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Resumo: O presente artigo tem como foco a análise do aborto ilegal e o estudo do
abortamento como prática histórica sob uma visão voltada à dignidade humana,
onde deve ser sempre analisada longe de preceitos morais e religiosa. O debate do
aborto permite perceber uma colisão entre direitos fundamentais em questão, a vida
e a dignidade humana devido à criminalização da conduta nos artigos 124 e 126 do
Código Penal Brasileiro. De forma geral, diante da colisão destes direitos deve existir
uma técnica de ponderação, onde nenhum vai ser absoluto e invalidar o outro. Por
um lado, o direito à vida sendo fundamental para os demais direitos existam e por
outro, a dignidade humana, sendo pilar do atual ordenamento jurídico, garantindo a
autonomia e liberdade de escolha das mulheres. O método utilizado foi de pesquisas
bibliográficas por meio de livros, artigos científicos e jurisdição.
Abstract: This article focuses on the analysis of illegal abortion and the study of
abortion as a historical practice from a viewpoint of human dignity, which must
always be analyzed away from moral and religious precepts. The debate on abortion
makes it possible to see a collision between the fundamental rights in question, life
and human dignity, due to the criminalization of this conduct in articles 124 and 126
of the Brazilian Penal Code. In general, when these rights collide, there must be a
technique of weighing them up, where neither will be absolute and invalidate the
other. On the one hand, the right to life is fundamental to other rights and, on the
other, human dignity is a pillar of the current legal system, guaranteeing women's
autonomy and freedom of choice. The method used was bibliographical research
through books, scientific articles and jurisdiction.
1. INTRODUÇÃO
1
1Aluno do 1° ano do Curso de direito. E-mail: Thaisatolentinoic@gmail.com
2
Prof. João Carlos Lavigne de Lemos Tavares.
Os primeiros relatos da prática do aborto surgem com os povos ocidentais
como uma conduta comum que posteriormente acaba sendo regrada pelo código de
Hammurabi ou Bíblia e em seguida por legislações.
Atualmente, o aborto causa diversos conflitos devido à divisão de opiniões
entre grupos conservados, que condenam a prática devido a preceitos morais e
religiosos, e grupos liberais, que apoia a prática em prol a luta das mulheres e sua
autonomia.
O direito à vida não deve ser conceituado apenas como “direito de continuar
vivo” e sim, de acordo com sua concepção positiva, o direito de todos a ter uma vida
digna em relação às condições vitais. De acordo com Supremo Tribunal Federal,
guardião da constituição federal, o início da vida para fins de proteção ocorre a partir
da concepção entre os gametas masculinos e femininos, porém esta decisão gera
controvérsias devido à falta de fundamentação na constituição. A dignidade humana
é o pilar do atual ordenamento jurídico, sendo intrínseca a pessoa humana e
garantindo a autonomia, liberdade e igualdade, portanto por essa perspectiva, o
aborto criminalizado fere a dignidade e autonomia das mulheres.
A criminalização da conduta fere o princípio da proporcionalidade e é
responsável pelo aumento da mortalidade materna devido a estas gestantes,
provenientes de uma gravidez indesejada, buscarem procedimentos clandestinos ou
medicamentes que podem levar a danos irreversíveis ou a óbito. Em face de
estudos, anualmente, cerca de um milhão de mulheres, em sua maioria, pobres e
não brancas, realizam abortos induzidos. Os números de abortos induzidos
permitem concluir que métodos contraceptivos, planejamento familiar e educação
sexual, que adotados pelo Estado estão sendo ineficazes contra a gravidez
indesejada resultando em abortos clandestinos.
2.1 Definição
O aborto consiste na interrupção da gravidez podendo ser de forma
voluntaria, onde o fato é do querer dos genitores, ou involuntária, na qual ocorre sem
o desejo dos genitores, de forma espontânea.
5. SAÚDE DA MULHER
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS