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centro de estudos de h1stórta mun1c1pal

OURICURI:
HISTÓRIA E
GENEALOGIA
raul aquino

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biblioteca pernambucana de

história mun icipal 14


--
Governador do Estado de Pernambuco

JOSÉ MUNIZ RAMOS

Secretário d e PIanejamento
ELIESER MENESES DOS SANTOS

Fundação de Desenvolvimento Municipal do Interior de Pernambuco


EVANDRO SANTOS NASCIMENTO

Aquino, Raul

Ouricuri: história e genealogia. Recife, FIAM /


Centro de Estudos de História Municipal, 1982.

208 p. (Biblioteca pernambucana de h istória mu-


nicipal, 14)

I - Ouricuri-histón a. T - FIAM/ CEHM, Recife.


T - Título .

981.342 Ouricuri (C.D. U .) FIAM/DI/DDRR/ SD


--- -

OURl(URI:
HISTÓRIA E
GENEALOGIA
Raul Aquino

blibioteca pernambucana d e história municipal 14


CENTRO DE ESTUDOS
DE HISTÓRIA MUNICíPAL

RECIFE - 1982
: 1826-1843) - JO!é

da h18oor1a ~e Pes-

- Antonio de Santana.
UMA EXPLICAÇÃO

Cabe ao autor, por um dever de consciênci,a, declinar a


razão do q'll:e foi esc~ito. Do meu pai, o tabeliã~ Baldomiro
Pedro da ,S_ilva, P?-rtiu o incentivo maior, a me contar o que
sua memorw. havia guardado, do que viu, leu ou ouviu. Es-
creveria ele uma história de Ouricuri, sem ranços e sem insi--
nuações, uma trajectória reta conforme sua personalidade sem
contradições, buscando de sua privilegiada memória o desen-
'tolar dos acontecimentos, o registro correto. Eu a ouví-lo de-
pois transcrevendo suas palavras em cadernos, já com o pen-
samento voltado para uma divulgação, também idéia dele.
Sentados numa sala ou na calçada de nossa. casa, à Praça
Padre Comendador Francisco Pedro, eu me prendia às pala-
vras dde, enquanto mamãe, Francisca Maria de Aquino Silva,
D . Chiquinha, sempre aparecia, trazendo café que nos fazia
prosseguir sem enfado. ·
Eu, um menino a obedecer o salutar regulamento de
casa e o horário de escola, também brincava pela cíd.ade com
outros meninos, tomava banho no Quixadá, Curupaiti e no
açude da Nação, nadando e dando cangapés. Trazia bodes da
lagoa do Pau Ferro para o chiqueiro e prendendo as cabras
prenhas que iriam parir no dia, evitando que isso fosse reali-
zado na caatinga, tomando conta do curral, chiqueirando be-
zerros, jogando futebol, percorrendo as ruas, gozando a felici-
dade do meu mundo Livre, mas, sempre atento a ou.vir do m eu
pai seus bons conselhos e a história de nossa terra, a história
de um povo da nossa terra do sol. . . . .
A infância do meu pai fcn:a vivida n~ fazend~ Limoeir?
e Teiú, já rapaz viera pa,ra a cidade negoc1;Lr ci)m generos ?-li-
mentícios sem perder, entretanto, seu vinculo de pecuarista
que foi uma constante na sua vida. Na ~idade, o c~samento
com . D. Chiquinha, filha do bem sucedido comercumte, pe-
cuarista e chefe político local, tenente-cpro-nel da Guarda Nar
7
cional Antônio Pedro da Silva. Com o sogro, desenvoh,
comércio de tecidos no distrito de Serra Branca. Depoiseu 0
' · se ins
conta propria . tri·to d e M orais
. t al a no d is p,,.,
. e, em segu·dci
fecha sua casa comercial para se _dedicar ao trab~lho de a~ri
mensor. Mede terras das propriedades de Araripina, Ipub
Serra Branca, São Félix e do patrimônio de São Sebastião d~
Ouricuri. Durante vários anos percorreu a pé ou a cavalo esga
região sertaneja que conhecia com detalhes, conhecendo tam.,..
bém sua gente. Nos fins de semana, vinha à cidadP. para con.
vívio com sua família. Depois passou a servir como funcio-
nário do fisco estadual e em 1934, designado 2°. tabelião, na
vaga deixada por Rodrigo Castor da Rocha Falcão, exercendo
esse ofício com zelo até sua aposentadoria, deixando o cJLrt&
rio a cargo de sua filha I dália Aquino e Silva.
As escolas primárias da época lhe deram conhec?'•nentos
essenciais ao desempenho de funções importantes no seu meio,
entretant o, era dotado de imensa sabedoria obtida do conví-
vio humano. Temperamento calmo, apaziguador, merecia res.
peito pelo que fazia. Deixou uma lição inesquecível, nunca
ter feito inimigos, apesar dos encargos de notarial e, na quali-
dade de agrimensor, estar presente aos problemas intrincados
de d°ivisão de terras, onde ambições, mesqutnharias e incoerên-
cias se multiplicam. Sabia conviver com todos, com habilidade
superav a dissenções e, sem apreensões transitava por qualquer
Local.
Percorria estradas desertas, permanecia, dias inteiros
nas caatingas fincando marcos divisórios sem portar armas que
aliás nunca possuiu e com sua pureza de espírito, dizia serena.
mente que era Deus quem guarda o homem. Em viagem con-
duzia um canivete solinger para cortar carne, queijo e rapCil-
dura no campo ou quando necessário marcar com seu sinal:
orelhas de bezerros ou cabritos.
Era considerado um homem bom e puro, desprovido de
ambições subalternas, respeitado pela grandeza do seu valor
humano espelhado através de seus atos, da lhaneza de atitudes
e respeito à opinião alheia. A idade avançava, mas acompa·
nhava com sensatez a evolução dos· tempos, adaptando.se à3
transfarmações sociais, aceitando tranquilamente as novas ma-
neiras de ser dos j0vens, refletidas nos seus próprios filhos e
netos.
Tabelião público durante 24 anos, aposentando-se em
1958, aos 69 anos de idade, dedicando-se a atividades de. pe-
cuarista, a,penas. Na velhice permaneceu lú cido, mant endo
bem sua admirável memória, relatando com precisão aconte-

--
eu o
· Por
Uida cim entos dos quais t eve ciêndia, inclusive de tiatas . Manteve
'.lgri..' sua person alida~e de homem sério e simples, c-omo sempre
)Ubi , fora, compreen~i~,o e acolhedor, respeitando atitudes e opiniões
o de alheias, um legitimo m es_tr_e ~a arte de faz er ou m anter amigos,
essa não contando com um inim igo sequer. S ensato e tranquila-
:am. mente se portava, sem impropérios, não estrav asava ressenti..
mentas nem se pronunciava de maneira desairosa com quem
COn- quer fosse.
icio.
Nas_cido a _1~ de fever~iro de 1889, foi a primeira pessoa
, na a t er registro civil em Ouncuri, vez que, com o advento da
ndo República em 1888, era instituído o registro civil no Brasil,
rtó- sendo seu genitor designado titular desse cartório, aqui . Era
o 5°. eleitor alistado no município, com a volta do n osso país
itos ao vrocesso democrático, em 1945.
eio, · Em dezem bro de 1977, fora vítima de um acidente vas-
iví- cular cerebral, privando-se de suas atividades profissionais e
·es_ a 6 de março de 1979, faleceu em consequência de um distúrbio
ica cardíaco . Deixou 4 filhos, 19 netos, 13 bisnetos e 1 trineto.
ili- É esta a m inha explicação, cumprir uma vontade do meu
pai, divu lgar a hist ória de nossa terra .
los
Se cometi engano, não foi culpa dele, n em propósit o
~n- meu, tampouco de pessoas consultadas, foram frutos de inter-
:d e pretações, de contingências, de ângulos através dos quais con-
ier segui me situar, embora com o pensamento voltado para um a
inf arm ação corret a . Lon ge, muito longe estou de ser um dono
·os da verdade.
ue Quem porventura venha a discordar, que o faça con:, o
a_ sentido de esclarecer m elhor, de colocar algo mais, de maos
n- dadas comigo, com n obreza de e? p_írito, ~?mplementar a histó-
a- ria de Ouricuri, guardar a memoria da cidade . .
tl, Meus agradecim entos a todos aq_ueles que_ direta ou in-
diretamente me aju daram na elaboraçao deste livro .
le
')T Ouricuri, junho de 1979
?S
z.., O autor
t3
t-
e

9
CAPITULO 1
OR I GENS

To;11é d 7 Souza, primeiro governador geral do Brasil,


c~egav~ a Bahia a 29 de março de 1549 e iniciava sua admL
mstraçao. Trouxera, na qualidade de almoxarife do governo
o senhor Garcia de A vila. '
Homem empreendedor ao se dispor a tão longa viagem
de ~?rt ugal ao Brasil, Garcia de Avila era impulsionado pel~
esp~nto de aventura, sonhava com a posse fácil da terra, po-
derio. Engenho e arte não lhe faltavam, contava com a ami-
zade do governador. Via léguas de terra livre aguardando
alguém para saboreá-las, papel e tinta lhe dariam o~ ambicio-
nados títulos de posse.
De início, consegue as terras nos campos de Tatuapara,
nas proximidades da Capital e importa de Cabo Verde gado
vacum montando, assim, sua primeira fazenda. Constrói sua
residência que posteriormente vem ser a famosa Casa da Torre,
de estilo medieval.
Consciente de um mercado cada vez mais florescente
para venda de carne e couro, multiplicava seu rebanho de
gado, dilatava as fronteiras de suas propriedades vigiadas por
bons vaqueiros. Estava presente o espírito do bandeirante,
dava início a um grande latifúndio,. ocupava a~ terras in:1pl~-
tando currais de gado, abrindo cammhos atrav~s do~ quais cir-
culavam vaqueiros e gado. Posteriormente o mtenor nordes-
tino ficava pontilhado de curr~is in~erligados por grandes _c~-
minhos. Era O período que sena batizado com o nome de civi-
lização do couro.
Crescia O povoamento do interior e litoral, a carne te:ia
que estar presente à alimentação e o couro de boi era de multa
valia.
11
Do couro era feito o calçado, Siblo, a red
aela et outros ar·
corda ara amarrar o boi e armar e, azer carna,
reios, ª d ira pporta De couro se fazia borracha para con.
malacae' · li t Cha' ·
duzir' água, aJforje e surrão para a men 0 1 . peu, cinto e
outras utilidade•. ar1ad
o 1180 do couro era por demais v o e o consumo au,
mentava com o crescimento da população.
Garcia de Avila enriquec~ra e ampliava seu p~er de
homem rico . Possuía escravos vindos da África e apns1?11a_va
índios para os trabalhos da terra. Sua atituc!e com os 1??10s
rovocara atritos com os padres, cuja missao era alde1a-1os
~m zelo e proteção. Protestos ao governador e à Corte erarn
feitos mas Garcia de A\rfla•uaava• sim influência de homem
rico possuidor de fazendas de gado e assim, ampliava seu do-
mínio-- em direção ao Rio Sio Francisco e- do Es.tado de Se~-
gipe; continuando a uttlmr· os· caboclos convertidos ou apn-
sionados-- em Iutmt.
Morria aos 90 anos de idade, deixando seu neto, Fran.
cileo.:Diu:de Avila c«->--•1.tsucessor, isto é, o senhor da Casa
da:.Tor:m. na tp:aalidade de mor.gado. O. pensamento era ornes-
Dml ampliv o patl:imDnio, .cameguindo.novas sesmarias e mais
peda-ea pan a, Caa daí Ton:a. Com.. sua. morte, sucede-lhe o
~ Ga1'l!ia d& Á.~ que: se· continua cam. Francisco Dias
d e ~ atnnressai o Sio, Rran.ciato paa:a. seu lado esquerdo
em lutas com os índios e descobrindo naws. sertões, conquis-
tando tamhém ten:aa do Piauí. em busca das minas de prata
ao Jaoo ,de ·Domingoa Afonso Sertão e Domingos Jorge Velho.
Em UIII consegue do governador André Vidal de Negreiros,
seamMia em Pernarnbnco. e. em. 1692, lhe-são. concedidas pelo
governo do Maranhão, terras que atingiam o. Rio Pamaiôa.
Após sua morte, André João Antonil avalióu seu patrimônio
em 80:'Jéguas li eisqtlerdà t1b Slb- F"rsncisco para o norte e 260
à direita; em rtmlb ao sul. (Cultura e . Opulência do Brasil -
ctra;Ja dt! Pl!dr.o Olinen - Hiitória à Casa- da Torre - pág.
l'm'- la: edic.ãb,-. Sbced'em..ae os herdeir«x1fãessas terras, ora
con:r « nome 41! Garcia d1r A:vffir, ora com a de- Francisco Dias
dé lvifâ, RID'pí'e Smbiéi01(JS" na aquisição de terras para cria--
çi,fJ <te llld'o e 16 éntãb ..para.a cultura da cana de açúcar que
trm:là 'bàá' ~~- lr.âs, um dia surgitia um impasse na
C~áçio d o ~ patthn&b.io· e variada atividade Pos-
~tea! comocifsmo da exploração ãa cana- de açllcar e
ct!JniJoa finR• Wdw de noltreq troea'ftm a- rudeza das lutas
ranhão pe{':' fflll Nnóet,,dc,, !lo Franclaeo, do Plauf ou do Ma-
, repouso na Casa da Torre com as boas rendas e
111
s ar~
ai:na
con,
J
poderio dos engenhos de açúcar. "Francisco Dias de Avila,
0 4º. com esse nome, herdou o foro de fidalgo, não mais se
1to e sentia atraído pelo sertão bravio. "Possuía engenhos de açú-
car e duas fábrica~ de farinha. Suas vastas terras do nordeste,
dadas de arrendamento ou administradas por feitores, come-
çavam a não int~ressar ao homem opulento que encontrara no
:r de recôncavo a placidez e a beleza da vida sociável. Não era mais
nava 0 guerreiro, ardente em cobiça territorial; era apecas o mor-
1dios gado". Pedro Calmon, obra citada, (pág. 126) . Além disso, uma
á-los perseguição do destino para os descendentes de Garcia de
?rarn Avila, almoxarüe de Tomé de Souza, lutavam contra a falta
mern de muitos herdeiros varões. A cada geração, parecia extin.
1 do- guir-se vindo a acabar-se em mãos de mulheres que apesar de
S er- enérgicas, forçadas por casamentos levavam o patrimônio a
apri- estranhos. Iniciava assim o desmembramento das terras, por
v.enda a terceiros. Além disso, a própria coroa sentia a neces-
sidade de ordenar melhor distribuição das terras para que pu-
'ran. desse sobreviver a população indígena e emigrantes que pro-
Casa curavam colonizar a região. Em defesa desses princípios esta-
mes- vam os religiosos, principalmente os jesuítas que ao mesmo
mais tempo que evangelizavam, protegiam a população contra as
he o atitudes arbitrárias dos Garcia de Avila qu e perdiam o apoio
D ias dos governantes de Pernambuco e Bahia . A coroa ordenava
erdo acatamento de suas ordens através das missões religiosas no
1uis- sentido de organizar aldeiamentos pacüicos possibilitando o
1rata surgimento de povoação, enfim, colonização do sertão sob a
lho. égide de princípios justos .
iros, Assim, as imposições da Corte e as de ordem pessoal
pelo ditadas pelo conforto da vida citadina, levavam os herdeiros
íba. de Garcia de Avila ao arrendamento e ven da de terrru; Uma
ônio das adquirentes de terra foi a senhora Brígida Maria das Vir-
260 gens que ocupou ~xtensa faixa à esquerda do Rio São Fran-
cisco até às fraldas da Serra do Araripe, no atual município
]-
de Exu. Nesta terra de Da. Brígida, nasceria mais tarde, a
?ág. cidad:~ de Ouricuri e parte do município do mesmo nome, face
ora a venda que fizera de uma parte de suas terras, a João Pereira
Dias Goulart.
~ria:. A respeito de Da. Brígida, seu nome é registrado por
que Pereira da Costa como Brígida Maria Virgens. entretanto, por
? na outros é conhecida como Brígida Alencar, conforme informa o
Pos- coronel Arrisson de Souza Ferraz, citando pesquisa de Dr.
rr e Juarez de Alencar, nascido em Exu e advogado em São Paulo,
utas "Brígida cabroboense não assinava Alencar, m as era Alencar
Ma- e casara-se com um Alencar". (Cabrobó -- cidade pernambu-
as e
13
. ial Safady Limitada, São Paulo, 1966,
cana, Editora ComerJ a afirmativa do Dr . Juarez, cita tam.
página 76) • Refo~çan
,
°
no mesmo 1ivro, o
depoimento do Dr. Joaquim Cipriano
. d
bet,:1, . lto magistrado que exerceu sua_s auv1 a.
Coelho Brm:itª~~;~0 na região do São Francisco, ainda vivo,
des por _mudi º100 anos de idade residindo em Belém do São
com mais e f d conhecedor' do passad o d aqu ela ar
' ea da
.
Francisco, pro un ° ·
'dade de
•·
consultar mumeros
d
ocumen
t s
o , no
qual teve oport uni . .
· io de sua missão de JWZ . .
exercicO nome do esposo de Da. Brígida ;~ntmua d esconhe-
cido até o momento dessa citação. Da. Bngi~a de;e ter
sad~ longo período em estado de viuvez, daí te~ o d emY, e1
r~t
esquecer o n0me de maridc . Da. Brígida Maria as irg~ns
ou Da. Brígida de Alencar, ilustre senh_ora, exerceu grande ~-
fluência na área sanfranciscana e sertao pernamb~c_ano, Rica
fazendeira, de grande porte humano e ~ocial, utihzou esses
predicados servindo bem ao seu povo. Dois fatos perpetuaram
0 nome de Da. Brígida no sertão de Pernambuco, a constru.
ção às suas custas, da majestosa Igreja de Nossa Sephora da
Conceição, em Cabrobó, legando-a am, . seus conter;8:°eos em
1844 e a vinculação do seu nome ao Rlac~o da Bng1da, co~-
forme afirma Pereira da Costa, em Anais P ernambucanos •
Esse curso d'água constitui o maior afluente do Rio São Fran-
cisco, pelo seu lado esquerdo, é uma das maiores bacias hido-
gráficas de Pernambuco, em extensão territorial. Nasce na
Serra do Araripe, em Exu, e desemboca no São Francisco, nas
proximidades da cidade de Orocó . Para ele, afluem as águas
dos municípios de Cabrobó, Orocó, Parnamirim, Exu, Granito,
Bodocó, Araripina, Trindade, Ipubi e Ouricuri, portanto, gran-
de extensão territorial e grande curso d'água nas épocas de
bom inverno, dada a sua qualidade de riacho temporário . Para
aquilatar seu volume d 'água vale a pena citar a ponte que
o atravessa com 360 metros de vão na rodovia Cabrobó-I'etro-
lina. É uma das maiores pontes rodoviárias de P ernambuco.
Do município de Ouricuri, recebe o Riacho do Jacaré, coletor
d?s águas deste município e dos de Ipubi, Trindade e Arari-
pma. Nos anos de fortes chuvas, o Riacho do Jacaré interrom·
pia p~r vário~ dias o t_ráfego através da estrada que deman-
dava~ P etro~ina _e Bahi~. Atualmente com a pavimentação d~
Rodo~,ia Our1curi-Petrohna, inaugurada em 1974, BR-122. foi
solucionado este problema sendo construída no Riacho do
Jac~ré _grande ponte, distando 30 quilômetros da cidade de
Ouric~n • Da extensa faixa de terra de Da . Brígida, várias
propnedades nos municípios de Cabrobó, Ouricuri e Santa
14
Maria da ~oa Vista, for~m ~ormadas por compra à ilustre tna.
trona. A_ cidade de Ouncun e parte do município têm origem
na propriedade comprada a Da. Brígida em 1816, por J oão Pe-
reira Goulart e sua mulher Da. Maria de Souza Goulart, pro-
priedade essa que se transformou na fazenda Tamboril vindo
a se organizar no lado leste o sítio de nome Aricuri onde foi
edificada posteriormente a cidade de Ouricuri.
Na formação do município de Ouricuri uma outra Brí-
gida surge, a Da .. Brígida da Costa Agra, se~hora rica, dona
de grandes propriedades de criação de gado como a Fazenda
Saco, que deu origem a Parnamirim e em Ouricuri as fazen-
das Poço da Cruz e Urtigas. Esta Da. Brígida, também ' é cita-
da na pesquisa do Dr. Juarez Alencar (Cabrobó-cidaáe Per-
nambucana - página 76) como sendo da família Alencar que
consorciara-se com um Costa Agra. Na escritura de venda da
fazenda Poço da Cruz o nome dela é registrado como Brígida
da Costa Agra, viúva de Bernardo Ribeiro Granja, podendo
ser Alencar, um de seus genitores e não, seu marido. A venda
da fazenda fora feita a membros da família Alencar. Veja.
mos: "Escritura de compra e venda que fazem a saber, de um
lado como vendedora a viúva Da. Brígida da Costa Agra e de
outro como compradores, os filhos dos falecidos Manoel Pe-
reira de Alencar e sua mulher Ana Maria do Nascimento, de
um sítio de terra denominado Poço da Cruz como abaixo se
declara. Saibam quanto este público instrumento de escritura
de compra e venda ou como em direito melhor nome e lugar
haja e dizer se possa, virem que sendo no ano do nascimento
de Nosso Senhor Jesus Cristo, de 1794, aos 24 dias do mês de
setembro, nesta Fazenda Várzea Comprida, termo de povoação
de Nossa Senhora da Conceição do Cabrobó, do Rio São Fran-
cisco, Sertão de Rodelas, comarca de Pernambuco onde eu, ta.
helião adiante que vindo e aí apareceram presentes as partes
outorgantes havidos e contratados a sa~;r, de um~ como ven.
<ledora Da. Brígida da Costa Agra, viuva, que ficou de seu
marido Bernardo Ribeiro Granja, da outra como comprador
João Pereira de Alencar por si e seus irmãos, todos filhos_legí-
timos dos falecidos Manoel Pereira Alencar e Ana Maria do
Nascimento que são - José P:reira de Alencar, ~ernar~o Pe-
reira de Alencar Marcos Pereira de Alencar, Jose Pereira de
Alencar, Maria Pereira de Alencar, Isabel Pereira de Alenc~r
e Joana das Graças, todos moradores neste termo e re~onheci-
dos de mim tabelião pelos próprios de que faço mençao neJte
instrumento e dou fé e por eles me foi dito em prese~ça as
testemunhas adiante assinadas que eles se achavam JUSt ºs e
15
contratados n a forma seguin t e, que ela vendedora venct·•
como de fato vendido tinha de hoje para todo e sempre ~ •l
comprador João Pereira de Alencar para ele e seus irmãos/
nomeados . Tabelião Barbosa Melo" . ª
Da . . Brígida da Costa Agra aparece em 1819, vendendo
a fazenda Urtigas, do mesmo termo da povoação de Nc,ssa
Senhora da Conceição de Cabrobó . Poço da Cruz e Urtigas
na cr iação do mumcípio de Ourícuri, se integrarão a ele, n~
seu 1º. distrito . A fazenda Urtigas, at ualmen te subdivida, per-
tencente a Pedro Euzéb10 e herdeiros de João Batista da Costa
e esposa .Antônia de Holanda Cavalcanti Costa,_ Sebastião Ro.
drigues Costa (Tião Bilhar), Cassimiro Rodrigues Costa Filho
e Antônio Rodrigues Costa (Nenen), filhos de Cassimiro Ro_
drigues da Costa e Inácia Rosa Costa.
João Batista da Costa, conhecido como Batista Bilhar,
faleceu aos 79 a.."l.os de idade, deixando 11 filhos . Alguns deles
permaneceram em tr a balhos agro-pecuários de Urtigas, outros
desempenhando atividades diferentes em Recife e Salvador,
são eles: João da Cost a Holanda, Falconeri, Sebastião (comer-
ciante em Recife) , Irmã Benígna - franciscana do Sagrado
Coração de J esus em Salvador, Irmã Antônia (Catarina - co-
nhecida por Queta) , da Ordem dos Pobres de Santa Catarina
de Sena, na Bahia, Adelaide Holanda Cavalcanti, comerciante
em Recife, Izabel, professora em Olinda, Elias, Hosana, Maria
de Lourdes Holanda Costa e Enock Costa Cavalcanti, comer-
ciante em Recife .
Enock mantém criação de gado em Urtigas e de quan-
do em vez deixa seus n egócios em Recife, dá uma esticada até
sua fazenda para rever amigos, ver o gado e na sua maneira
extrovertida de falar diz que vai matar a saudade, rever os
campos, receber sol e ar do sertão, comer carne de bode, as-
sada, com farinha e rapad ura e no período do inverno, milho
verde, melancia e chupar umbu para evitar muitas doen ças .
Fazendo um registro do domínio da Casa da Torre e
posterion;nente de Da. Brígida Maria das Virgens, n o sertão
de P ernambuco, quero tão som en te ligá-los à origem da cidade
de Ouricuri e município do mesmo nome.

16
CAPÍTULO 2
TOPONíMIA

_ . ~O _nome Our~c~ri provém de uma palmeira de designa


çao 1dentica que ex1stm no local onde foi erigida a cidade.
_ . Conforme o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de
Aur ello Buarque de Holanda Ferreira, la. edição, 1975, Editora
Nova Fronteira, assim explica: "Aricuri (do tupi -Ariku-ri)
planta da família das palmeiras (cocos coronata) de drupa~
comestíveis, cuja medula fornece fécula e cuja semente for-
nece óleo alimentar. Variantes: alicuri, aricui, iricuri, uricuri,
ouricuri, licuri, nicuri. Sinônimos: urucuriiba, coco-cabaçudo,
coqueiro-cabaçudo, butiá, butiazeiro, licurizeiro".
Encontramos no Dicionário Corográfico, Histórico e
Estatístico de Pernambuco, de Sebastião Vasconcelos Galvão,
"Ouricuri foi primitivamente o nome da povoação Aricori, o
qual era também o da taba ou aldeia de índio que aí existiu .
Aricori é vocábulo indígena e os catequizados que ali há, tra-
duzem-no por duas serras próximas ou juntas, isto é, era a
aldeia das duas serras juntas. De fato, o sítio em que se acha
o povoado que constitui hoje a cidade de Ouricuri, possui duas
serras juntas. Mas, a Assembléia Provincial assim não enten-
deu quando criou a freguesia, corrigiu para Ouricuri, interpre-
tando que era a denominação de palmeira Ouricuri, aliás abun-
dante naquela região e sobretudo na parte ocidental e na fron-
teira pernambucana com o Estado do Piauí".
Uma outra versão para Ouricuri, seria de um h ábito
indígena que em certas épocas do ano, os índios aldei~dos, so-
mente os legítimos de determinada tribo, se reum~m por
algum tempo em misterioso convívio, num local esc~nd1do que
chamavam Ouricuri . Há diversas opiniões para explicar a per-
manência dos índios no Ouricuri. Para uns, eles voltavam a
praticar atos dos tempos em que eram bárbaros . Outros acre-

17
ditavam que era uma oportunidade para roubo do gad
que, justamente na~uele tempo da estada no _Ouricuri, e:a ~or.
quente o desaparec~ment~ ~e gado. O~t.ra opmião é de qu/~-
indios se davam ah a praticas superst1c10sas. 08

Os índios da família dos cariris foram os primitivos h


bitantes de Ouricuri, traduzi~m a palavra como "duas serr: ·
9
juntas". Pelo lado norte da cidade há uma elevação do terren
com o nome de Serrinha que se prolongando para leste faz urn~
baixada na fazenda Tranqueira a cerca de 12 quilômetros d;
cidade para, em seguida, se continuar com outra elevação cha.
mada de serrote da Tranqueira. Poder.se-ia interpretar o caso
como duas serras juntas em obediência à semântica indígena,
entretanto, essa versão atribuída aos í~dios aldeiados aqui,
não foi transmitida aos pósteros. Também não se encontra
qualquer alusão vir a ter origem do Ouricuri, isto é, esconde-
rijo de índios em atos de superstição.
A tradição conservou a versão de ter se originado o
nome da cidade de Ouricuri, da palmeira da família cocos co.
ronata - aricuri ou ouricur1.
Esta origem, aceita pela Assembléia Provincial é con-
firmada por pessoas conhecedoras do passado de Ouricuri, como
Baldomiro Pedro da Silva, ex-tabelião, falecido aos 90 anos de
idade, detentor de memória prodigiosa, subsidiada pelo cons.
tante manuseio de documentos a que lhe obrigava sua função
de notarial. Hildebrando Damascena Coêlho, atualmente aos
95 anos, também conhecedor do passado de sua terra natal.
Anísio Coêlho Rodrigues, já falecido, um dos que mais devas-
saram a história de Ouricuri, tendo preparado um manuscrito
neste assunto que deixou em mãos do filho Sebastião Coêlho,
coronel.médico do Exércit0 .
São pessoas por demais conhecidas no município, de in·
conteste honorabilidade que fazem esse registro para a nossa
história qual seja, ter se originado o nome de Ouricuri, da
palmeira aricuri.
A tradição é confirmada por Pereira da Costa (Anais
Pernambucanos - Vol. X - pág. 318 - Arquivo Público Es·
tadual - 1966) , conforme se vê: "Tira esta a sua denomina-
ção! que também é o do próprio município do nome da pal·
meira Ouricuri, ou Aricori, como a registra Almeida Pinto
(cocos coronat~) _que ali vegeta, nome esse de origem tupi,'
corrutela de Ancun, o cacho amiudado ou repetido o que da
cacho de contínuo, segundo Teodoro S;mpaio". '
· Apen~s a grafia aricuri não foi conservada porque 0
padre Francisco Pedro da Silva por questão de eufonia modi-
18


ficou par~ ~uricuri ao firma~, juntamente com o padre Fran-
cis?~ Antomo da ~unha Pere1~a, o docui:nento através do qual
sohc1tavam __da D10ces~ d~ Olmda a cnação da freguesia de
São Sebastiao de Our1cur1, tendo como sede a faixa de terra
que passou a ser conhecida por Patrimônio de São Sebastião
em virtude de ter sido doada sob a invocação do santo por
Da. Maria de Souza Goulart . '
Firmado assim ter Ouricuri sido originado do nome da
palmeira, r esta-nos saber a quem atribuir a designacão. Sabe-
se que por aqui passava um caminho do Cearã ao Rio
São Fr ancisco e Bahia ou vice-versa. Aos padres, os princi-
pais transeunt es em missões religiosas, talvez, pudéssemos pen-
sar tenham posto o nome Aricuri como ponto de referência
para marcar distância ou local de repouso .
Do pessoal da Casa da Torre, não é provável ter nas-
cido o nome vez que o centro oeste pernambucano não era
local apropriado ao mesmo para montar currais de gado em
virtude da falta de água e alimento para os rebanhos nos pe-
ríodos de verão prolongado, força ndo a construção de açudes.
De J oão Pereira Goulart, primitivo dono ela proprie-
dade agro-pastor il Tamboril ou de seus vaqueiros, atribui-se
com maior possibilidade de acerto da designação de Aricuri
para um dos recantos dessa propriedade no qual existia a pal-
meira e onde o fazendeiro reunia, ao fim do inverno, o gado
leiteiro com o intúito de ampliar o período da ordenha e pre-
parar mais queijo e manteiga a serem utilizados na alimen.
tação.

