos uma ima
gem do mo na rc a na s o, bª 1ançar
iss
. .o tiv era de se umr ao
s m u ç l m a
d e Maffªm
ede, .
mon� �� e _é franc_am en:e ey
u
l .
mo uros o fizerã rey e lhes i urou de z . l a J
positiva, m uito mai� do que, por e e
x ºtlr 11a
a r
as opmi�es dos
e
vice-reis e gove rnadores s
o
belecidos em Agra ou em
Lahore, a principal preocupação ntSW u do de um vizinho já am tomad o
dema siado poderoso. Os 111 óis tinh
A
'
o
era a ascensão do que ent da;
endiam um Islão oficial, que P0� e;ia Guzerate no ·m1
· da de, cada de 1570 ' e Be ngaº1� no _fim dessa déca
ter repercusso- es nas suas , . ser . as suas ·mte
,c10 _ D o eram t mb ém
propnas missões, e mai. s em geral no tra a- nções impena · 1·1stas erTI relaçao ao eca
a
mento dos cristãos no , vice-re·i porrugues
A
s ast
b ante claras no ·m1c o
cartas demonstra que .J
Norte da Índia. Uma lei
tura das suas ulu. rn a , ·10 da d,ecada de 1590·
D . Franci expr ess ava a sua
ulga rta s co da G a m a , con d e d ª V1.d.1gue1· ra '
duração e que o sistem ram estas perturbações de re1 au· va cu'!'- p ercepção oroa de H�bs -
bn. o. Na verdade, alg
a político regressou
a um estado de equdi \ de uma parte da ameaça numa cart a à C
n s subi·ram e e burgo, datada de Dez mbro de 1598· Em 9 de Setembro me av1sou
. outros caíram entre os gra n « _
da cone, mas ist , .1m reside na
. Jeron o Xavier' re1·1g1. oso da Co mpanhia de Jesus que
u
o não era u
fenómeno particu larmente exót 0, C
e
m 1
A h.1ston·ograf'1a da s terras
cone de Eque a mm.to pela
tado p elo momento
época moderna p arec
e ter um fascmi , ·o 1.11. rn·1- bar, que em huns n·os que entr.-0 tre s naos
do encontro face a dentro m
an dava aprestar gra nde can:1.dade de
fostas e
face entre o Europeu e 01
A
va 1 enc1as , mas o
A • 5
topos em s1 m a
•
complexos num
memorável momento Kod� es
k , O provedor da Fa zenda da Prov,mc.1a dO Norte, u
extramdo tanto s A.lvares C outros mantl-
estrutura.1s. Cont
um o quanto p
ossível des tas dramáticas oposiç:o e amelo ' foi assim envi·adO co m po' lvora e lfo
m,entos p erate e no go
udo, mu.n o fl1 n l ezas no Guz
destes alegados «e se perde, o
bviamente, aqw.. da u e
e pe, rs·1co
r t m r conta d f
, spi'ões n_ as
ncontros» repre e Vidigu eira tam b,em a ct 1v ou . a sua rede d
a a o a as O . a
i a
uma s,ene sentava de fa
cto ' uma cronolog !- ª çoes
e e
· de acontecim ' Cürte s viz as p rep ara
entos e não um ú
nico momento. Se os rna inhas. To davia , ouvm . d O s J e SU'I tas .que .
-entendidos existir m0 g o1 , .s tin . que a sua pn. on-
am, eles não se
mantiveram estáveis' e O grau d. e ham perdido uma certa dmam1ca, J á
A •
182 183
ma era de conflito contido
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas Mogóis e francos nu
nos Séculos XVI e XV!I
.. que os mogóis
dos rumores pareci.a ter fundamento, e o h'iston. ador e, obrigado a ma1or convicção e msistenc1a. p0demos .adm1t1r, cla.ro' a os ort . u-
par
concluir que, pelo menos nestes exemplos, os vizinhos e n.vais . a!ll · ham provavelmente u m ma·JOr s1. gm.fJCadO polítJCO
t10 P.
• • • A •
rra assuntos
ilha [Goa], mas do inverno [mon
ção] para qu ã esta suspensa ª gu e ª d0 ·unpério
n
fa lta d e c ur iosidade pel�s que
que fazia ao reino do Mellique[. . J. 10
. » geogra'f'icos exteno
mogol terá si'do u
·
ma
e d e v ist a m ais ·1med1ato» e
Mas o amplo sentido de ameaça
mútua seria assim tão 1• 0fu e
n- res ao se , u ªlcanc
a bs ur da s a c erca do mundo
· 1
c ·rcu 1avam' por isso as h'isto, n· as mais . mplos
dªd º ) Sera' que �s mogo, is, co
. . ta· ra mo potênci·a contm · enta1 i mensa nte
,s
pa
'
se p os s a m acu mu Jar exe da
!imi a além do oceano». 14 Embor a dos
m a considerar o que quer da dist.a -
«
rov,as de .
que os I tra . camente
r
q a favor de
Europa pudessem f azer como . . t ue os «Francos» st a ideia, h aver, t m bé m p emp �m
msigm· ·,cante? A s opm1oe . . os h1sto - do extenor
- s d ne sra cone mogol tinham uma visa · o do mu n as do
a a
64 ª
•
, _o . C
stem bastante c asuais ) aos portugu e s
• . a d.e D. Joa
�nardo Nunes, Cromc e
· s1a
f
. Indo-Per
•
rseas 111
. 1 i ,· 1936), 59-65, 72-74. e
nas extens,1ss1m .
o 9.
A
v
o-
. 24
,
o
. ·J
s 9 )
s». 12 Desde então outros quest
on 99
as cronica s mogói
s1111011 D1gb I o cean: Percepti N S )' vo1 . xv, n.º .2 (1 Aroiv /
nara m esta v1.sa- o, no mi
. y, «Bcyon d t 1e .
.,.
(
. . History · :a», T he Jn dian
es '
c10 com hes.itação e ma.is recen te mente cof11
sourccs o the
•
,
Estado da In estas análises de res diligentes
dia, e é claro que u
t1.1.1zou o s eu tempo p ara recolh e r texto, altam ente subti.s, e os escavado
informação acerca dos portu
g ueses na A, s1a · e da Polmca , . n a Europa, de arquivos,
alargou-se.is Estes u,1um . as têm-se recusado a pegar
De pouco servi.ra, , portanto, eraI' não
contrastar as f ontes mogo,.1s sob. re no manto aban te que, n1 g
donado, sabend? Perfeitamen � T
os europ eus - na me podem respo A . a e, que ean-Bapt1Ste averniet
Ihor das h.ipo, :eses, escassas na p10
' . r, fanrasto· n p q d1 enc1 J
sas - com as existentes no escrev.ia, quais A . ou mesm o quais
s arqmvos europeus da é oca - co!l1 · f!uenc.1as 1ºntel ectuats
der ara ue u
P f ca . eram as suas ª m .
e xa ge rad as p ret e ns
o- e s d e t r an sp areA nc 1a as coordenad suas v1agens·
· e s g an ç a e m p ri as adequadas , 1 e.itura .mter-textual das
O estudo deste segundo
conjunto de docum entaça- � requer que por resºolver
No entanto, do outro ª1 d contm · uaram tambe,m
e ur
. a, ve.1s) d o,
º
c on ce v ez e ª n c essana ·
Madrid e Haia disponib e», e que em _ s da Indi.a
ilizavam. Era uma tradição em qu � c tando noçoe - ens traz.1da
e
m g
d
s europeias de supeno s i
d
Ashin Das G upta, «O · n da d , ntas
mundo do oceano ln , º '
� a nj.,.1ent
e e apres ' · h am «e!eme
a
do que a história da ] m
política»." A cer ra al
tura, arrave s e
g questo- es d pregadOs da o
alquimia que ret e forma d.iferente,. mesmo O s em n a altura,
e é difícil reconstr ui r, rod as as regrai s
rospectivamen Ing1 esa d , erente
t p ni õ s. d"f 1
do jogo tinham de repe
nte mudado. Em v ez f;'' as Indias Orientai · ·s tm . ham Mas este período
de «arquivo_s�, os cole S
e
Por exem plo, do imp asungs.
o i
usavam obstinadamen
te a reve ar, própfl' rança e ª
construçao d
- a documentaçao eu - l ª ,uí ,, a mão mais . fi. rme». .t1. cam a ab o t dagem
Havia um gozo inicial ropeia · passou a ser descons t d e orno alg uns traba Ihos recentes que cn -
neste exercí cio, visto ba , utros dOº
cument.os
lh avam, por exemplo, que m ui.tos _ii:;e, tra do sai·d1.a
na, usando textos de vi·agens europ u s
de Lisa
no Algemeen füjksarc
hief (Arqurvos erai
s onogr.afia
o
rejaci·o
e
a m
e
Estado - hoje em dia nados dos sécu Ios XVII e xvm _ c m o • Mary
o Arquivo N
acional) em H a ia sempre inh
aJJl l0 we s s, de Lady .
o
suspeit . ado que o « º ob re o or ien talism o 6 n"tân1. c o e france r am eix a
d1scurso» d os .
fe1tores da voe era inerent e . T elt sch e · da d
'me •"
pro61 emát1. co na forma 1vt 0 ntagu r de
como retratava as comumºd acles merc'ant.JS, a Ro lan d Ba rth,e s - a o b a
as entidades polí
ticas e as sociedad ,
e 1110n
1�5 hw,a1·rz'
e tira
· nias
· conhec1'das est es asiá ticas. Ce n a s he
avam a ser, aparentemente, derrugbªdas, A
------- ver Stuart Se
is
'� mc1·o-termo,
i'd·, bnpli
nters
med.ida que o tempo
Iara uina coraiosa um Encou
. ntre
rcntan.· va, de. definir .
d Rejlecting on t!: ue, 1994) .
passou, e s ob mu.itos Reporting, ªd
aspectos, a d"istânc1a e
1e
cit Undmtandings: Obse g E r a .
a or
(Nov I q a
etivcc Europeans and Oth Peoples n e rl M em h Writings on 1 n
n rvm , h Ea y o d_ J600- 1
er i t a ,,
,,, nand Britis
191/" '
1'-a E rDr•
-!Roo ( te 1eltschcr, lnd1 a lnsw
·--'bed:·u
, •
17 Recensão de Das Gup Deli, 1995).
ta a Furbcr, Rival
Empires... , 315.
186 187
d
ito contido
ma era de confl
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII , . efirancos nu
Mogois
volumes' como Gasp ar C orreia . lrnente com o di·scurso etno-p olítico da dOcumen• taç)30 - o europei. a.) Em que
a
. e D'10go do C o_ uto� e ig
vo zes relativamente «meno res» com pe reir a e medi. da lidam.
os com uina relaçao - assim étrica.
ua
s e
o A nto,m� Pmto . tos destes tema
António B ocarro. 26 Esta tradição de . Um «lab orato, n. o» P 0ssi, vel onde se )Untam mm. mogol sob
escnta conunuou e f oi desen-
volvida no século xvn p or autore de a relação difícil e atormentad ª entre os europeus .e o pod' e1• -o
s holan deses com o o h nes e a atença
Laet (De Imperio Magni Mogolis), Akbar (e. 1556-1605) e seus ucessores. Se habitual111,ent
Wolleb rant Ge leyn ssJen :e Jongh António
. e, centrada na compreensão J�esu1'ta de Akbar (atra:7es de desviá-
e Francisco Pelsaert (Kr
omek en Remonstrantie· ) , mas sen.a elevad. a . mos Perfeitamente
a verdadeira arte p el o
venezia . no N'iccol'o Manuzzi. na enorme Storia
Monserrate e de ero, mm · 0 Xavier) , podería. ra a relação «secula
r»
del Mogol em cm .
as
-1a, com a ajuda dJe documentaçao _ de arqmvo, P nte passad 0
' lgumas dest
co p artes.- 7 C oncen
figuras, ao mesmo tempo qu , e an
trar-me-ei· em a e política, b em como para a construção europei�a d O d'ista Ni. ccol'0
ali·so o corpo como um todo·' o mogol, em esp eci· a1 nas c_rónt. cas de Diogo d O C out
o e de
cronista Diogo do Couto
(1542-1616) é, claro, um luga � i. deal Pª"
Acw da expansão m. ogo� I no Decão' nas d
uas
este tip o de exercí . 28 Manuzzi. As c onsequen � l ç -
cio. E entre os pn
·nc1p· a1· s actores_ p olíticos parec
e
u, ltu. nas décadas do sec v m um imp o , eia!na re a ao
interessante escolhe . d o , ul O ' xvr u. entação portu-
r um dos mecenas de C ou dos m ogói. s c om os p ortugueses,• na' verdade, ª doc,um
ra
to, o vice-rei do EstauJ11
e
excepções ín ca
, .
S bmhrni'"YÉ" . p , s
Y1ews and Am61t1on Th, Ti,um,l,-Ti,up"i 1Cmplc-Comp 'op"' ) explicar a 1·igaça-o entre ,
acad� e1nicos e apen.a
a o l
s, k, i, _"''.r�ky.- 5wl•: p rt d s
in South lndian Civi 1540-1660», m David Shulman, cd., nos séculos XVI e XVII. 31 ra a mai·or p a India'
ª' · npén. o bn·tânico na
e
Syllabb 0 .
O
338-390. 1
Velcheru Narayana Rao (D e•li' 1 9
95) no f 1. nal do ç ão d 11
século XVIII, eom a cna
lizatio n in Hon our of o
Willem Caland
D. H. A. Kolff , H, ed., W Cehynssen de}on h, H-1i:1, 19?;
27
De R emonstranti
V,,r Muzaffa�
Ala!11 e Sanpy
. W "'" Samca, ,d, ,van
e
g . . · pe/saeit s, ' kh1 a11<l
. D, Cmh,ift,n v,n Fmn«('° ' Para uma pnmc1ra .iborda e111 destesp�� e: 0d 61�1 1 1 lal1 B'al-
b l 11a � . • w
. � A 1 � age des As1.a-
over Mughal lndie,
textos f01 pu61'1cado en Remonstrcmtie (H 1979) . Ncn 1�1 m de><'' . M h11 1
v
'"º"'" 1s .
162
S� b,ah,n'"y,m, shom de
7:
g �f Won , Re - ts d
Kro
aia,
nie
no secu
k
' 1 o act, De 1,,.diae s lm�"'.-:·d.[996),u 161 189
voy
mas
olis, sive lndia ver ver, para o contraste,.j 0:1 ·111'JCS dC L ge5tf/S h is I ndian traveis, 162 1631
lmperio Magni Mog XV II,
5- :.,,,;
o e indigimes "
(Leidcn: Elzcvirs, 1631) t1. qUts:
, G », m (1 111 \,
. ex variis auctorl'L'JUS enr, es , mentat1·.tés, wn. ceptum de /'es. pace }im
a, Commentarius co n.
.
-'8 c1··. Anto• rno 1 aô inaire: S_ u1 988) .' Anthony
C011n
· b
Para mais pormen ra M am· ns, f.m . 1985) · oc·c·i·denCf. Serg e Gruzm k'1, L col0n,.s· ·atz ., -X\/!!!'. sie· 'eles (Pai-1s
·'
de
. • s
31
on
· torn · (Co1111br,'1 VI
ores, ver c apítulos o de Dzog · o ,to C'01,1/0 · ªt, espagncJl' X
2•1
talisatúm dans le Mexiqu
3 e 4,supra.
193
192
,. de conflito contido
Imperios em Concorrencza:
,
.
. H1sto,r1as e ulosXV!eXVII
. Conectadas nosSoc·
fi
Mogóis e rancos numa era
dorn1n1, .0 ela
aplicada à Índia e e , poder, po líti.ca e o resto - como pode ser visto p - es me
relacionar isto com a co pção emerg e nt e J_ descnç· ao - que env1·e1· e conti·nuare.i a envia r - todas estas r
azo
Realpolitik, tanto a nce ratl'
concebida e teorizad a n a Europa O a p obng · aran1 a env ' . .. de [trabalho] para França.»
cada na A,s1.a. A m i, nâ0 iar esta mm · J cuno s1da
1
da que pn.v·11 egie . a d oc mei n aç ã º e ,u a
";. A crit, ic · ·
a unplícita é, acima ª todos ao m· fluente via· .Jante e e111:scri
º
poderei neglig en ' · d eir a
tor
ciar, . ua.is..
os francês ' paradoxalmente, uma P n
portugueses eram .de todo, a discussão de m at�na.is. vis11 gó1� _e
t
F
o
ran
u
ç i Bern ier. C ntud , . ublicada
e
mu 0 e rn U1t· obra f or p
tambe, m aparecem nas v.ezes retratados nas m·mi,aturas 1 «ut1h· o d'1storc1d - algu m as partes da
o
.
o
ve d e
s
recente-
o
en1 fra � s
zadores d_e
nas pnnc1p . atS. cronicas , . mogo'is como 0 !ado, nces pelo .iesu1t, a F�rançoi·s C at rou em 1705, e apenas
a r ao
. se u a1 c
muitos textos eu lência (kulah-poshcm • ) · Por rada5 1 VolUrn m edit ado s e p ublicad , p _ P i F
. trações
ropeus da ép
- es eI abo u1 d a es do texto ong . .ma1 de Manuzz1, com as valiosas r1u adas
er o
. . .na1mente usada pelos h 1·sto_na· d ore_'S 111d1 ªnos én° "'º de M adrasta .
t
uma das pnnc rpatS " f a, d re
1.1gia-· 0 e das
mogol. 32 Deixand ontes• para a h.tStóna . do s fma.1s do imPJ1do A ab ordag
Perce,p - em que Manuzz.i fa d p lít ic ª 0 gratuito
o Ven eza
em Novembro de 165 1 e pass tr05
a oes «.indígenas» destas e de o utras questões, 0 �s
o
ç
a
nco do país
z
por Ragusa, s 1 d]e eJt·
E m.irna, Erzurum, a b nz . os o utro5 ce
1 aço- es persas n to autên
T: . e mwt ( rnbran
1,� para provar con h e cim e
.rta1-1ano seu Precu .
rsor,
do . � i· nt e
0
c; IN;ccoló M,m,,,ú la r
4 l Mog"l Jnd;a, º' 5 ,a ,lo �pi� Iecram na . m um est d d e
r o
altura, merecerra
tr. William frvine,
P" 61., ""'·ºº ', 1990 vo gÍ;-
t.o• foi
C do, '!', º" ). L o f e 1·"'"� me, o"' "� ong
o
l . (Londres 1907-1908) (r
u
c,;,zi n�º' �e111 -----
s
pr,bhc,
e imp ressão ,
· ·m.-r1 comp ''. º .-. ( °' ,nc1 1·
os vol s. 111 e 'IV
' .,s so.-,, y nmc ,c" "'< JJ <::S� ,p;,c,o De11 Val
d Mant - lc:
. º. " p .,,, " º'° ti"º º 1,h, L; obr . .e D',' },
j,
"
· :1, "·' "'.'aº d/Mogol d,
. li v li , Por cxcmp 1 O •J o hn D.r. Qr,.e Gurmt:·y/ and Afican u '
e
. of lhe Sdwol 01
d,1 tr
Manwa1 veneziano, aduçao), ver Pi ero I-alchcn
2 vols . (Mil:io, 1986). ed., St<J11 J
195
194
�
Impérios em Concorrê . ido
ncia: Histórias Conectad
as nos Séculos XVI e XVII Mogóts e firancos numa era de conflito cont
. notar que neste caso o texto persa nunca f 01. P ublicado mas traduções
al gumas pistas aqui. t1·cam, su .
h1'bn"do, produto d gerindo que o texto d e M anuzzi é u!11 ern urdu, . 1 - o Ainda mais recen-
,
e u ma sen·e m , · · agens, atrave,s de e em in glês goz aram d e amPia ' c!fcU aça .
culturas europeia . s, u lt1pla de me suç ·
te mente, Simon
Digby chamou ª n o ssa_ t � par a um manuscnto
trad1. ço- es textuais .
entre el ementos
indianos e europeus' e enrre não publicado em seu poder, a ârf h- �ª��r(Ou Nova História) de
.
histon·adores de art
repres entacionais p ers as e vernac , ulas· Ate, os T k zl i
·t· ar M unsh.1 Isma '1·1, que relata a vi·agem do autor a Inglaterra no.iní • cio
e
. e têm tido dif
munas das im . agens iculdade em saber como chs.�� da década de tenc1· ,_
que acompanham este vo m - comO pintU ra
s lu es 177037• D a mesma de, cada Digb assinal a a ex1s
a
«mogol», como pi dos de outro te . I nte por ypublicar) , o Risâla-i
ntura «do S
ul da Ín dia» ou como pintura « xto indo-persa (igua me . º
princípios da Comp ªhwâl-i mulk-i Firang-o-H ·ndu5tan • Mlf. M uhammad Husam bm
anhi a». d
Af.1r ma re 1. ent a- o q . 'Abd al-Husaini, que narra vi.agens ª Li.sboa e Londres desde CaI cuta,,
z e
ns
aspectos, do cavalh . u e M an uzz 1 é o con tra ponto, em algu·a por volta de 177
.
rnz_ ada que escrev
eiro in diano o
cidentalizado d e educaça ·o pe�1 - 4. . · por autores que acompanharam
,
em que aparecem
eu t extos xen
. . ológicos no século xvm, 0 perJ0 do . O grosso destes rel atos f 01 escnt
ingleses de r egre .
o
o munsh'zs ,
· os sso à pátna, numa Ou noutra unça0, com
f f -
os pnme1ros rel ato
por mdo-persas. s de vi. agens p ela E uro�a e1t. como escrivã como cava-
Embora estes textos
tenha m r ecebido mui� o n\r
ais es, mas também (no c�so de .Abu Talib)
aten_s a -? do que lheir. os a . ar que a produção.•des tes
da Asia, em pa
outros relatos em
p ersa de viag ens pelo inrer1 gozar o seu laz er. pode-se imagm .
textos teri . º · pelos bntamco s,
rte porque os «x
enologistas» in dianos p r an
ceJ11 . a sido em parte m dlfectamente encorapdª ·
pr eocupados co � !'11 :b o . as» de W:lz âyat, e a supeno-
m o problema d
a id entidad e in di ana defmida
P01s serviam para sublinhar as «marav1lh
olhar europeu, h � mo ri'dade . que conu·vessem comentan , · os
á muito trabalho
que continua por faz er. 34 0 da tecnologia acidentaI, am dª .
sabe_mos, os auto deprec1. at1v . onamento
P art�cul a_rmeme ·
res britâni cos
do início do período colonial eSr artl . os em relação a, comida, ª's mane!fas, a, o funci os
ser separad.
º
ª\as soc ial ou . ·
..
civiliz
mt�ressados no mo
do como eles própn·os e as 5 a mesmo ao clima. Contudo, os textos tem de
açoes eram
vistos pelos indian jcar de outros . - o secreta política e econo, m1ca
preco�e noton.e os, facto que de ve exrJ,f,,. re l atos, fontes d e mfor maç a
. d.ianos n o final do se, culo
da�e de, por exem níi P ara_ os britânicos também da auton. a de m
(As Viagens de plo, Ma s fr-i T âlibí fi b'l'd
z a .tªJ'ª'
-b a Xvrn e in ' . os O 0b º ect1v · 0 er·'a mai. s premente
I sfªh a rn· , trad · z na Terra dos Francos) de Mirza Abu Ta I(h 3JJ5 ício do xrx. Nestes últ1m 1 . ]'i-
Tal b . 1111P
u zi d a s p a r h e fun c1·o q u stion áno
a i nglês por
a rles Stew art em
18 10· nal, e estavam orgamz · ados como um
O a ut � r, que v1· · Ch C!t. 0 for ç minadas questões
e
. aJou entre
lisonJ.eira para c 1799 e 1803, tinha uma v1sao . • ner:i sempre. ando os seus autores a obser.var deter
om os ingleses m ois reque · as
nd pelo ap arelho de recolhª de m . fonnação colorn· al· Nesta
as su fi cientemente ag ra daveI
,
contrastava ·
O vigor da
Albion com '
am hért1 �ate goria
cab e m muitos t extos sobr e as rota
s de come, rcw que
bem conheci do
é o _Shigraf-nâm - a decadência indiana. T 'fhas 1igavam
o Norte da I,ndia à Asi ' ·
a central ' ta.nto
a vertente ocidenta
· l
a i wilâyat ( Livro d�s Ma t Y:ar,ªk ' n d ·
� como a on·enta J, par a ,a ·
de Inglaterra) de
M1rza Shaikh I' ra� 785, Pª? o Af eganistã .
cont�nd
s ·
° viagens do autor dua tis m ·1I
' -Din ' scn t o e m de e:xis t o e o Irao, pr pn a In_d.ia'
em ig· ualmen 're io na
Janeiro de 176 s décadas antes, nos meses e te relatos de rotas de. come .
a e
a1s,
a
res colom.
o
6 a O utu bro-N
ovembro de 1769.i<, É interessa
nt que fazem o p
lelo om re l atos de v iagens de escrito
co"' "'º Franc1s . am as prime!fas
Buchanan .38 E' destes relatos que deriv
ara c
vol. xux 1 (198 .
6)· 103 116;
d1 pi'.i·,et 'd, - .. rambc.m Et . torc Rossi, «Ycrsi t rch 1. e a I · .-1 serieti 11
º .. iedirJ
- clla Y alle :::-:--__
. th' M,moir. , orr..gm. au,,
�� », Riv u
entali ol xx11 (1947 ): 92 8 Sheikh� Persian,
ista degli Studi Ori ti
. Tapan R , in
-Centur� Rccor a ychaudhuri, «Europc in f { ·v . ·9. · ce l tcsa
ª visit to Frmudd in, The Wonders o, I lay t qe L ds, 2001).
nd a s Xcnology: Thc Ni e 11r i·
f
V: ,t· bemg
Kaiser Ha ( ec
of
d», Past and P r
765, era_d lpletado em
t
ne ·
b
.. . M1rza A T: J'b 1 Khan · sf h ' n.º 137 (1992)·· 156-82 Collectio� (cOI: r century
e sem ance and Britain in 1
NJirtª 1\1 l7 M Uns 1 1 . Ts S1111011'Digby
..,.H, us,u n ,� I 1. e, Mi�r ª
Js
l a ani, Masir-i 7i1libi fi bil ·1d-i · ·,, cds. '1'f.e '�ov , 1 ma'il Târfk- . .
J l > Mss en h
. c1:1b ' , An e1g I,ce .
h-t d'd s·
udr 11a1 at1v ro de 1773); para uma ana-1·isc, vcr 1111011 Digby « a''']' s New H·1'sto1y», tn
ª
irave ls º1- M trLa b ar 'A li (C á cifra d,, id
A u. Talib K!:7 alcut , 1812); também Charles Stcwart;/rars 11 9
rtJt
f .
•'
Q
Ch . o a Journc from Bcnga1 . o Eng'Iand·. Mun I m I H our o,f Ralp!:Js
t
r e sh i
1803 2 vo 1 s. ( o ª m. A s1a,
. An . g the iea 9· y r . J A : Stud't.es m on
L ndres, 1810). e d· unn l r iSrophcr Sh k
17
fi .ca and Lump
<, J E
ac lc, ed., Urdu and Muslim Sout? sia
- ,
1 ,
c ·, Sh·igurf na
l\Uss ,l[ (D
'° ope·· b ·. Alcxancl· ., coJ1l.e1711;,ig tra!A si·a by Meer
e ce e intelli· genet.
cli, 1991): 49-65 e·'
emg the travi,fs· . .
p rs ·1111 . ulo d e exemplo D . H cnde·rson t. rad., Traveis m w
i:.ur mah-i-velaet: Or x ll nt
.m ' /2. 'lut Cf· a tn
3�
.
. s mto H . t .t: ·
m,: 1tesa Modeen tran 1·I e 27)' , h the
Pci . boOllah, 1812-1813 (Calcuta. , 1 872)· Mo'i1an L'al' ]011-rn·al e
º1 M
anuscnpt
.
a
· w t rrt o, a i ou1 th roug .
f
t
-r. •
·
p.ara unu. t rad _ . am,e,, Wtt · /:1 an E.n slated jro h e or - . 18 '
n;ci ' Afghanistan, Turkistan, Khorasan 'and Ai:irt of Pers1a,
mdo st rn 0
.. gltsh . n and notes (Lº.ndrcs, NJ1r· ia
w eut.
uçao mais rcccnr . 'versw . 111 °mpany ·
ith lr
c do persa para c r 1
o inglês (via Bengali), v
196 197
�
e XVII
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI
ono, ,.,..,ica
d ge g raf1 ec
tentativas da Co mp nhi de m p men e o n de
soes dª_
a a a ea to a o
dim e n
do Sul da Ásia, bem como dos centros de vári as
t es te
,ctoS,
. e ' e
se poden. a esperar res 1stenc1a m1·1·1tar . pa radoxa1m p or se
h •
n te s
l nial , c abarn
produto das exigências do início do pode c de
el tos
o a
r
r o
a c e t
assemelhar - pelo menos num s entido forma - ªofi ciais
l r os
s p le trados
viagens chineses, escritos no estilo de gazet a o r
s
do período Ch'ing e mesmo anteriores .39
vá n as e
ratégia
Temei defender que em à n a di p içã a s
.1;ha s d Capítulo 7
s os o
a
t os oss
;
.
a rm
de interpretação, que nos permitem evitar tan to
íci
as
c om�
an l
á ise
mu n do
l ad n in eú
técnicas d leit di g c ricat
eª .no s O Guzerate mo��1 ed0 isso-1581
e ura a ona a ur as o o
em vez
textual exclusivamente concentrada no autor,
r sco de
objecto declarado . Alguns destes comentários corre
ã ; t ue eú,
ibérico na trans1çao e
r o
p tic n te s O
soar prosa icos a a guns dos me us leitores , a �entoS
s doeu
l
e
ra
tão diversa quanto possível, não ignorando a náli d e ste� 01\ os importante. A verd o, a coisa com que
ad d ur
chamo_ o nu, c1eo o ítica!
a se
d I g . des ( 1930) i
feita por académicos literários, do mundo ibérico e :�erente l
a
, na P
n
um da
a
terli sn
longo de vário s séculos . 111entos e da confluênci.a de p racessos in o euro- as1auca, a chave
. . ter acçã e·i tos-
o. h ab.itu al t , · a da in m » , con c
recurso, h 1 e vi g e outr o,
interdependente s de «crises» e «p ontos d x: estrutur al>> p ar.: ítulo
na s on ra
le o e ap
u e exp1·1cam a pass agem de um «co!11P uas de' cad.as· E st a-
te «dra m ,
of
. e. ·L' q há d
. «Narraº"
s1atr ten1 s1·do · o que alm en
Bumes and Dr. Gerard (Calcutá, 1834); Ahmad Shah Naqshbandi, A mai·s questio na d d o t e c1
ns·1ç-a0 p
o n
{ the t� nto de tra
rhe Traveis of Khwajah Ahmud Shah Nukshbundee Syud», Jou 1..,1. dakh e ,� debruça-se
rn_ al
v a sobre um mome . g\e. s corno. kThe.
Society of Bengal, vol. xxv, 4 (1856); e Idem ' ,<Route from K a sh01 1 , i et 0 �
� y fCr ara o 1n ms
p irhne W1l 11, 0
r
Yarkand by Ahmad Shah Nakshahbandi», Journal of the Royal As1-at1·c sOci1bén1 Mª�l - t raduz id o . E
I , e rad
ben Musil Der Marm ohne_r·t·g\nsI NoW Happe� s (li 'r uma personagTesa)
en
Britain and lreland, vol. XII (1850) Para uma análise recent e, ver t:ll; J1.,1.,acullrs
c? a ft )
M Roi
1-
Szuppe, «En quête de chevaux turkmcnes:. Le journal de voyage de Mrnirrrt'e,rce et I e W thout Q lities, Jivo: The L,ke 01 t alavr'as s·ão d1ras p� da tradução ing .
e �n
c.rnst K a·1ser ua 9), 415 A s p • · a a partn
de Deli à Boukhara en 1812-1813», Jnde-Asie Centra/e. Routes du, co conde ein (LondreT:s ' 197dução p a·ra portu gue�5 Je1J
idées, Cahicrs d' Asie Cent rale n.º' 1-2 (19%): 91-11 l.
' _Cf. po r exemp_lo, Claudinc Salmon, «Wang D ahai et sa v1s 10
. . s
n d,c . , c 0 ncrée5 1 L sdorf. (N. tra
199
31
(1994 ): 22 1- 2 57· \
.
198
�
- de 1580-1581
transiç. ao
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos O Guzerate mogol e O mundo ibérico na
Séculos XVI e XVII
,
Port;guês, vol. v1, pa,rte 1 (1940): 1OS-l.��- ne · ee, 129
Ver, por exempl o, Sa n ja.Y, Sub Hoyland e Ba q
d t11e
Merchancs of Surar, c. l 700», rahmanyam, ,<The Estado da l,nd';b'an Th
e Commentary of Monserrate, e
l'he lnd1an Ocean NeivsLetter, vo l. VIII ( 1 ).
2
201
200
81
transi.ç a-o de1580-15
O mund
o ibérico na
de Filipe II,
O Guzerate m ogol e
n ,
a epoca
diterr ân e o dere a
s consi
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
.
ic s b
_ r e O Me r fr n ce�
Braudel, na obra clás o
, O aut
a
0 onto
-1583), d P6ora
a
ex agero
s
. 0a e a
o
1
a Coroa espanhola a co�s h i
reahnh rn por e por seu trou incapa z, de .io
o a
internacional, terá tido um efeito de desestabiliza çã l ll ( q u
ses, mos
e
a França, que sob Henr�que apo
o
importante no sistema de alianças. Os nacionalistas portugue rt gal n de M édicis) se mai_ s_ do que um auto
po o olh ar atento de Catari er ato,
exemplo, têm muitas vezes alegado que foi o casamento de es U"_,05 ofe rec or dO Cr Expulso
a
,as guerras r elig . iosa ·
m t rn as de n i · , Pn
c om Espanh a que d etonou os ataques h olandese s e ·mgl ªbaria · s ' n tó
nte D A de J unho de 15 ta a 25 de
80.
es e o
navios portugueses no Atlântic o, na década de 1580 e que ª� lªr o pouco c onvicto ao pretende 1 9/ 2 0 ro
v P t g al em a p ó s uma der epois para
por levar _ estas potências do Atlântico N orte, após 1590, a _ ;a por proclamado rei de
uque d
e Alb res, d
u
1
r a
s Aç o
o
n
monopólio português da Rota do C ab o. Esta opinião, apoi� os de pela armada espanhala dO d n .io fugiu p.ar�a o poi. adas pelos f ra _e
nto, d
. . .
alguns dos h 1 st on ad ores c ontemporâneo s m ai s es q u e m
áuc Agosto em Alcântara, D · A d"1das exped1çoes sequer o facto o
a
0 rtU
gal c m
. p França e, após duas mal-su a Inglaterra.s N��n_ o do B rasil co
e
-
·1mpenos · , basei·a-se na expectativa algo ingénua de q e
tef·larn la
e
r
ceses c ontra os espanh,oi· s ' pa anceses o ternt. co010 vemos pe
u s
n n 1 p
N a �ossa persp�ctiva parece que, pelo c ontr ário, par a os h ola 5 ::!li história infeliz do florenu o
çores em corsáno-
J un _
c as u .
enviad o pelos frances e . a A
0 rtuga
1, pelos
e os ingleses a ligação de Po rtugal aos H ab s burg os era u m m
s
o p
o
s
rta d c o
ol e m · s de
D. Antón.io e depois· desca om1,01·0 espanh á el aos des,1gn10 go
o
conveniente, mas dificilmente muito mais que isso. tr an- .' .mter n a ao d v D·1o
· ·r esta ·mterpretação «política» ·mge, n ua da ai d
' ·1 dº1stmgu1
Sera' utl formº1d . or D .
e rn . A oposição . . u m Obsta'culo a co05utu1'da p
sição de 1580-1581 da perspectiva bem mais s ofisticada de F l vistos, não c on stituiu . ria er
. · t r m ais se' 0.,
Filipe II. A op osição 111·1
1 i a
o r ld in the Age 1
6-77
W
t-··:
li '}'ba v!il the Med 9 2) ' vo l· li ' 117co11 . 111erc.a-
ean
iterran
Para uma smte_s� algo med1ocre, ver Ronald Cuero, 1580 and v o l. nd
1 7 ·b la d as \
he M edit lds (Nova Ior oc'.iações atn . tl e Por tuguescl
. .
n a
..
,
nea
Ph1lip II and the Polmcs of the Ponuguese Succession» Portuguese St11ch�c5,end'-nci a:
6
r ra
Fernand Braudel, Ts·-
« e
e u u
Re n o n qg . w '1
1t1 1
(1992): 1�0-169. Comparar também Queiroz Velloso, ;,A perda de indc o Mtirido
p Phi·1·ip II, 2 vols., trad . ian y uas rade . vi, parte
7
Português, vol. VI, parte I ( 1940): 9-40.. Ainda não temos um estudo glo cn1e1,ce ii
t t a
s de Exeter e do 2 9 ,, ' ª ut et p;
16
ng
, dº10 de ensaios do género dos dedicados rcccnt
o
h "'12.inp·ire · · , 1581-
C h
t tom be
d
m West Af nca
e
fase, �u mesmo um con_1pcn
a
_o . ,n ort e
u
u on mglesa de L
1688 cm Jonathan Israel, cd.,
11 tc
1)· º
(1,40): , ª vie ).
«Glonous ,Revol n » 9 313-335. .. ,. r de 1·orsay i; 08
L No ' 16
g lo
dg�, 19
T h L
Sie i
e An
Moment: Essays on the Glorwus Revolutwn and its World Jmpact (Ca111bn \,is_ world , n · ..t (P ·1n.s: G · e
. ·i Cf· He1·p' 1·ann Tafh
nd seigneur Philippe de St1·ozzi.
Mas ver, entretanto, Gcoffrcy Parkcr, «David or Goliath ? Philip II a e d the
in thc. 1580s», in, Richard L. Kagan e GcoffrcY, Parker, cds.,. Eur�p �� 66- 203
24 2
Spain,
s H onour of John H. Elhott (C m bndge, 199 5 ) .
Atlant1c World: Essay n i a
202
. a_o de 1580-1581
o na transiç
Impérios em Concorrênci.a: His. to, .
rias Co nectadas nos Se,cuLos XVI e XVJI
O Guzerate m ogo l e O mund o i'b ,
eric
de 1 7 de Maio
ac.ima de tudo, uma ameaça Para eles. Numa carta
de Meneses, um antigo govern , d1" (1576-157 8), dos desígn1·0s
ador do Estado da I� de 1580 de Istambu 1, d,. zia · « D,. seuti com eles acerca
ex ecutado depois d dor ª o de ocupar
e uma defesa do fo ne de Cascais. embaiJ{ a ·
expans,·om· stas do R,e·, de Espanha, que foram O pont dem, ou
corres- . o de Portu a1 e os pa1,ses dO Levante queª dele depen J que
veneziano Gi oan Francesc O
o M or osm
.. i d esc r eveu o na sua o rem
pondência para o Sena d do o g enhor [e
o como «o m elho r gu e-rre i. ro de tO sej a, O rmuz e outros que fazem fronteira com este S . de fazer a
Portugal (il miglior uomo e criticotl · , tendo se expa, ndido , des 12
ta maneira,
fortemente a sua morte, .
da guerra d.i tutto JJOrtoaal o l o)», nao se dete na . dep01s
dizendo que «uma pessoa de sangue no· - rr -.nar a sua ruma...»
bre
gue a a este 1. mpeno
, . e maqm excepça o
e posiç . portan - o ·igno'b.i1 por ter servi do a
_
. ão im te não merece mort to m an a co m -
, .
a sua patna e o
e ta · ha Mas é interessante notar que a corte o '
<l . ra a exped1ça
zi ' o
seu senhor contra um re. , p r e om qu em não un de de uns poucos como L 1 M ustafa Pasha (que co n u
a.
ªª entusi asma d
ainda qualquer
. ra mili. tar, vitoriosa contra Chipre em 1571) não se mostrou sassínio d0
a a
ob rigação».'º H a
via outra reputada f��u
quem se dizia que se tiv
esse a companhad o D. Seb asnao ten·a ev
itado . dos efe1'·tos políticos d
O as
O poder ot omano sofna
o desastre de Alcácer Q _ ra o de 1579. Um
uibir, e que detin�a cansm� :. ufciente Pª
; l Grande Vizir Sokol_lu Meh:11:d Pasha em O utubr ra recrutad0
Juntar elementos de u
ma oposição: D. Lms de Ataid ( S 7-158D; sérvio bósnio de ongem cnS ta, Mehmed Pasha, _ que fo vamente a
conde de Atouguia, n pos1ça efecri
a altura vice- rei do
Estado em Goa. A o pelos através do sistema devsh.irme otomano, dommara durante
concertada vm . da do a do de Sü man, e y
clero ou da nobreza tm . h a s.ido resolvid I egr e cone a partir de 1565, u, 1um d rei na le
agentes de Fil
· oa n 1·nar, em larg- a
o reinado de Selim II (1 566-1574) Continuouª determ III, razao
o o
e
A
rta, Jacques de G e
aos otoman e rmigny, to rnou com pletament I era, ". E. Levant, ou Con·espondanc e,
os que a uga ., ; ce dans le
ocupação dos
Hab sb urgos de Port Charn erc, ed , Neg tion s e la Fran
5 3 ) 908. -910. . Les événe-
Mémoires et Actes Dip.lomat ques, v oi 111 (Pan·s, 18 . pir
. .. d ·
· «Capogée de 'l Em e OcwmanttO. man (Pan·s.,
--:-:---_ ocia
205
204
Impérios em Concorrência: Histórias Cone - de 1580-1581
transiç. ao
O Guzerate mogol e O mundo ibérico n
a
ctadas nos Sécu los XVI e XVII
tadas d� pim . enta . o pro . - Qzr . ân, «Senhor da ConJunç . ao» - e mes mo Mu'}·addid,. ou« ,
, p or t ng vemente dos domi,�i. ?s 0�0manos. A . . s visto por s1 proprio e. pelo
s
com ra no do que acont . cada (da Era)», a partir ,
dai e ca, d ª v z mai de
ecera na década
de 1540, a micianva na dé e .stador (agora prerroga uva
e
de 1560 partiu dos o seus cortesã
tomanos; em 1562 um embaixador cheg ra d os não co mo um co nqm r d m
se vador. da
Bassora, a Ormuz e e � ' ÍO Fat1h . Mehm o um con r
o e
m 1563 os portugueses envia . ram um e missar · e d e Se lim I ) m c m e Ref' ug1·0
, Interna (daí O títu o PâdshaAh - · 'Alampanah, Imperad.or, 16
o
.
as
em resposta , A .., . .
m o, mo ..1e1 xe1ra de Azevedo, a Istam buI , al e'm de oucr.o e u ma
A
l
· '
em1ss ano · de L1. sboa, s d0 Mundo At O D ador de Le. i.s. ) D .
1-,,",ai d Q n ' gime _
. o mi ster ios o N
icol au Pi tro Cucc m· o, que . ' e mais ta . . e de se stab
1 1 1zar 0 re
a
A
.
ani
tarde sena o vedor t
r e
. da F de Pr.uneira tendência pa ra siS te m a ucam n
azenda res pon s 1 con10 o mnao
e
. ável pelo s car regam��bro
e
pt me,ma em Coch1111 safávida u
sando membro s dissi dente s
. · da família rea ez
. Receb'I do por Sul , .. eyman a 1 4 de Novern rte ' s-1550 tentou cada v �
º
ado na d e c da
permi.ssao - h a m p ane
a
' seus vi.zmh . . s tin
para comerciar .
. livremente no , . m e a- sc . os a siáticos. Se os o t ma n
s uma pos
.
iça- o no
ocean o ln d1co, co ·tll'
o
e n o
o
belecime . ntos em . de 1530 e r p l m .
