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Artigo 124

O artigo 124 do Código Penal brasileiro trata do crime de aborto, estabelecendo que provocar
aborto em si mesma ou consentir que outra pessoa o faça configura crime, com pena de detenção de 1 a
3 anos. No entanto, o mesmo código prevê algumas exceções em que o aborto não é considerado crime,
como nos casos de gravidez resultante de estupro e quando a gestação representa risco à vida da
mulher. Essas exceções são regulamentadas pelo artigo 128 do Código Penal.

Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro reconheceu, em 2012, a possibilidade de
interrupção da gravidez de fetos anencéfalos, ou seja, aqueles que têm má formação cerebral
incompatível com a vida extrauterina. Esta decisão do STF não considera o aborto nesses casos como
crime, pois entende-se que não há vida a ser preservada nesses fetos.

Casos em que o aborto é permitido por lei no Brasil:

Gravidez resultante de estupro: O aborto é permitido em casos de gravidez resultante de


estupro, conforme previsto no artigo 128, inciso I, do Código Penal.

Risco à vida da mulher: O aborto também é permitido quando a gravidez representa risco à vida
da mulher, conforme previsto no artigo 128, inciso II, do Código Penal. Nesses casos, é necessário o
parecer médico atestando o risco.

Quanto à decisão do STF em relação aos fetos anencéfalos, em 2012 o STF decidiu que a
interrupção da gravidez de fetos anencéfalos não configura crime, considerando que esses fetos têm má
formação cerebral incompatível com a vida extrauterina. Em termos gerais, o debate sobre o aborto no
Brasil envolve questões éticas, morais, religiosas, legais e de saúde pública. Existem diferentes
posicionamentos sobre o tema, com alguns defendendo a ampliação das possibilidades de acesso ao
aborto legal e seguro, enquanto outros defendem a proteção irrestrita da vida desde a concepção.

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