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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

Aplicações de funções
Prof.º André Luís Corte Brochi

Descrição

Cálculo das taxas de variação média entre duas grandezas e interpretá-


las. Interpretação de gráficos que representem a variação das funções
custo, receita e lucro em relação à quantidade produzida de certa
utilidade com o intuito de analisar o comportamento de cada uma delas
quanto ao seu crescimento e decrescimento.

Propósito

Habituar o aluno ao uso de funções matemáticas, ilustrando com


exemplos que frequentemente surgem no dia a dia profissional.

Preparação

Ao longo deste estudo, você precisará de uma calculadora.

Objetivos

Módulo 1

Taxas de variação médias

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Calcular taxas de variação médias entre duas grandezas.

Módulo 2

Taxas de variação em gráficos

Relacionar as taxas de variação em gráficos com períodos de


crescimento e decrescimento.

Módulo 3

Funções custo, receita e lucro


Analisar as funções custo, receita e lucro, bem como seus gráficos.

Módulo 4

Demanda e a oferta de produtos

Analisar, por meio de funções, a demanda e a oferta de produtos a


partir do preço praticado.

meeting_room
Introdução
A Matemática é uma das áreas mais amplas do conhecimento.
Ela vai desde análises abstratas até as aplicações mais
corriqueiras do nosso cotidiano. Praticamente qualquer
fenômeno ao nosso redor pode ser representado
matematicamente, e muitas vezes essa representação nos ajuda
a aprender algo importante, ou a solucionar um problema
concreto.

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Neste estudo, veremos algumas aplicações, com ilustrações


tanto teóricas quanto práticas. Desse modo, você vai se habituar
com uma linguagem que poderá encontrar e usar ao longo dos
seus estudos e da sua vida profissional.

1 - Taxas de variação médias


Ao final deste módulo, você será capaz de calcular taxas de variação médias entre duas
grandezas.

Vamos começar!

video_library
Os diversos usos das variáveis
Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e aspectos
sobre os diversos usos das variáveis. Vamos lá!

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Taxa de variação média de y em


relação a x
No estudo da relação entre variáveis, quando conseguimos quantificá-
las, utilizamos as funções matemáticas, como aquelas que você
estudou no ensino médio, em que, geralmente, expressamos o valor de
uma variável y em relação à outra, que costumamos denotar por x.

Variável dependente
A variável y é comumente chamada de variável dependente.

Variável independente
A variável x é comumente chamada de variável independente.

Para compreender melhor o comportamento da variável dependente em


relação à variável independente, muitas vezes, utilizamos o cálculo da
taxa de variação da primeira em relação à segunda, isto é, quanto que y
varia para cada unidade de x.

Vamos considerar uma variável y dada em função de x, ou seja:

y = f (x)

A taxa de variação média de y em relação a x, em um intervalo


a ≤ x ≤ b (para x variando de a até b ), é dada por:

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f (b)−f (a)

b−a

Essa expressão indica o quanto a variável dependente y varia para cada


unidade aumentada na variável independente x.

É comum representarmos a variação ocorrida em uma variável inserindo


a letra grega Δ ("delta" maiúscula) antes da sua indicação. Por exemplo,
a variação da variável x será notada por Δx. Sendo assim, a taxa de
variação de y em relação a x poderá ser expressa por:

Δy f (b)−f (a)
=
Δx b−a

Algumas vezes, para facilitar representação, os valores a e b das


fórmulas acima são indicados por x2 e x1, respectivamente. De forma
semelhante, escrevemos:

y2 = f (b) e y1 = f (a)

Utilizando esse tipo de notação, podemos escrever:

Δy y2−y1
=
Δx x2−x1

Exemplo 1
Dada a função y = f (x) , em que f (x) = 3 + 2x , vamos calcular,
inicialmente, a taxa de variação média de y = f (x) para x variando de
2 a 5(2 ≤ x ≤ 5) .

Nesse caso, consideramos:

x1 = 2 e x2 = 5

Assim:

y1 = f (x1) = f (2) = 3 + 2.2 = 3 + 4 = 7

Consequentemente:

y2 = f (x2) = f (5) = 3 + 2.5 = 3 + 10 = 13

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A taxa de variação média, portanto, será dada por:

Δy y2−y1 13−7 6
= = = = 2
Δx x2−x1 5−2 2

Esse resultado nos diz que há um aumento de 2 unidades na variável y


para cada aumento de uma unidade em x.

Agora, vamos determinar a taxa de variação média para x, variando de 2


a 4.

Nesse caso, temos:

x1 = 2 e x2 = 4

Já vimos que:

y1 = f (x1) = f (2) = 7

Já o valor de y2 será dado por:

y2 = f (x2) = f (4) = 3 + 2.4 = 3 + 8 = 11

A taxa de variação média, portanto, será dada por:

Δy y2−y1 11−7 4
= = = = 2
Δx x2−x1 4−2 2

Observe que não houve alteração na taxa média de variação de y em


relação a x. É que o tipo de relação entre tais variáveis é linear, pois é
descrita por uma função de primeiro grau. Nesse caso, a variação de y
em relação a x é uma constante. Experimente calcular as taxas médias
para outros intervalos de x e note que o resultado será sempre o
mesmo.

Exemplo 2
Vamos calcular algumas taxas médias de variação considerando a
função:

2
y = f (x) = x + 2x

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Taxa média de variação de y em relação a x no intervalo 0 .


≤ x ≤ 3

Comecemos determinando a taxa média de variação de y em relação a


x no intervalo 0 ≤ x ≤ 3 .

Temos, portanto, x1 = 0 e x2 = 3 . Assim,

2
y1 = f (x1) = f (0) = 0 + 2 ⋅ 0 = 0

y2 = f (x2) = f (3) =
2
3 + 2 ⋅ 3 = 9 + 6 = 15

A taxa que queremos determinar, então, será dada por:

Δy y2 − y1
= =
Δx x2 − x1

15 − 0 15
= = 5
3 − 0 3

O que acontece se considerarmos o intervalo 0 ≤ x ≤ 2 ?

Vamos calcular a taxa de variação média nesse caso.

Consideraremos x1 = 0 e x2 = 2 . Já vimos que


y1 = f (x1) = f (0) = 0 e, além disso, teremos:

y2 = f (x2) = f (2) =
2
2 + 2 ⋅ 2 = 4 + 4 = 8

Nesse caso, a taxa que queremos determinar será dada por:

Δy y2 − y1
= =
Δx x2 − x1

8 − 0 8
= = 4
2 − 0 2

O resultado, como vemos, não é o mesmo. Esse tipo de função não


apresenta a taxa de variação constante como a do exemplo anterior.

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Exemplo 3
Uma função pode apresentar decrescimento em um trecho e, no outro,
crescimento. Considere a função:

3 2
f (x) = x − 3x + x + 3

Vamos calcular as taxas de variação média em diferentes intervalos.

Crescimento de y em relação a x no intervalo 1 ≤ x ≤ 3 .

Vamos calcular a sua taxa de variação média no intervalo 1 ≤ x ≤ 3.


Temos que: x1 = 1 е x2 = 3 .

Daí:

y1 = f (x1) = f (1) =

3 2
1 − 3 ⋅ 1 + 1 + 3 =

1 − 3 + 1 + 3 = 2

y3 = f (x2) = f (3) =

3 2
3 − 3 ⋅ 3 + 3 + 3 =

27 − 27 + 3 + 3 = 6

A taxa de variação média nesse intervalo será dada por:

Δy y2 − y1
= =
Δx x2 − x1

6 − 2 4
= = 2
3 − 1 2

Aqui, observa-se um crescimento de y em relação a x.

O que acontece se considerarmos o intervalo 1 ≤ x ≤ 2 ?

Nesse caso, teremos: x1 ,


= 1, x2 = 2 y1 = f (x1) = f (1) = 2 .