Smd, Guzerate, D no início da de 1540 ganh . , parecia ter si'do
e o
abhol e Calecure, e S p ro, Guze rate, na altura da emb�i�ada de Azevedo isso Jª
a
gueses, por s_eu tu
Ol
rno, poderiam com
e rciar em Basso rá, o
Cai ° cate, \:�ogolfo
em Alexandn er esq uecid rel ç ã o a � as
· · a e n o mar V m
er elho_ is A sugestão acaban�a or s , o. O seu aventuremsmo em a
da de ' n
ão
reJeita da pe 1a corte de P -,,,o Persico n te n o in íc10
D. Sebastião, ma s me smo as si· m ode1" s na década de 1550, e n v m . .
' 0 tem si '
im pério mdian '
o a e do
P deve ser c · h d e u m sorá'
onfundido c o m so? _
assim qu
e ton,ara m Bas
os
1" J ,an A def en dido , q u
� ub' "pc1. vi. am p onu
111an. q
ue de ein fi. nais '
com a lguma conv1c ç
d os oto m
an os foi a
sua
e
,
o
g
a
Max.1m d1en fl», 111, alcns cm : A utour d 'un
pro.J ct . d' P J o . · aJ reocu p aç ã
1
de 1546, a pn ncip
o
-
a o. Parece
m, no
togo d° Couto e a icum t. IV (1980)· 45-88 e r u i, P a ocupaç
Mare Luso-Ind
P reservação e a recuperaçao cu t s d
.- d s 1540, promover
11 D·
v ol 1 (L! sb_oa, 1993), l 2 Década' 8.ª da Ásia ccl. M ari a Augu 5 ra L.1111aos d0, 1111-n.11 110 a da de
s o
déc
o
cum. ent
, os . l d
cnados, pelo edit_ or nas n99-217 . De p'.· micul a· r_ re lcv:'i n_ci,� cd:r r;o 1 ' te r tido vontade de, no
'
fma
? -128, 1
leyn ª�
a
a D. Sebasn·-ao, I sta otas a esse texto e st a u c
m bu1' 14 de N ovembr ma ,
o de 1563' c m A da S1"Iva R
1 t,l ego cd,, ,4
r
, es, de Thc M akm . g o f che f mpen·a1
eavetas da ...,..wrre d.o ...,..i ombo, vol ---:-:--__ . . · 1
N ovembr o de 1564 e Ag o . IV (Li sb oa, 1964), 464-465.. Cartas sceri. 0cJr 11 s-er C orncll Fle1scher, •<1··1,e Law"1ve1 ,. ls. Mes s a
· st1 1,:· 1 ed.' S0tz··man le Magn111 .
:r.que et
'
man» , zn G!· c
11 s Ve1 n c J , . em Barbara 111m111g,.
FI e
1(,
ur Rahman Farooqi., cg
R 1cru · , ng Sü , 1eym ans», zn . G Yorg,i"" Kara, ed ., ·
Mttghal-Ottoman Re/altOYI�- f,111ptr'
Betw
1 olztual anel Dzplo
rna11c Relatums betw (Budapeste, 1987),
1556-1748 (De li, 1989 een Mughal fndia and Lhe Otwman 43-62.
), 144, 156-157,
207
162, 170.
206
-
· ao de 1580-1581
O Guzerate mogol e O mun °
d ibé rico na transiç
Impérios em Concorrência: História s Conectada s nos Séculos XVI e XVJI .
da d e 1590,
devem ser vistas
no final da década de 1580 e i· ,
ici o e esqu ema;
, os e u rn gran d
n
o an . 0 pa rt d
o comércio com Ormu z e mesmo Goa. E claro que os ot rn ten- como manobras locais e nao - corn
· d0 do relato
de Joseph
e
sia
Braudel, aparentemente dependendo dema
17
po
não podiam abandonar a construção tácita de alianças co rn os a ou xa g era quand
o assevera . as
que
tados indianos e do Sudeste Asiático, e chegaram a mandar, � de
u
Von Hammer de meados do se, c.u l O XIX ' e
. [ ·e] para a Pe, rsi a e
urquia si .
ou tra (e normalmente abortada) expedição marítima n a de� no 0 rnornentum de 1580-1581 «anrou ª T , spi. o' a Arménia e, m tardoes,
ºª ais
a
lSt , C a
1560, em especial a Achém, mas também isto tem de ser V profundezas da Asia, o Cáucaso , 0
, crença P ortuguesa de que
, ·
0 propno oceano ln .1co». 19 Quant , d o as
contexto de desenvolvimentos de mais lon go prazo. . ª mentar pro61ern
a
. a, tjca · st an a rn fo
. .
Assim, podemos coneluir que a impo rtancia excessiva e drarn, poca Otomanos' na década de 159O , ainda e uco h'a nos
e r m a e a .,..,iai·1�andia' po
• •
B
A
dada a Lepanto e su as conse qu ências, tanto por autores da dos em lugares tão distantes qu an to borar. º
u
nt d o c o rn p
que du rou todo o último quartel do século xvr. Num certo se laça menor nos cálcu los de Fi·1·ipe II ' qua JO caso e
·ipe III. - cu
n
s d e p·1i
por volta de 1580-1581, o m e do g e ne ralizad o de a rne
dos �°.1ª. D · Sebastião · ou , mais · tarde, corn o
e cortep
do pelO Sh_ah
.
b astante especial, por ter si·dO pro . c ra d • epçoes
otomana à Europa era coisa do passado; os verdadeiros in unig;s _ os ntre as p
erc
u
e
O
p �
a ci · a
Habsburgos espanhóis passariam a vir do interior da cristanda
e 'Abb as I. Mas havia igualmente urna discr e
,
n
q ue ajuda
m a exp icarr
rra to m s eontra
ingleses e, acima de todos, os holandeses. Outra espécie de t\s d os Habsbu rgos e as real'd i ades o . na sua Iuta
an a
.
. e II ern encora p r I ra- 0 -' ",e· o e
- ora quente, ora fria - continuou para o outro ramo do s af!l ª preocupação de Filip
u i· ntere
sse espo rad
O
o: e que se seguiu .
bu rgos na Eu ropa central; sob Ru dolfo II os oto ma n o s f d Ill os Otomanos na década de 1580 _ ,
�� A a gitacão e
anacronístico no P reste J oão da Etio pi · . � a o
derrotados em Sziszek, em 1593, enqu anto mais tarde Mehrn fase
e
' . ·
it a r
'. urn • confl'ito nov
recip cesso_r de
conqu istou a fortaleza estratégica de Erlau , em 1596. Est ef!l ª morte do Shah Tahmasp em 1576 p
a
ª o s sa f'ª vidas. O su
a_'il II'
culminou no Tratado de Zsitvatorok, de Novembro d� 16 bó-
. - s reais e s.irn s
º?' largame me improvisado entre oton_1a
· adO de in. t
n
err e
e
g d e Haidar), Ism ter
na
que os otomanos f.izeram sigm.f.icauvas . ª
t hmasp (após o breve rem tos - Pºde
n o
concessoe ad0 fru
, . 1gua·1 , lançou-se numa pob,uca que - se u . v ss e d
. . nel
1.icas aos seus adve rsanos, reconhecendo-os finalmente co rno ' j o))
e
' .
em vez de subord.mados. Qu er isto dizer que a ideia de «d
ecl111 o s ·ato1·1·· Venez1am ,ve1
. ent e nora
. Amba C L
--;--__ dagli
otomano correspondeu, na verdade' à lema cnsta . 1·izaça- o do re cu eds., Le Relazioni degli Stati Eumpei lette a1.s,en1aw
, 8 7 l -1 872) - Parncu1arm n o norate de. i
a e
d secol0 deci.
mosettimo:. Turch 1.a, 2 vo_15·. (V enz
eneza r O tto.lll
da ameaça otomana; para isso contribu iu uma nova estr� t U r tre ell m pe ? tte Valens,,
a
'l
eb o. re,1ato de Ottav10 Bon, «M assn11e css . 1,·alisdtes relato, n o5' ve1 L uceum a síntese
,
Braudel The Medite '. rranean... , voi · 11, 11 5 a ot o111ª 110 ' das acti tos, em
vist vis
m ponto deoiando -se em parte, peolos
11
B"';�udel exag:r a, de u 6)
Ver Dcjanirah Potache, ,,Thc commcrcial relations bctwccn Basrah :nd.c;, a a import ânci l 6 , a p (L d res, 19 3 .
�t� lVUr 'AI'1 Bey , · (1'b 1.'d , 11 75- l 7 ) ' ' teenth Century n
'
the sixteenth cenrury»,_Studia, n.º 48 (1989) : 145-162. De óbvi '.1 i111p o·'. can� 1�joda, na sua1li o
costa eve
17
'"'
w.· E· D. Allen ' m· the Si x
b 1 u M ou si nh B r
A · es de A 1' dª
ow er e h1 1e
os documentos aqui rnados está a colecção de 1547-1548, Btbl10 tec a _d regll' a, nu el d
Problems o -r. k ur is
' h P
. a ver M
e
20 p .
aia um exemplo Ydes•t a c renÇ e d · M . L op
f I
u,
Lisboa, Codex. 51-VfI-19, «Pareceres de Baçora», fls. 194-33 l. Ver r amb�;, �rne!1_t5 D.lSCurso em O 1.,,,e/.·n.o do P eg
la_mcnto da alfandega de Bas�orá sob os otomanos, in Robert M:�mran, '.'� gd1 Sol'lal (Ba�cclos, 1936 que se Conta a Conqu1sta d'
oª I -
os otomanos
el ç
) , 17-18. , . ca de Filipe II em aspai-ºR�d�igucs, Porotu,, ha'.
a . ã ga
F1scaux Ottomans: La Provmcc de Bassorah»' Journal 0Y1' the f.conom
r a
. � tese 34
, tIL·1l sn1 efl'l • �f. a útil síntese sobre a p o h u v Lu ís G C nt u
u · t a e 1·ctor 1-326 o ,
1
r
l-f.istory º.1 the Orient, vo 1. x, n.'" 2-3 (196 7) . E finalmente, ver a e a' E�1o· p1·a
in João Paulo O1·1veir a e Cos an (Madrid, 199_ ) ' 32 polític· a d o penod0
d
1
lf 5 '
Salih Ozbaran, ,,Thc Ottoman Turks and thc Porrugucse in thc Persian G�1�11 caçá0 .
Y 0 11ente: El indiano del Rl')' '�11111a interpr et açao d
a
-158 l», Journal of Asian l-hsto1y, vol. vt, n.º l ( 1972), baseada cm d e u a\ 0<>urnas d'1v Proyecto . }
ergenc1as menores enu. ._e, ·1' 111
,
o
portuguesa e otomana. repre· e a dos· ,lutor
.
Neste contexto é instrutivo ler os relatórios do início do sécul� xvil �ercher,
d cs desta obra.
sentante veneziano cm Constantinopla, cm Nicolo Barozzi e Gughcln1D
18
209
208
transição de J 580-15
81
Impérios em Concorrência.. H.zsto
. Conect adas "°' S,rnfo, XVI, XVII
,rzas O Guzerate mogol e O mundo ibérico na
práti-
a fectad 0 profundamente o curso d . u u n1versais esso . de Akbar ao lado de u ma alteração na
xu·· smo dos D oze lmãs dos ª pol1ti , ca re gional. Rejeito· o ca d as al : "".
.cas mtern�s; e uma fase fina l, iniciada no
fim da
. seus antepassªdos e abraçou o su nJO IS l
déc�d a de 1i•;/�om o florescnnento da
m
1deolog1a akbanana
m adu ra,
com al gu m vigo r t
ia
. ' entando ch e gar a um entendime nto com o g defi nida pelo gra� de 'd F z!. " E stas mudança
nador i sl,ã mico or º
tOdoxo de Cabu l, Mir za Muh ammad Hakim , n· v:I1 l g Ab '!
º
. I eó o quadram a
cialm ente ª tran ção da segu nda para a terceira fase, en
u a
e meio-irm-ao do m a rca
o
. ?� mogol Akbar: Mas Isma 'il calculara rnal análise que se segue.
a d 1men são da O
posiçao ao seu novo regime, e a sua mo rte preco ce rdo vago para
51
m ' 70 h eg a - se a u m aco .
(e provavelmente de cau . o a E meados dª decada de 15 . turbulento'·
. sas não na turais ) , e m 1577, abriu o Jrã gerir os assu ntos externos de um Guzerate ainda mmto
c ra
ª�;Iues Io:ais , a qu e m
a
rtu gueses
r, A rivados po
mício de 1580 d 0 sultao - do Bijapu ço' e1s· ercia ntes p
a a
(rnustâjirâ
a
.
e
ma, c m
'Adil Shah, cont,nb
, oca. u·tu para um a da
'.
s mais d rama, uc · as cransforma . ern Surraten) · N
este SIS t . desenvolver o seu comércio co
SO b Alt. 'Ad'1l, Bijapur
os om
r a col ecta
que cercara Goa em fora u m estado beligerante, :x:uta . , Goa e e och"1
t d d Í d i n tin uava a faze
m o góis ,
pe1o men os u ma ocas·iao; com o seu su c e sor, s tária d os avi�;
o E
d arracar e
m Diu; os
co
-
a
g
n
Ibrah"1m 'Ad'l1 Sh'ah ( os qu e eram ob
a
rtazes pa .
s a o
c . 1580-1 627) ,
a ser um esta do
s unita Por seu Iª.�o n essão de ca
a
p s
os
peregnnos.
a os
da lndi a. N a d�ecada t
co
o tempo ,
f0·1 fe·1ta u ma
u
tne nte ap m
o
Entre 1572-1573, q · o- mogol. A governo. de
uan, do o pro , p n.o Akb a mc r
os
derrad ei . a co nqms ta
·
id l ógica do
es
as eg e
m
poração do Guzer at ra temativa para mu da r a b a ativas
o
ens a exp nsa s 1'. ,Fa.rh·'it as- ·,m, « sur at 111 · th, e rei·gn ·of,thA,k9-ll de Ou�"b 'º· d' e l9
O
l,g
s ,re Akbª"ama epoca, A h a sid o i nf lu enciada p "s"· no G""""
a
P l .
giosos' reiativamente ' .
. . dadee
i'u a h o st1h Akbar Ec po·ss,v c l que esta mudança' cccns,yyld Muhannn,d )>" ºP
elo
.
1560 a prát icas nao . fas , na d, ad 111 os -
" d s m ,hd ,w i,,,l E m p i "' _M.,Jun
' -s, u nnas; um a terceira 10 ' m M •J
que começou no fºmal �ff"''cº'Y o,fdc1, 1d5"70;" cf. John F.ódgRicch, a1<d99s3,),ThJcS. Vct ,,mbcmandS. SeAve. A.nteeRnth' Centunes
frc
211
210
Impérios em Concorrência: História
s Conecta das nos Séculos XVI e XVII O Guzerate mogol e o mund° i'b,erico na transição de 1580-1581
de teo, log os, .mclumd . o o Sha . mi.sso fla grante com os firang1s.. , Elementos sunitas ortodoxos c�mo
zkh ul-Islârn, foi press1. 0nado -dassiâh-i nar
um decreto que co nfe
ria a Akbar o esta tuto especial de ª h M u11a 'Abdullah Sultanpun, · ·mt·tulªd0 Makhdum u1-Mulk' rap1da-
. da ma. l ço
ior do que o de Sultân-i 'Adil. D s escn. c osPa '] mente agarraram a op ortunidade para cnuc ar Akbar pela aceita ã
5
Isl,arn, am
de Abu
. . .
212 213
- de 1580-1581
na transi.çao
O Guzerate mogol e o mun d° ibé
ric o
das rebeliões q
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
,
Abdullah Khan. Naturalmente Akbar não .falou ar e em
ue
oe
pisados pelas ferraduras dos príncipes conquistadores do rnu� cais atacar o seu irmão Mirza Hakim em C abu s , e o infeliz
onde as suas espadas nunca tinham flamejado, tornaram -se o
s o .
mogol J.,a tmham . ultrapassados na altur· a da carta 585 Os
sido m 1 ·
de negócio e os lares dos fiéis. As igrejas e os templ os do; 1 para
·nfiéÍS Mir. . . destr ui·ça- o» ' e . do, 0 dos
za Hak1m ca íra no «remamhO da xto apropria
e heréticos transformaram-se em mesquitas e altares sagra os f i P0rtugueses eram assim colocados no seu conte idas' os otornanos
o assuntos internacionais, juntamente corn os saf,av
.
os mestres da ortodox1a. Deus seia . louvado ! O que deseJ·áva rn°s
d e jos ,
realizado, e foram feitas as coisas de acordo com os nossos e� l e - também - os próprios usbeques.
oo
Todos os dirigentes e gente importante dos hindus e .outros os
a d
caram os brincos da obediência nas orelhas e foram incorpor
nos exércitos vitoriosos.»29 r as
Os exe, rc1t
. os mogo1s ,. - .
mostrad o s na- o só a' l e paz
ança
O Estado da Índia, 1580-1581
sao a ssim . ci. o de 1580, quando
fundações para a justiça e a irrigar «o jardim das esperanças . s ar o mi, ol.
tabe- · o' podemos enta- o reg
lto ist rte mog .
dos homens», como a «trazer ao Livro» cristãos e h.indus, rees . .
i v m p ara a co
1
a
M v a1-Din
s
ei· r os
re
, D os seu s companh
0nse rrate e
lecendo uma ordem não simplesmente baseada nu ma qualquer ro
forfJ'lª
. e o envi
·o de Q utb rna' n
a a a
E c u rioso r g st ªh
de Islão mas na dos sunnat-o--jamâ'at (aderentes aos p ri·mei·ros. qt.1 po
at que a Akbar Nâma . m e m o tempo (18 B os
Muhammad Khan quase prec1samente «para afastar·
e i
. ,. r m
poeira, t rn b é
s
cal'f1 as). Neste quadro 1d1hc o, os portugueses er am uma 987) «para s» e os
a o
ou «bata
lenc1a e esticaram a mão da opressão sobre os peregrinos a lu fJ'l kha il
a
-se num grande número e empecilho aos pereg r inos e rnerca j bos
o
Sh m
is
a r
P entesco fictício entre o seu i·rma-
o
, os em . pn Um a lt
Pensam ) a' 1r pessoaI mente e limpar essa est rada de es K.han e Humayun ctl). a v1'da saj vai,·a urna v ez. D.m Khan, estava
o a m an sab
o
'
roach de
Qutb al- a
e ervas daninhas.»
. ó e S·
com 5000 h
omens, o d B
as ante s
de se i·untar
Mas assuntos mais· p rementes terão interrompi·do estas inte n çióeS loca' l·1zado
a p ouca d'1stanc1a de Da m ao.
_ M
jâg ír e
. bei os assuntos, e se
batalha ti
O monarca safávida Muhammad Khudabanda enfrentava 1 nham de ser resoIv1'dos O utr 1.upo de G ulb. adan, qu ar
A •
: ce n tª'
�os gov n�adore_s provinciais (a referência é provavel ente O problema mais . .nned'iato er·a o g . ente · Akb .
m
f a�er era va 1m
tiva de �Ah Quli Khan Shamlu, governador de Kh ui� p
le se e s ao
asan, I n t1\J'
se
n1anti·nha na
Hijaz, mas CUJO· e g
.
ss
Na qs h b an d1,' para pe d'i r
es
dera i·nstru .. Kh ªJª v1 a. hya O nas c·Idad
o
5J
ções ao Mir Ha;;, w 1
· de t er estad s,
-se Ob nga , . que os otOI11an°s73 grUpo que re dep raçosa
-· do a ir· em seu auxilio · , tanto m a is at e gressasse rap1'damente' ,r·ie de situaço_ es emba .
Shanat»
s
1a se
o
Santas mais
de três anos e e n·ad o un
1
tinha em l rb
itido repetidos avisos ao bey e ey
osccrior
Abu 'I F"az,I Akb
2•1
' ar Nâma, UI, 757. Para cor respondência · crior e P errts os
· ant 011
entre Akbar e 'Abdullah Khan, ver Riazul fslam, A Calendar o . D oct l111
j
ln�o- Per_s1an Relatwns (1500-1750), 2 vols. (Ca achi/Teerão, 197�-82�3 vdéc ai. li- de
r ada r-J. 409-410.
.
prm c1p 1s temas da cana de 1586 são já ensaiad
� os cm canas !
d? 1nal . i e111 M· g,
--;---__
Abu'! Faz!, Akbar Nâma, vol · ill,
l 570. Esta arta e. breveme_me mencionada mas tratada como rcto n:ª vai(a 9): 1 1
Pcarson, «1:hc Estado da índia and rhc Hajj», indica, vol. xxv1, n." 1-2 198 215
214
.
transiça-o de 1580 -1581
Impérios em Concorrência: Histórias
Conectadas nos Séculos XVI e XVII O Guzerate mogol e O mund° ibérico na
-
. à r n 1ç· ao que se
de Meca, a ex1g.1 r que o
grupo de Gulbadan p arti. sse. O primeiro, E_ como é que o Esta�o da I, nd.1a breviveu t a s
9ue, procura
datado de O utubro de 1578
, notava que a presença do grupo levara a
seg urn à mudança de regime em 158;� ·. O historiador n�e
uma sobrelotação na Ka resposta a esta pergunta tem te_nciência para se dirigir a gra
'ba Sharif e a uma escassez de manum · enc os. meça preci-
A sua expu1sao - era ass.im ordenada, não che n a ser executada, crónica de Diogo do Couto, cui a Dec , ad Décima co mo
be s
provave1mente para evi. tar um mc . . .
ga do
. e samente com esse momento.33 Não é co�mei"ciência' pois sa la-
. 1dente d1p I oma, uco . O 1•r,armân c ev que a .intenção on.gm . . iar
inic . · a obra com a
proc
entao
- de ser renerado, em Fevere.i OIs· a1 de C outo era depoi·s que
ro e em M arço de 1 580 e dep
novamente em Agosto desse a 31 mação de Filipe II n o Estado da ln , dia, " e foi apenas 4
n o. O grupo finalmente embarc ou ·
de c1d1u· começá-la muito co nti n aç ão d e Barro�. 3
em d01s· navi·os, provavelmente
de Jiddah, n esse ano, mas naufrago
u · mais· cedo ' na - foi fe1t· a com muito
u
ao largo de Adem, onde teve c al A pane puramente adm1m . ·strauva· desta. tran. siç· a0 absburgos e os
de so frer O assédio do govern ador l o
d uran te uma estad.ia de at a
menos dificuldades do que se podena . 1magmar. Os H apoiante
sete meses.32 Foi ap e
que não pode ser precisada, que nas em 1581, numa d seus agentes su peitavam que D. Lui,s de Ataíde fosse um
ºr ecer
regressa ram a Surrate, acabando P do Prior do Cr to e estavam prep ar ados para lhe ofer
s
vol tar a Fatehp ur Sikri em Ab � e.
ri l de 1582. titul o super
a
e Sa nta re'm , pela sua lealda
. ior' talvez o de marq
, ,
um violento surto A escolha de Mascarenhas era Po1 1ti. cam . 01 Shahs, em 1570-
de fe bre tifóide
o su I tao
. Mais a oriente, foi o ano e qu : defensor d
e Chaul contra as for ç do N iza panhara
- Zam · a1- 'Ab"1dm,
· de curt a vida, o te rceiro s ucessor nombrev . esu. ona, vel,· além disso acom
as
t"Inha um e a
espaço de um ano de 'Ali a reputação 11111· 1t· ar 1 q o sensa tament
Ri' ayat Syah de Achém, faleceu. Os reis D. Sebastião ao Norte de A:lfn�ca e aconselhara-
parecia, mo�n. am como
moscas, mas nem sempre co m as ��� b�talha de
.
rnanter a sua çar , 1n v é speras da
consequências. A transiçã posição, em vez de ava n nao como
amd ul
i o «plebeu» e
e
o em G olcon da
p ara Muham m AIca, cer Qm·b1 sga a o c o rn ta-
Qu_tb Shah decor reu sem Q e ·r. C apturad o, fOI· r se compIe
. . nt tou, pos-
t d
pur f0� ba' sca d o nobre; q n
e
problemas, mas a de B.ip le va
uando a questão da sucessa o de de Vila
A
tt poderes de n
e
relat1011s durmg the reign of Six O ttoman Documents on Mugh al-� 0obre c o n a su pi o s
Akbar», comunicação 1 a frota de Lisboa, fê-lo co m a m
Akbar e a S�a Epoca, Nova apresentada a um sernin:ín� :ores,
D r
ver Farooq i, Mu�hal-Ottom eli, 15-17 de Outub ro de 1992. Para análisesant�is oa, 1974-1975)
an Rela tions, 113-11
4; e Suraiya Faroqhi, p,.lg rtl a11d � V X JI re im pressa-o (Lisb
J -�i ogo do C
Sult s: The Ha11 under t
ou to, Da Á�ia , Dé<:adas 1 8 88.
res, 1994), !2;-13 3.Akbar, d cld1 outo (1569
e Ott omans, 151�-1683 (Lond
a çao da Régi·1, Oficina T1pograf1ca, 17 7 -17
�t
Sob�e Gulbadan _ cm Ad
da obra de C Vlll (1974)�.
h
em, ver Bayaz én ese
ed. 1d Baya t , . So6re a
' g ol.
�- H iday t f-:1 osam (Calcut J4 Cf.
i mbra Marcms, « Portugue•s, v
a ira +!-fu1r1rry11n wa béJ11 -1600). U António . Co
T zk
An'.1erre, S. Be:ve.ndge, «fntro á,. 1941 )_, 355-356 . Para uma amilise, v c� (il1' a c a 1 , . », Arquiv
· C enti·o Cultural
duc�1on», 111 The Hi ry of r;�ente, 131 -17·4 m na 11 ed1ta ourenço Pires
.
os d o
a cart.a de L Diplomatrco
-Nama) by Gul-Badan Beg sto 1-furnâyun (J:fl\n .
para uma s1m
am (re impressão, No
va Deli, 1989), 74�75. fin,i J5 A
" c1. a n do u m
_ esc
geral (embora medíoc at, .
de av ll b111 ,,Per viam portuga • . , i11...», 49,
. Icnse
re) das relações dos mog61s com, Hij de 19 -7-1 56
1' in Corpo
r
ver M. _N. Pearson, «T e ª r-
port ora cm Roma para D. Scba5tl ao, data. da
' . ' ·-
h Mughals and thc Haj», Journ
Austra lz a , vols. xv111-x1x (19 a l of the Oriental
Soctt o/
.·,ty
ug,�ez, vol
86-1987): 164-179. . IX, 306-307.
217
216
O Guzerate mogol e o mund° ibérico na transição de 1580-1581
Impérios em Concorrênc
ia: Histórias Conectadas
nos Séculos XVI e XV!l
de transiçã · _ . E'T'stes
,
· I a, O assunto
e 1581 o vic
e-rei D. Luís de At ai'de morr e ra' o a 1uda-nos a c1anºf1car, em certa medºd
º
sem que tiv . esse recebiº do documento
notíci. as da sucessão. No seu 1 ugar' corno s incluem o Auto de Entreg,a atraves , dO qual Fernao 1 eles
governador, ficara entregou Setembro
Fernão Teles de M e
n eses, sup ostamente um do
s O govern o a D. F ranci. sco Mascarenhas a 28 de
s!. mp a uz . antes do P . de 1581, b
nor do Crato. Dev no em como ván. as cartas e cert1. fi. cados dat ados de
Novembro
fmal desse ano ou endo reg ress ar de M alaca e D ezemb · ..
- n o início do
próximo, no termo do seu rna�dato r o de 1581, endereçados na sua 111a101·1a· a Filipe II '
os
como capu . ao , estava o amb 1c1 quai. s devim vios do Inverno
. oso e p ouco escrupu1 oso D Joao da ser enviados para portugal com os na
º
G am a, neto de V de 1581- d0r
asco da G am
a. A sua solid ari eda de co · Men es
es 1582. 39 Vários destes pape,.is est�am � s1·11ados pe1o ve
era p ouco cl
ar a, bem com m da Fazen . a_ do Rego Fialho, ue q
e le da e provedor-m or dos Contos, Sun
pro, pn·o regressado ·
o a do seu
i rmão D Mi guel da Ga a
m ,J
,
e também ? á duas décadas
da viagem Chm · . vi- autor do or çamento de 1581 ' pu blicado h
mentos esta v a -J apão. A guardand o desenv o
a o capitão
de Diu, D. Pedro de M es s, qu s e ara Por Artur Teodoro de Matos.4º
ser nomeado en e � : � �ue que fez
- .
nao qu_er:a ap oi. ar
g v ernador com
m t d D . Luí s de A tatd
Mas comecemos com o prop , no i eles e a av aliação
. F erna� o 'T'
G o a'
o
Fernão Teles, em
a
' ' · c o, d a si· tua
. ._smo PºIiu ção n I local, no Auto de E
or e
,
declara el o Estado da lnd1a, 1oca
e
A pos1çao de out n enh um a vent urem
º ntr
ªega.
. aI co os
ros no bres
poderoso s, com o M a as de AJbu- e e stá em paz excepto para alguma tensão res1du
m
querque, que t ambé
- m retorn ara rec n
entemente de Malaca onde servir
a 'A.�il Sha
h;, que a inda tinham de honrar cláusulas num tratado
como cap1t . ao asstnado Sals�te,
onde sen· a c · -
-mor do Sul e que
est a va desejoso de ir . para orrn ' por el es, 41 havia igualmente r: g :a agitação em . ª
apu ao, era · ante mqmeta
u i
1g u a1 m ente o bs · a assoc1aça- de
. o Por consequência.· Baça1m, . por outro lado' estava ba, st
Alb uquerque com cura. A estreit
D. D.10go de Me . a
sua carre i. ra, neses, num mome nto 11tenor d ª ---
trari o,
pos1c10nava-o co «Nelle Ind1e o nentali. 11011 si. crede· che S. M. abb'ia ad aver.c alclin condaco_ a
, ntra os H absburgos· por outrO JadO, a
. .
. �
is
sua ma re1 a - o c ' m en t an
, ç com D. ' . te P i he il capitano della fl c ultima en e v s e volon , cana
com O propn. o F - Luís de Ataíde (bem com o, possiveJm en , r oa i;1 ' bbidire
Pa es�ntar a S. M. dicend d'avc r ord e � I g��::;nador di esse 1 ?i. �,d� � voleva
e
ao
' ne foi · -
a
oposição, p c l 9, 1 · M atos conc ud '
orque o
n m
dOcumentos de 1 ' Godinho,
capitão da frota
que acabou de regressar la?'t�_lo, embora sej o na_o usou osente c . dos in V,c. onn
am e sporadicam n\
. o Ma' gaplhacs
a ris 1982).
ances de l'État Portugais des Jndes Onen tales (1517-1635) o( a� e:11t0 que se
es hn
.
S·anJay Subra11manyam
, The Poli.t· · ia, V . Tresiado d
· utherri fndu1a on1ou er também BN, Pans, Fond.s. po rcs. n.º 23, « 473 474 ' copia. feita por
36 41
t
15?0-i650 (Camb
ridge, 1 990), 218- ical Economy of Commerce: So a s . ob r !x á
, », f l s.
220, baseado c m boa medida m Couto, Déc Ma e as pazes deste dO coin, o Jda - rta nos fls. . 399-99v.,
cl Botelho C-l 1 - - esta
Decima, pane 1, 472
-480. d e �, nt e é uma e,a . '
37 B"
· a P'
1 bl'iotcc de 1u · u : ' bra' . ? .4 10 1581. Tambem _ 12 15 1 propondo que, Ib rah1111 AdºIi
e
·• leva
« yi·da
ubl1ca e Arqui· vo ·
c
, Shah t {,,�han para F ilipe rr, dacacj a de· 3-l - 8 '
º
Mach,as
. de Albuquerqu Distrit
e», pane 1, caps. 3 al, E vora, Codcx cx v/l-13 ' I Seja dep
osto .
, 4 e 11, fls. 9v.-l7v., 41 v.-45 .
•
218 219
- de 1580-1581
transiç· ao
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Século XVI e XVII
s O Guzerate mogol e O mund° ibérico na
de
devido às dificuldades com um chefe vizinho (Rey dos Coles), Havia, claro , cálculos mais . complicados para fazer.. uma soma
directam e nt
2, 1 898 pardaos da alfândega de Gºª que fº' alocada
·
m esmo era verdade p ara Asserim e Man ora. D amão também st\:
e
: \a a despesa' sem entrar no .,1es ... ouro., das receitas · anuais de Salset e e
cheio de agitação. Além disso, «p or cartas dos Padres que es o . que foi alocada ao
Corte ho Equebar se entendeo que tem mandado fazer gent: era Bardez, uma soma de mais de 50 000 pardaos u seJa . , l1avia .
P pagamento de velhos emprésum · os e d',vi'das est at
' '
is·
vir tomar a dita fortaleza p or cerco». A situaçã em Co ombo, lo
a o
, ntrarem nas
contrário, m elhorava; o Raj u fora derrotad
o ! ��
1 1 Va. nas transacções que a1ocavam recei. tas a, despesa sem e
·
o em F eve rei ro de d� ftnanças gerais. .
mas c onstruíra agora uma grande e forte m ,
a�
cidade a quatro léguas . . ao
. sugere m q dro b em
uz A visão de Sun _ do Rego F,ialho e pesas que entravam par·a
ua
Colombo, de forma que eram p ossíveis
u
n ov os problemas . Orrn pessimista. Tendo n otado que alem das d s
estava em paz, m as h avia
conflitos com o s oberano de La�, que os calc · ·a uma gran. de categoria
de «desp esas ex-
tom�ra _ K amaran _(G ombr_oon), pr o 0 , ulos habituai·s existi
o voc and o um a int errupça :, cavalei·ros Pºbres e
comercio caravaneiro em direcção O ge
traordmán . a· s», destin · adas a sustentar vt.u, vas, órfãs, , sa M ages-
rmuz. N ot em os, d e passa d fl'dalgos à espera de uma merce, conclm que «constará a ,vos
que F ernã o Teles não p arecia ter e e contos
a
sido alertado p ara as activi?ad s r tade que desp ende o Estado mais· de que rende vinte nov
A
e
quatro galés comandadas p elo « o usç os �m
ess
corsário» Mir 'Ali Bey (enviadd P de r eis· ordinaryam ent e h uns anos por outr os afora os · s ·- ª ma10r
Cighalazade Sinan Pasha para saq e_ se ao,
42 uear Mascate em S et embro � que não p ode aver c onta serta». E na_ o so, . na sua opim
an o). Diu, Chaul e
Karanj a não registavam incidentes. Os mak pt s . de .rece eren1 uma
b
·
estar i·am acuvos per d\ pane dos fid . algos em imc · , w· de carreira, antes is· «c ªda. h. um
t o de Nagapattinam , d e ond e o N ya a tnercê, incorriam h abitualmente em d'tVl. dªs substancia . de d,vidas
.,... .
i anJ avur expulsara recentem ª e st·-
ent e os «ca s ad os» p ortug ueses r de11es tem oyto n ove m1·1 pardaos qu111ze v111
. . te mil pardd'a1tosas 111erçes e
dent es; de Malaca, Ambon e es
Tidore c entes. 1ieJ is que fi. zerão o tempo que servira · - o rhe entr.ar em nas
de Meneses conclui este tour d'ho não havia n otícias re .
ivi'dar nem
fortalezas todas estã o m uy
rizon rápido notando: «As qua
as
sen-ao forem m uyt o favoreçi'dos nem se Pº<lerã o desend
desprovidas de moniçõis e outras cous rern ediar.»4s para
neçessarias a s ua deffenssã
· tancia· o p rovim o e t odos os cap itães pedem com u
rnu�
ta
I sto sugere uma si.tuaçao - recán. a tanto p ara a nobreza como
ms . ento
delas que se lhe a de mandar »43 cond
)' _ o
a Coroa, o q
p
t odos p er
diam d'111h ei om
. ro c
e, que o governador ten . . A
a algum as dúvidas ac erca da fo rça rn1
·1it· a r ue é intrigante; p e ce q� e
s directos sob_r�
?
. ento ! H avia· , cJaro esta, os retorn o
ar
( 0 empreendim 1s
d0 Estado da ln , d'ia, um
a boa razão p ara opta por uma estrate
'gia e0rn e,rc1·0, c m o para os
nobres e os Of1cia
conservadora. r tanto para os «ca s d s» er d,zer .· p d e
da coroa enquanto pnv· ados. M as o que Fialh o qu
a o o o
Hadrami Chr�nides (Oxford, trad., The Portug�ese off the South Arab1an Fialho a o r ei,
1963), 111. . o
. - o do Reg
:� B N, Pa1:1s , Fonds. Pons. n.º 23, /freslado fl J J6. �
s
n º 2 3' fl . 41 4-414v., S1ma
BN, Pans, Fonds . Pons. n.º do aut o da entr�gua ... », �, vedo( 23 -11-BN, Pans, Fonds.
1581.
Porrs, .
da Fazenda, 22-11-1581. 23, fls. 465-65v., Cerridão de D iogo Corv
221
220
Impérios em Concorrência·. H'isto,rzas
. Conecta das nos Séculos XVI e XVII O Guzerate mogol e o mundo ibérico na transição de 1580-1581
nos numerosos casos de «arm pil�ado. O último episódio desta série é de 1585 e o «vilão» é ainda o
a das de aventureiros» enviadas nesses
anos e que incluíam uma ao capitão de Surrate. Nessa ocasião, escreve Couto, Qilij Khan enviaria
Guzerate em 1581. Com esta frota
encerra-se com ehave de ouro
emergindo à luz do dia as engr
1 eia
'd ª
· qu� temos vmdo
· a desenv�jv�r,
mn
�ta avio bem armado a Jiddah sem um cartaz, mais
uma vez desa-
ndo os portugueses. No seu regresso, todavia, o navio encalhou
enagens mternas do Estado da Jndia
e dos mogóis. to portuguesa. Qilij
k.� de Surrate, sendo destruído por uma frota
an terá então perdido o seu navio e a sua «fama».
Todo o quadro é típico de Couto, com a sua tendência para
A contenda comercial do G reduzir tudo ao dramatismo de um choque de personalidades. De
uzerate de 1581-1583 u i� lado,
temos Qilij Khan, um turco cortês e audacioso, sempre de
mao na bainha, para assegurar que a sua espada era o melhor cartaz e
No seu conhecido ivro
·
and Ruler'S m Gu;a . r de meados da década de 1970' Merchants g ue_ - sozinho, desafiando o estado mogol tanto quanto o Estado da
rat' M · N· pearson dedi. ca uma atenção consJ'de- India - seria ultrapassado pela lógica da arrogância. De forma a fazê
rável ao confl1·to luso-
Surrate nos anos 158
mogol no, e em vo1 ta do, importante port o de
a
;}º, mobilizaria a família (o irmão, em 1581) e amigos (o capitão
, .
crornca de n10g· o do 1Co -1585 · Para pearson, que se base1a · mwt· 0.1.1 e Broach). Couto, no seu estilo tipicamente boateiro, descreve
. . uro' 0 confl'lto f01· causado pelas especi . a is m explicando que este
1d1ossincrasias dO «cap . _ �; algum de�alhe a . famíli_a de Qilij Khan,
ttao do forte de Surrate»' Qili . Khan AndijaJ1i, ra companheiro de mfânc1a de Akbar, e chegando ao ponto de
que era «um hornem J
orguIhoso, um muçulmano sunita rigoroso, fazer estimativas sobre a sua fortuna pessoal. Akbar é visto, por
um turco da t n·bo Ja .
rn Q.urbani. e um confidente do imperador»,. e s ua vez, como inocente das acções dos seus capitães e incapaz de
que não pod·ia to1erar . e os controlar. Mas será que as nossas outras fontes, mogóis e portu
diz que dec·d . o s1stema português dos cartazes. Por iss o s
. 1 1
· u enviar um navio · ao mar Vermelho sem um cart- a ' z guesas, condizem com este retrato?
imediatamente entran
do em confl'no com o Estado da ln ' , q ue
, d1a Comecemos por recordar que, de acordo com a Akbar Nâma,
mandou uma frota pa
em que as forças. mo , .
ra o deter. segu1ra· m-se escaramuças em terr. a,.. Qutb al-Din Muhammad Khan (o «Capitão de Baroche») já fora
- gois foram comandadas pelo irmão de Qi1 i) 01a?dado por Akbar, no início de 1580, atacar Damão. Além disso,
Khan · Entao, para quebrar er as mformações de Fernão Teles de Meneses acima citadas sugerem
a Akbar... pediu ao . _e O impas
· se, Qilij Khan, «sem nada d1'zd
. e que em Setembro de 1581 os portugueses de Goa acolheram tal
.
d1versão a Damao - cap1tao . de Broach que conduzisse um ataq ue i. u ameaça como emanando não de uma iniciativa local, mas da corte
». O capitão de B roac h, eg.u .
que a frota portug
uesa .parece, apenas cons rn1cir 10g história de Qilij Khan não
a navegação ao nav.
lev amasse O 61oque10 a Surrate, para pe r � ol de Akbar. Em terceiro lugar, a
io d e Qilij Khan. Infelizmente os mercadore
s ate completamente certo, pois não era nenhum novato em termos
de Surrate nao - . ' de ne gociações. Como hâkim de Surrate, é provável que tenha
mostraram qual quer . ha 11
e recusaram-se a . d eseJo de apoiar Q1·1JJ·· I(. negociado com os portugueses, em 1576, a con�essão de car�azes
enviar b ens no seu . nav10; . . 01sas,
«Akbar ficou fu no . para p10rar as e Jll
· so com ele por com e o A bd al-Qadir al-B�dayum, ele
a sua autorização». 6 mar o ataque a Dama�o s ;0 � nav ios da hajj: nas palavras de _
46 1 «com Kalyan Rai Baqqal, um habitante de Camba1a, ao porto
O relato de C o
uto Prossegue no mesmo estil o, fa and e111 de Su rrate obter um acordo dos europeus, para que libertassem os
ataques de retal"ia - ] ° i.o5 navios de Sultan Khwajah [0 Mfr Ha;j], que por necessidade de tal
çao, por uma f.i ota port g
u uesa, a o ut ro s navb
que regressavam d0 ar acordo permanecia imóvel»Y O leitor das crónicas mogóis descobre
mar Vermelho em 1582. A um navio · d.e Ak re
' z· �:
f01· permitido pass . ar, mas otnro n . 11
avio de Surratc foi pareiaJ 11,e . •
��:-:---.:--- � adayuniB , Muntakhab ut-Tawâríkh, vol. 24?, onde estes aconrec1mencos sao
N. Pca rson, Mercha 11ese i
s ados do que o �rupo da ha;; era_ o de
11,
cm_ 1576 (ou seja, Rajab 984 A. H.) , sugerm
m t e S1xteenth Centu1y ( nts d Rulers m. Gujarat: The Response to the Port�g de Gt�� badan. E Sultan Khwaia era
Couro, Década D 1 Berkcl�
cy_-Los Angeles' l 976)' 57-60· o relato provéJTl o estranho que outro relato sugira que 'Abd al-Az1111
' 'Arif Qanda hari,
n.; Ed·, itr Ha;j' em 1577 (985 A. H.); ver Muhammad
r+ . ·.na,panc, .. igno . na�� usar Târikh-i Akbarf,
e .ito de Monscrrarc
tw de nora o facto de Pcarso n �
nem de · yazid Bayar ado J1 ad. làsneem Ahmad (Deli, 1993), 278-280.
nora 50, no seu liv , nem mesmo o documento cir,
ro.
223
222
nsi,ça-o de 1580-1581
O Guzerate mago l e 0 mundo i·be'ric
Impérios em Concorrência: História o na tra
s Conectadas nos Séculos XVI e XVII
. da contr a 05 o conse-
portugueses por sua própria
nu ma aventu ra tã o arnsca
Pri· mei· r o lugar menci·ona o epi sod10 . da ha;1ii de Gulba�an e_
iniciativa? , 1nclmnd° uma
Uma narrativa bastante val quente confli.to sobre Bu1sar,. outras fontes jesmtas to
,
iosa datada de 1580 aju da a dar 0,\ era dan estava mui
perspectiva. aos ac . s carta de 1582 . m a m q ue Gulba
c nfir fal
onte cnnen tos d e 158
do veterano oficial mog ol 1-1583. Trata-se das memor ab aixo ci·tada,
Zangada com os portugueses e ªcusam-na de espaIha Em segundo
r rumores
o
sos
..
de Surrate com destino a ª acerca de uma frota otomana no seu regresso da h·a
Jiddah, n o navio Muhammadi, percencence
_ Iugar Monse do re s men cw ; n, a a aborrecida
J
a Qi iJ Khan e a Qutb al
r rrate, como outr? b rv a ' · nários
-Din Muh ammad Khan. Acompanh a v a 0 - ta r entre Os
func10
Khwaja Yahya Naqshb qu estao m m ai- s
sus belli que
se
d teve
s O
reira de Lac er da -
a portagem de Dm . ('ushur-
te e deteve-se depois em Damão, para
�ªf sUrrate e sohc1 . .Pe v rte m a o Is1a- o, com a P eres».