lD
CAPITULO 3
DIVISAO DAS TERRAS DE JOÃO PEREIRA GOULART

9 an_o ~e- 1839 constitui um dos marcos importantes na


formaçao historie~ de Ouricuri . Foi exatamente naquele ano
em que Da. Mana de Souza Goulart viúva de João Pereira
Goulart, firmou o documento de doação de uma faixa de ter"ra
à igreja, sob a invocação de São Sebastião, de quem era de-
vota, terreno este onde nasceu a povoação que se transformou
na cidade de Ouricuri. ·
Lamentavelmente a ilustre senhora Da. Maria de Souza
Goulart voltou ao Ceará, sendo acompanhada de seus filhos,
desfalcando o nosso meio da família primitivamente ocupante
da fazenda Tamboril, cujo chefe, o destemido João Pereira
Goulart dava exemplo de que era possível lutar contra as vi-
cissitudes climáticas do sertão e vir a ser, como foi, próspero
pecuarista. Não dava apenas esse exemplo, mostrava também,
dentro de um fenômeno sociológico de costumes primitivos,
o homem na rude conquista da terra, portar-se com fidalguia,
sem precisar matar ou escravizar seu semelhante. Foi esse
espírito de pessoa socialmente bem constituída que no seu
retiro de gado, o logradouro Aricu~í, um dos recan~os da fa-
zenda Tamboril recebia cavalheirescamente os viandantes,
tornando o local ~m bom repouso nas fatigantes travessias ser-
tanejas de então e não se tem notícias de te~ 1:1tiliza~o meios
".iolentos ou anticristãos para impor seu dommio na area:
Da. Maria Goulart, a 9 enviuvar, naturalmente sentiu a
luta do meio superior à sua condição de mulher ao perd~ 0
braço amigo e forte do marido. A solução era tran_sferir a
tarefa de colonização do amb ien. t e a outra pessoa
. ' asslffi
. d 'Rven•
dia sua herança e de suas duas filhas, ~ oaquma R~isd ªCu~~:
A

e Delfina Maria de Souza, a~ pe •_ Francisco AnJom~ :ando a


e, ~o Dr. J\maro Batista Gt:umaraes, antes porem s P •
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-da que ficava com o filho Manoel
sede da f azou s- s ba de t·-
Souza Gou-
lart e o logradouro Aricuri que d~ava a ao ~ s iao, servin.
do este de confluência das propriedades vendid~s: No dia 12
d e março d e 1839, transmitia a posse· - em cartorio de Santa
J , p · t d
Maria da Boa Vista através do escrivao o~e, eixo o e Bar.
scritura de concordata amigavel do que pas-
ros, lavrando aare de Convençao - de 1839, d os propne · t'anos
· da
sou a se c ham • d · 1 t I
fazenda Oricuri, termo este, cria ~ J:?Ossiye men et pde o Dr.
Amaro Batista Guimarães, para distmgmr a par e e _terra
herdada pela viúva Da. Maria Goulart e, d~ s~as duas filhas,
de cuja parte retirava a área que doava a igreJa.
Ao filho Manoel de Souza Goulart coube portan_to, a
sede da Fazenda Tamboril, entretanto demorou-se _aqui pou-
cos anos, vendeu também sua propriedade e segmu para o
Ceará.
A gleba que passou a pertencer ao Dr. Amaro Batista
Guimarães, foi depois vendida a outro juiz, Bernardino Reis
e Silva e finalmente ao major Antônio Cesário Alves de Castro
qué ·a m~nteve com a designação de Fazenda Beberibe.
O padre Francisco Antônio da Cunha, em face de suas
compras veio a ser o maior proprietário da chamada fazenda
Oricuri e tornou-se o administrador do ·Patrimônio de São Se.
bastião yez que representava os interesses da diocese na re-
gião , A partir de 1844 este patrimônio passou a ser adminis.
trado pelo padre Francisco Pedro da Silva que vem a criar
condições de nascimento da povoação, paróquia e, enfim, sen-
do a mola propulsora do desenvolvimento da localidade que
evoluiu à atual cidade de Ouricuri, constituindo-se seu fun·
dador.
O padre Francisco Antônio da Cunha dá início aos tra.
balh~s agro-pastoris em sua fazenda e para tanto, traz do Ceará,
de, ~1acho d~ Sangue, atual J aguaretama, pessoas de sua fa-
milla . Infelizmente, desentendimento entre um irmão e um
éunhado do padre, redundou em morte de um deles e conse-
qüentemente desencanto para todos e abandono da proprieda-
de . Em 1852, o- padre Cunha remete de Riacho de Sanaue, b
uma procuraçao para o Sr. José Correia Calheiros residente
em· Cabrobó, para vender suas terras. '
, _F ?i outro_ lamentável afastamento de pessoas que, por
cert?, iriam muito fazer por nosso meio e além disso perde·
mos ª ope!os_idad:, interesse e, sobretudo, o prestígio d~ padre
C_unha CUJ! u~fluencia na diocese nos foi importante na cria·
~ao da paroqma de Ouricuri. Enquanto aqui p ermaneceu ven-.
eu uma parte de suas terras, uma légua de frente por' duas
22
de fundos, ao coronel Pacífico Lopes de Siquei
dade recebeu o nom~ de P araíso, ainda hoje exi~~e~~~ ~:~i~cfa
para os seus herdeiros.. Este vendeu metade correspond ente
aos fun d os d esta propriedade ou se3·a uma le'gua q uadrad a d e
• A • : ,

terra, ao maJor Antonio . ,Cesario Alves de Castro, que a man-


teve c?m o r_iome d e T eIU e serviu para suas atividades agro.
pastoris, c~~Juntament7 com a outra chamada Beberibe.
A • Pacífico construm_ numa elevação de Paraíso, sua resi-
denc1a. Esta casa que _foi habitada por muitos anos por Hilde-
br~ndo !)amas~~na Coelho e em 1961, no governo de Cid Sam-
p_a10, foi adq~1~1da _pelo Esta~o, demolida e em seu lugar edL
ficado o Coleg10 Sao Sebastião. Na baixada dessa elevação
missionários capuchinhos construíram na seca de 1877 o Açud;
da Nação, ainda existente.
O coronel Pacífico comprou a Manoel Goulart a casa
que serviu de residência da família de João Pereira Goulart
e depois, vendeu ao governo imperial. A casa passou a ser
cadeia pública, tendo um sótão amplo que servia de escola e
para sessões de júri. José de Oliveira Pessoa, prefeito nomeado
pelo interventor Agamenon Magalhães, na vigência do Estado
Novo, demoliu esse prédio importante, de construção sólida,
erguendo aí a atual prefeitura, sem justificativa razoável, vez
que a cidade dispunha de terreno à vontade para tal cons-
trução .
Em 1853, o coronel Pacífico voltava do Recife onde fora
receber o dinheiro da venda da casa, foi acometido de uma
febre, segundo dizem, a amarela e morreu no vale do Pajeú.
Seu acompanhante, o vaqueiro Manoel Perna, fez o sepulta-
mento, conduziu o cavalo, dinheiro e outros pert~nces e entre-
gou a família em Ouricuri, relatando o ~contec1do. , .
Padre Cunha vendeu a Rufino Jose da Cunha, se:,i ~1t~o
Nova 01inda e a parte de terra que vem ~este ao Patnm~n~o
de São Sebastião. Esta segunda parte, Rufmo vendeu a !nac1_0
Francisco Varejão que a cultivou ~om o nome de ~u1xada,
vendendo em seguida ao padre Francisco Pedro da Silva, vol-
tando ao Ceará. d d Cunha por quem fora edu-
Rufino era parente o pa re ue lhe sobrou da venda
cado. Fixou-se numa parte ~e teGrra qo Homem inteligente e
• d Capim ross .
e a qual d enommou e . m muitos outros conter.
de bom preparo intelectual. Stg~1;1 _co da Guerra do Paraguai,
râneos, na qualidade de • vo unJi{~~tários da P átria do qual
integrando-se ao 7º. Batalhao . de . fo. designado tabelião, aliás
era capitão. Volta~do ~ Ouritrà'e ve~os registros públicos de
o primeiro de Our1cur1 • A e e
23
IS
boa feitura e estilo agradável, era músico e poeta . T .
órgã_o nas miss?s e instruí~ pessoas no us_o desse instru;~,1·~,
musical conhecido na localidade por serafma. Essa missã .r -.,
posteriormente exercida pelo promotor Inácio Gonçalves rê/
marães e atualmente por Maria Adelaide de Siqueira CoéI :.i ••
A Rufino, Ouricuri deve quatro hinos, dois dedicados a ~:,
Sebastião e dois a São Brás, pelo povo ainda cantados nas pr:'
cissões em homenagem a esses santos. Foi assim um vu1:;
que deixou seu nome gravado em sua cidade e mereceu a h~
menagem de ser patrono de uma de suas ruas.
O padre Francisco Antônio da Cunha também aparece
como padre Francisco Antônio da Cunha Pereira, conforme se
vê, para a primeira designação, na escritura de compra da pro-
priedade de D. Maria de Souza Goulart e de suas duas filhas
e a segunda numa procuração para venda de ditas proprieda.
des, constante do processo de demarcação de fazenda Boa
Vista, conforme se vê. "Procuração bastante que faz o reve.
rendo Francisco Antônio da Cunha Pereira, como abaixo se
declara. Saibam quanto este público instrumento de procura·
ção bastante virem, que no ano do nascimento de Nosso Senhor
Jesus Cristo, de 1852, aos 9 dias do mês de janeiro do dite,
ano, nesta matriz do Riacho do Sangue da vila do mesmo no-
me, da comarca de Quixeramobim, da Província do Ceará, em
meu escritório, compareceu o reverendo Francisco Antônio da
Cunha Pereira, de mim tabelião conhecido de que dou fé e por
ele foi dito em presença das testemunhas abaixo assinadas, na
melhor forma do direito, constituía por seu bastante procura.
dor neste termo e no termo da comarca de Ouricuri da Pro-
víncia de Pernambuco, em todo este Império, aos senhores
Francisco Carlos Bem, Antônio Cesário da Cunha. Inácio da
Cunha Pereira e José Correia Calheiros Pessoa, com especia·
lidade de venderem os seus sítios denominados Boa-Vista, Bar-
reiros, Santo Antônio e todos os demais sítios de terra que
possui no termo e freguesia de Ouricuri a eles consolida po-
deres em nome da lei, digo, em nome dele outorgante, pas e
em qualq~er juízo ou tribunal deste império e reino, requ~rer
tod~ _sua Justiça em todas suas autoridades, por mover _crun~
e ~ivll em que for autor ou réu, receber dinheiro de quaisque
maos, em cofres, tesourarias, depósitos públicos e particulares.
ftde ndo trata~ de_ conciliação perante os juízes de paz respec·
vos, P~ra CUJO fim lhes concede os mais amplos poderes fa-
zei:id_o citar e tomar ações, libelos e ações de embargo, su_-
peiçoes, contra qualquer artigo contratar dar prova inquerir
e contesta r t est emunh as, jurar ' decisões suplementarmente
' ' eJl'l
24


algum dele outorgante, advir a este juramento em alguma
das partes, assinar autos, requisitos, protestos, termos, ações
e os de confessar, apelar, .agravar ou embargar qualquer sen-
tença ~u ~es~acho_ e seguir aqueles recursos ainda nas supe_
riores mstanc1as, tirar sentenças, requerer execução delas, se-
guir todos embar 9o~, penhora, arrematação e judicação, posse
e todas as precatonas, recusar vir com embargo de terceiros,
senhor e posuidores, juntar quaisquer documentos, substabe-
lecer este, exercê-lo em tudo o que for feito por eles, procura-
dores ou substabelecidos, consolidarem, prometer> haver por
firme e valiosa, por sua pessoa e bens, reservando para si toda
mesma citação e como assim o disse, assinou com as testemu-
nhas presentes, Bernardo Bezerra de Menezes e Manoel Vieira
da Cunha e de José Bernardo Bezerra de Menezes Júnior, ta-
belião público interino, escrevi e assinei, Francisco Antônio
da Cunha Pereira, Bernardo Bezerra de Menezes, Manoel
Vieira da Cunha . Dou fé e testemunho da verdade, o tabelião
público interino José Bernardo Bezerra de Menezes Júnior" .

25
CAP1TULO 4
DE ARICURI A OURICURI

Os fidalgos da Casa da Torre, na Bahia, talvez já fati-


~ad_os da aspereza ~os sertões nordestinos, das lutas com os
~d10s ~a manutençao da terra, das divergências com as mis-
soes relig10sas que se opunham aos processos violentos de en-
tão, da perseguição do destino que lhes negava muitos herdei_
ros var?es para divisão e subdivisão de tanta terra conquis-
tada, vmdo em consequência a transferência, por herança, a
mulheres que apesar de enérgicas, não podiam tomar o en-
cargo da administração e, por casamento com os Pires de Car-
valho, de outra origem familiar, fenecia o sonho de Garcia
de Avila. Além disso, a conquista de títulos de nobreza, o pres-
tígio social e a vida aprazível que Salvador lhes oferecia, bas-
tante dinheiro oriundo da exploração de engenhos de açúcar
e fábricas de farinha, seriam os motivos para divisão da pro-
priedade por processo de arrendamento ou venda a terceiros .
A populacão sertaneja crescia, aumentavam as necessidade.s
de meio cÍe sobrevivência, impondo-se maior cultivo da terra.
Os currais de gado pontilhavam os sertões sempre em torno
dos rios permanentes como o São Francisco e o Parnaíba .
Da. Brígida Maria das Virgens ou simplesmente Brí-
gida de Alencar, adquire dos senhores da Casa da Torre, ex-
tensa gleba compreendendo a área esquerda do Rio São Fran-
cisco, de Cabrobó e Santa Maria da Boa Vista às fraldas da
Serra do Araripe, em Exu. Fixa-se às ma:gens do São. Fran-
cisco, torna-se opulenta senhora, uma das figuras de maior re-
levo na história de Cabrobó onde se perpetuou em face de ter
construído a majestosa igreja de Nossa Senhora da Conce!-
ç_ão e para a história de Pernambuco, ter seu nome dado º:l·
gem ao grande Riacho da Brígida, a maior, o~ uma das !11~10-
res bacias hidrográficas de Pernambuco, em rios temporarioiL
27
Da. Brígida, também um dia iria se fatigar e seu estado
de viuvez iria dificultar a administração de sua terra, cerca
d e 70 léguas de testada. Teria que entender por outro lado
os reclamos do povo que dia a dia precisava trabaJhar na re~
gião. Outro pioneiro aparece, João Pereira Goulart e sua mu.
1her Maria de Souza Goulart . Grande parte do oeste pernam.
bucano, a chamada Região do Araripe se constituía num vazio
demográfico, era um sertão bravio, de caatinga, sem água que
permitisse sobrevivência. Tornar-se.ia necessária a preparação
de uma infra.estrutura para cultivo do solo. Terreno fértil, mas
dependente de chuvas e construção de açudes. João Pereira
Goulart, corajoso, destemido, afeito às grandes _lutas da terra
e do homem, vindo do Ceará, das brigas provementes de rixas
das famílias Montes e Feitosa, em Quixeramobim, Ja~aribe
e Riacho do Sangue, atual Jaguaretama. Era preciso afastar-se
dos faustos criminais.
Percorreu o oeste pernambucano, analisou o terreno, se
dispunha a enfrentá-lo, era bravo . Assim, por volta de 1816,
compra a Da. Brígida a faixa de terra que forma a circunvi-
zinhança da atual cidade de Ouricuri.
Investigando esta região, abrigou. se à sombra de um
tamboril, árvore frondosa que lhe permitiu repouso ao lado
de um curso d'água, gostou do local, construiu aí sua residên-
cia. A nomenclatura da fazenda provém dessa árvore, tambo-
ril, que passou a ser também, o nome do riacho. Tornou-se rico
fazendeiro, muito conhecido na área, sobretudo pelo seu espí-
rito hospitaleiro . Dividiu sua terra em propriedades agropas·
toris . Deu ênfase a criação de gado e para ampliar o período
da ordenha, levava as vacas leiteiras para um local distante
6 quílômetros a oeste da sua residência, com isso produzia
mais queijo de valor inestimável na alimentação. Esse local,
um retiro de gado ·ou logradouro que por motivo áe ali exis-
tir a palmeira aricuri (cocos coronata), veio a ser designado
por ele ou por seus vaqueiros como aricuri, dando origem ao
nome da cidade sede do município de Ouricuri. Esses dois ter-
mos, ori~nd~s ,de árvores, resistiram ao tempo, apenas mais
tarde Ancun e regi~trado como Ouricuri mais eufônico con-
forme indicação do padre Francisco Ped~o da Silva e Tam-
bo~il, c?ntinua sendo o sítio onde residiu seu primitivo pro-
prietario · O tempo inexoravelmente destruiu a residência e
0 ª.çude, deixand.o-nos sem esse marco de nossa história . pos-

tenor~ente, a visão de. J oão Goulart, foi 135 anos depois :e-
c0~ecida q~ando P edro Eusábio indicava ao deputado Felipe
Coelho. 0 Rrncho -Tamboril como-loc,ll para c~nstruçãq de UJl1
28 ·

reservatório d-e água . Vem cm 1051 o 11.pelo ao deput.dc, fade-


r ui por P ernambuco, Dlus Llns, cm flcgulda O pt'ojeto d<,Ução
orçamenlúrla de 500 mil cruzeiros, cm 1952. '
O ~cpartamento Nacional de Obras Contra .n11 ~a•
(DNOCS) inaugurnv~ e_m 19(!0 a barragem Tamboril, com ca-
pacidade yara 28 ms_lhoes de metros cúbicos de água e aua
canalizaçuo par~ a cidade de Ouricuri. O engenheiro Cama-
cho, ~m. dos dir!~entes da constr_u ção, morreu num acidente
de transito a cammh~ do Tamboril e sua repartição ligou ofi-
cialmente seu nome a barragem, todavia, o povo não aceitou t
e continua chamando de b arragem Tamboril. Ao DNOCS cabe
prestar homenagem ao se_u operoso técnico, não ali, porque dis,,
vírtua um _dos_ pontos históricos do município, exatamente o
local do pr1meiro açude construído pelo nosso J oão Pereira
Goulart .
A nobreza do ilustre casal João Goulart deu ensejo a
criação de um caminho ligando Ceará a Rio São Francisco e,
consequentemente à Bahia, passando por Aricuri, tornando
aqui um ponto de r eferência onde os visitantes encontravam
fidalga hospitalidade. Nas proximidades do seu retiro, esco-
lheu um alagado do r iacho Beberibe e construiu duas cacim-
bos, servindo uma para abastecimento do povo e outra p ara o
banho . Essas duas cacimbas receberam o n ome de A~gi.co e

Pasta ou simplesmente Pasta, de água boa e banho que deram
origem ao dito popular aos que aqui residem: "Quem bebe
água da Pasta ou lá tom a banho, de Ouricuri não se afasta".

Entre essas duas cacim bas foi localizada por Da. Maria Gou-
lart um marco que constituiu o ponto micial de marcação do
patrimônio doado & igre3a sob a invocação de São Sebastião.
Atualmente a Pasta se encontra no perímetro urbano, infeliz-
mente abandonada, soterrada, sem apoio dos edis que vêem na
barragem Tamboril, a solução dos problemas da cidade. Mas,
Tamboril encheu e sangrou na grande invernada de 1960, de
lá para cá o fato não tem se repetido e a água se reduziu para
se acabar em 1977 e o povo passar a se abastecer de caçimbas
e açudes da circunvizinhança, através de carros-pipas. Por
volta de 1838 chegou aqui o padre J osé Inácio P ereira de Lago,
por ser doente, fora atraído pelo clima aprazível, era p orta-
dor de diabetes mellitus, segundo ínformou o Cel. Anísio
Coêlho Rodrigues. Da. Maria Goulart, hospedou o padre nu-
ma de suas casas do retiro Aricuri. Essa casa fora improvi-
sada em capela particular onde se r ealizavam missas, casa-
mentos, batizados e outros ofícios religiosos .

29
. Cpm a morte prcma~ura de ~,oão Pereira e;,,~,
s·e sabe a causa ou o ano, ficou .ª viuva com os 3 f1n:
quina Reis da Rosa, Delfina Mana de Souza e Mano(•! , ,
lSCldo
Goulart . Em face disso,_ Da. Maria Goulart e sua , ~J ~'
1
solveram vender os sítios que lhes cablam e V(Jt. ~
lrtlo
legllc
Ceará. Foi um dos compradores,. o padre Fr~ncis:,J d~:,
da Cunha, sediado em Santa ~faria ~ª- Boa V1stéi, Já f-r•
Pedi
11ncfs,
prietário da fazenda Nova Olmd_a, v1zmha ao Tarnb,Jr, i:,,
oj

urso
também cearense, nascido em Riacho_ do Sangue, atu· ,, ,
g ln•
J aquaretama. Tinha interesse _e m re~1rar dois innãos ~a-...
do 1
região cearense marcada pela rixa deixada pelas fatníha ~-
u o te e Feitosa • além disso, queria se afastar
.
da margern .!,
. . Cc,
> Lei Francisco, zona onde grassav~m ~a d1S,;ntenél: violenta (: .
1ldad ludismo pelo po_vo. chamado car_neirada_ . A_ss1m, juntarr;~~
Fede com O juiz de direito Amaro Batista Guimaraes que pelo
mo motivo da "carneirada" pretendia se afastar da sede d tr,i-,
or •
CUrt
comarca, compraram a prop~iedad~. Estava_ ~ fazenda s~r..:·
u a vidida em sítios agropastons, serdia necessano convencior. '.
l p~ pontos de separação para a p_o~se e seus novos proprietári,.,.4
od Em 1839 foi firmado em cartono de Santa Maria da Boa Vis·
0 documento que determinou a posse de cada um e respect"'
vos pontos de divisão e que veio a ser conhecido por ConvE•-
ção de 1839. Apesar disso, posteriormente alguns desses pont~-
convencionados tiveram interpretações divergentes, vez 0 _;
,, p a nomenclatura regional sofreu modificação ao longo do temoc
néd Da. Maria Goulart, possivelmente por indicação do paê::
Pa Lago, reservara o logradouro Aricurí, como ponto de conflub
8Ql eia dos sítios ou fazendas que estavam sendo vendidas e, pa::.
det ninguém se apossar do retiro, doava a faixa de terra a ...ã
301' Sebastião, de quem era devota . Ao seu filho Manoel de So\llJ
:an Goulart, coube o sítio Tamboril, sede primitiva da fazenc:z
,en tempos depois, Manoel Goulart vendeu sua propriedade e 1-:.
"D residir no Ceará, não se sabe em qual localidade, bem como~
198 de sua genitora.
a
1st Feita doação do patrimônio à Igreja e a separação do
d sítio Tamboril, sede da primitiva fazenda, para o filho :.la·
1 noel Goulart, achou por bem o Dr. Amaro Batista Guimarãe~
nl ou o reverendo Francisco Antônio da Cunha, registrar a ~arte
que estava sendo comprada como sendo Fazenda Oricun, se-
p~rada portanto, do sítio Tamboril, que não estava sendo ven·
dido e do Patrimônio de São Sebastião este como ponto de
e confluência da fazenda no momento d~limitada. Foi va1ios3
li
essa sugestão porque Tamboril continuou, e ainda hoje ein·
e 30
\ .~ e IUa IU ,_
l dirul.

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Vista da província. de .Pernam~uco etn meu e:Seritóri() e
d o a1.' comparecer
· · am perante mim o ·reverendo
· d dFranclS<.(J "'1.
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ton10 a '-'un ,, ha por si e como admm1stra
A or
G · o Patnrn,
- ,r
do Senhor São Sebastião, o dout_o r maro u1marae:s, J r,~
quma R eis- d a Ro...,a
~ ,
Delfina Maria de Souza, todos pror,rut.
r ·"d.
d f •d fazenda e moradores nesta comarca O r,r
nos a re en a . d B ' " •·
m1::iro na sua fazenda Nova _Ol_m da e ª se~ ª em 0 a Vi.,t~
• no Tamboril e a ultima nesta
a terceira , · elita
d fazenda
d , todo~
, d
,.
mrm tabelião reconhecidos pelos propr10s o que ou fe e r,,,j
eles unânimes me fora dito em presen~a das testernunh4
abaixo nomeadas e assinadas, que de hoJe e para sernpre 0

· tos e concordes de fazerem suas extremas e divisa


ach am Jus . d d t d tã
.das terras da sobredita fazenda m epen, en e e ~ues o jud 1•
ciária, cuja partição, ~umo ~ extremos_ e da . m~n~ira seguinte:
fazenda Oricuri, sera partida ao meio, prmcipiando _o rurn
entre as duas cacimbas que no centro ~a mesma_ existem, "
extremar para a parte do_ ~iau, entr~ os riach~s Qu1xab_a e nas-
cente do Teiú, onde dividirem as aguas, dai rumo direto a,
nascente a encontrar o rumo da Cabeça do Porco para o Poc
do Pato . Do mesmo ponto dado, entre as cacimbas, para ·
lado oposto à fazenda Piau, rumo direto a extremar corn a~
terras da Barrinha e daí seguirá o mesmo rumo para a fazen-
da Nova Olinda, que em algum tempo chamou-se Boa Vista
até onde confrontar com o lugar chamado de Barreiros, m
extrema da mesma fazenda Nova Olinda e Oricuri e do dite
lugar Barreiros, seguirá rumo para o sudeste e a leste até en-
contrar o rumo já dito da Cabeça do Porco para o P oço de Pat
que divide as terras da fazenda Gravatá e Oricuri. Esta meta.
de da fazenda, assim extremada e dividida unanimente ficar<!
pertencente ao primeiro possuidor reverendo Francisco Ant~-
nio da Cunha na conformidade de suas compras. Partindo tl~
mesmo lugar designado entre as cacimbas, para leste, a divi-
são ?erá o Riacho Grande da m esma fazenda, até onde quise.
dechna~ para o la?º do norte, seguindo então para diante e
rumo direto ao meio da serra. Este quarto da fazenda Oricur.
pa_ra a ~arte_da f~zenda Pia u, terá por extrema o rumo p
acima d1t~, isto e, ~umo direto até onde dividirem as águas
entre os riachos Qmxaba e cabeceiras do Teiú onde se div1•
dei:n a~ águas e aí, rumo direto a ponta da s~bredita Serr:1
Oricuri onde também dividirem as águas com o sítio Now
st
E e quarto_ assim extremado pertencente ao segundo . Dr
Amaro Batista Guimarães. O último quarto da referida fa·
zenda para a parte d 0 ,
dado a . . nascente tera como extremo o ruml1
primeira metade da mesma fazenda que ficou perten·
32
cendo ao reverendo padre !rancisco Antônio da Cunha, para
a parte do ~orte, ª? qu: fo1 dado ao segundo possuidor doutor
Amaro Batista ~1;1rmaraes e para a parte da fazenda Tambo-
ril, o r~o part1~a de l_es_te_ a oeste, principiando do lugar onde
0 primeiro possuidor d1v1dir com a fazenda Barrinha até a so-
bredita Serra Oricuri, tendo no meio pouco mais ou menos
deste rumo, o serrote do Umbuzeiro Cavado ou como outros
chamam do Tamboril que juntamente servirá de divisão entre
as duas fazendas T~boril e Oricuri. Este último quarto ex..
tremado, pertencera ao mesmo padre Francisco Antônio da
CllD.h:a, por ter mais_~a pa~te a bem da metade que comprou
da dita faze~da Onc~n, mais uma parte a Joaquina Reis da
Roxa e Delfina . Mana de Souza e ao senhor São Sebastião,
do Patrimônio que se fez . A divisão das sobras do dito quarto
se fará segundo os títulos das compras de cada um dos mes-
mos, como senhores melhor dos mesmos convier. Declara-
ram uniforme todos os possuidores abaixo assinados, haviam
concordados que a serra da referida fazenda Oricuri, ficaria
pro-indiviso entre eles para tão somente plantarem e colhe-
rem e não admitirem na mesma outra pessoa a título de agre-
gado sem consenso de todos os sobreditos consenhores, não
obstante cada um destes ficar na mesma serra, com a posse
correspondente que tiver na fazenda até que aquela seja de-
marcada. Declararam mais os mesmos consenhores, que tam-
bém concordaram que a primeira cacimba que fica para a
parte do leste, ficaria pertencente ao doutor Amaro Batista
Guimarães e a todos os demais possuidores da segunda meta-
de. A segunda cacimba que fica a oeste, unicamente ao reve-
rendo Francisco Antônio da Cunha, por ser também único pos-
suidor da segunda metade. Em testemunho da verdade, assim
o disseram e outorgaram o que satisfez, em que assinaram os
contratados. E a rogo da terceira contratada, assinou Vicente
de Souza e Silva e da última contratada assinou Manoel de
Souza Goulart, todos de mim reconhecidos, eu, José Peixoto
, -
de Barros Tabelião o escrevi do que dou fé e assino".
'
Aricuri antigo logradouro de gado de Joao Pereira
.
Goulart, torno'u-se cidade, sede do município de idêntico nome.
Apenas a designação Aricuri, dada no passado ~elos seus P:i-
mitivos proprietários, for& modificada por questao de euforna,
para Ouricuri numa proposição apresentada pelo padre Fran-
cisco Pedro d~ Silva, à Assembléia Provincial de Pernambuco.

33

1111111111111_

CAPI T ULO 5
PATRIMÔNIO DE SÃO SEBASTIÃO DE OURICURI

G ul João. Pereira Gou1art e sua espo D


S O cidadão .
d e . ouza . o art, vieram do Ceará . _ sa, . Maria
mais precisamente do Riacho do S ' da regiao do J aguaribe,
Compraram em 1816 um angue, atual J aguaretama.
das Virgens ou Brígida Ie PX~!~c~e te_rras a D· Brígida Maria

possuidora de vasta extensão de {~ nc~ matrona cabroboense,
Rio São Francisco, vindo até às fr~~~a: -:{1ªrsgem esquerda_do
ª
em Exu.
~
erra do Aranpe,
ilustre ca~~l design~ sua propriedade com o nome de:

Tamboril e constr~i sua residência, às margens da atual bar-
rage~ dot Tdam?onl,lJo~l onde também fez um açude para
supnmen o e agua. oao Goulart, destemido acostumado na
luta pel_o domínio , ~a terra, encontra no oest~ pernambucano,
um vaz10 demográfico, a caatinga áspera, animais selvagens
índios escorraçados de outros rincões. Sua bravura lhe dav~
ânimo e i~iciava suas atividades agro-pastoris. Importava
gado e fazia crescer seu rebanho como também crescia seu
prestígio e riqueza, aumentava o número de seus empregados
e vaqueiros, dava exemplo a outros senhores que aos poucos
iam se instalando com fazendas, na circunvizinhança. Desa-
fiou a caatinga, dominou-a com bravura . Dividiu suas ·pro-
priedades em sítios para melhor acomodar seu gado e apro-
veitar a pastagem da fazenda .
Escolhera às margens do riacho Beberibe, uma baixada
de pastagem abundante, onde construiu duas cacimbas p~ra
abastecimento e banho e no alto, montou a sede de um retiro
ou logradouro de gado. Por existir aqui uma pa1I;1eira aricuri
(cocos coronata), foi esta a designação do ~eu reti~o. Era cos-
tume entre os fazendeiros afastarem ao fim do mverno s~u
gado, principalmente O l eiteiro, para um recanto da proprie-
35
en'odo
. da ordenha
1 1 e él.íi t ,,
ampliava O P desse outro oc~ ·,
asião ern que_ da abundante ste numa d1st anciü ,1,
da?te'vaº\ pastagem -a111 1ocaliz1.ldo a leJoã~ Goulart. A nobr1'/•
ve1 a . stava de de •- d b ··,
Aricun e casa gran ente cond1çao e ons êl.nf.
seis quilômetros darnada na e:xcel deu Jll-ar gern a ~ue por aq J
do casal era pro; ~:pitalidade qu_e demandava ao S_ao F ranc:1,.r_r,
t n·-es
o ·
Foi esta
· ho q
ue do c eara . d,,,ntes e a agua das c:·d
v1an "' -
passasse o cai:1J º1ga acolhida_~os reabastecimento para conti.
e Bahia. A f1 fa que p~rrn1t1arnA.ricuri urn ponto conh eciclrJ,
cimbas da Pa_s ns taz1aIIl . de curna seco e salutar, atrait
nuação dasAvii:gena' travessia. Inácio Pereira do Lago, Por.
urna re~erenl e doença o padre1838. Neste período, ~ste padrE:
por rnotiv~ b te por volta d_e ,. . a aqui permanecia, por SE:r
tador de d1a e freguesia à d1stanc1 ' logradouro Aricuri, ondE:
colado, dei u:,~pede dos Goula~t~n~e servir de residência fora
doent~, fod.1da uma casa que alle articular na qual se r ealiza.
lhe foi c~ ·c,-0da em cape a P
bérn irnproVl"'':" . .
tam fícios religiosos • . , . , va resolvia voltar ao Ceará
varn osDo Maria Goulart, J~ Vl~ -~ da Roxa e Delfina Mar·a
a; duas filhas, J o_aqum~t· 0 e~arnboril, seu filho Manoel
corn SU~ . d aqui. no s1 1fazenda entre os h er d e1ros. ·
de So ' de1xan odividindo a d A ·
A
de s ouza Goulart, D Maria separa o logra ouro ncuri 1

conselho do padre Lago, · d faz doaç·ã o a São Sebastião


~ . d ovas fazen as, f, . 1
confluencia e n
t:a deste san o .
t Era a homenagem que sua e cristã
. . • .
por ser devo . .f1 os pósteros que iriam erigir uma
em boa hora _transm: ª d: um mártir dos primórdios da r eli-
cidade, so~ ª InVíNocaçao ciclopédia BARSA: sua biografia está
gião de . Cnsto . t- 'd d
"S-. Sebastião
a en , .
Martrr cris ao, nasci o segun o
transcrita ao . - d
·1- cidade de sua mae, e segun o ouros em or-
t N
M 1
alguns em al de seu pai. Até hoje essas 1oca1·1d a des d'1spu.
ao,
bona, t erra n ªt . , d
t ama honra de lhe ter sido berço; ambas, porem, concor am
d .,
em celebrar sua festa a 20 de janeiro, ata Ja consagra a pe os
d l
tempos. Passou maior parte de sua vida em Roma, no t empo
do Imperador Diocleciano . Soldado do Exército romano chegou
a alcançar o comando de sua corte de pretorianos. Por ser
cristão e divulgar sua doutrina, foi denunciado e preso . Dio-
cleciano que tentou dissuadí-lo, não obteve qualquer resul-
tado, condenando-o então à morte, sentença que os arqueiros
s~- enc?I'regaram de cumprir. Crivado de flexas, São Seba:.
! ªº
1
foi encontrado por Irene, uma cristã, que, ao retirá-lo da
arvore onde, s~us algozes o haviam amarrado, verificou que 0
c~rpo do m_~rtir estava com vida . Conduzido à casa de Irene.
Sao Sebast1ao se restab 1 • , l 's
e eceu em poucos dias . Insens1ve ª
36

ellh.a
locai
di . e <lht'l:'C),
st¾ . súplicas dos cristãos, decidiu _
:. A_ Cla dor, que desta vez ordenou entao apresentar
le b llobt ele cadáver jogado n~ cloaca dfosse ele açoitado a;le ao Impera.-
Oll.s e~a
por. uma mulher' Luciana a e Roma, foi outra ve1:'orrer. Seu
~ue Porª%. pedindo que o sepultass~ quem o santo aparece descoberto
~ao F'ran_ ~<lui
agua d cise0
as
tulos. Próximo a este lu a~ªs. catacumbas, ao lad~ em s~o,
mente construída uma bag , •. Junto a vila Apia fo' dos ªl?ºs-
Id d M ' d. s11lca em s h ' l postenor