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E:

y2 = f (x2) = f (2) =

3 2
2 − 3 ⋅ 2 + 2 + 3 =

8 − 12 + 2 + 3 = 1

A taxa de variação média nesse intervalo será dada por:

Δy y2 − y1
= =
Δx x2 − x1

1 − 2 −1
= = −1
2 − 1 1

Isso indica que houve, em média, decréscimo de uma unidade em y


quando x aumentou uma unidade.

Exemplo 4
Vejamos mais um exemplo que mostra o cálculo de taxas de variação
média, mas considerando também valores negativos para x.

Considere a função:

2
f (x) = x − 3x − 4

Vamos determinar a taxa de variação média dessa função no intervalo


−3 ≤ x ≤ −1 .

Temos x1 = −3 e x2 = −1 . Daí:

y1 = f (−3) =

2
(−3) − 3(−3) − 4 =

9 + 9 − 4 = 14

y2 = f (−1) =

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2
(−1) − 3(−1) − 4 =

1 + 3 − 4 = 0

Portanto, a taxa média de variação será dada por:

Δy y2−y1 0−14
= =
Δx x2−x1 −1−(−3)

−14
= = −7
2

Como é possível constatar, não há alteração no processo, porém será


preciso atentar-se aos sinais.

library_add_check
Mão na massa

Questão 1

Dada a função f (x) = 5 − 3x , a sua taxa de variação no intervalo


2 ≤ x ≤ 7 é:

A -3

B 5

C -0,6

D -5

E -7

Parabéns! A alternativa A está correta.

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Considerando x 1 = 2 ex2 = 7 , temos:

f (x1) = f (2) = 5 − 3 ⋅ 2 = 5 − 6 = −1

e
f (x2) = f (7) = 5 − 3 ⋅ 7 = 5 − 21 = −16 .

Daí:

Δf f (x2)−f (x1)
= =
Δf x2−x1

−16−(−1) −16+1
= =
7−2 5

−15

5
= −3 .

Questão 2

Dada a função f (x) = −3x


2
+ x − 4 , sua taxa de variação no
intervalo −1 ≤ x ≤ 2 é:

A -3

B -2

C -4

D 0

E 1

Parabéns! A alternativa B está correta.


Considerando x 1 = −1 ex 2 = 2 , temos:

2
f (x1) = f (−1) = −3 ⋅ (−1) + (−1) − 4 = −3 − 1 − 4 = −8

e
f (x2) = f (2) = −3 ⋅ 2
2
+ 2 − 4 = −12 + 2 − 4 = −14 .

Daí:

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Δf f (x2)−f (x1)
= =
Δx x2−x1

−14−(−8) −14+8
= =
2−(−1) 2+1

−6

3
= −2 .

Questão 3

Se a demanda D de certo produto, em milhares de unidades, é dada


em função de seu preço unitário D = 8.500 − 5p , a taxa de
variação média de D para o intervalo 500 ≤ p ≤ 1.000 é:

A -8 unidades/real.

B 2 unidades/real.

C 5 unidades/real.

D -5 unidades/real.

E -2 unidades/real.

Parabéns! A alternativa D está correta.


Considere p 1 = 500 ep 2 = 1.000 reais. Assim, temos:

D1 = 8.500 − 5.500 = 8.500 − 2.500 = 6.000

D2 = 8.500 − 5 ⋅ 1.000 = 8.500 − 5.000 = 3.500

Portanto, a taxa média de variação da demanda D, nesse intervalo,


será dada por:

ΔD D2−D1
= =
Δp p2−p1

3.500−6.000 −2.500
= =
1.000−500 500

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-5 unidades/real.

Questão 4

Se a quantidade ofertada S de certo bem, em toneladas, pode ser


expressa em função do seu preço unitário p, em reais, na forma
S = 2p − 240 , o quanto essa quantidade varia, em média, quando
o preço sobe de R$150,00 para R$180,00?

A 240 unidades/real.

B 20 unidades/real.

C 2 unidades/real.

D 12 unidades/real.

E 31 reais/unidade.

Parabéns! A alternativa C está correta.


Considere p 1 = 150 ep2 = 180 reais. Assim, temos:

S1 = 2 ⋅ 150 − 240 = 300 − 240 = 60

e
S2 = 2 ⋅ 180 − 240 = 360 − 240 = 120

Portanto, a taxa média de variação da quantidade ofertada S , nesse


intervalo, será dada por:

ΔS S2−S1
= =
Δp p2−p1

120−60
=
180−150

60
= 2 unidades/real.
30

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Questão 5

Quando uma função associa o custo C de produção de certa


T

utilidade à sua quantidade produzida q, ela é denominada função


custo total dessa utilidade. A taxa de variação do custo total em
relação à quantidade produzida, isto é, considerando uma variação
de 0 a quantidades produzidas, é denominada custo variável médio
CT (q)−C(0) CT (q)−C(0)
de produção e é dada por CV M (q) =
q−0
=
q
, em
que C T (q) é o custo total para a produção de q unidades dessa
utilidade.

Se a função custo total de uma utilidade é dada por


CT (q) = 2.000 + q + 0, 1q , qual será o custo variável médio para
2

a produção de 200 unidades? Considere q em unidades e C em T

reais.

A 20 reais/unidade.

B 21 reais/unidade.

C 18 reais/unidade.

D 16 reais/unidade.

E 56 reais/unidade.

Parabéns! A alternativa B está correta.


O custo variável médio para q = 200 é a taxa de variação de C T

para o intervalo 0 ≤ q ≤ 200 e é dado, nesse caso, por:

CT (200)−C(0)
CV M (200) =
200

como

2
C(200) = 2.000 + 200 + 0, 1 ⋅ 200 = 2.000 + 200 + 4.000 = 6.200 reais

2
C(0) = 2.000 + 0 + 0, 1 ⋅ 0 = 2.000 reais,

CV M (200) =

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6.200 − 2.000
=
200

4.200
=
200

21 unidades/real.

Questão 6

A população y de uma cidade cresce 5% ao ano. Em 2010, eram 40


mil habitantes. O seu tamanho, x anos após 2010, pode ser
calculado pela expressão y = 40.000 ⋅ (1 + 0, 05)
x
.

A taxa média de crescimento (aproximada) dessa população entre


os anos de 2012 e 2019 é:

A 1.875 hab/ano.

B 2.125 hab/ano.

C 2.565 hab/ano.

D 2.955 hab/ano.

E 3.150 hab/ano.

Parabéns! A alternativa C está correta.


Para 2012, temos x 1 = 2 e, em 2019, x 2 = 9 anos. Então:

2 2
y1 = 40.000 ⋅ (1 + 0, 05) = 40.000 ⋅ 1, 05 = 40.000 ⋅ 1, 1025 =

e
9 9
y2 = 40.000 ⋅ (1 + 0, 05) = 40.000 ⋅ 1, 05 ≅ 40.000 ⋅ 1, 5513 = 6

Portanto, a taxa média de variação da população dessa cidade, de


2012 a 2019, foi de, aproximadamente:

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Δy
=
Δx

62.052−44.100
=
9−2

17.952

7

2565 hab/ano.

note_alt_black
Teoria na prática
Uma taxa de variação média à qual você certamente já se referiu
diversas vezes é a velocidade média. Ela corresponde à taxa média
de variação da posição de um objeto em relação ao tempo.
Considere, por exemplo, um objeto que se desloca de acordo com a
equação (função horária) em que s corresponde à sua posição, em
metros, no instante t segundos.

2
s(t) = −t + 10t

Para determinar sua velocidade média em determinado intervalo de


tempo (Δt), basta calcular a variação média de sua posição nesse
intervalo.

