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Assírios

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Nota: Para a antiga civilização, veja Assíria. Para outros significados,
veja Língua assíria.
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Assírios
‫ܣܘܪ̈ܝܐ‬
Bandeiras aramaica e assíria

Celebração do Kha'b Nissan (ano novo assírio) em Alqosh, Iraque, em 2005

População total

3,3 milhões[1]

Regiões com população significativa


[2]
Síria 400 000

Iraque 300 000


[3]
Irão 20 000
[4]
Turquia 15 000

Línguas

neoaramaico (neoaramaico assírio, neoaramaico caldeu, turoyo)

Religiões

ortodoxia oriental (Igreja Ortodoxa Siríaca), catolicismo (Igreja Católica


Siríaca e Igreja Católica Caldeia), Igreja Assíria do Oriente, Antiga Igreja do
Oriente, outras cristãs

Grupos étnicos relacionados

outros povos semitas: árabes, judeus, mandeus

Os assírios (em turco: süryaniler; em curdo: asûrî), também conhecidos


como siríacos e caldeus são um grupo étnico semita com origem
no Crescente Fértil. Hoje, o seu território faz parte de vários países, no entanto,
ao contrário do que muitos acreditam, o povo assírio não desapareceu depois
da queda do Império Assírio, mas passou a constituir minorias étnicas sob o
domínio de outras etnias desde o início da Idade Média.

Região
Tradicionalmente, os assírios têm vivido no Iraque, nordeste da Síria, noroeste
do Irã e sudeste da Anatólia, na Turquia.[5] Muitos migraram para a região
do Cáucaso, América do Norte e na Europa durante o século passado. A
principal divisão sub-étnica situa-se entre um grupo oriental (Igreja Assíria do
Oriente e os "cristãos caldeus" assírios) e outro ocidental (jacobitas sírios).
A diáspora e as comunidades de refugiados são baseadas na Europa
(especialmente Suécia, Grã-Bretanha, Dinamarca, Alemanha e França), Améric
a do Norte, Austrália, Nova Zelândia, Líbano, Arménia, Geórgia, sul
da Rússia e Jordânia. A emigração foi desencadeada por eventos tais como
o genocídio assírio, no período da Primeira Guerra Mundial, durante
a dissolução do Império Otomano, o massacre Simele no Iraque (1933),
a revolução islâmica no Irã (1979) e a Operação Anfal de Saddam Hussein.[6]
Mais recentemente, a Guerra do Iraque provocou o deslocamento da
comunidade assíria da região, pois os seus membros passaram a enfrentar
perseguição étnica e religiosa. Segundo a Organização das Nações Unidas, de
um milhão (ou mais) de iraquianos que deixaram o Iraque desde a ocupação
americana, quase 40% são assírios, embora os assírios representassem
apenas 3% da população iraquiana antes da guerra.[7][8]

Os assírios após a queda do Império Assírio


Depois da queda de Nínive, tomada pela Babilônia, os assírios passaram a ser
uma minoria étnica e religiosa. No século V, mais de 153 000 assírios foram
executados por Isdigerdes II, em Quircuque, então parte do Império Sassânida.
Em meados do século VII, aconteceu a conquista árabe da região. No século
XIX, os assírios sofreriam um grande massacre, perpetrado por um emir curdo,
o massacre de Badr Khan.[9]
Século XX