, i Div) aos rendeiros firan g1.s (1··A adara n) de qu e lhes
tados a que se eon
.quezas honras e bela. eguiu-se
s mulh
s se
es r a ci
·· d «n '
O s armad ores de Surrate con s1·deraªva
J r, m fl1
sena m ofere ª exe cutad .
os A isto s
parag e,m mais . con . u
Q ndo se recusaram a faze•-J , f ra m , �e por sua
s
- , segu · .
veniente do que na pro , pn.a Dm. . U ma vez e u fil h o a Dam�
um ataque de mão,
capi.ta_ � de D a
o
D amao Qutb al-Din _Khan �
a o
Saldanha - de
envi·a do p ara esse º
fim, ehegando-se a � -
çao, e
' capitão de Baçai·m e f,erna encarnec'd i 'a luta, O ataq
u m ac ordo apos , avalia u a Un1a frot a env.iada de Goa. A Pos uma
0 ue
de Su rrate chamado Ha
san Chunu
�� Azât-t a ' n o assunto e c��g A kb a r «Jurou que a
in t itu lado nâkhudâ-yi 1aha d'1ferent e . d ' ' z l-Din
que Qutb a
a
Surat, q ue transportou d
e vo lta um do
'
Baya zi r
d . da de Couto. N0 1nic10, e n to » e .r
c d, e tinha sid con11eci m te a p aru
i
umento p o r- c nta
A
a Tehpal, o chaudhuri do
porto. Assim que O assu n o foi dado 0 o c ome çada sem O seu d O Gu zera
Trhan e
· Al1111 ª d Kh ªn ( ú r sura m
s badâ p or serem
o
ant1cnstã
1
225
secção do texto.
224
O Guzerate m ogol e o mundo ibérico
Impérios em eoncor
. rencza: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
A •
na transição de 1580-1581
in Mu hammad
mes�o avisava o Estado q ue fiz .
esse todO O mal q ue pudesse a estes
oposição destes ho mens (um dos q ua is, Qu tb al-D
_ forma ção ideológica
Cap1tães»).5º Mas �m breve os jesuít as Khan' e ra t io de 'Aziz Koka ) à nova po , lít ica e .
na co rte mo go l co me çaram a
e ra por tanto .
in concebíve l q ue
duvida r desta versao (q ue , na essênc se P de encontr ar em
que gan. hava fo rc,a , .na cort e. N-ao s ao s
eouto)· Monserra te ªf1rma q u e os iame,oago,q.1ue º a plan ear em Akbar J o gas se u m J ogo duplo: por u m lado, des
e1 ava mostrar
q
. us b. e ues
· ·. and avam n ), aos
segre do um ata q ue a Dm
e m 1582' q ue se na f
·- orrodo os dentro da corte (incluindo a tia, Gu lbada
aos fi rangis i p
s
r u st rado pelo cap ' x
da cida . de' D· pedro de Menese s. A su a concl e ate aos otomano s . q ue se opun ha f'ir memente
itao or
n ios
. ; n ado os do mí
a cammho de Go �,
confirmou a sua op i·-ao. Po r tod a a viagem da d," ª de 1590 (de pois de o último ter abando que ameaçava
presenciou os semiment m mo t s em 1593, c he io de ran co r,
o iª
para a Hijaz), em , na
nome de cri st-ao ou de fra
os antipo rtu gueses
, ,· .d iz' endo q ue «o m ero voltar os o tomanos e o Est ado contra ele." Uma
a meaça vazia
nco é hornve l e od10,so ». 51 Monserrate era cálcu los da
política
a companhado na . verdade mas q u e mos tra a natu reza co mplexa dos
viagem, a pri. me ira etapa d
de Akbar a FT e uma e mbaixada abortiva
1 1P� II, po r Sayyid Muza g I d as d écadas de. 1580 e de . . q ue as acções
ffa r' um nobre wrani com
1590.
duv i' dar de
mo(;
�ma, ligação estre1 ta a Qut utras pr o vas circunstan cia s f z n-
b al-Din 2 M uh ammad Khan e de q uem o mportamento excê
a em
onserrate du ra
Sikri e d epo1s me su a estad ia em Fate hpur
ª envi de frot as de patru lha, mat ando dois c
·, em surrate vão ao mo
e m pa rticu la r encont ro das de outras fontes, souro e ao mes
a Akbar NA Pressº·1ona' d0 pa ra fazer d es c er as despes as do te ção
a.ma. L endo ambos 1 al o s (posi
conse gu e- se o bt er u o_ s, r elatos em para1e o, l m o r do s fid g
. tem ans ioso por ir ao encontro erá
ma imp ress ão das
mt nn ca das mano b ras q e
u o overn ador t
tio tºem evo cada por Simão do Rego Fialho ), g s de aveo tu
d o c a
es tavam por tr
ás do conflito luso -
parece não te r con mogol n ess es anos e q u e C ou t o enc _ ado a pr ática do que se deno min ava ,a
r mada
.s egu·ido apreender. , s env ia
das com a
F a2l e d e Badayu E cla ro , da l ei tu ra d e .Abu '! reir º'.ªJ n d d s p or fi da lg
da
, q frotas privadas co m ltos. Uma arma
o
n · havia reaI ment d1'ferenças entre Akbar e
pode rosos nobresr inte"'ç':ao cla ra de c açar pré mio s e r ea lizar assa
a a a
go a
ue
t ura
I{hail, mõ es, partiu lo
Qutb al-Din Khan e nr_ � Guzerat,�' com o Shi hab al-Din desi" , comanda da po r G o nçalo Vaz de Ca
�
. o po rto
o
Qihi Khan,· e isto .
po de ter udo 0ngem na e Bur ma n
seg u:; ,ª monçã o, para ata car nav10s de Achém
so A
N/TT L'ivro 28 de Jesuítas
e d., Documen'ta/ª. -º par. a a Hist,' . das
' fls. 162-l7lv re
duzido cm A. da S l va
i Rego, Faz/,_ oo
vol. XIJ (1572 - 582) (Lisbo l;;;a
.d r�
• ,e g d, Jaft,, d, fo'.hJ-yi Abú'lem S,,y•?
roado Portuouês do Orie pod ser ,oeommd• n d•_
a ) . . º ª m, eolecç,o ,n,hsa
nte,
M,ka,�;,C'.' /a'."'.'(l,rogrnfrn, Loeknow,1863-64), o ry o[ rbe Afu;/,m, m Akbat,.
õ
779-
Miss es �
de Couto. ' 782 , p 1ra uma v,".'·'° º pr0"º" da·
..- b osrm" , .
o n
' ,
Th,t Commentary of.
Monsen·ate, cds · Ho · 1- Arhar Abb AIRiw, . l,gw"' aod Jotelkrwal, H;sw º" Deh, 1 975): J_ 18-320
meme 186 • · ' 185-191 , especia Re h" l f,zl) (N · oo
fo m
,pwal "Í"'"'' to A477-??v.• Dos Armados que de,r
51
M ª:ço-Abr il de 1582, rr ºh""• dig id, por Abu'l Fazl, e datad de . ,o Mos car enh"'• Goo, de
askmg for Chiist1an Scr,do ,id, po7rP·'. "mbé,
'!Filipe li de D.
Jeróoim o
o,do .ºº'º'
modo s O
,E. Rchatsek, «A,lcttcr
h-om th c Fm p cror Akb3�r Food,."p: "." s. 42J-23v.: "[
. .. J renho bosq andei dous anos que foi meio
para o comcx·to geral, M.ipturcs »_, h e lnd1an A ntw .
ua1y (Abr il d•·
,
� 1877)·· 135-1 º,í· c· ro,no foi ;:-avi', º· 23, fl cm que
ciros qu e cmvcnteo1 em q ue esta [... ] ».
o
S · 1 > " . ,
and Rel1g· ;1ous Aspects», · \. C l1lcl ,, «Akbar's 1 ·
· ·tca 'vo 1· Vil (1970):'lrst _E 1;bassy to Goa: lts D i
p lo!1 n1u1 e011 I1ec1_ os avmrur sta d
do de por o Malavar n o e
_ 1ª
32 4
..
lnd
227
226
Impérios e m Concorrênci.a: H. , . . -o de 1580
na transiça -1581
istorias C'onectadas nos
S'eculo·XVIeXV
s II O Guzerate magol e o mundo z'be'rico
de Masulipatnam em Gol . o «navIO
foi preparada para partir
conda." O utra
, de ou . s ligeiros», Conclusão
p ara o N orte, sob o comando d D Simão
da Silveira; quando este
último adoeceu e morreu, a p arti_� .Ía frota . 10·- es substanci· a!mente
foi atrasada, tendo finalm Na histono . g rafia. re�c ente existem dua s o. pm em 158O -
enre deixado Goa a 14 de Nov ªrnbro de em Portuga1
1581, comandada por ue
opostas sobre os e feit · o s da mudança de regime .1istas ou legalist . as,
Diogo Lopes C outinho � · na
fornec eu, como J.a, vim
. . Foi e Sta ' �ota q -. 1581. A m ai or parte dos his . toriadores insu· tuc�o A afirmado que
os, o casus be ll' .
i; a sua mtença- o explicn a e por em
isso p rovocadora era <an incluindo os de tendeA nci· a exp ·1icit . amente marxista,
dar às p resas». As dificuldades encontradas ças aO sis � tema habsburg. o
por Coutinho e a sit Portugal e o seu i.mpeno , . p reservaram' gra . primeira
o en vi.o de refor
uação agrava d
a de Damão a cab anam por exigir de governos concit .1. ares, u m g rande nível de autonomia n'a - ,
ços, que Couto desc _ co m st mterpretaçao
·
Nem os mog óis n em reve com a 1gum pormenor· met ade do do mím· o fT i tpino D e acordo R Musi·1'
. sdorf' personagem de obert
e a
os p ortugueses
saem d aí cobertos de glória, muit . , .to do nde L·em
mas as acções de o no espm
Qilij Khan também
não são simplesmen te urn a é apenas a meio do rc? Fili p II e d pois . em particular no
idiossincrasia de algu emad d I �
ém que era «um p conde-duque de
. ouco l ento para p erceber · · pe IV (e no pe 'odo de Predominância do
e
de F1h
o e
Sistema» devid . o ao facto de ser _ »e f er sentir o seu
0
por isso «menos in «um devoto muçu1mano sunita Olivares)' qu e o c entran_lismo h bsburgo co meça a az
clinado a su
bmeter-se aos portug uese d que ª spo st a «conserva
dora» sob
.unpacto aca r u m r ·
um muçulmano que l " ' bando p or. provoca . da de acordO com esta
evasse a su a
religião de m an eira mais �i.geºira»-
e
a forma d a Restau ça- o Portuguesa s 7 A m
a
uma «amea
Mascate era uma qu ça turca» que, na verd ade, le�:e de --- mplexo cl
o l'ivro de
imera, mui to m al ª ó · g
, umenc o co
informados sobre a s al teraç eS i d ai
na p olítica do Fcrn·-an -Isto representa uma 1eICU . I,·a esq uema, e ' , spani·ca (1580-1 640): Felipe_Jl,
57
Decão da altura, ne do Bo uza Alvarez, por tuga.l en la ,nonarqiua hi .se de doucora. menco, U111ve-
ca o
bilidade, Fe_rnão Teles m C outo nem, com toda proba o!ico ce ane de
de M_eneses domi ª : de.l Portugal cat o ' a a base de u m a b oa, p
a da ri·dad Compl Tomar y la génesis
las Cortes de
cons-
;'.'_ª ra� h�0
do comé rcio e d as navam � l ó g ica e · t bé m n , d
pere grm açõe s n António Man tensc Madn '' d ' 1987 ' q ue 'a
s A' uf s·tn�ia e a' ' modern1. .za ç�- para u m
a
d ,
0,
· n b e
m
c ra ' .
e a verdade é
que n enhuma des ª11d Councils of Ph1 · rr Of Sp:1111 . », ces· c de dou . 0 Feros Kmgs/:?l·1J and fiavorit1u.smb
ta s emoções ajuda na conduç_aºo de
· lip J
m
1. 97l; ,, '
m;ii, cmm,mcncc, a' s. o b ras. de A ncon 2000) ' e J c an-Fre'de'ric Sc ha·on '
o
.
zn the Sp
6 Jlit. J,e ;·uridicti s
l,e J ortu in of Plnlip Ili, 1598 . O/J vares1)(162 1 40)• Le amr
. te-duc
a
V1conn
)
1 cnrc O •a i
•
Pearson , Merchants and tcn-ane os, vol. 11, Lisboa ( I 96S), 255
m
111 E
nsai .
Rulers... , 84-85
16
an, vol. 11, 1181-1185.
.
228 229
•
nsi. ça-o de 1580-1581
'b
i é ri co n a tra
mun d o
es», «os
eo
O Guzerate mago l
« s h olandes
ese s». mpresas
p ortu g u o s», «e
o
« s n
I
. , .
n b
. . los XVI e XVI
S,ecu
categorias imutáveis . co � s,,, «so ctores
, is » « mercadore os os a g entes e a
Impérios em Concorrência: Historias Conectadas nos o o er a
-
n d que nã ° oto manos», « o s m g ' otl·Vos de tod ezamin
ados,. nao·
o
n d
o
d efe
o
rneiras . s m s r
custos políticos de 1580 para os p ortugues�s, s p ri . . s», etc. ,
redistnbuuva O têm d funcionais
e
olítica as
e
8 0 u
e
d 15 bo , io q
terá sido coincidência terem ocorri
do dep01s ª
o Ca neste mundo de �omerc. em
caizar mos sus ríncipes, �e
rca-
em
d
e e s
t e , os � n
e
s ano s
ª . tas bi n a buuva _ s bre
e desenvolvi.menns
s
bem, como o imci cional» so
su
edistn' .
e v er
a, no . ,
rsp c u v p resas r c o e «r.a
da India. Além di.sso, para os def enso res dessa P e tal da
posiç· a - dores versus soberan s, A
ncipal din ·t uir conteztoS
e
os os
o
pn:
em i
:ie n r m
o m
·
a
f un d n 1 a c .
1580-1581 assiste-se a um enfraquecim ento
, . c ondu
z.1r a marcha inexo ráve de um , para reconStt s anos 158 -
0
a to
b p mbem mos, o
militar e fiscal dos portugueses na Asia, que aca . dos inglese s o seu lento Outro)· ' m as ta s t r
- es . Visto nes 0 resolv1·das na
1' n ia
d.
or e
, o
fic ç
e
, 0 su p J e an°
que parece ser um fio ligeiramente irrelevante t o 0c
t o O
otomano para a continuação da «guerra pe lo con ª sua
81 N ns
r
d 15 � 0 - 1 5
Índico» como consequência da transição er t r
a de ·s
e
l g A mic a
ferida - usando uma espécie de lei das fo rças par�le ra du
as
o r a
Introdução
, . dos p ortugueses,
s anos ,
s1>
Apesar d ., b.10 rafia . a
A
o nos último nte
t miúd • da
ª . d a "ge n e
um ê xit
nos séc
uI os xvr e xv11, t er conhecido
e g
alg e
p arucularm
as «grand não foram
h om e ns c mo
Jbáern t ' es perso nage n s
é p o ca
re s para
• d a
í c
o
233
Impérios em Concorrênci -
a: Histórias Conectadas ,. lt'tica do Decao, e. 1600
nos Séculos XVI e XVII Portugueses, mogois e a po
d ecl arar a morte da 6
. raf"1a, Ja· , que o g ener
10g .
, o f 01· aqu1 p rat.i camente existên cia d e vasta docum �ntação em Goa, nos dois arquivos prin ci-
inexpl orado, pois o ,
que acont eceu com
a biografia na Asi , .a portu- pa.is de Li.sb oa , e no d e Sunancas, p ara além do d.i_ari, .o de Linhares
guesa pouco mais foi 1 estamos rel a -
E , evid ent e que h a
do que um ex er cí cio
d e hagiog rafi� secu ]ar. q·ue sobr eviveu em fragmentos!. Quanto a Vi.d.igueira
e x c epçõ tivamente bem s ervi os em re a ça�o ao seu segun do v1ce '. -reinado na
d est a ·cando o s estu, es a e sta l eaur· a esq u e mat, 1c a a1 , se ·d m problema
da historiografia lus
d os dese n volvid . os p or n om es .m contorn ' a' eis
v
década de 1620, con sti· tu·mdo o trie . 'ni·o de 1597 a 1600 u
o-asiáti ca, caso d e
C. R Boxer (sobre And ré mu.i to mai.or. 6 As ser, ·ies vulgares na� 0 nos fornecem s suas ca, rtas ou
Furt ad o d e M e nd o e-
n ç a ), J ea n A
. (que .e s c reveu im s d ocumentos d e sses anos. Contud0, com base na P esªqui. sa feita ant
estudos ubm · port anre r cas
sobre Dua rt e
Galvão, Duarte Pac n.orment e sobre a corr esponden � c1a diplom anc , · a entre os mona
de Albuquerqu�), P h eco Pe r eira , e Francisco ,·
anduronga P
issur encar? Luí s d e Albu u qu e, asi·át.i cos e G oa , no mais· do se cu , l o XVI torno
u-se poss1v, e1 rec stl-
o .
as si. m como (amda s f' era m as
tu1· r par te do
n
guês, D. Fra ncis rtº en· stóvão da Gama , tendo si.dO, o primeiro, governador do Estad0
os f"lh
conde
da V1d1gue!fa , e
1600, e a segunda
v
po r duas vez
co da G
a ma (1 5�5-1 _632);
e s vic e-r ei da In d1a, d
a ri:1
z d 1622 a 1628. Esse e ",y.
. ou trab alho a ssemeli .s
a d01s
preneur.· The
tros p roJe . cto oy as Entre
e
I7:';--_
ndo-Portug ice r
s , u m m eu ,
e
h e, V
.
. 5 T rm- und,
a Actas (Lisboa, 1985), 301-31 ; « . h Jtak e Diermar Rorhe
d e Anth ony D1sn
O meu outro p roj e o out ro
eount of Liues . . c I ari·t1·1ne Ti·ade, e. 1_ 175
400 0
e ct o, b
den
eds., Emporia,
zn· R
astante envolve ubli·
nhares ar Goa m t1 l 630s» , o
cada e m
. A . M
1997 - do funda nte, foi o e stud o nt ·e preneurs m sz�, n early modern b1ography.·
· : /E
:-
n
do r da ca s a (F.s,"g,cd , Commodities an 1 empting to wnt1
da Gama . 4 D"1sne
y, p o r s eu turno d a Vidigueira , o propno de
a
'v., co of Linhares
My '"'ºº"'" , 1991), 427-444; '. Oo "�
N º'ºº , Fourrh C ount
fazem p arte da b , te m pu blicad o u m _ conJU. ntO ·
, u
est udos que
wc c o i o el d
(1588-1656)» i h he hfe of D o; 2 (g1992)' 89-10 6. ,,o . . dia
v,ce-no• dÍ, fo
iografia d e um outro vic e -rei orcU Indi ca vo!. xx1x, n .. , . ove o do
guês, D. Mi un o g ,b oa.
guel d e Nor
i
' Antó O 1mc10 do d seg d
ê czas d J
nh , c ond e d e Ll nh a res (e m G oa_d P 1629 D. Fcaocis nio da Silva Re go, Aeademta das Ci ,n nten�ormente
, ,
u Dom Frei
.
Cf. Saniay S ubrah ene ses O S A., A i.z. ob1sp " o ' de s li z
m an ya m, The Ca , e,,,. vo]. xxv11 ( . contud0, sen te-se o
(C,�,b,idge, 1997). re er an d Legend oj_ Va . w . da d a b·101• 1964); 263-333. M ais un� a v:z'. inda, Sani·af Subrahmaénya 10
1
? 1 du chns-
' · a r·1 · Veia-se, ª
_ . s
. Cf Amhooy D . "ra d'indig nisat �8)·· 21-42.
Alcixo d' f1''·1 p··1r,'1 ··1 !1·1g10gr ª er ]'éc11cc. de
ti. an .is11 e Meneses (1559-1617) . · ns, n·º l03 (191
.;o, . n uv es
Ltus de Alb uq uerque , y, ''. fl,'. ""'.ºY Co "m oi. L. tc n
' e1,gw
, ,,9_ 163 5,, '' s
. s·cieiices· 5oct·ates
e lnac10 (Juerre 1ro m haccrn Go a,. 16. . des R
, cds., II Seminári órl' 1e cn Indc», Archives de
o Intemacwnal d, Hiit
234 235
. . .- e. 1600
1 a do Decao,
po l'tic
Império s em Concorrencza:
' · Hzsto
· -rzas
· C o necta das nos S,ecuIos XVI e XVJI Portugueses, mogóis e a
, . os vieram
da India durante um curto ad a D, Francisco de Portugal. w Oitenta desses f1da1gos capturad
de 1540, e o segundo, ch
período , nos pnm · os nos da déc
· eir a ser resgatados do m onarca S 'd"1 pela soma de 4 O 000 cru go-
zados,
e fe de uma f raca ssa ª. _ , E ópia,
da expediçao ti e D . F ranci. sco da Gama estavªa er}tre eles. O hom o e que ne
em 1541. 8 O terc �
foi D. Vasco Luís da Ga
ei ro c onde da Vid
igueira, neto de Vasc\�; Gaáma, .
c1ou o resgate, D. Duarte de Meneses (1537-1588)' tivera O d
posto
, ma, que para além do seu po to e edir rio de mestr e-de -campo ge er l ª ampanha de 1578' e era um
os
de almirante das In S
dias, esteve também estre·1tamen te asso cia do '., .> ; � D F ra nci c
à Casa R eal, sucedendo cativos. Foi com a sua filha, aria de Vilhena, que_
-se como estnºbe.r ro-mor nos rei. nados de a vez até
s o
conde, A ntóni !.
o de Ataíde, o m ]!
Quer isto dizer que a is próximo con fidem e d ; }oão ci·sco viu confirmada a l�a posi.ça-0 como conde da V1
o ti o m aterno
de D. F rancisco �a Gam a e
(ll S
almirante das Índias por F ih. p e II de Espa nha, que .se tdorn _ ara rei de
o pot ente bisp 1581, que
o de Viseu, D. Jorg e que, Portugal em 1580. Uma carta datada de 10 de J a neiro e
a partir de 15 de Ataíde (1539-l 611), U
79, sob o domínio dos H
absbur �os, des� p
enho lhe foi enviada . . e II ' convoca-o para estar presente
uma série de cargos ru de El vas Por 11p F1 . p ugal ), ou
de grande impor tância p olíuca e r gal e nas Cortes ( em que FT cla m a do r e1 de 0 rt
em Espanha, 1 tp e, 1a se em seu
.
tugal. a env.iar um p ura or- com p oderes para ·1m-ar l.ealdade,
_
incluindo o de p resid
ente do Consel? o �e ;or
r a
D. Francisco da Gama
foi a sua participação na malfadada c�1n- p anh• dos H absbur
tas
o monarca
e o seu súb.d'1to
do Norte de A, fnc gos e que O el q ni de C nsto,
stião, em 1578. C on� o rei, ne s
ssa era fortalecido ' facto de este ser 111 embro dª Ordem
.
a de D. Seba .
a
. -
o ue u
e xp ed 1ça o, e st · pelo
a v a a n ata do o da qual Filip
duques de Bragança d d a nobr eza po r tu g u esa, , 111C. l UI n seU e e ra o M eStre. .
. d des, D. Fra ncis_co ma nteve-se e
m
filho, de treze anos,
e e Barcel
os, o conde da V·1d·g 1 ueira e O ses H erdeiro de grandes prop ne
ca_d seguinte, ao
os da de
D. F rancisco da Gam de _Mene e Portugal na p r inc íp i
a
Távora, irmãos de
os
na célebre batalha d dt
«
_ 1 . 13
a
7 o se 11
sa
en1 serviço
ibir, no dia 4 de AgoSto �e 1s dei R ey meu Senhor», com
'
e Alcácer Qu
·
dig ueira.
O cond� d� V1.d.t��eir · a _ en contrava-�e s eU Pêsames de Setembro de 1587' dirigida ao co n d e d Vi
. entre os que mo�-reram, e Ogos
a
filho fo1 feito pns1 on '
e1 ro, co m m al
desde D. Dua ne d a is d e trezen to s e setenta fid -- . ara-o em Africa 0
e Meneses até ao io so,
filho do conde do Vi m
os qu e ca
tiv
10---
B L, Mss. Adn 20846, fl·s. 17r-23v, Rol dos fidalg
.
ano --de 1578
aos quatro dias de agosto[... ] c1·1ante AN/TT,
Tom bo, .
1 b oa (daqui em 'cla Vidigueira,
Em 1626, durante o Arquivos Nac1ona1s • ·/Torre d O L s A lberto ao conde '.
eg0iu I D· ·e sso Sogro,,.
11
recu perar, e_ om a 1 gum f. seu segundo vice-reinado , o conde da V.1d 'gu ci. ra cons 111a, Convento . cio cardea
•
dom Duan , vo
8 ·
a e D. ·Jorge na As1a p
Manuscnros Ad1c1ona1 t s e la vi_ �ua D. eczma, d ' como um n ·. combana
s, Acldn. 28 428 pane I, 425, onde D . Jo rgc e, 1,,cnc10nacio Mº"scate, enquan to
, - , lis l 5 6r-174v, Mernoit� ,t;d,,
.
·dio' s d i, ,. P,ttrulha do Mascate daquele . o A sua mo rre perto, de D ' II 253-255.
, e
muerte dei limo y Rmo Se
carreira, BL, Mss. Acln Atayde... ; e sobre os. 1·nno1 pa i· r
an
nor Don Jorge de
as forças '
é
. 20 957, Livm tercei d e «Nequilús», cm 15 85' é relatada na
ima,
P j rge de Ata Decada c
AN/T1� Convenro da
Graça, t. 111 /ex 2/,
ro do Senhor Bispo Dom 0
. 7.
237
236
1mpérios em , cza. .· His't'orzas
eoncorren Portugueses, mogóis e a política do Decão, e. J
600
Conectadas nos Séculos XVI e XVIl
Outros dois dos se us . · · quase _ ap enas por um direito definido pel o seu nascimento e pelas
1rmao- s m. gressaram na carreira ecles1.,ast1C ·
um deles D An ,
to · o, tornou -
ao suas �igações familiares, tendo atr ás de si o prestígio n ão só do
se frade capu cho e o outro, D. Joã
da Gama: as�endeumao ca ' seu bisa
vô, mas também do seu defunto sogro. As razões de uma
- r go de bi· spo de ou tro
M a d a. Ainda u m
· mao, D. Lu ís d G
1?·
ª� �ou Vasco Luís da Gama, tal cor11° npomeaçao - como a dele podem encontrar-se numa carta do conde de
ir ir n
aparece nas genea�gia . s ª a �íha) or�al egre para o marquê s de C astelo Rodrigo, C ristóvão de Moura,
A sia, nos anos 90, e, d , , s erviu durante muito cemP º na
a1 em diame, . o, por e:xemPlo' ua e m N ve mbro ,d _JS94, Pº'. ocasião da recusa do conde de
na p erda do fo est eve 11. nphcad �:;
h nos termos que l he eram
ares em 1r para a I nd1a como v1ce- re1,
rt e d K
? e
n o
l6l4, a favo r do Sh � �:ara ( u Gombroon), em Serembro de propostos. E screvia ele nessa carta: «Tiene tambien la India extrema
'A as d� Irão.14
Foi então, em 1 ;95 necessidade de todo lo necessario a conservarse, din iero, gente,
' com a idade de trinta anos e sem serviç municiones, cabeças, authoridad, brio, y esperança de premio por las
o
not ável em qua
lquer cargo adm · i· e ra
f01· nomeado vice -rei· , . m Stranv · o, qu e o conde da V1·d·1 gu io . armas La cosa destas mas n ece ssan. a y de que u.ene ma1. or fa1 ta es
d a As 1a po nuguesa. A sua designação na- 0 f i ·
1ongamente pondera de caballeros y personas particulares» , e acrescenta que «a há dicho
da. Em 1593 , quando s e discutiu a quesra. o no
C onse l ho de Port u_ valiero s que otro hombre d e
gal, ias de iue sacara ei conde [de Linhares] mas ca
Albu querque que tm ª. propósito da substituição de Mat d1-. onu gal Y a esto ser á menester ayudarle valentemente. » A conclusão,
( . ha sido vi· ce-r e i· desde Maio de 1591), os can
datos mais fortes p . p ortanto, e ra a de que se O conde de Linhares não quisesse ir, deveria
arec1am ser F
e rnão Tele s de Meneses (qu e tinha . .
desempenhado 0 ca te ser envia .
do um f'idalgo da mesma cate gona, 1gua,1 mente capaz de
meses, em 1581) F
rgo_ de governador m . terino em Goa durante 5e 1evar consi· go um , quito . que causasse i.mpacto na Asi· a portug�esa.17
c o de
de Linhares.1s E�te· � �o da Silva (governador do Alga rve), e o un-se C ontrastando radicalmen te com o conde da Vidigu eira, Mauas
de
e n se
se gunda comis são ª principal virtude foi ter desempenhado o posto de cap itão na A a s
de três anos , at é 1597 E A stO de 1 95, o
i
conde da Vidiguei.
ra foi es colh1·d 0 po F
· m go 5 der P?� várias vezes entre 1570 e 1590, para além de ter comanedad o
he su c_ · ' · da d, a ca d
contra o parecer d r l p pa vanas armadas, a tes de ser nomeado v1c · e- re1.· Nos f'mais
e
de d d n
II
c de .1' 5 70, por ex emplo comandou a armada nas águas do SudeS te
l
g
que embarcaria na ;� overnadore s de Portuga l' fic ando vierinº
i i e ra 0
p
;;rugai para hlipc II, dat·1d-/�e '. 119- 1 20, cana do g vc rnad ;éfll o D ld'.g' "'" poc E,n n de mm .
,;, vassde A.,;d,, ,,lem de à tão pouco que dexou de ser v1sorey que escentoe
x11, s o
ona� de lho Roiz S ; , , Lisb oa, 8 de A gos to de 1595. V�r c arn 953),
a ara
le de que forçadam
1
3 �, Soa1cs, um d ris ed. �- Lopes de Almeida' vol. (C 1 o1 11 1 b r , 1 eira:·
Inu1• vi � vo as que se tirarão. dci _ que1·1as. parte.s teve, M ss Adn. 28 432,
t
.' 1 an 1
oa
1çoes que em a
. es
ia ta cont cm 1n 11 .
e 5 os od10s
' e affe
p j.
« E m abnl ej, e 1596 mandou e·l f> or•anco·, e escreve a nomeação da segu· uei. ra a Jf11 ' se ao de se · do,·, cf BL ,.
. res naque1e e· sta, 'ql1es·t'ão (m
:
t
. I,' ey a I ndia o conde da v1·d',g 11 ccbº fl· 80r AI gu,r muitos · mconvemen clu mdo u ma cart
e
rant c gcn.1ro do Y1z ,cy JJor vi so . '
1sc nr est .
a
. o Rey d 0111 d 1a · gu ns documentos relevantes para d
de. mcnczcs que anrão era vcu vo e 11
a
.
u
de mu,u'·s e boas Ln nc
partes d·i'CIJ O que 1110 , .
•
' 1ia expcnensia nem ido a f nc1·,a..
t111 »
•
238
Impéri os em Concorrência.. . . .
Historza. s Conectadas n os Séculos XVI e XVII Portugueses, mogóis e a polític
a do Decão, e. 1600
. P
e
suficientem ut ão
ente int , im as para pode r
' 10g d C '
ej os ia: es lhe captur aram três galeras, de ter enviado o seu irm
nas Décadas . 20 . perar deste um relato favoráv Kunj ali
m
D. L :"� sej a Muhammad
o o o o sere
da As ia.
embora O r
D. Franci·sco da Gama tinh · a razão' muito Gama, contra o .Cunhalb (ou quatrocentos
es
ª
eiato reiativ
· e mai·s tarde
viess
· amente hagi. o , f
gr �co de Dio go do Couto
M.ar k· �ar, 0 c hefe mapila de K erala), com mais de te,
se � contraria pon� gu�es, rotados, e de finalmen
que também regressaram der
do conde da Vidf
Sousa.21 por Outro
segunda Déc
do ela
gueira, na Ász· ro vi�sao bem mais aze
a , rtu
l
1ªd0, co mo a u . guesa- de Manuel d
nica ediç
da ac e rca
e Faria
décim a
e no a �°p e 1599, ter enviado outr a vez, com
o mesmo obj
ais bem-suced
ec o,
ido do que
ti v
, · ao pu blicada da . D. {', un
And a. Este foi m
ad'a de D"10go
nd nç
.
d de M
to e um esboço resumido , 0
Goa, onde foi
do C UIS e t rouxe •C unhalle• numa gale r a p ara ues as." Fica
o
cron
a o e
d r1esenç a dos
e e a
· p , 1 · amente b. reve,,
an·o re ativ
A cre c nte
t
te.
SudeSt mudri de C alecu ·
e Asiát"ico e, resolv1da co m rn rn
s e
ao r, mt
u
. ' o ogeticos
19 "
r
n ção delas.
n
U o mi,i ]57 · g
, h'a quem faça
io
"'• R,vu, de, .Lltteiatures Co � o C ouro ct la fami lie D
n hi tor
a t rê s expl ic ações dis tintas
"M,o".e! de vez,e3s· H
notar
· rhg· adas . Desd e Iogo
a s
s in · Ü .' , .
· lannci's1,1 v a I{,ego , ,,· 1111c10 doconrcl, 11po'- g,is, 36,
OI
raneo do COnC1c d ytr· a. av'·11' a1 çao p·,li.t1cu i dia ot< BN), Food, Pocw
. dª 1d 1gueii··a , ve r e0m ,te gravos. f a por um i d , q/ ,m º do
lª Emba'}ad que
. e p. arte del entar i os d,e D , Gaarcim a de S i roa e
lva y r,i:gue bt15
d �
h;o,,;,;bha ,h, édq,c Ns<ioo,lc, P
E,
>< ,
,,
(
da /od M .. , fls. 71,.. 72,, com "
m " ""
de Pers 1a' ed. Ma R e! · eood, da P _n m, hvm do tad
nucl Serrai10 Y Sa de Espafía D�J (eltpe Ili hizo ,d R,,y Xá A 3
o
nz, 2 vols ( ª� nd, 1903-1905), vol. 11, 587-60 · V1d1gucira na fl. 71v.
a
·
241
240
Impérios em Concorrên . polític - e 1600
a do Decao,
. , .
cia: Hzstonas Conectadas nos s-eculosXVJeXVII Portugueses, mogoz, ·s e a
portugueses, tai s com já que o seu relato menci.ona em pormenor as d'f i lCuldades entre _os
o Goa e Ormuz, .
tinham .importanres relaço- es costa do Concao,
comerciais no últim mogóis e os portuguese , s no Guzerate e ao largo da' Akbar Nâma, e,
o quartel do
século xvr, pelo que, ra que as em 1581-1582.23 A cro, m.ca of'ici· a1 de A bu'l Fazl_ s, 24
«cáfilas» ao ongo d
a costa oc,.denta1 ou as o
golfo Pérsico1 pudess fr oras anuPaª .is para .igual
mente expli,cita . no que re spe·ita a esta questao. mo
conci·11açã
· o em efec tuar re
gularmente as suas carret·ras um• to, ambi'gua' mes
de int· ere
sses era ne ces · ,Jll A equação mogo1 -porruguesa era' portan mogol n utr as
interesse na matéria, , a. A m bas as par tes ti�h · 0
san que só cons ideremos o Guzerate . A exp��são
o
os mogóis por
que Surrate era ass.np baste d C J · r c ebi a pelos
portugues s,
de «reales» de prata m
e
dtrecções tambem � era mm 't b Couto da expe:
e outras m er .ª por que ' nao
e
semelhante s às que
- con dutos , tinh a
m de en tra r e m ne goci aç e o l
a Ahmadnagar na decaªda de 1580, as relações eA ntre os portugu
lbuquerque, dos to
•
eram fei tas
entre os portugueses e os reis d o
Decão para o mesmo e N.izam Shah.i no vice-re.mado de Matias de
fonte de con flito, p
efei to. C laro
que essas negoc·iaço- �s erain uma esses factos recebem devi"da atenção. . . eira pa�ra
os , car tazes»
orque os m
ogóis, evidente men te, nao acei raviJJl
ca ta s d O co nde da VidiguC 1 cçao
de bom grado, e u A redescoberta d,eª algumas cópias, na o e
as autoridad es po r uguesa por ,e Filipe III ' datadas de 1599, preservadas em du�
r
turno, não perdiam r t fício<
qualquer oportuni
desse acordo. Ao m dade para exro;quir e�e
as realidades dos e i
esmo temp
o, era necessário um alm hamen o ,om ---- m m e11 '
tanus », .111 M m
e oirs of the
qu líbrios do pod u ess< ii H H os te11, cd
. · C
. cac. Leg at3107 4· S. N. 13a11eq.ee. e J o1111 S · HCoour y a1 11d '
« M o11g olie
er maríti mo , caso se q is , t o,.r
o
.
111 s
manter o hajj de Su - .
A,;,,;, S<>â,ry of Beng<Ú, vol. 191 ): 51
rrate e .
4 - 0 '
-se
Um terceiro aspecto de outros portos.
e
J. º""º em 1 580-1581, veJa o
th
trad T
he Commentary of Fat er Mon,m-ate S. co
o n his ]ou rnP'\1 to
.
•i (
, talvez o mais c
on he ci do , d o qua I s e po
de m Ak'bar, Londres 1922. P ·a um a di sc ussã o d
encontrar vestígi os n ' o1 7 d "", o,rn ª'' ·s·ã o' Deli, 1. 989)o'
o
e "Puu n. npres.,
jesuítas na corre de
os finais da
década de 1570, é a _rr s nç a d 1· . B ev idg e (re
,d · H · " ,od o ta!11 bém e11c o11na_ ec,
er
Akbar, a que já nos � � este 24 Abu'! F zl
a , Akbar Nâma, v o '.1 rn� uAk bar 11e� penalhes, ve1. M,n,<><' Ha'1der,,
trabalho, a qual confe referimos no pnn 1 o d A post ura antip ortug ues:i d
:
409-4 10.
padre s espe ravam, e
ria uma di
mens ão reli iosa s negoc P e s.
'· Os no ""ª p,rn A b 1u 11 1 han U z bek. P·arj a ma s1 ·,de tCahiers du Monde Russe �
m vão, converter à t/Ǻmenº' •Rc]a,;o.,, of 'A bdulla c " K ' ,beg w• n Ak .ba1> ' U ma car_ ta 1n 'ais tardiap uplsaarar
h Khao. U -4
o monar ca, ou pe O
!,;, 3 !
g
a1 guns dos seus no b 31 3 ' d\ ex
-
1.1gaçao . .
res mais 11nport
antes. M as tam bém servia' .
m de S,n,ne;que, p,,;, , vol. xx , J ( 1982),
'Abdul!ah Kh an de 1 8 un a"· ua.1se su blmh•, /'Iam, u.ma '"' 0 dc4.,ej7o60 E . se
entre as auton"dad irTl , q vol. rn, 75 t;rnde . 'º"
de Ak,
'/,,,
es de Goa e a co I , sendo' a ss - Os
Portugueses , p ode s,e,r en contrad a n r par� o ha;J e a a
5 6,
uma presença úttl. , u ne mogo
he Es tad o d a lnd 1ª
Akba
, .1a e os mogois naº que a relaçã o en tre p a ..tid a d e G u }ba, d an Beg am
o
. s é cu lo, se er
gueu para
Altamira ( qu e fa� part .
Bhonsle, lá n ats para diante, ainda n . m s m o
ado à
e
e dos Manu s · os Adi. cionais ) do M useu e tinham che g
o
Br.itâni co e na B 61'i ent . \ravar O avanç i r g ueses, qu o
çar, o d a o nda. Os p o tu
sua atenção ara p
as�1· m, algu mas h1p . I - ote ca Naci o nal de Lis b oa, p ermitiu tra lnd ia u quano de sécu lo antes de Babur virar a ves
� eus encl
se segue concentrar-m rtir dos s
a
otes. es. Na parte qu e
-e1 largamente nu ma B indus;ao , observa v am com in quietação, a pa m o mito
carta escr" lo con de n o; finais de
1599, inventara
que trata em ran '; f," COsteiro ' a e xpa �são mo gol,_ e nesse processo ul e do Su doeste
e m edida da o ltlca d o D e cão e do pape n ela o S
desempenhad; 7 colectiv� dO 0_mmvoro tnunv1rato de gi gantes d
l
pe_ os m o góis. 26 A rece s r
e ogor.27
u m� influ ên . carta re ve1a o q ue pa da Ásia, Grao Turco, o G rão Sufi, e o Grão M portu gues es se
tecime
cia, -ate agora msu .
spe-itada' dos p ortu gueses nos aco n- º.
No pnmei.ro qu artel do sécu l o xvr,
quando os de
- nt es da epoca' mas
t ambem e xpoe - as p reocup ações .g eo- m e em G
oa, o estado
, rate g1· cas da cor
est estabeleceram ·\ntcta · · 1men te e m C h i
u sado m -t
o
a-lhes c.a
oc ui
oa portu gu esa nos ano . ores
a ehegada à Índ1a · d os h .
s ime d'iatamente ant eri Vijaya aga , na n d ia meridi onal penin s
I
u l a r, tin h · agar nao
e v 11 ayan
0l andes es e dos ingleses. ; '. t re Goa
m
f eno ans1edade, embo ra as rel a ç õ e s en
d a Gama
e de Afonso
asse, sempre amigáveis. N a era d V s o ado
nh a son h
e a c
D . M anuel, ti
de AI�u quer que , o rei de Portugal, ain d a
Portu gal e
A expansao mog reais de
ol e Decão com uma a liança matrimonial entre as casas aze dar-se
nas
ara m a
O
y- sa s m ç
o contra
e
de a ana ga r. Contu d o , a s coi
c o
yanagar com
'
Vista em retrosp - décaJas J y s ar Vija ijapu r, e
e c tiva a e
xp , . ra .me"· que se seguiram. A ide ia d e u
dilshahi de B
tável , m.as ansão mo gol na !ndta e o rc s 'A pal da
os conte_ mp o ra: ne Peso para manter em xe qu e os m n a a
co p rinci
os nao - co · irarn e nte , era o fo
es t a pe rcepçã Pªrtl1havam in t e assim pr_o teger a fro nteira interna de G o a
uquer que tinh
perspect·1va, a hiªst, .
a
o' nao -
se r a partir de fma1 d O s,ectilo xvr. N a n ossa
. 1:1
n s d e Alb
on con cepç o geopolítica que o pr óprio Afo o
es sa i deia
.
. ad s
· d o mo men t o das�' al terar
cnaçã0 no Norte d - ? estado mogo1 a p a ntr do D �ca�o, m a s outras con s i deraç õe s v i ri a m a
' · os su1 - e s
u· vas senas d
to
' a 1 nd
- _ia na década de 1520, até aos princípios dos e-
culo xv , é uma . P rimeiro' entr 5 e 1560 não h ou ve tenta - o do seu
nr his tona de expansa - o a p arti· r d o seu cerne no doa'b 1 20 · · o exten sa
e
de B ··l)apu r p ara re to ma r G oa, 0 qu e ,m 1 1 u a
em conflito
t
do Ganges co
m O J amuna, . e nt e a entrou
para s u1 A seguir · . - em to das as d irecçõe s, mas especialrn 0 confl" ficial po rt ug u e s
c0nt rola
dos
. · ao ' ·0 da de' ca D ep o is, a polít ica o ue eram
Smd e su focado , m1c1 d a de 15 90, tendo cap. wrad á, q
o
co m � º · de C a a r
hatkal,
s comerciais da costa yana gar. Os portos de B dos
n
ate ao u) timo su . .
spiro a resi.· Ste� nci· a or ganizada P er
º
º " º lia
Mu zaf � far Shah III
no Gu zerate' O . . e t (ou pe? O menos, prote gidos) por Vija e, eram considera.dos a
est,avel·' por outro I · O c1d ent e f 1cou rela u·va rn n B as;ur e _H o nawar, bem como M a n galo r . proveitavam, por
ado' as camp anh . os qu aIS
-
· nts ra s para oriente SO
a
parara1 ' n na décad a d as expan Sio d. os mapilas , ad , . ug es es , · v e gaçao.
v ersanos d o s p u
e 166 O, com . hes d·1f,cu1
o rt a n a
Qua nto es para j
tar
ao NO ne e ao N eda d e Chitt agon g. tsso mesm'
0, todas a s opo nu nidad tempo .
de D. M anu el
, p nsão no º�:este, rnnrinu:r
:
ª mos t rar poten cial
para a Por fim, a on stra d a n o
º ,gent
. •,
relativa wleráncia dem
io
�� ; reino ShahJahan ( ta. 1 c ª 1
Ja fi l u m rem
o m 0 d em onst ra a ca mP " ele s era
a
an do
a n
alkh). para com t
v·· anagar - qu e para se gu lfarn, qu
Mas f ·' no Sul .
' primeiro no D e .
p y
�to é h . du não sobrev iveu às décad a s qu e
c
se
rt e de D ·
- III ,·
J oao
º cão rnataka
, qu e '. tm - vale ceu · · qu e o gover·nad or
n a o
os mogó is fiz
eram u n a verda , d ep o 1 s no Ka - o espin o d.a eontra-Refo rma .pre .
-se passo
_
. a pa
ss · 1
o des de os f'mai
d eira gu erra d,e d es gaste, expand'1nd o
_ s
·tnd Uz.
1n do - o, entre o u t ra s c o i sa s' a
penn1t1r
q temp1o
r·
de lfupatt,
princíP
1º . r a o
rtim A fonso de Sou s a ensaiass e um a tuoU, mas o facto de
u e
do se cu l0 xvm ' qu s d o se c- u1O a se
. . XVI até aos 0 b Ma-
z ulf.1qar Khan Na.
a n d O os 1im i tes
mais s u I f o ram definidos, s
ª Por valta de 1540.'" o ata que n
ão s e e fe c
expans-ao mo g ol p ar
sr at ang
ec
J . e D aw,u d Khan Panni · Fo i aí q u e
5
ª v i/ • s
_ , j á '.' p odem '"'°"•ç•'."
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'"º' , , 0, s,fá D"ada 1-JV_mo �,G,ao
tat,anos,. desde Ma . e.tta , __qu ,m- d o um a ho ste de co .n te J.�I �
peirn , , wm D a A '" ·
1I1ç 'A mbar, no . 11"ª m o
cl_e.neo�º- q,c dcse<içã o in J o ã o d, Ba,ms
o , '. o<O º" o m
IDICJO d O s· , · I ' a 5j
-'6 BL Acld 11· 28 43 2,
e ndo XVI
L"bo,, %t"' 1974) p,,, orna das
Mog"o�.' "' Década. O,tava P· 39 no 'º""
P" m " " ' "'" qoe Cqooe mogol , D,m.oo.
'"'° om ,rn C onei,, Len3d,,
da Jnd.a, '.d
ambem
volumc con '
e, m · · flso· 1d3,1.-l6v ·' l'N
., L, Cód
... .�cc·, 1976, . 117r-12Iv. O últ1Il10s p Z,m ,n �,; , a do, ' Ga sP"
,v , 2 9 9-3 0 5 e 24- 5; s
32
, c um con - . · fk 1 o-e l, m,is p v ol.
luso-m . ogors .. Junt e vanas outras c,u tas
com int eresse para as rc aç M . Lop·;•' doemAlc, esoida (cee d ição, Pono, [975),
m
245
244
- 1600
Impérios em Concorrência: . i ca do Decao, e.
l'ti
História s Conectadas nos Séculos XVI e XVII Portugueses, mogóis e a
po
e. a boa
ter encarado essa h1p . , aten ção para a costa, e aproveitar o momento favora, ve1' . 111go
otese - co m a c onsc
1enc1a de 9ue os re·is de car o m11
Vij ayanagar eram os maiores . ar, para ata
vontade da sua antig · a a1·1ança anti-Vi"pyanag
A
, . . enquanto as
o Estad o da Ind f1rangi. Na ver or terra, e
1a se preocupava p ouco em f . o sennmentos da
enr s dade, em cas� de cerco p essem entra
r, a
corte do interior do país
. frotas portadora m d s d C anará p ud
s de arroz balanço
. sobrevivência de Goa estava assegurada, mas' fazendo UJ1:
v a o
O ressurgi mento de V"l)
a ya n ag ar c o m o po tenc·i a m. . ar sob
i lit desfa' �
A ravi'du Rama Raya, na déc .
ada de 1550 e n os pn·nci,pIOs da d'ec ada
A
as mudanças geop ,ucas da déc da d e 1 56 0 par ecem ter- sido
seguinte, p ode ter obrig o1i · a
não Voráveis ao Estado da ln , d'ia. .
demoraram a aproveitar
a do os p o rtu gu eses a p arar. M
nt eci e nt as di r ectamente
a oportunidade, qua
ndo Rama Raya ;s. 01 der ' Cont u do, é difíc1·1 1·i gar est_ es a
c
sa ter sido
m
l ' embora Pos
o
rotad o e morto a expansão m q
pelos sultões do D ecão em 1565. A sua arte do s ogo l p ara O D ecao ' d,ecada de 1590.
ua
P
a
despoj os f oram os port que encarada já 77 ç , de f act o, na
. os de M angal ore, onawar, em 15 , s ó co n uistar
B s e H . I'gain a deci.sa- o de Akbar de co N
ou
conqmstaram numa sén.
m e
e de ataques, de 1568 a 1569, ssegura ndo
a rur
Os relatos gizam
convencionais i ur taza
assim o fornecim
ento de arroz a Goa ª , ácil hm adnagar, com as quer elas entre O monarca M
' e t'iltimo,
acesso a p.
, e dando-lhe tambe?1 f n A.
Shah (1565- , que levara111
est
i menta de C an , 29, o - B r h n
ara. Por volta de
1580, coube ao.. ita1.ia 1588) e o seu ·i�ma ,
efug'.·ar-se
.JUnto dos
a
dep
0 u
Filippo Sassetti mostra p ,
r em que medida o declínio de �ipyanagar ois de uma breve estadia e_m Bi' da sua
a r
:oraram na hierarquia,
a u r
fora prejudicial para os rno g óis, os quais em 1584 0
portugueses em Goa. Não há muitas pro va s 10 1:â -jâgirdâr (<�senh r de e
rras•).
de que mm.tos portugues , própria n �
es dessa época pensassem do mesmo modo obreza , fazendo-o mansa
r
ar e,_ os
mogóis
com a discutível excep parece pr .
i s c d ou mais t
ção de Diogo do C outo. 30 ovável, contu do, que, de terem
. O depois
e o
d1r d
a
tu
m
O argumento de Sasse .i gis _
. sem a sua atençao par a 0 D ec - , s b
. g
0 do . consolidado
e outo, era de cara, cter econotti,
o re
tal como mais tarde o de Dw uzerate, e
a 0
, m1c. ., eio assegurado l e d o G
o, Jª que cons1'derava q ue o come'r d as c onquistas de Be ng a a
lém d'isso, e,
conveniente
de Goa dependia, em _ a sua fron st e. A
.. boa medida, do mercado de .nnporraçao e teira a norte e nor oe lugar em Ah
m adnagar, a
VIJ�y ana��r. Pod1�1:1
' acrescentar-se, a este a �gu en_ws de natureza
notar que
a lu ta pela sucessao
ª _ q ue t ev e
o que sel
o mai.s d
ou
mais poht1ca e militar. ' m segu1r m l 58 8 ' n ã
, ·1os da déc O fa ct de, n .
os fma 1s da decada de l
S60 e
um pr o
· ao assassin · ato de M UI·taz a, e
a r a1z
, s ma. is profundas.
pnn · c1p o
-0 e a q ue ti'n
h ra
· _ do eStado para afirma
e
ada de 1570, o de fragment a ç.-0
mesmo de Goa terem as coló ni as portuguesas d O Conca
sido ataca das pelos sultões de Ahmadnagar
o esforçcess o do elemento habas h'i _ ab x1m !idades,
e persona
e de B.l).apur não ter . nt
e
sua auto . e c . l e
. ssão e O utro, s. - esp co111 vista a
imposta p or viJ·· ayanag
m
no
á sido uma coincidê
ncia. A 1·!Vl.ad os da pre ua , . mia, o recurso d
ia
n0tav d m1 .l ena n·sm 0,
ar, estes mon e1s do Decão - a uma, espec1 e . p ar a uma
arcas podia m agora voltar o ap onta
e
a 5
d i st
ªP. ro xun . ação do ano 1000 d H e,g.ira, t
ª-o 31 par·a O lei.tor dªsi· du.as'Amzizaiourelahs
u o
situaçã
o anónimo «Verdadeir o política de alta tens� i'd 'A 1 6m
Reg�, ed., _As Ga eta a enfformaçam das coisas da Tndia (15 44)», in d Silv
a cr.,on·icas , · de Sayy h
�la_ �arre do Torr'.bo, vol. 111 (Lisboa, 1963), 19 2� 4. �
c as o da época, a B�r.h' z M· aaw
mad Q a
si.m Hindusha_
d� T_11_up,lt! tambe�m e; 1e Tabatabai, a�-, i M h Ferishta), n o
J:i�nt.j- us� e a Gulshan-1 lbrahim de
a m
fe1 ido, � 9u: e basram ue d s o u a
Godmho, em 1603, num
comentano as nome e estranho, _por ,
e
st lu m e,
A. arabad.1 (ma.is conheci'd O P elo seu
M s5 no de p
Adn. 28 432, fl. 72r. ações para o v1ce-re1 11.1do, cf. B�L , m
·'? As re 1aço- es porcu . tidas
gue
por SanJay Subrah�1any sas com a costa do Canará foram amp1 amen te dis cu, d1"'' ue 1 a regi
ão a Sayyid
am, The Political f.con /11
omy of Commerce: Southern
.A
w i naq .
1500-16� 0 (Cambridge, . . O s movimentos m hd Jaunpur, e
;ultanato _Sharq 1 den de atraiu a
a
1990), especialmeme 1 � Convenc1 011ou-se ambw r
Diogo do Couto,_ éca 20-1 35, 260-265. n o
D_, da Oitava, 93-94; Vanni llraman i. e Lettere dal lvtd uhainmad Jaunpuri (1443-1505), q L e1 nasceu tal, 0
, d"ia ocidendnagar'. m
30
· eluin do
_
247
246
e. 1600
Impérios em Concorrência: Histórias , .s e a P olítica do Decão,
Portugueses, mogoz
Conectad as nos Séculos XVI e XVII
rsa (shor
resta qu alqu er dúvida sobre isso .32 desprezo pela cidade de Ahmad_nagar' « barulhenta e perv,er.; n
Ambos os escr.i tores f oram cesre- asaz�An
mu nhas da situ ação no s finais da Wa sharr) ..., onde abundam os dissolutos e os libertinos» (;it .
A
u exprim . .
Nizam Shah, temendo obviament e e o s desígnios do s mogoi
e os mahdawis e as implicaft5 o sendo
isso traria para a ascensão dos -se a os Nizam Shahs, o 'Adi! Shah_s e os Qutb Shahs, co m .
Shi'as, como era o seu caso urhan tmha
Bu rhan voltou para Ahmadna meros hâkims e jâgírdârs dos mogóis e sa ,.ientando que B ·
gar c o m o títu lo de Bu rha� Niza!TI d d. e de
Shah II, em 1591. Fê-lo com bê sido «levantado do chão ( z hâk b dAa hta)» por generosi ª
a nção de Akbar, mas u �a vez e!TI a a0 s rmenonzada,
ma análise po
k
Ahmadnagar, para reforçar a Akbar. Mas, p or razo- es que aguardam u
su a própria legitimida de, aceitou mais a - ondera m
aju da do Raja 'Ali Khan Far dos os m ogóis ainda se abstiv· eram mi.1.itarmente' mas nao esc ,
u qi, monarca de Khandesh, do que a0 so em
propn. os mog ois. . Ao reg
re ssar, ti. rou do trono e mandou pr ender o seu gozo perante os fracassos m1.1.itares de Burhan - n- , el
, ,
re1ação a Bijap . or tugueses.
U ma_ possiv
o seu próprio filho . anos , c m os P
Isma 'il, qu e tinha governado du rante dois u r, ma s tambe m . 'ficu!dades
raza- o para a , . podem ter sido as di
o
com o apoio do chefe mahda . A · dos mogois
wi, Jamal Khan. C o ntudo, as e p er a re ticencia onde.
tivas dos mogóis de qu e que enfre ntaram no pnncip . , w· d de, cada no 1590 no Guzerate'
ele , depois de ascender a o poder, sen� �ais ª surreiç· a- o de ch ef_es
do qu e u m mero traido �kbar ivtuzaffar Shah u m vez mais, 1
'd e r ou um'a in . ao
r, em bre ve ficaram fru stradas. No o lfm
11..
os 10cais· , .incl
u indo os de Jamnagar, Junaga
Nâma, Abu 'l Faz! exprim
a
e grande de saprovação p o r Bur han, n
tes no meadO su
. ba ar.
A
33 Ferishta, in Brig
gs, Histmy of the Rise ofMaho g.t71- J(, A
b ' dg e, W.
medan Power. .. , vai. 111' 16 ª1-Badayul1ni1 F az] Akbar Nâma, trad·Beven S. A · Ra n k 111g,
34 Abu '] Faz], Ak
bar Nâma, trad. Bcveridgc,
vol. 111, 909. , Mu�takhab-al-1àwârikh, trad · George
248 249
eoncorr'enua
.· : HlStórias eonectadas nos Séculos XVI e XVII · Portugueses, mogóis e a política do Decão, e. J 600
Impérios em
sua incap �
ueses
·
acus a · aci ªde d. e d,·st'rngu1r · o s a migo · s do s m1· m1g· os. A
e es r
sua cart a
e
na q uª 1 foram mortos _ 2 dna
000 homens das forças de A hma uesas, ão de Diu, Pero
d'Anhaya, o
«ted uziram o lorte a cmz .1 . eontad r- °
a10da ant
, go vice- r , o cap t
as» · De acordo com fontes porc g 1594 que patru-
h o mor F r anc· · a- o- mo r d a ar mada
i
.
ei
isco paes, e o caprt
u
e l ava
este aconteciment
ve l ugar no princípio de Setembro d ' a costa dO C arnei ro d 'A rag
ão, de
perderem
0 própri o B u rhan : a u z r te, Fr iq e
1 om os mog o,·i..s,
o
haJJ
ue relata Ferishta , o q ual - m o ndO sua «Preza» 'A ·1z Koka, quando ele embarcou para o ·
sua desaprovação 01. aq u ele
mon . • nos d.iz o que le 'e v n!'
ar a o .
z , . - .nham um estatuIO
arca - nao q
P
B urhan a actuar d,e ta I mod o . . o ac
ord
Oª · a111b-1g conde da. VId'igu eira, os mog o1s nao u ser tratado
v
. ' na o sgredm ss im
depºI
' uo
com0 -· eles .eram um «m · · o encuberw e un· ha m de
· 1m1g
s
o seu Irmão M urtaz_ a unh . ueses, ueira, a m
orte de
do a
·h s p d o tal. Ass m,
do pn.me1.ro cerco d,e Ch u
c eg d com
Or a Diog d , na pe rspectiva do conde da Vidig
a or tu g
a de 1570.
a o o
l na d é cad
o
_a za ª
C outo, cuj a crón,.ca cont_em ·
u ma d escnção muito p o
rm en° n.
n s tª
. q ue fe , \Jhl0
. 01,
desres acontecim,entos, nao no . . .
. . al de E,
.
.
Acquwo p,s,n1
<:>d· C
s aJ u d a m u no mai s d o
our
t o "°' C o, Déc,u/a X/, 164-17 3; fübl; 01,co Nbhca , o ; wmado do ,Mocco d,
na' exp1 ,caç
· ão do que levou O ·1 , 0 ti ' pon, 11, que é ;,1,
«M e 1,·q ue» (isto é, M a11 < Cb,"I, X V/1-!3 cn1, ded;cad
;,am
" '· e 1599, BL, Mss,
0 1, Adn 2Cana do con de da Vid igueira ao rei ' 18 de Deze mbro 4d d, De,emb'º d'
4 00 - 4 da mes ma ,mo, d,ud121 ,. Sobce ,c,p wn< dcs«
_ f--;-!a-:-ig-,,-3 -vo--1 , 1599 8 432 ' fl· l3r 1 óp" · , de 2
- N º" Dei,, 1990), , i. H,
-
;;�
T�W.
412.
'. ( C,lrn 1', 1884-19 25.• ,c• ,d
• ,. ç,o . . o
12·17,1•
'Pod<-se en · •0 " " c
co°''" °' BN[, Códice 1976, íl,. 11 /c-
. 1 mn;, do< ga/ei!e>,
3
» Fe.nsht·1 . • 111. Bngg 1
º"lo
1
. of rh, R '". º'.r Mohom,"4• p,_, .. , , ;015."'.ª
g,/,, ','" Iombém B Mss. Adn. 28 432' fl, · 12<,-· iJh·' Lwb "'º","···• d'' M'º· "·
·
.o,, o , f. ·snm com pcovrme"to' '
o d,,
(º' nom
, stas e L,
es
, !{' de A, g ,lcora, '1U
man,h
· "wry
p , pn· s or m odc ·. es dos inog l bu u
q « quc.
. uoo qu, man dey
de Boch·.m, ver Abu'I Fazl Akbarn iiz;� dos ). Para as reacçõ
. .
, Numa, vol. 111, 1023-1025
251
250
,. - , e.
. do D ecao 1600
ortugu ese s, mog ois e a Política
P
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
ueira em
. . e da Vidig
B1r, em 1599_41 Uma dessas cartas, escnta ao cond
Burhan Nizam Sh ah abrira as c omp ort as à expansão mogol, 0 ;�s� Agosto de 1598, diz assim:
. . ou rn
esta va a s er p revisto p elos p ortugues es havia uma d'ec_ada . bedecido de to
dos.
. o e o .
D epois de rel atar c omo Burhan morrera de fúria, conunu a. Ao muito. esclareci.do, e Pºd. eroso cernid d. o Mexias Alrnira. s
nte
esco ' i 1
h·d ° d Jey s rnu1ra
ehe10
· de muita · · ' e pruvdenc
· ' iusuça 1a pois de rn ·m ha
'
a
.
. e a huOJª D om Francisco da Gama isor · rey da' I11.d1a, decorno ao presente a1 guns
[E] como o Rey que lhe sucedeu era menino e entregu de algus
molher que se emserrou con ele en huma fortaleza (Receoz cre esta
a sa1emas' e saudações sabera ,vos, sa Senhona ern t orn arão Reveis· ,
e desobe-
sy
dos escravos, e servos desta R eaI C az a se Ul1toU a
e
vassalos seus se apoderarem dele e o tiraniza rem corno � a ndosse . q e -
sa o d esta caza os aJ· andando
ove1t dientes a ella' e rodos os ·11n i· gos. Rey, M
. - o que a' pr I que na0
, ervi·ço do seu
u
o
gente se costuma) sucedeo no Reynno ta I d.1v1za
d Abancão fazendosse alevantados concra o s r delle peliO qual respei·t
o Equebar desta comodidade ten sujeitado a moor parte J l que fora zer Sen ho a arn1z · ade
ouvera de acontecer nem o Mogor Imtentar se o Rey e en do ela
i gente sobre o conquao - para se fa . que Pºnhe os oIhos. n todo 0
e 5 peço a Vossa Illusrnss · · S
· 1ma en h °.na . Cha J 9 e
vivo, por sima da aução que pretendia ter a estes Remo s, eapi·rão de r d0
u
Burha n e viúva de 'Ali 'Adil Sha h d e Bij apur. B ahadur sue�. eu r vns ·
rna,s tarde confirm ando a recepçao 'd e m a r
Todo-podero
u
u
pa i· Ibrah.1m, que morrera em c ombate contra forças de B 1fiaP· · 11'jc1· al, '
V· idigueira e a ssegurando-lhe que , a go r a que O
_ ha a certeza de que ª
b' u n
escassos qua t ro m eses dep ois de ter subid o ao t ron o, e 131' 1 tinha trazido ' d'1 e l a
. Contudo, o
OI 1
d p r Est ado da l' n ª pi d amente
mente encerrado n o fo rte de Cha wund. M a is . tarde chaJ1 d · a a o
arn1zade entre a s duas partes in · · a aui11 e'n -
t r. r a
ava m so , de n ego.-
o coJ1 e
a
. c n st
mud ou-o para o f ort e de Ahmadnagar, e foi nesta fase que 5 para conde t i.nha os seus pro, pn· os P 1anos ' que n d,entes havia
o
orrespon
a o
da V.d.
. c ar a
I iguet ra se c orrespondeu co m ela. Algum as das SU,as . t que os
t
ciações com Chand Bibi Entre os seus ::: ara os portugueses),
o u c
p
G oa, que s obreviver· am nos arquivos, sugerem que elª desepv b basbí
a
os rn.ercadores de Rewad. anda (Chaul de C1 ' lo m enos uma carta
a v p e
portugueses a ajudassem p rincipalmente c ontra o elemento (por e 0 seu 1·ivro de cartas desse período preser uJ;..ar a
A daquele port, o..
43
i t-t
de Ahmadnagar, em especial um certo Abha ng Khan z:idatUJ11 de um certo Sa 'dullah que se intit ula ma!'k u As de Chaul, AntonJO
' -
· o port ue i g I'
vezes ta mbém chamado Farha ng Khan), que apoiava ª ca contfll A cana contém referência s ao capita m modO gera
u
1 d ec l ra de u s a
de Mira n 'Ali, considerado filho de Burhan Niz am Shah 'a força de sousa com quem o autor da carta s e a ' nto, OI· 0 de So
orto ' A
u
' ' e 1 e p ca.is
B a hadur. Abh a ng Kh an conseguira a um
. reuni· r a, sua volt . . arde, 11o �1uito satisfeito. D esde qu e chegara q u
n t r e os m
ercadores lo
� d e e . erca res
d
considerável; M alik Ambar, que viria a ser cé lebr_ e mais ; co 11da e tinl1a traba lh
ado para conserva
r a am1z a
n t ias aos m
o
l .ad o g em
e os po rtugueses, e unha tam 6 �em en.vi os a estabe1 ece. rem-se
a ra
seu regresso a Ahmadna gar, depois de uma estadia em G 11 da nte .
a ad ido algu
ma s
B..ippur, por ex empl o, esteve ao seu serviço, no p oSto de com óÍS e111 que est av am noutros portos, c on v1 d ti n h am surg
de e a va 1an· a, toma ndo p arte no seu vitorioso ataque a' os rn
og
Chaul. N o entanto, havia pouco
temp o
tanadar) nomea'do por
l (
di'f·iculdades, desde que o governador loc,a
recis5º 274-277.
e.r ei· m inar co 1TI p 5bahS, - u tb Shah
i Dyna5lJI- .. ,
BL, Mss. Adn. 28 432, f·ls. l 3r- l 3v. Não me é poss1ve1 d -- of th Q
Shcrwani, History (ex 2), 295. reslado de hu.ma carta q
. uc» os. Ni1,a1TI0"á", 0�,
. 11
10 ue
.
, e
qu.111
· do e; q�e os port�gueses começaram a des1gn · ar_por « Mcl1q - A N/TT., Convento da G raç , t Ili · 2 37, T . V S
«Nii:uTI 'k (dai t Ili (ex 2)' de ci·m · ·
42
a a a
que antes tinham designado por «Nizamaluco» (N1zam-ul-mulk), .- de t,,1ah nẠH
A Convent o da Graça, s· rnercad·o res de Cl1aul
. o . 0,,,, se escreveo N/TT,
Sado/a Maliqe toyar e os rna1.
. . 1uco». A mm
'' Lz.una 11a supos1ç. ao
- . . . 1 de que f.01. d cpo1s. d··1 a' scensaJv1cltqU
1111c1a
- -
« Me·1·1que» ) A m b ar, nao se con f'1rma aqui. e ouro nao us:- 1 0 rcrmo " .1 Déctr
-,,�)·
· . . Décaa a 253
quando a sua crónica chega aos finais da década de 1580 (t. e., 111
252
i ica do
,. e a pol't. Decão, e. 1600
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas
nos Séculos XVI e XVlf Portugueses, mogois
. e tratarem de sua defemção fazemdo lhe mu.nos. of e,.·ecin1e ntti-. A g0s to, f. eses' acabando
u111rem 1cando retido em Cac1l. h as, durante quatro m
e prometendolhe ajudala en tudo que deste estado lh e cump , e concefl poqer au 46 Dep o is, ness
d'1ênci a ' em Sintra , no d'1 1 O de Outubro. ª .
e
nuãodo con ela nesta forma desde que governo este eSCa r não que ltlesm. O do a ve rsão f'ma1
montado nenh.11a º ne
, couza, e per ser moli1er he ta- o van·a e Inc onsca' e t01uda
Inverno' p a rtm . na frota de re . gresso ass1nan .
do trat onfirmava a
fazemdo por vezes demostrações de se deixar perssuadJ.r Iog O s ado em Goa ' em Outubro de 1576· 'o tratado c
pnnc· 1pa· J mente por aver concebido tão gran e ód'10 concra alg un s ca t
.
Presença p
ermanente de um fe1tor . p r·w g ês em D bhol e os A
e
d'l1
ª '
d deseJª.
u
cães seu vassalos que soo per se satisfazer deles se emcende que
o
. s quais
e procura entregarsse con o Rey e tudo o ma.is aos 1 og o r es, o que
nao- cem oe J
prezemte naque I e Reyno ouera Res1ste . ne�ia' m ais.. que aI i,írtS is l . 68 1571; ver,
lhes faz Abancão capitão esforçado e valeroso que ag or� t eve aefgei.to
�
co ntu iª' poucos bons escudos coniu ncUi . .
ais. 5·obre a aliança de 15 . -do Estado
. Hi. stória
boõs sucessos contra eles, procuro animalo e rago pei a e st e eo da Í d'·, Lu1s
do
. . e F. R. Thoma( z, « A e8ns·e 19
- Filip · de 1 565- !575 na The p01-wguese on
11 eg o� the Dn l.l», Mare Liberum, n.º 9 1995): 4 1-5 .' P.. M.
t Jo s hi, «
jumco a ele Belchior Diaz Armenio em forma de homem de ho av15º ecc•-1 11 (Konk ,· xtecnth to sev.cnceen th centuries»,Jou.rn
l f l dian
�1zaotn s\,ahi ·
pelo achar zeloso e COll talento e abilidade pera estas co UZ��' t e n de an) · N '
Hist coast: S1 aques d,,
a . vol. LXI (1)' 1968: 65-88 para o 'Adtl Sha11i .e os ar 68 Acevhnese Si· ege of
seu como Abamcão coRe bem con ele e folgua de ? _ouvn,Jhue irde v1
ajudalo, posto que como he soo e o Reyno anda di viso e an de e
�h e p·teº1Y, rre -y al leys. The 15
1v[e 1aka' a ves Manguin' «Of Fortresses and G Modern Asian Stu.d·i.es, vol· X
(
XII 3)
(1988) ' fter , a Co nremporary Btr. d's-·Eye. View» '
desconfiada dele, não podera fazer quanto cumpre e eu dei)(0 se n , para o Sude - Guerreiro S·
·
t�
bi
. en descuberto por qt,e Chandebi e dear,ai
ste A siático. de F e rnao
escrever e se o arnm . :1{.ª' ca rta
i6 '
ar mais Pa a u_ma descriç r a Quera
· Re!11 ' JV.e,rrsc _P ro� uz1da in Wickãoi , da audiência em S1 'Jl ( j 575-1577), 1.057· 10 e1 outro
acabe oe J
oesco
J
nt·1ar
· e t·aça a 1 gum d esaun. o que se na- o possa 'ao cd., Doeu.m en t a _ ica o rei porcugue
l n s re c e
· er
en1ba· do ,encontro menos provave , 1, af1 nna' que ,, muit. o novo.1 So. ·b re 1sro, v8):
, 1 x
Joaq . dOr denaa , ver q ue v ,
ra b oa, 197
. d o na cama, para nao - , se . e,d (1 s
rei,· de · , · -J,E·_l-Rei.. D· Sebastião, 2 :, ·
1
3 66-3U1n1Vcr-·1ss1m ·
o Sc,
rrão
' ' ltmerarws e
44 · I'igueira ao
BL, Mss. Adn. 28 432, fl. l 4r. Comparar com a carta de Vic 67.
Abril de 1599 (BNL, Códice 1976, fls 99r-99v).
.
255
254
1600
olítica do Decão, e.
Impériosem Concor rência: Histórias Cone
c tadas nos Séculos XVI e XVII Portugueses, mogoz, .s e a P
, Ikhlas
Shas asseguravam um determm . ado núm se s foram , sucessivamente, Ka�I·1 Kh ªn D akhm,. Kishwar Khan
ero de c artaz es para os u bash"1· A0
navios, para o mar Vermelho e o gol Khan e, finalmente, depois de 1_583' 'Dilahar Khan H a
preso no
Este acordo, embora possa ter constit
fo Pérsico.47
. mdo a base para a mudanÇa mesm o tempo, o irmão de Ibrahun, i�ma'il foi mantido
O na d écada
de 1590,
das relações entre Bijapur e Goa n as ú
ltim,as duas décadas do se, cu ·r
lo f orte de Belgaum, apenas vm . do ª s�:- libertad vm· a·
h . . co tr I br ahim, a qua 1
xvr e princípios do século xvn, só ô c ef1ando, logo a seguir, uma rebeliao
p de ser implementado ª �ar�a
n a
Ent re a s cor te s do s su ltõ e s de B . que de I bra h im' e spe cialmente 1a1 re speito d.º s mogó1s,
. . ij a pur, fo i a de Ibra�i�
consta, teria dado pre se nte s, e pago tnbutos· o j oalheiro flamen_go
atr am o ma ior numer o
, de europeus, desde co merci.ante s de J oia s até .. · perante os seus Próp
nos
dile tante s, e pintores, co mo Corn es ar conta que o «Adil Shah tm · h ª J·U suficado isto i as faz .a
ª
e liu s Clae szo on de He da. A e v ·d
vassa lo s, dize ndo que e m ve z de gast ar dinheiro
er
B.f p r
56
di sso , não se po de dizer que o a, prefe na
s re lato s euro peus sobre IJ� uo u ma derrot
durante o re ina do de Ibr ahim 'A p gue rra, o que se mpre co mpor tª va o pen:go de fe1.iz
dil Shah tenham �e spertado � i g envi. a r o dmh a f r ma d e tributo , f
aze? d0-o .
de atenção que o s eru dito s tê e
. .
e iro ao mo g s b dy
_ s:. Bdo a com m1 qmet. u
m devota do à crómca de A
I
e en mi cas
o
.
o o
, ue em ca
u
l d q modos e
proce-
1056. A pnme1ra vez q ue e men
cionado e numa cana de Jan van Wesi � _.ck e AncoI11) neste Inverno hum em a1� 6 ac or
pe r s. ber os
e q ito v eli10
e
ov a
a
e K; ndr a, N D i�
59
606» , V R ed , <>o _Coutre, Andanzas, 296 297 · sob 1 ·e a'. ' 11 e M ans
u ra Ha,
D. o, . '� iosa - d N 11 ' H ry
Volume (Bombaim, 1968), 136-15 5 ur l to � ee
s
K
incípio da década de 161 �' er hur I I», Pro sh d
in Stu
110 pr
a ' a
History: Dr. A. G. Pawar Felicitation urcleedings of the ln_ i n ilS, o
uns
a
mente, não existe nem uma trad ução, · e e a
de Asad Beg, o «Waqâ'i' -i Asad Beg». Pod nem seq uer uma edição complccaMdoE rlioat e «Lettc r s of Aziz Koka to lb rah nn Adi] Shah
t ém uma
!isca cronológ!caa1 -�us, ' �yni'
H. l 7 e co n M 'm un
J. Dowson, eds., The History oflndia as told em encontrar-se excercos__ m h ",,,rnadall ;o gress, 27." se ssão \1965_), ,16�/tw;�hab Bin Muha1;1·::d
n
ty of Ben ga'1
cic Socie
a
0 cun1en
Period, 8 vols. (reedição, Deli, 1990), by its own historians: 7'he Mu a tos diplomfocos m A ª.. ode ver-se na
vol. v1, 150-174. , rbcr- Gu/shan-i Balâ b_at, cuj� m anusc rt p 131).
58 Jacq ues de Couc re, Andanzas
Asiáticas, e E s a e J · Vc Calcutá, Cu rzong Collewo n, TI, 31 ' (lvC
ckmoes (M adrid, 1991), 174-198, 287-298 d. ddy Srols, ll. Tecn m
. A ci tação é da p. 297.
259
258
0
,. política do Decão, e. 160
Impérios em Concorrência: Histórias Cone
ctadas nos Sécu los XVI e XVII
Portugueses, mogois e a
S o havia
tulado Khan-i Khanan, que tinh� comp1etado com s uces ' dos
matéria e governasse en todas por seu
parecer soomente dand° pêr.a is ue
so
A partir
p _ouco tempo, a conqms · ta d0 Smd aos T:ar Khans.
. , . o d0 Akbar Nâma, Ab u 'l Faz!
alguas Rezões desprepositadas e sem funda e q
mento, emtendendos s
a que mais obrigua he a grande desco a los fmais de 1594 l og o n o pnn cip�
s s
Khan-
·bUIr as culpas da discórdia ao
nfiança que tem de seu s j ev
em tamto estremo que duvida pode qu tende, em grande ' . atn
medid , a
altivez de Murad' da
lo dissuadir deste Imtento, p ·
-1-Khanan embora fale ao meSm 0 temp o dª
eu lhe tenho escrito com muito e ? u lar a
encarecimento que faça ne5te partic e os
todos os boõs officios que pud s ' selheiros. Os re!at_
ap1.1ca menos, ao que I he convem
er, mas com este Rey sabe p u c e e
. � _ ? sua falta de . . e dos seus «maus» con nestas d',ss�nsoes
expenênc1a
e o equebar he so1·1c1t0 e arnfic1os o o convencionais acentuam o pap eJ desempenhado .
não perde occasião (tendo de preze
mte embaixador na corte doie sm
m a d K ha n Herau, cuia
ne pelo tutor (ataliq) de Murad, Sadilt\"! uhª m
dalcão pelo qual lhe faz grandes h o das relaçõ:s
morre em 1597 contudo, não contn um ara a melhoria conclusa�
promessas e oferecimen to s qu e
meo e dissimulação com que cost qe u
� io chegamos à
uma entrar com rodos) Receo
deos não permita que por mais d : e t n entre Murad e ;Abd ur-Rahim. Pel o c�ntra
advertências que Amronio dazee \; princípio d� 159
v
de que, depois · da v1t· o, na· sobre Suhª'l Kh ' no ,is· ) , ªs c01sas se
a cargo fazerlhe nesta parte não p r e.6
1
bastem ao encaminhar comoo ci u n
(na qual 'Abd ur-Rahim comanda:7a as forças mogo .
a p diu pa ra ser reurad. o,
Claro que Ibrahirn. ., . po . · er i· ndo ·
detenorararn ainda mai�; · 0 Khan-1 Khan e
0le or fim,
Ja urna vez, havia o temp o, t mh a int v en quant o Murad escrevia cartas ª Akbar, queixan��-se de · PP róP ria
n
ret ornaram a r efrega a Prin c1pe t1rnúnda M irza Shah u h. k Ab '! F . D te modo, nos
contra um exé rcito de Ahmadnagar q e er
u
lS99 para Sh � nt ara arraiais. 1:
ss cário.
ap oiado p or um contingente
de Golconda sob o comando de!_ ;ht J1
� ] an ahpur' onde Mura eqm ibrio p·re do
e
· um
a
e
m ados de 1599, as coisas u ·nharn . tm g ' d vidos
Mahdi Quli, e urna força de a gado aos ou ais as
i o
Bijapur, sob O comando de Suhai
a
. . u h am che
Habashi. Na batalha que se trav iro Estas d 1scór d1as e p ro em _ 6 1 as
os precis .
· ament qu
ou em S onepat, em fins de Jan;
n
·
e
conde da · · · s ibam o� es eram
de 1597, o general de Bij das V1d1gue1ra, emb ora nao es sas. dissens
a
apur ficou isolado, s ofreu p esada_ � fe e suas fonte r la d , hta,
e só com grande dificuldad d s. de inform ação. Por o� t com detalhe p or Feris
o
e conseguiu regressar a os ternton�s
o
d º d om , . fen das sa.
Ibrahirn. Esta exper iência er 1010 p ú blic o , send.º re p ou co confu
p ode ter dissuadido Ibrahim de qua qu .
ainda que · p r v ez�s ' um
. ! F zl
·mter vença- o, e I · óis. a sua cron ologi a seJa.' va uando Abu' ão
o a
evou-o antes a encetar negocia cis i q
A vis· a- o de urna frente urnda · ções com o. s mog is, O caso tev
e' no e ntant o, u ma virag
em d e
acampam
ento· N
d o Decão contra os m ogo, !s era P5o 9 avançou
para se encontrar com M í ipe mudO u -se para out ,
r d no seu ro
para o conde da Vi.d1gue . · , o de 1 9 .
a
·1ra, uma visão inat í l no mi
u
ci deseJan · do enc pr c sta
ing ve ontrar-se c, om e. l e' O u e se seguiu r,
n e
q
o
1ugar e · ten or d o D ec ã . ocul
avançou para o m testem. unha
o a
resumid 6 r a ã o fosse
o p or Abu'! Faz! que, em tec1men s q t ue
os acon
o n o
«A solução final» ehegou a o carnparnent o d e Murad ap ós
descreve:
g oi,sta s e
vaidosos,
n s
. .. «Devid o à maldade d e alg u ns hom e mandantes, do exército
e
Restava urna outra p oss1b a
1lidade. Sabia-se que os mogo,·i s estav J11 surg1· ram lguns co vencido
·
d.1v1'di'dos entre si. Em 1594,
Akbar tinha encarregad� da expan
são algumas contrari· edades' e a Ele [Murad] v olt ou seu
para o Decão o seu segundo 570 ),
começar
am a impedir os trabalhfos. t o uando o
filho, 0 Shah Murad (nasc ido em 1 dt1 d_e Ahm · do de s g s . Q erder o
· adnagar e ca iu e 11:,.p ro u n bedon.a começo u a p . nos.,
o
que tmha fama de ser um .
· general altamente compete nte, a'pes ar s filho [
Ru stam] morreu, a Jº ª d sa de !iberu
sua Jovem 1'dade; contudo, ·- s·trJ. J1g Jd· o· c m p anh' ª
seu bril da para
os p oderes de Murad eram re
ho e ele entregou-se �ª 6etida·1 sia, e ele n;�o fez na
o
. intt'
na
p ela p resença do cortesão
e general veteran o 'Abd ur-Rahim, A beb'ida em excesso trouxe- , lhe. a ep i ep � o d1'gena os alimento· s.
na tinha s1d
m elhorar. Escondia o seu sofr�� er, to- e A g r a, e q ue
°
BL., Mss. Adn. 28 432, fl 76 fl 14JV., Quando soube da chegada do ª in sha a
11
dio de Mirz notícia da gr » avante comqu esp eito h avia o asião e n-ao . estar mai s
a Yusuf Kh avi dad e do seu eSrado ista
· os Rey os Meliq e
d
Murad, quando an Rezavi, o novo tutor de que o rm . . por I mte ligenc1as secreta, s
. não se encontro p , Cipe tmh ª com C anacam general da gemte da guerra do Xaa
d n d O u
Já chegou a te u a 300 qud . o, metr iUOta d que er oc de m de '
a tarefa de mpo de ver os do _acampament0' '.'" /' af a siSiia com ee l esta empre za ' mas
enviar o co o prí ncipe ainda co a estes
ce speitos
m vida. oub -lhe estado das couzasque me nao O ocultos ach ei se mpce CO? fonne ao
p n
no Exercito rpo
e na Admm pa ra Shahpur _ e de estabelecerC � !li aven dos
alg uns I nco. n�;�;emes de maj o, lmpoe1an 1 O C que
atr avé
s de Miriam IStração. A se de e spei.a i. po ]a motte do equebar pera estes dou� ;;�ãos se
notícia ve10 a ª
M ak ani. ser dada a rk�ar declararem en s
N as memóri
as d e J
aha n i
Pco, xi.m o � e ste uas desavenfças e aialh acsse o mal qu.e ameaçava de mais
breve relato
acerc
a de
g r ap arece l o
go no pri ncí i o do texto u !li
que depois d es cado que azerí e, n ltal ' tempo conSSJ deraç�o , das guerras
lhante ao de Murad, qu e o p ay mo,ro o d ão er com que se . divertissem , de nos
Abu'! Fazl. é, em resumo, p fmquieta, rin P
beber em e Aí se afirma um relato s7' , Respeito dos tm1
cipa lmente ten d eq 55 .
·
uebar ch ama do ª 1 m Canacan p or
x esso n a q ue Murad tinha «começa O a os que imh a ° �m O p cíncipe co� CUJ' encia não
p
·
com tnn
ta anos de ·I mp anhia de pesso as indi if cou couza e 11,zão desia conq sta eom";;'6 exerciw
c
. er q u e i mpidise ª comc
co
. ªº ormeno . ah an ir fa ma
n z ad a d z a segu1r · a I sto u u e falecend o n pºrineipio de mayo e f:ze do O equeba ,
enc
1"." mais nov o, a mo
rre, nos ri gran des de q n sr-,
.
p
urad. a de sete m . . d"� dores de Goa, 'Abd_ urª-RahºJ era um agente do pnnci·pe ,
eses e me10 depOJS a11111, C . · um
[º] exer · sSuc.ess UJ·O ob"Ject1vo · p u··nc1pal era :1pedir Murad de atmg
. ;
o mi
per morec necno [ do Mogo,J dcsie dava m lit'ar de111 as1adamente nota,ve·l·, ora o seu r·egresso ao
ecão
la a pcessa do f
o fffa me X nverno peca qua esraa · 1spenSso ão livce a M urad, sub o ponto de vista m1·1·itar. O conde da
am omd se
u filh o que o go , nava,
"vee ---------
� " 1�BJ.. M . And .
,., ..,_ , -,- k cN-/ma, >oi do Decão noss . 28 432, fk. ara r com , erspecnva da, .política,
,,4
Beven.dgc (re'"'" '-i Jahangfri, o, M."em• md. Bc,ccidgc, ll25-JJ26 m, cana darnda de 9 'tb::e�b,:de 1597,_ 'ª P• . , CJO,arcebi spo. de
·
, oe
Goa,
0111,,
Ormu z para Goa, e s cre ve, . . Akbar, e isso - juntamente com a mort e de Mu
mais adiante, na mesm a car ta:
P ara aliv·iar_ a p re ssão sobre o Decão . . .• le unha dos ou
tros
ao q ue e
· d Bav·,a amda outro facto c a f p 1 m
a car t a, n
um a
[No] meu tempo se dezenKam·m 1,ou hum, [cáfila] porque v,n °
o
s da mesm
ra ca
h
f il os de Akbar. Isso t orna-se eviden t t v é
de o �I Murad :
com el· hu emb�xador do. Xa ·o à morte de
ra
companhia. uoutr
e a
Peçoas e prec e11 dendo qu,e li1e desse d on Antonio de Lima emb a otl o mais mo
ço
Eq u b r outro filh
c os
n a fon alezª de O rmuz fez
· , comsselho em que "'o"a e r Alem do Iffante xaamorad cem o dado na parte dos seus Reyn d
e a
sob re, isso o mo a r
qu e qu erendu e Ies com suas
e s erviço p
( or n vd per nome D anniel ao qual tinh a acom ube da m
one de xâ
comod· d1 ade p er mais) emb a1� çoa e g emte d e. s f zer, mas que
ã
q e s mar
benguala e r anto dar lhe pessonha mandou ch, a · pe
e
ue
o
i e co nfi n a com
u
- ' ca, r sse ar, o pod,ão a que o
outro mod. o nao emtcasscm e e_u 1 h e aprov ei esta Resolução, por ceandos se do prín cipe que intemt· eer o p
m este pode t e X,amorad ,
u nn o
scgundº, _as traç as desta g ente r ua efll, estot1 tro fºll co n sigo, e co el
nao . era- in aa ocas ·-a1o pera �s efe c r ·ra 1 10 e o tem g esse entro
.
r
er ava ouv
ora e
o nfiança,
a
e com est a R. esposta que nã e q e es o o r c
o ac."''"º tomarão o cammh p u "'· o
"!p dezav ença s que u
a si e f a
zer de l m
de guerra nen
p
Ab d l ac ay j umto
as e
passando p'".?nc r o t raz er o p
ao
partes muito fraguos r hom em
1)"
Rey dos. seb eques C Ue a _
J nao falece
s
a p er s e tem e r e m d
, , r no mesmo tempo nenhb rrnpe r,a
e
u Jhe 1
d"'"'º
1 1 almente po
mais que este prínc; p e n
d
fo csta
en ten
a ti
dcn
do
d�
p o
sse qu; ,
vera, P" mor;e
ue lhe da
rao
escapara por g, rand es desav en a l en to Pª". cauz ar n ovid, . orranc,a q
j , . · a1 ent re ele e o Eq. ue ,m
es
quen f01. g rand,e v entura 'a , u ça qu e 1w que d� �q eb ar mmtas entce os cap 1tães de m
o
s o r p
s a morte, po r que lh e dav a m t rneullos u to e
. o
emtender. O, X aa que se t em R mu ito 68
. e p er · sen horeado da moor parte dos seus ·irai·sse en que emtender.
ch eg•amd• oss a aq fe z R e t
de L aor, e na- o sa,- . uela' pa rte. ta, m.o. ,lO Equeba r q ue oll' mar-se.
o enc r am a confir D -
o
o OJ e tão A m g u
s c m tes por q ue estã t co s vie
t1..ªdos. nestª pretenção.66 1 dan
claro que p oucos d este s progn . par a O ecao ,
o o ó s i
nv10u-o
o
nJ.:.tnÉVez i, A k b r
de mant er Daniyal junt o de s
a e
J ndo-f>"""'
R,/,twm (JJOoOs
� m/ d4r o[ Docu m m U o document
-13 3. _Entre estes
n
l3L, Ms :. Adn. 28 432, fl. 14·i. i awl hlam , A en 1 12 3 mo d0
. t nbél11 R ) o l. , dores' e um d
6S
com 'Abd ur-Rahim - agora seu so danos que receb.ia de Cunhale cuia tomª?ª e des tnuç _ av1·zei . a Sua
. ao .
gro - para lhe fazer companhia. ' i ente JUst1ça
Dep ois, o próprio Akbar f0.1
para o Su1, e na- o come çou precipit ada- Majestade por terra, e deli mande1· despo1s fazer P cam ubl
mente a campanha. C omo a p em Goa, e tendo eu feitas . : despedidas as armadasalles do malavar e norte,
Khan Zangi fugiu da região - o dos mogo, _i. s aumentasse, Abhan'bg e mandada em Setembro a MaIa huma de duas g e cinco g_aleotas
p or volta de Abnl de 1600,. Chand Bi '1 e 1uradas
ressa
foi morta por rebeldes, em de cuberta contra os olandeses, ��e continuão naueli ast �artes,nho a Goa
Ahmadnagar, a1guns meses mai·s tarde; as capitul ações das pazes do sarnor1·n, que mandou se1 ubri o E! Rey
0 fon e de Ahma
dnagar veio ·
· a cair em Agosto de 1600 e Asirgarh com bastantes poderes para este effeito' e ffeita · s pazes com e
em Janei ro do an m de Travancor, que as mandou 1dir .
. por seu enbaix · ador tanto que soub
c erto M1.yan RaJu
o segui.nte. A res .
� c1. a f'1 cou a c argo de u
1s ten da destruição do Cunhale 71 P
. Da khm,. e, o que e . i.mp ortan e,
t
ao c hefe habas hi ( , ta1vez a1'nda mais ...
abexim), M alik 'Am
bar (1548-1626), que _ como
bem sabem os estudiosos
do Decão - continuou ·
suster a 0od
a de A condução dos negóc10s . estrangeiros fJC . oU aqui reduzida a u�1
expansão mogol : CUJO
durante quase outro qua
r t o de sec ulo.
programa de p on u, mco.. 0 sucesso contra o chefe d os mapilas,
to · da
69
cre, di·t o, por
a caso, f0 ·1 b .e cto de gran
d e dis . put a entre o conde
V.d1.gu · f01. quem realm te en
e1ra e Ao dre, F urta ° dJ o de Mend onça, que , fort aleza
con duz1.u a e ues v i.ton.osos à
1
xped'içao- . 12 De fa , 0 a
' aq
a 7 de Março
Dúvidas e questões ue se
. _ de 1599, e cone1uídos
t
dos mapil
cto s
q mantêm
as realiza dos a partir
de 1600 dera d q ue ele m�it
. o precisava, uma
O conde da Vidigueira v e ' m ao conde u m tn n ° rmente
oltou a Por tugal nos fm s de MaJ· O d Vez que o ma, tinha anterio
f e
- , D . Lm,s da Ga
u
1601, depois de, no dia . i.rmao
9 de Dezembro de 1600, p assar o ostO de comandado
seu p róp no
m s m o a lvo. A , sombr·a desta
vice-r ei a um governad ' R leixo u m ataque des as r s ua p olíuca
.
or de tranS1çã i A enci. onar a s
e
. , F re V.ito, ri.a, o c m
ao
a D
o
ceb isp d
t o
de Meneses. Embarcou · vi. o onde da V1'd'iguelf . a esquec - rnara
em G oa no dia
26 de De ze mbro n0 na -ao dos mogóis to
o o r o eu se e
mogol, po cqu Ah ma d nag � na m
São Francisco, deixando
para trás muito descontentame to visível e a qu e da de r
absurda a su
a
e ocult o. 70 A hist
fl1 a cart a de fm . a.is de 1599_ toriad ores
eina do do conde da Vi.� ig u:ira e
ór ia do vice-r
relação aos seus súbdit . os do Estado d a ln deste
eontm. uam, contudo, pal.far algu1nas dúvi.das. OsI'deihis · a de qu . e' 0
estudo ; po demo
, d.ia nao - e� o tema ões n1ogóis s ª m r lu ta• nc.i a a
ão obrigados ª acei. t ar .g1 d
· s deix ar isso p
ara out ra di scussã o. As s_u as relaç es_tran�eira» dm ª
e
Princ1p . u ma «mão
co
com os v1zm · hos são outra coi· sa, . e Mu rad fo1. e1·1 mm p r
e podemos ver a Inane!ía e0010 e·l
e ,
Pe 1os p ortugue
ad o o
u e ssa n1a o
nao se de ta,
próprio avaliou a sua
tec
d q
folha de serviços n
u ma carta sem d at a , e
scnta ses. A obJ.ecção
· - crónJC . aS persa·s, e,
e
PeIa I en· ura d ue sa o as
e
em C ascais pou d as, q
co depois do seu as f antes mai s s rsas, inclum d_ 0
regresso a Por tu gal. Para mun, . .madm.1ss1,veI ; os escn.tores das cro, m· eas pe
u a
- e s e cheg ão v 1 a da' re la d e
ma ª]u_ ' É uma pena que o relato
Os relaros clássicos sã 0va "ªº e r a n ' ado algu
s e
o Radhe Shyam, The K i ,ar (N r
s
Deli, 1966); e tamb atural qu e a r eprodu z1sse m · ) . não nos
69
ém, do
l 978), os quais· un·11·zam mesmo autor, Life and times of Malik';�tar (De5_':0Ahm Mul!a 'Ab . de ci di da m e nte boate!íO,
o, é que p odt'a
ingdo
d ,
m of
um pequeno núm al-Qadir al-Badayum
podendo ser consultado s co ero de fontes porrugL1csa.s. dil 's· persas1,p1o, 1 eve at
é 159 9 porque el e, ma·is, do que, qualquer outr
que o termo «Melique» si m extre ma precaução. O facto de supor,' r exe!1p e ter esp modo, é qu a
do assumo,do sco cop , gni fica sempre Malik 'Ambar tira o scnndo Pg�rande ar;ao alhado' tal rumor ou suspe1.ta De qu aI quer
se
f 01. acene a a1s, BL, Mss Adn. ; ' furtadn d, Men!innça (1558-a
an
trar para o serviço d?s m gó, s m 28 432, fl . 1 · 18,. h-
ro Voe epom
or .Abu 'l· F"azl ; isto bas .
- 1 2 Ver C. R. Boxer
em,,no de So bmhm,eny 1a-se no rela � do. 4 2.
ac,. 111'1 Cita . e Frazão de, Vascoi° �5 m � rcl�� do pro pn,� M. e,nd197ç6,
on
i
s,
i
to de viagens elo
. .ugu, esa»,1111c1·a"
And
r/ 10) (reedição,
rt
Para a trans1çao de 1d1 ,m, «Ao Aogsb"'gcc · A. · '
Pon u, 1989, 1: ed�, 9 ) , c o Cod c e
V gu c1ra para Air '" '" , º"" º"d fl Produzido a 9 Maca r BNL,
entre os dois, de Out .
ubro a De zembroesdede1 Saldanha, ver a rroca de c s. 5P31r-5' 38, 104 P ara a vcrsao de V id iguei6ra,00
1
7-
600 in BN L, Códice l 976, fl. s. lOOb-JOJr, cana a F.ilipe fl l datada d·e Abril de J .
266 267
,· e a pol'ti .-0, e. 1600
i ca do Deca
Impérios em Concorrência: Histórias Cone ois
ctadas nos Séculos XVI e XVII Portugueses, mog
ão f oi
· a husrau, cuJ·a rebeli
. ção .ms1. st.1r em que , os «f actos d a hº1sto, n. a 1n ogol relatados nativ . era o s eu p ro'prio f Ilho K
º
supe �stt
s? a S alun , · ha intença-
em lmgua p er sa são v e
rdadeiros e que tod os os outros sa_ 0 falso s!)>. esmagad a no r escaldo da morte de Akbar· Não e mm - uves
d na 0 . se
Mas poderia o conde da Vidigueira nfe ue es pecular s o b re o q ue ten· a acon te ciºd o se Mura
co ss ar um «Cn. me Q morr.ido; .i sso é a ssunto ma.is ara v1.dentes de bola de
cnSt · aJ do que
Não C ometeu»? Há certamen te ns i e se estava
duas p ossibilidades a ter em co para h1. ston. adores No entanto P a p na recordar qu
deração. A p rimeira é a de que, r , va l
como tinha a «intenção » de manda hnente os memb
ros das
e e
numa época em q.ue os m ,
assassm . ar Murad, o conde não se aper
ceb eu d e que o responsá
vel · d"iv1duos (especia tes de protagom· sino
.e ortan
p e a1 sua m ort e fo.1 a n ature
za, e não um assassmo p ortuguês.
«e 11t s») eram ' encarados como f ontes .11np- si• nato estava'
A segunda possibilidade é qu
·
es e h.Istó rico, e p or cons�;uenc !a a ten taça 0 d o assa s ncíp1. os da
e o cond e, d e uma f orma _ s.!ITIPJ rn relata que, nos
pr ·
A •
mas profundamente
s d e G oa, Dam
. ao e n·m, a hosrilidade velada
.
ser ignorada p el . enr.uzada entre ambos na época de Akbar pode
O historiador' mas ap .
enas para s eu própri o p erigo
Capítulo 9
Introdução
.
p rtuguesa n
a A, sia a
Este cap ,tu Io anah. sa a história da presença arra·
nhecido, uma n
o
parti r d,e_ u t , m s p o u co co do
m documento impresso a
Ásia do in ício
tiva ini ca no , vi aj ante na rib u to
e dom
sécuficXVII.nta por um padr c ebido com
o um t
l, foi c on
Na sua versão origin a
r f rancês es
p eci alista em
Póstu o Denys Lo mbard, histo ri d r um
ª
o
Para além de se
a
histó m m odern a.
� ª _ Sudest . u1 arm�nte nos se, cu_ XVI
1 do e Asiático da . é p o ca 1 os
espeeia 1ista na' 1iisto, na desta região. p
. . ( a r uc ns .
lit er atura de v iage
e _xvn), D. enys. Lombard era um ahc10n a do da
ersona·
V1aJ·a, nte n x liqu seu interes se por p .
t rad o , t a lve z i sso e
p e o
. m en te, Augu
strn
gens co i v e e mais re c en t e ,
mo Fr eden. c k de Houtman ' ou ' xt a este capitulo,
o
d e B ea. u . e de c o n t e o
., . 1 Isso também serv
lieu
270 271
. . , ' c. 1600
· r-· uma via. gem dominicana pel
Impérios em Concorrência:
Histórias Conectadas Manila ' Malaca e Me 1zapo as lndias,
nos Séculos XVI e XVII
d
reci
xasperado, mas L s F1 1 1p. Pacífico
om bard não, tendo-o escu raJ: duranr e . il través do ocean o
a
quase meia h ora a
d
na encruzilh . rt s n A s pr ,
ada de difer
entes culturas, privilegian uma as contrap a a Chin a e
narrati.va de vi.age otosi para
es:o ia
a facilitar P
e a de
ns escnt p
era uma geração . a p o r um c
ont tma O u
q e o e scoam e nto de
, os que pensavam
· a. Eram mu.itos
e
A vida do seu auto e se pref erir, « cativeiro espanh F"llJ1..an e - _ ' f r u:x amento
da admm - .
o
is
r, o frade domi · de ·
Guangdon g, urando pa 1t1do portantes
nicano Frei G ab nel Quuoga . · do pen'odo M.mg, cn. aram im
a o
San A mo rn. o, ser
d
tração p
d.isso af'1gur ,
á b revemente
descrita m ai.s a, f rente m as anr es 1.igações
rovincial n os f mais
clu si·vamente, uma co 1,oni.a
a-se ut· í in · ·gi'das
i 1 com eçar a.1s, com Marn. l a, est , abelece nd lência din
su6 1.m 11ando, ao com alguns · s 'conte,:xru ·ca ' e v1 · 0
a
comem a, no ° ' - so
mesmo tempo, 1 tón
Popul osa ( a despeito das en.od'c 1 'as e:xpl ·1a-Macau-Nagasa, qu.i
d e
que esta abordagem e, 111a' .1 s h's
s
do que literária. 2
o
contra el AP r i I M 1 11
es), o f am os o m : ai,gu Io com ª
e c a
. The Man<.1ª G, ª ,
!leon
1.vas . . ªl1; L.· Sce hcontr m- ·e rambem: em
-i --
· ens, ve · - Para uma abordagem eV'1�'s1ca, .. ve1·a-se W1ll'.
de viag _. v. e·ntc às narn' rdies
' )
' 1s n a es1'7e _Jge sie cles ,
urz,
·
· Iara uma reflexao-
rque, 1959), I.' ed. cm 1939, Materiai s ute bériques, /6-
colecn.va s . �
273
272
Impérios em eoncor re.ncz.a: Histórias C
onectadas nos Séculos
XVI e XVII M,anz'la, Malaca e Meliapor: uma viagem dominicana pelas Índias, c. 1600
competiu em 1·
mpOrtanc1a com
China pa�a Malac o _comércio
tradicional do Sul da e publicado m ei.o se, cu 1o mai.s tarde sob a ,eg1.de da Or dem de Santo
•
A
a. Os finais do
XVII constn secu l o xv 1 e
prmc1p10s do seculo
· , . , Agostmh . o · ·
uem' p or co
n seguint e, ms1ste na 1·mportanc1a destes homens, bem como na
qual ea presença na
ma ,, 1.ma dos p O _ o ap enas um pe n,odo durante o urgenc1a pr em�n_te em os trazer d � volta para o redil. do Estado da
•
A
meas tamb,em um nt
• ,
,In
A
rtugues�s reveste uma n ova forma, dia, devi.do a mcerteza da sua situação moral e política. Se, por
.
penodo extrem
de novas re
des ul tram .
amem e importante p ara a formaça o um 1ado , eles c nstituíam um exemplo suspeito para os soldados
annas ehm ·
ser um a f ase e e ., n.co, ale,m de
m que mercená sas. no su deste A s1a que se m antm · ham ao serviço do Estado, por outro representavam
o
ou samura .
. is, _desocu i S J aponeses (incluindo os ronin, form · a aprovação da
p ados dep'ois 6 as d.e smt ' ese transcu1tura1 que não mereciam
r o
espalharam
ate às M O1ucas · de termm . ada . se
. Il)
' Ta · . a guerra CIV e uro�racia e das autoridades religiosas portu guesas. Vestindo-
se
1 A nd1a e
5
Portua'r1· as dO su de es
Ste A si.ático freg B'irmama. A s grandes cidad, om r equê
ncia segundo os hábitos locais, praticando ma c zi ha
1 a A • •
representa stad 0 q ue
també r _do Padroado. E ste período nO p em
começara'a fa m O apogeu do aventureir ,. ue
eríodo da união das C oroas, d o governo dos Habsburgos
zer se t·r a s . o p o1Itlco porrugues, q ponugal . , . .
no ultramanno portugues, com tod
as as expec-
a1guns po
ntos . d ª A,!'lsi�a. _ ua presenç a J ,a de�de a década de 1520 em tativ. e do 1mp e
ndo
A
Fernão Me de E este t ipo as, p ro blem as e amb igu idades daí resultantes . Um segu
s pm
· t0, e que de u111verso que associ.amos a . ·
aspecto a
do século se havi.a
genera11· z l ter presente é a emergência de uma nova conJ
n
o quarte .
ilhas do Sud No go,lfo de BengaI a, e tam , ado n o ú ltim e nas
untura
ª cons·ider ·
ntextua11zaça
na mesma ep , oca' a situados· V:amos e� co .
adamente ar como peça f undamental para uma co
o
igu ns home . ntra r, aproxim
Kotte, no Sn. n s ao serv prende-se
co m a emergência' a partir da
década de 1580, e mais
Lan k a,-ou n iço dos reis · de Kandy e de espec· t·1c do contra o
1_oungoo, ou
em regi· o
a Birm a
nia .
nª fase de rradei.ra da di.nas ua i amente da de 1590' de um desaf io con,cer·ta
>-r
. e s como 1110n 0 da Rota do
•
2 74 275
' '
. pelas lndzas, e. 1600
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII Manila, Malaca e Meliapor: uma viage m domin ica na
. vos
à emergência, em finais do período dos Habsburgos (em 1640), de peças de mobiliário de madeira e marfim . escu _ l pido' além de escra
,
um novo tipo de comerciante, a funcionar de modo independente, oriundos de diversas partes da Asi�. tir
Podemos aceder ao univer o hab ita d o po r estes indivíduos a par
por vezes designado por «solteiro» nos documentos da época. · 0s
re,latos de via· gens. N
de outras font es para a1em , deStas' caso dos
s
No meio desta actividade complexa surge, evidentemente, � a ques de e ou t ·e'
enorme diversidade de protagonistas ibéricos com uma mulup �-
� u'!.timos anos, o relato red'igi'do e1n espanhol por Jac tem mereci'do
r
° de Bruges,
c1'dade de pos1·ço- es sociais · · , d e motiva· ções e mental'd i ades · Sena
um negociant · , · flamengo' on. un,d ' no pn. ncip1
· e de Joias ,
, ·0 da decada
uma atenção particula che go u a A si·
possível reconstituir este universo de finais do século xvr atraves, , r. 9 e out� algu�as m · ter-
de 1590 ' aí permanecendo ate meados de 1620, com
a
e
·
por exemplo, do livro de contabilidade, ou livro de razão, de ufl1 meira fase da
rupções aquando de breves eStadas na Europa. Na' pri
comer�ia · nte «cas_ado» se _nao - fosse a circu· nsta� ncia · d estes serefl1, sua carreira negociava sobretudo no Sudeste Asiático,
operand ª °
na realidade, mmto difíceis de encontrar. 6 Hoj e em dia, � o u,ni·co de - es com alg uns portos'
Partir de Malaca, e mantendo algu �1:s ;l ª�� ) Mais tarde: a sua
'.
lo
.
seculo xvrr, era vedor da
Fazenda em Cochim. Garcia d Me do Estado da Índia. 10
tinha também inimigos poderosos, ent � po de • s e pr
otagonis;as rev�-
re os quais o arcebis E , evidente que cada um destes escn• tore a Asia' nao
Goa, pertencente à Ordem de Santo Agos do u o ut ra p arte d
tinho , e governado� os 1ava uma
inclinação espec1a · l Por um o ·am bem. o
Estado da ln, d'ia, D. Frei. Aleix . o de Meneses. 8 Estes seus .1Dim 1 g o. Os que conheci
a
Possumdo · n t do to d ssan a-
foram responsáveis pela queda tempo d e um olhar abrang re' não est
ava m nece
rária do vedor da Faz en -�t0 S u d este Asiático o C ou t to
e
ou o Deca- o, co , rn
e
pe1o con , f.isco dos seus bens e obJe . A par d O regis o n : e n t a l ou o Japa- o, enquan
mente bem informados sobre ª Afn.ca ca-,
. ctos pessoais. s o dªJ casas ban
contab1 ·1,istic· o de Franc1sc · o da Gama, as listas de bens conf1scad0 homens como Ferdinand Cron, agente te1nporári Asia oc1'd_enta,l.
.
em a
também nos revelam a extensão e a
diversidade dos interesses Ph.)IP
l
o í-
..,,,_
r.ias do Sul
da Alemanha, parecia . m conl1ecer b de um serviço de
t1• cos' e comerc1a1 • ' ganização
s por parte dos portugueses de Goa e d e coe. 5 Cron chegou a colaborar, inclusive, na �; os seus age�:;:
Se Francisco . da Gama transaccionava em ouro, têxteis . e esp ec1 aria· correi·o por . b s b g o s' usando
. de via terrestre para os H a seus escll
em M am·1 . . n o o tomano. Os
a, Ma1aca, Chau1, Coch1m , Moçambi que e Goa, G arcia s e e correspond .un p , ·
. ado do Sudes
te
11
entes no I rao - e n
Me1o possma, uma co1ecçao · t o ma is 1·imit
e
. de seda, de ca.i)(a s ugerem, o m m
o
- de colchas e têxteis porém, um conl1eci· ment
Tecnsma e
Para uma análise útil, assent e, s isiçáO, --- . as, ed. Eddy Sto],s, B.
, o da Inqu J 580- .
VCJa-sc James C. Boyajian, Portugueseobretudo cm documentaçã sbur
asi á tic
6
Cf. An danzas
]. Verbc J acques de �out1••e,
. 9-
gs, do Estad0
-1640 (�altin�ore, 1993). Trade in Asia umler the Hab rckmoes (Madnd, 19:1 .
ih ,u. .a do Governo Barreto,
ª
M
7 Cf. Sanpy Subrahm d Settfe- '.º Francisco Rodrigues. Silvei): ra, R ,r, maçdução e notas de Lu ís Filipe
ão da
anyam, lmprovis ing Empire: Portuguese Trade an , Ii'1t .1 o
dG lnllia . O. riental ' cd. B. N. Tecnsm ae;�
a
ment m the Bay of Bengal, 1500-17 er líght
_ Pa�a detalhes relativos à
00 (Deli, 1990), 171-174. «OoJ11 . D . W1n1us e B. N . Teensma (Lis ' boa 1 99 6)ge · r .Ii1 As1a· porcugucsa'·· Furth 1,er,
ot
sua carreira, veja-se Sanjay Subrahm� 11fª!�1' n du Cf. Sa' ni. ay Subra I1111anyan1' «A n A'ugysbur ]'�- Ptak e D R
.
8
....
Manila, Malaca e Meliapor: uma vzag
, ' 0
. na
. . ca pelas ln d ias, e. 160
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas . em domim
nos Séculos XVI e XVII
n_o �o1f o de Bengala, que nas décadas d� �5 0 590 e:a um ��·n- prefácio dedicado a Filipe II:
8 e1 p ortânc ia
c1pa1s centros de transacções c omerc1a1s
dos n eg ocian tes Privad
os . ç ão qu e nes te Reyno. avi. a de imvão a1guns
as Vendo eu a p ouca in form que disso resulra
portugueses, nao sao prati. camente men .
cionadas, n em sequer n da mor parte dos d.1tos ca rgos [da India'] ' e os eSre breve c on1pendio,
a
- - . . rod
grandes crónicas panorâmicas da época,
com o as Déca1as d� 0
.0g o
"1 a inc onvenientes, me d es pus a fa.zer des e1'dade e for raI ezas que Voss -
tratando J. untamente de cada hun1a d . sse em ver d
a
alho de �e
rI
v1e
riente, para que rgas escripturas,
a
0 d e u ma
Portugal tem nas partes da Índi ,
dUrante o vic '. e-rema. do de D er onnn ªJ , · coi1struça- o d .
a escrita por v olta qde 158Z, prr a
a- m o a
e
con1erc1. ant
es portu gueses ai, ex1st ueses d
e sa
n
es n a
pn. vada portuguesa, tais co Vl de dos seus
próprios interesses,. po r
facçõ
v er d a d ei.ro problem
m o o porto grande e o porto e �� q ua1quer interesse. Isto con�ti�tm. para el
e u m os do
Bengala, são analisados de form q ns X VI I" ameaçad
a mais sumá ria no âmbito pda� vi.�g,e - o s é' c u 1 o
levadas a cabo pe1a C oroa p ·o s
no es r., ta
do da India, · nos prmc1,p1'.0s. d
o rtuguesa ou pelos seus c onces·s1 onan oa
---- f or ra Jc zas qt,e a Cor
e N as
e
i2� o da . C. J'd ad s ema1. s cargos que
11
r
s
. «Liv
c
a l u ,
mund, eds., Emporia, Com de p Fr ncisco Pau o Mendes L z . s Cs ap1ta111·,1 fl 3-3v
'la, e rtugal Tem nas Partes da l ndi,ª ' . e dao 6 ( 1960) ·: s· .
. .rne, 7rade,
e. 1400-1750 (Estugarda, 199modi
1), 401-425 da I n1ponfoci Delles», .111 Stud1a, n.
----
ties and Entrepreneurs in Asian Mariu 0
L,.
. a
..
278 279
Impérios em Concorrência: , m dominicana pelas Índias, c. 1600
Histórias Co nectadas nos Séculos XVI e XVII Manila, Malaca e Meliapor: uma viage
exterior p or soberanos i
os p ortugueses nas s uas
as áticos h ostis e
p or advers ários europeus,
c olónias mercantis eram incapazes de dese�
Uma narrativa breve, mas credível
volver um sentimento
colectivo de solidariedade, ficando assiro roais
o u me nos condenado
s à perda d o s e
No contexto da Á sia portu guesa, ta1 como se apresentava por
u domínio comer cial, alcan volta de 1600, . gligenciada é
çado com tantas di fi
cul dades e labuta desde os temp os do in fan e uma obra inte�essant�- e relr,��� ente ne
D . Henn·qu e. C omo : a d o frade domi Anto nio, publicada
escreve no p rólogo tendo e m c onta O Pro di- nicano Gabnel Quuoga e
gioso declínio veri fic · .
peIa primei ra vez, em Vaihado!'d 1 , em 16 02, com o título ligeiramente
ado por volta .
breve nada mais res déca<la de 1630, parece que ern equívoc o de dei Reyno de
Breve y Verdadera Relacw,n de los Sucesos
taria do que a vocação re igi
l osa. earnboxa. 16 A pesar de o utu , lo sugen· r um .tratado e
xclusivamente
P0demos mUJ· 6em re1aci. onado . s perante um
annos n ,_este o ne. nte, dil mar a esta conquista que remos h'ª ra
. ataçã
cha . natosSIs c om o remo khmer do C amb. op, estamo con tend °
como fo1 esta a pn· me· o e exaltação da fé cath olt. ca, PºJS r
. elato de viagens de natur eza muito ,� ais pan o râm ' ica;
que lhe deu principio, 1ra tençã o do sereníssimo, infante D Henn· qu e' Inf ormaçõ
es não apenas sobre o e amboJ,a (em relaça
�o a qual tanto
.
que ar_h,e agora a sus se foi a me sma continuando em os reis· cathdoricors P Ortugueses quanto espan1101 , · s aca1 entavam Planos de co,nqm sta na
tentaram e susten ' tes e se ntros da Asia · portu-
- pura, pe1 os grande tam:;
que nao foss·e tao . senão que d anntesP�urava!11 dec' ada de 1590
), mas sobre d'1versos outros ce
do commerc·io, e agora, s mteressess que d' a guesa .17
tem respei . este para nos J.á quasi de todo exu· ncto, se na-0 ém do
.tO mais
nosso senhor e seu que esta ch. nstandade e levar o nome de e hn· s·to Sabemos muito pouco sobre a vida de Fre;. Gabriel para al
volt · a de
e confessem. 13 Ev ang elho sancto e na�ões remotas que o conheçam que e1e própri
o nos conta Pensa- se qu
e tera nascido por .
1570 e s . onvento dom
m1can0
abemos q u e serviu como preg ad? r n�
de Gu ad · �tián Bravo, antes de
alaJ ara, so b a p rotecção de Frei 5e ª 0
-
. .Uma Outra q uestao tem a ver co m
e barca
r de Sevilha p ara o Mexico, em J u1
, . ho, de 1594, co·m. o
o facto de as red� s co
mer- rn ·1ipmas.
c1a1 s p ort u guesas
te rem sobr evivido grup o de padre Frei Al onso D eI gado, que se d'!II.-gia para as F1
P arte devi· dO a' c.o1ab - em séc u los poste nor e s, ern Chega, pois, porto de S an Jua
n de
estabelecer am a pa
oraçao c om
ou t ros p ovos eur ope us c.o01 qu e
m em 2 de Outubro desse a n o, � o Méx ico durante
z (c omo f 01· o c aso . lJIú a, no N p ma nec1 do n o
· de 163 5) ' ovo Mundo, tend
n ova cated
ra1, na
o er
e em parte graças , dos mgleses, depois três e ·�
. · egração em red
a mt os m ses, pregando em mai· s de uma, oc. asiao na te, em ar' ço
Pars,s e os arme' · es asiáticas (por ex:empio' altu ra e Finalmen
M
m os)· H AI·, ias, no sec u lo xvm sen·a e pJ Orada uma
, m construção na c1· dade do Mex ico. . um mais tarde famoso .
outra opç ã de 1595, n
o, q u e reves ti i x: ou em b rc A p lc p ara Ma011a
de c Morga! qu �
.
r a a fo r ma do
p or um� aborda que A nthony D isne y design g�1:ª- º, na vi
a a a u o
A n tónio de 1
gem ao império mai l nd- a a gem empreend1'da por D t tnas ·. '
on
terra), v1s1ve
, J s a bound (orientada p� r d_ a
Vi ria a e
screve r, em 1609 o cél e bre Suc esos
de la s Isl as F t'l"p
que r na expan são par a
.
oc,demal - a as Novas C onqwst . as, n_a ln 1is A.
travessia ' r cerca de dois
meses e me1�
que r n exp . . I do Pacífic o prolon ga -se t0 a
' an sao para n o
.. 0 n enta · egada às Filipinas, Frei. GªbP? . ce ter ficado ª fec
a
vos ternto, n os da A, f n· ca e a' ch
' neI pare
----- .
ii da der a Re lac ion de los Sucesos
Gabriel Quiroga de San Ancolll.o, Breve y V r .88). Ver
el l?.� , berto ferrando (M a' dridt' 19
d e
Anto, 1110
. b, eyno de Camb e·d de 1'-º n ts ' C ambodge
B ro'Década 13 ta1 c oy a y e l Jap , , , 'n.eme nol avec une
IJ
vol - J (L1ºs·boa, 18ocar da H.is·t,ona. da Ind'1a, ed. de, ]>'-·J . de Lu. na pelner, ,' ·c1. ue relation des eve
on u
uguese H1st01y: So u rce and Pro bl ems. (Bo '. i., · Jgo
'1lstr
ill de patn'cio H1da
19 81): 148-162, P'·1r·1'. n v ,
. s res 18 Y,
ai _111, n." 2 (1969),= 118-136 as, ed
. , o c·i
· se
·)d e G , 1o xv111, ver Man· a de Jest,s dos M,ª1-o
oa no secu fil ip in
, Goa Set·ece. ntista:
Lopes, '�llch,crAnt
l\,
,,,, eoni o de Morga Sucesos de,' las Jslas ·
Tradição e Modernidad
e (1750-180 (l.1sb
0)
. oa, 19 9, 6) . W. E. . Retana (Madnd
' · , l 0797)
280 281
. . a pelas ln , dzas'
' e. 1600
. an
Impérios em Concorrência: Hist Manila, Malaca e Mel.zapor.. uma viagem domzmc
órias Conectadas nos Séculos XVI e XVJI
. ato,.
. ra contaré el v.iag e d I en eral Gallmy en
catedral de M�n�.la ?urante . das especula- sus próprios títulos . En la p ntn e ' de 1as Marinas;
ções em contrano, Julga-se qu
algum_ tempo_ . A d�speito - . ª Camboxa don Luis Peredz e qu'e salí de Espaiía
en la s egundo que 111xo
.
e nao tera parnc1pa do na s e x pe d içoes 1a tercera' el que yo h.ice por todo el 111undo, des
e spanholas ao Cambo
ja, permanecendo em Manila du rante dois anos hasta que v olvi a ella.19
e meio, pregand
o aos castelhanos qu
e lá se en contrav��'
estando
intimamente liga do ao círc \çã o .el começa em 1 570 ' no
ulo do governador e à a dmi iSrr o d s .
A história c amb opna de F ei G b n
edescoberta,
dominicanos. Em Fevereiro a a de ser r
de 1598 parte pa ra Malaca, ;e onde tinh
a
k b v
r
m omento em qu e a cida de d A g o c vários
selva durante
a
a intenção de regressar à E a
a
s
a
uma
• , •
s· 1·-ao,_ de21vido a
encontrar Frei
Gabriel, em 1600, prime iro no Ceilão, dep ·l s em a o gad o a renunci.ar ao tron0 pelo s ob e n o do S
� úmulo erania .
d.1sputa sobre o elefante branco, S,lmbolo da sob
ra
Tomé, na costa do C t
oroma nde l (o nde visitou o celebra
de Sao - T,orne, ), tendo dep .
o is a trav es sa do por est�ada a exn
� em.idade . re, nac1O . , en este reino _un elefa,nte
p
sul da península, cheg
ando a C ochim após al guns m_ci.de tes in ehz
f . es Poco antes que e1a [Ap ra111] na c1 . en estas provm , c ias. t·d·io
e!
a
branco c osa rara, d e1.icada' y n un ca acaec1d ngara, !e diese este e!efan te
e
na região de M � Goa,
a dura i. De Co chi
m, pa rece ter conu�u� 0 �ara 1603, . ai rey d e Camboxa, Ap ra111. Lª 11bres , cres 1111·1 ele fante. s
r. ey de 'S1am
on de acabou o1 , Y oso
por tomar um barco da carreira da ln 1. 111 Junto con un ei.,erci. to d,e u.es· c1·en tos 1111 1 h nd10 . con ot ro can pod er
chegan do a L1s . boa , �' nd o de guerra, y aunque el d Camboxa s e de
apos uma v·iagem de cm · co me, s· es e meJO, passa Já elefante [...J.22
fe
pela ilhas Comores,
Ma dagás car, Ascen são e Terce.ira, nos Açores
. ejército, e! de Siam ven c�, io Y se llevó el
na Europa, terá part. . . boa para Espanha' nuI11ª
ido rapi da mente d Lis .o e xí 1.io no Laos, consta
tenta_t�va de influen o
ciar o po deras? conde d� Lem s ( nselhe1ro E nqu a nto Apram s e en con tra n r Pravanc
u l'
e
� �: o m e Hunca
va
de Filipe II) sobre a ,n de n
questão relativ a ao pro1ecto d C boja que seu _primo ( «pnm . o Hermano»)'
p ode rara do
trono e
contexto do que s
ur ge, sem dúvida, a publicação �o s. eu te to et11
x ( o Ram I d s cro, ·c as. am bo.pna s)' se a . a p.resenç
m � ·, h avia u m
a
Nf a q e )�
1604, cuja redacção s e111 alac , governara tiranicamente. Fica-se a sab er õ
elaç es existe �
nte
a
e iniciara em Manila pro ssegum
u
, ?º á que de vi'dO as r
Embora tivesse a in
tenção de regressar às Filipina s, e prov vel da d orninicana no Cam bop, · 11e'ssa a lt r ' com fre1
o
s sacerdotes'
a
n
u
nao o te nha co ns ·
- vi entre os seus so beranos e M alaca. Algu p arte d0
eguido'· n a v erda de, a pa rtir · d,e 1604, s ua f z ª · Orta, faziam
23
A Breve y Verdadera s de
e m ti s d o a · le d'a res, les sou,. ·c·es po'rtu·oaaises et espagno1'et o pouco f'i_ a·v,el em1 termonc
-
Relación está d 1v1 .. 'd'd
1 ª . as,
.
precedI da de uma b .ten
o.u XVJ" siec
n t mU I ge n · s ibé
rev e exo rta ção d'mg III, ·con f' and0 1 em
to de Frei G abn.el e,. ev'd eínnttese base' ada _em s 1nd1
, fonteVI' . du
p
· 1'da a Flipe 21 O
datas e derela S..ie, cle, au Début
e e e
terceir· a parte u m epílo isti 1c . P ra u m a s
Veja-se Maanos · dos. . f
1
go em quatro pequena s se'cço es, JL ca de rema
_
du X
e defenden do a con . resen otlge J,e la ·m
a
. c1. o, n, y cla .
EI ordem, d1s. t1n . c oria, 1 is,
nd ad, rea lzan la , ·da
ve1.; d de la 111s dividi cds·., --r,
, ne Portu
as.
fiy. 113-128, m . t, am et du Campa- (Pa r ·
p orque se vea y enciend . . cracan l a of11 -r"Ves Mangui guese an d the Paci ic, u V1·et-n
a
en tres panes; 1as pane mejor la que en esta Relac 1on se rígrafo5 e
d
n, Les Portugais· sur l es côt es
s en capítulos y 1os cap1•.tu 1 0 s en Pª '
2 83
282
00
.nic. ana pelas Índias' c. 16
i
. gem dom
Manila ' Malaca e Mel.iapor.. u ta de
ma via
.u refug1. ar-se na cos do
seg u i en
uiz con da frota, t o
VIl
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e X
do Cambo ja por terra. Blas .R ekong com o resto ta, O nov
g ou ' Ás
ia). De Champa, subindo dep · n o M
e g n d o cons
a partir da década de quand essa Ordem che a . de Veloso. S f ecendo-lhes _os
cado sob
ª chegado a, corte p ouco depois . o com ambos, O e colaboraçao.
O
facto, segundo o nosso autor, Apram Langara fora edu .SU· ano»,
1570, o o is u
1s a .
n re1 terá firmado um compr . . ·1s em uoca dª u rado· O rei
. m
r
· flu e� nc1a
m · d'irecta destes sacerd otes e «deseo, ser muy C te urna vi n c 1 . q u e b
s·id�
s
c
o
em na . r ,
Para a1ém desta presença re11g1osa, havia
d'iv1'duos te n do dep ois a,çoe.i,ro contra eles
a
. . . . . p '
' s1gmf 1cat1va, representada p. or in 1sbo a, pacto durou algum te aque tr
o
de OBuncar Prabantul es t
a dos,
decidi·
repa -
. natural . . · d
ª le r t r,
e um espanhol chamado Blas Ru1z, «casado em Li'ma, , os, tend° Sl a mata Y P er·t e
a
mas os 1benc
a
so q u ri
ns, Velo ue e\ re
y 1 os o su m u
a
la Calzada, junto a Ciudad R eal»; de entre estes home , tem. end . endo hecho
O
ª . s· til l as de q e tia
e
lenidad e p or ;./
lo qu e debían, com o ue 1c1. 0 de cap1tanes n.ian con nota e nen la
r
g m s �
rios espanhol e po rt uês, celebrada c
F�,y
a boja
e' f'
[de Espanha] nas Cortes de Tomar, em regiões como . corno a la casa de\ rey. H ac1,a11 o'lndo el orden que tgeuardas que estaba' n he y
u o o
Blas Ruiz, f ormavam, no princípio de 1590, uma comuillda s deci pueme de u n de los n os, fuerzo c orn o s1 f braron puertas, o, con
e a
��o
S�gundo Frei Ga�riel, o rei de Can�boja tinha mais ou m para o le acometieron con t anto essa\taron torr .
es, que
y vase2,e\ rey,
huy end
i a
d1do t ornar-se cns tão e mandar vir sacerdo tes de Man ta mu ros, dernbaron . p d s
ray o s d
e c1 l
te. Nes hombr es, y nadaban hech'os bala y quit. o, le la v1'
da.
efeito, quando a guerra com o Sião eclodiu inesper adamen 0 Sião
a re e e 0·
l t
por terra; enquanto Ruiz, Carneiro , e um tal Francisco s . de co n almen
te
ar G
�u�tirn o .1n ent o, e dep oi_s ·1adO no Laos, f'.n arte111
também feitos prisioneiros, foram levados de barco . Os tre� s la' no
s u
d ti
barco siamês. A sua aportagem co lectiva em Manila data de 01 ter c n
m
;,e a n d u e
de Junho de 1595, época em que Frei Gabriel afirma tam recebido bem a ambos, r�goz1J ressar, vendo q 26 Para reclam,ar
o m
re g atu ral ».
estado presente. 24 anil
a seu tirânico primo, dec·id1ndo r ey n, a ' u sa
°nd agor.a
s de :M 1 g ' ti ,{ n ' l
O texto relata em seguida as duas expedições en v a da ei solo y deseoso de gozar a su e emba1- xada a -.,1v� ente' esta en1ba1-
n )(uár
m o
rente
m
i i
. uma vez u ma
a
ao Camboja, a primeira das quais so b o co man d o de Jua .o de Joh or. APª ersa- 0 do mon. a�. os
i
Gallinato, com Ruiz, Veloso, Carneiro e vários tr i�? beiro com o seu em1ss conv ,
.is a hip ótese da na_ o so aos d00
tães. A fro ta de Gallinato, supostamente organizada com_
o o
re i /
; brie . q u e 1· Dtere m relato
emprestado por particulares graças à intercessã d F t rdo .
cn· st1a111smo, um pro) · c· to 9. Para uqua
ssava
, 5 ' ta'
fez-se ao mar em Manila a 19 de Janeiro de 1596, levand0 1ários . ,o de Vi. vera, Relarnbog
. .. . 8- 71' o l odana
e
e , 6
o e
d , ·1 r elat20 de
ª o w n e s
rce1
c
.
cerca de cento e vmte espanho,.1s e, pelo menos, vmte m e de no
.
_ ; Gabriel de San_ Anton
io eJ��d:�, Histoire t C:de 15?6· �M;� a de
e 3 de, a i d
111 ais equilibrado, veia-se M ak J 1 e 1 nt o ni o
japo neses, tendo sido apanhada por uma vio lenta te�1 P �: tang),
2
. A
. o �taque e a mort e de Ram I entreuma carta ao Dr. (Cau
111 ara' rnaraja aVnholas,
e ª
mar do Sul da China. Gallinato rumo u então para Bmtao } ava ao r p é de Bla s 1 Z u 1Z- , n 3 3 1 4 4 V n , as p
Primei a essoa o 1 - . raja I esp
no estreito de Singapura, enquanto a nau de Veloso nau �� co rte
r Julho de 1598, in Morga, Sucesos�-o, cerá sido Para�a, ,81-91. As fontresL,-ingara, que
·.
ea n a g e. .. u n c a
largo da costa cambojana, obrigando-o a fazer a viagem at
26 D
e facto, o rei. rcs, ta, ura' do. u
d
d . Carn·bo essor d,e P ra
Banã Tan')·, Mak Phoeun, Histot·rnce ar, filho e succ
. nt,amente como Morga, chamam- lhe " Prau
,-4 Ver amda
· Morga, Sucesus... , 88-92, onde se refere que ·
B las. Ru. iz',iu n 1 prin1eir
·o morreu no Laos».
· a nil a c
com Panralião Carneiro e António Machado tinham chegado a M
lugar, em 1594.
2 85
284
, d' 0
zmcana pelas ln zas, e. 160
. .
Impérios em Concorrência: História Manila, Malaca e Melzapor.
s Conectadas nos Séculos XVI e XVII . . uma viagem dom
ais centro s
Filipin31s, mas também a o seu
governador, Francisc · o Tello de As1a portugu es a.-1 8 Se G ª e Malaca e ram o s Princip E
. · i·s, a parti·r dos qua1?s era con duzida a pohuca d stado da
nas
, •
em
a
. dª de' ao escrever
A •
o « as
Veloso y Ruiz tentaram
então intervir, chegando ao 1 oc,-ai coJ11 O sacerdote francis· cano F-rei. Anto' nio da Pie oJ·an o
a aprovaçao do rei· M ros: 1 598, insisti p p o' sito do
sob erano camb
- as tam6 ,em e1 es senam rapi·damente mor s a, por exempl ão esta, bem com
«[ ...] todo s juntos .aco ·
Apram (ou Prauncar, co m� lhe chamava): «El -re·i ºa er. Por agora
r o
pr ce d
Ruiz, y a la gente que ven
ía com ellos, y a todos los acabaron \ e ufl os castelha
n em lhe saus� az seu mo do de » Mais a dian
te ,
punto ». Outra nau env . - º ula r c om el es.
iada pou co depoi.s de Ma ·1a, so6 o comando nao tem outro reme'd10 . senao d .
is si· m
u e «n 0 pre sen
os n
. teria um destino
igu almente infeli.z: .11 a , . ° ana e outro s a
de su 6 r o n.o Mek ong tFemos um Ig r ep cast eIh
e
a io s g ue m a
1 devid . o aos ventos e às corrente,5 con1n_\ cisma, poi.s a1 guns s
o 6 ar e� aporta
· (Ay uthia), onde o p 1· t sen.a morto P0rtugues a» 30
e
n·a_ em Odiá
n uma nx a e o capitão �� .
mortalmente ferido. Este episod�w explica que
a segunda parte do rel
ato de Frei G a briel termine com u�11 00ra er « Da viºd or Go 11a. ' th? Ph1lip,
..
. a1 yu ma s,
·
n a p e rmi. te-n os
pnnc· i·p ais· ten so es e co d i. sc ernir e espanhóis. rte
fia . la Embajada ueÍ i:1�:no
- ntm · g e n c1a· s em fºmais o X VI ' u d P i d. Manu
de
d o se' cul 19 Cf. Comentarias de D. Gar ., de Silva y Ftg
o
· g y Xá Abas e ers a, c
er q
� u�
R
vraria,
l
.
de! R.ey de zo a e
)' Sanz, 2 vo ls.aiia Don Felip usc rttoS da Li 1599
Esp
adrid, 1903-1905). n
e Ili
(M M
h--
2 7 Gab Jo . . . mbo, Li sb oa , de
rie• l de San A rido do, To de Janeiro
cm meados de 1599. morno, Relacwnes... , 76. Esces . .n·1 ccr ocor
evcmos devc 11•o 110A9,rqflsu1vo Nac,ona 1/...1oi-re '..
da' Pie. d ade ' dacad-:, de 2
,
..
287
286
' .a: Histórias Conectadas nos 5,eculos XVI e XVII
as Índias, e. 1600
Imperzos
' em Concorrenci Manila' Mªlaca e Me1.zapor: uma viagem dominicana pel
às já exist�ntes:
o
10 sus queJ· as contra mi . as ,
· , Y me cu1pa ban, dicienda que ha 1ª b' curi
o
está en G :
traba1· os pase , en este t1. empo, pti , n os de
recha, qu�
oa
Frei Gabn. el aca 6ou es era so1O Y extranjero [ ...] » . Ro ;ª/ l os d e dos p:i meros de l m abn el decide
Apóstolo, Frei G
a
p or não c onsegu·ir sa1 ar a vida do ouvi·dor,
a
n ti pel o
que foi mono pe1os v P sar do fascímo q nder uma viagem
n· o erman ecer ali muito tempo, e resolve e. m. pree
a
. s de
se
«casados » quando
ue
near
Madure»' com um grande se,qui· to, por el cuerpo, y sólo podía me
.
servidores de Pedro D 1a
' na sua mai oria constituído pelos ��s. pie�, Y una cadena que me cefíía
z.. izqu1erdo.37
. .
Esta viagem vai· permit ir a Frei· Gabnel escrever uma séri e de
capnu , l os sobre a vida dos «nat u (em que a
.
COnJ unto de topai que conhecem
ra1es» da região, abo rdando ur 11 D e�ois de permanecer neste estado durante cinco dias
ú i_ca J u lmana que, segundo
<
maltrateados...36
rei· G ab nel co
in 0 os seus c ompanheir os sen a.. , un eros heresiarcas o algunos discípulos suy
rn1· sn10 nomb ·
r e».39
b ro de 1600
, precisa-
Trataron muY ma l Fre·1 Gab n· el chega a C ochnn · em D zem
anha:
e
- s y a los criados' y a mí en ires de Sal�
par. tic, u ]ar, me dieron a hmis. bco
· mpanero 111en te n o n v vi ce-rei, A
. muc os o f etone·s, muc] as coces, y much os palos· a mesma altur a em que o vice-rei
o
companhar.
o
H 1c1eronme derramar 111 h Pªrti_a .
1 . ' q ue desse porto rum o a Goa. Pode ass·nn a edida
- d,e con e.stº ma, s uc a sangre po.1 1 a 6oc. a, y f ue D1os servid.o, º
que ate�,a capit 1601, onde lh e f o i co
•
nc
nmgun , de t.ies me · 6ueno, sm tener wdo este nemP
acc1'deme de h' pon.zo _ ses - ,] u _ a l do Estado em princípios de p n n anenci· a de
· --taron a 1111s compafieros, · e s na resid'en te a
São Tomé. Duran
ua e
de1 otro<' y a m1, de n a· Ap,li c ·a
s
todos, desnundá'ronme, ec 1,aronme unos g n11 ° eerca i no C olégio de a qu l p s sa rap1'dam
ente no seu
1 de dois anos em Goa' sob e a a
de tudo
· rc nStanc·iad0
r
texto
' Frei· G abnel . diz ter feito u m relato ci u
35 Sob
. re .a 11·
· l1x· Lr'csival1· dad·e entrc f'"e'rn·.·1ndes e N O 61·11,· ver fncs G Zupanov, «Le rcp1 e
du re11g1e' · miss- · lc-entre la t· héologic chrén· cn ;
et une c;th'1que ··1cnncion, aircs J·,;slI� I tes mJ 17c s1cc
. dera
J6 Para ,. 1t1es, ver» Annal es l- !SS �
, -, ovem bro-Dezcmbro (19%): 1..201-d102de. �
38 G· . d· · , Rel.auo· nes... , 112
e San AntoI110
C. R. B oxer e ( ,
- .. .- de Vasconcelos, André J,ttrta 0 br
39 c\ icl de San Antonio, Relac
iones... , l 15.
Mendonfa ( l 558-J6J 1\
Q/ (ren. npressão, Lis:6or,iz,l0
-
a, 1989), l :' cd. de l 955. ,l ncl de San Antonio, Relaciones... , l l 7.
290 291
Índias, e. 1600
d 0minicana pelas
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII Manila, Malaca e Meliapor: uma . viagem
d , u rn a cert a
. d p or outro la o
que l�e- h�via ,ªc�ntecido em M ala ca e, em es pecial, relativarnente da expansão ulter io. r, e manifeSta n o
o abo rdar. a
lgumas
l� C' ontudo, a
M ª pn� do a�s
o
ao seu mimigo mumo, Frei Bernardo de Lemos. To davia, e rn luga
r .
desco�fiança e desprezo po r ca
co rnércio
O
a
5iec l � de de -pi-
de p�rtir para Esp anha p ara impulsio nar o pro jecto do C a rn boj� , questoes candentes desse fin de ' on uista es
s
rn p i·1as à «rec q
. tos de conquista, da guerra com estoes
proiec . ua-se no cerne das qu tre
a
contmua à espera do seu companheiro , Frei Die go de Aduarte, cuia
o s
com outros espanhóis, como Pablo G arrucho e Pedro Sevil, que portuguesa' em fina is do século xvi. re ss ara rn à
Europa com
seus companhe iro s mai. s flexi,vei· s, q e r eg . .
dominic an0
do o autor
u
adv o ga� a caus_a de uma nov a expedição t e .
r
visando a conquista f0rtu nas a cumuladas , tudo o que o n osso Europa foi. o «veneno
a us »
Camboi a a partir de M anila. S egundo parece, o conde de Le os rn ,
resso
· gem de reg
40
trouxe consigo na sua via
a
acabo u po_r co nco rda r em mandar uma f o rç d
a e qua trocentos ho
rnens
para Ma�ila, embora continuass,e pendente a autorização real par a do Oriente .
prosse�mrem _ com a operação, E, pois, neste contexto , que o te:x:_to
de Frei G a bnel é concluíd
o e em seguida publica do em Valhadol
id.
O �exto acaba c_o mo começ a, com o C amboja e a necessidade de
conqmsta . Para tal mvoca razões de ordem moral co mo o co rnporta
'
mento dos reis de luga res como a C o chinchina Sião e Cha rn pa, e
conversão de almas res ga tadas aos ho landeses 4/e de ordem rn aterial,
ª
'
como os benefícios em « oro , plata, pedr aría plo mo estano , cobre,
' '
seda, ªlgodo ' n, mci
· · enso, etc.». A i·sto a cresce um último ponto:
dida,
�I terce'.o es poder ?cupar, y dar de come r a toda la gente per sta
baldi a, y ociosa' de Mexico' y dei peru, , y de p·1·
1 1pmas, que so b
. 1a esta a
· ce,
y sobra, sm_· I levar otra gente Espana. El dano que esta gente ha s
ª �ºnde qui�ra que vive, Y losdemales que se debe temer que hag � a , e
bastante razon para hace .
. a, y es
. . r esta, jornada, pues. a rias es Just c1e r to
que la, nueva de e ste vtaJ e, Y 1a esperanza que nenen· es u e
de hacerle, q
ah ora sustenta y cons. erva en paz, a estos horn
bres.42
s e,
N o co ntexto d a união das C o r oas , Frei G a briel m anteve- o
tr
po is , es panho l, preferindo ver M anila co mo o verdad eiro cen
4º Anto(ne Cabaton, «Le Mémoria( de Pedro Scvil à Philippe III sur la_conquêt�
, 1 , 1 n o hme (l 603)», Bulletm 4
�� � de la Commission archéologique de l'Indochme (191
9 1 6 ) . l� 102.
41
Neste contexto, veia•· -s,e, am· da, o proi· · Achétil,
. J?rge. M. dos Santos Alves e Pierre-Yvcsecto paralelo de coniro
m q uista de ousas 'lo
Mangui n O «Rote das C
Ach em» de D. joão Ribeiro G aw.
. . · . um Olhar PortHgues: sobre o Norte d,e Sa"'1 " atra
em Finais do Século XVI (Lisboa 1997)
. 0 rI. ª 1
ncl de San
4'- G ab. , Antonio' Relacio ' nes .. , 1?7·
- , comparar ,l
C· b ·,lton, « Le Mém
de Pedro Sev1 .1 », 17-18. .
29 3
292
-·� --
Capítulo 10
Introdu çao
. ·
decadas tem pnv11 e-
. A historiogr af" da e, poca moderna das u'lu. mas ' ação
giado O te idade pessoal, em rel
ma da e mergência de noções d, e ·ident · · · .
« ind1v1'duo» em
directa · ctonas da 1deia de
com as teon· as sobre as tr aJe desta questão
cu1 turas d'ive
s I mp r di z er q u e alguns aspectos época
m, ecim;nto da
o ta
foram
. , d'i scuudos em reflexões sobre o autoconh q ue
llled ie�:l _ re ), permitindo argumentar, mclus1ve ,
a e anter to s
a desc Ob (ou i envol vime
t o s
u m dos des
n
rta d o indiv ídu o ri h a s i do
os 10_50
culturais e enrre os an
n
ma·is i· m port antes da E uro pa ocidental uva
e 1200.2 ir de urna perspec
Este tema rambém fo i abo rdado a parr onduziu ,
hastant uo , o q ue c
e d'ilerente , o da singularida de do indivíd um
Por s ua dupJo», do qua1
vez, ao tem a do «impostor» ou do «
n1agn'1 f ilme Kagemusha,
' O exemplo pode ser en co n trado no f
IC
uem agrade ç
o
� . c Jorg e Fl ores, a q
Est c ri
a , n1 s•ºe ca, p1.tu 1 O fo1 redigi do em co- au o a om
Impérios em Concor
rência: Histór ias Conectadas nos , d'ia (1629-1640)
Séculos XVI e XVII do dafn
A lenda do sultão B ulaqi. e o Esta
realiz ado por Abr . ,
a K urosawa na dé casos semeI_hantes m exe l bem conhec1"do é o de Sha� S buJ_ª,
• •
a na
f. -
f orense, ehatt
e q. ee e o um du plo idêntico, (o u a ela) se
ass melh
o. �ur:,a
num a 1 o n - . utr"os sublinharam que o mesmo se m s creve . que a ente, um
g é m
ga trad.rçao que ou é um total estr.anho, ou, alternau·va' m1
e l e e
que,
chamado 7falso rn d rana. Um e
xempl o antenor · n ota, vel
é o
to r, u0 fals
o pretenden. te
Pratap chand,, outra variante, o «d uplo» ,e u m i m p o log ra
ma elo contra, no,
s
das propriedade 0 qual se refe ou ,
s de zamrnda reªº'." candid: :JJ(.' ou acaba de smascar ado por aqtJilo q u é ' P popu 1aça-o
res em Be ngala do 1rnc10 . :i: perante uma
e
e0ntudo, se recuarm
os até aos sécu . · do se : .tn1por com sucesso a sua falsa r iv in d'i ca ç ão
os
, enconn.a m
e
los xvr e xvn, Jª
ci·e'do 1a. . t em as 1·ite
ano
r·' . s popu-
'Cf. D o,id Dc on g m a
A primeira destas correntes deu 1exandre
--::-----
sscc, volvi'do por A erro.
e
Michel Foucaulr Th, Samu ,a; mm, of Akim Kum 1 ar e s, c omo o do g,en1eo de Luís XIV, d es en
;awa (Ann Mbo; Máscara de. F
·
r J983)
Neal Mille,, cd, 'i d
omem da
4
., Tw,nú,rh- D - H
, «Whar fs
124-142; pa" C,mury Lit"
an A
Dumas (ou pelos seu s e, es) e m O bruçar sob re
� � nte, apesar de se não de
urhor?» in Vassilis
ary rbcory (A
Lambropoulos
d,sco ssõc, am lbony, No l
, J987):
C,eauv,ty and cc; oco,, "'
Duph_ Anthony G"ft n o ,a o "l'j•c,iti>' ma versão 1.itera, n·a mais 1ece uplicado do �scritor
The Order of Boo wy m We;c,n, Scholanhip o , F ,gm
ª� lJ H o m em D
(P,;nmon, 1990); Ch•"'"' u111 duplo real, é o livr . o . titulado O al , o fazer
do seu
and eightecnth
Jaurteea
th agO' O qu
ks: Readers, au
ffntu á m J é Sa a m
e;, ttad. Ly ; 'Rºg'.f/Jt premiado c om o r,emio No6e Jo ' �a Pºssibi-
thors, and /ib,·a i
d , Cochmnc . � um
111 da mais
r es in n r
ª
Europe betwee s
(Stanfo,d, 1994), 25-60. P . acr s cen a
Hotory of lndian «herói» um p rofessor de 8 Istória,
. 5 Pa rrha_,
en , ge,,gal
(Cambridge, 1993). McLane, L and and Lo:al King ip i ------.
-_- . Cha .· , A Prince)
sh n L'i ghteenth-C tUIJ 7
Ver a d1scussao, m tte!Jee,
2 97
296
ia (1629-1640)
A lenda do sultão Bulaqi· e
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos 0 Estado da Índ
Séculos XVI e XVII
1537)
lidade.8 No vasto domínio da subliteratura pó -Dumas, temos século xvr. Neste contexto, a v'd i ªdo sultão
Bahadur (r. 1526-
f ::xº r
segue um padrão fam1·1i· ar. Esereve Couto..
de Anthony Hope, O Prisioneiro de lenda,
de finais do sécu O
s
a seu p ar os '
e e
que se prolongou mesmo depois s parece mais· certo) que P0r d esep
er
von
pessoas reclamando ser Alexei ou s a que estava afe içoa?o , p ad�_çe qu; m ostrava ma ndes_se pay que lhe
Anastasia, ou até out ros mernro po q � nc ma
da família dos czar es que teriam a ou porque fosse avisado 1stO esse ��dustão aç!tos
sobrevivido à execução e� �a:s ' e foi ss e p or
e
p ,
e
ar, e ass.1 a
u
, . . 1 . -
vano s ata ques e revo1tas .
mais ou menos mconsequentes co. rn 10 ino o irmao
e soçed o
' eçeo o pay,pou co, e deixou o remo ao
s
do as.
e ·
uro
O que to rna o caso de Warbec .
k p articularmente mte · ressan te Pª
r a que o pay desepva . de o dar, qu e d ubemos os. nomes. Correnr, que
outro .irmão mais · moç o, a' q,ue na· o so odofa1,. chegara-o ao Bado ndar
u
ionais · a.is
com uma v10 . 1ema repressão do , eno para o rei de Mand ou, e se Ihe d escobria ped'nJdo, nenhuma cousa mdo
o a
através
do auxílio da ramha de h,w
_
11 J
ean Aubm, «D. João II ec _ J'A fa
vol. 11: Recherches rnr le Portugal de Henry Vfl ' ln Aubin ' le. latm et et /es rela-
st r o . c r. 1'
uz (Lisboa,
la Renaissance, son expanswn en A si·,e
'rt C. f:. ,A August, . a Lu. na Cr
tions internationales (Paris, 200 ..
' • ed . JVl,
0), 83-92.
12
Ver Rogcr M. Savory, «A c u ri . r
Boswonh, ed.. lran mui lslam: ln o u s epi sode in Safovi_d h,
5 ro y
Memury o/ _ the Late Vladumr Mmo ;; (
� Edin1•
�
1999), ·1ogo do Couto, Deca
ii
D a da As1a, .
. d:a Quart.
b urgo, 1971), 461-473. ss.
299
298
1640)
i· e o Est ado da Índia (1629-
, · s eonecta das nos S'·
.
Jmpérws em Concorren
, cza:
· H.zstorza ecu losXVIeXVII A lenda do sultão Bulaq
16 É bem claro
. «foJ cló nco».
•
«co mo era mao, cruel, e fraco», não perde tempo e m tacar aqueles conferir à su a crómca � m roque p p la , n-
te da Índia de p ,n
u r
o no Nor
o
. t di çã m
que antes o havia m aj udado. As origens d u ª rra- qu e no sécu lo xvr P·, exisu . "
mar direit
os u
e ma parte d eSta n a o de recla .
um a ra
ã
a
ç
a
. . cipes que vagueavam 11 0 exi,110, m sit mo
�
tiva, na qua l B ahadu r vagueia em ex1'l10, p e . , ser encontradas tensivamente co
· ua
od m }ª os
e
dado trono, contanto que se apr ese n t ss em nao
nu m texto anónimo portu gu
ês do s meados da decada de 1530' que . ou fals os, esse
a
e ve rdadeiros su me
descreve o modo co mo «o dito B ador s mdo ª «calandares». Se e stes h roens ° cr.oDI·sra as
e fe z cal a mdar amd o que o
ra m
t da d
desca lço e vestido de peles». 14 e, um proble ma que preocup , e .Co É' ue sucede tanto no caso do
u o
. q
C outo, a que m e ste te ma a gradava mam ·f
e sta mente, u sa-o s
ubse- genericamente que eram ªutenucos. O relanv· amente
ao
. de B lobo. Mas'
quentemente de for ma mais . . .
ou meno s m d"1scnm mada na sua cronic . , a sultão B ahadur como no ep1s . o,d10· mai·s complexo
a
. . n ra m e b em
, . góis, caso que analis uida, O pa ten de.ntes
F a-lo, por exe mp1o, a propo, s1to de are m o s ein se g la on de pre
o a ,
u m a ntepassado do s mo , a qu e
que e le próprio parece ter invent . dos e condu z-no s a u m a a .nante di v s políuca.
ado . Na sua perspecnva, um ém ma arena
er a
. m na es
filho s de Timur, cha mado 'Umar
Shaikh («H ao marxac» ), ramb «falsos» e «verdadeiros»v se movi· menta
111
.
tivera u m a carrei.ra s1m.
1 ·1ar. C outo nota co mo «H ao m arxac, que
algu ns no meão po r B
. ,
a lobo , que era mo ço [...] fi cou se m n ada
por que os outro s dous ir mão s lanç o. qi
arão mão de tu do o qu e Od erã » A tradição mogol e caso de Bula
P
O
Perante estas cir cunstâncias, o ine . eira fase da
vitável aconteceu : m
i . m.to contestada n a lp n2 Depois da
Este H aomar�ac, ou Balobo, vendos i-mi. nou serv r A su ce ssão mo g oJ foi 5 0·
a Mafamede, e samdose dos estados quee des�erdad-�' dete em traj?s ?e n o s n os ª.
m
dinastia que se e sta�eleceu Í n di m a d B b ur
ª .
forao de seu pa :; Z ahir-ud-D1? M f ham
a
ca landar ( que he peregrin
o) foi caminhando pe_r a as payr:ít. da rndta, tnone do pr imeiro imperad ' ucessão, ob_n
e atr avessou todo o Industan, e foi se s a fi o Pe a s
parar no remo de D ' don de (r. 1526-1530 ), o s seu s filhos lutaram a n o
manente co
nflito
deixou ficar. 15 u n, a um per cuja
y
gan do o herdeiro des1g· �a , H um a
p e c · J nente K 'amran,
ia
c om os seu s ir mão s H m dª' � 'Askari, e
es
g rou pôr
termo a
y u n' lo
C outo descreve de seguida o
modo co mo ele se t�rn o opul
ar base de operaçoes era C abu l. Por f"Im, H um omento exa
cto
a
- a r m os ao m
entre o s outro s «calan
dares», g raça s à «fa ma de sua vida_ � �e ligião, esta ameaça ceg ando K am ran. Mas, se re c u
f acto foi
. manuºd. o
tamos qt 1e
que era e spanto sa». Depo is, . r, con sta . a agitaça� o soCial
transfor mou e ste s se guid�r�s n ufll
o
do desaparec,m ento de Bab u e vi tar
d a . teressante
exército não despicien
do e acabou po r atacar e matar O rei _ e Deli, e111 segredo durante a 1gu m te mpo de m o o
rn m ui ·to m
. . . U a pass a g e se�uer
to man do e1 e pro, pno o po
der, for mand o u m rem .
o co ns1d
erável, P ro, pna desses momentos c ,nt1cos. m , r e ve la que n em ,
g raça s a u ma série de con quist
a s. C outo acresce nta que eSte Bal
obo, do Hurnâyún Nâma, de Gu l-Badan Be g Ao inves, di. sse-
a m
pe a d o r e
«que se intitu l ou rey do s M .
a g o res», fund ara o podeno mog oi
' 11 a se admitiu pu bli.camente a morte do i.m dec1_-dI.ndo renunciar
r
1 x e , d e
Ín dia e era avô de B a bur, qu e �s. e ao povo que Babu r se torn ara derv , .11 A quando da mort .
e e
viria a reinar no sécul o xvr. .
ea . . lhe suceder _ herdeiro
Mas a manife sta inexactidão
do relato de C outo, que con f nd Partir, no meara Hum ayun para t o d if" erente. O
oi. ui 05) mas
história mo go l co m a do so bera L� nte
n o afegão Bahlu l Lodi (seg ura e !"lUmayun em 1556, 0 an orama n,ão f A kbar (r.· 1556-16 '
t..t m
o «B a l o bo » d o seu r
elato ) não co nstitui pro pri a mente O n osso desi.g n ado e ra J a 1a1 -udP-Dm . Muham m
ad
1
. d d o a B a hqulu i
. r essa r eter é que o refe .do te ma era cornun1
o bJ ecto . O que mte
B ali u », 0 nome
ªe- ush ta
n -- --- m o re(ato d/ah'Mushcaq i, ;, 1·'at-d Co nditio�s
e be m difundido à época, tendo aa ir, Compar ar es te do cu1:1ent co
C outo dele feito uso de for111
M,
cl ln kh R.iz qu 1 �J{,
lod i, n a n arr a tiva q uinhcnnsra _ e S i nna_ tio n o n Deh,. i ;993) J-15; pdaar 1a
an
of l
the
� e nfd� Nova
. Rizq Ullah MushtaqUl':· A S<J Hu sain s1·J 1 q.lllW(âqi'âH. Mus?I ta'q1', e' ds.
Iqn
0,ts rc
1 hazkh
. S u bra I1ma nyam, «
S a nJay . · a do crhal Jndia, rrad. [q n?ar ,
1_ s1 i·1g a e a C rónr1c, l 01-es.'
, ca elos [>'-eis. el e n·.
A C roni ·1 h R1zq u ila' h Mu
hca q
. sR ampur 2002), 3-16·.Bcve ridge, re1mpr.
zn. Pre-Mu
ª Versão orº ig ina l, ve r Sh
ii
15
301
300
-.-,- .........
e Mir M unsh1� e 111 frente. Tiod· Kh ushhal Beg man. teve-se prox1m na� apenas por causa do comportamento
o res sobre príncip
ten am sido dem asiado crédul os f ace a rum
e es
os. os sul t- oes,
. os su bd .
1to s
co111um dO povo chegaram i . os mirzas, , es of ici ais
sões. Alguns dest
0
d o
e
' rn
rio e Oraram por e1e. o,. v ra111 o 1mpe �ad. or a parnr· da margee urn reb_el des, d a ret irando a s suas con clu e b arbas
F tocada uma musica alegre, ofereceu-s í uas «cabeças
mamo de horn.a ao médi co, dor se senam humilh ados publicamente, com as s os em burros
,
encomrava de b oa saúde.1s sendO-Ihe assegurado que o impera rapadas [ ...], cobertos com r o p ulher, sentad
so aos
p ara servir de _avi
u a de m
M haTcksto11 1999) , 1 2- ,
0
origina l, ve·a�se'Scy ,: d, Ali Reis, Mir'âta/;;te 10�t (J ans, 1 999), 90 9 mic (Ancara, k ova Dej'1,
2002)· 1 04-140,
1999), 120-1121 rnaltk, cd. Mchmct Kire H ab t·b ( N
!-f
·
lSt01y cssays
·
r;.. presented to hfan
303
302
Impérios em Concorrência: His ado da Índia (1629-1640)
tórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII A lenda do sultão B ulaqi e o Est
sentido de libertar Dawarde Shahjahan, conspirou com Ira?�t Khd� �� large an by the
d
ri
of the Tzmu rid sov ereigns o.f �72 $ from 1500 toª ou1 m persa, ver Nar·,b s,msom
a, 112 biog,ap
. ,án.o m
com1ss h n;:wa z Khan, Ma'a ir a
s se 1 u e
in Ern estina Carreira, ed., the h i sco ry o f Gujarat in rh e early moder;P\,riod», "",.
1v11rz
a Ashraf. 'Ali,. vo1s. 1 e 11 (C a lc utá, 1888-. contei 18 9 , von .drary account o j h n gir,
sur !e Cujarat (Moy en nc lt &,
a
Sources européenn es
Océan f ndien, 10 ) (Par is, 199 Kh"'ªJª. Kamgar Husa1�1 . , · , . A p
8), 141-151 jl45j. . . Ma, 'as1 H jahangm :
cd. Azra Alavi (Bombaim , , 1 J78)
304 305
29-1640)
ado da Índia (16
Bulaqi· e 0 E st
A lenda do sultão
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e
XVII
di. ao l ongo .
de todo o ano
han Jah a n L 1632.31
ataques s uc essi.vos contra K an eiro de .
o
r e m J
shang), apturado
e m pe -
de dois filhos do príncipe Daniyal (Tahmurs e Hu de 1630. Este ac aba por ser c l de que o im ·
o to
e ainda c l aro si.na
D ec a_ o , m da provi, cia, n
irmão de Jahangir.28 v ern ador
u
A pres e nça da corte no
e
• ui• um t g o ·- o.
Em todo o c a so, mesmo a tradição o ficial mogol at
nb d.irectamen l tanatos da re n
gia
rador pretendia acompanhar
e O
rece, b m is s ã o dos su K h
. f e1·i z Bu1aqi.. S egundo pa o de su acolhe ra
ce rto s angue -fn.o e humor n egro ao m M ahabat K han, no Process ar, que
a
m d g a-
dens dt . e.!fa c ampanha cont
ra Ah
o ao f or
te de D au
l
Khurram e nviara um c erto Riza Bahadur a Lahore , com or
a n a
Urn a pnm c c
que « este deveria limpar o mundo da c ontaminação c ausa P s .
da _ e ª Jahan, de senrol a-s e ate, 1633,
culmin ando
n o
tin
er
çã o forma
l da dinastia
d ex e tl· car,,
os
d.istu'rb10 » a além
e xistência d e príncipe s re be lde s que eram a f o nt e d e tabad. Em 1635-1636, e /ar a «d o; �
a
j h n l g r ã
a n agar ,
Shah a o
s e ent o a
ec�m e
a
O rel ato continua da s eguinte m an eira : izam Sh hi d A h m r c h
N e
onda . A
mbos o n
leitura
sultan atos de Bl)..apur e G olc
e
uto e na
a
t d um trib
. . 1 - Bulaqií- pagame que excluem
e
Dizem que o sultão Dawar Bakhs h conhecido como su ta� hegemonia mogol, expre ss a n an , ao m esmo tempo
n o
l
- a quem Asaf Khan colocara no trono por alguns dias por_ raz? _ P1 l�áo e Shah� iah
da khut- ba e m nome d .
es
ricas - estava a jogar xadre z (shatranj mf bâkht) com o seu irmao � gar
. eram
qu alque r mençao _ aos i·mãs
xutas·
.
d e S h ªhiahan estiv
Gurshasp. Quando ou�iu o b�rulho que �iza Baha?1:r fe:- ao ; u é
g
i, m ·
l f os anos
do reina d o
t b e ve s u , mula pode
colocou a sua peça e dis se ao irmão: «A V1rtude (Ri�a) nao c� [Asaf Todavia . , os pn · s
eares quant quais avulta
e e a r
ty un der AHist01Y o
Jahangirnama... , 460.
812.' teJ(tO Af.za1 J-Iusain, 1he N o i �- Rahim,
b F
28
2'1
Shahnawaz Khan, Ma'asir-ul-Umara (tradução inglesa), vol. 1, 81 l- r , ver 49 150· e M.
persa ín vol. 1, 713-714. Sobre Khan Jahan Loo
31
( Deli 1999),. 1 ;61 ) '
. . . , . , n, Histoy o[ }ahangir: A study of family K1;°//;_JG]l '(Carachi, 1
)O Para um resum? dos acomec1memos, ver Banars1 Pr:isa� Sal�s� ,\ e u hal
J M g
Shah1ahan of Dihli, re1mp. (Allahabad, 1968), 56-65; John E. Rícha1ds, 7 the Afghans in Jnd1.a, A. D.
[mpíre... , vol. 1.5, 116-118. 307
306
ia
Impéri os em Concorrência: Histórias Con ulaqi e o Estad o da Índ
(1629-1640)
ectad as nos Sécul os XVI e XVII A lenda do sultão B
erbe rt é m ais
. pro1·ixo. Explica
rev oltar.Todavia, a t rist e figura q ue f ez n a c
orte ,otomana l�vou
o em Qazwin, na P e, rn• a.31, J,a T hom as H s cessor, a que este,
a ser ident ificado c om o B l qi seu u
impostor. Enviado para a In dia a pedido de que Jahangir chegou a �om� u a
�c10 � n d por
de l ogo cond1
ar
Shahjahan, s eria executado em 1636 32
. O incident e é narrado numa m uito n ov o e sem ,expenê : se viu des denou a 1 t � ;adgy
versão vari ante n um t exto m ughal ;; f Kh an, que or � i :emata a
do sécul o xvm. Nur Jahan e tambem por Deli.
. qu e O m at asse em
· a Bahadur ) subli-
apenas tre�s m.eses,
Bandor (i e., Ríz ·
No nono ano [1636], ele [Daulat .
Khan M ay1, governador de Sind] história do. «pobre pn,nc1p . e» que remou d um
p rendeu o falso Baisu nqar levan
r ecer dois f a
l sos B_u 1aq1\1ca a
do-
um personagem obscu ro q u e se o até à corte. Aquele impostor era nhando q ue não ta�dar_a� ª :: Outros
·
apresentou como Ba1sunqar que� ar eg im en tar seguid:es�
batalha de Shahryar fora o líder suficient em ent e cansmat tc_o r
Na na rran scrita em
escritores apresentam van�ç�oes menores.
do último exército (sardâr-i lashkar),/ . onte ' atn.bui·-se'
quem, depois de fugir para o
forte de Kaulas em Telingana morreu d . t u ral d o P1em
morte natural. O suposto Bais
u nqar foi até Balkh. Nazr Mu ham a 1638 p or um 1t . a11an· o anommo, na ha n. A'1 se escr eve. «
. O rei
� a A f K
. uma vez, um papeJ central ' chi
Khan, o governador (wâlf)
quis casá-lo lá, mas como as s u as pretenso__e 5 mais certo sulta- o Bolas .
sa
não foram p rovadas, a aliança
não chegou a acontecer. Passou entao . f aria de um pai
morto f ê-l o [a A saf Khan] 1 � q 1 feit. o �uerra a
ue
- , e apesar d e Sha Sa f'I
r
an] tinha
ur o
para o I rao
· 'do a' sua presenç a, [ Sh h · h
h não o ter admm re1,· J.a, que o que agora era re. i as este na
o cumpriria
a a
deu -Ihe a1 guma protecçao.
_ Dai, fo1. para Bagdad e Rum Depois · de muito s n te s, m
· te e cm c 0 an O actual
[Khus rau] cerca de vm _ o, sob a sua guarda, e quando
te?1po, por fortuna e m. , . . o a
fortun10, a mão da morte ª ª hou -o e levou-o
ate Thatta. Daulat Khan
prendeu-o e enviou_ �?
-o ate a corte onde fo
i a prom essa, p ondo - o na pns . a
[pn,nct.pe s]. .f oss . em mortos, .
condenado à morte (ba atl .
re1· fo1 c oroado, ord enou que o_s o u t r o s . gina para a Pér sia
q rasíd) . 33
e Bolasch I f u
entre os quais . d01s . er, am cn.staos,
Os observado res ocidenta ond e am ,
· da esta. » Js· • obre Bulaq1,. cuJ·a fuga para
i s, excepçã o f eita aos p ort ugueses por n ie s
ra� o- � s que a dt.�nt e s e exp1 O excurs o de Jean- B apnst . e T:ave r nteressante.
ente 111m.to I·
r
· · arã o, nã o deram gran de _rel,evo ao
1c1t , ta é ig u lm de
a Pers1a · tam b'em d'a corn o c ' s1t. o da guerra
a
ep1s od10 a propó
er
. de Ba1s unghar. C ontu ã
do, f oram m uit o s ensíveis a len,da su lt tr
Este v1apnt . . e f rance� s ref ere-se a associ·a , ção en . e
o
u n·osa
o
de B ulaq i e dela u m c
fizeram amplo eco n os seu scri os. Para alem sucessão (1657-1658), eStab�lecen do ópn o
. han pelo pr
a
de brev es r eferênci
s e t de Shahp
as a B ulaqi n os te xtos de hann s De LaetJ4_ e p is ã u stiç a
J cn·m e e castig · o. para Tavermer, ª que o pagamento da inj
r o
Peter Mun dy35, há a regist o e
ar um p unhad o de int
eressantes ve:
soes f1.lho, Aurangzeb, na- o era mais . d andar m a
ta r
es ' ao m
o
s obre este episódi o. O al d � t
n que o p rópn.o havia s déc o viaj ante
emã o Ma ndelsl o
' n otan do q ue Shahpha · comett.do t rê
a
o te xt o d
a a s
us urpara o t ron o ao e sm a 1·deta n .
s obnn m o : «5e
· h o, diz q ue encont ro u o pr íncip · e «Pol ago» o. sobrinho Bulaq1.• 39 Encont ra-se ª
tó ia
· d O seguinte 1110d
. is puni·d0
italian o G emelli. Caren., que conta a h s qu e f oi
r
· ve ·f i ca
· m o
olitical
.- Na1m ur Ila]1man Farooqu1,· Mugl�al-Ott an ' n.nho
_ dY 0,rp
o man R elat io ns (A stu olharmos para a v1· da de Sei.ah -Geh a seu sob
J'' n
& dzflomatzc r eactions betw een Mu 1 J48) m a 1 u e fez .
(Deli, l 989), 6, 26, 46-48. Far ghal fndia and the Otto man Empz re, !556- J655. p l
pela mão d e Deus tal como m erecia, ce s são d epoi�
o q
s u
e
el
ooq i apo
-1716), Târikh- i Na'ima, ou Rauz ia-s e na crónica de Musrafa Na'ima 1º ;n. narr a a luta de Bulaqt
a
n h a r que os P
A •
t i 11P l O s
o s seus Rejno s. » 44 Um ano e meio depois, a mo rte de
Akbar � encerramento par eia· 1 de 48 O s j esu1t , as , te
a
. do sec u1o xv1. A es ,
e
o pe . - ta r d a ram. .
ascensão de J ahangir fo i acompanhada co m enorme atençã ções a missionários na finais scolho
o s
or de O urro e
o
d f lg e u m
do «Mogor», mas 1onge 1·untava-s ru.1ça- o do estabe-
o u
jesuítas que viviam na corte.45 º l'1tico '
b é m P dest
_
séc ul , a reacÇ revés, religioso mas t m , m1c· o. F ala mos dª. pendenremente dª
Considere-se agora, já na segunda metade do o
��
a
no de
portuguesa à ascensão de Aurangzeb (r. 1658-1707). O suces s�r e político mas tamb,e m eco g1. em 1632 que, 10 pendor 111 ercant1·1
Shahjahan suscitou, entre os portugueses, os temores m ais fun o as 1ec.1mento p ortugues de B , õ e a cIaro. , na- o a' dmira que
o
p
u
,
s
. s n ç
A
. m pr a
isto .
ctro das gu h.ierarquia dos mouvos e ah'iah n 49 Por tudO a e, poca, seJ a clara-
ª·
e e
,.
as .imagens ma.is cnucas . r
. Mas, uma vez mais, o espe · , um cena, n. o
e r
· pena· 1 de S h es � s d o. De
· · 1 osão» pol ítica do impér io const1tu1a da estratégi.a nn ortugu se u av
extos p
A
·
mtestmas e da «1mp s t u a do
1666.· a i. magem de Shah'l ª h ª.
n n seu P . er ador tem «aos
'
favorável ao Estado da Índia. Escrevia o vice-rei para Lisboa ern o se e a do
o ª o
d q u o 1p »
1 os do Mogor andão em [...] guerras, e o mai·s v ver
elh mente negativa, be m pio e v,v· em e m Agra, �« Ti·rano» e «cruel
r º
«Os irmaos
· - f'lh o» · '
ha acordo com os ies · ui'tas qu mente ase os portugueses P. ,
fo i para a parte da Perçia, e não se sabe co m certeza delle, por que
ªra
. d s a tura! e
ciclo desbaratado ; os mais irmãos tem tido varios encontros � a o padres e aos frangis to muns ent em to111 pej ora n
o n vo
0
r
· s m a i · s e . r'
se .mmu . 1a Rey Auranzeb e esta de posse do rem . o d'1zem s· er nr o são alguns dos ad.i ectlvo n. nua m a designa
ao - e c n º 1' n·ca
. ã os.» 46 O perf'l1 de A,ur e caracterizar aque1e qu a su a P ,
o
e crue1 e na- o muno . afe1ç . oado aos chnst » . p ss d
E ess como o «sultão Corron: an e os primeir os o, com ,O in ício do
s
.
o
uma solução alterna n·va . odo
o a
gzeb levava, p01s, . a que se apoiasse .
h1 a h rnod (1629-
o sentido das instruções dadas a Gregório Pereira Fidalgo aq ; de
u A ascensa- o de Shª . nc1'dirain, grosso .ce-re1· da Ind1a
o1 v1
a sua embaixada à Pérsia em 1696-1697. Dada a idade avanç
a ª enquanto .imp erador c L i nha res c
omo
co 0 d e d . Bernier, Traveis
mandato do 3.º con
e
Aurangzeb, o embaixador deveria promover um contacto rnes a . !11 f e \ ºa'1d Con stable, ed.
r n
ontr a e
a
e nc �b
príncipe Akbar, então refugiado na corte safávida: «Para o I e:7� o da sa- o q . It.v1·n g Broc·k e Ar ,,
e se
r
.mteressante, dis6cus668 .
nts
u
p uca Vinccnt A. Smith ( ond an a n «rhr oug1 500 1700' in A. do Suest e O Extr e au
filho do Mo gor, achando-se este tão velho, he força tenha ·� Cf. San1·,ly Subrha111rru yue�se·' in Asia, ortu-g""esa'' a Ásia Portug,,..�esa (Mac -
on Asian views of the p0l ·õg entre a l'ndi'a l
P ndo- ' N ote on th 1
duração a sua vida. » 47
A s R e ç es o n a de Históriarinl bo� d. A arid Socia
L. F. Thomaz, ed ., a 'rw J n t ern a ]'e r Sp � conomic
na Re 1
Oriente Actas do VI Semi. or M flores, « 0 , i.n The Jndian
s a o
(1629-1640)
laqi. e o Es tado da l,nd'i a
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI XVII A lenda do sultão Bu
e
van o de Sha
hjahan em
i a
-1635). 51 D. Miguel de Noronh a co meça a gove rnar em urubro de o Mogor», o v ice-re.i r egiSta no seu . diá � a Agra, «que he
ar
o
�x
r o
pe a d r d
1629, j ustamente no momen to em que Khan J ah an Lodi. ab dona direcção ao Decão e nota que O im e Bulaqi, mais
do
o
reacçao d
r
_ m e a
Agra em dire cção ao Decão. A investida de Sha hj ahan sobr e O ;ec 0 .
ç1dade aberta e sem defenssa» p r Descr ev
e de seg a uid
r
ga
te
na
or
bem como a deserção do nobre afe gão e a morte de Bulaqi,. :ã� ' A h m ad . de
que para conqmstar · o su1 tanato
de
ha n e de fen de a legitimida
assuntos com cons'iderav , e1 p roJ. ecç-ao na do cu men ta ção portu gu esa a sangrenta tomada d O Poder por Shahi'a - o qu e c11 ega
r a a G oa,
d a v ers a
da épo ca. Para ma.is, o governo do conde do filho de Khusrau ao tron - S n . « p ndo em seu
de L'mhares encontra- se r �ula qi,
u o
� a lv a
p articu larmente bem docu mentado, dado
que, seguindo .mStruç es
õ tinha sido a mulher de Maha a t �tan ra para
iel i e, sob a
sa
Bula qi f gi
.
régias, D. Mi?ue l de N o ronh
· d� seu_ governo.
