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14 - Fernandes, Silvia. Teatralidades Contemporâneas
14 - Fernandes, Silvia. Teatralidades Contemporâneas
-JAPESP
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J.G. e S.K.
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Teatralidades Contemporâneas
Sílvia Fernandes
TEATRALIDADES
CONTEMPORÂNEAS
1tJAPESP
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Fernandes, Sílvia
Teatralidades contemporâneas / Sílvia Fernandes. - São
Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2010. - (Estudos; 277 / dirigida por
J. Guinsburg)
Bibliografia.
ISBN 978-85-273-0881-6
10-00577 CDD-792.0981
Direitos reservados
EDITORA PERSPECTIVA S.A.
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3025
01401-000 São Paulo SP Brasil
Telefax: (011) 3885-8388
www.editoraperspectiva.com.br
2010
Sumário
Apresentação IX
PARTE I
ENCENAÇÃO CONTEMPORÂNEA
1. Hibridismo e Multimídia nas Encenações
de Gerald lhomas 3
2. A Dramaturgia da Artista 13
PARTE 11
PROCESSOS COLABORATIVOS
1. O Lugar da Vertigem 61
2. Teatro-Cidade 71
3. Teatros do Real 83
4. Cartografia de BR3 . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . 87
PARTE III
DRAMATURGIA CONTEMPORÂNEA
1. Notas sobre Dramaturgia Contemporânea 153
2. A Violência do Novo 171
3. Mostra de Dramaturgia 177
PARTE IV
PEDAGOGIA DA CENA
1. Formação Interdisciplinar do Intérprete:
Uma Experiência Brasileira 191
2. Um Modelo de Composição 227
Encenação Contemporânea
1. Hibridismo e Multimídia
nas Encenações de
Gerald Thomas
HIBRIDISMO
AUTüRREFERÊNCIA
2 A peça, que estreiou o projeto Festival Teatro Oficina, ficou em cartaz no Tea-
tro Oficina durante cinco meses, depois fez um mês de temporada no Rio de
Janeiro, no teatro do Sesc Copacabana, sendo ainda apresentada no teatro de
Arena de Ribeirão Preto, Sesc Araraquara e no Porto Alegre em Cena.
BOCA DE OURO E O OFICINA 27
11 Idem.
12 V. Santos, Zé Celso Coloca "Decano do Ócio" no Cio, Folha de S. Paulo, Ilus-
trada, p. 1.
34 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
13 "A forma é [... ] exata para expressar as preocupações do Oficina com as va-
riações da figura do herói mítico e, sobretudo, com a necessidade da cultura
de manter incessantemente renovado o despedaçamento dionisíaco". M. A.
de Lima, Boca de Ouro, a Fidelidade à Rebeldia, O Estado de S. Paulo, Cader-
no 2, p. D-18.
14 Boca de Ouro: O Mito, a Mídia, a Cena Doméstica e a Cidade, em O Olhar e
a Cena, p. 239.
15 Op. cito
BOCA DE OURO E O OFICINA 35
16 Op.cit., p. D-18.
17 Op. cit, p. 219.
5. A Cena em Progresso
DRAMA E TEATRO
2 Op.cit., p. 91.
3 Idem, p. 40. A esse respeito, é interessante citar uma passagem do livro, na
p. 70: "No final do século XIX, o teatro dramático se encontrava como que
fazendo parte de uma mesma espécie de discurso, que permitia aproximar
Shakespeare, Racine, Schiller, Lenz, Büchner, Hebbel, Ibsen e Strindberg. Os
vários tipos de manifestação podiam ser vistos como manifestações diver-
gentes, como variações fazendo parte da mesma forma discursiva caracteri-
zada pela fusão entre o drama e o teatro':
46 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
9 Idem, p. 37.
48 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
PLETORA DE LINGUAGENS
PANORAMA
PALHETA ESTILÍSTICA
22 Idem, p.156.
58 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
23 idem, p. 164.
Parte II
Processos Colaborativos
1. O Lugar da Vertigem
1 Este texto foi o primeiro de uma série de escritos sobre o Teatro da Verti-
gem, cujo trabalho acompanho desde 1992. Em "Teatro-Cidade': "Cartografia
62 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
Por fim, não se pode esquecer que a cidade tem sido as-
sunto predileto da dramaturgia paulista recente, que tematiza
um submundo de marginalizados, prostitutas, policiais cor-
ruptos e subempregados envolvidos em tragédias de rua da
metrópole. O que se percebe é que o escrever sucinto e direto,
típico de dramaturgos como Fernando Bonassi e Mário Bor-
tolotto, se impõe como modelo de um novo teatro urbano,
herdeiro violento dos romances de Rubem Fonseca e dos fla-
grantes dramáticos de Plínio Marcos. Essa nova dramaturgia
reforça a prática comum no teatro de hoje de filtrar as vozes
heterogêneas da cidade numa espécie de roteiro urbano, cruel
e poético ao ligar a violenta exclusão social brasileira ao espa-
ço público, em princípio aberto ao cidadão.
* Essa contagem tem como referência o ano em que Post Scriptum foi escrito
(N. da E.)