' Para e ea.
o CQhl.
utar
onu.
~'-!le .
Cldo
a
gr
a e e 1a, tornou-se
inação" ·
Sendo_o padre Lago, um .
ua onra. Esta d
centro popular de d evoçao
. .
- ' eurante
p
-
ere-

) L , atraiu' estado de saude, ficou decidi'd possivel ltmerante dado 0
ago · t· · d o na Conve - d seu
l, este , Por. P:l~ arios as fa:-~e_ndas da região u Onçao e 1839, dos pro.
ecia Padre ton10 da Cunha, v1~itador da d" q e padre Francisco An-
, Por
lricuri ser mado em _proprietário de um ~ft~~sefdes~a área e já transfor-
0 manutençao da faixa de terra ' d icana com o encargo de
'id
::, enc1a fo
A ti.de
.'

lart a São Sebastião. ora oada por D• Maria Gou-


tl se r ea1·lZraa. D. Maria Goulart perdendO
trazia dificuldades de e~frentar s~u. e~poso, a viuvez lhe
ar ao Cear· hostil, assolado por estiagens qu!s v1c1ss.~tudes de um meio
elfina Ma .ª de um varão da bravura do seu tecess1 avam do1 comando
,.lh na
:1 o Manoel teve que v~l~r-ao Ceará com suas fft::·ess!'~fs~~\~t:1ente
1erdeiros . A da nossa historia embora tenha deixado no sítio T bs ~lora
filho, e . este, m a·is tar d e, t ambem , seguiu os passos da on não
ammãe, seu
>uro A ricuri
.o S ebastião' nos deixando seus descendentes que por certo s · d
. J tradí
_ ~ao- d e J o~o- ,G?ulart, t~riam · '
enriquecido , egume hos-
de bravura o a
sua f e cristã
erigir uma pitalidade a historia de Ouricuri.
Em 1842 chega a esta região o jovem sacerdote Fran-
dios da reli- cisco Pedro da Silva, recém-ordenado no Semanário de Olinda
iografia está nascido na cidade de Sousa, Paraíba, estava sendo designad~
ido segundo para as m issões de evangelização no oeste pernambucano. A
;ros em Nor- este padre foi entregue entre outras missões, administrar o
iades dispu. patrimônio de São Sebastião que o faz com galhardia e des-
, concordam preendimento, tor nando-se o fundador da cidade de Ouricuri
1grada pelo~ e seu vulto mais proeminente até então .
O Patrimônio de São Sebastião, apesar de ter sido deli-
a, no tempo mitado pela convenção de 1839 e feito seu devido registro,
ciano chegou perdeu-se ao longo do tempo sua documentação e em <:ºi:se-
5
. p or ser quência, gerando controvérsias do,s seus P?ntos demarc! tor10s.
preso. Dia- Em face disto. no ano de 1925, e requerida demarcaçao para
.q uer re~ul-, ser feito registro da posse e a legal cobrança do foro a que
O
arqueiro-
Transcrição dos documentos . q~~ provocaram a dema;-
:,s ~o be~-. tem direito a paróquia.

se cação do Patrimônio e a posse definitiva da terra pela paro.
d'
retirá-1° ~
:~; ou que e quia de Ouricuri.
U-J,c rrerie· 37
sa de 1 ~,
[15ensíve (.,

"Ao Escrivão Castor. Ouricuri, 12 de seternb
M. Coêlho . ro d,. l'rl:

Nas
Exmo . Sr._ Juiz de Direito de Ouricuri. n .i\
alto sen requer . Ouricur1, 12.0~.1925 . _C,al~as R:ocha. Diz. C,,é• .
mada Re Joaquim de Alencar ~e1~oto, V1g~no !oraneo de Grº lA,..1
domlro 1 encarregado desta paroquia, que ha mais de oitenta ª1W.r,
Sebastião, Patrono d esta I greJa . M ª-t r1z
. d e OuricUri
anr13, S~,'
Da . Frar
fez o cu mansa e pacificamente, sem contestaçao ou embaraço a/ ',:,
quer natur eza, uma posse de terras que lhe doara co q1~.
tal e o
Ginásio tr imônio, Da. Maria Goulart, no valor de cem mil re1'l
a qual posse de terras foi por ela desmembrada da f 0,0%
,~º P~
terminou
Carneiro Tamboril deste município e abrange toda a área desta ª~er,,é
na Facu e seus arredores, tendo os seguintes limites: ao Nasce ~ldad,
sldade F marco que se acha encravado entre as duas cacimbas dn e, d,
clulu o nadas Angico e Pasta, às barrocas do Alto do Gostoso· enon:.
turma p deste, das barrocas do Alto do Gostoso ao Barreirinho J8 ~ Su.
concede,I antiga Pedra do Gato; ao Noroeste do Barreirinho da 1 agoa
SS Pap r um o direto à volta do riacho que divide Ouricuri das f:goa
no quad /
das Cuiabá e Beberibe; ao Nordeste, das fazendas Cuia:~n.
Em Beberibe, pelo meio do mesII:o ~iacho, até às d_uas cacim~a:
vlço Esp referida? . Acrescem_9-ue a ]!'abnca desta IP,reJa Ma~riz dê
Ouricur1, tem beneficiado dita posse de terras patrimoniai,
Fundaçã 1
(Fundaç~I
e recebido de todos os seus foreiros e rendeiros, os respe;
da Saódd tivos pagamentos sem que até esta data houvesse contestacã,
vld#I.,, alguma . A referida posse de terras data de m il oitocento; ;
quar enta e cinco. Em vista do que São Sebastião é o proprie.
tário das mencionadas terras, por lhe caber esse direito ex-r:
do Artigo 550 do Códigc Civil Brasileir o e art. 695 do Código
Civil e Comercial do Estado. Portanto requer a V. Excia
AJI que se digne mandar proceder a jm;tificação necessária, na
.,..,ntecl qual o suplicante provará a posse alegada, isto é, de mais de
,/ oitenta anos, mansa, pacífica, sem impugnação de quem quer
publicou
uma sínt que seja; tendo previamente, para isso, expedido edital com
o prazo de trinta dias, visto aqui residirem todos os coníi-
ministrati
vista de
do Centr
~
I nantes, conforme a lista junta e afixado o referido edital no
lugar público de costume para a citação de todos os interes·
nicipal, sados que porventura existam a fim de ouvir a primeira au-
11ento M diência deste juízo, assistir (em) como preliminar da _açã ·
,ambuco devendo ser tirada a linha divisória louvarem-se em agrimen·
=levista, • sor e arbitradores que procedem a demarcação da área ~u da:
Agori terras compreendidas e pertencentes ao Patrimônio de Sao se.
iistórla E b~s t·- ·
iao e virem assinar-se-lb,es o prazo legal para a contesta· t
1
rabalho r çao, valendo todas as citações para todos os termos da açao.
mdada f
' memórl/ 38

de setelllb
l'o Q
. . e 19 ,
XlCtu-i <u
n . b inclusive a justificação sob pena d
.Q.Ocha ·I\. o Dr. Curador de órfãos. E prov~Or evelia, citando-se também
Jrâneo .d l:>ii. o ~o todas as formalidades essenciais
O
que alega, e satisfeitas
de oite e Or Pa~º digne julgar por sentença a dem; req_uer a V• Excia. que se
de O nta . ªl'lit te nos termos da legislação vigent e real·ªº e justificação pedida!!
1
u eni b Uricu:/lús, ~- e cante a fazer a transcrição do imóvel c:nt ~dmitido o supli-
ara , Po •o para o qual pede que lhe sejam O t
O
eglstro de Hipoteca
Ih e doai- Ço de sslli
~m Inil a co"' %a1 autos independentemente de trasla/ºr unam~nte e~ti:egues os
' b r e11.J «10 l'\ • do domínio do Patrimônio de São ~e~mrhtulo habll e legal
-m rada <100 t'a. área ou posse de terras . Protesta O s:SJ ªº sobre a referida
a ar'ea d da f az ·00oi testemunhas abaixo arroladas a fim de Ppres catnte apresentar
es: ao 'N'esta ci~11da · to arem os seus das
p01men s em 1ugar e hora que forem de 1. d . e.
is caciznbascente ªde
d 0 Gost as d ena• do.
de _direito, dá-se a prese1:1te o valor de doi~ ~:t~!· c2fª~ fit:
ferunento. . Padre
. 12Joaquim rle Alencar Pei·X O t o. · ·
- . OSo·
a rre1r1nh ' ao S 'l11. uncun,
d
e setembro de 1925 D d
O
o 2 d I · M t • · o 1vro e T ombo

rreirinho ºdd2 Lag; ·
n .
-..,uncuri d
a L a
agoa
N . ·ta 1 greJ a d a nz de- Our icuri• consta o segum·t e.. "Copia
d o Ed1 ~ para_ :marcaçao. O Dr. José Joaqu im Caldas Ro-
cha, Juiz de D1re1to desta comarca, em virtude da 1e·1, et c.
, .

f~zendas ; :/az~'. F az, ~a b er aos que o presente Edital virem ou dele ti-
as duas ~ba < verem noticia 9-ue por part: do Reverendíssimo P adre J oaquim
. cac1""b
I P,reJa Mat '.'' a, de. Alencar Peixoto, lhe foi apresentada a petição do teor se-
erras patri .r1z_ ~e gurnte: Exmo . Sr. Dr. Juiz de Direito da Comarca de Ouri-
deiros o m on1a1s curi: diz o ~ a d.re Joaquim de Alencar Peixoto, Vigário F orâ-
' s respec neo de Graruto e encarregado desta Paróquia ... " (transcreve
vesse contesta -. a petição citada acima) "Ouricuri 14 de setembro de 1925.
e mil oitocento,~aoe
,,... t · - , Afro Pereira da Cunha. Escrivão ad-hoc" .
..., lao e. o prop.r·1e. Foi feita a designação de um agrimensor para proceder
esse d Ireito ex-ri a demarcação do Patrimônio, na pessoa do Sr. B aldomiro
· 695 do Códig~ Pedro da Silva, que aqui, também tem exercido essa atividade .
[luer a V. Excia. Do livro de Tombo da Paróquia de Ouricuri - página
ao necessá ria, na 31 - verso.
"D escriçã o da linha do Patrimônio de São Sebastião,
to é,de m ais de como abaixo se vê: do marco inicial entre as Duas Pastas,
ão de quem quer lugar reconhecido por todos os confinantes deste P atrimônio,
,edido edital com seguiu a linha que desmembra este mesmo Patrimônio com
(1 todos os confi- a Fazenda Paraíso com o rumo do. Leste a Oeste a vinte e oito
referido edital no graus (28º.) ao Sudeste com 24 metros entrando na v asante
todos os interes· de Teófilo F erreira Lins, com 84 saiu desta vasante e entrou
a primeira au· em outra do DT. José Tomaz de Medeiros Correia , com 151,
liminar da ação, saiu desta vasant e e entrou em outra de Teófilo Lins Sobri-
e em agrunen· nho e cunhados, com 223, chegou detrás de urn barreiro,.deflt;o
o da área ou das da mesma vasante ficando o barreiro do lado do P atnm onio,
com 274, saiu d esta' vasante onde cravou-se o 2º . mar co, ~om
ônio de São Se- 497 chegou na casa de Genésio Marinho, passando esta linha
a a contesta·
termos da ação. 39
. d a mesma, ao lado do Sul
no oitão da r eferida casa, fican
. ,. .
° u a estrada de Boa-Vista'
fora do Patnmomo, com 740 cruzo1088 cravou-se o
4º. marco'
onde cravou-se o 3º. marc_o c~mua no' açude de Sinharinha e
junto a um riacho que deita ~g arco e com 1713, chegou no
filhos, com 1247, cravou-se O
ponto terminal em um alto d
!· afecrim perto das barrocas do
0. m arco; deste marco se_
O 6
Alto do Gostoso onde cravou-se atrimônio com a fazenda
guiu outra linha desmembraf do N°oite e quatorze gr aus (14º.)
Quixadá; com o rum o do Su :ravou-se O 1º. m arco, com 222,
ao Nordeste, com 104 m~tro~ so onde m arcou-se o 2°., com
cruzou a estrada de Capim t r os ~ssou no m eio da d ita lagoa,
294 chegou na Lagoa de Dân ~ ' i~adá estrada nova, onde era-
com 646 cruzou a estrada O u ou a ~strada de Algodões onde
vou-se o 3º. marco, com 727,8~~~ruzou a estrada velha do QuL
se cravou o 4º. marco, c~1;1 arco com 1115 chegou na estrada
xadá, onde cravou-se O • m 60 'marco cruzou a estrada com
do Tamboril onde cr~vo~ ~~t10º M~r inho Falcão e a 1203, chegou
1136 entrou na roça . e Ío Gato ponto terminal desta linha,
na parede do Barre1r~mo Lídia·' deste ponto terminal, seguiu
dentrol .d.ah rodça deommbreando o Patrimônio da fazenda Jerônimo
outra m a esm · · (15º) S d
com o rumo de Este a Oeste e qmnze gr~1!~. d a u oeste
com 45 metros, saiu da r oça do mesm? dl If on ed cr~:7ou-fse
0 1º. marco junto a porteira do curral liga o a casa º. J~ r e e-
rido Lídio, com 466 metros, cruzou a estrada do Prad1co onde
cravou-se O 2º. marco, com 767 chegou na estrada da Tran-
queira onde cravou-se o 3°. marco, e com 807 chegou ao leito
do Riacho da Tranqueira onde faz uma volta, ponto terminal
desta linha . Ficando este P atrimônio, demarcando, estre-
mando a Este no leito do r iacho com a fazenda Beberibe; ao
Oeste, na linha de desm embração com a fa zenda Quixadá ao
Sul, na linha de desmembração com a fazenda Paraíso e ao
Norte, na linha de desmembração com a fazenda Jerônimo.
Ouricuri, 26 de outubro de 1925. Ass. ) O agrimensor Baldo-
miro Pedro da Silva . Os arbitr adores Francisco G r anja Falcão
e Apolônio da Silva Coêlho" .
Nest: patri~ônio teve início em 1847 e concluída em
1865, a Igr~Ja ~atriz de São Sebastiã0 cujo novenário t erm ina
~~a~O de Janeiro~ : º~stitui a m aior comemoração religiosa da
e e do mun1c1p10, o r eencontro d os seus f ilhos.
A Rufino José da Cunh . _ , . .,
atribuídas a autoria de " . ª e a s~a 1rma Herach ta, sao
cantados durante O tr~s. hinos dedicad os ao santo e ainda
novenar10.
40
]) O S A L T O S C li: U S
Dol alto■ céu■ a glóri
Onde desfruta divinalavire~landeee,
Aco1h• &8 preces de 1m ' ªªº
Invicto mártir São Sabasas
e Uao
_confiantes,

c.oBO
Da peste e da guerra,
Da fome cruel,
tivra1 nossa terra
Prot,etor fiel '

:1111
Du til confiante, queremos vencer
~u~dacodnstantes do nosso vi..:er,
so o nunca recusaste
!lo cam~ ?e batalha mais urgente,
Como cristão das iras enfrentaste
Daquele ser cruel e impertinente'

A TI SÃO SEBASTIÃO
A ti, Sant.o, hoje damos louvore&,
Grande mártir São Sebastião;
Que da morte afrontaste os horrores,
Indo a glória reinar em Sião (bis)
Protetor desta terra querida,
Livrai-nos dos flagelos mortais,
Dai-noe paz, pureza, santa vida,
Para a glória gozar imortais (bis)
Três batalhaS tremendas venceste,
A baStança, a grandeza e o poder,
Três triunfos que tu mereceste,
Triplice glória que sempre hás de ter (bis)

Das setas que em ti cravaram,


AD teu corpo ferido, mortal
Mas, em vez da morte que te deram.
Foi de glória, coroa imortal (bis)
MARTIR SÃO SEBAST IÃO

Mártir São Sebastião,


Que por Deus foi tão amado.
L ivrai-nos de toda p este,
Sede nosso advogado (bis)
Foste um guerreiro forte,
Alentado capitão,
Defensor de J esus Cristo
E do seu povo cristão .(bis)

Vós que com Deus podeis_ tanto.


Mui tos milagres fizeste,
Que a mudos de nascença
A sua fala lhe deste (bis)
turm
concJ Protejei~nos Santo amado,
O vosso auxílio nos dai
E de todos os perigos,
Vossos devotos, livrai (bis)

DefendeLnos dos insultos,


.,,d Da peste, da fome e guerra
da Sa Conservai em paz, tranquilos
vldadf Os habitantes da terra (bis)
terlor
do en
contln
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42 .

CAPITULO 8
OS E O PATRIMONIO OE SAO BBA8

de 187?, ~ois italianos chegaram a Ourlcml,


de Calábna e Domingos Ant.ônio Maradel.
ou..se conhecido por Antônio Italiano poalda
~a diversões públicas. Vendia ~udezaa
ém segwda _pró!pero comerciante de tecidos. ca,.
Marade1, nao tendo filhos adotaram uma me.
Maria,_ nascida em Ouricuri. Fazia CQ.lllpraa

-~gos e necessitava de empregado experiente para am-


•""fll - comercial. Por aqui passava Antônio Soares,
Soares, da fazenda Santa Quitéria, no mu-
Soares, quando menino vivia em companhia
dlreit.o Joaquim Alcebíades Tavares de Holanda,
~:.;te!M.IU

o mesmo para Recüe, empregou.se numa
alguns anos, resolvendo depois t.entar negó.
em Manáus. Não sendo bem sucedido, resolveu
,de Janeiro, passando, primeiramente em Ouricuri
pais. Nesta ocasião, aceitou convite de Antônio
ajudá-lo na sua casa comercial. Casa-se com a
do italiano, tomando-se seu sócio e ~erdeiro,
na espaçosa residência do sogro, locaJ1zada na
Jllmiz Falcão prédio este, hoje ~encente aos
l'ernando Bezerra. Acostumado a lidar CC?D1 me-
tou uma farmácia, vizinha a sua residên~
{;1IMm estabelecimento desse gênero na localic~-
O
te com o coronel Anísio Coêlho, teve oportum..
-.....,,·;. ao vo em assunto de saúde,. exercendo mar-
• no~11;11icícpio..'lh sen~em!:!:to ~ : t e :
de Anfs10 oe o. r---:-á d ia, Salva-
.com a família para Crato, Cear e epo
43
dor onde morreu deix<tndo os seguintes filho . .
rico, Ruth, Maria de Lourdes e J osé Soares s . Edith, Alt;
Biágio Antônio de Calábria, conhecido ,
ciava com miudezas e fabricava tachos de cobieº~ Bras! ne;~,
na r egião. Casou-se com Antônia de Castro Caláb~amu:to t. ,
xando filhos . Quer endo m arcar sua presença na t ' nao d,
e sendo devoto de São Brás, comprou a Antônio ~rr~d0 ti· ~
cão ( o velho) , uma parte de terra da fazenda Par:,n 18 0
°F'él
à par óquia de Ouricuri juntamente com uma capela e dr.,r,
truíra sob a invocação do santo que for a bispo da Igr~~e ~or
Iica, martirizado na Armênia no ano 316. Ja atrJ
Evangelizador da Turquia, de quem se conta que
.
vez ret1rou uma espm· h a d e peixe
· que se atravessava na cer\·.·
ganta de uma criança salvando-a da morte por asfixia da'gar
pedida sua inter cessão pelos fiéis nos casos de doenças' da ~
ganta e engasgas. Essa parte de terra foi registrada como ; :-
s:~
trimônio de São Brás que juntamente com o de São Sebat
tíão, doado a Igreja por Maria de Souza Goulart, ajudam ~:
manuten ção da paróquia com uma renda proveniente da co~
brança do foro . Além disto, escolheu neste patrimônio, sim.
pática elevação, dando-lhe o nome de Monte Paraíso, tambén:
chamado Alto da Capela de onde se descortinava agradáve:
paisagem, em frente, a Igreja Matriz, anteriormente com be.
líssimo patamar e o cruzeiro, pela direita, a Serrinha com sua
vegetação parecendo de uma só altura e que ao tempo de in.
verno se assemelha va a um tapete verde que descendo em ct·.
reção a oeste, forrava a baixada entre a cidade e o monte, ven.
do-se aqui e acolá, ca sas, cercados e açudes. A casa da fa-
zenda Pirangi, logo ao descer da serrinha, pertencia a J osé
P edro de Aquino, com duas importantes baraúnas na frente
e ao ladc, o açude que por ser próximo da cidade, para lá
afluía m uit a gente p ara t omar banho. Um pouco mais, via-se
a casa de Curupaiti onde residia o coronel Tomaz Pedro de
Aquino e . depois Sebastião Coêlho Rodrigu.es (Bastinho) , ac
Iàdo, Rodrigo Castor da Rocha Falcão, para cá, a primitiY:1
sede d a fazenda Beber ibe, do major Antônio Cesário Alves de
Castro, posteriormente do Cel . Antônio Pedro da Silva, corr.
vistoso curral de pau a piqu e . Em frente a ca cimba da P asta
ou Duas P astas, local de banho agradável dito p elo povo.
"Quem tom a banho n a P asta, de Our icuri não se afasta" . Fi-
n almen te. o casarão d e Clóvis G om es d e Matos cujo cercadL1
ia até ao A çude da Nação, onde, t a mbém s e tomava banho
Clóvis t inha n a sua proprieda de, além de capim para o gad~1
tamarineiras, cajueiros e outras árvores frutíferas . Os m en1•

44
nos costumavam furtar frutas des ,.
rendo às gargalhadas sob tiro d se sit_io e de lá saiam cor-
que Clóvis disparava' apontands e espingardas, sem chumbo
nos sa biam, mas era O doce po para O alto. Disso, os meni...
t u,d e. Cl,ovis. razer de brin d • d
era coletor federal fi . ~a. eira a juven-
swa cavalos esquipadores para ' gil:ª simp~tica, alegre, p 03_
calçamento. Era comum vê-lo pas~eios na cidade, ainda sem
- Chi, Colibri! cava gaud o seu famoso Colibri.
O cavalo parava sem ser t ·d
cendo a ordem do dono para um con i O pelas rédeas, obede-
fazia ao passar pela residência ~Jr~:t c~,~ a~go . Assim
gues para recitar poesias e ser · lSIO Coelho RodrL
l - Cl, . d por este, acompanhado ao vio-
J.ao. ovis mu ou.se com a familia . _
P aulo, mantinha correspond A • para .ª capital de Sao
. . alm encia com amigos que deixara
pdrmMc1p Cen! elh sua comadre Maria Cecília e Antônio Anísi~
e atos oe . o, para quem certa vez pi·lh · d
"R b· ' erian o escrevera·
ecEre i carta da ~omadre Maria Cecília. Li, reli, nada enteu'-
di . a ~ traceJ ado de palavras coniusas que me deix
a ver navios". aram
_ A ~R-316 ~o passar por Ouricuri iria destruir a capela
de Sao B~as sE: nao fora a providência do tenente Adônis Pe-
dro da Sllva, Junto ao engenheiro chefe da construção a fim
de 9-ue conservasse sua tão querida capelinha na sua forma
original e não a substituisse por outra em local diferente e
por isso, a estrada com sua fita de asfalto, conservou-a, pas-
sando a 30 metros de sua frente para engulir adiante, o Curu-
pait i, o P irangi e parte da Serrinha. O espaço que sobrou vai
sendo ocupado face à necessidade de terreno para crescimento
da cidade . P erdida ficou a paisagem que aos_nossos olhos se
refletia como um tapete verde entre o monte Paraíso e a ci-
dade.
No centro do monte Paraíso, Brás erigiu a capela com
a frente voltada para a Igreja Matriz de São Sebastião, a uns
700 metros, tendo se realizado a 9 de abril de 1893 o ato fes-
tivo do assentamento da pedra fundamental, oficiada pelo vi-
gário Francisco P edro da Silva. Atualmente o monte, já na
zona urbana bastante habitado, é denominado bairro de São
Brás. Ainda' guarda as casas dos seus primitivos habitantes,
Benjamim de Castro, Jerônimo ?ª Capela e a do velho J oa-
quim Truaca . Na capela se realiza anual~~nte uma _das tra...
dicionais festas religiosas com um no~enar1~ a partir de 25
de janeiro e terminando a 3 de fevereiro, dia consa~ado ~o
santo com uma procissão conduzindo a imagem de Sao Br!s
para 'a Igreja Matriz. o novenário, logo após a festa de Sao
45
Sebastião, padroeiro da paróquia, no dia 20 de janeiro, é
memorado pelos católicos e apreciado pelos jovens, muitos ~o-
quais preferem a capela para se casarem. A capela é uzn Pos
~ueno templo de 70 metros quadrados, construçã? singela, f~
hzmen te ainda conservada na sua forma original, com pe-
q uen~ tor:e de madeira, ao centro, um. altar C?;1? a imageni
de Sao Eras, na frente, um sino para avisar os fiei.s. Defronte,
a 20 metros um cruzeiro num pedestal de alvenana. No fron.
tispício, uma placa com a inscrição: "Esta capela foi PrincL
piada a 27 de agosto de 1893. Oferecida ao sr. São Brás a 13
de março de 1895 por Biágio Antônio de Calábria".
Não tendo descendentes para se continuar na terra onde
feliz viveu, a gratidão lhe inspirou a doar um patrimônio à
paróquia de São Sebastião de Ouricuri e portanto a sua comu.
nidade que também em gesto de gratidão, comemora com ca-
rinho e muita devoção a festa de São Brás .
Rufino José da Cunha, primeiro tabelião do município,
era músico e poeta. A ele e a sua irmã Heráclita, devemos os
hinos a São Brás e a São Sebastião atualmente cantados du.
rante as procissões.

HINO A SÃO ERAS

Vamos todos reunidos


Com prazer, glória e riso
Festejamos a São Brás
Na capela Paraíso.

A capela Paraíso
Foi feita por devoção,
Louvores aos seus fundadores
E a nós todos, a salvação.

Este santo milagroso


Que no reino da Turquia,
Curou a todos da peste,
Com sua sabedoria.

Livrai-nos de toda peste


Sede n~sso advogado,
Nas ma10res aflições
Socorrei aos engásgadoi
46
Vós, que depois de
Foi lançado em um morto · -
Pelas ondas do ca1xao
F · , oceano
o1 a terra de cristão '
Este caixão que andava
E Deus servindo d .
Por p d e guia,
J esca ores encontrado
unto ao monte Marat·1a.
Médico de tanta ciên .
Tocado da divindade eia,
Pedimos por Jesus Cristo
Tenha de nós piedade. '
Por . todos esses milagres,
Pedimos ao senhor São Brás
Que nos livre dos perigos
E nos traga sempre em paz.