Veja como é o movimento desse objeto no vídeo a seguir, no qual


vamos calcular sua velocidade média entre os instantes 1 e 5
segundos.

video_library
Carro em movimento

Mostrar solução expand_more

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

A taxa de variação média de y em relação a x, em determinado


intervalo, representa:

Quantas unidades y varia, em média, para cada


A
aumento de uma unidade em x nesse intervalo.

B Quantas unidades x variou no intervalo considerado.

C Qual o percentual de aumento de y nesse intervalo.

D Qual o percentual de aumento de x nesse intervalo.

Quantas unidades x varia, em média, para cada


E
aumento de uma unidade em x nesse intervalo.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A taxa de variação de uma variável y em relação à outra variável x


indica quantas unidades y aumentam ou diminuem, em média, cada
vez que a variável x é aumentada em uma unidade.

Questão 2

Se a taxa de variação média de uma função f (x) com x variando


de 1 a 6 é igual a 10, então é correto concluir que:

A f (1) = 10

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B f (6) = f (1) + 10

C f (6) − f (1) = 10

D f (6) − f (1) = 50

E f (6) = 10

Parabéns! A alternativa D está correta.


f (6)−f (1)
= 10
6−1

Então, f (6) − f (1) = 10 ⋅ (6 − 1) = 50 .

2 - Taxas de variação em gráficos


Ao final deste módulo, você será capaz de relacionar as taxas de variação em gráficos com
períodos de crescimento e decrescimento.

Vamos começar!

video_library
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Representando Funções em Gráficos


Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e aspectos
sobre a representação de funções em gráficos. Vamos lá!

Análises gráficas e representações


geométricas
Já vimos, no módulo anterior, como determinar a taxa de variação, isto
é, de crescimento ou decrescimento de uma variável em relação à outra
por meio dos valores calculados a partir das funções que as relacionam.
No entanto, toda função matemática pode ser representada
graficamente e, por conseguinte, a análise da taxa de variação também.

Veremos como é possível examinar a variação de uma variável em


relação à outra com base em análises gráficas e como representá-la
geometricamente.

Considere uma função y = f (x) e um intervalo a ≤ x ≤ b no qual ela


está definida.

A próxima imagem mostra a variação de y(Δy) e a variação de


x(Δx) para o intervalo dado.

Os pontos A e B têm coordenadas (a, f (a)) e (b, f (b)),


respectivamente.

A reta que passa por esses pontos tem inclinação que muda de
acordo com a taxa de variação média da função f (x) em relação
a x no intervalo a ≤ x ≤ b .

Seu coeficiente angular corresponde a essa taxa de variação. Se a


taxa de variação aumentar, por exemplo, a reta apresentará
inclinação mais acentuada.

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Taxa de variação média: interpretação gráfica.

Para determinar se um gráfico apresenta tendência de crescimento ou


decrescimento em um intervalo dado, basta calcular a taxa de variação
média nesse intervalo ou verificar se a reta que une os dois pontos
correspondentes ao intervalo é crescente (coeficiente angular positivo)
ou decrescente (coeficiente angular negativo).

Exemplo 1
Considere o gráfico abaixo.

Vamos determinar a taxa de variação média de y em relação a x,


inicialmente, para o intervalo 2 ≤ x ≤ 6. Temos, nesse caso,
Δx = 6 − 2 = 4 e Δy = 6 − 4 = 2 .

Logo, a taxa de variação média é:

Δy 2
= = 0, 5
Δx 4

Observe que, se considerarmos outro intervalo qualquer, como, por


exemplo, 2 ≤ x ≤ 4 , a taxa de variação média permanecerá igual, pois
se trata de um gráfico com comportamento linear.

Para esse último intervalo, temos Δx = 4 − 2 = 2 e Δy = 5 − 4 = 1

Portanto, a taxa de variação média é:

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Δy 1
= = 0, 5
Δx 2

Exemplo 2
Vamos calcular as taxas médias de variação apresentadas pelo gráfico
a seguir para os intervalos 1 ≤ x ≤ 3 e −1 ≤ x ≤ 2 .

Considerando x1 = 1 e x2 = 3, teremos y1 = 2 e y2 = 6 . Portanto, a


taxa média de variação de y em relação a x será dada por:

Δy y2 − y1
= =
Δx x2 − x1

6 − 2
=
3 − 1

4
= 2
2

Agora, se considerarmos x1 = −1 e x2 = 2 , teremos y1 = −2 e


y2 = 1 . Portanto, a taxa média de variação de y em relação a x será
dada por:

Δy y2 − y1
= =
Δx x2 − x1

1 − (−2)
=
2 − (−1)

3
= 1
3

library_add_check
Mão na massa
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Questão 1

No gráfico apresentado, a taxa de variação de y quando x varia de


—2 a 4 é:

A -3,5

B -2,3

C -1,5

D -1,2

E -0,7

Parabéns! A alternativa C está correta.


Para x 1 = −2 , temos y
1 = 4 e para x 2 = 4 , temos y
2 = −5 .

Portanto:

Δy y2−y1
= =
Δx x2−x1

−5−4
=
4−(−2)

−9
= −1, 5
6

Questão 2

A taxa de variação da função, representada pelo gráfico, para x


variando de 2 a 5 é:

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A 0,5

B -0,4

C -0,25

D -0,5

E 0

Parabéns! A alternativa B está correta.


Para x 1 = 2 , temos y
1 = 1, 2 e para x 2 = 5 , temos y
2 = 0 .

Portanto:

Δy y2−y1
= =
Δx x2−x1

0−1,2
=
5−2

.
−1,2
= −0, 4
3

Questão 3

A taxa de variação da função representada pelo gráfico acima para


x variando de -4 a -3 é:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 23/66
04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

A -2,4

B 1,25

C -3,2

D -4,8

E 0

Parabéns! A alternativa A está correta.


Para x 1 = −4 , temos y
1 = −1 e para x 2 = −3 , temos y
2 = −3, 4 .

Portanto:

Δy y2−y1
= =
Δx x2−x1

−3,4+1
=
−3+4

.
−2,4
= −2, 4
1

Questão 4

No gráfico, considere os intervalos —1 ≤ x ≤ 2 e 0 ≤ x ≤ 3.

Suas taxas médias de crescimento são, respectivamente:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 24/66
04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

A 2e2

B 3e2

C 2e3

D 3e3

E 8e7

Parabéns! A alternativa A está correta.

Para analisarmos a maior taxa média de crescimento, uma das


formas é traçar as retas passando pelos pontos definidos pelos
intervalos, como mostrado no gráfico a seguir. Porém, observe que,
aparentemente, não há diferença nas inclinações dessas retas.

Para termos certeza de que há ou não diferença, determinaremos


as taxas de variação nesses dois casos. Para o intervalo —1 ≤ x ≤ 2,
temos:

x1 = −1; x2 = 2; y1 = 3 ey2 = 9 .

A taxa de variação média é, portanto:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 25/66
04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções
Δy 9−3
= =
Δx 2−(−1)

3
= 2 .

Para o intervalo 0 ≤ x ≤ 3, temos:


x1 = 0; x2 = 3; y1 = 1 ey 2 = 7 .

A taxa de variação média é, portanto:

Δy 7−1
= =
Δx 3−0

3
= 2 .

Questão 5

O gráfico representa a produção de aço de uma mineradora no


período de 2013 a 2019.

A taxa média de variação aproximada na produção de aço nesse


período é:

A 0,75 ton/ano.

B -0,025 ton/ano.

C 0,097 ton/ano.

D 0,083 ton/ano.

E 0,5 ton/ano.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 26/66
04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

Parabéns! A alternativa D está correta.

Em 2013, podemos considerar uma produção de 4,5 toneladas. Em


2019, ela passa a ser de 5 toneladas. Sendo assim, a taxa média de
variação nesse período é dada por:

5,0 ton −4,5 ton


=
(2019−2013) anos

0,083 ton/ano.
5,0 ton −4,5 ton

6 anos

Questão 6

O gráfico mostra a evolução do consumo de certo cereal entre os


anos de 2010 e 2015 em uma grande região.