52 lugar outro mo rto ». O v erdade i·ro m,a filha deste.
u
� prep arou u � d', ca sa r com u
a p han e
E é esse admirável texro, conJugado com a mformaçao vei cu!ada nos protecção de Mahabat Khan acab vel a1.1ança entre Khan Ja
iano or
ra
os sí se
«livros das monções» e co m os ass entos
do Conselh o de EStado, que Li.nhares exu 1ta am · dª com u'ma p d ° 'qu e se B4 ulaqi chegas
n 5
per mite reconstituir o modo co mo
os p ortu gueses lidaram com
a o sult ão de Ahmadnagar e .rem,ata nota e urrate s
ls s d ai·o,
lenda do «sultão Bola q
uim» . ao poder, os h o1andeses senam exp ula q1..' A 12 de M -
o
B
u
. tícias b re ve1
A primeira notícia sobre Bulaqi re
gistada nas_ fo? tes portug� sas Dois meses vo1vi·dOs' mais noG B engala' prova
o
e
s
de ca r ta d
data de u m docu mento dos Reis Linhares dá conta da c�egada a oa :Mesquita, fonte
s
o mil en
0/e
tomar posse do reino ainda qu e dizem se trat a com grande ape\o a O proj ecto de Lm ã o de A a este
p az entre o Mogor e o M ellique, mas p ara o est ado ser a de m ito anti-Sh ahj ah an f o r mada pe1 sult aria um ª º . discreto
� Í dia d
Lodi, e Bul aqi. O Estad o d · n o dos portos 0 subc o 2 de
Pt ntinente
eff eito que o Bul aquim tome posse do reino.» 58 çã dia
Entret anto, t ambém Diogo Saraiv a lhe escrevera de D aulatabad movimento f aci·1·it and o a utl·1iz. a es escreva a Bulaqi n o
·o. D ai' que Linh ar n d e queria
vi. r ou
por cinco v ezes durante o mês d e Outub ro, d ando c onta, entre sob o seu domí ' ni e a par t a o
das
que esc olhess ndan: a busear có arma 63
e
. d lhe
outros assuntos, d as andanças de Bul aq1.. De poss e dessas _10for- Denmb� ro , «diz e n o -
ahy O m a pressa».
mações, o vice-rei envia p ara o reino uma p rimeira reflexa sobre
_ para o norte, ou p ara o sul que me av i. zasse com toda ras de
. e segur o e que er
em que elle v ie ss rar 0 su
1ta- o nas t
est a delic ad a questã�. Fá-lo em duas �art as, a prime.ira d at�o� de 4 . faz r n t
ma i.s, e e
de Novembro 163059 e a segunda escrn a a 6 de Dezembro. ªNeste Era necessáno, antes de ' nto
'veis Ahmadnag ar.64 p ra G oa,
tanto do po o
d
p reci.so momento, Lin . 1e s �eg1.sto de p oss1 se
. h a �es pass a do simp eram o' b vi ado, o Es ta
a
A s v antag ens desta ariança económico . p um l e hos:il. a os
as
boatos e d a recolha de informaçõ es esp arsas a necessid . ad e de t
inform ar sistematic ament e, de man eira a pod er formular uma ºJ'tica de vist a político c o m o no P1ªn o· or mani?f
estamen
, i m p e a d
o de Jah
angir. Ao
da Indi a arred av a dO P0der um
r
. boa. D aí o senti"do d a sua rPesp�sta
. s u ai n e t .
consistent e em art1cu . 1 ação com L1s d o c on s
° e n
- realçar ª sua
a Diogo Saraiva, redigid a a portugueses, tomand ° O part1.d . ar es na o se cansa de a empaua
h
6 de Novembro: longo de todo est e process o, Lin o Rei· :M og or.», vinca desa- o da
er <la eir ·
d o ta a a
. Com o qu e me dizeis sobre º sultam Bu laquim m: nao_ - e or satis- 1eg1t1 . ad e. .,,
. .m1d 1 rat a- o por «v u mais . im portante, n outro plano'
feito, e convem qu e vos alargu eis. em fazer hua rellassao laigay do temPº do povo com o su1t a- 0 e' t a_ o o usa de Bulaq1.. Num e Surrate,
em qu e escapou da morte e como e para onde se f01· e est. eve escondido, . mog o1 a, ca ga d
s e alfande enteinente,
mais influent
. e n ob rez a rr a
,
e como se mani"festou e cm qu e tempo, e porqu e cauza e de quem se a s t
· o, n·a, er·a certo que « teja de G oa. Apar
e
. a fazer, e em c aso de v1t ulaq1.
valleo e o aj u da, e onde esta e con que gente e o que determ�� para a tu do com B
e se vem ahi valersse e aj u darsse delrrey Mellique e de Cana a e do C amb aj a, e B aroch e» p assan.am .á se n.nhª1n entendi
i .ºh an, e . an Jah a
nJ
qu e se emende farao - con sua vm . da os cap1t. -aes do mogor x aaJa .,,bem os emb aix ad ores de Kh
se o dezeya- o e ac1 amarao- por seu Rey verdadeiro . como he' e tau• . a este proposi , "to.65
do que se u embaxador vos disse do
. 111 1go
· dezejo que trazia em tr atat ,\00 me
mu ttas cou zas declarandoas se as pu cj eres aJ canssar, e e'Sta' re1 ass ortador
. ·s 8-178 O p a com
manday mm. 6em fe1ta por menos com todas as elec1 araço- es necess· ana 6, fls. 1 7 ic
<,2 lbid., fl . 1 I0v.
n.º 1 �dentif
e ma enviay para eu a enviar a Sua Magesrade 61 .-
o ,s do R. emnto,e> que Pissurlencaar/}ndia (Hindus,
<>3 lbui. fl. 121v; H
AG M o nf e
. intelige
da cana do' vice-rei. e_, u1n «'bra,1,,a' ne a D· [0,na'ct'·a Port
uguesa n
. A ,ente s d 30J. . pode estabelecer um
s Ra111ogi Sinai Koth an 14, / ipa 1952
orá-Go 1: bém aqui se
N a v e rd ade, era necessá r io av ali ar o rigor d a s infori� a çõefl1 íncipe Ak?ar
B as t e;r
Muçulmanos, judeus e Parses .
fl 12 0 v, 1�1 . ard Índia �om ·d ) r que o filh o :
entret anto recebid as e esboçar uma linha coerente de acw açao. E l>4 BA, cód. 51-VfI- l 2
s a go
. ça do Estad O go, n• o Pereira p1 ª ortos controlad0-
pa ralel o c o m a p roJ. cctad 'alian
·
f.111a1s ª z notar 0no servindo -s sa- o de Dio ate, Goa»
ce - rei. fa
a G r e e d o s p
do sé cul o . O vi
· · d o a to1,,ar o tr quantas'
Aurangzeb deve ser m 5. ra • _ para elle,
•
58
Ibid., fl. 98. p ort�s
as .
HAG, Monç{jes do Reino, liv. 14, n.º 16, fl. 175 pc 1os portugueses, «que, tem os. t,a eira hdalgo... , 115)
n t
Estado, Per
59
316
(1629-1640)
aq · e o Estad0 da Índia
Impérios em Concorrência: Histórias A lenda do sultão Bul
t
Conectad as nos Séculos XVI e XVII
e o Bulaqi de
m · ssw · n ár io ao vi. ce-rei qu
ra o
na corte mogoI · Asseve
r.11 o conceito
O mês de De zembro de 1630 · de Prova
seri a abs ol u tamente decisivo.
i
da c1'dade, procurand o con que chamão o Drugo me av.1zara- o com mo eu sou cons1'derado em
vencê-lo de q ue os p ortugues es eram seus Chaul e co .O
in imigos e que
planeavam m atá-lo.67 mandasse p arar na for·talez a de ' m e pareçeo
mandar prime!f
crer maten. as semeIhantes ta_ o de p r a qu
nci. sco de Leão de
es s e
A .1mportân c.1a das notícias - _ f ra
. o Con seIho de � vindas de C haul levam O v1. ce-re1· a a hum p adre da ComPanh'1a .a que ch a m a o
. e, fez Francis . co
reunir r0 s te pnnçip
Estad o logo no dia· segumt · e para debate a ssistio muitos a� nos em dout n ·n , r . o de sua pessoa
e
e com nsc
a
assumo . 68 p·1·cou dec1'd'd . co o st o qu
1 o so l.ici. tar de ime .
diato ao J. esm,ta Francis i. Leão esta dili genç1a muy bem feita p e Dezem
bro me
�ea- o q ue p artis. se_de G�a �ara em ca rt a de 2 4 d
Chaul � fim de .1d�nt1'f'ic r BuIaq entrou na f orta1ez a do Drugo e
E q ue o padre Leao havia
sid o o s upen or da m1. ssao ent\ r 1627 e im.» n sunt�-
1628. Na corte, acompan h escreve que n ão h_,e aquelie o B olaqu 1· m d .1'atamente do as , gia
. han essa- trate
ara a tran s ição de J ahangir p ara ShahJª
O con de de Lmhares desinter i aposta num!a delicada es copo
se e
e conhecia bem Bulaqi.69 r
Nos anos que se seguem o v.1ce- e
e Go con
da com o es
O sonho da al1a . nça do Estado da , r· o na dn ag ar o, sa1v,a-
I n dia co m o presumi,ve1 herde1 de con cert ação entre B"1JªP' ur r A h
ca- o , d e sse m od
do trono mogol esfum o De dade
de de suster o avanço de Shah'.iahªn n De fªcto, e, com dificul
e
1631. A 27 de Dezembr
ar-se-i a ai nda a mes
da en trada do ano re rt . stado
o, o v ice-re i recebi a u m a cart a do Pªd guardar Goa e as fortalezas do No dos co fh.to entre o E
e
Franc.isco Leão, anunciando que se segue a 1,ogic· ·a das a1I·anças e �rante o restante
.J , a sua chegada a Chaul. O .Jes ui,ta apurara D
�
ecao d
d o m Goa, em
a q ue Bul aq.1 se car
reava com Khan Jahan Lod 1. e co ntava encetar da In dia, Shah.phan e o s s uItanatos r 1 a to escn·to e
no d.1a segu.mte a vi. agem m rma
até à fortalez a on de o n eto de Jahangi
r perí,odo do con sulado de Linhares. U caso de Bulaqi dest�.fo ;
e
m o �o
se en con trava reud· o 10 D ·
0 1s d'ias volv id os, nova m .1ss1·va o hom em 1632 por um 1. ta1·1ano ª1,órn. mo, resu . flexa·o na at1·rude ofJC1a
e l
.
q ue acabara de v1s1t . ' um a m rdadeiro
· · ar não era o mesm
o q ue con hecera ano
s anteS e remete p ara Janei. ro desse ano o ol ach'mo leg1,t1·n10' 0 ve
. B
portugueses sobre essa questa_ o. «
66
Ibid., fl. 122v. fl. 202v. .
eino, .º 16'
n . s· Credulity u1 º . the Age of
Ibid., fls. l 22v., l 23v., 126 . - s do R
67
e 1
70
cm simult 1neo com O podero Asa Khan .
13A, cód . SI-VII-12, fl.12 : so f namcntc ' a cana es , 'tá, darad a d
9.
319
318
ia (1629-1640)
Impérios em Concorrência·. H. Bula qi e o Estado da Índ
. Conectadas no<Sécufu XVI cXVII
zsto,nas A lenda do sultão
,
rtuguesa s
rei do Jmpe•no .
a s referência s
B ulaqi na s fontes po
ão meno s do -
a
do Mogor, persegu 1·do por e
. oru mbre [Kh u rram] que Ao me smo tempo, s 1632-1633 e'st. .
a gora rein a fu gm
< ' -
pa ra ta o lon ge como e a ra p n , a 18 l éguas de Passam a rarear. E' cert o que os a no
, , os d',ano s do V1ce-rei
. m t n
. � ch ega r
os
Goa, dizen do-s. e qu e vm ha até a qu i'· m . .
ata
,o CL1mentados' dado que nao a a e
o as sunto
d, o ' a,0 mv e, s, p ara a Pér s ia . ' st m d u v'dr a s de que
que foi bom pa ra ele e u m f . reiat ivos a esse per to , do. M a s � na o r e a
, jecto de a liança com
-
de n ao se poder ter cer ª
a vor pa ra n os J ª' que pa ra a lém do fac
tO
P r Li nhares, o pr
o
ar
p de_ acui dade em Goa. diluía .a ideia de tir
a a
te za de que e ra e
le, sena· uma ca. u sa [par :i e
a
B q i e sfum ava-se ao mes m tem p q u se
um con flito] pa ra o Mog . . O nobre
o
. o
or que acabou de se torn ar n osso v1 z inho.» 4 a Shah1 ahan
7
�
Na me sma l'og1.ca de a ctu a . Pa rt1 do da revolta de Kh a n Jah an Lod, contr evada ao
ção que se recon hece n o ca so de Bulaq1, .
J ei o d 163 1 e a sua cabeça l
D. M'iguel de Noronha afegao fora ca pturado em s que
ue os artis ta
an r e
passa a da r a lgun1 cre'd'1to a o «duplo» de r, m pis ódio q
,· u. ngh a r' e a m1.ra gem de uma · i perador, en tã o em B u rh anp or
e
B ais ary Winds
u
, u
o yal Li br
1egmmo h a 11ança d 0 Esrado da India com um �
m.t q g uarda na R ni
e rde1ro· do tro i st ram o Pâdsháhnâ ue s e
uição da col
a
ai s, a destr
ó
. no deslocava-' a ora da fron teira meridional P m
d0 império para a fr Cas t�e, n ão deixaram de regist r. " quase
a ra
vice-rei desafio s
g a
n rerr a seten tr i
ona \ Sucede que Baisungh ar era 163 2 olocara ao ·
�m dos trê s fi lh os nde _ p rr_ugue sa de Hu gli e m - o, obn gando-o
c a
Daniyal que havia · s ava n o D
m SI ·do baptizados pelo or eca
,,a
ao nnportan tes quan to os q
e n f r e
do o rien l t
Jesuítas em g ra n o ano . .
ue
rt ug ueses no la
a
A de 1610' ep1sódiO que teve enorme resso- s s po
e uac,o?ar de outro modo os in ter es e
nanc,a na é poca . Nessa 1
A •
- un ;,
e r sa o de D. C a rl os (B ais -
a tura' a con v
ghar) , D. Fl' 1 ipe ,e D· H . . d impeno mogol.
v ereiro de
1632, que o rei
en rique' f 01 vist
a como um pren únci
o da 2 8 d F embro·
For só numa carta datada de
e
con versão do propn.o ·
e
es de Nov
.
imperador Jahan g1 r e do seu rein o.1s em G o a nos mes
reagm as , m· formaçóes redig id as
está, anacró
nica,
No Con s e!h de Est . 3 · Lisb o a é, claro
deliberou -se, po ?is' da r 6, de Novem bro de 16 2
. a do reurn do a d de Chau l.
Dezembro de 1630. A re sposta nvolvimentos
e
a poio à luta d o t a os dese
O a post ata'· or n to não leva em linha d e c n
r. O rei a
con selh a
ri a res salta
� m�i"" c gor•,
ª a ssim, há um pormenaornde sempre em paz com o MoBul
u o so
n est e m eo t enl O que . t a ua aqi
d estr oind o o p'- eJ?m o d o era o em q ue o exercito. d o M og or e se he pru dAenc ra e qu e o «Es tado gociação c_ om
a lquer ne
d o. M og or h um p ·m o seIdalcã o se levanr ou. no R emo de Cabul q u a- d dO 0 s eu en orme poderio. As si m , q u
a a qu� S
hahphan
n u n ca
. n fo m
n hia e se c hamou D 01 1 u ql ue ja y b. aptizad o p ellos P.es da Camepse d:v . ser o ma is d, sc reta possív
el, p or f o r
n dia. Como q
uer
ap od er ou d o. ditt o R em : Ca r os' e d ep o1s to
r n ou a retr oced er a fe
e,
q ues,
Wª
suspe ita sse e viesse a fazer gu e rr a ao Est ado da I
ha res pa r a q ue
que ha ª mais t ein'Ida e o' trazend o em f
s eu av or a g ente d s v sbe d e de L in
o
d'1t0 dad on
o conde
qu_e fos se, a pru dência recomen
ao c
' V� j ente d e t
oeia s. estas ter ras p or q ue ca sou o
a
à quela que
DOm Car j os c om li ua ' h an é id ê tica
dac1 uelle 1\.ey c om que o M og or se hou.
n
.
n ec ess1t d0 a actid'ir a fdh ª ) ac vnasse um con flito com Shahja p ois, ao m
an d'.""
Gregório
ca ua 1 1 os. ªc om que form a.6 uI ' p or qt, e dagiuei! ª p arte lhe v em rodoso
' os o d
C � meio sécu pnncrpe Akbar,
l e
. a seus exercitos a lem d e que t em eo q ue D J11 Vda Verde manifes ta er u ma a li anç a c om o
Car Ios " apode rasse. f, .·
cdmenre d o l) em ? .. om 0 P: o para estabelec
de
. C ab enr endes e q ue , '-
fara cõ f-ac, i o d e La or q ue a u1s1nha
c
gor he
fl1 hreoua Fida lgdo er dor Au ran
gzeb .
78
que respeita a
im p u rgo no
ul e
ti ran o e ma lquist o [ ·. 0 l ad e p or que o ditt o Mo rebel de a
rca b sb
] e D
ic
ática do mo n a
h a
nhada . Pa
rece que
·· · om Carlos va lente e libe ra l.76 A ati tude pragm q d v s er su bli
uma pos sível alia nça com B u la
i e e
o Cleve-
m a. K ing of the World, Mil
, ?0-_51.
ha hn a 'l
33'' The Pads
B'b int ado por Abid' ca•· 16 (Lo s, 1997), n.º 16p,mc,pc Acab,'. ,os h'"""
1 liotcca eas.anatcnsc s O C" °
7�
1and77BPcach n dre
: ',ooe mr akunc wscehe
' Rorna, Ms. 26 1 ds .
e Ebba Koch, e çóes q"' ,ocanem ,o gol _"m
' 75 o in rn d.ia ne. ll'an
deron , n o 1632» fl . 142 8 , «R . ehr ' 8 ncgoó, ce se o P
" o Ge,o Mo u filho,
-15?'. cnaçao_ no fl. 142v. s s,b
)
csrn
"'
'. s E m cod,s P' °' ""' o de se
J ara um mnpb , . .
J"Ome Xa .er 5_ª.. }. and thi�nsmuiç;io dos Arn,,lf C,�PJ • m
co 7 d ,,,. comell,s [ .. -l, , scg,,nd, , o de espias para ob servar is
o trat
d e qu e
missionai
vt
c hõ -� , th e M;':tt"'.""'º;'•
/'.n" af 95/ 8 mpm.- Conmwemal "'"'"'
,a
z,
": ,
na corre alguns parciaes' qu e lh e sir vã
n do -a s li1e m o
conhece 1 e este, que como 1e
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1 - I av1z
I eJ'd
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: 'ty (S ncck n a nde · · an te s
Jeron,,n0j:".' i'fkcnc,ed, 1 ) 1 Hc r nao escanda ·
vos preve111rc1s muito des tas ' - 1s n sco
Ap,,sw/o e Cran Mo o! ' - 0; e_· Ang
cl Sanros ,do_eompce �om eaodc
o
I or, e/1 usamos- com o M ogor porque se ""'' podc c.i esc an d,iis ''° g
' em ""'P º d, ""'"" '
S.
la Jnd;a 1,:"' 7 (P·1· n1 1 1c /; · o electo de Cran
g )' A rz· o'Jzsp ,b,.,,,"
g
nossas
a n
'
71, •< s o b re
9-/6/ P on··' 195 8), 22(,_232 sso, e o seu p ode,
o, 116.
o esd
·1, U1 a carca
ª guerra do Mogor �� , que nã
sob re .,ls. cou. sas . su·.is, dcrr . ·1 cn tn' ' 1 s», G oa,
- . . e, rct1rad . � çmndc d,n,o d n E.s,addeo de Gregório Pereira Fidalg
do Mcli. que e ambcm . .emina ç.ocs inimigo», Aubin, I.:arnbassa
<l t. ·1 1 cnncb• d 0 · Turco de 13abilonia
' . .1 r1surlcnc·.ir, e · A Hen
6.XII. 1632· m
·
320
Impérios em Concorrência: História
s Conectadas nos Séculos XVI e XVII
A lenda do sultão Bulaqi e O Estado da Índia (1629-1640)
F·1·
1 1pe IV es:ava d1sp º
osro a c ons1derer
uma a1·iança co m um falso de tomada d .
º
. . o pode r a ShahJ ah an. U m ·mglês' William Pitt, afirm a
Bulaq1, isto e, com um «homé
que de baxo de seu nome pretende 0 mesmo ter emprestado di he. ro ao «mn
reino do Mogor». Um n 1 · ão do Moguli queº fugm · p ara
«bom» impostor era tão ú til como um v rd
? r ª Pe, rs1. a»' temendo . .
ta d Sh ah Jah a .s2 As
deiro candidato. 79 Uma p osiçã p or isso uma reacça-o v10len
Jrn
e n
o semelhante fo ra proposta, um secu 0 f0ntes pers . .
antes, pelo g overnador Nuno as dos saf, av1das aruculam-se até um. certo pomo com
da Cunha (1529-1538), desta vez as �uropeias ºº
relação ao sultão Bah neste particular, m�s- ta mb,em há d1vergenc1as s1gmf1-
A • •
adur do Guzera te
e seus rivais. Um observa o
r cativas a r
contemporâne o - o conhecid
o Krishna, brâmane de G oa - d"izi·a q u e egist ar. O cronista oficial de Shah 'Abbas, Iskandar Beg
o governador procu
Munsh1º , apre _ dos acomecimentos
sao
rar a p romover .
1 ãos senta-nos u ma p n· meira ver .
a candidatura de um dos ·rm ocorridos
de Bah adur «trazendo de D
do Rey de Can baya, a quem
. .
abul huum neg ro que d1Z1 a ser ir mao
.
Jahangir -
na corte mogol, que é ª seg �nn�e; Depois da morte de
· s do estado mogol,
80 escreve ele - «os principais_ digmtano
fez muitas hon ras e muitos fa�orerd aparenteme .
Na resposta a Filipe IV, e nte cumpnndo u ma disposição testamentária lav
º
' rada p or
redigid a no final de 1632, D. Migue
Noronha .mf orma o rei. ac . . Jahangir no
moment o da sua morte, no m�aram como seu sucessor
erca da sua decis o
ã de na- o mais favore r c e
Dawa r Bakh
Bu1 aq1·, um Bu1aq1· que o
padre Francisco Leão lhe asseverara, haver- sh, o filho do cego sultão K usr au que era conhecido
como sult -utba no
-se refugiado na Pérsia. De fac
to, após este «momento» porwgue 0 ão Bolaghi, cunhand° moeda . e mandando ler a kh
� seu nom _. oncordado com
«fantasma» de Bulaqi viaj
.
de aliança na cone safáv
ou para n orte pas
' sa d a alime ntar son °� esta soluçã
e». Parece que os outros pn,ncipes te nam c
entrava em Lahore.
o, excepção feita a Shahryar q e se en
n o
ida. Segundo as fon tes portuguesas,_ 0 rei � �
safávida Shah Safi (r. 162
9-1642) co bri-lo-ia de mercês, confi d _
O conflito
entr e Bulaqi e Sh ahryar e, entao desc n '
to terminando cºom
-lhe o c?mando de um exé r -ºa a derrota . en reda-se segmda
-
e a cegueira de Slia11 ryar.. Iskandar B eg
província que os safávidas
rci to e o próprio
g o v erno
haviam conquistado aos mogó1s e m 1
de 9 an da
:�z. mente na
discussão do destm · o dO sulta'_ o Khurr . a 01 e das suas fl - u
A·111 da que na- o arr·isque um - tu antes .
relações c om J ah angi r. CI1ega mes mo a suge
rir que, a1gures
novo e nv olvi·mento d·ir cto, Lmh res na0
dei·xa de se regoz1p
º
ª na d,ecada . ndição, Kh,un.am
ª
de 1620, desgastado pe1 sua miser,ave1 co
e
·· r com esta notícia: - a couza
«se isto he assy ne)1u,
n os p ode ter m «tent ou ' hah 'Abbas». A data
ais cõveniente». 81 passar ao I rao - e pro - cu.rar o auxi,1..10 de S
da morte co mo sendo
de seu pai ' ' a su a posiça _ o e,, pois' apr.esentada
bastante guido recoli1er
fr'acae' exceptuando-se O f acto de ter cor1se .
Na corte de Isfahan 0 apoio
c m í s vm· ca
' ' não unha. boas
de Mahabat Khan, que, a
.
e
E foi com
o o
, . re1aç. õ es c om Asaf Kh an, o pn· ncip · ai a' poia. nte de Bulaqi. «pn,ncip
E mquesu. ona, ve 1 que a ªJu da
deste poderoso nobre e, bem assi m, co01 a dos
· es
um certo «Bulaqi» se ex1·1ou na Pérsia e, º cça-0 ao No rte, 1 ogrando
com o apoi· o d e Sh ah . d0 D ecã
S afi, p rocu ro u o rgan izar um mov1rnent0 o», que Sh ahjahan marchou em dire
· afeg a-os e
e 0 n cn
· ar pelo cammh .
o o apo ·io de .
«chag atais' mogó1s,
' AN/TT, Livros G,
, · · a u ma
onduz11
das Monções, liv. 30, fl. 7 V · HA rªJ·PUtes». Esta inesperada vaga de apoio acabOu por c
11
buído a ad:11iniscr;ição
de �andahar ;1 Bulaqi. I
nt erpretou, anr es, q e
T e �nfiara 0
mesmo cxcrrno com u 1 , daha
que Shah 'Abbas 1 (r. 1587- cr.
em 1622 (Lisboa, 12.X 162 2) havia conquiSr,idoCI( an nrcs� 6; in W1·11·iam fosr
I 1633, ibül., liv. 31, li. 65). ·is [ o �
.) Surrarc);D abul, 19 V 163 59.
persas é bem diversa . A versão que se colhe 11'' c Carra a Willi;im Methw�ld (en
d ·, 1he , (Oxford, · 1 911)' 2
da versão portuguesa, com English Factones m Jndia, 634_1 636
o se vení adiante .
322 323
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XV!! -1640)
A lenda do sultão Bulaqi. e o Esta d0 da Índia (1629
vale a ena
p parafrasear aqui com um certo detalhe ' da _ do que lança
Shahjahan, competindo uns com os outros para provarem a 5ua lealdade
I u 1ª luz te da
e serviços.83
ªcr�on11:ca sobre um conjunto de questões. A secçao .rele(nvan a fron-
Abandonado pelos seus nobres e pelas suas tropas, BuI ªqi acabo u
.
te1r a entr eça por
com notar que, entre os af�gãos . T. ann
. e os dom,m1os . , .das e os mogois , ) ' vivia um rapaz de
traído também pelo seu principal apoiante, Asaf Kh':,11, que , r tra- quinz e anos safav1 wa
, que havia sido trazido clande Stinam�nte (duzdfda
tado nesta crónica, não como o mentor da operaçao que,� :eria Poshfda) à presença do E s e por sua
de colocar Shahjahan n o trono, mas antes como um cu rnªpiice Ve2 deci'd· seu líder, Sher Khan Tann._ � �mo filho
pouco convicto. 84 Foi apenas para se colocarem nas boas -���ças de d o-, , lU adm1t1 . . -lo ao seu serviço . . O rapa, z era tid ua vez era
rín p nncip · e mogol, o falecido sultão �husrau, que por s
o
pnn
; � -l293. P.a
83
te
,
Bou lder, 3 vols., 1978-1986 , vol. 11, 2• 0 j-Jístorica e. Es
,
, st
:4bbasi), trad. Rogcr M. Savory,
sucessor do sultão Salim d epois · d ª .morte- d o seu non1e
1
.
. - , ·
a erad1çao c ro111st1ca dos saf ,av1·das neste penoc o, ver Sho1 e1 1 A Q u inn,
cipe, s
ublinha-se, era comummente conhec1do, n�o pel
j · . . J id
, 1·n Sa1av
e
Of r111aJ, ) · Os autores da
writing during the rágn of Shah ;A.bbas: ldeology , irnitation, and legitirnal)'
" - « l a qt»
B , rnenc1.0nad0 na
chronicles (Sair. Lake City, 2000).
81 p -
sobre a sucessão, na quaI Asaf KI1ª11 é reera. ,a do 1. do
r con10 mas ames por sultão Bulagh I (nao .
·
· ara mais uma versao Gail vi·
ncam o facto de Dawar Ba11 < 1sl1 ver s1d P últimos ªnos
"7 . u
vitirn :i:a 1
T.
rendo agido no melhor interesse do império, e Dawa r Bakhsh é m;
dos
ito do :eIato
ula
do qu e habicu�ltnenre,. ve.r M u hammad Salih Kamboh, Arnâl-i Sâl ;, º:ds Gh n
ndo da
o
dârikh_-i
e ahan no âmb :
o aqua
gir. E resumem a história do segu_mte mod do do fa� to
. 'Âlamârâ- y i Abbâsf
Yazdan1 e W;1h1d Qura1sh1, 3 vols. (Lahore, 1967-1972), vol. I, 169 18�.. "
J
�
r 1··a
morte d . nd° parti
85
Compare-se a cic u lacura u sada nas moedas de B u laq1,. para O qu e v1111 05 a up
.
e J a 11ang1r (ou Sahm) , Bu I agJ1i _ ura - es corn o fªJec1do
o o0rn
de prata de Dawar 13akhsh: Ashmolcan Museum, Oxford, �eberd C in R ore
d. e o
�d- n oas relaç ra
1ni.perPa n, c·1pe Khurram não estar de, b ' mw. to longe nessa altu
Lab
(cx-Thorb u rn Collcction, adq u irida 1965-1966). A moeda e· cun1 1 '1 cm
. r Ba1{11 �SIl Bãdshâh"·
d o ar · nper. a• d r.
o
' Is1 ,ancl ar llcg Muns1 u· e M u 1 1ammad Y u su 1··, z-ª1·t-1· T"a11_- 'A'
-·kf:1 t. · !
· ac 1 co m
n1ca
â- y
11Jahan. Asaf Khan - qu e e ap
r
'
•ntc graco'.,ao
a
a outra cro
81
am
cd. Suhaili Khwansa ri (Tee rão, 1938), 120-126. Estamos rof-u n l,ll
�� rccaç
ªPoia,nte de K o q u e diz
- e., co m
�
o
M u zaffar Alam pela s u a generosa aj u da no q ue respeita pa lcnui a e nrcrp
.
1
mava ser Da
Fars, o governador 1 ar
w Ba�hsh entrou na província de
ocal' Imam Quli Khan, envio .
so bre e1e ao Shah u um relaróno Este longo relato, escrito na primeira pessoa, dando voz ao homem
. . Este, prudente
recebi do de for mente, ordenou que reclamava
ma consenta, nea que o mesmo fosse
corte se, após u . c o111 d'igni'dade ª cularmente
ser o sultão Bulaghi, constitui uma contribuição parti
e .
ontmua o croni
ma inves. tigaça_
o' a su versa_ o
real
ª
e enviado para a
provasse ser verdadeira. co nhecido
valiosa para o nosso entendimento daquilo que então era
sta: no Irão sobre este assunto. Integra vários elementos já
revelados,
A históri a que . incluindo o que se refere ao período passado por Bulaghi
ele conr ou de co�o dervix
que eu ou vi é si próprio
em Band ar ['Abbas] e e. Em simultâneo, introduz também um novo tema de
a seguinte· ca:1 z _ conspir
ele. orden ou a . <�Qu
minha execu ao �n�� Shahj ah an a scendeu ao trono, ativo, ou seja, o tópico da substituição (neste caso, do
am_1g os ac
erc a de . � ._ u1 informado s Pi
r �cipe pelo
escravo).87 Verificamos, assim, que tal como Linhares
none ,e que er ssa c onsp ir aça o' e tamb,em p or alguns dos meu e nviara um
. me revelar am em qu e
da m.mhª 1'd ad sup ost o eu ser preso: Eu tm seu representante jesuíta a fim de confirmar a identidade
a
e. Di sse -lh_e q h a um escravo quase do preten
lug ar. Ele hesit ue d ormi sse n dente, também no Irão as reivindicações deste «Bulaghi»
ou de ·m, a mi nh a c ama n o meu foram en
lhe s·uceden·a, u icw, m caradas com cepticismo e postas à prova. A Zail termina
ma vez que er as et, assegurei- · lhe que nenhum mal 0 seu rela
Nessa mesma
noite' fug1· na es eu. ' e nao - ele, o alvo do imperador. to notando que Bulaghi viveu durante algum tempo como
a
comend ° ervas cundã'0 em d'1rec · · convi dado
ção à selva, sobrev1v1 de um importante funcionário, o nâzir-i buyutât. A certa
e me escdncur a dur ante cat orze_ di.'as enqua altura, e
d nto vagueav a pelo serrao
um grupo de f as pessoas. Enta o, di.sfarçad na presença deste último, dois indianos visitaram Bulaghi e
aquires e' fmal o de dervixe, juntei me a com provaram · � · ·
g�vernador (hâ menr�, cheguei - as suas pretensões. Sab end o d a sua existencia, mwtos
o
çao· Ele f 01· m ·m) do porto e dei-lhe c0 a Surra·te. Aí c'on1 he·ci mercadores de
ki
uno gentil e · nra da mmha d1'f1c1· s1rua- Multan (tabaqa-i multâniyân), que então viviam em
colocou homens grande n
ª u dou�me b. astante. Guardou segredo , úmero em Isfahan, reuniram-se na residência do príncipe
p ar'a o rr-ao, de f e dinheiro a, mm ! ha disposiç . a-o e aconselhou-me a parti.r
também ª. ele. C rma '·1 .evita.
o
'1 que algu111 Para lhe apr esentarem os seus respeitos (kurnish). Dois meses
0 111 a ma 1 me acon . mas volvidos,
Quand° chegue1. ªJ uda' de Deu s' parti· p ara a contecesse a m1111, n Durante a sua
o Shah expressou finalmente o desejo de o conhecer.
que eu era um im · ao p orto
d,e F�ars [Band e régia [Ispaha J · audiência com o Shah, Bulaghi foi distinguido com a
· p ostor e u
m . ar Abbas], muitos pensaram oferta de
ceram em 1111m · . m
_ ent1r oso · ._ Alg um cavalo especial, e o Shah terá sublinhado: «Realmente,
s
em su spenso e ma1 s de nobreza e acre. d !ta uns, no entanto' reco·nl1e-· ta�to a
linhagem como a grandeza são evidentes no seu semblante.
, · ntr e a verdªde ram no que eu disse. Fiquei
(k
-hau'- ':ro-ra;·a, e
sz dq-o-kizb/I d a mentira, entre o medo e a esperança A Julgar també
m pela sua elocução, parece grave e sensato. Não usa
província de F· urante 'algu palavras vãs
· to e. n
vis
ars, até q
ue encontrei. 111 tempo apó s ter entrado. na (bi-mahâsal) ».
quanto s alg�umas
1 und1r'an1 entr ultão a ca' m·l11 I10 de C axe · pessoas que me haviam
d'f
e os outros as m1ra. Re e e
de nume :0sos . .
ser vidores (k_h z·d novas ', s, obre 11111· 11. V - conheceram-m do
·
l1111 dus vie.1 111 i m e entã o rodea
ao matgaran) G
, e da Ind1 - ti� nar as origens da ideia de substituição e do resgate cla?des
quer em d.mªh- · meu encont.1 0, dando -i· 11eent , . -a e mercado res no de um prí
ncipe do interior de um palácio durante um cerco, çon� um conJunto
eir.o quer e111 ' de textos que
N lln1 primeiro g'ene1.os (naqd .toda a ªJ uda c1ue pod1am, 0 lugar
remontam ao período de Vijayanagar no Sul da fnd1a. Não é este
testemunh0 e. , 111 111 e nt o, .
-o-;ms). para se explorar O rema, pelo que remetemos para o estudo de Velcheru
demonstrou O . Im.a111 Qu J'1 KI1an acred itou no meu
0
Narayana Rao,
i espeito adeq Hi stmy in SouthDavid Shulman e Sanjay Subrahmanyam, Textures of Time: \'ilntmg
uado. Mas, mais tarde, dada Índia, /600-1800 (Nova Deli, 2001). Ver ainda Robert Sewell,
A Forgotten Emp
ire: Vijayancigar (Londres, I 900), 222-231.
326
-
327
Estado da Índia (1629-1640)
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XV!! A lenda do sultão Bulaqi e O
ra ,
onde viv . eu durante algum tempO entre os usbeques e o seu sobe no
O Shah determinou então que Bulaghi e N abdi M irza, o rapaz ovido de bom sens o, e sen do
que chegara via Kandah ar (e que alegadamente também era filho do Muhammad Khan. M as comO era despr I ade para os
um si. mples fu gmvo, . . acabou por n
- ser de grande utl·1·d
sultão Khusrau), se conhecessem. Talvez isto con stituísse também g 0 d ºfíc il , pel o qu e
mento a1
ao
· diferentes e fn os
uas
mulheres pertencentes aos haréns de Khusrau, Shahjahan e de outros para Kandahar, onde conheceu 'Ah Mard orte do
tes de partir para a c
príncipes, fazendo considerações sobre as suas qualidades e defeitos seu convi. dado durante a1 gum tempo an overnador. Sh
ah Safi,
.
en d 0 g
de forma a testarem mutuamente as respectivas reivindicações e, Shah na companhi. a de aI guns dos hom l de homens para
. U um Dl'1mero cons1'dera've
s
sultão Bu laghi que este Nabdi era de f acto seu irmão, tendo-o abra da chegada ao Irão do hornem que · u n g har recu s u aceitar
u ' B
verdade quando este últi. mo a,i c11eg
o
çado de modo afectuoso (âgb_osh-i mihrbânf). O Shah ordenou, por . ma do Shah, não ta,rdou
o a is
ti .
a
. i. caçao v d cipes
conse�uência, que os dois irmãos deveriam viver juntos dorav,ant�- a sua re:1vmd - e, corno goz irma ' ndo serem p nn
a es
ambos af'
a a
. n s
�ais tarde, regista a crónica, quem quer que viesse da Jndi� afrontar Bulaghi. Os d01s rn h o e '
v . , . N uma ocas , em1
enientes.
·-
1
o n
ao
estranha era o facto de B ulaghi ter alimentado a ambição de vir ª assem61 e i·a. m b e, m dec1m · ou estar
. os, 0 Sh rn ah
ser ele p róprio imperador, e de ter sido emitida uma ordem régia
. Sabendo destes acontecu�ent marcha do Sh
ah
de ' qu ando da -
presente na assemblei·a . M ais t' . ar s a revo
lt se
para pôr termo à sua vida. A ssim, escrevem as crónicas iranianas, instigado
a
d
r
'
a
m os,
é possível que alguns dos guardas tivessem afrouxado a vigilância, contra os Tahmurs Gur)··I, que ha
via
uh . Khan e outr
o
Q
si
I m rn
rna_ o dO s seu s
contra o soberano saf,avi'da Pelo i. r . ça-0 para abandonar o
a
ou até que estes o tenham ajudado a fugir, matando de seguida 0 N ta
escravo de forma a apaziguar a cólera do rei Só Deus podia saber a Ba1. sunghar solic . i. tou ao Shªh auto n z a
lo v oI tar a , Índia· es
n·z á- nça de
. . s. O Shah n-ao hesit · ot1 em auto ressar n
a espera
a
· 11 en ª vi paz,
lhe tm º vem ca
·
qual _Ja, ª9\11 se e�creveu, Mir za Baisunghar, filho do príncipe mo?ol centena de tomâns que ? Shah n g e r a um
ão
despesas no Irão. A Zail nota
ue Baisu o da l sua osiç
r
rn
h a
Baisunghar )Untou-se aos apoia ntes de Shahryar quando este últ1 mo u r n p osw ra ci-
, adoptoU a sensa
tez e saga
� quanto esteve no I ·ão
a
329
328
1'
Índia (1629-1640)
lenda do su l -
tao B u laqi. e o Estado da
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII A
fontes (como acima notámos, da sua carreira posterior junto dos termo à opres são do povo por Sh � te veremos, suger.em que
. adian
otomanos) sugerem que Baisunghar é que era realmente uma fraude. Saf1.90 As fontes portuguesas, corno .' ram a este Bulagh1 a1gun ..
s
. "
' das atn b w , fronteua
S� assim é, p orque é que o Bulaqi que se encontrava na corte saf� nos ano s s egumtes os safavi , distúrbios na
usasse
v1da (se acaso era o genuíno) não o desmascarou? Uma outra séne
.
rend1mentos, perm1tm · · do-lhe at e, q u e ca . de militar parece so, .ter.
da u .v1 da
mogol-safávida. Mas o essenci.al . ue depois disso, o pn,ncipe
a c
de p roblemas reporta-s e ao relacionamento entre o homem que 0
padre Leão encontrou em Chaul d e Cima e o homem que chegou ª
O' a, q
durado até meados dos anos de 1�3 i para 'Q azwin a fim de goza
r
ad
(verdadeiro ou falso) ter-se-a, retir.
o
Bandar 'Abbas a partir d e Surrate. Trata-se de uma e a mesma pessoa ? v iam atn'bu,ido· tempo
No caso do pretendente que se en contrava no Irão, como é que as rendas que os safáv1'das lhe ha . . .a prolongar- se. Ainda no arta'
p in
O apo io safávida a este pn,nc.i Uma c
e
podemos conciliar o facto de um número considerável de pessoas ondência. .
a d e corresp pel0
que conheceram Bulaqi na cone mogol não hesitar em identificá. -l. o de Shah Safi, regista-se outra u oc
e ao s resen
tes enviados
, datada de N ovembro de 1640, ref er e- s
uma espa
da. As rtas
ca
como ta1�. Em qualquer caso, parece que, após os problemas iniciai s s d O � tre
do sultão Bulaghi ao Shah, m · elum· do u m . . e cu
i n ti m idade ate,, en
este p retendente foi aceite pel os s afávidas como g enuíno, p assan fam11ian ' da d e
or essa
a ser mencionado periodicamente nas crónicas da época, tanto nas deste período sugerem uma certa , vi· d a , e é' sabi-d
o que, P
f a
o sa
· a A shraf'
na
secções mais tardias da Zail como noutras fontes . 88 o «príncipe»· mago.l e o soberan ah Sªfi numa v1s1ta
Sh
Para além das narrativas das crónicas, há que cons iderar a corres altura, este Bulagh I acompanhou rao
·-
o de Mazan daran.
91 duzi·das no I
p ondência trocada entre os monarcas Shah Safi e Shah 'Abbas II reg1a
fontes ago " st in h as p ro
des: a
embro s
(r. 1642-1666), e o sultão Bulaqi. O primeiro conjunto de cartas N o mesm o ano de 1640, entre m.
nnh ° d
o .c on fl i t o
o G rao
. orm am sobr e m
esto_ es de
nto, tamb e, m n os mf o s ob
chegou até nós com data de acerca de 1632, p ouco depois, porta
u
qu , f"lh 1 o
da chegada do pretendente ao I rão. Aqui, Shah Safi assegura a o ordem e o «secretari· o dO Bola ropo, s1'to de algumas qu
, a: p e sa- 0 apre-
ho mem que afirmava ser o príncipe mogol que ele garantiria o se� Mogor, sucessor claquele re·mo» c.1pe mogol e a sua cort escn. tor
nn
conversão em Isfah an. Aqu i· , 0 p . tos., «os mogores», d'1z . »92
O
be �1 -estar, anunciando que enviaria um tal Zu'lfiqar Beg Q urchi nvic seita
Ba1burdlu para o assistir. A cana é endereçada a «Bulaghi» enquanto sentados com o muçu1manos co
s b s e rv a dores da sua I ' BuIagh1'
genuín o príncipe mogol, enunciando títulos como shâhzâda ªnd
d o I
agostinho' «professam ser gr·an °-
e
d nd lhe
Shah 'Abbas lênc.1as e
, s u ce e o n do
Quando o Shah morreu veram uma carta de
c
farâzinda-i sarfr-i saltanat. 89 Pos suímos também uma outra carta d
o
°:_esmo_ período, escrita por Bulaqi/Bulaghi a Shah Safi, ain� a e q contava-se entre os que e sc r e
o ri g in o u ª troca de m
ais·
as
arca, o que .m como mútuas ofe,rt
u
. .
de fe11c1taçoes ovo mon
nao s ep claro se esta mi ssiva precede a outra acima refe nda ou _ a o n
am bos ' a s s i
ª da por M ir z a
correspondência am1ga · , veJ entre uq a ' a m
1- h va
se é uma resposta à mesma, O autor desta outra ca rta intitula-se a_rtas, uma r do com títu
los
B�laghi pâdshâhzâda-i Hindustân («descendente do imperador do de prescntes.93 Num a dest_ as � Bu1ªghi é distingui
tano
�mdustão») e refere-se aos seus p róprios antepassados ilustres, de Muhammad Riza, o deSDDa
T1mur a Humayun (que procurou refúgio junt o de Shah Tahm�sp lato d a visita a A sh
raf,
46 r
no século xvr). Uma característica interessante desta carta consiSc
e , 245 2 r r 11be1, 11 0 e
90
/d., ibid., doe. sh. 113. I 131, -276�27 7. Ve a1 _ ez,
o 0 e Alonso V.an. e.
na referência que faz aos locais sagrados do xiismo no Irão, com d .b 'd does . sh. 1 3 C ar 1 o s
91 ! ., i i ., .
m
. uz. 1_'d i.elaz1�;
in Zail, 237-238. . .o dei Santi repro_d o e,ºnrali secando una
1et d 1e n ' - 5 ci ção e!11 3
n Veja-se o relato. de P 1 t1.n1. a ne nellc In
s 62)· 2 9 1 32 ' ta
· i· .1go 9
O,SA, «Stato dclle 1111ss1on · i·ana
vol. 25 (1 6 e · l36. 1, 281-284.
Cf. Riazul Islam, A Calem/ar of Dornments on lndo-Persian Relaúons ( 15 oo
88
Ver, por exemplo, 'Lail, 230-240, passim. inedira' dcl 1640» ' A n alecta A' ugust · in
4 l 35 , 1 3
8'1 s·l1· '13
enda,,. does
'
')J Riazul Isla m, Cal
-l 150), vol. 1 (Teerão, 1979), doe. sh. 113, 243-244.