ESCRITURA DO PATRIMôNIO DE SÃO ERAS

1°. CARTóRIO DE OURICURI

"Certifico que rev~ndo em meu cartório os livros de


notas, em um deles ~onsta as fls. 49 e 50, a escritura do teor:
Lançamento ~a escrit~ra do senhor São Brás, como abaixo
s; d_eclara: ~iz~mos nos marido e mulher, Brás Antônio Ca-
labr1a e Anton1a de Castro Calábria, abaixo assinados mora-
dores nesta vila de Ouricuri, Estado de Pernambuco, que 50_
mos senhores e possuidores de uma posse de terra comprada
a Antônio Marinho Falcão e sua mulher Belmira Adelaide de
Siqueira Falcão, pela quantia de 100$000 (cem mil réis) no
sítio Paraíso ao pé desta vila a qual posse de terras que pos-
suimos, livre, desembaraçada e tem as extremas seguintes:
principiando da ponta da parede do açude da Nação, da parte
do Norte extremando com as terras da fazenda Beberibe, Qui-
xaba e Teiú na forma descrita na escritura de compra e que
temos em n~sso poder, a qual ficará fazendo parte da presente
e assim possuída a mencionada posse da terra; doamos como
fato doada temos ao senhor São Brás pelo mesmo valor de
100$000 (cem mil réis) para servir de seu :patrim?I:io. Isto
fazemos na qualidade de fiéis devotos da Igre3a Catohca e e~
atenção a ser o nome do doado o mesmo do doad01·, em cuJa
47
posse de terras desejamos edüicar uma pequena
~~~s nos ajudar e permitir, a nossa custa e com es: i ela se
f1e1s devotos que nos quiserem adjutorar para nela 8 la dris
cada a im~gem do do~d?, o senhor São. Brás; portan:: coJo.
data em di-ante, nos dumtimos de todo Jus, domínio em.desta
posse de terra tínhamos, passando a pertencer ao supra dita
cionado doado, não podendo em temp~ algum, ser ven~en-
nem permutada e nem os nossos herdeiros oporem-se a da,
nossa doação, feita de nossa livre e espontânea vontade, :
constrangimento de pessoa alguma pedimos e rogamos a j
tiça dos Estados Unidos do Brasil que lhe dê todo o vigor
falte algum ponto de direito. E para constar, mandamos ~
e:
sar a presente escritura de doação na qu.al nos assinamos cozn
as testemunhas abaixo, sendo esta, ?epo1s de pago os direitos
nacionais, lançada no respectivo livro de notas do tabelião
público, desta vila de Ouricuri. 12 de julho de 1892. Ass
Brás Antônio Calábria, Antônia de Castro Calábria. Com~
testemunhas, Modeste Ferreira Lins, Ant.ônio Manoel do Nas.
cimento Costa.
Selo nº. 11 de réis 4$000 (quatro mil réis). Pago o selo
de doação da Coletoria Geral de Ouricuri, 17 de julho de 1892.
O coletor R . Silva - nada mais consta que fielmente copiei
do original, o qual fica em poder dos doadores. Ouricuri, 12
de j ulho de 1892. ass .) o tabelião público Rufino José da
Cunha . Era o que continha na escritura retro e supra que fiel-
mente copiei do próprio original, lançado às folhas 49 V e 50
do meu livro de notas e dou fé. Eu, Antônio Marinho Falcão,
1º. tabelião e escrivão a datilografei, conferi, subscrevo, dato
e assino. Ouricuri, 10 de agosto de 1940. Registrada no lm o
de transcrição de imóveis sob o número 1231 às fls. 79 . Ouri.
curi, 16 de agosto de 1940. O oficial do Registro Geral. Baldo-
miro Pedro da Silva".

ri
ur
• 1
48
P!TULO 7
~, MAIA E OUTRAS FAM1LIAS
QIID8rC8 de Boa Vista, Amaro Batista Gaima-
de terra a outro juiz, seu suce11or, Ber-
:va que solicitara pP-MDissão ao governo Im-
em local saudável da comarca vez que IU8
apresentava-se com grandea problemu de
te eom uma disenteria violenta e malária,
•carneirada•. Assim, foi possível a perma-
aqui. embora por poucos anos e se não ae
pecuarista, provocou, juntamente com o
maraes. efeito promocional para a locaJidade
(elll1DVJ·1ao o Dr. Bernardino para o Rio de Ja-
passa as mãos de Antônio Cesário Alves
............. da Paraíba, embora nascido no Cear6,
fixara.se ao meio até a morte em 1882,
,J.e ,nmdes posses, rico agropecuarista e o
11-..ü.··.,.- .numerosa que continua crescendo entre
· Alves de Castro tomou-se conhecido
• Calado em segundas núpcias com Joana
também era viúva e tinha do primeiro ma.
chamada Umbelina Bezerra Lins de cujo
Manoel da Paixão, formam grande
ui eh o naAécada de 11140, posai·
influênciajo pâdrê l'rancis!!
~dê Sõusa,----ai" ~ era
fflDáoL T~U Pedro de Aqumo e
a~~ duas Imíãí dõ iiãjcr,
IIIIIL.,,,,..-.. m um grupo famDiar de importb-
.

-
Beberibe foi o nome eacolbldo para •ua Pro .
adquirida do Dr. Bernardino d01 Reia e Silva. Con:~eda<le
uma légua de frente por duu de fundai, Partindo d va d~
divisória do Patrimônio de São Sebutilo, rumando ª linha
Piauí, em direção norde■te. Depoia compra aos herde.Para ,,
coronel Pacífico de Siqueira, uma lépa quadrada deiros dr,
aos fundos da fazenda Paraflo a que detipa de Teiú tel:a1
3
litando a ampliação das atividades a,ricolu e pastoJ º s1hi.
8
e de seus filhos. Em Beberibe, nu proximidades do Pa~ . U~3
nio de São Sebastião, con1tr6i 1ua rlllclhcia com um v~st'rnü.
curral de pau a pique ao lado, onde petnoitavam as vaca ~~i
teiras. Em direção à Serrinha, aproveitou os riachos e ~ e,.
truiu doil 8'\ldea, Curupaiti e Pirangi Blte, juntamente ~ s.
o Quixadá, foram preferidos para banhos do povo. O usoº:
calção e maiô é coisa mais ou menoa recente e todos tomava e
banho despidoa. Homens e mulherea • distribuíam em hor~
rios diferentes e havia quem se eecondeoe à distância em ati:
tude condenada pera observar o colorido de moças desnudas
tomando banho. Entre oa homem aparecia a brincadeira de
dar DÓI em mangas de camisa ou paletó e pernas de calça.
A graça contiCia em ver o dono cio vestuário desatando nós
com OI clmtes ou aeja, comendo carne ...ada. .
~• b&ixade do riacho, o majer CeaArio plantava capim
e fnllieiru. Gozavam fama OI caju■ e pinhas dali. Com sua
IIMJde, ata ÚI& foi dividida em três mtios, Pirangi, herdado
par T- - PedN de Aquino, Caruf81~ por Sebastião Rodri-

"""': $
. , . CNIIID • lllba6e por Atatbnie-, Peche da Silva. A casa
.IL4 •111,n te Clálle tol
,....,.., . . tllie, ._ fl.lM,, Ãllé1fe
Antônio Pedro da
da Silva não pôde
• .... W tue ligava Ouricuri
pl■J 11tn ,ar 1nl, a p>ua .-O. do prédio e aber.
1 1 1d J1 ■fl t 1 -j,l.r,, e alto da capelinha
• • • •·•••na!ljjlflll!IIIÍillat • por fim ruiu sem
a:ru • NM• ltlva, pudesse evi.
te já integrad?
edificações res1•

familiares que
• Aquino, pedro
Coalho de ~ e-
6> Norte, ?,1a1a,


dade .quando da consulta de doeu
ressalva "e, o m esmo ,, , CUJ.os mot·mentas_ a n t·1go8 abri do-se
propós~to, na documentação de c~':.s rsao de foro ín~rno a
Oricur1, o padre Cunha aparece co P ª da chamada fa · dA
cunha e na procuração de vend dmo Francisco Antón~'c1aª
, . d R. h d a ,essas terras, passadaio
cartor10 e 1ac o e Sangue Cea
Antônio da Cunha Pereira, ab~olut:a, sendo padre Franciscoem
.
N o 11vro "N
o roteiro.
dos Az mente
d O m
esmo.
Nordeste", de Sebastião de Azeveedve Bos e outras familias d0
- p O
cial Ltd a., J ºªº. essoa, Paraíba, 1954) l" astos ( áfi•
gr , ~a comer-
"Afirma o escritor conterrâneo Celso M:-~e na pagina 211 _
Catolé do Rocha descendem do portu :iz, que ~s Maia, de
Maia, que nos meados do século XVII ~e~ Francisco Alves
traiu casamento em Goiana, Pernrui{bvm O de Portugal con-
~C:'
Teodósia Ferreira ~a. Silva Maia . . . ,, .
cita a fon te: Memorias da Assembléia L P_ rn~
ác?m ~ brasileira

Mariz . Em continuação, página 213 Az e~is ativa, de_ Celso


212 (o.e. ) ,

"Francisco Alves Maia e Teodósia F~rreiervaedo SB_alstos d~z que


--- na segund a m et ad e daquele século XVIII
sados a i va ·Maia . ! ca-
· d o Cruz e munici'pi· , •constituiram
em ea t o1e, d o R oc h a, B r eJO ·nh
· G O viz1 os neste
E d
e no sta. o F o 10 d R rande do Norte os tronco d f . ,.
. M . s as amilias
Alves Maia, erreira aia . e Maia Barreto, e depois · Maia • de
Vasconcelos, R osad o Maia, Fernandes Maia Henriq M .
. Sald nb M . M · ' ue aia
Ji.1a1a a .ª' ar!-Z aia, L~bo Maia e outras, deixando ~
casal os ~egwntes filhos: __Dom_1ngos Alves Maia casado com
Ana Mana de Vasconcelos Maia... {página 214) : dos filhos
't:Ie DoÍnlngos AIve? Maia e Ana de Vasconcelos Maia, Cesário
de Vascon celos Maia casou-se em família de Ouricuri, Pernam-
õííco e ~ ixou o fiIF10· de no~e Francisco Severiano Maia de
'\iãsconceTosL casãdo---enípr rmeiras nupcias com sua prima
Maria Ollirípia Fer reir a Maia, filha de Manoel Antônio Maia
de Vasconcelos e sua esposa Damiana Fernandes Ferr eira
Maia, deixando os filhos: João Agripino Maia de Vasconcelos,
Enéas Olímpio Maia de Vasconcelos, Manoel Antônio Maia de
Vasconcelos, B ela e Sinhazinha Maia de Vasconcelos e também
outro filho irm ão de Francisco Severiano, de nome Manoel_
Antônio M~ia de Vasconcelos, casado com IVIaria Olímpia M-ª.Ía
ãe Va sconcelos". Na p ágina 215 (o. c . ) ,..-uDe _u ma ~.rvore ge-
neãTógica dessa fam ília Maia, gent ilmente cedida pelo d~sem-
bargador Manoel Maia de Vasconcelos, passo a relacwnar
aqui, em resumo os nomes dos bisneto~, . trinetos, !ªta~~:til~
pentanetos e daí até a oitava nona e dec1ma gera,ç~es F q .
"' ' . Teodos1a erreira
portugues Francisco Alves Maia e esposa, . t l'gência
1
de
da Silva Maia, árvore que bem demonstra ª in e
51
.....

um dos membros dessa família, Francisco Rosado Maia, aca..


dêmico de direito".
Em resumo está portanto descrito qu': Francisco s.
veriano Maia de Vasconcelos, casado com Mana l_ímpfa Ye~:
alto r ~ a i a era filho de Cesário de Vasco1:celos Ma~ este, df'
mada
Domingos A1ves Maia fiITío do portugues ~rancisco Alv,.,:
' , · Ferreira
Maia e sua consorte Teodos1a · da Silva Maia.
· ~.,
domll
Da. Cesário de Vasconcelos _Maiê constante da árvore ge.
fez o nealógiêa pertencente aos arqmvos d? desembargado_r ManoeJ
tal e Maia de Vasconcelos e do Dr. Francisco Rosado Maia, vem a
Glnâs ser O mesmo Antônio Cesário Alves de Castro nosso major
terml esáno nasci O em iacho do Sangue, atual J aguaretama
CarnE Ceará ~ proprietário das fazendas B~beribe e Teiú, em 0 uri~
na Fs curi onde viveu e morreu a 3 de ma10 de 1882 bem como seu
sldadl filh~ Francisco Severiano1 também conhecido entre nós por
clulu __.:p ~ulb.ho da P assageJE._ por ter sido esta a desi~açã_o de sua
turma propriedade, no Piau. Apenas alguns nomes sao diferentes
conce naturalmente resultantes da falta de exigências legais nos re'.
ss ~ gistros. Nos testamentos de ambos, lavrados no cartório de
no qE Rufino J osé da Cunha, são encontradas essas divergências
para as mesmas pessoas, conforme transcrição a seguir, extraí-
vl~ · do do inventário do major Antonio Cesário Alves de Castro
constallte do.., processo de" demarcação da fazenda Beberiii
"J uízo municipal de órfãos de termo de Ouricuri. Auto da re.
dação do testamento por falecimento do major Antonio Cesá-
rio Alves de Castro, a requerimento do co-herdeiro Manoel
Ferreira Lopes de Siqueira, como adiante se declara. O escrL
e vão Cunha. Aos 12 dias do m ês de março, do ano do nasci-
conti~ ment-0 de Nosso Senhor J esus Cristo de 1883 n este sítio deno-
lhos ~ minado Beber ibe, ao pé desta vila de õurÍcuri comarca do
acont
9 m~smo nome, Província de Pernambuco, por pa;te do co-her.
dei:o_ Manoel Ferreira Lopes de Siqueira, me foi entregue a
publi9 petiçao p_a ra reproduzi~ do testamento, a qual adiante vai
uma 1
Junta, a fim de prossegmr nos seus ulteriores termos· do que
minist
vista
faço este termo• Eu, Rufino José da Cunha, escrivão,' escrevi.
do Ce
dAponftamento~ para um testamento no livro de notas que man-
ou dazer maJor Ant oruo
A · Cesano' · A lves de Castro para o qual
nlclpa
;an ou cha ma_r em meu cartório no dia 3 de ~aio de 1882 .
ec1ara o seguinte· para se d . 1 - ----------;-,..---
na forma de instru~ent ,r _epois ançado em livro de Not~s
O
capela de missa
acompanhado 1 p: :?r publlco · ~ue se mande celebrar meia
suad ~lma, seJ_a envolto em hábito preto,
catacumba de seu ~?1ª~ ª ~ de Sao Sebastião e sepultado na
trabal s ma os filhos· Que é nat ural da freguesia_..,. . .
fundao
a mellí 52


o do San e, Província do Ceará, filho legítimo de
s :ves P:rell'a ~e ..c~stro e Da. Prudência Maria de
Filhos: 1 . matrimonio - Francisco Severiano Alves
os e ~tônio, <;esário Alves de Castro Júnior. 2°.
Mana Fehc1a de Castro e Silv~ Francisca Ro-
. o, Maria Francelina de Castro e Domingos
- Herdeiros: meeira - Joana Bezerra Lins.
Felicia de Castro e Silva. viúva de Ricardo
a Silva.
·a Francilina de Castro, casada com Manoel
~ Ferreira de Siqueira.
· ca Romana de Aquino, casada com Tomaz
de Aquino.
• gos Cesário Alves de Castro, casado com
·a de Castro (sobrinha, filha de Ricardo Pe-
da Silva e Maria Felicia de Castro e Silva).
· co Severiano de Vasconcelos, já falecido
esentado pelos filhos seguintes: João Agri-
Maia de Vasconcelos, ~sad.Q; l_néás Olímpio
asconcelos Maia, casado; Manoel Antônio
de Vasconcelos, casadÕ;Antôni--ª Olímpia de
celos, casada com Ené<Tã: flenrigue de Sá;
Sá Vasconcelos, casada com Flávio Henri.
de S' · José Olímpio de Vasconcelos Maia,

-
e men~.
· Cesário Alves de Castro Júnior, falecido,
wa,.;;utado pelos filhos: Joana Maria _Edel~-
de Castro casada com Modesto Ferrell'a Lins;
• Alv~ de Castro, casada; José Alves de
solteiro• Antônia Maria de C~stro, casada
Biágio Antônio Calábria; Joaquun Alves de
solteiro; Cipriano Alves ~e Castr_o, sol-
Clara Maria de Castro, soltell'a; Mar:ª Clara
o; Sabino Alves de Castro,. soltell'o; M~-
~ de Castro, solteira; Raununda M~1a
Clash:'O, solteira; Rita Mari~ de Castro, solterra
Alves de Castro, solteiro.
Sidrônio de Castro - capitão d~ quer~
araguai, falecido na batalha do Tu1uti, dei-
53
xando seu filho habilitado em testamento lI
cio Alves de Castro". ' ',rf,

):::;. Do testamento de Francisco Severiano de Vasconc; 1 1


"Saibam quanto este testãmento virem que no Ano do 1:71':
cimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1870, aos dias 19 .:.-;.
·1 d O . · rl,
mês de julho do dito ano nesta v1 a e uncuri, comarca d~
Boa Vista, Província de Pernambuco, em casa do testact, ·
Francisco Severiano de Vasconcelos, onde eu, tabelião f ,~
' t S t
vindo a seu chamado, sendo a1 presen e o me m~ estador, c:rJ
' U!
nhecido de mim, tabelião e das testemunhas abaixo assinar1a."
que dou fé, ~stando de cama e enfer~o, mas em seu juízo pe;.
feito e presênte as testemunhas ãEãixo, n?mea~as por ele,
<iiante de todos foi dito que de sua propria e hvre vontade
fazia este testamento, na forma seguinte: diz primeirament~
que, como cristão católico, quer seu corpo, quando falecer
seja envolto em hábito branco e sepultado no cemitério dest~
matriz, na catacumba em que foi sepultada sua primeira rnu.
lher, que se lhe faça o bem d'alma, conforme o uso da terra
declarando passado segundas núpcias, casado por carta, deix~
a metade a Da. Antônia Olímpia de Vasconcelos e irmã de sua
primeira consorte Maria Olímpia de Vasconcelos, Enéas Olitn-
io de Vasconcelos, Antônia Olímpia de Vasconcelos, Isabel
Olímpia de Vasconcelos, Lindolfo Olímpio de Vasconcelos, José

Ll Olímpio de Vasconcelos e do segundo matrimônio: Antônio


!ímpio de Vasconcelos".
Confrontan~? o que foi escrito por Sebastião de Aze.
vedo Bastos em No roteiro dos Azevedos e outras famílias
ào Nordeste", com a documentação apresentada através d
testamentos transcritos, conclui-se que Antônio Cesário Alv~s
de Castro é o mesmo Cesário de Vasconcelos Maia filh ds
Dommg~s· Alves Maia · º1:1 Dommgos
. Alves Pereira., Nasceuo e
no Ceara, entretai:to,. viveu na Paraíba onde casou-se duas

~:~ª·
ve~es, sendo a p~1meira esposa: uma Vasconcelos Mai&., sua
AnAte~ de Ir . par~ Ouricuri, residia, possivelmente, em
. to Antoruo do Pianco onde nasceu seu filho Sabino Sidrô.
mo Alv:es de Castro, do segundo matrimônio ·com J oana Be-
::ra Lms, conforme te_stamento deixado aos 25 anos de idade.
1865, por ser solte1ro perfilhava o menor Hor, . de 6
anos, antes de partir par G d ac10,
o 7°. Batalhão de Volu :, ~ ~erra, º. Paraguai, onde integrou
de Tuiuti, n? posto a/ c:~i~~o.ª Patria, morrendo na Batalha
Francisco Severiano M 1· d V
mesmo Francisco Severi dª ªv e asconcelos é também o
ano e asconcelos filho de Antônio
54
-
Cesário Alves de Castro ou C~sário d; Vasconcelos Maia . Ca-
ou-se duas vezes com suas primas e irmãs paraibanas da f
srn íli a Maia,
· no t est ament oAd_es1gn~das
· por ' Da. Maria Olímpia
' ª-
de Vasconcelos e Da. Antoma Olrmpia de Vasconcelos. Fran-
cisco Severiano, faleceu em 1870 e sua viúva, Da. Antônia, re-
solveu voltar ao seu Estado natal, levando seu 1 0 Ãmónio
e enteados. Os .des~endentes, de Francisco S'ever1ano se foca- '
lizararn em P 1an?~ ~ Cat~l~ do Rocha e daí foram se espa-
lhando pelos mumc1p1os v1z1nhos, formando atualmente, nu-
merosa família com relevantes serviços prestados na evolução
político-social da P araíba e Rio Grande do Norte.
Os filhos de Francisco Severiano, já instalados na P~
raíba, alguns vieram a Ouricuri, a passeio sendo que Enéas
tornou-se a figura central de ligação com seus parentes daqui.
Não traz nenhum sentido contestatário a transcrição
dos testamentos do major Cesário e Francisco Severiano com
os estudos genealógicos do desembargador Manoel Maia de
Vasconcelos e Dr . Francisco Rosado Maia, ilustres descenden:
tes do nosso major Cesário, residentes em J oão Pessoa. Ha
apenas o desejo de ~e. fazer justiça, con_tar .ª hist~ria. desse ~o-
rnem, O major Cesano, .pessoa·. de muita rmportanc1a na .1.or-
mação histórica. de Ouricuri.

55
CAPITULO 8
VULTOS POPULARES
a) O SINEIRO ABDON

Em abril de 1961, faleceu


octogenário. Quando jovem vasouAbdon Damascena Coêlho, já
e poucos anos depois, alisava umaum 0 ~ 0 na luta com o gado
lhe restava para localizar as li c~rre1a usando a vista que
A

fa~a, q~ando esta escapuliu v~:d~ncias .qu~ cortava com uma


dois acidentes lhe trouxeram a ~ ª:mgll' 0 olho sadio. Os
sesperou, ser cego, seria sua pr;~n fçao _de cego. Não se de-
limitação física, trabalhava para a ~~dmaçao. Mesmo_ com essa
irmãs solteiras, Joaquina (Quininha)ar J~~~nu~ençao de s~as
Petronila Co~lho. Esta, por ser nervo~a, le~:~a s~':i;;~e eà ~lisa
balha, Ceara, para consulta com o Dr Lea-0 s · ~-
b om conce1·to prof 1ss1onal
' · · ampaio, CUJO
, fazia manter grande clientela do
oeste pern~bucano, na_ decada de 1930 . Dr. Leão, a partir
de 1945 dedicou-se a vida política, elegendo-se deputad0 f
deral pelo Ceará, em várias legislaturas. e-
Abdon era homem de trabalho, cavava buracos e fin_
cava estacas, fazia cerca de roças, cortava palma para ração
do gado. Preparava peças de artesanato, tamancos, chinelos
currulepos, máscaras de couro para vaca e tecia tarrafas e re-
des de finas cordas de caroá. Bom tirador de leite de vaca,
ajudando assim, irmãos e sobrinhos. Acordava muito cedo e
aguardava seu sobrinho Deó no portão de sua casa e seguiam
para o curral. Para a ordenha, escolhia as vacas mais mansas
face sua condição de cego, ele mesmo arreava o bezerro e era
conduzido pela preta Ana, pessoa criada po,r. Adalberto ~edro
da Silva, pai de Deó. Divertia-se com poht1ca, tendo s_rmpa.
tia pela União Democrática Nacional (~DN), comparecia ~os
comícios e propagava o nome dos candidatos de sua preferen-
57
. . Eduardo Gomes, para presidência
eia, brig~de~f ofas de Oliveira, para governador d rl;,, r.
blica, Joa~lh e deputado estadual, seguindo a tüct/: F: ~i1
F elipe .
Coe 0 , •
leitos segumtes.
o uvia· as noticias . J.,d< d·d ·•
udeni~~- ~os Pde rádio. B em humorado que era i. 11
e
nobc1ar10s , • 1 ·
, . com noticias por e e mventadas e d ~, ~
, p11r.,.
N
alto s seus adversardi:sspertava procurava dar crédito afirrnle1r1.1- 1
espanto que . . ' 1 ' ê1· a
mada . t' •a no rad10 de . . . e argava o nome de urn ti
vindo a no ic1 . f, b • d • a r,
domlr< . não m erecia e e a rmca eira se tornav•
Da . F
cuJa conversa a ~-•.
fez o na cidaNde · ampanhas políticas a imaginação se agu .
tal e . - das e·adas Umas de b om gost o, out ras não .·c<I.
cnaçao e P1 · · • a ·-
Glnásl d Barra de São Pedro,. surgiu uma des_sas, de caráter dt: •.
termln ~ t· m que um político, tarde da noite, depositou fE:2,..~··
Carnei eia 1vo e rsário A brinca· d eira
· f 0 1· 1.evada para -• •
na Fa1
cal çad a d o adve · d 0 ·0•
do deboche, mas, amigos comuns as pessoas envolvidas e .
sldade
t orna r am a situação e nada'ddeSgrave aconteceu. Alguns ,,.
. 1 D em ocratco .
clulu 1
d epOl •·s um comício do Parti o ocia (PSD) :--< ••.
turma P d C d ' ...,
programado a se realizar na Praça a :e. omen_ ador F:-~,.
COnC8( cisco Pedro, em dia de sábado, no horar10 da feira sema,.a.
SS Pa Da caravana fazia parte o ilustre senador P,ernall!bucano C·
então, Dr. Apolônio Sales. Um locutor, atrav;~ de um sister::,
de auto-falante, anunciava a abertura do com1cio e tendo ccr:::
primeiro orador aquele que havia sido aponta_?-º como respc!:.-
sável pela história das fezes em Barra de Sao Pedro. In:c::
o discurso saudando os visitantes, em seguida, dirige-se ,:
.ia Sa<
povo postado à sua frente e, de braços erguidos, exclama:
vldade
lerior - Povo de Ouricuri!
do em Neste momento surge um grito partindo da multidã.
continl - Desce daí, cagão, você cagou na Barra, mas aqui fr
lhos dt caga não !
DE A gargalhada foi geral e o orador encerrou naqi.:e::
aconte instante sua participação no comício apesar dos insisten:c~
publicc p~idos do~ correligionários. Tempos depois, Dr. Lauder.cr
uma s L1ns, prefeito de então e também presente ao comício, rú
mlnlstn
tava a ocorrência sem poder conter boa risada.
vista d
do Cer
. Pa~re Nicolau Leite, vigário forâneo de Granito, d.!t·
nlclpal, giu a paroquia de São Sebastião de Ouricuri, durante algi.:::5
mento anos . Padre zeloso e digno mas temperamental. Cc:::
nambu1 veemênci_a e aspereza falava d~quilo de que discordava. Jci:
1
Revista ~dseto, filho da parteira Angelina Torquato tinha esse a~?-
11 o porque · e bebia cachaça o ' dia inteiro• ·" ··' ·,
Ag .
t endo dinheiro era um vadio
Hlst6rti i.m "t d
al
' gumas vezes recompensava aos bodeguei '·
·r·-
trabalh i an o o padre L eite, no púlpito.
fundad,
amem 58

---,,--...._

- Cains! Cachorros '
. . Abd?n e:a pessoa tr~;a~alhasl
1greJa Mana Vitória co·lhO qulla e piadi
S~lva (Tia Be~a ) e · Jos:fa (Sinhasinha)~t~suave. Saíam da
vinham da missa e com de Marianinho abel Cândida da
. ·a d 1h entavam , todas t ê
of ic1 1:1 o- es a comunhão . a paciência r s cegas,
aproximou-se e foi dizendo: Abdon pela vozdoreconh PadrP- Leite
. - Mas ele m e disse ecet.Las,
direto para o inferno. que velha cega que c
Abdon, além de jorn . omunga, vai
livros . Certa vez entregava ais e rádios,
a Mari S tinh·a mteresse
.
mance M arçal que seria l'1d0 a ocorro de A . por
histórias
. - ocorridas n~s
ª cat para
acumbas ro ele ouvir E qwno, o ro-
· ra uma das
seguiçao aos cristãos Na oc . _ manas ao tempo d
Alencar Aquino (Sa~ta de Tasnh1ao _se encontrava
o eiro) q ih .Argent·ma ª per-
de
,- Abaon estou acomp h nd ue e disse:
pelo radio. _ an ª o um drama muito b,>In,
- Drama nao comadre ho. .
interiere Abdon. ' Je em dia se chama é novela
Essas coisas somente home d '
p~adista não fariam Abdon ~ vul: t_e traba~o, art~são ou
c1almente um . sineiro
G ' um soberano naªtoºrre
conheci_do, foi essen-
da igreJ·a m t
em toc ' ar smos.
1 ad 1 algava a, torre atrave's d e t res
• escadas ' mgre
, es re
roes as apa p. e 1· as e dde la anunciava a morte de a1guem , Dei-
.t ava:-5e nos ~ane_ oes a torre e movimentava os badalo~ Ã
1g~eJadposMsm do 1sdgrandes sin~s, comprados em Recife n~ fá-
rica e anoe1 os Santos Vilaça, um maior e de som mais
b
groso, e outro, m enor, de som mais fino.
Duas badaladas de som grosso, seguida de uma de som
da multidão. fino, de~unto home~, o inv:rso _ para mulher e um repique
mas aqui não para cnança. Perfeita combmaçao de sons em intervalos re-
gulares. Parecia dedicar . se a esses sons dolentes, vestindo a
: -rou naquele cidade na tristeza deixada pela morte. Estava invariavel-
,s insistentes mente na torre da igreja na ocasião de bênçãos, elevação do
santíssimo e para os salvos da festa do padroeiro São S:b!s-
r . Laudenor tião . Ao tomar conhecimento da m orte de um vulto de eviden-
::.om.ício, rela• cia no E stado, país ou estrangeiro, anunciava pelos sinos, com?
uma canção de despedida. Assim procedeu quando do falec1-
mento de Agamenon Magalhães,. Getúlio_Vargas (seus adver-
sários) , Pad.re Cícero Romão Batista e Pio XII. .
Por muitos anos usou e abusou do toque do smo._Al-
gumas pessoas não go;tav•m do aviso da morte pelos _sino;,
outros entretanto, justificavam pela falta de outros meios e
comunicação na cidade. 59
. Curiosamente ~ que sua morte não foi an .
smos e sim pelo serV1ÇO de a uto-falante "A v~ unc1a,J 3
• "d ade ,_ serviu devZloc-
e como não bastasse essa cunos1
d<> (>uri,f,<
dedor de jornais e revistas Geraldo Silva, também ut,,l"' ,, ,
ccg(J
alto b) O SERES TEIRO DURVAL
mad
dom Além de uma diversão, a seresta é também
Da. dição sertaneja. Nas noites claras _de_ lua, forrnarn-s~rr,~ , 'I..
de r apazes cantando ao som do violao. Bebidas 1 ~ , ;.,.
fez
usam em pequena quanti"da d e, nao - h a' a lga~arra e a t,,..ll,•.=-.,
tal O 4

fi: ir, ••
1

Gln1
público é respeitado . Atualment~ essa tradição se d ~s,.~-.
terrr
algumas vezes os seresteiros se JU?~am con~uzindo
músicas gravadas em casas comerciais e. o. violão . é subst·1tu.t':""
Can 1idade O en 1,,,
Por um gravador. Vai per en o a ongma
d d
na 1 · - e a mensagem
desaparecendo O sentido de conf ra t ermzaçao ' cantr,
sida
amor dos namorados. Eram comenta~~s nas ruas porque d~
cluh pre agradavam. Guilhermina Costa dizia que não podendos~lll-
turrr ticipar fisicamente das serenatas, em casa permanecia iar.
COOI
dada ouvindo as bonitas canções e o som do violão. or.
ss J aime Alves de Castro, enquanto morou em Ouri
. d
no e liderava um grupo reahzan º. s~u d osas serestas . J aime dedi'.cur1
cava-se aos livros, t endo boa b1bhoteca e gostava de poesia p
ser também um poeta . Foi. par a o Rº10 d e J ane1ro,. depois Porto or
Alegre onde montou uma escola profissionalizante de encade .
nação - Instituto Técnico Profissional em c_ompanhia de
sobrinhos Antônio e Creuza de Castro. Publicou alguns livros
se:
vida reunindo em Terra Brasileira uma coleção de poemas de exa1'.
lerlo tação cívica, dedicando um deles a sua terra natal - "O luar
do ,
do sertão" do qual faço essa transcrição:
cont
lhos "A cidade é um presepe alevantado no ar .
Ah! minha Ouricuri! olhando-se a cidade,
acor S upõe-se que ela foi construída de luar,
publ
E supõe-se que o luar é feito de saudade.
uma B
mini Detrás da igr ej a, a lua agonisa serena ... cadeiras
vis!! Meia-noite. A cidade, assim como se fosse boca co:
do C Um gran de temp lo, é muda, é silenciosa, é plena dos, en c
nlcii: De tristeza; e áq uela hora a tristeza é tão doce! uma ex
men 1
nam Uma noite de luar d e a gosto no sertão, marcan
Revi Tantos sonhos contem, t enta saudade encerra . .. trução
E aqui,_ se faz lembra r .. . Só tra z recordação do agr,
Hlst, Das n oites d e lua r d e agosto em minha t erra" .
trab
gema
fund 60
em
Jaime de Castro deixa co . _
Castro, a biblioteca e e, violão ~ seu innao Durval Alves de
1943 um chefe da vadiagem em ra~sfo~ ando-o entre 1920 a
0 uncun
Durval nasceu em 189S f ·
, · d e sapateiro
ao of ic10 . embora, n ez
- curso
t ha prim· ano
' · .
e dedicou-se
pria, utilizava a do seu irmão ª~·!n montado oficina pró-
boemia era sua sedução, à noite .~son Alves de ~astro. A
rambulava pelas ruas em serenat~ bttva-Je aos amigos e pe-
Organizava serestas de bo ' ~ en ° e t?cando violão.
gos, aniversários, despedidas de ª!ort:~as ou vtg:m ~e amL
amadas, roedeiras e outras comemo ?5• sau açoes as bem
grupo. À tarde aparecia para trabalhraaçoes que taª I_>raziam ao
E r na sapa na de WiL
son
