Muito se discute acerca da descriminalização do aborto no Brasil, após o
início do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mês de setembro, que julgará a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. A presidente do STF, ministra Rosa Weber, é relatora do processo e registrou, no dia 22 de setembro, o voto a favor de que a prática não seja considerada crime. O ministro Luís Roberto Barroso pediu que o julgamento fosse suspenso e levado ao plenário físico. A nova data ainda não foi marcada. Convém lembrar que o aborto no Brasil é considerado crime nos termos dos art. 124 a 126 do Código Penal, prevendo penas que podem variar conforme a forme de praticá-lo: Art. 124: Provocar aborto em si mesmo ou consentir que outrem lho provoque: Pena – detenção de um a três anos. Art.125: Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena – reclusão, de três a dez anos. Art. 126: Provocar aborto com o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de um a quatro anos. Todavia, o aborto além de ser analisado pelos vieses médicos e jurídicos, também é no filosófico e no religioso. O debate quanto ao aborto como liberdade da mulher teve grande repercussão na comunidade internacional. Sendo atualmente o total de 63 países onde o aborto é considerado prática legalizada. Levando em consideração que durante toda a história, a mulher ficou à margem desta discussão, o debate sobre a descriminalização do aborto é a maneira de conceder às mulheres o poder de imperar sobre si mesma, permitindo que possam trilhar seus caminhos sem culpa ou julgamentos.
O Direito à Vida x Aborto de Anencéfalo: o aborto de feto versus Anencefalia na Corte Suprema do Brasil e a autorização do Aborto no Uruguai –Internacionalizando considerações jurídicas sobre a interrupção da vida