Matéria do jornal canadense Lethbridge Herald, de


agosto de 1933, sobre o massacre de Simele
Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1915, sob o Império Otomano,
aconteceu o genocídio assírio, assim como o genocídio armênio e o genocídio
grego - populações cristãs vivendo na época no território otomano. O massacre
foi perpetrado com a ajuda do povo curdo.[carece de fontes]
Em 1933, aconteceu o massacre de Simele, quando morreram 600 a 3 000
assírios, sob o falso pretexto de uma conspiração dos cristãos do país contra o
governo e como desculpa para desviar a atenção da revolta xiita que acontecia
no sul do país.[10]
Entre 1986 e 1989, aconteceu a Operação Anfal, sob o ditador Saddam
Hussein, que tinha como alvos as minorias não-
árabes: curdos, shabaks, judeus, iazidis, mandeus, turcomenos iraquianos e
assírios. A operação resultou na morte de 50 a 100 mil civis.[11]
Mesmo antes da invasão do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante,
as igrejas cristãs estavam sendo bombardeadas depois da invasão, desde
2004, com o caos e a fragmentação do país, em constante guerra civil.[12]
A política assíria é controlada pelos inimigos históricos curdos, que
constantemente ocupam terras assírias,[13] violam direitos humanos da minoria
assíria [14] e contam com o apoio dos Estados Unidos e Israel, sendo os aliados
não árabes na região e formando o chamado "corredor curdo" entre a Turquia e
o Irã.[15]
O movimento de independência assírio reclama o norte do Iraque (região
da Mesopotâmia) e terras adjacentes (nordeste da Síria, sudeste da Turquia e
noroeste do Irã) continua na obscuridade, com pouco ou nenhum apoio dos
aliados históricos armênios e de outros governos.[carece de fontes]

Ver também
 Assíria
 Língua siríaca

Referências
1. ↑ «Assyria». UNPO : Unrepresented Nations and Peoples Organization (em inglês). 25 de
março de 2008. Consultado em 25 de novembro de 2015
2. ↑ al-Abed, Tareq (28 de abril de 2014). «Syria's Assyrians threatened by extremists». Al-
Monitor: the Pulse of the Middle East (em inglês). Consultado em 25 de novembro de 2015
3. ↑ Kermani, Babak (13 de outubro de 2010). «Iran: Last of the Assyrians». UNHCR - The UN
Refugee Agency. Institute for War and Peace Reporting. Consultado em 25 de novembro
de 2015
4. ↑ «World Directory of Minorities and Indigenous Peoples - Turkey : Assyrians». UNHCR -
The UN Refugee Agency. Minority Rights Group International. 2008. Consultado em 25 de
novembro de 2015
5. ↑ MacDonald 2004.
6. ↑ Naby, Eden. «Documenting The Crisis In The Assyrian Iranian Community»
7. ↑ «Assyrian Christians 'Most Vulnerable Population' in Iraq». The Christian Post.
Consultado em 5 de dezembro de 2006
8. ↑ «U.S. Gov't Watchdog Urges Protection for Iraq's Assyrian Christians». The Christian
Post. Consultado em 31 de dezembro de 2007
9. ↑ [1]
10. ↑ [2]
11. ↑ http://www.hrw.org/reports/1993/iraqanfal/
12. ↑ http://www.aina.org/news/20080107163014.htm
13. ↑ [3]
14. ↑ [4]
15. ↑ [5]

Bibliografia
 Books Online (Assyrian International News Agency):
Ancient Period (4750 B.C. to 33 A.D.)
Classical Period (33 A.D. to 1800 A.D.)
Modern Period (1800 A.D. to present)
 Aphram I Barsoum, Patriarch (1943), The Scattered Pearls
 Benjamin, Yoab, Assyrians in Middle America: A Historical and Demographic Study of the
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 BetGivargis-McDaniel, Maegan (2007), Assyrians of New Britain, ISBN 0738550124, Arcadia
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 Brock, Sebastian (2002), The Hidden Pearl: The Aramaic Heritage, ISBN 1-931956-99-5, Trans
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 De Courtis, Sėbastien (2004), The Forgotten Genocide: Eastern Christians, the Last
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 Donabed, Sargon; Donabed, Ninos (2006), Assyrians of Eastern
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 Henrich, Joseph; Henrich, Natalie (2007), Why Humans Cooperate: A Cultural and Evolutionary
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 Parpola, Simo (2004), «National and Ethnic Identity in the Neo-Assyrian Empire and Assyrian
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 Taylor, David; Brock, Sebastian (2002), Vol. II: The Heirs of the Ancient Aramaic Heritage, Trans
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