, . ste, reclamava constantemente a v·d i a erran te de Durval,
as vezes se prevalecendo
.. de ser
. . irma- 0 mai·s velho para querer
impor r esponsa b ihdade. Ohndina, esposa de Wilson, tranqüi-
lamente, co1;11 palavras bondosas mantinha a harmonia entre
eles, entendia que aquela era a maneira de ser d cunhad
seu traço _de personalidade. Wilson aceitava as p~nder açõi~
e Durval ia trab~a~do, conseguia algum dinheiro para ali-
m ~tar sua boemia. As vezes fazia alpercatas e ao vender re-
cebia uma parte do preço e não procurava mais o restante .
S: lhe faltasse d inheiro, conseguia através dos amigos para que
nao faltasse aguardente de noite . Suas irmãs Heráclita e Amilta
davam -lhe roupa e comida e sua vida corria conforme seu des-
tino . Teve um panarício na m ão esquerda e em consequência,
redução de movimento dos dedos ficando com a mão em garra,
impedindo-lhe de m anejar o violão. Resolveu o problema,
substituindo o violão por um cavaquinho que lhe permitia con.
tinuar ociosam en te . Seus conterrâneos Adauto Sá Costa, Deo-
io: lindo Siqueira Coêlho, Rodrigo Cast or da Rocha Falcã?, An-
tônio Anísio de Matos Coêlho e outros, lhe dlivam apoio . Ao
1tado no ar. encontrar-se com alguns dos seus amigos, futucava-lhes pelas
:e a cidade, costas com o p olegar provocando susto.
i de luar, - S afado!
R eclam ava a ausência daquele amigo numa das brin-
ie saudade. cadeiras da noite, enquanto ria, largamente deixando ver a
boca com poucos d entes. Longelmeo, alv o,_ cabelos despentea.
l serena.·· dos encont r ava em Albino Forjaz ou Medeiros e Albuquerque,
"º fosse um~ expr essão p ara abrir conversa . . t'
rno ~ é plena Noitadas alegres são frequentes, reunem amigos e a e
;ilenc10,sa,... o doce! . . N d, d d 1940 quando da conS-
isteza e tà marcam loca is citadmos . ª ec(a ~- e BR-Í6) sob a direção
trução da estrada d e rodagens anJ g~ da cidade deu mar-
1 .,
certã0 , eJJ.Ct::"'
-rl'/l • .. do agr ônomo Ism a r passa nd o ª
gem a qu~ algumas casas fossem cons r
su e~ :idas à ma;gem . Uma
iudade rdaç㺠,
tZ reco L-.-ra
61
l~w--

-
-
-
,. io aornes da Silva~ conhecido por A. .
delas foi a de Anton. equenas quantidades de cerea· nto,,;,
Josué que vendia _P que Euclides Bezerra L ins Is e e:
, . . c eara, u1· S , M , , ser,,,·
chaça
de do c ariri, . de Araruma . isses a, ario So ld,,,
dos Correios, tr~1ª d va!l1 à noite para tomarem a tal ~,,,,
.Mário Lins, por la an ~a de "remédio", como disfarce. f/"''·
dente, por eles ch;': ougueiros, à frente Sebastião Sá 'P<,,,
aparece o gruP 0,, • âio" . outras pessoas passaram a : ut,1i
zando o mesmo Are~e. foinhO na intimidade, rico mancorn~í;.. 1
recer e Ant O"nio nis1de 0,
urn papo. I ncent1vou
· a venda danc:··4,
"·ª
de histórias, gosta h para agradar a todos os palada ' ' "·
veja, conhaque e :~~ Jia a dia, a rua também ia cresc~: A
freguesia awnen1'da or Rua do Remédio como ainda h/'
~f;;::: ~;:': 1
de fer sido designada por_ .Ru_a Rufino
da Cunha, com aposição de placa em obed1enc1a a lei mun;.
i:~
cipal.omenagear Rufino é um ato . . dos edis foi 1
' · de Justiça
t d h. ' ee
H
1º. tabeiião da terra, poet_a e ~uswo, au or e mos em !ou.
vor a São Sebastião e a Sao Bras, cantados nas. festas des,~
0
padroeiros da cidade. Nesses n oit~das, To_mho CI tando Anélio
Pedro da Silva con:tava, que Ar:tonio, ~a1mun~o . Brígido dos
Santos, irmão do hIStoriador J oao Bng1do, res1d1a em Crato
e rabulava em todo oeste pernambucano, tinha um amigo
Carlos encarregado de acompanhar suas causas embora come-
tendo estravagâncias, satirizadas por Rufino Cunha.

"Quando Deus deu a luz primeira


A esse grande mundo,
Já o caboclo Antônio Raimundo
Chanfrava nessa ribeira
Icó, Crato e Oeiras '
E aqui prá nós
Lá da ponta d;
Serra
Veio o Carlos pelos cós

. Durval
rade1ro, e sem ent e llID; homem de rua, sem pa-
era essencialm
sem relógio
tava compromisso. Perambulava e can-

ó palidez im
ó palidez ser::!ª~ª e bendita,
Quantas vezes o teu rosto
Será talvez na :~;em sido m~ldita
0 meu desgosto

62
Havia predileção dele por eaa cançlo, parecia tncUar
um pgoato que seu íntimo traduzia em aeetot, uma ecmdL
ção te, por isso dizia:
Quem ama é um infeliz, quem não ama, um - .
perturbou a tranquilidade de sua terra. que tanto
o luar foi um dos grandes enamoradal. De uma
sentado no patamar da igreja, numa noite orna,.
aw,au1111,, cantava uma canção do seu repert6rio.
nome Acácio, delegado recém-chegado ao mu-
da, acompanhado por soldados querendo lm-
de Durval. Um dos soldados, explicou que
inofensiva e conhecida de todos, entre.
se tomava irredutível, dando voz de priBão
se encontravam o médico Canejo do Ama-
' Rodrigo Castor e Sinésio Coêlho que con-
- o ,e em desagravo os cinco 'formaram um

ta só ou acompanhado, em noites de lua


1943 ano em que faleceu, acompanhava o
Adal~o Luna e avisou a d~~ que também
_,.MIIIIZl.LGO ao cemitério o que alias, fo!a toma~o
ra Na véspera ~ dia anunciado, saiu à noite
,. de aguardente e seu cavaquinho, cantou no
atravessou a Praça Padre Comendador
:'satiD,giu a Praça Muniz Falcão, COD~~
indo sentar-se no sangradouro do -.--:e
ambulou por outros recantos de sua ci-
111J81DCperlO suas eanções prediletas. Volto~-ÔW:
flemorou-se e por fim cantou

~ assim enluarada.
c,z já bem cansada,
trovador~
amor apabonádO.
de9e,perado,
feV•tim-

;8
o
_,; ,;CO
:r-l
_ rtc>" iJ'."/:1,,
E desse grito de tormento fí..,..9,Síle 1:1
Eu guardei no pensamento J3! cot11Ptl
Uma estrofe que era assim .,dB ~eo t o q .
..-rsJYer ., a.ri , J\.
'!~ s tret ael
Lua vinha perto a madrugada - eJl isr . d :
~tµtlJ.· , sei .
Qua~do em ânsia, minha amada ~.,,. .,,- Ja, íO tl
Nos meus braços desmaiou. J 3l1oál" díll
E o beijo do pecado
ºº
i\l'O
~µt à ca?ª av 3
cor
Em seu véu estrelejado i •.-ige ...ft"eg O'
O>': .0 ~ - pr ,
A luzir glorificou i i ~ &l üt11 ria
.. _,.-ar eStava
Lua hoje eu vivo tão sozinho ~o qualc
tlla-- de :.-~
Ao ~elento, sem carinho, ~ · rerreµ
Na esperança mais atroz rJod~ CoJ!lUll
N&e J!lO
De que cantando em noites lindas,
Esta ingrata volte ainda .li<>-
~ w - • s1g
ªº~g
Escutando a minha voz. r=r,;ra. cUJO ali
pa1a_ integr
s~JanuáriO
Recolheu-se à sua casa e pela manhã suas irmãs encon.
traram-no morto. Deixou assim um mistério em sua morte faleceu E
1889 e. · abi:
parecendo suicídio, ele que transmitia a mensag~m alegre d~ inl elig enCla
___;1, va seus
música através de sua vida er~nte, vag_abunda, rrresponsá\re\ a!J>">ª
tipicamente boêmia, compreendido e estimado pelos seus con. da PiáU -
terrâneos que o consideravam o grande ou, talvez, o maior se- Temper a
resteiro da cidade. nto de at
ao Po ·t ,
rico e bon1 o,
c) O BOBO JiA,NUARINHO aziada aprove
beolindo At;u
O escritor Francisco Neto ouviu do sótão o grito de Júlio Lins Fill
Marçal vendendo pão da padaria de Teófilo Lins. ferência d e li
- Pão guente! do grupo dese1
Desceu as escadas e foi à porta onde o moleque o aguar- rinho ensaiass
dava com o balaio de pão na cabeça. Lá se encontrava tam. go. Havia r isc
bém Januarinho com seu riso largo, mostrando os dentes mal do com a mãe
conservados. para trás em
- - Bom dia, seu Francisquinhozinho. Falcão (Basti:
ria, em geral
É convidado a entrar, Dona Marica, mãe de Francisco
movimento cc
Neto e viúva do coronel Antônio Pedro da Silva, autoriza a
empregada Anália a trazer mais uma xícara para a mesa . En- moça, a cena
quanto chega o café, a conversa vai surgindo. cebia do ridí
q~sitas que
- Quando vou vestir a camisinha verde da política?
sun, se sentia
64
J'ranaflao Neto era o chefe local da fttinta Ação Inte,
gralilta Biuf1eira, compreendia a boa vontade de Januarlnbo
em ser ,eu companheiro polittco por quatão de amtzade .._
bia, ent.tante, que ele não tinha condição mental de Nr int..
gralista. lilr:.&el Alencar, o secretário, também 18 opunha.
tJJ da chegada da senhorit.azfnha prc-fealoraztnba.
e tinha por hábito exagerar as palavras em au,.
diminutivo, à sua maneira. Depois do café •
b&mercial do amigo. José Lettinho ao ver J•
n as mãos e procurava os companheiros para
MIOJ8ma de brincadeira com ele. Não podia cba.
loja do tio Fernando Bezerra que podia re-
er maneira, era patrão. O coletor estadual
Lins, escondido lluma esquina, gritai
.....!
bellto_ acabava a alegria de Janua.rinho que
r, com palavrões. Tinha aversão a eaa
-:ao.o colhia nas pregações religiosas e Jia8
-.:,eu,o de Araújo, era seu nome, nasceu em
1953. De estatura mediana e pele morena,
do normal. Não tinha profissão, apenas
0

!Ptllliu~ nos afazeres agropastoris, na fazen-

o.ra bonachão, ora agressivo, chegando


~ quando se sentia ofendido. Sentia-se
por isso a ser atraído pelas moças. A ra-
'.Aseu delírio para diversão. Jnntavam.se
Pedro Coêlho (Neno), Adelmir Coêlho,
ógenes Granja e outros, faziam boa re-
--,IDrl··ta que tinha simpatia por ele. Um
o papel da moça a ~ de que J~ua..
ideelaração de am0r. Criavam um di~
e empolga..a, sorrindo também, 8l.-enan-
enquanto O eoço pendia pera frente e
desordenados. Sebastião Marinho
....._ ..........,,. e sócio de J'nncdsce Neto, às \'eees
Mwa porque ar lmncadeln atrapalhava o
Levavam J,auârio a )l?eseRJª de uma
_.. . e a briaeaiielra 1olwa. Nao se aper-
..i.... ~4-''- a81J,i4o ~ palavras es-

wem frameaaa ou aaJesU:


""' I.IUIM'5V'
ie,
mesmo •
Julieta
espondido qwd ameu cUaatA aaa ·

aram Januário num tamburete a,JlÍ
Um dia coloc uma pregação r eligiosa . Seinpr:ª flr, suªs:teir
da Igreja para faze; pose de orador, mão esquerda noveªtir1 11~
de branco, tomoumão direita acenava: hr,Je,,
pO · de a
o<:er teS e ar~
da calça e com a 5
que não se confessam ... ~, ..ga.P·vad 0 p ir<
e>" lJ.Ol C que
- E~se~ hoAmenino vindo do açude de Nossa s-h ~ ele o Jllere·
alti Lausrmiro qu ' ~,. 'ira
ma
~ qlleJ'.ll por f~
exclama· beócio ! par - vez
do Cala a boca, · €

Da
-
Januarm . h o procura. Iocallzar
- a pessoa e reclazna .. pe d G
A , um cafaJ estazao. déPcia e
feJ - Voce e · ' sémpré ., pall' COlJ..'~
-"'ece1
tal - E teu presepeiro que so, inconvenitnte
GIi araJoao ro , 'do cruzeiro e grita: dr
se por tras
. despido,
ter amp _- Solt a a bicha do bolso, malan o pegador de J·ega! fieª-Vª
...;nga .
I'fa5

Cs caa~, 1.av,
Catrevagem! · uno e b · a eS d.lrigiª a
na e se.
A agressão chegava assn:1 ao mai:do a _nr.ica.cteira
slc . dradas e correrias, serv a sacnstra corno dênelª·
tur
co
eh
local de ~c~n
P_edro _Mo
d1versao fes. of,
or or
:a
foi desfeita s ~\ijo para alguns dos participantes, Padre
sua tranquilidade não se importav~ com a
çado a fugir de seus· hábitos delicados
·t Para da ~tura da e
~
. pressas
v ezE

s~ r eclamar,' afºrnal de contas' era preciso respe1 ar a casa de a leI ara o e


no dela. p b ' Jll n ,
Deus. _ . h •dA . d tani e
J nuarinho na verdade nao tm a resi encia certa, de- . o tillllent e d
mu d b1
morava-sea mai·s r:a fazenda , Piáu onde · morava
d b t família·
sua autores a
Andava também por Bodoco e G~amto o~ e era as ante co. raro aVIS ar q1
·
nhecido e motivo de diversão. V:1veu assii:n com? va~abundo, viagem para
mas possuía amigos, ajudava a cidade a viver, divertmdo seu ventou outr:
,e povo. Pará que o e
de sa. A -amiza
CC d) O POLíTICO ZÉ ADRIANO correspon dên
Ih J osé Benedi1
José Carneiro de Andrade, ou simplesmente Zé Adriano, do Recife, \
se nasceu em 1884 e faleceu ainda solteiro em 1943. Era uma fi. da brincadei
PI gura singular. Alto, moreno, cara fechada, falava pouco e des também
ur baixo, desconfiado demais, um tipo paranoico. Poucas pes- dou-se para
m
soas brincavam com ele, temendo agressão. Na festa do Natal
vi Algu1
d, de 1911, em desagravo a um irmão, matou o soldado da polí.
nl ~!ª. Antônio de Freitas . Foi preso e absolvido no primeiro tomou o nc
casamento :
m Jun. Por ser um doente mental merecia perdão era irres-
0
, ' '
P_ nsavel • Trabalhava como ferreiro e em afazeres agropasto- com a fortt
n1
R ns, na fazen~a :eiú a 6 quilômetros da cidade. Mantinha-~e amigo para
por conta propria, fazia questão de ser honesto nada queria mundo Co€
H dos outro~, se _alguém lhe dava um cigarro, retribuia com um tas Cristia1
tr outro . Vida sistemática, esquesita. lírio Políti
t,
66
deputado f
- a
Sua mania era a de ser de
governo. Solteirão, mantinha noi· pudtªd? federal e domi·
d lt 1 va o 1magi ' • nar o
elegan~es e e a a _c asse. Adérito de A . n~10 com mo as
um noivado p~ra Ze Adriano com uma qu~no Silva engEmd;ou
tan de Coqueiro . Preparou cartas carioca de nome Guria..
por quem merecia · conf 1ança.
" amorosas
· q ue eram lidas
- Por favor, responda esta carta
De vez em quando vinha à .d d·
pondência de Guriatan e a brincad~~ ª e e1!1 busca de corres-
ira era mcentivada.
Conhecedor da região saía d
ficava despido, conduzia a r~upa e :/ª~ª• penetr_ava na mata,
caatinga. Nas proximidades da cidad: os st n~ mao ~través da
a estrada, lavava os pés no açude da N' :ye ia-se, vinha para
e se dirigia à pessoa encarregada d açao,bcalçava os sapatos
dência. e rece er sua correspon-

, ÀS vezes, a carta não ~stava pronta e era providencia-


da a_sturpresJas em nome ?ª noiva imaginária. Deleitava-se com
a lei a a carta. Pedia pa.ra_ re5ponder insistindo na vinda
dela par~ o cas~E;nto . Antonio Adriano, seu irmão, residin-
do t ambem no Tem onde era vaqueiro, procurava convencê-lo
inutilmente d: que ~quilo era irreal, nãc se zangava com os
autores da brmcadeira. Guriatan findou cansando e resolve.
raro avisar que ela havia morrido num acidente de trânsito na
viagem para o casamento . Tempos depois, Francisco Neto in-
ventou outra noiva, uma paulista de nome Matildes Grão-
Pará que o conhecia através do noticiário político da impren-
sa. A amizade pela moça foi semelhante à de Guriatnn e a
correspondência fictícia era frequente. Apareceu em Ouricuri
José Benedito, um viajante que vend_i-a tecido de uma firma
do R ecife, vindo constantemente aqui. Integrou.se ao gru120
da brincadeira com Zé Adriano . Mas, o romance, com Matll-
des também cansou e o José Benedito, grande animador. mu-
dou-se para outra área de trabalho,
Alguém inventou que ele havia praticado um~ traição,
d Zé Adriano apresentou-se a Matildes e o
t ornou o nome e . • , B d"to a viver bem
casamento foi realizado, p~ss~ndo Jose d en; i volta do falso
com -a fortuna da moça. Ze ficou agua{ a~doé~to Aquino Os-
?
amigo para uma des~orra · 8 ;t~dt: e~astor e os semi~aris-
mundo Coêlho, Mun1z Falcao,,. 0 r g aram a explorar o de-
tas Cristiano e Agamenon _Coelho, pass chamavam de senhor
lírio político de Zé Adriano ª quem
deputado federal.
67
m discursos e debat es na e ·
Treinav!l'm.no co Zé Adriano. Criavam n eleatnara llr
vocando entu~iasmo e:idente Getúlio Vargas a quer::rna op0o..
sição sistemática ao pr não dava atenção aos int acusa •
veementemente Pº1qu1a Prefeitura havia um rádi eresses ~a
(?uricW:i. ~uma sTa ~ma levava Zé Adriano para ,?. . .
que ere
ligado a ,noite,
1· a u do radio.
tJ•avés , • Ad'en·to A quino,
· . a~-a
......,, t deb
Por
com Getu 10, a •d t i , raa ~
estantes se passava pelo_ pres1 en e, . azen ao. acusações a de
mada Adriano, deputa.do mentiros?, preguiçoso_ e irrespon sávei° Zé
domlri diálogo se tornava áspero, ate com palavroes. . o
Da. F
fez o _ Você, Getúlio é um caga decreto.
tal e Iria mostrar seu prestígio depondo Getúlio c·o
Glnás revolução. Queria armas e muniçao.
·- V
estiram-no co
:rnulb.a
lermlr forme de um soldado e o delegado de então diver tia. :rn Uni_ QLla!
seca- o.
Carne bém, conseguiram um fuzil. No centro da Praça Com se tani.
na Ft
Francisco Pedro, deitavam Zé Adriano num banco a 0endador da do ver~
sldad
clulu
a arma para cima, era o treinamento para derrubar P ;1:tand0 e obro, qll
turmE
Quando a brincadeira perdia a graca um 0avioes ze!ll -1da!ltE
cono
inv~nta.da e a história continuava com Zé '.Âdri a t:tra era é esc~ .
a cidade a viver. ano ªJudando Jllorrerarn, _,
SS F
no q ta.Jll ao cba
· ho• cm
Jl)Oln
vlço cigarras cai
Func
para urn r e
grossos tror
de e grand 1
tiagem se
de mulhere
conf
lho~ cabeça com
a "árvore s
aco preces invo
pub zar os efeit,
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Visf canto, cria
do
nic
de verde 0
me catingueira 1
na, ção do crin
Re
gre se movi
Hli emudece e
lrE raspar d
tu, 68 1f Uc
a
as, se il e
~eda seca.
n¾ quando
frentes
CAPITULO 9
O DRAMA DAS SECAS
Quando se fala em sertão a 1.d, 1.
da seca. O ano do sertaneJ·0 tem' d ~ ª que surge é a da ,
- E .
em . 01s area
h per'IO..i.os, o do invern
e o d o verao.
d:
..J
ste se inicia
zembro, quando reinicia O inve/un ~ e se prolonga até
é escaldante, ao meio-dia as , no. urante o verão O sol
. • arvores dão •
morreram, _a caatinga despida, as folhas ª nnpressão' que
tam ao cbao ou levadas pelos ventos A _secam e se precipi-
moinho, contendo no seu cone folh~ qw _e acolá, um rede-
cigarras cantam sem cessar, não se e~c~n~raos de terra. As
f
para um repouso, a não ser em pequenas ~ na m~ta sombra
grossos troncos de árvores. Uma desolaç- bx~s, d~ixadas por
d_e e grand e ca1or seco . Quando as chuvas ao, a1xissnna unnda
não che -
tiagem se prolonga, portanto, é comum forma gam, ª es-
d u1h . - rem-se grupos
ebm eres em .P:ºc~ssao, ao ~eio dia, conduzindo pedras na
ca eça como penitencia e depositarem ao pé de um umb ·
,, , ad ,, d' d . uze1ro,
a arvore sagr a , no 1zer e Euchdes da Cunha ali f
·
preces m~ocan d o s-~o Sebast1ao,
·- ou outro santo, para ' azem
ameni-
zar os efeitos da estiagem, pedindo a volta das chuvas.
Quando chove a caatinga se transforma como por en-
canto, cria nova roupagem em poucos dias, a babugem pinta
de verde o solo, o jericó se arrepia, brotam o marmeleiro, a
catingueira, a baraúna, enfim, a rama surge para a alimenta-
ção do criatório. Os sapos coacham nas gretas . O homem, ale-
gre se movimenta em direção às roças para o plantio, a cigarra
emudece e a rã solta seu canto que o sertanejo ínterpreta como
raspar da cuia para tirada do leite, prenúncio de bom inverno.
Mas, se a chuva não vem, defronta-se com seu maior probl_ema1
o da seca. Luta heroicamente para conservar sua propn_eda..
de, quando a natureza domina sua fibra, às vezes engaJa-~e
nas frentes provisórias de trabalho abertas pelos poderes pu.

69
blicos, na qualidade de cas,s~cos, vez que não tem O hó.b
trabalho alugado ou operar10. Outras vezes emigra lto d
depois volte para continuar trabalhando no roçado. j :?nber~
lho, da fazenda Patos, diz o que vále para tempo
·umento e cacimba. Para tempo bom: cavalo de
ruU::ªt
sela
Cai
_Urr
J , s1108 0•
açude . e
j o gado para sobreviver é levado para as man
n mantêm pastagens, embora s_eca, te~do ainda pl~nta;~ <lue
g eiras, palma , mandacaru, ch1que-ch1que, macamb1ra al 0 I'ta.
' g0c1-
e juazeiro. Os cactos sao cortados, levad os ao fogo para
-
uao
ma dos espinhos e depois . espalhados• pelo campo ~
, ainctei.
quentes. o gado devora. O Juazeiro permanece verde e a
T galhos são cortados a machado ou foice. Ao ouvir a pan seUs
., do corte do juazeiro ou sentir a fumaça das f~gueiras quei;ada
1 do chique.chique ou mandacaru, o gado. fa~to se desloca ªt
a Pressas em busca da ração . A macamb1ra e uma batata
li após arrancada do solo, sapecad a e, expost a ao gad o. que
r, Os pequenos açudes secam e a água passa a ser ad .
, rida em cacimbas . Quando não é possível o recurso de cadui.
bas, 0 único meio é conduzir o gado para os açudes como Qrn_-
xadá, Patos, Abrobeira, Quixaba, da Nação e Baixio, onde ~:-
tiga a sede, em dias alternados. •
A caminhada é um cortejo triste. Uma exposição d
miséria, oriunda da fome. Por onde passa, levanta nuvem d:
poeira. De vez em quando, uma rês tomba ou cai, o tangerino
ajuda a levantar-se segurando.lhe pela cauda. Da fome surge
uma doença chamada murrinha. A rês além de magra, se torna
apática, pelos eriçados, com mau cheiro, costelas visíveis e a
barriga dá a impressão que desaperece. Exige muito cuidado
na alimentação para evitar a morte. Há o caso em que a rês
)1 1
n
de tão fraca, u cai", isto é, perde a força de se levantar, então
será mantida em pé durante vários dias, apoiada em fortes
o cilhas e abrigadas em latadas. A alimentação é reforçada e
b posta ao seu alcance até se recuperar e poder caminhar.
li
n
O trabalho é intenso e o prejuízo, tanto maior quanto
it mais se prolonga a estiagem. Muitos fazendeiros ficam redu•
zidos a pouca coisa do seu criatório, entretanto, não desani-
:;I mam, aguardam o inverno, esquecem a seca, aumentam seu
81 rebanho para sofrerem nova redução com outra seca. O eterno
1n começo de vida, como bem se expressa o sertanejo.
3\ Além da seca, as epizootias, principalmente a febrt
aftosa, atacam constantemente os rebanhos. A criação de bode
is que tanto auxilia, sofre diminuição mais sensível.
ai
n 70
n
O trabalho particular não é sufici t
problema da seca. Há necessidade de O :n e pa~a res?lver o
intensamente com ajuda às atividades aggrovpearnto 1_nterv1r m:is
" , t d. -
E uma area que em con 1çoes de boa reserva d
s ons no sertão
d ·
dutos agnco ' 1as, f a lta a d ap t ar-se a condições te'cn·
e ga o e, pro-
ri
· d ·- N- , 1cas prop as
a esse tlp_o e regiao · ao e possível se deixar a terra ao aba11-
dono e :1ªº vale a pena ser fazendeiro ou agricultor, aqui. Há
quem diga que, s~ trata de. uma gente indolente. A afirmação
não merece credito. A disposição do sertanejo a:o trabalho
ninguém supera. Se não é rico, a culpa não lhe cabe a natu~
reza é que não lhe ajuda. Apesar dessas vicissít~des não
vive na faixa da chamada fome crônica como o home~ de
terra rica do litoral ou agreste do nordeste brasileiro. A fome
do sertanejo é periódica, apenas se torna aguda por ocasião
das secas. Para Euclides da Cunha, o "sertanejo é antes de
tudo um forte", certo, apesar de ter sido um desassistido dos
poderes públicos. Ainda não foi posta em ce~a, sua capaci-
dade de trabalho, em fórmula capaz de transfo:11:ar. esse po-
tencial humano em produtividade para sobrevivenc1a dessa
região e gerar, também, riqueza para o Estado.

71
C A P 1 T O' L O 10
O MATUTO
Matuto é a _5lesi?11açã~ que recebe em Ouricun, o ho
m...em ~o :am~~- Nao ha sentido depreciativo . o termo campo
nes
- fís' nao e utilizado.
A O matuto em geral possw· b
, oa comp1e1-
·-
ça? . ica • musculatura se desenvolve com regularidade,
prmcip~lmente a dos membros superiores e torax, em face ao
exerc1cio a que se adapta desde criança no manuseio da en-
xada e mach ado, o que lhe confere bastante força. Pele bron-
zeada r esultant e do efeito intensivo dos raios solar es em vir-
tude da p ermanência no campo. Dentes pouco conservados .
Pés grossos e revestidos de um espessamento na região plan-
tar, em virtude do contato com o solo quente. É capaz de an_
dar descalço no campo sem se ferir. Mãos calosas. Vesti-
menta composta de calça e camisa, preferencialmente de fa-
zenda grossa, mescla e cáqui . Atualmente passou a usar con-
fecções variadas importadas de São Paulo, Recife, Caruaru ou
Juazeiro do Norte. Camisa por fora da calça, mangas compri-
das, as de ma ior aceitação. Usa chapéu de palha ou couro para
se proteger do sol intenso. Durante o trabalho de campo re-
tira a camisa, arregaça a calça e assim se expõe ao sol ou a
chuva. F uma cigarro preparado na hora. Traz consigo um
rolo de fumo, papel e uma peixeira que lhe ajuda f azer o ª,
cigarro. Ca belos despentead~s e ampar~os por chapeu. ~ -
ça-se com alpercatas de rabicho ou chinelos de couro, fabri-
cados em casa e chamadas de currulepos . Possui sapatos para
uso apenas nos dias de festa A sandália japonesa está ~endo
bastante usada na região, é semelhante ao curr ulepo, variando
apenas o material de fabricação. . .
A partir dos 8 anos de idade, ajuda o pai nos servi~os
agron,,::i c-+oris Corta lenha monta cavalo, vigia as plantaçoes
contra l-'a,,;).., • •
passarinhos, monta'
em cavalos e lida com· vacas e
cabras.
73
o matuto possui em geral pequena Prupr·1,,J. ,J
,,
dida. em tarefas. A taref a correspon d e a 25 brac~ , •, ", 1•
cerca de 3025 metros quadrados. A braça é con~('TJ/ ~:irfr
1
tamanho de um homem com um braço erguido . Nam ria
d ade , adquirida por herança ou compra, faz as ro Prr1,r
. t . d b
rão prepara a broca, 1s o e a erru ada da mata · H;
ças J

Cer~a com madeira retirada do próprio. local ou ' circu 9uerri-. e


nhança, Aguarda a chuva, para o plantio de feijão de n~
milho, mamona, algodão e mandioca. Trabalha só ou crJr
do pela família. Também se associa . aos vizinhos
. ª~;..
n o pri:,,,._
ou limpeza da roça, ch amand~ a isso, de adJunto. Neste-~
0 dia de trabalho do matuto e pago com outro e não ~.
nheiro. No adjunto o d_ono da proprie_~~de se en~arregac: d..
mentação, carne de boi ou bode, fe1Jao, toucinho, ~
ovos rapadura e café . A comida é preparada em local .
xim~ do trabalho . Há interesse na conclusão do serviço P;.o.
iniciar um outro. Após o almoço descans_a um pouco com 6;;.
cadeiras mútuas. Volta ao trabalho, agiganta-se no manUSei.i
do machado, foice ou enxada do nascer ao por do sol. Infeliz.
mente, as estiagens constantes o atrapalham, forçando esperar
por outro mverno para reorganizar sua propriedade, compen.
sar-se do prejuízo para ~e env~lver, dep01s em nova estiagem.
Um eterno começo de vida. Nao ha agrupamento residencial
As casas são isoladas em cada propriedade. Têm constru~
simples, de alvenaria ou taipa, cobertas de telha, piso de tijolo
ou solo batido. O casal dorme em cama, o restante da família
em rede. Os móveis se compõem de cadeiras, espreguiçadeiras,
tamboretes, bancos, mesa e petisqueira. As roupas são guarda-
das em malas. Numa das dependências da casa há sempre um
oratório com imagem de Cristo, de São Sebastião, o padroeiro, e
outros santos, às vezes, retratos do padre Cícero e frei Damião.
Há muita crença nos dois últimos, sendo comum romaria a
Juazeiro do Norte para visita ao túmulo do padre Cícero.
Dorme cedo e às 5 horas já está de pé . Pode-se afirmar que
o camponês se alimenta bem em certa época do ano. Dispon-
do de uma propriedade, além do produto do plantio, cria sem·
pre algumas vacas e cabras. Possui tam bém galinhas e por·
co~ · Pelo }nverno tendo leite, prepara coalhada e queijos para
ahmentaçao e venda. Prepara manteiga e acondiciona em F
raf~s. n· - de elementos para uma alimentação com .. t~r
, I~poe
sahs~ator~o de proteínas, lipídios e glicídios. Há deficiencia
de vtt~mas pois as verduras e frutas são mais frequentes
.. - tern-
nos penodos de 1·n verno . T em como refeição diária fe11ao

74
perado com .toucinho,
. farinha , carne e
tar. No d·esJeJum usa cuscuz , ue1. . 0 vos · para altnnro - -. e ~,aiv
ou com leite. Pratos predileto q Jo, jenmum e café slmpl
·1 1 d s, coalhada . . es
ban, pane a a., umbuzada , maxixe . e , que1Jo
1· • fresco, chatn-
posta na mesa em vasilhas de b p qu1 . A coalhada •
mília. Adoçada com rapadur ar~.1st e distribuída entre a ~
pouco de nata. . A coalhada eª· xcedenteura · com t farinha e um
pendurada deixa escorrer O soro . . e pos a em saco, que
de coalho ou branco, sendo a· co:
rida para o preparo do queijo D' ~r~gmando a coalhada escor-
u~ite_ de cabr~ prepara queijo
de um coalho, isto é, um peda ; d!çao ~1:te_crpada com o uso
posto em contato com O leite. ç pentomo de bode que é
. O queijo de manteiga já é preparado em forma de -
deira ou •. prato.
f No fundo da vasilha u t·1· 1 1zada na fabncaçao . m.'.1
d o que1JO, orma-se uma crosta que raspada e. mis . t urada com
f arinha, •rapad ura e soro ' forma a farofa de queiJo · · que serve de
almoço Juntament~ com o queijo fresco.
O chamb8:r1l ou mão de vaca é feito da perna do boi
ou corredor,
.J cozmhado
• _ A durante 12 horas. Do caldo quent e e·
prepara-uo o pira o. carne é separada e do osso retirado o