Sabe-se que, de 2015 a 2019, houve uma redução de 20% na taxa


média de consumo, se comparada ao período 2010-2015. Sendo
assim, qual foi a quantidade consumida desse cereal em 2019?

A 1,87 ton.

B 2,98 ton.

C 3,15 ton.

D 3,75 ton.

E 2,00 ton.

Parabéns! A alternativa B está correta.

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

Vemos que, de 2010 a 2015, houve um aumento de 0,75 ton no


consumo desse cereal. Como o período é de 5 anos, concluímos
que a taxa média de variação é:

0,15 ton/ano.
0,75 ton
=
5 anos

Como, no período entre 2015 e 2019, houve diminuição da taxa


média de variação em 20%, concluímos que essa taxa foi de:

(1 − 0, 20) ⋅ 0, 15 = 0, 80 ⋅ 0, 15 = 0, 12 ton/ano.

note_alt_black
Teoria na prática
O cálculo da taxa média de variação é utilizado em diversas
situações das mais diversas áreas. Inclusive, já vimos algumas
dessas aplicações.

No campo da Economia e das Finanças, um conceito bastante


utilizado é o de custo marginal, que consiste na mudança no custo
total de produção resultante da variação em uma unidade da
quantidade produzida.

Para melhor compreensão, apresentaremos, adiante, uma situação


de análise de custos.

Quando se produz certa utilidade, é importante analisar os custos de


produção e a receita gerada pela sua comercialização. Dessa forma,
torna-se possível a avaliação dos lucros obtidos em tal processo.
Dois dos principais conceitos que devem ser considerados nessa
análise são: custo variável médio e custo marginal.

Em situações em que se conhece a função que modela o custo de


produção, utilizamos um conceito que foge ao escopo desse texto,
que é o de derivada de uma função para definir e obter o custo
marginal. Porém, quando os custos são analisados com base em
tabelas que os relacionam com a quantidade produzida, esse
conceito remete ao uso da taxa de variação média.

Quantidade de garrafas Custo total (R$)

0 5.000,00

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Quantidade de garrafas Custo total (R$)

1.000 11.000,00

1.500 12.000,00

1.800 14.000,00

2.000 17.000,00

O gráfico a seguir representa os dados dessa tabela.

Como seria o cálculo do custo fixo, custo variável médio e custo


marginal médio?

Mostrar solução expand_more

Quantidade de
Custo total (R$) Custo marginal
garrafas

0 5.000 -

1.000 11.000 6.000

1.500 12.000 1.000

1.800 14.000 2.000

2.000 17.000 3.000

Note que, quando aumentamos a quantidade produzida de 1.000 para


1.500 unidades, o custo total varia R$1.000,00, ou seja, cada unidade
produzida a mais, nesse intervalo, gera um aumento de R$2,00 no custo
total.

Esse é o custo marginal médio do intervalo, e é o menor dos valores


apresentados. Entretanto, quando a produção passa de 1.800 para 2.000

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

unidades, o custo marginal é demasiadamente grande.

Isso indica que o cenário é mais favorável à produção quando a


quantidade produzida gira em torno de 1.500 unidades, e menos
favorável quando ela se aproxima de 2.000 unidades.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Considerando dois pontos A = (x1, y1) eB = (x2, y2) em um


gráfico, a taxa de variação média de y para o intervalo x 1 ≤ x ≤ x2

é dada por:

y2
A y1

y2
B x2

y2−y1
C x2−x1

x2−x1
D y2−y1

y2−x2
E y1−x1

Parabéns! A alternativa C está correta.

A taxa de variação de uma variável y em relação à outra variável x


indica quantas unidades y aumentam ou diminuem, em média, cada
vez que a variável x é aumentada em uma unidade. Portanto, ela
será dada por:

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

.
y2−y1

x2−x1

Questão 2

Considere o gráfico a seguir, que mostra os custos totais de


produção de certa utilidade para determinadas quantidades
produzidas.

O custo variável médio quando são produzidos 40kg dessa utilidade


é:

A 180 R$/kg.

B 160 R$/kg.

C 72,00 R$/kg.

D 32,50 R$/kg.

E 175 R$/kg.

Parabéns! A alternativa B está correta.

O custo variável médio para certa quantidade é a taxa de variação


do custo total quando a produção varia de 0 a essa quantidade.
Portanto, a solução será dada por:

7.200−800 6.400
= = 160R$/kg.
40−0 40

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

3 - Funções custo, receita e lucro


Ao final deste módulo, você será capaz de analisar as funções custo, receita e lucro, bem
como seu gráficos.

Vamos começar!

video_library
Funções Matemáticas Aplicadas à
Área Financeira
Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e aspectos
sobre as funções matemáticas aplicadas à área financeira. Vamos lá!

Funções custo, receita e lucro totais


As funções matemáticas, das mais elementares às mais complexas,
são utilizadas nas análises de variação de duas grandezas, uma em

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

relação à outra, em vários cenários e têm uma infinidade de aplicações


práticas. Neste módulo, serão abordadas as funções custo, receita e
lucro totais.

Elas são largamente utilizadas na Administração, Economia, nas


Ciências Contábeis e em áreas afins.

Função custo total expand_more

A função custo total de uma utilidade relaciona o seu custo total


de produção CT com a quantidade produzida que é dada pela
soma dos custos fixos CF e dos custos variáveis CV , como a
seguir:

CT = CF + CV

Os custos variáveis, geralmente, são obtidos pela multiplicação


do custo unitário c pela quantidade produzida q. Dessa forma, a
função custo total pode ser expressa por:

CT = CF + c ⋅ q

Observe que esse é o formato de uma função de primeiro grau.


Apesar de poder assumir outras formas, a função custo total
geralmente apresenta esse tipo de comportamento linear.

Os custos fixos são aqueles que não estão diretamente


relacionados à produção. Eles são compostos, por exemplo, pelo
aluguel que a empresa paga pela instalação, pelos salários de
seus colaboradores etc. Mesmo que, em determinado período,
não seja produzida nenhuma unidade do produto, o custo fixo
ocorre. Já o custo variável é aquele que tende a variar de forma
direta à quantidade produzida: quanto mais se produz, maior é o
custo variável (total). Se nenhuma unidade for produzida, o custo
variável será nulo.

Função receita total expand_more

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A função receita total de uma utilidade relaciona o valor total


recebido RT pela comercialização de q unidades dessa utilidade
e é expressa pelo produto entre o seu preço unitário p e a
quantidade comercializada, como a seguir:

RT = p ⋅ q

Apesar de expressa em relação a duas variáveis (preço e


quantidade), conseguimos representá-la com função apenas da
variável q. Isso porque o preço pode ser fixado ou expresso em
relação à quantidade. Quando o preço p é fixo, a função receita
tem comportamento linear. Porém, quando o preço se relaciona
com a quantidade (por meio de uma função de demanda, como
veremos no próximo módulo), assume outras formas, como, por
exemplo, a de uma função quadrática, cujo gráfico é uma
parábola.

O ponto no qual o custo se iguala à receita é denominado ponto


de nivelamento. Ele é importante na determinação da meta de
produção e venda, pois, a partir dele, começa-se a verificar a
ocorrência de lucro.

Função lucro total expand_more

A função denominada função lucro total (LT ) associa, a cada


quantidade q produzida e comercializada, a diferença entre as
respectivas funções receita total e o custo total. Sua forma é:

LT = RT − CT

Ela fornece o lucro obtido com a produção e comercialização de


q unidades de uma utilidade, podendo assumir valores negativos
(prejuízo), positivos (lucro), ou até mesmo ser nula. Neste último
caso, consideramos que custo e receita se igualam.

