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Na Idade Média, a palavra "índio" era empregada para designar todas as pessoas

do Extremo Oriente. Ao chegar às Américas, Cristóvão Colombo acreditou que havia


encontrado um novo caminho para as Índias e chamou os nativos que encontrou de
"índios".[2] O conceito de "índio" é, portanto, uma invenção europeia e de cunho
depreciativo, pois não realça a diversidade dos povos indígenas.[3] Os habitantes originais
das Américas nunca se viram como um só povo. Pelo contrário, diferentes grupos
indígenas nutriam grande animosidade e constantemente guerreavam entre si.[4] Uma
"identidade indígena" só foi criada séculos depois, com a chegada dos europeus.[5]
[carece de fonte melhor]
A denominação mais conhecida das várias etnias quase nunca é a forma
como seus membros se referem a si mesmos, e sim o nome dado pelos brancos europeus
ou por outras etnias, muitas vezes inimigas, que os chamavam de forma depreciativa,
como é o caso dos caiapós, denominação que lhes foi atribuída por povos tupis e que
significa "semelhante a macaco".[6]

Origem
Ver artigos principais: Povos ameríndios, Povoamento das Américas e Arqueologia da
América

Hipótese da colonização em três ondas migratórias


Todos os seres humanos descendem de antepassados que habitaram a África, local onde
o Homo sapiens surgiu entre 100 e 200 mil anos antes do presente (AP). Por milhares de
anos, a África foi o único lugar do mundo onde havia pessoas.[7] As primeiras a saírem de
lá o fizeram, acredita-se, há cerca de 50-60 mil anos, e a partir de então passaram a se
espalhar pelo resto do mundo. Sua primeira irradiação foi para o Oriente Médio, a única
ligação terrestre da África com o restante do mundo, e dali as correntes migratórias se
dispersaram: alguns seguiram para o oeste, atingindo a Europa, enquanto que outra
parcela rumou para o leste, atingindo a Ásia. O isolamento prolongado entre essas
populações acabou por transformá-las, dando-lhes diferentes características físicas e
hábitos de vida, adaptando-se a novos ambientes.[5][carece de fonte melhor][8]
Os povos das Américas (ameríndios) são descendentes do grupo que seguiu para o leste
e que povoou a Ásia. Sua penetração na América foi explicada por várias teorias, e
atualmente a mais aceita diz que a passagem foi feita através do estreito de Bering, em
data ainda controversa, mas durante a Idade do Gelo.[9] Naquele tempo, com o declínio da
temperatura mundial, o gelo do mundo se expandiu, rebaixando o nível do mar e expondo
terra seca entre a península de Chukotka, no extremo nordeste da Ásia, e a península de
Seward, na América do Norte, criando uma ligação transitável entre os dois pontos. Com o
fim da Idade do Gelo o nível do mar subiu, inundando a ligação dos dois continentes,
impedindo novas migrações e separando as populações que ficaram na Ásia das que
migraram para a América. Como não havia alternativa, essas pessoas continuaram se
deslocando, ao longo de milhares de anos, rumo ao sul, povoando a América Central e
a América do Sul.[7][9][1

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