tutan~. Na hora. d~ refeição, esses elementos são misturados.
Esta e uma refe1çao apenas para o almoço nos dias de des-
canço, usando um pouco de bebida alcoólica. A panelada é
preparada com vísceras, sangue e cabeça de bode. Das vísce-
ras, faz sacola enchendo com arroz, sangue, fragmento de vís-
ceras e condimentos, costuradas com linha, cozinhada também
durante 12 horas em fogo brando, servindo para almoço, sen-
do precedido de um gole de aguardante. Umbuzada, feita com
umbú verde cozinhado e transformada em pasta à qual são adi-
cionados leite, rapadura ou açúcar. Pode ser misturada com
farinha. A umbuzada, de sabor esquisito, como disse Euclides
da Cunha, é prato por demais utilizado pelo sertanejo.
O piquí é fruto da serra do Araripe. Assemelha-se a
um abacate pequeno. Revestido por un:a cas~a espessa, c~ntém
no interior desta uma amêndoa de cheiro ativo. Essa amendoa
é cozinhada corr: os alimentos, servindo d_e condimento, ~uito
apreciado. É comum misturá-lo com maxixe, creme de leite e
carne, dando um prato saboroso, completan~o com farofa.
Nas viagens, conduz alforges com fr1~?, passoca ou fa-
rinha pura, queijo, rapadura e uma ca?aça d agua; . h ·t
Um fato de realce no matuto e o seu esp1nto osp1 a-
. . ·d qualquer pessoa para sua
le1ro · S em· constrangimento dconvi lh ª ara comer uma rede
mesa · Oferece e· que t em e me1 or ra P Ninguem • ' pass a em
para o repouso E: produtos de sua avou ·
75
t Para um dedo de prosa sem que lhe seJ·a
sua por a C h ·t l ºd d , 1tazido
menos um afezinho. A osp1 a I a e e uma constant )'_'-
e e "..-,
h 'b'tos. Faz favor sem pensar em qua1quer recornp__tn "'-
a 1 0 t- ,
homem do campo no ser ao e ~ntes de tudo ·
-•-aa
. t'do
sasslS l · Tem fé _em, Deus, no h padroeiro
· e a:rna l1a Uni~
t)J.J....
A a ·or preocupaçao e ver a c uva cair e a lavoura 8 64e.,. _
afio m 1 , • dº t f Cte.,..._
mad
Ainda não sabe o 9ue e sm 1ca o nem re onn~ ~grária~ ·
terra retira a madeira, prepara a ~asa : a subsistencia. l> O.
dom
Da.
· erno a Deus e suporta com resignaçao as secas. 1. ede
48 v~
e.
faz , ém forçado
v a emigrar, tang1ºd o pel as necess1ºd a d es econônu -,
tal 1 Nessa ocasião, vende por baixo preço ~ que possui. Se ~ -
emb ora ao saber notícias de chuvas, as vezes, volta ai
Glnt
terrr novamente ' sofrer na terra querr'da. N a d a se tern ' f"etn .
Carr de obJºetivo para fixá-lo. Homem de trabalho, maneja a eito
na I xada O dia inteiro e a' no1·te nao - d ~mons t ra cansaço. 11: unia en. A,NGEL P
sida pessoa que precisa ser ajudada. Infehzme1;t~ ainda não chegou
clul essa ajuda. Sofre_ nas secas e q~ando h~ , 11:1verno, a colheita art
tum é vendida por baixo preço aos mtermed1arios. Parece que parteira, P -
con propositadamente, os preços caem para seus produtos e ma: - designaço1
ss tuto não tem onde estocá-los a espera de melhor valor. O Co. tente, saofíciO d e pal
no merciante intermediário arranca-lhe o suor da cara na rnais eam 8:° ~eiras" pelo
cínica ausência de escrúpulos e o matuto continua pobre, es- •cachlID arto
. tência ao p
vlçi perando outro inverno para lavrar a terra, preparar, plantar, as,sIS . te do cote
Fur limpar mais de uma vez com enxada, colher, separar, ensacar c1catnzan \;
, ervas no
(Fu e finalmente vender o feijão m acassa, milho, mamona, fari. ceoola e f it:
da
nha, jerimum, melancia e outros produtos de sua lavoura . de parto e uma .
vld
Sempre guarda um pouco desses produtos para alimentação dos membros infer11
ter no período de entre-safra.
do Na verdade,
coragem de assistir
praticam atos crir
suem curso, qualq,
Essas a que me refj
un nou conhecimento
mi Saúd~ Pública (FS]
Vii
de
llltenor do país, nã
ni ~ade brasileira p
1~ d . 1
m giêa _e de substituí
n1 nicas de . "
R Zad0 ass1ste1
Para t
Prestain O ra t-ar
1-1 serviços ~rn.a c:on.t1
t1
f1 76 trabath e_saúde
8 llitária ;e htnitana.1
substit-uída:~senvo
CAPI TU LO 11

PARTEIRAS
ANGELJNA - ANA - MAE PRETA
Parteira, parteira-prática cu .
tente, são designações que recebem riosa,~omadre ou assis-
cam ao ofício de parte· ar H, as m · eres que se dedi-
" cachimbeiras" pelo
.st" .
f1t 0
·d ~ quem use O te~o desairoso de
e erem pouca noçao de higiene e
~s1tr:ne1at aodparto e algu~as usarem sarro de cachimbo como
c1ca izan e o coto umbilical. Outras usavam unguento de
cebola e ervas no . ventre da mulher para facilitar O trabalho
de parto e ~a f1~a vermelha na perna para evitar doenças
dos membros inferiores.
Na verd':d~, são pessoas que tiveram ou têm a devida
cora~em de ass1sti.r ~onestamente a" uma parturiente. As que
praticam atos crrmmosos_. como fazedeiras de anjo", pos-
suem curso, qualquer treinamento de formação profissional.
Essas a que me refiro, são as honestas, ninguém lhe proporcio-
nou conhecimento algum. Somente a Fundação Serviços de
Saúde Pública (FSESP), na sua luta de fazer saúde pública no
interior do país, não as condenou. Adnútiu-as dentro da reali-
dade brasileira . Procurou atraí-las, ajudando-as na impossibi-
lidade de substituí-las, ministrando alguns conhecimentos hi-
giênicos de assistência ao parto e fornecendo material esterili-
zado para o tratamento do cordão umbilical. Realmente, elas
prestam uma contribuição relevante na comunidade. ~a~e aos
serviços de saúde, protegê-las, dar-lhes melhores cond1çoes de
trabalho, limitando suas atribuições enquanto a estrutura sa-
nitária se desenvolva no interior e, naturalmente, possam ser
substituídas.
77
Ouricuri dispondo no período atual do li,
.. 1 l<'crnomlo Bezerra, installldo cm 1950 atu, 112t:i141 r.
)1lu
íi·eç·üo do médico
. B ald om1ro
. A quincJ
' '
e da Cus, a, rri, r14: ~ ~lrl.
..
l XIll de propn· e da d e tl o D r .
X Borg1.mcs
' ª '-{(:
1
de Lu 0 c.t~Jl, r. .,,e
' .
bo ns recursos tccmcos de sau, de. T evc no seu p·OéJ • disr,,_J,
.
tem suas curiosas. Den t re e las, tres
• se destacar•<IS:;~ í.J e... ~
Ana, Torquato e Ange1ma . T orquato . arn • !",
' 1 tte h
Mãe Preta trabalhou entre 1915 a 1930 tal '\
nor relevo . , vez a dt ,
An a também conhecida por Aninha decti·
. , ' ~u
atividade de parteira, no seculo passado. Fez Part •se a
as senhoras da localidad_e _durante muitos anos e se~ ~e ~
ração . Morreu octogenaria. Quando ?e sentiu cansa:Ullt.
peso dos anos, chamou sua nora Angehna e lhe instruju l>tl(,
trabalho.
Angelina era _d_o tada de bom temperamento, co _
angelical, não teve dificuldade em se adaptar ao ofício. ~
Ao raiar do secu~o, em 1902, Angelina Torquat .
ciava sua missão. CoraJosa, de bom senso, tinha habi~ lllJ.
no trato com suas clientes. Tornou-se conhecida por M· ade
lina O que valia como uma consagração na opinião p·~u Gi..
Cuidava da mulher durante o parto, puerpério e tambue· ca.
criança . Quando surgia· comp1·icaça~,.- a 1guz_.na doença, faltan..rn da
do médico, consult~va ~ coronel An~s10 Coelho, sobre caso
O
Havia sempre medicaçao de purgativos! ~avagens, Catugeno~
Elixir Cabeça de Negro ou outro~ remedios da medicina po
pular. A Água Inglesa er~ presenta desde o primeiro dia d~
e parto. Fazia muita questao no resguardo, a mulher sentava-
e se no quarto dia e se lev~ntava_ n_o sétimo quando iniciava
1 banho de meio corpo, com agua tep1da: De 15 a 30 dias, a puér-0
pera já banhava o corpo completo, ainda com água morna ~
daí em diante, estaria liberada à vida normal. A alimentaçã~
era orientada. De início, galinha bem cozida, em canja, arroz,
leite e café. Depois variava com carne de boi ou bode. De fru.
r tas, apenas permitia o uso de banana. Visitava diariamente
\ sua cliente, tomava um pouco da bebida, o cachimbo, e expe.
e rimentava os alimentos. Em geral os maridos reservavam um
r chiqueiro de galinhas para o resguardo da esposa.
Quando a criança não dormia bem, aconselhava um&
sangria de vinho, composta de vinho, ágna e açúcar. O coto
umbilical examinava sempre e colocava azeite doce para e\l'i.
tar o tétano neo. natal, o mal do 7º. dia, raro no sertão em vir-
tude das condições climáticas desfavoráveis à sobrevivência
do bacilo. Fazia recomendações contra o "mau olhado" ou Mes·
78
pinhela oúSa • e quando lhe surgia suspeita, COtlleguia um
raIIlº de muçambt ~ ou~ planta e rezava sobre a criança
oava ff D8I& crendice, mcrementa.ndo
-_-___;1i'IUl!l'llo .. _ •benzed . ,, esse hábito na r egiao
--·
e apa,a-~... U.:S • eiras , compensação religi01a da&
1alta d• uaittaD.cla médica.
O. ~ corriam e Mãe Gilina se tomava cada vez
roaia credercJada, tratava a todos por compadre comadre e
meu afj)h-do~ aos meninos . que " pegava", abençoava.os
' com
afeto. ~ Ulim as ~ a s crescerem sob sua ajuda. Se al.
guém quws-: lhe gratificar pelo trabalho executado, recebia,
entr~ aao eetlp~va. preço. Casou-se com Quirino Tor-
quato e.,.. filboB. Deixava o lar enfrentando o sol e a chuva,
cunipriadi& IUA _uussão de_ parteira. Sabia que essa profissão
não lhe - - - nqueza. N ao era essa sua preocupação. Queria
soinadre ,,,,,_ o bem, ajudar aos outros porque no seu espí-
rito, aiP ......va a semente do mal. Marcaria sua exis-
tência ...., i • x útil, envelheceu e teve de se afastar do
trab•J)ne oi: ~ v a pobre, mas, tinha feito amigos. Pro-

=
~ - - 1uer que fosse e pedia dinheiro, não como men.
d i g a , - ~ favores, era o tributo que a sociedade lhe
f a z i a ~ ~ recusava. Muniz Falcão, ex-governador
de 11rum aob seus cuidados, Num de seus passeios
a O: ~ governador, recebeu a visita de Mãe Gili-
na. .Aa--llle a ~ção e abraçar a velhinha, foi surpreen-
dido --.Jlflf. ped'do amgelo.
_..., afQbado, quero um favor seu.
IPY11?.IC1P
D ..,era que fale. ,. .
que você coloque na policia, meu neto Abího.
li encontra satisfeito na policia. de Alagoas, con-
Noé~-• Ia•r dinheiro com sobra para. a. viagem de Abílio

!f...,.,.,
forme,_._.,. •
podia lhe negar algo e ela viveu · tran-
assim,
uila . . . _ . compadres e afilhados, residindo em sua casa
~umiltk __,.. do respeito de que era merecedora.
llklaJDOrie eom mais de 90 ano&, eni 1~58,.trouxe ~
t - - ~ _ , da eid,ade. Foi levada ao cemiténo por mwt&
ÇA~ a;--- d terra a essa ilustre con-
gente, • kolnen:aaem do povo e sua
terdnea.
CAP t TU LO 12
VAQUEIROS

parece haver duas personalidades no vaqueiro de Ourl-


ri o hOmem dócil que alisa car inhosamente o cavalo ou
~uv;ca e o rústico na brutal carreira qua ndo da pega do boi
oravio. Ocupa o tempo_ com os afazeres do campo. As fazen.
das constam de uma fa ixa ?e terra cerc~d~, onde são planta.
das capim, palma e construido açude. Ha areas r eservadas ao
plantio de algodão, mamona e cereai~, milho e feijão que após
11 colheita, servem de forragem . Assim, a propriedade fica di-
d dida em cercados, os maiores recebem o nome de manga.
Num desses cercados é localizada a casa do vaqueiro, com os
currais ao lado . P or fora da propriedade ainda há campo livre
onde se faz solta do gado . Na época invernosa as vacas pari-
das são trazidas para o curral onde pernoitam e pela manhã,
após a ordenha. voltam ao campo livre, deixando preso o be-
zerro que é conduzido a outro local onde possa pastar. A
tarde, com a volta das vacas, o bezerro mama e em seguida
seoara<lo da mãe, para a tirada do leite do dia sej?uint~.
Ao campear, o vaqueir o usa a vestimenta de cour o, cha.
péu, pe.itilho e gibão. Este se compõe de túnica e calça, tendo
na parte inferior desta, um protetor dos pés e um par dA es.
poras . As mãos são protegidas por luva, também de couro .
Usa chinelos, evitando a possibilidade de ficar preso ao estri-
bo. Quando caminha, ouve-se o tinir de rosetas das esporas .
A sela possui um forro que se abre da frente para t rás e para
cim;, . Presos a ela estão um pequeno machado, relhos, cho-
r.Alhos, caretas (máscaras) , e alforges com mantimentos. O
rabeçote da sela prende uma corda de couro cuj a laçada vai
ter ao cabresto. O cavalo e o cachorr o são adestrados às ativi-
dattes do campo.

81

>
. bate a cnatingn ~ara v áriag ÍÍOf!Ji<J
n v;iqueiro
d observar
as vacas am o;adaR, pegar vaca ar1':a,
rever o ga o, Em r ebanho o ga d o per manecc nrJ tr,a,11ar a
.
nu boi par..
- vend a . • provoca a f ormaçao - d o grup,, (J r,r,,,
0 d uma rcs, , 'd .,.._
chocalho e campos, esta de ouvi o atent,, i, •
rcorrer os . , -,f,e
queiro ao pe da chocalho quais as reses que a,, t v •
a
atraves · do som de caf' as e vai· em f ren te passando prJr "'"
idenü ,ca- . <1--
se encon tram, . e lambedores . Na volta 1nforrna 1
d t es capoeira 5 - " d " So.
D "'n-oas,O serro . , e as vacas que estao engrossan . l o para qUe
f bre que viu .
d 1·das seJam tomadas. A• cor,· ·sma d e certos lnr1t 1·•
algumas me ' a elidos a cada res, c1nga ª: pon ta grc,sSa
"(l vos ajudam a dar P buca espantada, preguiçosa, etc. }:~
11 estrelinha, careta, cu~hote 'a ser castrado. A castracão POQ
Pera na bebida O nov, a' quina ou de volta. Est e é Úm pr:
e f macete m t ·
n ser de aca,exige expenen ' .• eia do executan d et em praticart· urna
s cesso
. • dque nobras com os testículos · o · ouro a e· o rompi- 1
e sene e ma _ ático. No cabrito e comum 1mp antar
1, mento do cordao ~sper~o 0
escrotal, deslizando-os por baixo da
e os testículos fora_
A máqumas ap sa ropriadas à castração existem
'd apenas
pele. s d A procura da vaca pari a, requer pa.
nas ~randes fazentaas. encontra em campo livre. O vaqueiro
· · ,a quando es se · l d · M t ·
c1enct · , na memoria , . o período provave a ena. • · on a v1gi-
n:_ian_ em
Jancia e quan d o a va~a abandona o rebanho, vai panr e escon.
der o filhote .

Em geral está enchucalhad_a . ~o inverno_ u rge encon_


trá-la com brevidade para que a bicheira d~ umbigo_ e da boca
não prejudique o bezerro apesar d a prot~ç_ao da m ae. em des.
truir os ovos de varejeiras no coto umbilical ou retirar com
a língua as la rvas das lesões formadas . O bezerro ou mijola
permanece alguns dias escondido n a "cama" enquanto a mãe
vai pas tar, à distância e ao ser vista pelo vaqueiro foge para
mais longe num despistamento. Um cachorro bem adestrado
é capaz de, pelo faro, seguir p elo rastro da vaca e encontrar
o filhote colocando-se na frente deste imped indo a fuga e dan-
do avisos com latidos. Não o molesta, embora, às v ezes, tem
que morder no focinho para mantê-lo no local agu ardando a
vinda do vaqueiro. A vaca se aproxima e é levada pa ra o
curral.. Na falta de um bom cachorro ' h á n ec essidade d e uma
carreira no mato até dominar a vaca e amarrar a um tronco
riur~~te 6 a 12 horas para em seguida colocá-la em liberdade,
guida à em
ocas,ao q ue procura o filhote para amamentá-lo ' sendo se-
distância.

82
É uma l uta titânica n p~ga do boi que corre na mata
ndo pelo cavalo e o vaqueiro que aqui e acolf.t sc.,lta u
55
11C? p·lra afugentá-lo . Ouve-se o estalar da mata 'ruido p m
. 1 ~
11r 1to '
,., do pelo impac t,o v10 ento dos tres '
brutos vaqutno ,rc,.
..
voca • d . ' , ~
volo e boi. O va9ue1lr o ste t erre1a, q~ase colando sua cab(:Ça
escoço do amma , a en o aos perigos que podem surgir .
~~Jco vê na frente, face ao cerrado da caatinga e com movL
rnentos rápidos de um lado para o outro _da sela ficando apoia-
do pela co~_a ao passar por um galho _baixo. O cavalo O ajuda
nesta ocasiao, curvando-se. Ao aproximar-se do boi, aproveita
brecha deixada por este na mata, segura-lhe a cauda e fi&
:iga. o. Numa clareira qu_a lquer, d~-lhe um tombo e mais ou-
u·os, até cansa: e derruba-lo, ocas1ao em que salta do cavalo,
procura am arra.lo a um tronco, coloca um cambão, chocalho
e careta e o co~duz para_ onde quer .. P ela estrada vem orgu-
lhosamente abo1ando, muitas vezes, amda sangrando das faces
e das mãos, mas estampando na sua fisionomia, o prazer da
vitória .
Trata das lesões provocadas pela febre aftosa e bicheira,
,. 0 rn creolina. Outros m ales são tratados com medicamentos
inventados por curiosos. Aplica soro anti-ofídico, nos casos es-
pecíficos . Folh~s murchas de manissoba pr~v?cam intensa
distensão abdominal por gases, sendo necessario perfurar a
ilharga para evitar a morte da rês. A pele é repuxada de
forma que quando livre n ão coincidem os orifícios externo e
interno deixados pela faca e por onde escaparam os gases .
Outro ofício do vaqueiro é o de amansar cavalos.
Equilibra-se bem na sela ante os saltos do animal, até ser do-
rninado e conduzido a qualquer parte.
A coragem desses homens, chega ao ponto de pegai
!Joi na mata, à noite, inclusive, sem lua. Evidentemente, nem
todos são capazes dessa façanha . A n ossa região registra alguns
deles que não respeitavam hora para a derrubada do boi, como
Marçal Araújo, Antônio de Sá, J oaquim Caboclo e Emídio J a_
nuário.
Marçal Batista de Araújo, nasceu no município de Par-
namirim, na área do riacho da Brígida . Ainda menino, mu-
dou-se para Ouricuri. Casou-se duas vezes. Seus filhos dedi-
caram-se à vaqueirice e dentre eles, dois se tornaram famo-
,;os, Dé e Isídio . Conforme informação, Isídio morreu reben-
tado em face das violentas carreiras na mata. Marçal, além
de vaqueiro, serviu de guarda-costas. Homem de muita cora-
gem, cabra macho em qualquer condição, chefiava grupo ar-

83
anUa do p atrão . Para ele n ão hh
mado para gar ~ tenha chegado ao ponto Ul! tnvid. •
difícil, embora na0 , enes Granj a e para O • !it,ir ~I ,
' l' rabalhou p~ra Herma ~!zenda Quixadá . Depoisc,dirc,ri, l ;.'""
e?e.lhO Rodrigues
r·1ssãon de pedreiro, falecendo aas(! ,,V' 1,,-,,,r 11
d1cou-se a pro v~ :..r1, •
11
idade · • . de Sá era alto, magro, de cor branc ~
Antonio ' 1 95 ·a ..
Ouricuri e faleceu em 7 . Deixou 'ªu.
em ,1~84 e;nas mulheres. Em 1918, correndo no cam :urr1~r,
ía~mh~d, aptado fraturou uma clavícu la e perdeu u~ alhr,,., ·~
foi aci en ' lh' T rabalh ou d" ü ,,
ando totalmente na ve ice . . em iversas f· (t,
g . do suas atividades de vaqueiro na fazenda ~-
das cone1um d b d J , T tJ"cj"
Maria de propriedade do esJ~ adrgas ~r t oseb, omaz dE: ,~~
. ' Correia Seu irmão, oao e a, aro em vaquc,:1. t
d eiros · f - d t , · " rv
já falecido, exerceu essa ~ro ~s~o ~ra~ -~ var1~s anos na ta'
zenda do tabelião Baldom:ro te rto toª lo va, nao_ tinha cera:
. a Antônio de S a en re an , p ucos o 1mitavarn
gem 1gua1 · ' · d no
aboio, um tanto dol_e~te, alto e mus11c8a94o. . d h . .
Emídio Januario, nasceu em , '. am a OJ e vive na
fazenda Algodões cuidando de seu pr?p~10 rebanho. Tambétn
perdeu um olho na caatinga. Era ex1m10 amansador de po
dros . .
Joaquim Caboclo era out ro vaqueiro de fa~a . Morreu
aos 65 anos de idad_e. Tra~alhou na_ fazenda Bo~-V1sta de pro,
priedade de Sebastião Coelho Rodrigues e depois de José To.
maz de Aquino.
Joaquim era líder da classe. Reunia seus colegas pre.
parando um judas do tamanho de um hom em e guardava na
sua casa. Na Quinta-feira Santa, à n oite, n a Rua da Baixa,
atualmente Praça Muniz Falcão, im provisava uma quinta,
com plantas variadas, representando o sítio do apóstolo trai.
dor. Pedia ao promotor Dr . Inácio Gonçalves Guimarães para
redigir um testamento de J udas, o que era feito em lingua.
gem hilariante, pilheriava pessoas da terra q ue recebiam por
herança, o dinheiro da venda de Cristo, o sítio, dentadura para
desdentados, olho de vidro para cegos e outras brincadeiras
que o autor imaginava sem entretanto trazerem ressentimen·
tos . Na manhã da Sexta-feira da Paixão, o povo afluia à qui~-
t3: onde se encontravam os caretas, vaqueiros vestidos de gt·
bao. portando máscaras para disfarce montavam bons cava-
los. muitos des~. retirados de roçado~ sem consentimento do
~ono, fato considerado sem importância. O testamento era
lido, em segui~a o judas pendurado num pau alto do qual era
ª
derrubado tiros, pelo público presente. Algumas pessoas tra•
84
ziam revólveres ou bacamarte
para um treino de pontaria. n !rr~~e aproveitavam a ocaallo
se lançavam a ele e estraçalhava ando O boneco, os caretas
Era uma brincadeira sã que de m-no em carreiras pel as rua,
mente com a morte de seu líd~~pareceu na cidade, possív el:
sítios. • entretanto perdura nos
Por falar em Semana Santa f .•
da quarta.feira em
- torno de res'd.' de se reúnem à noite
?lioes
i encias
o serra velho. E formada uma amancebados para
trumentos são reco-reco, lata vef~Ju~:tra estran~a _cujos in&-
vungo e outras. coisas. No silêncio 'da n01 m~tncos, v1olao,
e alguém vungo-
grita:
- .Deixa
. essa vida . . . (ci•ta o nome do amigado).
Apos isto, a orquestra entra em _ .
ruído às gargalhadas dos participa t ~çao ?1~sturando seu
sai de casa disposto a brigar com ra es · , ~ asio geralmente
Hões
• fogem ou se escondem', voltamcaem a mao
segui_ednquanto os fo_
a e a brinca-
deira se pro 1onga na dependência do ti'p o d e reaçao
- oferecida·
pe1o serrand? pod ~ndo ser repetida numa chamad · ·t d
cova, na quinta-feira. ª vis, a e
tro v:il> .
~Ue1r .
u na íazendoa&;;.'"
OE i.,
-'--.;
_Na _noite, da Sexta-Feira, é comum o furto de galinhas
?odngues em qum1:~11s para_ _Preparação de alimentos que juntamente
e dEpc,..!. :.-, c~m bebidas _alcoohcas, algumas pessoas comemoram O rom-
pIIDento do sabado de aleluia.
is.se:·
d Reunia se-..: e. Certa vez, um gordo peru da solteirona Ruth foi rou--
e um homem e • -. bado por um brincalhão. No sábado a dona da ave que a en•
?
.a, noite, na R~~· gordava para uma festa em família, prestou queixas ao dele-
gado que além de conhecer a brincadeira tradicional da terra,
• improvisara .::; ·
era também conivente. O responsável pelo roubo, claro, n ão
ando o sítio do ~l=- foi encontrado e alguém aproveitou a oportunidade para pi-
c10 Gonçal"es Gu:::~ lheriar a solteirona:
J, o que era fei;, e:.
- Comeram o peru de Ruth.
a da terra que reio.:: Joaquim Caboclo instruiu seu filho Antônio Caboclo
Cristo o sítio. de::;;:: no seu ramo de atividade ainda hoje exercendo, embora mis-
11
cegos e outroS ~ turando coro trabalhos agrícolas . É comum ver-se Antônio com
-etanto trazerem :e f,,.,,
sua roupa de couro lutando com o g~~o, auxili~n_do a ou?"?s
. ·o o porot.:--:- vaqueiros como Antônio Pedro, Jullo Ma unc10, Antonio
Paa.x.a , . re,r.:1
:as v3quen•os •~ Praga e outros.
-' ~, IJlOll1.JIÍ~
! ....
:i:-
.. ,!
c<J!,-;z:_,-,, Júlio Aureliano é um vaqueiro da fazenda Limoeiro,
~
,ç~os. selll 0 ~
outro cabra macho que de quando em vez se diverte com
n ncl.S ... :. 85
),-4_. ~u S.·· _A
fo oUJll Po if:t: r
AJg'.V- .
•.:en e.
. -

-
uma carreira na mata puxando um boi
aparece na cidade, muitas vezes, vestid~ ~os dias
couro. . a sua d,. f
Existem muitos outros vaqueiros e tr,~~a1•1
nicípio . Seria enfadonho enumerá-los tPdalhados d
me ma característica, agilidade na rr:ontº ?8 aprJ'E!lo Ih
. da caat·1nga.
carreira arra e cor-,s(!lltarr,
ªg%
~

86
CAPI TULO 13
os REVOLTOSOS
A_lgumas caravanas político-milita
Revoluçao de 1930, passaram por O . res! precursoras da
Estados da Bahia, Piauí ou Ceará E:ncun demandando aos
em caminhões e aqui paravam e~ b sas ~rav~nas viajavam
conseguiam através do Coronel Anís~:c~ .~ alimentos o que
local. Passavam e eram esquecidos e oe 0 , ch~e político
dade permanecia na sua tranquilicta'de nqulant to a vida da ci-
· s o entretanto' não
aconteceu com a c oluna Prestes que perma neceu na memona , .
do povo com o nome de Revoltosos sem qual r -
nome dos seus chefes
. e face ao co~portamenqtue: igaç1ao
o 1rregu ar ao
de
d
a1guns e seus mtegrantes, em detrimento da reputação dos
seus comandantes. Andavam em cavalos ou a pé.
Acontecimentos ~esagradáveis provocados por esses
1eb~Ides em outras _localidades inquietavam O povo de Ouri-
curi que se alarm ou ao tomar conhecimento da aproximação
da Coluna, t emendo vexames e sem confiar na manutenção
da ordem, resolveu abandonar a cidade, refugiando-se nos
campos. No dia 9 de julho de 1926, a Coluna dava entrada na
cidade, encontrando-a deserta e todos os prédios, fechados.
Com a intenção de amedrontar e consequentemente desviar a
rota dos revoltosos, o delegado de então, Sr. Hildebrando Da.
mascena Coêlho, acompanhado de 4 soldados, do cidadão Lídio
Marinho Falcão, g en it or do ex-deputado federal e governador
de Alagoas, Muniz Falcão e de Pedro Lacerda que dispunha
de 8 capangas, ocuparam a torre da Igreja Matriz, dispararam
suas armas contra os revoltosos que imediatamente tomaram
posição de ataque e responderam com maior potência de fo~o.
Jorge Amado em "Vida de Luís Carlos Prestes. O C~y~leiro
da Esperança", página 363, la. edi,çã_o, tr?,ns~rev~ do diano d~
combates da Coluna, o seguinte top1co: Oncun em P ernam
87

• d
buco 80 homens da polícia pernam bucana cont , ,
' l' . " H , t<1 ~,, d
Destroçamento da po 1cia . a en~a.no de Cf UE!rn 1;.l "~
Porque apenas 15· pessoas entre c1 v1s e militar
. . F 01. um ep1so
~J
. ' d'10 rápidot' t, nt<ira
4••
sistência em Ouncun
fensores da cidade, logo reconheceram ser inúttlrn '1~" ,1
· 1~
1
· N h d f '>
resolveram fugir• a ora a uga, o soldado F . la•:r
Paula, dirigiu-se a cadeia. para ~oltar dois presos
contravam e ao afastar-se, possivelmente por est, d lá &1> ..
q::ic.~~ ~
olhos atrapalhou-se e portanto seu fuzil, dirigiu-s"r ()~ ~ d
' ., h . lt e ern ,.
da própria C?l~na que Ja . avia u rapassa_do O açude '-'_r ·
Ção nas proximidades da cidade, sendo entao fuzilad0 dd Na.
onde' atualmente esta, cons t rui'd o o Co1eg10 ' · São S n,u ·~
' t d' d · ,
Outra morte ocorrida nes e 1a, 01 a viuva de Franc·1eba t•~
f ·
sil, já idosa e doente, s~m con~ições ~ísicas de fugir. ~: E"&.
mento do tiroteio, seu filho J ose Brasil e o enteado J • lt.
risto colocaram a velha numa rede atada a um caiboao E· ..
'
condução ao ombro. Seguiam . em d'1reçao - da fazendaroCpa:a
Grosso e já na estrada o caibro quebrou-se e com a qu~~l:
velha morreu.
A tropa, entro1:1 na cid_ade entre 8 e 9 ~oras. o Estae,
Maior da Coluna abrigou-se a so~bra de um Juazeiro às ma,.
gens do barreiro de Manoel Bahia, atualmente aterrado :
frente da atual residência do vereador José Patu Sobn~;~
O restante da tropa espalhou-se pelas ru~- a procura de ma!:.
timentos, matando porcos, bodes, galmhas e arrebentana,
portas de residências e de e-asas comerciais, praticando ro,.
bos de objetos de uso doméstico e alimentos . Deu margem a
que, com a volta do povo à cidade, viesse a ser praticado o tro
saque, aumentando o prejuízo.
Na cidade permaneceram apenas o telegrafista A]mj
Mascarenhas e duas senhoras idosas, Da. Bevenuta Anália ae
Alencar e Da. Ana Soares que passaram por mãe e tia de N-
mir . Este, permaneceu na sede dos correios e telegrafas, anexJ
à sua r esidência, entretanto, não compreendido pelos exalta.
dos que, possivelmente, desejavam uma desforra ao gesto de
reação do delegado, foi grosseiramente preso e coagido ape-
sar dos pedidos de clemência das duas velhas suas hóspedes.
Foi levado a presença do comandante Luís Carlos Prestes qu~
montava urna burra famosa. O encontro deu-se em fren~e ª
atual Farmácia Santa Elisa e foi um alívio para o telegraf1stª·
0
naquele momento de apreensão falar com um homem que
tratava com cortesia . Prestou iclormações das últimas mendSA·
·
gens r ecebidas e para melhorar sua situação e se ver 1~ São
1· re a.
quela gente, inventou que tropas já às margens do Rio

88

d
Francisco, se deslocavam cm procura da Coluna. Fot convL.
dado pm:a acomp:.:m har _os rebeldes, n ão aceitando por eer chefe
de íamíllll, Posto em l!berdadc, voltou à r epartição, encontran-
do os aparelhos d~ ~legrafo 9-~e?rados e os fios cortados . Em
seguida recebeu v~slta. dos of1cia1s João Alberto L íns de Bar-
ros, Antônio de S1que1_ra Campos e Osvaldo Cordeiro de Fa-
rias, conv:rsando . cordialmente com os mesmos, oferecendo-
lhes jorn,ais e~ revistas ~a sala de su_a residência onde foi ser.
vi do cafe . N ao era evidentemente intenção desses r evoluci.o.
nários provocar desassossego em pequenas comunas, mas, al-