Exemplo
Para produzir certa utilidade, uma fábrica gasta R$10,00 por unidade,
além de uma despesa fixa (que independe da quantidade produzida) de
R$800,00. Cada unidade produzida é vendida por R$14,00.Temos:

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

Custo fixo: CF = R$800,00.

Custo unitário: c = R$10,00.

Preço unitário de venda: p = R$14,00.

Para expressar o custo total CT em relação à quantidade produzida q,


colocamos esses valores na expressão:

CT = CF + c ⋅ q

Assim, temos:

CT = 800 + 10 ⋅ q

A função receita total tem a forma:

RT = p ⋅ q

Nesse caso, ela é expressa por:

RT = 14 ⋅ q

O ponto de nivelamento é aquele em que custos e receita se igualam.


Para determiná-lo, começamos resolvendo a equação:

RT = CT

14q = 800 + 10q

14q − 10q = 800

4q = 800

800
q =
4

q = 200

Concluímos, portanto, que, quando são produzidas e comercializadas


200 unidades, não há lucro nem prejuízo, pois receita e custo assumem
o mesmo valor.

Para determinar esse valor, basta substituir q por 200 na função custo
ou receita.

Veja:

CT (200) = 800 + 10 ⋅ 200 = 800 + 2.000 = 2.800 reais

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

ou

RT (200) = 14 ⋅ 200 = 2.800 reais

Logo, o ponto de nivelamento será dado por (200, 2.800).

A seguir, veja o gráfico com as funções custo e receita e com o ponto de


nivelamento.

Observe, no gráfico, que o encontro dos segmentos que representam as


funções custo e receita ocorre quando q = 200 . À esquerda desse
ponto, o custo supera a receita, indicando, portanto, que, para q < 200

(quantidades inferiores a 200 unidades), ocorre prejuízo. À direita, é a


receita que supera o custo, indicando que, para q > 200 , ocorre lucro.

A função lucro total LT pode ser obtida considerando:

LT = RT − CT

Daí, temos:

LT = 14q − (800 + 10q)

LT = 14q − 800 − 10q

LT = 4q − 800

Inserindo a representação dessa função no mesmo gráfico em que


estão representadas as funções custo total e receita total, podemos
comparar as variações dessas três funções. Veja a seguir:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 36/66
04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

Note que o segmento que representa a função lucro total intercepta o


eixo horizontal no valor q = 200 (isso significa que o lucro é igual a zero
quando a quantidade é igual a 200), que é a mesma quantidade do
ponto de nivelamento, pois, quando receita e custo se igualam, o lucro é
nulo.

A função lucro total pode ser utilizada para estimar o lucro obtido com a
venda de certa quantidade q dessa utilidade e para determinar qual
quantidade deve ser produzida e vendida para que determinada meta de
lucro seja alcançada. Por exemplo, se queremos determinar o lucro
quando são produzidas e comercializadas 500 unidades, fazemos:

LT (500) = 4.500 − 800 = 2.000 − 800 = 1.200 reais

Agora, se pretendemos determinar qual quantidade deve ser produzida


para que o lucro seja de, por exemplo, R$3.000,00, devemos resolver a
equação:

LT (q) = 3.000

Isto é:

4q − 800 = 3.000

4q = 3.000 + 800

4q = 3.800

3.800
q =
4

q = 950

library_add_check
Mão na massa

Questão 1

Para certa utilidade, a função custo total, em reais, para uma


quantidade produzida q, em quilogramas, é dada por C(q) = 3.000 +

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

50q.

Analise os gráficos a seguir e marque a alternativa com o gráfico


que representa essa função no intervalo 0 ≤ q ≤ 200 é:

A Imagem 1

B Imagem 2

C Imagem 3

D Imagem 4

E Imagem 5

Parabéns! A alternativa A está correta.

Como a função é de primeiro grau, seu gráfico é parte de uma reta.


Portanto, basta tomarmos dois pontos para traçá-lo. Vamos

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considerar, para obtê-los, as quantidades limites 0 e 200.

q = 0 → C(0) = 3.000 + 50 ⋅ 0 = 3.000 reais

q = 200 → C(200) = 3.000 + 50 ⋅ 200 = 3.000 + 10.000 = 13.00

reais

Considerando os pontos obtidos anteriormente, temos:

Questão 2

As funções custo total e receita total referentes a certo componente


eletrônico são:

CT = 4.000 + 12q

e
RT = 20q

O seu ponto de nivelamento é:

A (125; 2.500)

B (600; 12.000)

C (600; 12.000)

D (500; 10.000)

E (125,1.500)

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Parabéns! A alternativa D está correta.

O ponto de nivelamento é aquele em que R T = CT . Portanto,


obtemos a quantidade (q) desse ponto resolvendo a equação
abaixo:

RT = CT

20q = 4.000 + 12q

8q = 4.000

q = 500 .

Substituindo esse valor na função receita total (pode ser também


na função custo total), chegamos a:

RT (500) = 20.500 = 10.000 reais.

Logo, o ponto de nivelamento será dado por: (500; 10.000).

Questão 3

O gráfico representa a função custo total referente a certo bem.

O custo fixo de produção desse bem e o seu custo unitário


(variável) são, respectivamente:

A R$1.000,00 e R$50,00.

B R$5.000,00 e R$10,00.

C R$1.000,00 e R$25,00.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 40/66
04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

D R$5.000,00 e R$50,00.

E R$0,00 e R$30,00.

Parabéns! A alternativa C está correta.

O custo fixo corresponde ao valor do custo total quando q = 0 .


Observe, no gráfico, que esse valor é R$1.000,00 (valor do eixo
vertical).

Já o custo variável unitário é a taxa de variação média (quando a


função é de primeiro grau) do custo para q variando de 0 até
qualquer outro valor positivo. Observe, no gráfico, que, quando
q = 0 , temos C T = 1.000 reais e, quando q = 200 , temos
CT = 6.000 reais. Portanto, a taxa de variação será dada por:

ΔCT
=
Δq

6.000−1.000
=
200−0

5.000
=
200

25 reais/unidade.

Questão 4

Dadas as funções custo total e receita total C T = 2.500 + 150q e


RT = 280q , o gráfico de sua função lucro total no intervalo
0 ≤ q ≤ 100 é:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 41/66
04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

A Imagem 1

B Imagem 2

C Imagem 3

D Imagem 4

E Imagem 5

Parabéns! A alternativa C está correta.

Primeiro, vamos obter a expressão que fornece o lucro total desse


produto em relação à sua quantidade produzida e vendida. Temos:

LT = RT − CT

LT = 280q − (2.500 + 150q)

LT = 280q − 2.500 − 150q

LT = 130q − 2.500 .

Escolhendo valores arbitrários para q, tais como q = 0 eq = 100 ,

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

temos:

LT (0) = 130 ⋅ 0 − 2.500 = 0 − 2.500 = −2.500

reais
e
LT (1.000) = 130 ⋅ 100 − 2.500 = 13.000 − 2.500 =

reais.

Localizando esses dois pontos no gráfico e traçando um segmento


por eles, obtemos o gráfico a seguir:

Questão 5

Uma empresa fabrica apenas um modelo de camiseta e sabe-se


que, no mês em que são fabricadas 500 camisetas, o custo total de
produção é de R$22.000,00. Já no mês em que são fabricadas
1.000 camisetas, esse custo passa a ser de R$30.000,00.

Considerando que o custo total é representado por uma função de


primeiro grau, é correto concluir que o custo fixo de produção desse
modelo de camiseta é:

A R$14.000,00

B R$22.000,00

C R$12.000,00

D R$8.000,00

E R$16.000,00

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 43/66
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Parabéns! A alternativa A está correta.