3. Teatros do Real
3 o texto "Liturgia do Medo" foi publicado no livro O Mundo Fora dos Eixos.
CARTOGRAFIA DE BR3 93
1 Kil Abreu faz essas observações em texto inédito sobre o espetáculo) enviado
a Antonio Araújo e à autora.
POÉTICA DA CENA CONTEMPORÂNEA 99
mada que é esse rio. Eu sinto que o Tietê é uma artéria inflamada
dentro dessa cidade. Talvez como no Livrode Jó) é um pouco olhar
a doença por dentro) é mergulhar na doença. E talvez com isso)
provocar uma ressensibilização do espectador através dessa expe-
riência. Mais do que ressignificar o rio como espaço teatral, para
mim tem a importância de ressensibilização do rio para o especta-
dor. Esse rio que é um rio-esgoto. É olhar para a merda) é ver uma
merda que é também a nossa identidade".
3 Ainda que a coralidade não seja o tema deste texto, é interessante constatar a
força dessa figura no teatro dos anos de 1990, incluindo algumas criações de
grupos brasileiros, como é o caso do Vertigem. A reivindicação da coralidade
aparece como uma das raízes do trabalho do grupo, especialmente quando se
leva em conta o fundamento coral que o sustenta. Como observa Christophe
Triau em texto recente, "Ser em conjunto, falar da comunidade, falar do hete-
rogêneo tanto quanto do grupo, e da dialética permanente entre os dois, abrir
a representação para o espectador", são os fundamentos dessa noção que tem
o modelo do coro antigo como referência, na medida em que reivindica um
funcionamento coral da produção cênica, que se manifesta mais como aspi-
ração e tensão do que como realização efetiva. Ver a respeito o número 76-77
de Alternatives théãtrales, Choralités.
104 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
Ió - Não blasfemes!
Matriarca - 'Alguém terá de beber minha fúria! Não sou filha de sua espúria
resignação!' Assim falou a mulher de Jó, e o eco maior de seu grito sacudiu a
terra e os homens aflitos choraram'. Luís Alberto de Abreu, O Livro de [ó, em
Teatro da Vertigem. Trilogia Bíblica, São Paulo: Publifolha, 2002, p.123-124.
5 Em vários estudos, Jean-Pierre Sarrazac trabalha o conceito de rapsódia ou de
autor-rapsodo, como em L'Oeuvre hybride, em EAvenir du drame, p.36-43.
106 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
9 É o que Antonin Artaud sugere, por exemplo, no final de "O Teatro e a Cul-
tura" quando compara os atores a supliciados que fazem sinais a seus car-
rascos de dentro da fogueira. Evidentemente, o conceito de presença não é tão
simples, e requereria tratamento específico. Basta lembrar, por exemplo, os ar-
gumentos de Iacques Derrida em "O Teatro da Crueldade e o Fechamento da
Representação" ou mesmo em "APalavra Soprada" ambos publicados no Brasil
pela Perspectiva, em A Escriturae a Diferença. O ensaio de [ean-François Lyo-
tard, Le Dent, la paume, foi publicado em Des Dispositifs pulsionnels.
110 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
2 Patrice Pavis já definira a representação como tudo aquilo que é visível e au-
dível em cena) mas ainda não foi recebido e decodificado pelo espectador.
Enquanto objeto empírico) abrange tanto o conjunto de materiais cênicos
quanto a atividade do encenador e de sua equipe dentro do espetáculo. Já a
encenação é o sistema de relações que a produção e a recepção mantém com
os materiais cênicos) constituídos enquanto sistemas significantes. Ao con-
trário da representação) é um objeto de conhecimento) um sistema estrutural
que só existe uma vez recebido e reconstituído pelo espectador) cuja leitura)
evidentemente) toma por base os sistemas significantes produzidos em cena
pelos criadores. Ver Do Texto para o Palco: Um Parto Difícil) O Teatro no
Cruzamento de Culturas) p. 22-23.
3 Voix et images de la scéne, p. 318.
4 Dicionário de Teatro) p. 372.
TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS 115
TEATRALIDADE E ANTITEATRALIDADE
5 o movimento simbolista tem sido reavaliado por vários teóricos, que passa-
ram a considerá-lo a primeira vanguarda. Ver a respeito o excelente estudo
de F. Deak, Symbolist Theater.
TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS 117
10 Béatrice Picon -Vallin organizou duas coletâneas sobre o tema. A primeira foi
publicada pela editora L'Age d'Homme em 1998 com o título Les Écrans sur
la scêne. A segunda, La Scêne et les images, foi editada pelo CNRS em 2001, na
coleção Les Voies de la création théâtrale.