guns deles, concorreram para a má impressão deixada inclu.
sive por prejuízo de consequências desastrosas para os' comer-
ciantes.
Após o almoçc, às 15 horas, os Revoltosos retomam a
marcha em direção ao Piauí. Acampam na fazenda Bodes a
três léguas da cidade. Um outro fato lamentável ocorreu ~li .
Um rebelde penetrou. na residência de um casal e agrediu a
esposa que se encon_trava só no momento. O marido deu co-
nhecimento do ocorrido a Prestes que identificou o má compa.
nheiro, aliás, pessoa incorporada à Coluna, durante a jorna·
da. Prendeu e recomendou ao marido voltar à sua presença
às primeiras horas do dia seguinte. O matuto, atendendo ao
convite e lá chegando encontrou o agressor amarrado a um
tronco e uma cova ao lado. Recebeu arma para vingança en-
tretanto, não aceitou, por desconfiança ou não se sentiu enco-
rajado para cumprir tal decisão e outra pessoa foi autorizada,
processando.se o enterramento em seguida.
Na passagem pela povoação de Olho d'Ãgua, hoje, Nas-
cente, do município de Araripina, uma mulher da Coluna teve
uma criança e não podendo conduzí.la, entregou a uma famí.
lia ali residente. O menino cresceu e ainda vive conhecido
por João Revoltoso, sem saber o nome dos pais.

TRAÇOS BIOGRAFICOS DE ALMIR

Almir de Sousa Mascarenhas, nasceu em Estância, Ser-


gipe, a 20 de dezembro de 1888, filho de Francisco Antônio
Mascarenhas . No dia 1 de janeiro de 1908, aos 19 anos de idade
foi nomeado estafeta de 3a. classe dos Correios e Telégrafos.
de Salgueiro, Pernambuco, onde casou-se com Maria Muniz
Mascarenhas . Em 1921, chegou a Ouricuri para assumir a dL
reção da agência postal-telegráfica, cargo que manteve até
aposentar.se . Em 1925 fez concurso para auxiliar de estação .

89
Funcionário zeloso permaneceu na re
P assagem da Coluna Prestes em Ouricuri a P9adrt 1çã,, ,1~-
Apesa r disso, não conseguiu . .
evitar '
a destruí _e Ju1h,J ,1•Jr,'c,,
1
~
do telégrafo. Seu gesto mereceu elogios do 9ao dr, iip• l~a.
. JUIZ d '"l" •
então Dr . Caldas Rocha que informou do O • • f <lir,·t1 -r.,_.
1lto dente da República Artur Bernardes, aponta~~rricto a,J -': e_
1ad funcionário exemplar. Recebeu um elogio que rº. A.Jrnir r,:
. 01 a
om ficha funcional como pres t açao
- d e serv1cos
.
·
~
r elevant nc,b~
=lr, r
c.,!11..
-.i
a. movido ao cargo de tel egraf ista de quinta ela t: E: ~
tr • t b 1h , sse d Pt!).
P ermanente. lhmtas vezes ra a ava so acutnulaodqi;,.,
IZ 1
A • • • "'<UJ•~
1f Ções de chefe da agencia, tesoureiro, fazendo incl . n o f
lnl de telegramas, na ciºd a d e. Usive e:ntreg.
rm Alto, g~rdo! pele alva,. 1:igodes_ vastos, calrno
1rr manteve respeito a sua repartiçao e na0 se envolv· ' honesto
F . d . . ia ern
tões políticas, evitan o assim, mcompatib11idades qu~
la, sempenho de suas funções . Trabalhou durante 49 a corn e de,
IIL ses sem se afastar um d 1a . sequer d a repartição pnos e 6. me.
m . d S , ara fe.
licenças ou penallda es. uas pequenas doenças nã rias,
,e tavam do expediente. Aposentou-se aos 68 an~s de i~ ~ afas.
l '/ de junho de 1957, na letra M e reclassificado no ª. e, etn
e ' ·
(último mve - port a d ores d. e t 1'tu 1o universitár
' 1 .d ~ nao · nivelT 16
io).
0 título de cap1tao da Guarda Nac10nal, no quadro de ciru -~
. d , . rg1ao-
'1ent1sta Casou-se em segun as nupcias, tendo dois filhos de:,ie
e casamento.
l Oficialmente foi o terceiro telegrafista cta Iocalidad
O telégrafo foi instalado em Ouricuri, em 1912 tendo co~
telegrafistas anteriores, Manoel de Moura e lV{unoel Mendonça
.J únior, este casado com Da. Clodes Gomes de Matos Mendonça,
conhecida por laíá, tendo nascido em Ouricuri o primogênito
do ca.c;al, Hélio Gomes de Matos Mendonça, conceituado médico
patologista em Récife, catedrático de Histologia da Faculdad,
de Ciências Médicas da Fundação de Ensino Superior de Fer-
nambucú e da Faculdade de Medicina d.a Universidade Fe.
tieral d e Per nambuco, da qual foi diretor.

90
CAP t TU LO 14
EXPECTATIVA DE LAMPIÃO
Poucc mais d_e um_ mês se passara da incômoda visita
dos revoltosos, des~gnaçao dada aos integrantes da Coluna
P!:_estes, chegava a mfa~sta_ notícia de que o grupo de Lam-
p1ao se deslocava em d1reçao de Ouricuri. No início de se-
tembro de 1926, Lampião invadia o alto sertão rie P ernambuco .
Do grupo, fazia parte, Horácio Novais e Bom de Veras chefes
de sub. grupos e conhecidos nesta região, sendo O seg~do na-
tural de Granito. Atacaram a cidade de Parnamirim, então,
Leopoldina, onde o pequeno destacamento policial impôs r e.
sistência, perdendo dois soldados e não impedindo a entrada
dos facínoras na cidade. As famílias se valeram do padre Al.
fredo Dei Biazzo, vigário da paróquia que entrevistou L am-
pião, sendo tratado com respeito e nada acontecendo com a
população. Apenas a agência postal telegráfica foi atingida,
o aparelho do telégrafo destruído, aliás recém-instalado para
substituir o que fora rebentado pela Coluna Prestes .
De Parnamirim, Lampião rumou para Ouricuri com in.
tenção de atacar além desta cidade, a de Bodocó e vila de Gra-
nito (atualmente cidade). Várias pessoas daqui receberam
cartas assinadas por Horácio Novais. O povo alarmou-se e
iria defender a cidade a qualquer preço. O destacamento po-
licial se compunha de 12 soldados sob o comando do sargento
Cláudio Geraldo de Carvalho e a ele se juntaram cerca de 200
civis preparados para a luta com boas arm as e até espingar-
das de caça.
Bodocó se encontrava com um corpo policial de apro.
ximadamente 50 militares. comandados pelo tenente Alípio
Pereira de Souza.
Lampião fora avisado na fazenda Barr~s da reação que
iria ter, mudou a rota, dirigindo. se para Granito que se encon-

91
trava sem proteção, entretanto foi recebia
Peixoto de Alencar com quem se entendO Pelo Pau
grupo para manter respeito a vila. Repoi: e ort1e~~ J,,d,
dias, resolvendo voltar pelo mesmo cam· ohu ali du U a,,1' ··
dades de Parnammm · · t ornou conhecimentin o · ~a!\rltn t,
1
O
estava guarnecida por forte contingente df. 9UP. ~stt<i;,;,
embrenhou na caatinga em direção de Cpob 1c1a1 e aª ~irJa
·-
0utra reg1ao. . ss1 tn, 1•
a rob 0· , inct
O 11
Durante esse período que durou um Pa~
Ouricuri .ª expe~tat~v~ d~ uma c!iacina comª ~'>emana, . .,
eia localizadas a d1stanc1a da cidade e O P~v stos de Vi
mente, apenas um susto.
Em Granito, o cangaceiro Bom de Ve
0
Passou, tri;~e~
l..
pequeno grupo para atacar pessoas da família ras p .seParou ~
quais mantinha rixa . Tomou de surpresa a faeixoto colll ,.
·
assassrnan d o seus d es afet os, me
· 1us1ve
· O propriet · . eohna
zenda ··•
.
._1mo de Alencar. Em segui'd a m . ternou.se na Serra ariod Vens.·
e alguns dias depois, morreu em combate com a O ~r~riPe
Serri ta . po 1c1a de

92
CAP t TU LO 15
DIA DA FEIRA
A feira sem!lnal de. Ouricuri parece datar dos primei-
ros anos da_J?Ovoaçao, possi_vel~_ente em torno de 1850 vez que
se tem n_oti<:ias de ~ma feira Ja estabilizada em 1860 quando
da _oc?rrencia ?º crime do delegado da povoação capitão do
Exercito, Domingo Alves Branco Muniz Barreto. Neste ano
atravessava-se grande estiagem e comboieiros levavam nossos
pr?dl:'tos p~ra regiõe~ dis.t~ntes, atacando nosso pequeno co-
mercio. Criavam assim dificuldades para o abastecimento do
povo que adquiria os gêneros alimentícios semanalmente na
feira.
Em face disso, o capitão Branco, estipulou a quantL
dade de venda para cada produto. O coronel Álvaro Ernesto
de Carvalho Granja, proprietário da fazenda Pau Ferrado, na
Veneza, atualmente no município de Parnamirim, foi contrá-
rio a essa decisão do delegado, recomendando a seus emprega.
dos comprarem quantidades além da estipulada, sendo irnpe.
didos na hora da compra por dois soldados que policiavam a
feira. Essa atitude gerou aborrecimentos para o coronel Álvaro
que irritado mandou matar o capitão Branco. O crime se deu
em fevereiro de 1860, trazendo repercussão em face de ter a
vítima pessoas influentes no governo da Província. Para ins-
taurar inquérito, foi designado delegado especial o Dr. José
Henrique Pereira de Lucena, o futuro Barão de Lucena que
ocupou cargos de relevância no Império. pr. Lucena veio ~om
150 praças dE: linha sob seu comando e_ alel'_:1 de apurar o crime
do capitão Branco, enveredou na eluc1daçao de outros, fa~en.
do uma devassa policial na região capturando delituosos amda
11ão processados e os encaminhando à justiça para julgamento.
De conformidade com decisões de júri, as sentenças foram pro-
lataãas pelo Dr J oaquim de Paulo Correia Lacerda, consi-

93
. , e ro absolvendo alguns e aplkanclc,
derado JUI Z inl g m O del ito de cada um, variando d, ~
de conform idade.- i iºa a prisões perpétuas. O coronel l~
penodu5 de; ca~d ado O maior culpado no truc:1<1arneni:11
\.iranJa 1 01 consi cr onsável por outros ilícitos pc.-na 1.tr •
cap1 tao J:lra~co ~ r:;~ de galés perpétuas e a pagar cu.ia.
11 -dt.
s1u0 conuenado ª. Pf entes a esse processo desaparecer,.rn ·
O au tos 1e er · h h. ' · '
s e , • de que contm a 1ston as de violí:nc
u ..:tanto há notI~as or outras de características sentirn'-'n 14
ui uLais entremea as P estilo romantica na ctescrição dos ..,.,_
r1ando o Dr• L ucena __,,
t<,c1mentos_. ves de Figueiredo, no se_u. livro "Ana Mulata•
. J ose AI ituto Cultural do Car1n, Crato, Ceará, 1~•
editado pelo l nSl . as " registra detalhes desse rumoroso prC.:
capítulo "coisas an tl!pectivas penas, tendo obtido os informes
cesso, culpa~os e rael que J. á circulava na época, em Crato •·-
"Ara ipe' 3orn, " ' ""'ll•
no r ·cÍO Ouricuri daquele tempo como Valhacouto
doegundose referi ª cro·nicas do tempo de· bandidos
rezam as d L de toda 4
s, . A estada de Dr. Henrique Pereira e ucena em Ou..
p_ecie_. · · . f da em benefícios para aquele lugar. . . Ouri.
ncun foi ecun ·- d t ' h · ·d d ·
. d encravada em reg1ao a us a e OJe c1 a e pros.
cun, apesart
pera e paca a, e bem demonstrando
. ,, o espírito empreendedor do
sertanejo nordestmo . . • . . . ,
Em 1912, 0 prefeito Antonio _Pedro da Silva, c~nstrmu
· · mercado público na antiga praca
0 primeiro .- da Matriz ' para
onde deslocou a feira vez que a Rua da Baixa t~rnava-se local
lamacento nos períodos invern_osos . Era. um pred1_0. amplo lo-
ll·zado em frente e à distância da IgreJa, com varias portas,
ca
abrigando -
bem os feirantei. _dE: entao_. Ao l a d o, segm~1
. d o o ali_.
nhamento da cadeia, demohda dep01s para constr~çao do edi-
fício da Prefeitura, pela margem esquerda da IgreJa, construiu
também o mercado de carne, atualmente transformado na casa
comercial F ábio Lins e filhos.
Em torno de 1920, o prefeito Anísio Coêlho Rodrigues
aproveitando o alinhamentc, d1, açougue, construiu, anexo,
outro m ercado pú blico, maior, demolindo o primeiro, já pe.
queno, deixando livre a praça que por lei municipal r ecebeu
a denominação de praça Padre Comendador Francisco P edro
da Silva., em homenagem ao fundador da cidade, que: teve tam-
bém seu busto colocado a o centro, peça em bronze, esculpida
em São Paulo conforme indicação do coronel Anísio Coêlho
Rodrig ues que a encomendara através de seu paren te Sebas-
ti~o da Silva Coêlho (Se~ Lé) . oficial reformado da Força P ú.
blica de São Paulo .

94
. •ontJnuada por sua filha e
ce de Jei_te, 'Maria de P ade, Maru, Ncn,°tta. fJ.
0
f11 mo• d:ezcrra L mS, m as deliciosas pctaa e tap rri ele 'f
e Jdálln se encontrava Maria Elisa Matos, irmã e.! iota, f
zlrn, on_d~inha Bc~ert, ue em 1932, ilumi nava a ~ÍcJUta.,,~
1 8
por ~h~~io munic P \stes, à boca ?ª noite . CJc,t'l11(JQ "
funciodn Jampíões nos Pm rapadu ra, tinham forma 1cluea l
NOI durun o goma co . a h e r .
alto se'1,
. bolos de _ Possu1a uma c c orra preta ~
mada Rf
fazia or um tostao. encontrava deitada debai)( cha¾.1~
domlro
c1nc? pa que sempre sne1·nada que vadiava pela fei/a da r·
Graun f ' A me . , !!81"":" "' el}Pª d'
oa .
Fra, , de do caara
gran e. a ca dela e gritavam:
, . -""'- ~
fez o CL dois dedos P O gancho, Grauna , . ,,- t p.a.C
que
tal e o _ Olhe 1 tia avançava, deixando os fregu
Ginásio A cachorra . ª. 0 ' e às vezes, Clotildes largava sesea r., dr do
termlnoL sorrindo, ora e~ pa~: 0
ainda limpando as m ãos n urn eua af&_1 0 tJlU bacia .
Carneiro zeres e V inha a P ' aven,"-.i ~ i.!Jll
na Facu !J' cc!X1 ou<lido, frel
sldade ( de chita. _Magoe t de meninos sem educaçã o. Cria-se tud o~ ,...lõ Jj.O • elXl
clulu o . t , aos bichos. . , IP'" e i3, ênCͪ
turma p respeito a e . inha e suas filhas vinham do sítio T
Sia Manqu d r:. ªrnbo. ~ r,;a. Joac>
\11? 13ati
concedf Ja pratos e potes e uarro para venda V
SS Pap ril com paradne_ ~• J acaré dos Patos, da A brobeira, Solt~ T ~ ~ • procurot
no qua< nte do p ico, , , d S , h Q . ' E1u, ~ d O RecoJileII
ge . Q ·xabá Tranqueira, a errm a, uixadá S
Em Limoeiro, w • 'd d E - • an~ ~ -o servid<
vlço Es Rita e de va' ri·as outras . locah a es. m gera 1 sao pessoas que dt cbáO· ciSCº de
Fundaçl se con hece · m, se cumprimentam com um haperto , de mão• •en• . llilͺ ffllll ··ãO qu«
do que O homem suspende um pouco o e apeu com O polegar

oÓueun:a~~ed
(Fundi''
d• esquerdo. f , , . feri Ul1l f fiscal
Mané Péxe, um dos_ vu 1tos o 1c1oricos, aepo1s que se pr esen t
amigou com Maria de Paullno tornou -se pessoa escolhida por tuncionário, à SJ
foliões para o serra velho na quarta-feira d e cinzas e visita
tado dirigiu-se ao l
de cova na quinta , Para em frente a um fardo de peixe sal
.,e gado vindo do São Francisco e não tendo dinheiro para com•
que em sua def
De prar, sai pelo meio do povo reclamando: entre os sacos . O
aconte, pmeguí-lo, t~
publico - Terra sem home e home sem t erra, tanto péxe e~
sem poder comprar um par a minha querida M aria . t0ntido por U1iss
uma si
a sua residência .
minlstn - Antonino, enxergando pouco, passa com um varinha,
., vista d batendo no chão para se livrar de obstáculos pl'OC'UroU testem
do Cer Alguém diz: · 111 o Ulisses e
nlclpal, olhe o buraco, Antonino!
- lbor Tonheiro
mento 0 l'Spondeu·
- bu:aco da mãe, responde e vai andando ,
nambu
Revist1 d 0 Conradmho, quase anão, vem d o sítio D ourado baixan• - Não
A u~ preçod de todos os produtos da feira que devem custar
cruza o um tostão · , ed
Histórl vai para O -' f o u um vintem e quem n ão ob ecer
lrabalt na prensa, m erno porque tem ordem do Papa de botar todos
fundac
a meri 96
.-11ae~
W
• Wra com 1111 ao.te u Ido
J)Ollta de calçada 1 . . , IDUD-
1 IGDml)lnhadoa por llllfona
111

ü uma anola
lbecleu.

Aia pedindo esmola lf8ticulaa..


• Em agradecimento colocava ma
- . de uma palavra, dava una pu.

Xevo, fora nomeado prefeito de


Ulll cidadão do Recife que aqui
:a receita municipal elevando OI
1im lleal de feira aumento da tua
lllllll'W.tva levando vantagem nisso. AD,.
(Torlheiro), mandou vender na
cio da Serra Preta. Ao cobrar
IIIIIIIIMla19eU.1.
aa quantia a receber e Tonbeiro
a pagar porque era exorbitante.
queixou-se ao prefeito que irri.
.,......,_ _ ..aütude e intimidação a Tonnheiro
lna cano e uma faca que estavam
anednntado correu e Tonheiro ao
_.._.,. de milho e caiu, sendo enfio
.-ie o acalmou, acompanhando-o
Dr. J<Mlá Henrique Wanderiey,
".'flftnillzar culpa, encontrando ape.
. . . . . pelo promotor • vira o . .
eom uma fica e um CIDO,

~- • • - • apmM. com uma cuca da


permanecer DO CU10, pedm
• ._ida Marta Ne-. at..
. . de tio m:nn s, w ..,
ou frio, abandonavam <tu
,nentos de chuvtac' no quarto de dormir c.foO M,_1,l'lt.,, rJ:,
~e ab11ga.· . vam
_ a em qualq uer p,tr. t e d a mata. ~L•,i;; ,.~ ,, e
ela acaric · iadas
• a banca de iM ana • L uz1nária
. d fr, r,t,.•rr, 1
c,n
casa encontrda-sea de raízes, garrafadas e óleos .:· I.1,r,:,
. . ': endeindicação
patica or . . "'' 'JJ •
e ensm': como I?repaz-ar a TI'},. t, ,aq
Naa
alto sen todos diz a d O seu irmão J oao F erreira de Lima J~10,.. 1 (
mada A1 Jado. a. banca a este ram O de negócio e afirma . - '~" latr "'
: "s o· nac,
mas 4
domlro se dedica 'do de muita coisa". Numa mesa tosca s,l,u ;,,..,
enten d Se d t . , 11,
Da. Fra
fez o c1
· ostran
va i m
° ·
us pro u os. h -
d piqui _ para me açao e rouquice
""•r• "
tal e o óleo e . · eo d
ur ante de gado e par a am~~ia_r couro.61Vi e ll:...
Ginásio mona - _! a~a fraqueza de home e mu1e ficar fogosa hri
termino, catuab~ &e, po, dfa, numa semana p,a não acunt 0"•
Carneirc toma, . co, que ia se casa, e passou um mês ante, ~' q,
na F8CL
"';;',,Z 0

~
0
sidade
"k:sultado, meu fio, de, dias ~epois do casan,,::...
q
clulu o .
ue ir,gro
capote
·
noSsmês de outubro,
"d no dcalorao danado, vestid
, o ,, pe1o D. r. CaneJ·o · o t·:-..
turma p o, para ser esarma -..
concedi Caroço de abacate - cha para. os rins . _ .Naniu,
SS Pap chá para hora de passame;11to_. Nogueira - para reurna;::
no qua, e inchação das parte_s. Apindir~ba - la~a dor dos tempo d!
Em •, Parreira _ cha para depois
vlço Es
17
muie. , d ddo 7 . dia. do d parto. Pirnen.._
mais imbiriba - cha para or . e encruz1a a (costas). Mis.1
Fundaç; turando com tipi~ aume?-ta o efeito. Casca de _romã_ Para
(Fundas rouquice e morro1da. M1ra~ol e :nustar~a - pra ramo (tr lll..
da Saú
vi-'- . bose). Cabacinha ~om qu1naqu1na, farinha e batata de tei~ 0
prá muié botar menino ~or~. . _ .
O sábado se constitui o dia mais importante para co.
mércio da cidade por causa da feira, é também o aconteci- O
mento de maior realce na vida municipal, superado somente
De com a festa do padroeiro São Sebastião, a 20 de janeiro. O
aconte, matuto, normalmente nada ven de, apenas compra para se aba;.
tecer durante a semana . Coloca-se n a qualidade de pequeno
~
publlco
uma s produtor e seus produtos são vendidos em seus sítios aos
mlnfstr, talhistas e aos grossistas estabelecidos na cidade como Antô-
vista d nio Ped,o da Silva, Fernando Bezerra Osva ldo Fadas, no pa>
do Cer Sado e, atualmente, Osório Farias P ~dro Coelho Júlio Lins
nlclpal
FHho, R. Coelho e Cia., Coelho S; A e outros q~e em cami.
mento nhoes recolhem esses produtos aos armazéns .
nambu
Revlsll Vir à feira é um hábito dos matutos é a ocasião em
A1 iie entabo!am negócios, se relacionam e tom~m conhecimento
Hlstórl . f que «:_sta acontecendo no município é o maior veículo de
traball in onnacao p ' · ' ·u o
fundac
cesto dÓ B . . araO eles existern 3 rnundos, seu mun":P •~
1
a men 98 rasil e estrangeiro . Assim, a feira é seu JOrn
aneira geral, não se interessam pela vida poli'ti· b
de m d d t, . ca, sa en
do O nome apenas o man a ar10 do seu munici'p' o C -
, d. d ºlh . ! • om o
vento do ra 10 e p1 a, nova vida surgiu para os m t t
ad suas res1'dAencias,
. ent ret ant o, d"1vertem-se somente coma •u os
em , . t ·t·d irr~
diação de musicas _ransm1 1 as pelas estações do Rio, Salva.
dor, Fortaleza _e Emissora Rural Voz do São Francisco, da Dio.
cese de Petrolma. que _prepar.a bons programas sertanejos . As
emissoras do Recife sao ouvidas com dificuldades aqui e são
Jiaadas pelos que acompanham noticiários. Entre as pessoas
q~e mora.'ll em s~tios, algumas estão politizadas e seguem tam-
bém O desenvolvimento e o desenrolar dos acontecimentos po-
líticos através de seus rádios de pilha.
A feira de Our~curi, _sob o aspecto comercial, não foge
à regra de todas as feiras livres do Nordeste mas, aqui, é so.
bretudo um dia de coniraternizaç;io do matuto.
A propósito, ao final de uma feira, Pitó, cambaleandc
na Rua Desembargador Medeiros r.orreia. exclama:
_ Já sube que meu povo todo está bom, o ligume tam.
bém está garantido o refrigero do gado na seca, if-lso é que é
te~ de home viver, porisso tomei minha cachaça no bar de
Bot=>mia . Hoje nem cuns diabo faco nm 011ato

99
CAP l TU LO 16
la. CHEFIA POLlTICA

p ADRE COMENDADOR FRANCISCO PEDRO DA SILVA


FUNDADOR DA CIDADE

O ano de 1839 constitui um dos pontos dP. refer· .


f
or~açao - hi tó · d
s rica e Ouricuri, vez que naquela· encia.
data D
na
M8:1"1a ~e Souza ~oulart ?ººu à igreja seu logradouro de gad~
Ancun, onde veio .a florir a atual cidade de Ouricuri. Maior
relevo_ se dpevde dadr ªºs· ano~ quando aqui chegou O padre
FrancJ.Sco ~ ro a tiva, recém-ordenado no seminário de

-Olmda. -
J oão Pereira Goulart, o primitivo proprietário da fa-
zenda Tamboril da qual Aricuri fazia parte, era um cava.
lheiro, recebia com hospitalidade os viandantes que transita..
--

vam na região, construindo para tal, uma casa de hóspede e


uma outra que se improvisou em capela particular, onde abri-
gava o padre José Inácio Pereira do Lago, doente de diabete,
em procura do clima daqui para melhoria de sua saúde.
João Goulart, homem distinto, aliando sua qualidade
de bom anfitrião à de bravura, destemor no domínio da terra
à semelhança do bandeirante, t eria assim condições de fazer
surgir aqui, próspera comunidade, porqu~, ~ia a di_a!. viria a
precisar de braços para ajuda às suas mult1plas atividades .e
em consequência, conviver com grupos humanos que se multi-
plicariam, povoando nossa hinterlândia. Entre_tanto, _em 1838,
veio a falecer, apenas como próspero fazer~_de1ro, deixan~o a
viúva, duas filhas e o filho Manoel. Este nao herdara a fibra
do pai .
Surge então o padre Francisco Antônio da. C~a 0 ~
Francisco Antônio da Cunha Pereira um dos proprietários Vl-
101
. h
z1n os
dos Goulart, com . trun interesse
b em
·
de• radicar
d ar in1c10
seu
• . a .. _ s f••tn 1
· -0 Poderia
nesta regl 0 · . . , . . ....,. Povo
"douro Aricun que passou a sua administra"a - <14,-,
l ogr... m· corporaçao- d o c1·t a d o l ograd ouro ao pat 10 0 1:-
. .., l
f ace a . • d •, M . fltnG
. . por doacão publlca a V1Uva ana de Souz r, 'lll(J
1greJa, • t 1\1! •• d B . a ,., 0 .
e
~

res idência em San a ana a oa VJSta e 0 s __


de dsitador da diocese, numa area vasta, certamente --:"1
sobraria tempc par~ o:1tras tarefas. Além disso, d ~
entos entre seus irroaos lhe trouxeram desencantos
~olt::ir ao Ceará na década de 1840 . eo
A 5 de abril de 1842 lhe é apresent~do pela dioe~
Olinda para cooperar nos trabalh~s do sertao, o récem-ord 4-
do padre Franciscano Pedro da, Silva, 22 ª?~s .d_e idade, i ~
lista sertanejo de Sousa, Para1ba, qu e vai 1mciar O ca .h~
mais' importante n~ f ormaça~ - d o povoa d o? na_ cnação · dapi,.._
frt.
guesia O vulto mais expressiv o n a orgamzaçac, deste mum .
pio, errlim, o fundador da cidacte de OuricurL c:s-
Desperta-lhe o interesse p ela área, onde desafiando
mstabilidade climática, poderia ._criar oportunidades para ~
parentes que resid.Iam na Paraíba. Inicialmente Jun~
pãare Cunhâ e ao juiz de e a b~obo, Ale?C~dre Bernadino do
Reis e Silva, ambos com propriedades v1zmhas ao logradouro
Aricuri.
Elaboraram o documento atr avés d_o qual sugerem i
Diocese de Olmda, criar uma fregu esia aqui d esmembrando da
de Exu o que foi aceito a 30 à e abril d e 1844, pela Lei Provin..
eia! Nº. 125 .
Seus dois companheiros. padrE; Cunha ~ Dr . Reis e
Silva, retornam ao Ceará e Rio de ,Taneiro, respectivamente,
permanecendo aqui, apenas o jovem padr e F rancisco Pedro.
Padre Francisco Pedro, n asci o na cidade de Sousa,
Paraíba, no dia 28 de maio de I O e falecido na cidade de
Ouricuri a 7 de otífubro de 191õ' com a idade de 90 anos, 4 me-
ses e 9 dias. '
Ordenado pela Diocese de Olinda no início de 1842, é
logo e1:_1 seguida, encaminhado para atividades eclesiásti~u
no ~er_tao pernambucano, apresen~ando-se ao padre Fr~ciSCO
Antonio da Cunha recebendo a incumbência de admmiStrat
0
patrimônio de São Sebastião de Aricuri . Esteve em Flo.
st
re a. nos_primeiros meses de 1844 e ao saber t er sido criada
~ fre~ues ia de Ouricuri, vai a Olinda, é d esignado para O ~argo
e ~aro~o e em 1846 é eleito vigário coladc, da freguesia dde
º uncun! sendo _
por ta n t o seu pnme1ro
nessa m1ssao até sua morte .
. . . . . perman="
v1gar10, ""°n o

102
. nho do mesmo ano, Cavaleiro ela ú
Rosa, em 19 de J~etembro de 1866 por relevante, lt~d 'tJ
Cristo e a 14 de para a Guerra do Paraguai, é ccmc1 "•'"
envio de. ho~; n~omendador da Ordem d_e Cristo, r cn ~Jt
com o gra~ de Ouricuri, face ao seu unpedunento
ao de Barao e ssou a ser detentor o português
tico, título eSle qduadpaor Manoel Inácio de Oliveira 'D:_Po
b ' m comen ' ' - .....:n
e e ta~ e
r tambem o cargo de governador do Maranhao, por motiv~ -
e ticulares. lto estatura longilínea, olhos azuis, calzno
,
[
Era ª • atitudes . Expressavã-se com fãcilidade e ~
de~ado nas su:Selegante nas discussões e pregações reli • 'li
te_s1a, seguro aro'quia aos 90 anos encontrava-se sadio gle~
Liderou sua P • "li · · d ~
do sendo um conse~eiro fam1 dar e a noite e 7 de <>ut~
de' 1910_ apenas queixando-se e pequena perturbação PI-
.
~~c:~ g::al
te uma síncope e faleceu . Sua morte trouxe co~
no município e seu sepultamento na Igreja ~
t _ç or ele construída, teve a presença dos seus paroqui111a1
n z, p •to O estimavam sendo celebrante de suas exéqni••
qude mMu1edeiros da paróquia de Exu. --. •
pa re • • · t' 'd
Para melhor s~rvir a . 1greJa sen 1a necess1 ad de ~
7
nizar a povoação e 1mpul~1onar seu pr?gr esso, seria Preciat
ampliar sua condição de p3:oco de ald~1~ par_a um militante
político, posicionar-se nas c~pulas_ ª?JDlnIBtrativ~. da proviL
eia afim de conseguir meios obJebvos que facilitassem ._
tar efa sem entretanto se afastar de sua missàv evangeliza.
dora . P roprietários de fazendas na r egião se organizaram Poli-
ticamente no Partido Conse~vador, arreg_imentando-Se no po.
voado em formação. A chefia d este partido estava com O co-
ronel Alvaro Ernesto de Carvalho Granja, proprietário dia
sítio Pau Ferrado, onde residia. na fazenda Veneza, a~
mente pertencente ao município de Parnamirim. .
Seus métodos de mando se conflitavam com as prep.
ções religiosas do padre F rancisco Pedro que dia a dia era
pressionado pelo coronel Ernesto que procurava firmar •
domínio em torno da família Gran ja, d a qual era o líder.
Levado assim por contin gências de conduzir 'sua genta
em princípios pacíficos, o padre aceita va o d esafio de Álvaro
Granja ingressando no P artido L iberal. E leito deputado pro.
vinc~l p elo 13°. Distrito Eleitoral, tom a posse n a Assembléia
no dia 10 _de abril de 1860, (Diário de P ernambuco de 10.OUNO.
coluna Ha um Século) .
Renova s;u . man dato nas eleições seguintes até 0
advento da Repu bhca quando se afasta por não ser agradí-
104
e materiais. O tempo corria e as , . .
cm·sus humanos organização da c?1?'1uni<lac1e, Presta~Ifit'llld:iA
se somavam_ n_a e por fim, poht1ca. Odo.Jn~
. t . . i r '-'l1~1osa t . ~
s1s cn c•i .. 5 pós 18 anos, enmna. a con struçã
186
Em, em' sªeu frontispício em alto r elevo•· 0 da igr .1
que contem 1847 e concluída em 1865 Tem '
Iniciada em torres em estilo barroco, ~orn 10 iá •
tenário _co~11~ª~etros de frente por 37,50 de fundos se$Ul.ri
a;
dimensoes. ' . drados. ' élr(:a d1-
652,25 metrosbqaulhaO na evolução político-administrati·
Seu tra. r O seaum
ermite organiza b
· t e ca1en d ano
- ,
' · d e realização·

·

"ª ?ti:,
P Em 1844 _ por sua sugestao e criada a freguesia de •
Sebastiao de Ouricuri ' desm embrada - d e Ex u.
__ Sà<i
Em 1847 _ início da construçao da Igreja Matriz, eon.
cluída em 1865. .
Em 1849 _ do seu empenho e transferido Para a Po.
voacao . d e Ouricuri' O termo de Exu . A ,

~ E l850 _ Consegue a transferenc1a da cornar


Boa Vista,m atualm~nte , Santa M ana . d a B oa Vista,_
. de
para caa po.
voaçao- de Ouricun , ate 1864, quando volta Boa Vista a gozar
a prerrogativas de sede da comarca.
s Em 1865 _ e~via p essoal para o 7º. Batalhão de Volun.
tários da Pátria a fim de combater na Guerra do Paraguai
Em 1872 - pela Lei P ro~in c~al 1_05~ de 7 de julho de
1872 é criada a comarca de Our1c~n ?UJa_ 1?stalação é proce.
dida no ano seguinte pelo seu pnme1ro JUIZ de direito, Dr.