O custo total tem a forma C T = CF + CV . Como a função é de


primeiro grau, temos C V = c q. , e o custo unitário c, nesse caso, é
dado pela taxa de variação média do custo total para qualquer
intervalo. Considerando o intervalo 500 ≤ q ≤ 1.000 , temos:

ΔCT
C = =
Δq

30.000−22.000
=
1.000−500

8.000
= 16
500

Agora, considerando, por exemplo, que o custo total para produzir


500 camisetas foi de R$22.000,00, temos:

CF + 16 ⋅ 500 = 22.000

CF + 8.000 = 22.000

CF = 14.000 reais.

Questão 6

As funções custo total e receita total, dadas em reais, para


determinado bem são, respectivamente:

C = 50.000 + 400q eR = 700q

Onde q (em toneladas) é a quantidade produzida e comercializada.


Qual deve ser a quantidade (aproximada) produzida e
comercializada desse bem para que o lucro seja igual a R$60.000?

A 367 ton.

B 350 ton.

C 338 ton.

D
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 44/66
04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

383 ton.

E 393 ton.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Para determinarmos a função lucro desse bem, devemos subtrair o


custo da receita:

L = R − C

L = 700q − (50.000 + 400q)

L = 700q − 50.000 − 400q

L = 300q − 50.000 .

Igualando-se o lucro a R$60.000 e resolvendo a equação resultante,


chegamos ao valor solicitado:

300q − 50.000 = 60.000

300q = 110.000

q = 367 ton (aprox.).

note_alt_black
Teoria na prática
Os custos de produção são avaliados em diversas situações, como,
por exemplo, no estudo da viabilidade de instalação de produção em
determinadas filiais ou regiões. Assim, as funções custo e receita
são primordiais nesse tipo de estudo.

(Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – 2012 –


Administração – Questão 13) As decisões sobre a localização de
empresas são estratégicas e integram o planejamento global do
negócio. Considerando que o preço de venda da grande maioria dos
bens produzidos é estabelecido pelo mercado, é preciso que as
empresas conheçam em detalhes os custos nos quais incorrerão em
determinada localidade. O modelo padrão custo-volume-lucro é útil

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00348/index.html# 45/66
04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

na decisão de localização. A figura a seguir apresenta, em um único


gráfico, as curvas de custo total versus a quantidade produzida
mensalmente para as cidades de Brasília, São Paulo e Goiânia, as
quais foram previamente selecionadas para receber uma nova
fábrica de brinquedos. Sabe-se que a receita total é a mesma para as
três localidades e que a decisão com base no lucro esperado em
cada localidade varia com a quantidade produzida.

A análise do modelo de custo-volume-lucro apresentado no gráfico


revela que:

A) São Paulo é a localidade que proporcionará maior lucro para a


nova fábrica, se a quantidade mensal a ser produzida variar entre
5.000 e 10.000 unidades, considerando a estrutura de custos
apresentada.

B) São Paulo é a cidade na qual deve ser instalada a nova unidade


produtiva, se a quantidade a ser produzida mensalmente for maior
que 7.500 unidades, pois, a partir desse volume de produção, é a
localidade que proporcionará maior lucro.

C) Brasília é a localidade mais indicada para receber a nova fábrica


para volumes de produção mensal inferiores a 5.000 unidades, pois é
a cidade que viabilizará maior lucro.

D) Goiânia deve receber a instalação da nova fábrica, se a


quantidade produzida mensalmente for superior a 10.000 unidades,
tendo em vista que, nas condições apresentadas, é a cidade que
poderá dar maior lucro.

E) Tanto Goiânia quanto Brasília podem receber a nova fábrica, se o


objetivo é produzir uma quantidade mensal exatamente igual a 5.000
unidades, considerando que o lucro será o mesmo nas duas
localidades.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(Enade 2015 – Tecnologia em Gestão da Qualidade – adaptada)


Suponha que uma empresa – cujo faturamento anual é de R$840
milhões, o custo unitário do produto é de R$350,00 e o preço de
venda é de R$420,00 por unidade – esteja estudando alterar o
processo de gestão de qualidade a fim de gerar um aumento de
10% na quantidade de produtos vendidos. Considerando esse novo
cenário de vendas, o incremento no valor do lucro final é de:

A R$2 milhões

B R$14 milhões

C R$16,8 milhões

D R$70 milhões

E R$84 milhões

Parabéns! A alternativa B está correta.

Se o preço de venda é de R$420, 00 e o faturamento (receita total)


é de R$$40.000.000,00, então a quantidade vendida é igual a
840.000.000

420
= 2. 000. 000 unidades ao ano. Com um aumento de
10% nessa quantidade, a empresa espera vender 2.200.000
unidades, o que proporcionará um aumento de 10% também no
faturamento, que deverá ir para R$924.000.000,00.

Antes, o custo variável era de 350 ∙ 2.000.000 = 700.000.000 reais.

Ocorrendo o aumento esperado de 10% na quantidade vendida (e


produzida), o custo variável irá para 350∙2.200.000 = 770.000.000
reais.

Observe que se espera um incremento de 84 milhões no

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faturamento e de 70 milhões no custo. No lucro, portanto, o


incremento será de 14 milhões.

Questão 2

(Enade 2006 – Administração – Questão 32 – adaptada)

A figura a seguir representa os custos de diferentes formas de


processos de produção (celular, automatizada e intermitente) e a
receita de vendas de determinado produto.

Considerando a figura, analise as afirmações a seguir:

I. Se for esperado um volume de produção abaixo de 10.000, a


manufatura intermitente é a preferível; entre 10.000 e 43.000, a
manufatura celular é a preferível; acima de 43.000, a manufatura
automatizada é a preferível.

Porque

II. Os pontos de equilíbrio (quantidade/valor para os quais as


receitas igualam os custos) são de 27.000, 30.000 e 40.000,
respectivamente, para as manufaturas celular, automatizada e
intermitente. A respeito das informações anteriores, conclui-se que:

As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda


A
justifica a primeira.

As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda


B
não justifica a primeira.

A primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é


C
falsa.

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A primeira afirmação é falsa, e a segunda é


D
verdadeira.

E Ambas as afirmações são falsas.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A primeira afirmação é correta, pois podemos notar que, para cada


um dos intervalos citados, as formas de produção que geram
menor custo são aquelas cujos gráficos de custo estão abaixo dos
demais, o que significa que geram maior lucro (já que a função
receita independe, nesse caso, da forma de produção).

A segunda também está correta, pois os pontos de equilíbrio para


as diferentes formas de produção são aqueles em que os gráficos
das respectivas funções custo interceptam o gráfico da função
receita.

No entanto, a segunda afirmativa não justifica a primeira, porque os


pontos de equilíbrio comparam cada modelo de produção com a
receita e não entre si.

4 - Demanda e a oferta de produtos


Ao final deste módulo, você será capaz de analisar, por meio de funções, a demanda e a oferta
de produtos a partir do preço praticado.

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Vamos começar!

video_library
Definições das Funções: Demanda,
Oferta e Preço de Equilíbrio
Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e aspectos
sobre as definições das funções: demanda, oferta e preço de equilíbrio.
Vamos lá!

Análise das funções demanda e


oferta
Duas funções matemáticas largamente utilizadas no campo da
Economia são a demanda e a oferta. Delas deriva o preço de equilíbrio
de mercado, que é peça fundamental em diversas análises econômicas.

Demanda ou quantidade demandada QD

A demanda ou quantidade demandada QD de certa utilidade (bem ou


serviço) a um preço unitário P é a soma das quantidades que todos os
compradores do mercado desejam e estão aptos a adquirir a esse preço
em certo período.

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A função matemática que relaciona as variáveis QD e P de uma


utilidade é denominada função demanda dessa utilidade.

A tendência que, geralmente, se observa é que, se o preço aumenta, a


quantidade demandada cai, pois o produto torna-se menos interessante
para o consumidor.

Porém, se o preço cai, a demanda tende a subir.

Oferta e preço são grandezas que costumam variar no mesmo sentido.