120 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
TEATRALIDADE E LITERALIDADE
TEATRALIDADE E PERFORMATIVIDADE
19 Antonin Artaud sugere esse tipo de operação em toda sua obra, mas um bom
exemplo é o final de "O Teatro e a Cultura", em que compara os atores a supli-
ciados que fazem sinais a seus carrascos de dentro da fogueira, em O Teatro e
seu Duplo, p. 18. Evidentemente, o conceito de presença não é tão simples, e
requereria tratamento específico. Basta lembrar, por exemplo, os argumentos
de Iacques Derrida em "O Teatro da Crueldade e o Fechamento da Represen-
tação» ou mesmo em "A Palavra Soprada", ambos publicados no Brasil pela
Perspectiva, emA Escritura e a Diferença. O ensaio de Iean-François Lyotard,
"La Dent, la paume', está incluído em Des Dispositifs pulsionnels, p. 91-98.
TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS 125
TEATROS PERFORMATIVOS
AMorfa
TEXTO: Oswald de Andrade
DIREÇÃO E ADAPTAÇÃO: Enrique Diaz
CENÁRIO: Beli Araújo, Drica Moraes e Paula Ioory
FIGURINOS: Biza Vianna e Marcelo Olinto
ILUMINAÇÃO: Maneco Quinderé
COMPOSIÇÃO E DIREÇÃO MUSICAL: Carlos Cardoso e Mário Vaz de Mello
ELENCO: André Barros, André Cunha, Bel Garcia, César Augusto,
Duda Monteiro, Enrique Diaz, Letícia Monte, Lino Caminha, Marcelo
Olinto, Marcelo Valle, Patrícia Barcala, Paula Salles, Susana Ribeiro
CRIAÇÃO: Cia. dos Atores
ESTRElA: 1992.
Parte 111
Dramaturgia Contemporânea
1. Notas sobre Dramaturgia
Contemporânea
3 "O teatro épico não reproduz, portanto, o estado de coisas, mas tem sobretu-
do que descobrí-lo. A descoberta dos estados de coisa se completa por meio
da interrupção do curso dos acontecimentos': W. Benjamin, Quest-ce que le
théâtre épique? Premiêre version, Essais sur Bertolt Brecht, p. 11.
4 Apud P. Pavis, O Teatro no Cruzamento de Culturas) p. 95.
156 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
11 Para uma interessante análise das montagens ver F. Maurin, Robert Wilson. Le
temps pour voir, l' espace pour écouter.
12 [iri Veltrusky, Dramatic Text as a Component of Theatre, em L. Matejka; L R.
Titunik, (eds.), Semiotics ofArt, Prague School Contrioutions, p. 95.
NOTAS SOBRE DRAMATURGIA CONTEMPORÂNEA 159
23 N. de Sá, Divers/id ade. Um Guia para o Teatro dos Anos 90, p. 444.
NOTAS SOBRE DRAMATURGIA CONTEMPORÂNEA 167
* * *
MOSTRA DE DRAMATURGIA 179
* * *
* * *
Pedagogia da Cena
1. Formação Interdisciplinar
do Intérprete
A PRÁTICA DE ENSINO
8 Idem, p. 8.
FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR DO INTÉRPRETE 209
9 Idem, ibidem.
212 TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
o PROFESSOR-ENCENADOR
E OS ESPETÁCULOS DE PESQUISA
12 Idem) p. 114.
FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR DO INTÉRPRETE 217
O LUME
1. Encenação Contemporânea
o LUGAR DA VERTIGEM
foi publicado no livro Trilogia Bíblica, organizado por Arthur Nestrovski
e editado pela Publifolha, em 2002, p. 35-40.
TEATRO-CIDADE
foi publicado originalmente na Revista d'Art, volumes 9-10, 2002, p. 49-58.
TEATROS DO REAL
foi escrito para a edição de 2005 do seminário Próximo Ato, promovido
pelo Instituto Itaú Cultural, e está publicado em www.itaucultural.org.br/
proximoato. Acesso em: 2006.
CARTOGRAFIA DE BR-3
foi publicado em Teatro da Vertigem. BR-3, pelas editoras Perspectiva e
Edusp, em 2006, p. 39-49.
POÉTICA DA CENA CONTEMPORÂNEA
é um texto inédito. Foi apresentado no Seminário Internacional Poéticas
do Inventário, promovido pela Casa de Rui Barbosa, em 2006.
TEATRALIDADE E TEXTUALIDADE. A RELAÇÃO ENTRE CENA E TEXTO
EM ALGUMAS EXPERIÊNCIAS DE TEATRO BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO
é um texto inédito. Foi apresentado no Seminário Internacional Literatura,
Técnica e Outras Artes, promovido pela Casa de Rui Barbosa, em 2004.
TEATRALIDADES CONTEMPORÂNEAS
foi publicado no livro Textoe Imagem: Estudosde Teatro, organizado por
Maria Helena Werneck e Maria João Brilhante, e editado pela 7 Letras, do
Rio de Janeiro, em 2009, p. 9-28.
o DISCURSO CÊNICO DA COMPANHIA DOS ATORES
foi publicado no livro Na CompanhiadosAtores,organizado por Enrique
Diaz, Marcelo Olinto e Fabio Cordeiro, e editado pela Aeroplano/Senac,
em 2006.
rv Pedagogia da Cena
CADERNO DE ABERTURA
(por ordem de entrada)
CADERNO DE ENCERRAMENTO
(por ordem de entrada)