331
330
Impérios em Concon·ência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII A lenda do sultão Bulaqi e
O ES ª ª
t d0 d Índia (16
29-1640)
B u 1 a q.. D e st
a vez, o filho
defr on ta r
particularmente elevados, com o Nizâm al-saltanat wa'l-khilâfat, 0 de Caxemira' onde esperava
n'. o envia · n do-lhe uma
qu e su �ere qu e, p or esta altu ra, qu aisqu er dúvidas residuais ace_rca de Khusrau resolvera desafia . r claramente O ' e de ouro, e dizia
catr
da sua identidade já estariam resolvidas. Estas cartas devem ter sido embaix. ada, «e de prezente hüa espadª e hum catre para
a. se u g osto ou O
a embaixada escolhesse qu al fosse m is
escritas no tempo em qu e B ulaghi vivia em Qazwin, encontran do-se de
com a qu
al O podia
com vários visitantes europeu s, como já referido. Sabemos igual descansar entregandolhe o re·mo, ou ª espa da r os embaixadores,
ata
mente qu e _Shah 'Abbas II terá levado con sigo este Bulaqi aquandº esperar, o Mogor senn. o mm. to .iSto e qu.izera m ra a guerra porque
a pa
da r,e�onquista de Qandahar aos mogóis em 1648. E quando as falsa� mas desprez ou os' e sem reposta se apareihav qm· .97
ola »
no:i�ia s da morte de Shahjahan chegaram à Pé rsia em 1658, Bulaqi tem o Pers sa dado grande poder e aJ·Udª a' o ,B da de
. o s o u ln ·mo eco da len
ªm
A 19 de Janeiro de 1635, regiSt ce-rei leu aten
sohci_tou de imediato (ainda qu e sem sucesso) apoio ao monarca -
t ar d e , vi
safávi �a para o colocar no trono mogol, e apressou -se a viajar de Bulaqi nas f ontes portu guesas. Nessa · pur' entre dois
a c he ga d o de ºB·iJ a em
Qazwm_ para Isfahan. 94 Este parece constituir o último tra ço de tamente uma carta que lhe havi·
r u m o fº ·a1 português b .
iCJ
correspondentes anonnn os ( o recepto
, . é ras ques-
«B u laghi » nos documentos safávidas, ainda qu e encontremos algu�a , ri·o de Estado) ·9s Entre out qi· e 0
correspondência relativa à concessão de rendas a seu filho, 0 sultao posi.ci·onado' talvez um secreta . nça entre Bu1a
toes, refere o esqu ema de u ma P ºssível a1,a
Khusrau. 95
- ado da Índia:
Est
de S. Mag es-
ª s eg uro rea
l e em n om on sse �tar cõ
x· c
e
ar
i
o
s
a
º O
· ao encont r c . p
ap· ontar e o·1ue para .i sso fara to do o. . enç1a
em
na- o 1 ogrou sobrev·i ver ao desapon tamento qu e se segwu
· despida v m e- escr ev o a
at m
.
com O padre Leão em Dezembro de 1630. Todavia, B u laqi voltana d1b g
ste
· termé dio
e
·
o
Ju IhO de ·1634, o vice-rei
· · de Surrate, por m
· recebe noticias . ber r. em o nna,,
f
,
. o . E então informado de «que o Rei. Mog
or �1u1to _que por via d e vm o dess e 5·a Viz orr ey para escr eue
. una sõr
isto av1zasse logo com respo Stª d� 100
do Jes , pau1 o Re1mã
· em Laor para responder ao Perssa sobre as couzas dO B. ul�
v m. com bre uidade faça este neg ·
· ava
est
fizera
· a quem avia
qlum, ·- o passado mmto . s fidalgos
. mogores como 0 o de 1630.
om
Mirzamadafar que com capa de se hir para meca se embarcara c u d o fin a l do a n
a ma
.b1·J·ida de de u�
. s
. m m ais
- nao em Surrate e tanto que se v.10 no mar ªn 0
J sso Mas as circun stânc.ias na- o era a po s si
mu ·na r·iqueza nua d.itar a n ·ien-
os Romeiros de meca em hüs bateis e os que ficarão la nssouy
ª Nessa altura' o conde de L·mh ares· acre . de diferentes proven
ª 1.1ança e, conju gando van , ·as ·111f 0nnaço_ e s
o n agem '
e em
b
mar, e se foi na volta da Perssia aju nta r com o b u laqui m»-96 1 a d e d o pers
, . s de Surrate c,·ias, preocu para-se em ava1 ·iar ª veraci. o
U ma semana depoi. s, no d.ia 25, volta a ter no nc1a h
. o
pela pena do padre Reimão. Shahjahan estava em Lahore a c amJD ortugueses
Ibi:d., 149-150. nú m ro de ag�njt � c J da Rocha,
r u m gr·ande , f rei o '
cs_ c i:ita po o p , hares n os
?7 e
1 o
E·' Sta cana po de ter s 'd ão L
• z ·ndagârd-y,
Ribc1· ro ..fern como envi. ado de Li n
98
te
es
Muhammad Talm Wah1d Qazwm1, :4bbâs Nâma ya Sharh- 1 r1· 1951), na cone de Biiºap ' ur ca' so de Vi en ur
egado a B'IJ ªp
• • • • • •
,
9<
22-s �a -y, ��âh :4bkâs-t sâni (1052-1073), _ed. T?rahim, D�hg n ( :f:salranac
? ' ta, rcccm-ch . q e encontrámos na
c
,1azu 1 Is 1 am· , Ccdendar, does. sh. 229 e 229.1, 424-425. . oa, 1937), n 1a1· s próximo de Nabdi, mas. csta ª· · , :26
l 1'nd.1a, vo1. 11 (Lisb , 5
'IS
I'. ·
% l')tmw ··,· do Jº . C'omle de L.m/:1ares. V,.·ce-Ret· ia 100 D
i:ário do ].º Conde de Unhares
146-147.
333
332
e 0 Estado da Índi
a (1629-1640)
Impérios em Concorrênci a: Histórias Conect adas nos Siculos XVIe XVII A lenda do sult ão Bula q i.
u d, que aparece
u no
assim, a exequibilida de de uma manobr a conducente à destituição verdadeir . o nome parece ter si. do ,Aqi·bat Mahm
ammad Akbar que
D ecão reclamando ser o pn,nci. pe mogol Muh
e
de Shahjahan. Agora, no iní cio de 1635, Linhares estava absoluta�
or mogYOl de Arcot.
103
1:1e?te descrente. O seu governo estava na fase final e o vice-r�I acabou por ser feito pns10nei ro . . . p 1 go v r na d
ac ionados c om
e e
. CI'dentes rel
O
h� itava-se a r egistar um último pensamento sobre o assunto, dois C roni. stas mogóis mencio . nam outros JD Shah u
dias antes de ter minar o diário relativo a esse ano e de o enviar para d O s éc ulo xv m , 0 maratha Raja
0 mesmo prí ncipe . : no m · ,icJO· _ forte reac çao por
0 reino: «Tenho isto por fabula e pareçe hé este Bolaquim cõ os e, refen. do como tendo geradO «com _ oçao» e uma
m q u e proclam
ava ser o fil. ho d0
mogores, outro Rey Sebastião cã os Ponuguezes.» ter receb i. do um certo M u,m- . ud - D onflit. os que
rd e d ur ante os c
Er a a segunda vez que a histór ia do Encoberto se cruzava c om pr,mci. pe Akbar'· alguns anos mais · ta ' · 'Ali.
. r m a
- os Sa yyi d' Husam -
a história dos imperadores mogóis. A crer nos jesuí tas que viviam opuseram o imper ador Farrukh si. yar e os i
vin d o do Decao, ao
or .te
na _ cone de Akbar, ao avô de Shahjahan impressionara vivamente Khan desafiar ia o imper ador ao regressar a, c e Muham mad Akbª r
h0 d
a fi_gura de D. Sebastião: «e do caso d'el-rey Dom Sebastião �em mesmo tempo que proc1 amava te r um fºl1 que, nessa ocas1·-ao, ao
. consi. go. As mesmas fontes !D . formam-n os
muno sennme nt o, e quando falia daquelle caso louva o animo . dor teve' pelo rece.10, mn_
ra
esforçado d'el-rey Dom Sebastião».'º' Meio século volvido, temos saber das pretensões do n·vaI , «o im . . p a d'mastta
· da queda d ceram
e
· da J á d epois
e sta inter �ssant e compa ração apeno na bexiga». to4 Mais tarde a in ' pare
de D. Migue l de Nor on��- Na es dague
la casa real a
verdade, ha pontos de contacto entre os vários Bulaqi e os vanos (e saf,avi·da , homens a legando se p 'n c1 . p o , ªs suas
es
ª gumas ocas1·-
r n
e m 1
. as, cas0 de Abu'I Fªth S
falsos) D. Sebastião do ocaso do século xv1 do Rei de Penamacor peri·odicamente na ,lnd.1a, sendo qu e ' ultan
'
e dO Re_ .i da Encei. .ra ao pasteleiro do Madr igal e a o Ca1 abre, s. 0, 2 reiv· i·nd.icações eram ti'das por verdad ei r
x v m ,os Mais · uma vez,
M.uhammad Mir za Safavi nos fmais · do .sec , I O · AI"1 Bªkht
ol Mirza '
u
A omnipresença da lenda é o lugar centr al do r umor, alimenta º m o g
? p _ d, no
na déca da de 1790, o itinerante prín � Murshidaba e
e
pela errante pr�sença física de um e mbuçado. A componente tr ágica c
d a d e d e
1 r qu
de a mbas as h�stór ias e de a mbos os persona gens comove o obser 'A zfan·, fi. cou desconcertadO ao chegar a c
te za , u m i. rnposto
ua tr is - 101,
va�or es:ran_ geiro, tanto qua nto os portugues se com overam c_ m Leste da ,India' pois a,1 encontrou' para s o própr.io M'H·za Az fan.
es � ta- o
0 mfonuni o de Bulaqi ou Akbar com o drama de D. SebaSnao. proclamava ser nem m ai. s nem menos
que
n t o da h1 . s to, n. a do su1
cu · ne o,· 0
Nun� e noutro caso, a mesma
legitimidade para governar, a mesma Sera, que estes homens t.iveram conhe ? Ou, de outro mod o,
s.
. se, c ulos an t 111ªis gene, n
e c
adesa? popular, a mesma inquietação de quem usurpara o poder e 0 B ulaqi, passada quase dois u m t e m a
. omo
ep .isódio e ntrou na m emo, na popuIa r c assenta 00 mesmo c ue
orpus
exercia em sobressalto.
la qi », q
<? caso do sultão Bulaqi não foi certamente o último do género t anto ma.is que a pro, pn· a 1 enda de B u reis' ou a « caJ a11 dares
de
na India mogol. Encontramos outros exemplos, corno o do irmão d e crenças e lendas re1 ati. vas a dupI os soberanos.? ser
de Aurangzeb, Sha h Shuja', nos anos 1660-1670 que já citámos. poden·am revelar-se e1 es pr·ópn. os c páginas anter-wres
o m0 .
. Pº dem s
l ai
' s nas 11stória m
· , · do secu
No m1c10 , lo xv111, os casos de pessoas que pretendi" am ser Os episódios que disc uu. mo m o parte de urna
entendidos' como já sugern ·n os' co
pnnc, i·pes mogoi , ·s contin· uar am a pr oliferar, talvez por exi·stJI· -, de g
facto, e _nesta altura , um grande número de pr íncipes de sang e e n ur n b ra l Visions: Makm
m, P
real. Assim, depara mos em 1717 com o caso de um ho mem, cuJ º
� . ) Y
Sub raI1mali,.ny2a0 OI) 128- l29. han, 1ázktrat-
Sobre esre caso, vep-sc. Sad1Ú va D e wa r K
Polities i n Earl� Modem Sou th ln, ' ia,, (NoMl;hammad f-Iad' ' K2a2m8 e 254.
ioJ
em 0
8 ), . a Lucknow», in
104 ,
Estes •mc1den
•
ts encon era' m-r seAI m (Bom6a·in'1 .19 5 fav1de i , ene. 1996
101 Excerro de
· -ra, d os, pad res R. Acquav1·va, A Monserrare e H Henriques -us-Salâtin Chagb_tâ, ed. M uzaf f� . � Nababi: r_:ulnfmaonc; Coslov V,
._ , uma ca
de Damão, Farpur Sikri, Março-Abril 1580:. pub. in Docume·nt a 1nd1'ca'
. ,ora, « U1i So f' na l ib n s -� in Abu'I F ·atz;·1 Su3ita�
.
ao capn;�o e·1org10 . ia, eds. ·x, E . be K g: . . 13-5 5.
io5
.
Dantela Bredi e Gianroberro ScaMc,an w h o would noi,t 32 ' n º 4 (1999). e5d J{amza
]>
ed. 3. W1ck1, vol. XII (Roma, 1972), doe. 3 , 23.
Ver
. , sobr·e este
, · -,1ssunto,
· . Ant 6 1110 · Macl 1ado Pires, D. 5e·as
to,
·- e · O E·ncoDeb esr t,_ 337-38O; e também l{or.'.,."The ia» in [rama· n Studiheandrasek. 11aran e SyMuham' mad
· b ttao
102
reed., Lisboa, 1982, especialmeme 59-64· Jacqueline· Hermann do Muhammad Mirza Safav1 n,,11., ;d, l/ari, eds . C duçiío em urclu,
' No Rein o A . ra
Jªdo.· A C'onst:·uçao- eto .Jee:ast1am
b · smo · em 'Portuga.l, Séculos X\/! e f\/1 I (S-ª� f'a.' uriloe
, 106
Mirza 'Ali Bakht, Waqiat�i. 102-1 03; e, pT.ar.a, \�J37)
1998), e O classico de Miguel Dantas, Les ux Don Sébastien. Etude sur I /?JSIO H uss'.iin Omari (M�d_rast:� 1,9� ���A z[ar i (Madrasr a .
de Portugal (Paris, 1866). fà Husa,n Mahvi Sidd1q1, Waq.i ª1
335
334
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
si· mp1 es, envo1 vendo o envio de testemunhos de vi· sta, os sa fávidas
. . ee
d
recorna_ · m a me_·ios mai· s sofis_u· cados, que rei�1eti�m
º
· p�ra a civihda Bibliografia
de
a mesma da eti queta apropnada a um prínci pe, mclumdo a no�ão
or ovement s against the
«alto nascimento e grandeza [que eram] evidentes no se u co P o Adas, Mich ael. 1979 .on. M ille narian protest m
· .
rebe l!z .
. . tr Prophets of
tamemo».
. Com algum cmismo' o problema podºia encont r'ar ou or European colonial or der. CI1ªPel H ill.
.
. al -r,iext, Ti·anslatwn an
.gin
d
tipo de resolução: percebemos que para Filipe IV um bom im� · s
Aftabi. 1987. Târif-i. Husam h Dª kh n:
· Sh'h Ba,dsh '. M. S. Mace. P une.
Ori ª-
N ova Deli.·
t a
os lkarn1 e
o a
the cnd of the Akban· d'isp ci· 1s at10n» . al. Nova De 1·1.
º
,. ,. ade ,
de espmto empmco, mas sob retudo ao facto de a amb1 gu1d .' ,k a1_ ,te ett. al Scnato
durante
to hfan Habib. cd. K. N. Paml a tori. ven
bluj e a dúvida, fazerem part e da cultura política da época. m ba s ci
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tud s,i
vol. 55, n. 4: 851-880.
. . , mpo rts,
0
•
de doutoramento, U 11iversidade de Londres. 359
358
Índice remissivo
0 2, 204-2
05, 217, 236-
A 174, 1 85 , 2
7, 280.
Abranches D . Alvaro de, 95 -98. -237, 269, 27
Abb as I Sh ah do Irão (15 87-1629), African os, 31. 9, 243, 283.
6, 5
209 2
, 3 3 A gostinh os, 5 102-103, 135-136,
77,
Abbas II Sh do o (1642-1666), A gra, 56, 61, 8 4, 2 61- 2 62 , 265 ,
llO-J}2 ,
h lrii 17 8, 1 82 , 1 1, 31 3-315, 320,
-31
Abdullah Niyaz1 , xeque' 135-136· 304-306, 310
Abiss1'nio . 324- 325.
s r também Habashis, raj, 122.
24, 1 ' ve Ahm ad al-A' , 80, 88-91, 93, 99,
77
Ahmadnagar, 6-250, 252,
55
A bu T a h:Ir ibn . H asa n Mu sa al- 1 9 1, 243, 24
·
Tarsus1, 1 31 1 40, 164, 66- 267, 3
06-307,
0 -2 62 , 2
254, 26
Dârâb N' ama, 131 . , 3 1 7, 319. a mmad,
Abu , I Fazl 'Ali ami,. 39 ' 193' 214n, 315
la l- al -D in Muh -1605),
2 43 ? Akba r, J a 56
48- 25011, 25611, 261-262n' ogol (c. 15
269� - imperador m , 88-89, 103, 105,
77
A, ,.in . 40, 44, 54, 120, 136-141, 160,
-i-Akbari, 188. 18,
Akbar Nâma, 39, 46, 65 , 88, 137 , 108-109, 1 193, 201, 210-213,
1 82, 249,
193 , 2l 5' 22 ' 226, 243 , 248, 261. 177-180, 42 - 24311, 247- 8-
2 2 8,
215, 22
2- 266, 26
2
Acehn escs, 15 i.
7 n , 2 6 0 - 262, 265 - 12 - 31 3,
4, 3
Achém , 12' 125, 15 4, 155, 161, 165, 1 - 3 0 2 , 30
25
- 2 7 0 , 30 25, 334-336.
167-171 208, 216, 227, 255, 274, 3
2 92. ' 317n , 321, di, 159.
Lo
Adem' 16411 166, 170, 216, 224. 'Alam Khan ar, 337.
z aff
o·'
Aduane ieg o de, 285, 292. Alam, Mu , 24-25,
y id
Afegão/' 3, 135 , 140, 155, 161-162, A laol, Say , 24.
Padrnâvati ardeal), 86, 237n.
306, 32� , 325. D. (c 8, 84-
, .a1t . at1. e· Alberto, A f on s o de, 72, 7 45.
Aff ' iovanni Fra. ncesco' 97. qu e ,
Albuquer 16, 147, 189, 233,
2
Africa, 24' 30-31, 36, 45, 67, 121 , 9 8, 1
12 -85,
6' I 30, 1 45, 147-149, 15 7, 170,
3 61
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII Índice remiss ivo
Alb u q uerq ue,B rás (Afonso) de,78. 140,147,156-157,160,168,174, Baluquistão,133. O Livro das Plantas de todas as
Alb u q uerq ue,Matias de,84-87, 91, 182 , 186-189, 193-194, 196-198, Bamânidas,248. fortalezas, cida�es e pov�ações
93-94, 97-98, 218, 228, 238-240, 2 0 9, 211, 230, 233, 235, 237n Bandarra,Gonçalo Anes,148-149. do Estado da [ndia Orie
ntal,
243,251. -240 , 245, 2 56, 2 71-278, 284, Trovas, 149. 57,279.
Alemanha,31,277. 311. Baqi,Muhammad,54. B oxer,Charles,36,234.
'Ali 'Adi! Shah,sultã o de Bijapur (c. Ásia Port ug uesa,39,47,62,73,35, ,236.
Barbosa,Duarte,38,159,278. B ragança,duque de,145
1557-1579), 47, 78-79, 83, 88, 155-156, 158, 231, 234,237-239• Barkan,Õmer Lüfti,43. B râJ11anes,23.
210,216,252,256n. 276,278-279,281,287-288,293· Barreto,António Moniz,256. B râmanes saraswat,26.
'Ali Barid Shah II de Bidar (r. 1589- Assam,23. Barreto,Francisco,52 ,153,175. 31, 67, 2 0 3,
-1610),89.
. B rasi l, 11, 1 6, 26,
Astarabadi, M u hammad Qasim Bar ros,João de,1O,40, 49,68, 70- 2 29·
'Ali bin Yusu f 'Adi! Khan,sultão de 120,158,203,
Hindushah,247.
1
-75, 77, 99, 100, 103, 108, 110, B raudel,Fernand ,21,
B ijapur,76. Ataíde,D. L u ís d e (1517-1581),8 ' 191,217,279. 205,209,230.
Almeida,D. Francisco de, 70, 189, 85' 204' -? 17-218,233,256. 28 l.
.
Da Ásia (Décadas IV-XII), 74, B ravo'. Frei Sebastián,
233. A u bm, Jean, 36, 67, 158 , -?0 6, 240,278. B ritârncos,19,18 7, 1 96-1 97.
Almeida,D. Luís de,161. Barus,23,25. laq tlll, 8, 10,
234. B ulaqi, Sultã o ou B
u
301,3 311,313-
u
6
Alqas Mirza,124,207. A urangzeb (r. 1658-1707),59,10 ' Bass o rá, 125 , 1 50, 167-168, 170 - 14, 103,295,
05-
3 1
Alves,Jorge dos Santos,292. 108,195,309,312-313,317, • 2 -171,206-208 11 . -325,330,332.
Anatólia,122. Bayana,135-136. 6,306,321 .
334. B urhanpur,134,18
Ana u k-h pet-lun, g o vernante de Austrália,62 ,272. Bayanwi,'Ala'ibn Hasan,135.
Burrna (r. 1606-1628),279. Ay u thia,277,286. Bay ly,Chr istopher A.,24,31.
Andijani, Qilij M uhammad Khan, Azeved o,D. Jerónim o de,279· Beaulieu,Aug ustin de,271 272 274 e
- , .
141,211,222. B edil,Mirza,29. Cabo
' Comorill'l,47,279.
,146,150.
Andrade,Simão de,50. Beg ,Asaf Khan Ja'far,140
. Cabral Ped r o Alvares 01,
' 215,224,3
António, D. (P rior do Crato) ver B Bendahara,Datu,38,45
. Cab u 1 ,'26,210' 212,
também P ri or do Craro ,86,203. Babayan, Kathryn,129. Bengala,19, 22, 56- 6 63, 7
0, 0 , 90 , 307,320,328-329.
77' 96.
Appa Rao,G urujada,32. Bab ur,Zahir al-Din M uhallllllad ' 103,135,138,173,182-183,192, Caldeira' Lourenç o,
' 150 171 ' 173'
Apram Langara, rei d o Cambodja, 1 89,245,300 -301.
2IS, 247,
2 74, 278- 2 79, 288n , Calecute,79,84,146, '
ver também Paramaraja IV, 283- Baçaim,41,80 ,90-91,153-154,200' 296,315,317. 189,206,241,255.
159,161,
-287. 219, 225, 250. Bengalis,24,58-59. Cambata . ,80,81,155' 158-
Árabes,22-24. Badakhshan,77,133,243,3o7. 6 Benua Keling,21. 171,175 ,200,223,242.
Arábia,22 ,26,40,49,63,142,190. Baday uni, 'Abd al-Qad ir,49,65;6 ' . 287,292.
Berar,89,163,260 262.
, Camboia,22,-?7,281-
223,- 26' wen,1 08.
Arcor, 335. 133-140, 160 , 212 -213,
Ber nier,François,100,10
4-105,107, Cambr idge,Richard O
Ardistani,Mustafa Khán,216,256. 249,267,269. . ! 09,188-189,195,313. Calllila,Dona,84.
Argh un, Mir Farrukh,54. Muntakhab aw ârzk h, 6S' 193, �hakkar,_54, 56. Cananor,47,80.
C ana1.'a,245-247,278. , Albert o,
al-T
Arghun,s ultã o M uhammad,56. Bagdad,122,308. hakkan,Shaikh Fari 141-142
te d, .
Aristóteles,131-132. - do Guzera
Ba 11acj u r S I1ah , su 1 tao Zakhirat al-Khawânin, 141. C ardeal D. Alberto,
ve1
" 7 5 B�atkal,49,1 �
Arracão, 274,2 97. (r. 1 s26-IS37), 2 6, 41, 7o, 52' 171 -172, 245. D. (cardeal). .
81Japur,12,47,76-77, ,ve1' Henn· que,
Asaf Khan, Mir Ab u'! Hasan, 305- 80, 159, 162-163, 190-191, '
2
80-83,88-89, Car deal D. Hennq ue
-30 7, 30 9-31O, 314, 318n, 323- 299-30 l, 322. 96,154,164,191,210,216,245- O. (cardeal).
-326. Bahl ul Lodi, 77,300-301. -249,252,255-258, 260 ,268,307, Carlos IX, 12 l.
4.
Ásia, 7, 12 -14,16-19,22,24, 26,30, Bairam Khan,137, 210. 3
. 16-317, 319,333. C a1·I os. V.,120,123_ -12
,284,.
33-37, 39-40, 43-44, 46, 49, 51, Baldaeus,Philippus,1O1. : n 1 nia,19, 6 40,87,274. Carneiro,Pantah.ao
�� .'
oca1ro, Anto!1 10, Alcaçova,175.
1
62, 6611-69, 71-72,77-79,81,85, Ballaha-Ra'i, governan te do H' · 111 d ' 1 40, 57, 99, 192, Carne1. 1.0, J)e'ro de
99-101, 107, 113-114, 130, 138, 2 3.
279. Carré,Abbé,1OS.
362 363
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII Índice remissivo
295.
-251,253 -255,276, 289,318-3 19, Cristãos sírios, 291, 293. Di na stia usbeque Shaiba n i, 1 3 8 ,
321, 330. C ron' Ferdinand, 276-277· 185, 307.
3 159'
Clã Quraishi, 122. ·
Cultura indo -persa,26,41 ,13 ' Dirks, Nicholas B., 45.
Cochim, 80, 86, 97, 156, 166, 172- 192-193, 197. Disney, Anthony, 234, 280. F 90 92.
Fahim Khan, a1'. z, 1 30, 134, 248-
-174, 189, 206, 2 11, 2 18, 2 45, Cul tu ra judaico-cristã, 15 1. ) 41 Diu, 41-42, 78, 82, 89, 98,153-154, . . , Abu'l f
538 ' ' , fa1z1
276, 279,282, 289-292. Cunha, Nuno da (1529- l 156,158-161,163,165,183, 189 -249.
322 4,
Coelho, Nicolau, 151-152. 69-70, 175n, 190, 233, · 191,200,207,211,218, 22 � 2
Fansur,23. 96, 250.
2
Companhia do Levante, 205. Cunha, Tristão da, 233. 226, 2 49, 251, 270, 278. an,92-93,
Farhad I<:h 59 335.
Companh ia Francesa das Índias a_r, ,
Doge de Veneza, 123. Farrukhs1y n. ,'77 138, 21 3, 216
Orientais, 30, 106. Dominicanos,1O,271- 272,281-282' Fatehpur S1 k '
Companhia Holandesa das Índias D 285-288, 293. 226.
Orientais, 30, 100-1O 1, 104-105, D. Quixote, 98. Dowson,John, 62.
186, 270. Oabgar Masjid, 53 . 365
3 64
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII Índice remissivo
28 9. Heródot0, 33. 5.
144, 158 . -3
Herskovits, Melvill e, 27.
3
Francklin, William, 100. d on ésia,
275. 289.
· · ça• o, 148, 156' 276n,
francos, 7, 14, 50, 177, 184, 191,
198.
Gog, 132, 144, 18 5.
Góis, Damião de'. ;º: 66. . . Ma
o Rez D
Hideyoshi Toyowmi, 3 4, 275. In
qu1 s1
Bija z, 9 0 , 116, 13 3, 215- 216n , Jn nianos, 138, 140.
Ira 36, 80n, 8
9,
2 9- 3 1 '
Cr6mca do Fel zczss zm
22 4, 227. 7 ,
Fraser, James, 100.
nuel, 66. Ira·' o ' 2 5- 2
1 2 0 - 12 1
, 12 7- , 1 2 9
, 757' Hinduísmo, 25, 156. 1 7 ' 4,
Fujian, 21, 273.
Golconda, 155, 216, 228, 252 - Hi ndus, 6 0 , 13 8 , 142 - 143 , 2 1 4 '
11111 ,
4
l
1 3 511, 1
40 ' 151, 16
Fuller, Chris, 25. 1 31 ' 1 - ?09-2 , 10
?0ln) 206 ' - 2 98 ,
3
2 60, 307, 317, 319. 326. 7 , -
177, 1 9 7,
Goldst0ne, Jack A., 150-15'- 57_ Hindustão, 16, 23, 3 1, 42, 76, 134 ' 38, \ 3
65 277, 28 1
4,1 2 3 0, 2 27 3 9 - .
Golfo Pérsico,28,44,125,15 83
33
136, 245, 325, 328, 3 30. 23, 32 :__ )
2
' 3 08, 3 , 5 4, 5 6.
G -158 11, 164-165, 168, 173, l an , M n za , 52
Hisari, 41-42. 'Isa .-r<iarkh '
Gaio, D. João Ribeiro, 288. 124.
Gallinato,Juan Xuúez, 283-285.
207, 242,, 25�, 264,�- ..
67 Homero, 78 . 'I sa
· , M aulana, 45.
7
Gómara, l-ranc1sco Lopez d e ' _ Houtman, Frederick de, 271-
2
Isa acman,
Allen,
ºº·
2
Galvão, Duarte, 116- 118 , 145, 147- Gritti, Alvisc, 123-124. ,
Hughli, 56-58, 60-61 , 6 3 2
-148, 156, 234. Gruzinski, Serge, 13, 25, 27· 367
366
Índice remissivo
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII
n-85,
Isfahan, 26 , 322, 32 5, 32 7, 331- J 011gh, Geleynssen de, 104, 192. Pâdshâh Nâma, 4 0, 58. Malaca, 7, 14, 38, 78, 81, 84
, 21 , 0, 55, 2 7, 271,
-332, 336. Jorge, Guilherme, 289. 9711_98 6
Lal Bujhakkar, 29.
2
-
22
3,
8
273-274, 7 - 78, -
Islão, 49, 59-60, 70, 118, 121-122, Judeus, 144, 148.
28 287
Laos, 274, 283, 285.
2 6 2 282
-290, 29 2- 93.
132-133,1 36, 142, 150-151, 160, Juízo Final, 122, 136. Lemos, conde de, 282, 292. 0, 154 .
2
24 7n. Khusrau, p ríncipe, 178 -17 9, 181, Luso-asiáticos, 274. Mascarenhas, 7n.
Java, 21-22, 275. 26 9, 302-304, 309, 315, 323-325, Lutfullah, Khwaja, 82. 21 7, 21 9
, 25
2 07, 220,
Javaneses, 24, 241. , 86, 12 5'
328, 332 -333. Mascate , 3 6
Jerusalém, 30, 145. Kunjali Marikkars, 29 0. 228, 237.
62.
Jesuítas, 10, 34, 4 0, 67, 77, 106 - M Masulipatão, 7 , 94-95' 116-117,
0 9
-107 , 15 6 , 17 7-18 3, 18 7-188 , Macau, 27 3, 278.
2. Meca, 43, 9' --148,154-155,161 ,
2 01, 213, 2 25-2 2 6 , 2 2 8 , 2 42 , Madagáscar, 21, 35, 13' 4 13' 9 1 .
2_16, 33?
28 47
L
311-313, 320, 334. Lacerda, Duarte Pereira de, 225. Madurai, 282, 29 0. 171 7 4, a de,-i21' 203.
n , 1
Jiddah, 161 , 168 -16 9, 171, 1 91, Lacerda, Miguel de, 84, 86. Maffei Giovanni Pietro, 99· Médicis, ea
ta 1·111
2 2 1 8
216 , 223-224. Laet, Johannes de, 100-102, l 04, Magalhães, Fernão de, 15 o, 8 ·
M edina, � 16, � 1 11 7 , 120, 123,
Magog, 65,_ 8 1, 132, 1 �4, 18� eo, '
Jihâd, 45, 47. 108, 192, 308. do uze Mediter ran 1 , 158' 203, 2
29-
Mahmud Bigarha, sultao 1 4 , 15
João I, D. (rei de Portugal), 144. De Imperio Magni Mogolis, 100, 13 0, 8
João II, D. (rei de Portugal), 66, rate, 133, 247. -230. 1 274.
19 2. 14 27'
145. Lafetão, Cosmo de, 96-9 7.
Mahmud Khan, 54. M iapor, 7,_ 89-90, 9 3-95, 98-99,
ei
Mahmud, sultão, 52, 56. ei,
João III, D. (rei de Portugal), 4 1, Lahore, 23-24, 178, 18 2, 265, 269, Melique, r 263, 266.
254, 259
Makhdum-al-Mulk, 136. 25 0- 2 52 , 25,288.
9 7, 148, 153, 1 65n, 16 6, 174 - 302-307, 311, 32 3-325, 328, 333.
M alabar, 4 5, 47- 4 9, 84 -85,
1 7 2,
, M a rt i m Afons.'o de' 2
-17511, 206 , 217, 236 , 245, 32211. Lahori Bandar, 54-56, 265. Melo
239, 24 3, 278.
Jo11es, William, 12, 16. Lahori, 'Abd al-Hamid, 40, 58 . 369
368
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVII Índice remissivo
Membré, Michele, 117. Morro de Chaul, 8 8, 93-96 , 98, Nizam Shah, M u rtaza, 8 8, 90 , Panni Dawúd Khan, 244.
283,
Mendonça, André Furtado de, 87, 250-251, 319. 247-248. Para �araja IV (c.1576-1594),
234, 241, 267, 290. Moura, Cristóvão de, 204. 285.
Nizami, Shaikh Ganjawi, 131.
Mendoza, Juan de, 286. Moura, Jorge de, 96. Nobili, Roberto de, 290. Parsam de Akhtamar, 127.
.
Meneses, D. Diogo de, 84-86, 218. Moura, Luís de, 96. Nobunaga, Oda, 34. P as I1a, Ibrahim, 124·, 168.
Meneses, D. Frei A l eixo, 235 11 , Muçulmanos, 17, 28, 47-49,60, 63, Pasha, Lüfti, Tawân 1eh AI-1. Os -
Noronha, D. Julião de, 94.
-1
26 3 11 , 266, 276, 291. 92, 117-118, 120, 122, 134, 138, Noronha, D. Miguel de, ver collde mân, 122, 127.
.
Meneses, D. Pedro de, 218, 226, 159, 181, 331. de Linhares, 234, 314, 320, 322, Pasikhani, Mahmud, 138
256. Mueller, Max, 16. Patane, 277.
Meneses,Fernão Teles de,218-220, 334.
Muhammad Sa'id, Mirza, 142. No s tradamus (1503-15 66), 121, Pathans, 26.
223, 227-228, 238. Muhammad Salih, Mirza, 55. Parna, 26, 303.
201. 22?
Meneses, Rui Garcia de, 28 9. M uhammad Shah (c. 1719-1748), Nunes, Fernão, 33, 71. Pearson, M. N ._, 159
México, 182, 273, 281, 287, 292. \ oo�Í 05, 111,
59. Nunes, Leonardo, 78, 81,155,191. Pelsaert, Francisco,
Milenarismo, 7, 11, 14, 113, 115, Muham mad Zaman, Mirza, 8 1, 192, 198. .
118 -121 , 130, 132, 143, 14 8 , onstr antie , 101
175. Kromeº .k e n Rem
150-152, 247. Multan, 23, 327. o -102 104-105, 192.
la, 289-290.
Miller, Joseph, 45. Multanes, 24. Oceano Índico, 7,9,12, 14,17,31, Pen- a, Ped�o Dí. az de
16' 66, 119.
Miram Qilij, 141. Munshi, Iskandar Beg, 323-324. 36 , 43, 116, 145, 153, 155-157, Península Ibe,nca, 9'
Miran Shah, 109. Murad III, sul tão otoman o, 66 , 159,164-165,169,173,176,186, Península Malaia, 85.
Mirza Abu Talib Khan I sfahani, 205, 215. Pepy.s, Samuel,. 108:
189, 192, 206, 209, 230. mto, 65' 78-83,
196-197. Murad Khan, 78. Orme ' Robert ' 100 ' 107-108. Peren.a, Antómo P
Moçambique, 45, 85-86, 98, 276 , Mustafa 'Ali (1541-1600), 50. 88.
Ormuz, 28, 52, 60-61, 82, 85, 125' 1·
278. Muzawwar, 129, 298 . Pereira· , D· Manoel' 9 ·
153, 167, 171, 17411, 183, 205- . de Lima, 78.
Mogóis, 7, 12, 14, 24, 26-27, 57,
-206, 208 , 218, 220, 23811-239, Pereira, D· Paulo
75.
59, 61, 65, 67-68, 70-71, 73, 75- Perei·ra, Diogo' 1
-77, 80, 88-89, 91, 97, 99-10 0, 242-243, 264-265, 278 . 25 31 273, 287, 2
92_
N Orta, Garcia de, l 00. 5� 49), 31.
104, 110-1 11, 137-1 38 , 140- ��:�, L; v:n (17
8 18
Nagauri, Shaikh Mubar ak, 136 - Osório, Jerónimo, 99. ntó nIO d , 2 87.
-141, 160-162, 177, 179 11 , 18 1, P iedade,.F·rei. A
a
-137. Oromanos, ver Impeno , · Otomano, de (c. 146 . 0-1 52 2), 66.
183-186, 18 8-18 9, 191-195, 198, Narayana Rao, Velcheru, 30, 32711. 12, 24, 26, 43-44, 66, 119-
120, Pin. a, Rui 5 , 73 ' 274.
200-201, 211- 212, 214, 216n, Pmto , Fernao - Mendes' 1
Narmada, 22. 124-125 127-128, 133, 13 9, 143, , 59 278.
222-223, 225-228, 230-231, 233, Nasir-i Khusra u, 139. 1 -169, P ires, �ome, 1_ . ' 'is 44, 165.
150, 156-157, 163-166, p Re '
P iri Reis ou m
68
241-244, 247-252, 259-261, 264- Nayaka de Tanjavur, 220. , 202 ,
174-175 1 85, 1 8 9, 2oo
-268, 270, 277, 300, 305, 311, 231 , Políbio, 11O.
Nazarenos, 59, 291. 204,210: 212-215, 227, 230- n,
322- 323, 325, 32 8 -329 , 332- Negapatão, 278, 289. Pollock, Sheldo �\2 48 63, 66,
245n, 330. , 2 4 -
-336. Portug �\ - :2 8 5_87, 90, 100,
Oviedo, Gonzalo Fernández d e,
al 1
Nicote, Filipe de Brito e, 279.
Mol ucas, 274. 68, 78, 0 144- 145, 1 47 ,
Nizam al-Din Ahmad, 70. 67.
Mongóis , 117. 116 , 118 , 12 '
Tabagãt-i Akbari, 70. 16 0 ' 16 7, 1 72,
Monserrate, António de, 118, 120, 1 49 ' 151 -1 52 ' 229
139, 193, 201, 212, 215, 222 11 ,
Nizam Shah I, Burhan, 8 9, 136,
185, 200-2
06' 208, 216 -219, '
,2 68,
243, 252. 7,263' 2
236-241,245,25
66
p
225-227, 242. Nizam Shah II, Burhan, 88 -89, 90- Paes, Domingos, 33. 298.
Moraes, Rodrigo de, 82. 272, 275, 278 'i
-92, 99, 247-252. Pagliarini, Nico lau, 74. o ' 12-14, 24, 28,
Marga, D. António, 281-282, 285. Portugueses, 7'
Nizam Shah II, M urtaza, 306. 61 64 67-68, 71-
Moro sini, Giovanni (Gioan) Fran-
Pahang, 277. 33-52, 55-59, � 2-84, 87-93,
Nizam Shah, Husain, 79, 88 . Países Baixos, 16 , 104, 2º3· -73, 75-77, 79- 8
,8
cesco, 126, 204, 218. Nizam Shah, Isma'il, 8 8. Paleacat e (Pulicat), 274-275·
371
370
Impérios em Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos XVI e XVJJ Índice remissivo
97-101, 106, 117, 144, 147-148, R asuli, Mir S ayyid Ni ' marullah, Salgado, Rui Lopes, 289. Sh.iraz1, · Khwa' i·a M aulana, 139.
151, 154-157, 159-163, 165-167, 136. Salih, Mirza Muhammad, 55. Shuja , Shah, 296, 334.
'
169-176, 184-186, 189-194, 201- R asulpuri, Sayyid 'Izzat 'Ali ibn, Salim, príncipe, 180, 263, 268-269, Sh ulman, D avid, 30.
-20 2, 2 06-20 7, 2 11-2 12-215, 122. 312, 325, 328. s·ão' 283-284, 2 92. ndre
220, 223-225, 22 7-22 8, 230 -231, Rauzat al-Â'fmma, 122. Samarcanda, 26, 44. '. ancl a 1_, Alexandre ( Al exa
S1k
233, 235, 241-246, 249-25 0 , M agno), 1 31- 13 �-
R aychaudhuri, Tapan, 30. S amorim, r ajá de C al ecute , ver 163.
2 52,-257,259,263-265,267-270 ,
Reino de Taiping, 116. também Samudri, rajá de Cale Sikandar Shah Lod1,
d , 22 �-
273-2 76,278-281,284,287,30 8, Resende, Garcia de (1470 -1536), Silveira, D. Simão
a
y
242 , 304, 315, 317, 323n, 325- u Yazid, 126.
-326, 330, 332-333. Uddhav, 29. Yusuf, Miyan Sayyid, 134·
'Ulâma, 139. Yusuf, Muhammad, 32�. , ,
Ullal, 84. 'A la ma ra-y i
Z ail-i Târ ikh-i
T 'Umar Shaikh, 76, 109, 300. Ab bâsf, 324-325.
Tabriz, 127, 194. União Ibérica, 12, 25, 272. Yusufi Tarkishduz, 130.
Tahir Muhammad, ver T hattawi, Usbeques, 2 4, 183, 200, 2 10, 215,
Sayyid Tahir Muhammad. 227, 269, 32 9.
Tahmasp, Shah do Irão (c. 152 4- Z re j d e
-1576), 80, 117, 124, 128, 134, Zain al-'Abidin, Sultan ,
164,2 01n,206-207,209,275,330. V Achém, 85, 2_16.
Ah m a d
Thattawi, Mir Muhammad ibn Vaippad, 2 89. Zain al-D in 1bn , Ali
Sayyid Jamal, 55. Vale do Zambeze, 273. Ma'bari, 47-50, 57, 63·
Tarkhân Nâma, 55. Valentyn, Françoys, 100. Zami'ndârs, 303.
. uham mad,
Tailândia, 19, 22, 2 6, 44, 209, 274. Van der Lee, Dirck., 304, 315. Zuhuri, Nur al-Din M
Tamilnadu, 38. Van Leur, Jakob, 37. 91, 2 59.
Târikh-i Alff, 140, 212n. Van Linschoten, Jan Huy gh en, Kitâb-i N auras, 259- (c. l410-
de
Târikh-i Tâhirf, 54-55, 61. 2 78. Zurara, Gomes Eanes
Tarkhans, 52, 55-56. Van Ravesteyn, Pieter Gillie sz, -1474), 66.
Tauhfd-i Ilâhf, 140, 201. 104.
Tavernier, Jean-Baptiste, 100, l05, Vansina, Jan, 45.
109, 187, 309. Vega, Cristóbal de, 289.
Távora, D. Maria de, 97. Veloso, Diogo, 284-286.
Távora, Lourenço Pires de, 2 17. Veneza, 49, 110, 126, 153, 168-lll ,
Távora, Rui Lourenço de, 97, 2 36, __174, 186, 194, 202 .
256. VIJayanagar, 12, 27-28, 33 -3 4,
T hattawi, Mir Muhammad ibn 71, 79, 88, 245-2 47, 257, 289'
Sayyid Jamal, 55. 32 711.
Thattawi, Mulla Ahmad, 140. Vilhena, D. Filipa de, 86.
Thattawi, Sayyid Tahir Muham Vilhena, D. Maria de, 2 37.
mad, 54. Villafane, Luis de, 286. .
Tibete, 23. VOC, ver t ambém Comp an h_1ª
,
Timur, 75-76, 103, 109, 140, 300, Holandesa das Índias Orientais
330. 62, 100, 186.
Tirupati, 245-24611.
Toby, Ronald, 36.
Torres, Garcia de Melo de, 276. w
Trancoso, Gonçalo Fernandes, 290. Wachtcl, Nathan, 27, 35, 194.
Transoxânia, 16. Wagoncr, Phillip, 28.
Tucídides, 37, 110. Washbrook, David, 31.
Tuhfat al-Mujâhid in (provável au Wicki, José, 84.
tor: Zain al-Din ibn 'Ali ibn
Ahmad Ma'bari), 47, 62. X 375
Turcos, 24, 124n, l 65, 191. Xiismo, 137, 151, 210, 331.
374
_;::::-----