Oferta ou quantidade ofertada QO

A oferta ou quantidade ofertada Q0 de uma utilidade (bem ou serviço) a


um preço unitário P é a soma das quantidades que todos os
fornecedores ou produtores estão aptos e dispostos a vender desse
produto ao preço P em certo período.

A função matemática que relaciona as variáveis Q0 e P é denominada


função oferta dessa utilidade.

Com relação ao estudo da quantidade ofertada e do preço, a tendência


que geralmente se observa é que, se o preço aumenta, a quantidade
ofertada aumenta, pois o produto torna-se mais atrativo para quem o
fornece. Porém, se o preço cai, a oferta também tende a cair.

Preço P
O preço P de uma utilidade para a qual as quantidades demandada e
ofertada se igualam é denominado preço de equilíbrio de mercado ou,
simplesmente, preço de equilíbrio.
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Preço superior ao de equilíbrio


Se o preço praticado for superior ao de equilibrio, a demanda será
inferior à oferta e, dessa forma, haverá sobra do produto no mercado.

Preço inferior ao de equilibrio


Se o preço praticado for inferior ao de equilíbrio, a oferta será maior que
a demanda, provocando falta ou escassez do produto no mercado.

Por tais motivos, é desejável um preço que se aproxime do preço de


equilíbrio.

Representação gráfica

Recorrer à representação gráfica das funções demanda e oferta é


bastante útil para facilitar suas análises e a do ponto de equilíbrio. O
gráfico a seguir mostra uma situação genérica que representa tais
elementos.

Exemplo
Certo produto tem sua quantidade demanda QD e sua quantidade
ofertada Q0 dadas, respectivamente, por:

QD = 10.000 − 15p

Q0 = −1.200 + 25p

P é o preço unitário de venda e varia de 100 a 500 reais.

Nesse caso, as duas funções são de primeiro grau, isto é, são


representadas graficamente por um segmento de reta no intervalo

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designado. Portanto, para traçá-las, podemos tomar apenas dois pontos


de cada.

Vamos considerar os preços R$100 e R$500, que são os extremos do


intervalo considerado, para calcular os valores apresentados na tabela a
seguir.

Quantidade Quantidade
Preço (R$)
Demandada Ofertada

100 8.500 1.300

500 2.500 11.300

Tabela: Preço / Quantidade demandada / Quantidade ofertada.


André Luís Corte Brochi.

Outro ponto que já podemos localizar no gráfico é o ponto de equilíbrio.


Para obtê-lo algebricamente, basta resolver a equação a seguir:

Qo = QD

−1.200 + 25p = 10.000 − 15p

25p + 15p = 10.000 + 1.200

40p = 11.200

11.200
p =
40

p = 280 reais

Esse é, portanto, o preço de equilíbrio.

A quantidade de equilíbrio pode ser obtida substituindo esse valor em


qualquer uma das funções, demanda ou oferta. Substituindo-o na
função demanda, temos:

QD = 10.000 − 15.280 = 10.000 − 4.200 = 5.800 unidades

Logo, o ponto de equilíbrio é a interseção entre 280 e 5.800. Esse ponto,


bem como as funções demanda e oferta, é apresentado no gráfico a
seguir.

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Pela análise do gráfico, podemos concluir que:

Falta
À medida que os preços vão se afastando de R$280,00 para
valores menores, a tendência é que haja falta do produto no
mercado, já que a demanda superará a oferta.

Sobra
No caso de preços maiores que o preço de equilíbrio, a oferta
deverá superar a demanda, portanto haverá sobra desse produto
no mercado.

As funções demanda nem sempre são representadas por segmentos de


reta. Elas podem ser de outros tipos, como quadráticas, exponenciais,
logarítmicas, entre outros formatos. Contudo, o tipo de análise gráfica
que fizemos há pouco pode ser realizado quaisquer que sejam os tipos
de funções que caracterizam essas duas variáveis em relação ao preço.

Na prática, diferentemente das funções custo, receita e lucro que vimos


no módulo anterior, as funções demanda e oferta são obtidas por meio
de processos estatísticos. Esses, por sua vez, obtêm equações
relacionando duas variáveis a partir de levantamentos, para, assim, obter
valores associados dessas variáveis.

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library_add_check
Mão na massa

Questão 1

1. A função demanda Q , em toneladas, de certo produto é dada


D

por Q D = 200 − 3p , em que p é o seu preço por tonelada. O seu


preço atual p proporciona demanda de 80 toneladas. O valor de p
O O

A é menor do que R$30,00.

B é maior do que R$50,00.

C está entre R$32,00 e R$37,00.

D está entre R$39,00 e R$45,00.

E está entre R$30,00 e R$32,00.

Parabéns! A alternativa D está correta.

Igualando a demanda a 80 toneladas, temos:

200 − 3p = 80

−3p = −120

−120
p =
−3

p = 40 .

Questão 2

As funções demanda e oferta de certo bem são dadas,


respectivamente, por:

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QD = 3.600 − 28p

e
QO = 20p − 1.200

O ponto de equilíbrio desse produto é:

A (100; 800)

B (120; 560)

C (800; 100)

D (560; 120)

E (560; 120)

Parabéns! A alternativa A está correta.

Igualando a demanda e a oferta, o preço de equilíbrio pode ser


obtido da seguinte forma:

QO = QD

20p − 1.200 = 3.600 − 28p

20p + 28p = 3.600 + 1.200

48p = 4.800

p = 100 .

A quantidade de equilíbrio pode ser dada pelo valor da demanda ou


da oferta quando p = 100 .
Substituindo esse valor na função oferta, temos:

Q0 = 20 ⋅ 100 − 1.200 = 2.000 − 1.200 = 800

Portanto, o ponto de equilíbrio será: (100; 800).

Questão 3

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A demanda de um produto é de 1.300 unidades quando seu preço é


de R$42,00. Sabe-se que a função que relaciona sua quantidade
demanda com seu preço é do primeiro grau. Além disso, cada
aumento de R$1,00 em seu preço unitário causa uma queda de 25
unidades na sua demanda. Denotando por D sua quantidade
demandada e por p seu preço unitário de venda, a função que
representa corretamente a relação entre essas duas variáveis é:

A D = −p + 1.300

B D = −25p + 2.350

C D = 25p − 2.350

D D = p − 1.300

E D = 21p + 6.500

Parabéns! A alternativa B está correta.

D = ap + b .

Nessa forma, a é seu coeficiente angular e b, seu intercepto. Como


a função cai 25 unidades para cada aumento de R$1,00 no preço,
então a = −25 . Além disso, sabe-se que D = 1.300 quando
p = 42 . Então:

1.300 = −25 ⋅ 42 + b

1.300 = −25 ⋅ 42 + b

1.300 + 1.050 = b

b = 2.350 .

Logo, a função procurada é: D = −25p + 2.350 .

Questão 4

A relação entre a quantidade vendida de certo produto relaciona-se


com seu preço de forma linear. Sabe-se que a redução no preço de

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R$50,00 para R$40,00 aumenta a quantidade vendida de 200 para


250 unidades. Se denotarmos por q a quantidade vendida e por p o
preço do produto, a expressão que relaciona corretamente essas
variáveis é:

A q = −10p + 50

B q = 5p − 450

C q = 10p − 50

D q = −5p + 450

E q = 10p + 450

Parabéns! A alternativa D está correta.

O coeficiente angular a dessa reta (função do primeiro grau) é a


taxa de variação da quantidade em relação ao preço. Então:

250−200
a = =
40−50

50

−10
= −5 .

Como a equação dessa reta tem a forma q , com a


= ap + b = −5

e considerando que (40, 250) é um de seus pontos, podemos


escrever:

250 = −5.40 + b

250 = −200 + b

b = 450 .

A expressão que relaciona corretamente as variáveis (p) e (q) para


esse produto é, portanto:
q = −5p + 450 .

Questão 5

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As funções demanda D e oferta S de certo bem são dadas,


respectivamente, por:

D = 80 − 5p

e
S = 3p − 18

Considerando que as quantidades D e S são positivas, os valores


de preço para os quais haverá sobra desse bem no mercado será
dado pelo intervalo:

A (0 < p < 16)

B (12,25 ≤ p < 16)

C (0 < p < 12,25)

D (3 < p < 5).

E (0 < p < 3)

Parabéns! A alternativa C está correta.

Igualando as funções dadas, temos:

3p − 18 = 80 − 5p

8p = 98

p = 12, 25 .

Para que a demanda D seja positiva, o preço p tem de ser menor


que 16. Sendo assim, o intervalo para o qual haverá sobra desse
bem no mercado (a demanda será menor que a oferta), a ponto de
as duas funções, D e S , serem positivas é (12, 25 ≤ p < 16) .

Questão 6

Dadas D = −p
2
− 2p + 80 (demanda) e S = 7p − 10 (oferta), o
preço de equilíbrio é igual a:

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A 4

B 5

C 6

D 7

E 8

Parabéns! A alternativa C está correta.

Para determinar o preço de equilíbrio, devemos igualar as funções


oferta e demanda:

7p − 10 = −p2 − 2p + 80 .

Assim, chegaremos à equação de segundo grau que possui as


raízes — 15 e 6:

p2 + 9p − 90 = 0 .

Como só nos interessa a raiz positiva, pois ela indicará o preço do


produto, então o preço de equilíbrio é igual a 6.

note_alt_black
Teoria na prática
No módulo anterior, você estudou a função receita referente à venda
de certa utilidade dada em relação à sua quantidade vendida. Essa
função pode ser expressa na forma:

RT = p ⋅ q

Em que:
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p é o seu preço de venda unitário.

q é a quantidade comercializada.

Vejamos, a seguir, alguns pontos importantes para a análise:

Quando o preço p é fixo, como já vimos, o gráfico dessa função será


representado por uma semirreta. Nesse caso, quanto maior for a
quantidade vendida, maior será o lucro. E, se a função custo dessa
utilidade também for de primeiro grau, podemos concluir que, quanto
maior for a quantidade produzida e vendida, maior será o lucro
obtido.

Nem sempre o preço é fixo; na maior parte dos casos, o preço do


produto varia. Essa variação geralmente pode ser expressa por uma
função demanda. Nesse caso, você sabe que, geralmente, as
variáveis preço e quantidade variam em sentidos inversos. Se a
demanda está abaixo do esperado para um produto, seus
fornecedores tendem a diminuir seu preço, a fim de que o número de
consumidores dispostos a consumi-lo aumente. De modo
semelhante, se a demanda está alta, pode ser que que haja aumento
no preço.

A variação do preço logicamente interferirá na receita da empresa.


Podemos pensar que o aumento do preço, por exemplo, aumentará a
receita. Porém, se a quantidade demandada do produto diminuir, o
que garantirá o aumento da receita? Da mesma forma, a diminuição
do preço poderia nos levar a concluir pela diminuição da receita. No
entanto, se o aumento da quantidade vendida resultante dessa
queda no preço tiver mais peso sobre a receita, o que podemos
concluir?

Isso mostra que nem sempre o lucro aumentará se a quantidade


produzida e vendida também aumentar. Se o aumento do preço
provoca diminuição na quantidade vendida, é preciso avaliar esse
tipo de relação matematicamente para obter as conclusões corretas.
Nesse caso, podemos utilizar a função demanda para obter a função
receita de uma utilidade.

Vamos considerar o exemplo a seguir para ilustrar como ocorre esse


tipo de análise e qual sua importância na determinação de um nível
de produção e venda que pode levar ao maior lucro possível.

Considere um produto que tenha custo fixo de R$6.000,00 e custo


variável unitário de R$80,00. A sua quantidade demanda q, em
unidades, relaciona-se com seu preço de venda unitário p, em reais,
através da função demanda:

q = 400 − p

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Com as informações dadas, podemos escrever sua função custo


total na forma:

CT = 6.000 + 80q

Com relação à função receita total RT, como não temos um preço
fixo, vamos obtê-lo a partir da sua relação com a quantidade q dada
pela função demanda. Tomando essa função, podemos isolar a
variável p, isto é, escrever p em função de q. Assim, teremos:

q + p = 400

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

A função de demanda para certo produto é q = 8.000 − p , onde q


caixas são demandadas quando p é o preço por caixa.

A receita gerada pela venda de 200 caixas é igual a:

A R$1.560.000

B R$720.000

C R$1.980.000

D R$875.000

E R$8.000

Parabéns! A alternativa A está correta.

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Para obter a função receita total em função da quantidade q,


devemos, em primeiro lugar, escrever a função demanda isolando a
variável p.

Temos, então:
p = 8.000 − q .

Substituindo essa expressão na função R = p ⋅ q (receita total) e


aplicando a propriedade distributiva, temos:

R = (8.000 − q) ⋅ q

R = 8.000q − q
2
.

Para uma quantidade igual a 200 caixas, temos a receita dada por:

R = 8.000 ⋅ 200 − 200


2
= 1.560.000 reais.

Questão 2

O lucro referente à produção e venda de q unidades de certo


produto é dado por L(q) = −q
2
+ 150q− 3.000 reais, para q
variando entre 0 e 80 unidades. Segundo tal função, o valor máximo
de lucro que pode ser obtido é:

A R$2.000,00

B R$2.625,00

C R$3.000,00

D R$3.775,00

E R$4.250,00

Parabéns! A alternativa B está correta.

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Como o lucro é expresso por uma função quadrática com a < 0 , ou


seja, seu gráfico é uma parábola com concavidade voltada para
baixo (∩), seu valor máximo é a coordenada y do vértice (y ). v

Portanto, o lucro máximo pode ser obtido da seguinte forma:

−Δ
yv = =
4a
2 2
b − 4ac 150 − 4 ⋅ (−1) ⋅ (−3.000)
− − = 2.625 reais.
4a 4 ⋅ (−1)

Considerações finais
Entender taxas de variação é uma importante habilidade de qualquer
profissional, em especial daqueles em cargo de gestão. Essas taxas nos
ajudam a estimar o que acontece com uma grandeza quando outra
grandeza relacionada varia. Podemos reconhecer os períodos de
crescimento ou decrescimento de uma grandeza que acompanhamos.
Em especial para os gestores, podemos descrever inúmeras situações
onde esse conhecimento é aplicado. Neste estudo, vimos a aplicação
direta nas situações com custo de produção, receita e lucro (algo bem
presente na vida de muitos profissionais!). Também vimos a aplicação
direta na relação de oferta de demanda, onde, para cada preço, temos
uma demanda.

Essas são algumas das aplicações desses conceitos fundamentais da


Matemática, mas existem muitas outras! O importante é que, utilizando
esses conhecimentos como ferramentas, podemos tomar decisões
mais acertadas em situações futuras.

headset
Podcast
Para encerrar, ouça um breve resumo dos principais tópicos que foram
abordados ao longo dos módulos.

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04/06/2023, 15:17 Aplicações de funções

Explore +
Se quiser gerar gráficos como usamos neste estudo, veja o software
Geogebra, um dos mais simples e mais usados em matemática.

Referências
GOLDSTEIN, L. J.; LAY, D. C.; SCHNEIDER, D. I. Matemática aplicada. 10.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

LEITE, A. Aplicações da matemática. São Paulo: Cengage Learning,


2008.

SILVA, S. M. da; SILVA, E. M. da; SILVA, E. M. da. Matemática: para os


cursos de Economia, Administração e Ciências Contábeis. São Paulo:
Atlas, 1997.

TAN, S. T. Aplicada à administração e economia. 2. ed. São Paulo:


Cengage Learning, 2012.

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