Manoel Caldas Barreto.
E finalmente, em 1892, quando de conformidade com
a Lei Orgânica dos Municípios, torna-se Ouricuri município
autônomo, instalando-se no ano seguinte sua primeira admi-
nistração municipal tendo como prefeito o tenen fe-coronel da
Guarda Nacional; Elias Gomes de Souza, como vice.prefeito
Antônio Marinho Falcão (o velho) e presidente do Conselho,
Tomaz P edro de Aquino.
· Estava assim o m unicípio de Ouricuri, politicamente
emancipado e apenas permanecia sua sede n a qt:alidade de
vila em face das exigências da lei, isto é, população mínima
de 15 míl habitantes, inferiores possibilida des econômicas para
sua manutenção administr ativa e um conselho municipal, com
apenas, 5 membros
. O município compunha-se na sua formação admmistr_a-
tiva de 5 distritos: Ouricuri (sede), Barra de São Pedro, Sa_o
Gonçalo, Serra Branca e Sítios Novos. Posteriormente surgi-
1C6
raDl 08 diatritoa de Poço Verde, Morall, Santa Cruz, Sio 19611s
e QueimadaB·
São Gonçalo emancipou.se em 1929 com o nome de An,.
ripina, englobando os distritos de Morais e Sítioa Nov01. Jl'a
década de 1950, Poço Verde e Serra Branca, formaram Jpubl.
o distrito de São Félix, na década de 1980, fOi anexado ao mu.
nicípio de Bociocó,
Atualmente, o município de Ouricuri é constituído de
4 distritos: Ouricuri (sede) , Barra de São Pedro, Santa Cruz
e Santa Filomena (ex-Queimadas).
Uma regulamentação estadual procurando evitar d-.
pücidade de nomes das localidades mudou o de Barra de São
pedro para Imbiassaba, palavra de origem indígena que signi-
fica barra daa porcos dando margem a r~amações dos bar.
renses. Foi então mudado para Manacà e voltando depois a
sua dPJtignação de Barra de São Pedro. Queimadas mudou
para Santa PiJomena, depois Munduri e finalmente Santa Filo-
mena. Quanto ao distrito de Santa Cruz mudado para Vera
Cruz, ~ reclamos vindo a ser Cruz de Malta que tam-
bém não a,palou ao povo fazendo voltar à designação primi.
tiva de . . _ Crm em at.enção a sua origem de uma cruz mi1a..
grosa • e aIrada na caatinga por um vaqueiro, despertando
atençio · ao local onde veio a se formar a vila.
lfovos para Olho d'Água e depois Nascente ·q ue
llletD'l,llldO o município de Araripina.
aeervo de serviços prestados a Ouricuri, o vi-
Pedro da Silva é, com justiça, detentor do ti-
da cidade de Ouricuri e oreanizador do mu.
que conquistou com seu sacrifício face à sua
o patrono do logradouro mais importante
Padre Comendador Francisco Pedro da
. , projeto de criação da freguesia de Saco
Leopoldina e atualmente município de
ntoil'!De se vê nos Anais da Assembléia Pro..
apreaentou um projeto que tomou o número
aentido de erigir-se em Matriz a capela da
dedicada à Santana, a desmembrar-se da
. Foi na sessão ordinária de 22 de maio
a cadeira de Presidente ao vice, por ser
ap&a à Cur. a utilidade e conveniência do
termos: "'Quando, Sr. Presidente, trata.
Dft!llli-io e diviaão de freguesias não se tem em
doa povos, mu ainda, também a fácil admL
107
. - do pasto espiritual".
- J , MDepois d e apa,..
nistraçau

Cos tempos
dos a
.

transformou-se em L eopold'ma e atu


• ,eaq
tados Cícero Maranhao, ose ana e Gaspar Dr 0 Pe!0a
·eto foi aprovado. A fazenda Saco, p ert~ncia aUrn.ond,
J t a quem coube promover a povoaçao qu 1tattinh lilr;.
e com1 o h o,.
º' ,..

namirun • . . h ª rner, 1€,-~


!>...
0 povo de Ouncur1 recon eceu os rnérit0s "'·
apondo seu busto na praç~ do seu nome e seus res do 'li~
abrigados na Igreja Matriz por ele construída A.tos rn"l'ta,'
de idade se mantinha lúcido ao lado de seus ?5. 90 a,,,'.'
fa.

· t
0 tratavam afetivamen e por
P a d 1m
' p ade, era sadio miliares ....,.
qlle
se queixava apenas no dia de seu falecimento à ' _de n,,
'. · · · t · T '
xou-se de d1sturb10s gas ricos. eve morte sem p d . quei,. noite ·-..a
embora seus últim5>s, anos Ih: tenham, ~ido amargo/ d:cunento
decisão ao voluntar10 ostracismo polit1co durante i!de SUa
de domm10' . d e R asa e s·1 ' · a quemOsnão
I va, ~eus a d versar10s l7 an ~
g onora
tou unir-se apesar dos convites do governador Barb acei. erque
(o velho) , preferindo manter apoio ao anti-rosísta oJsa .111na i\)bllqU 1854
. • - OSe Ma. de
r1ano, ;ecolhendo-s: na_ opos1ç~o,. encerrando a primeira tomº. d.e ou
fia politica de Our1cur1, const1tumdo seus sucessores che. 'p10
nhores Antônio Pedro da Silva e Anísio Coêlho Rodri~~s se. nl~bucO-
:ormam- a linha de frente da oposição a Honorato Ma _q~e p beleceu e
esta pi
Falcão. elevado a categoria dP representante rosista d ,nn
nicípio O rnu.
° vezes, em
conhecida P
Maria SaIIlP
Do seu matJ
Aurélio, q u~
da com Cleo
Manoel Mat
sada com J
de Araripin
Veneza, na
fazenda foi
ficara incr
neza, mas
teriorment
do ato e
Ho ,
ativo. De
se aos G
tnilia.
e
º'.gani.za
distribUi
CAP t TU LO l'i
2a. CHEFIA POL1TICA
HONORATO MAR I NHO

Honorato :~1Iarinho . Falcão, filho de João Marinho de


Albuquerque Falcao e Mariana Henriqueta Falcão, nasceu em
t~r:1º. de 1854,. na fazenda Tanque Novo, atualmente no mU-
nlClpIO de Our1c~i e f~l~ceu na década de 1930, em Salgueiro,
Pernambuco. Veio residir na povoação de Ouricuri, onde se
estabeleceu como progressista comerciante. Casou.se duas
vezes, em primeiras núpcias com Da. Brígida Josina Falcão
conhecida por D . Sidônia e em segundas núpcias, com D .'
Maria Sampaio Falcão com quem não deixou descendência.
Do seu matrimônio com D. Sidônia, teve os filhos: Mário e
Aurélio, que faleceram ainda jovens e solteiros, J osina, casa-
da com Cleómenes Marinho Falcão e em segundas núpcias com
Manoel Matos da Cunha, dentista em Recife. Sinhorinha, ca-
sada com J osé Barros Muniz, conhecido por Senhor Cícero,
de Araripina, Cordulina, Mário e Aurélio (2°.) , residentes em
Veneza, na fazenda Santarém, município de Parnamirim. Esta
fazenda foi a dquirida por Honorato e na divisão municipal
ficara incravada em Parnamirim com a grande fazenda Ve-
neza, mas por seu prestígio fo~ incorp?rada a Our~curi, e, po~-
teriormente ao perder a chefia pohtica, consegum revogaçao
do ato e voÍtou Santarém ao município de Parnamirim.
Honorato tinha curso primário, inteligente e muito
ativo. De início não se envolvia em política, entretanto ligou-
se aos Granja ~m face de sua primeira esposa ser dessa fa-
mília. . , •
Com a proclamação da República, os partidos poht1cos
organizados em 1890, passaram a func;onar en: I_>e;11ambuco,
distribuídos em três grupos: os republicanos h1stoncos sob a
109
os Uberais com J oal .1ar1flr1-:. I
·ns J únior, tcs transformadOI cm r.,-> i•
:{ . de Mnr t i d "S cs . d I , ., 4 ..
chc 1n onscrva or.., , c onselheiro o mp<!ri,.J, l>r •
Mun o : os c ndo à frent~ 0 Gonçalves Ferreira e Conat
Hcpúbltca, t~ Rosa e S_11va, 0 rnaís astuto, dia a dia ain
c1!>co de Ad ss 9 Rosa e Silva, dominador das ações nr.:
-
J oao Alf
A
re o .
ia vin o d a ser o . do derv
p erío d o cognomina r
sua influenc p ernambuco o der pelo general Dantas
mst.alando em a tomada d_o po ando vale u até o "chwn.oabli
até 1911 co;° el luta política q~ndes fazendo desaparece.,
em m emorav Aníbal Fern ,
. . mais tarde . . , .
d ina . despótica. . . da vitoria de Dantas ~ -
oligarquia . a noticia d --~
Em ouricuri, . e O povo sau ava o general,
de cerveJada
dia de festa, R .
d pelas ruas. 0
grupo de osa e Silva lendo
tan o Honorato 11gou-se da estadua l para as sessões l
O
duas vezes e1e1·t o deputaeado fiscal • d o eonsum
. o e ob teve a
de 1897 a 1902, nom 1 da Guarda Nacional. Al)elar
;:te de Ten~nte-Co~:eno Esta.do, Ho~orato fazia
mandonismo imp~rfos a natural intença? de se firmar
sobre seus ad~e:5ar_ 'não mantinha porem, processos
político de ev1denc~~'ersários, embora as divergências se
rosas contra seus_ª ente se excedia em certos momentoa,
fundassem· Inf_ehz~ ivo e quando excitado por bebida.a
temperamento impu ~ia a serenidade, tornava-se in,coeft!!I
licas, as vezes, . per ara desprestígio de sua autoridade.
concorrend? assimtra' Psi a figura também impulsiva, mas
Havia con
. d Antônio Pedro da
tudo alt1 va e
' ·
Silva, a 1he dizer:
_ Aqui,. nao.l
~

A oposição a Honorato se port~va sem m:<10 e


eoe , exímio arregimentador,
Alho mantinha a coesao do
,. . p d
liderado por ele e Anton10 e ro.
Honorato procurou aumentar o número de esco1:aa
município e ampliar suas vias de com~icação. Pres ·
pelo governo, mantinha-~e bem na reg1~0, trabalhando
seu partido. Um acontecimento expressivo durante sua
fia política foi a assinatura da Lei Estadual 606 em que a
de Ouricuri era elevada à categoria de cidade a 12 de maio
1903 . Verdade é que o município já possuía relativa a
mia por força da Lei Provincial 1057 de 7 de junho de
através da qual foram criadas a vila e a comarca de OU:l'IM
c~j~ instalação é procedida no ano seguinte. A autonomia
mcip~~ ~ompleta só aparece com a sanção da L ei Orgânica
Municipios, nº. 52 de 3 de agosto de 1892 com vigência a
110
~ 1888, J• na Repúblic
~~ munictpal de ~nclo 6 instalada
•...,.lllliinte
cJaetia P:~timunicipai6.
1
ca de Honor to
com prdetto~
~ • "'Nr..

8 Hnhores·
Hermógenes SEtl
eoronelª Antônio
foram prefeito.
Marinho
Jobellno Severtan'!:'~~~!::~ª• Honorato
• no a receita do municí .
odA:form.e havia sido · pio era orçada em 8
D, ou seja pelo P:;~ elaEli~ada
88
na prL
Gomeã de
ao perder a chefia políti
sem n.ec• • •it,para ~ fazenda Santar&nde 1911, retira-ae,
Beadqui:ddo depois seu cargo de fiscaÍ
~ual ha~lida eD>nerado, foi exercer suas fun.d":. consumo do
l~a e •~"·~ tar-se passou a residir çoes em Petro-
sair de__~ onde
..:.eà.....: do
não mais voltou terem
ª res1dênSa_lgueiro.
· dAll
·
xou o ...
~ ~ - 111'1 seu grupo a cargo do s Rodri eia, a.
-ia Rocha Palmo, cunhado de Anísio Coêlho.r · go Cast.
- ~ • ~formação da vila de Ouricuri em .
na~ ~ jl!.,.,,t!® de seu esforço, foi entretanto, um
~~ 'RIO co~pletar a autonomia municipal, ocor-
C:
da~:..:-••
rido ao O i 1,, r ~ ~ li<!_erança _oficial . Perfilazn_se assim, 3

mum
mgruticaçao na vida político-administrativa do
39 . - ~ de 1844 - criação da paróquia.
7 "1ídllll.lo de 1872 - criação da comarca e vila.
12 de 1903 - elevação de vila à categoria de
'ta\'a se:n i:t.: i!.: cidade
A diapõe de 30 de abril para uma data festiva,
linha a &i:!:P. junho, o dia do município e finalmente, 12
, a serem consagrados pelo governo mu-
.eventos dos mais s1gnüicante1 ie Our1cun.
t.em sido demais negativo, ·. una calamida-
.;que tem acontecido, não se prestigiando da.
figuras importantes da nossa história mu-

houve um grito do escritor Franclsco Neto,


em aos nossos conterrâneos que inte-
de Voluntários da Pátria, na guerra d~
ll&UU!"'LO
uendido e boje, há uma ~raça a eles d~-
de Felipe Coêlho Rodrigues seu coman-

111
Os primitivos formadores da po
à condição de heróis desconheci~os assrºª<.ão
que muito i;ze,an> por este muntcipio ;!;
con, "'t.1,
0

cienfüados de sua função, têm cometido i- , . , °!'t,:,:i.,.._


~
afixando placas em ruas coro os nomes de llJUsttç

nho, merecedores do respeito, n ão de


0 d,-•· ...
Pessoa, Cleto crunpelo, Manoel Borba BJ hn Ê:' ,1,:;;1
ºº"º h0 ""'t
atbo,a 1~M-<, ~
~
~
,rc:i...:

Alérn disso, surgiu uma coisa hila . tnena


a parentes por conta própria e o que é na_nt,, a .....
das da noite, substituição de placas afixma,a CUti h<>n,
municipal, por outras à vontade do fregu ~das Por';'°•
verno municipal tem presenciado e se I es · A. lud orça
i:'"'-
~
~ue não tomou medida saneadora desse Ontado co:•esr~Pot.
a p0stura municipal.
"'°•
o lo!
processo d tv,u1, ._
~

112
CAP í TU LO 18
3a. CHEFIA POLfTICA

ANTÔNIO PEDRO DA SILVA E


ANíSIO COtLHO RODRIGUES

_ O mand~ni~mo imperante em Pernambuco após a ins-


talaçao da Republica, ecoava em Ouricuri numa tentativa de
imposição a ~é~od~s coercitivos fora_ de nossas tradições paci-
ficas, de conVIvenc1a salutar entre sit uacionistas e opositores.
Se algumas_ v~zes, certas escaramuças, ao tempo do Império,
por exaltaçao isolada de pessoas que aproveitavam momentos
de ascensão dos partidos Liberal ou Conservador, surgiam,
eram logo superadas pelo bom senso e não descambavam para
rixas familiares, permanecendo apenas, intrigas de grupos po-
líúcos. Honorato Marinho Falcão iria se queimar na fogueira
prepotente do rosismo, mesmo porque teria que agradar a
seus comandantes de partido, chocaria entretanto sua perso-
nalidade mais pacifista do que a abstrata de opressor, não
querendo reeditar a figura de Raimundo Leonel de Alencar,
que se investia de o todo poderoso da fazenda Serra Preta
quando governista, aproveitando-se de posicionamentos vito-
riosos efémeros dos conservadores, localmente sem estrutura,
queria impor sua vontade aj udado por Agostinho Correia de
Melo ou Agostinho do Mulungu, este, posteriormente arrepen-
dido de suas atitudes grosseiras, transformando-se em pacato
cidadão a partir do incidente, na altura de 1870, em que a
venda de um escravo de nome Mário, deu motivo a uma re-
clamação por parte do comprador alegando ter feito negócio
com Maria, bonita e cobiçada negra, mas, o vendedor não con-
firmava, argumentando tratar-se de uma aleivosia. Daí veio
uma desavença em que o comprador usando de artimanha
substituiu no recibo "o" de Mário por "a" de Maria, viria a
obter a desejada posse da formosa e sensual escrava bem pro-

11:l
te ida pelo seu legítim? senhor . Apoiado P<,r ll
tí ~os po líticos passageiros, ,leva mnnho11arn~nt~; d,.
_g cuJo
eia . delegado era tambcm
• , maroto,
·t · f tcn(~t , t:-a, Pt
... e A.g ' .,~
zerra que arquitetou um mquen
. . t da povoaç-o in arnante . < '• r'-
C , <l<:01rr '''D
""'
: úrias a pessoas d1s!m as . . .ªº. oncluíd, ia1,,
~ odiento inquérito, e r~metido ao _Juiz na ~ede da' o l
Santa Maria da Boa Vista, atraves _do oficial d~ Ct.Jtr.arca
caminho este é emboscado por Rodrigo Ca_stor da t~iç._
. J - Pedrosa que
1 os e oao h .d tomaram J a e. -que1rnara
. rn ~"'<.ha
o Pr lL- ....._:
João Pedrosa era con ec1 o p Or nJ ao, irrnão de p C.Ctaa.
drosa, Comerciante local, casado• , com
I Isabel
h Cãnctld
· a edro
da p
dida da Silva Pedrosa. respe1tave sen ora, conhecida ~
Bela. · - d l
O incidente gerou pnsao t a gumas Pessoas
ao se libertar resolveu v~lt~r para Af~g~~os da lngaz~}ªnli.
terra natal. Por coincidenc1a ao . se dmgir ao sítio Pr~
onde traria um cava!~ para.ª. viagem, encontra--'Je corn o llt
qu l·m Leonel que lhe diz , prec1p1tad-amente:
? J01,.
_ E O brabo, ja amansou.
Janjão não suportando a pilhéria, segura às rédeas ._
cavalo de Leonel, força-o a desmontar, travando-se uma lua
corporal em que Janjão levou vantagem. O cavalo de Leonel
foge e chegando ao povoado trás pr~ocupaç_ão e a família lll
em busca de Leonel, encontrando-o ~1?da deitado à margem
estrada . J anjão, p_rocurado pela pol1C1a es:onde-se na caattn,.
e ajudado por amigos recebe armas, mantimentos e um ca
de nome voador e se larga por atalhos ao lado de um vaqu
a procura da estrada que o levaria a Afogados. Perder
e foram ter à fazenda Mulungu de Agostinho Correia de M
O que lhe parecia perseguição do d estino, não foi, encon
em Agostinho_. um amigo revoltado com os acontecim
resolvido a ampará-lo, como de fato o fez, trocando a
taria já cansada, colocando outros guias ao lado de Janjão
o conduziram ao seu destino e vindo à povoação, Ag
rompeu definitivamente com Joaquim Leonel.
Organiza-se a oposição a Honorato numa aliança
pJice áe Elias Gemes de Souza, Antônio Pedro da Silva e
sio Coê1ho Rodrigues, sob o comando estadual de !'osé
riano Carneiro da Cunha. Na verdade O comando estava
mãos de Antônio Pedro, o mais destemido melhor ind'
para enfren~ar ~ borrasca que poderia surgir. Com suas
!udes va: ms P?de evitar iniquidades em sua terra . ~~
0

nos de idade h~erava seu povo, respeitando o adversano


nd
se faze o respeitar . Honorato confessou posteriormente
114
Pedro • o elopava ai., vendo-o
urtlra 10bre a qual ele próprio,
~"11tlcúrta. ear tentativa, .,,..,
,. . Beconheceu tamba
to, excitado por bebL
de mando que prOCUl'ffa,
bllidade, mu, ll'IÇal a
ao rotilmo ,em JÚC1IJa
..-.t11UM11MN no futuro.
vale re,i,trar O cte.
80 IDOS de idade, à época,
dade: "Antarúo Pedro
ou erande serviço a ...
-... .~ que eu, delegado naquele
não desejava atender a
mmoe, mas era forçado ~
prejudicaram depoia. Certo
Mu>anllulva um enterro e ao JNIIIU'
toa em escrementos du n,.
direção ao curral do vfgúlo
idades. Isso deu motlwro
ia para derrubar o curral.
dflílreee na porteira sendo traftda
abre a batina à altura cio
de seu padrinho (e o f!l'a
·gos do Vigário e foi por
'cípio).
tônio Pedro e Gastão Pedro
i . - . .ac, coldre e tudo se acaJmoo.
hora não acataria u ordem
a aem razão e tocado pelo
fAlp:11· pediria recolhimento ao NU

IUva era recüense, nascido a 15


u década de 1960. Chewou a
IIMlirO e funileiro. Aos 90 anos de
u Lacoa de Dentro, na cidade.
~ t o , 1ua filha Jaaura . . .
- - ~ entre seu pai e os vfll-
• 1891 e cheeou ao posto de P.
Jlcmorato que também o corsr
de Ouricuri .
_ ,.. do General Emídio Dantal Bar-
Petrolina, lá sua esposa falecfMI e •
115
ti iodo pediu bulxa d& e;,,,
scnt indu d csprcB, ~oclicou-sc e vlvC!u <mtr,,
· . ri Aqu i
:"''••.l,
rn1", ' • ,
a Ouricu · são do General Uúntus ., "·
Com o osccb'Il inteiro comem1Jro1., ,,""1trrq,:_ ~
P nam uco d ' .,
,· m 1912, e; . vibrando n este ..
f sta e Ouncun . Pedro e Anis10 Cot'.:Jhi
'ª êV171t,
-::e cxitJ¼, ' ttri "'
,ll,:, r, &t
e mãos d e António
aos . . p e d ro e, eleito
Antôn10 , CJue ª'" .., ~
auzem seu d~stt:~as funções de 19!2 a Hn s _r,r;·feit<, dr»
nicípio e assumos
13
de idade, ~s funçoes de secre ~\ia ª.
cido. aos 26 ntão do primeiro prefeito rnunici ~ o d.i J;
feitura, na ges 1892. A Si coube o encarco dp l, E:haa ,._
d S~ a ~
mes e . a . refeitura.
secretaria d P erosa gestão com um orçarne
e~ ..a~ •
_

Inicia sua ºdl?sposição


1 para um trabalho dento de 10
· à sua Construiu o primeiro
tos de r eis · ·
mercado grand
. e
naquele tempo B.
, do atua l anc 0
do Nordeste PUbltco, p._.
tras . em 1928 pelo prefeito António So
Demohdo local onde mais tarde veio a se ares, edlf\.
cando um out~o nJ luz elétrica e atualmente urn ~, ~ .19:r
a primeira usma e , eposito da
Prefeitura . um mercado de carne, transferido n nã.....
Construiu 1 An ' . C "lh a~
a rua Corone 1s10 oe o, por questã
da de l940
espaçn, . senpra
o O prédio antigo vendido para a ftrrna Fº·~a"IQ
Lins "'filhos 'd' a a f .
. Construiu um pre 10 par pre enurá, na antiga I'\11
da Baixa, que abandonado depois, ruiu.

Dera à cidad_:, a p_rii:rieir~ i:uminaçã_o P~blica através


do tradicional Jamp1ao, , umco _s1s~t:ma de Iluminação adtnia.
sível e generalizada na epoca, d1a1;_iamente das 18 às 22 horaa
Dando ênfase ao setor de educaçao, fundou escolas no tn
cípio e procurou solucionar problemas agrícolas na Serra
Araripe com valados, separando a zona agrícola da past
Foi um trabalho grande para um período de apenas, 4
de mandato e um orçamento restrito Faleceu exercendo
m::indato de vereador .
Foi homenageado em 1956 como patrono de uma
avP.nidas da cidade na administração do prefeito Laud
Lins e a Câmara de Vereadores, quando da passagem elo
mf:!iro centenário do seu nascimento, dedicou.lhe uma s
especial com aposição do retrato d esse ilustre ouricuriense
sua galeria de honra, conforme se lê na transcrição da ll
a seguir:"

116
"CAMARA MUNICIPAL DE OURICUR!
Aia da segundo (2n.} ecssiío E
nra Municipal d e Ouricuri. E!!tado d 0 ;traordinárla da Cãr
d~:no dia 2 do julho d e 1966. cr nambuco, realiza..

Presidência do Exmo Sr Vereacl


Sobrinho oi: Jost. Patn

Aos dois (2) di_as do m ês de julho do an .


centos. e sessen ta ~ se~s (1966), no edifício secteº l e mil nove.-
Municipal d e Ouncur 1, Estado de Pernamb uco, as , a vinte
f'.refeitura
(20)
horas, compareceram, atendendo a convoca - f 1.
cio-Circular nº. 20/ 66 de dois (2) de julho ç~~ e. f pelo OfL
e sessent a e seis (1966) , corrente os seguint mi Vnovecentos
- d M J , ' es ereadores·
Joao Borges e oura, ose Patu . Sobrinho, Sebast·· 1ao Sab ino
" ·
de Souza, Edga ; P ed ro d e Aquino, Newilton Nogueira d s·1
queira e Hermogenes Granja Falcão. e -
. Que, havendo_ número legal, o senhor P residente de -
clarou aberta a sessao, e em seguida solicitou ao se h
, · d e· · · · a ch~mada das autoridades n or se-
,G cretario a amara 1mciar pre-
'etdi:i sent:3. e dos m embr? s r eprese~tatlvos das ilustres famílias de
Anton10 Pedr? da Silva e Aquinos . Em seguida O senhor Pre.
sidente autorizou ao senhor Secretário passar a ler ~ Oficio
. ra a s/ n, dos senh~res Ve:eadores: ~~gar Pedrc, de Aquino, Her-
1 nr, P!e!'.f. mógenes GranJa Falcao e Sebast1ao Sabino de Souza, que re •
:,,V s rui
• queriam a presente S essão no teor seguinte:
~ ira il... "P elo presente, vimos requerer a V. Excia., a convo-
cação de uma Sessão Extraordinária, com o objetivo de ho-
ICO SÍSttn:i O! menagear o primeiro centen ário do inesquecível Coronel
i' d ar.t1m1etit ' ANTONIO P EDRO DA SILVA, filho desta nossa cidade, Ouri-
1 -o. f:mtt . curi, nascido no dia 02 de julho de 1866, e falecido no dia 23
de abril de 1926, naquela época exercia o cargo de Ver eador ,
prob!em s fsf na Câmara Municipal deste Município.
ndo a io:a ap Atenciosamente. Ouricuri, 02 de julho de 1966, assi-
1 um perm:u nam: Edgar Pedro de Aq uino, H ermógenes Gr anja F alcão e
Sebastião Sabino de S ouza". L ogo após a leitur a do r equeri-
!> restri' h!!. f mento, acima cit ado, o senhor Presidente facultou a pal avra
aos senhores Ver eador es. Em seguida utilizan do-se da tri-
buna o nobre Vér eador E dgar P edro de Aquino, usou da pal a.
vra fazendo um belíssimo discurso, no que segu e:
Exmo . S enhor Presidente da Câm ar a Municipal , meus
Colegas, Exm as. Autorida des do Município, minhas senho~a.s
e meus senh ores: Com o r epresentante do povo deste Munici-
117
pio nesta Casa q ue é _do_pr?pr io P?vo, dornin, ,
funda emoção que ace1te1 a mcumbencia d e rnc1d, da trt
. .;[Jidas pincelarias expressar n este mornenf.< ,Ua T-artl
l co
Municipal de Ouncur1, • •
nes t.ª so1en1clade
· ern ,.;' da C l
J it Vr-

Coronel Antonio Pedro da Silva, m embro que f llfltr,"C


Por diversas legislaturas, devotado hornern PúbJ~a da
rincipais troncos n a m . t egraçao - f am1· 1iar
· deste lec,
p . . . t, . d b Peda,
sertaneja. Ouricun es a ':'ive~ o, em ora singe1;º 4e
de seus grandes dias . HoJe, dia O~ de j ulho, comrn !t,
anos que nascera o Coronel An~rno Pedro da sl .,Ie-o.&
mais jovem do comen dador Francisco Pedro, grande a,
pátria, parlamentar brilhan~e, fundado~ ~iesta cidadel'llltt
rioso São Sebastião e orgarnzador do Setim BataJhã do
0
luntários da Pátria, que em terras guaranís defendo de
sarnente O nosso pendão verde_:-amarelo que tanto n~uor
e orgulhará as futuras geraçoes que nos sur.ecterão n
bras do tempo. Esta homenagem que presta a Câmara aa
dpal de Ouricuri, não só . d_irá r esfeito a nós que aqw r
sentamos O povo, como dira respeito aos descendentes do
menageado, aos que se sent_em levados pelos laços do
dos quais faço parte tam ~em_. Senhor Pre~identE, pr
ouvintes. Esta data devena f icar no calendario de o •
e esta homenagem que prestamos, constará dos anais
edilidade, para ter cunho m ais significativo, inaugurlll?lGf
retrato neste recinto, daquele que em vida honrava a
época e dignificava o seu p ovo . Em nome da Casa, aqui
n sentido da Honra a o Mérito e que este Mérito nos sirva
estímulo para os nossos constantes trabalhos voltadas s
para a grandeza e a prosperidad e de Ouricuri. Tenho ·
Sala das Sessões da Câmara dos Vereadores, 2 de julho a ) José
1966. (ass .) Edgar Pedr o de Aq uino, Vereador da e· João
Municipal. Em tempo: r eferido discu rso foi lido em seu Seb~
me, p ela senhorita Edileusa de Aquino, filha do ilustre v
dor Edgar Pedro de Aquino. Logo depois, facultada a Her1
vra o suplente de Vereador, Sr. Gilva n Coriolano d·a S Edg:
sensibilizado com o acontecimento, usou a palavra, con
!ando-se pelos que tiveram a idéia de homenagear o C ~ia intimida
Antônio P edro da Silva, com um brilhante comentário aç'Jla da fam ili
rou suas palavras enviando aos j ovens como P.Stímulo compra d1
roso o parlamentar do passado . Em seguida foi passada a . e era volt
lav~a at um m em bro da família, Dr . Bórgenes de L~a, . te a Sah
do iluS re h om enagea do Cor onel Antônio Pedro da Silva, ~~rnerciais. 1i
apr esentou um belíssimo d etalhe, em polgante, prod
118 • ~ 1~Urant1
as ndivid
gerações futuras os exemplos daquele homem inter
para as capacidade do seu avô, apresentando ainda maia ~-
gente, ª5eus dados biográficos da vida pública do seu avô' ~
dos ~s logo após ao brilhante trabalho do Dr. Bórgen~ d
seguida, 0 presidente da Câmara de Vereadores convidou 0 :
1,una, 5 Vereadores, H ermóg~nes Granja Falcão e Edgar
senhor~e Aquino, para de~cortmarem o retrato do ilustre Co-
ped~o Antonio Pedro da Silva, acompanhado com O Hino Na.
r?ne 1 em homenagem àquele homem que perpetuou as glórias
ciona vo de Ouricuri, de sua família e trazendo parabéns as
do Pº geracões, que se acham emocionadas com a grande reu
00vas , d -
.- dos senhores Verea ores neste momento através da Câ-
01 ao p .d t f . d
rnara. o senhor res1 en e r e e_rf1_n o-se fao homenageado em
e e eloquentes pa 1avras, g 1on 1cou os eitos do ex-prefeito,
breveador e po11t1co
· . h onrad o e t ermman. d o d.1sse que a exem.
vf: do Coronel Antônio Pedro da Sil~a, conclam~~a os parla-
p entares a sempre erguerem a bandeira de trad1çao de Ouri-
mri desfraldada pelos ilustres dos antepassados, desta nossa
cu ' o senhor P res1'd en t e ao t ermmar
terra. . as suas palavras en-
errou a sessão, com grande salva de palmas ao homenageado
~ membros da família, inclusive a todos que se achavam pre-
sente àquela reunião e logo mandou que o senhor Secretário
lavrasse a presente Ata, que vai por mim, João Borges de
Moura - 1º. secretário, escrita e juntamente ao Senhor Pre-
sidente e os demais membros da Câmara de Vereadores, as-
sinada
Sala das Sessões da Câmara de Vereadores, em 02 de
julho de 1966.

aa) J osé Patu Sobrinho - Presidente.


J oão Borges de Moura - Secretário .
S ebastião Sabino de Souza.
Hermógenes Granja Falcão.
Edgar Pedro de Aquino".

Na intimidade era conhecido por Nenem, talvez por ser


o caçula da família . Dedicou-se ao comércio, possuindo arma.
zé?s de compra de algodão, mamona e cereais . Sua principal
atividade era voltada para o comércio de tecidos, indo cons-
t~ntemente a Salvador renovando e ampliando suas transa-
çoes comerciais. No ramo de tecidos foi sócio de Anísio Coêlho
Rod~igues durante alguns anos, separaram-se para f~n~ação
de firmas individuais . Além disso, foi pecuarista, res1dm na

119
da 13 •bcrib ', ao pé du r Jdlt<J
1 tigo cln f oi ·n rcsfcWncia cfofinitiva, na : • tr,,
casa 0! 0 ois para s ua lo e d e sobrado, aínda , x· nttga
do-se. fr&, prédio am1ilhOr O escritor Frunc:, ~<;,, "' ; it
du M,.L ad o pelo seu de cor branca e olhc1r irr. <t,.;
conse1: 1t,a norm_olfneo,primeira com s u a prima D.iu1
wtfi!: dull~ n~pci~i!, filha do seu t!o, coronel Tc,,
1ra de Aquino nda com D . Maria de CasttfJ ~i
man a 5 egu d J · d e l,')íl-.'
de Aquino e em Marica, fílh~ e ase e Castro Ba'. .. .,._.
nbecida por ~ - ônio teve 4 ft l~os, ~ aquel, falecida &ostra.
rimeiro matnm p edro de Aqu mo Sil_va, casado com l) 1
~e idade. Toma~ Anélio P edro da S ilva e D. Fran~1iq
Ped rosa. de Aqumo,
s ·1va cas
ada com o 2º. ta b elião Baldo-
t ..&Jro
de Aquino ! ' do a u tor destas n o as: Do segundo
da Silva, ger_1 1tor:!sceram 4 filhos : D . ~ h zabeth de Caati.
com D. Manca, o comercian te ~ ebastiao Marinho Fa
Cão casada comd om O com e rciante e p ecuar ista e-
' asa a c d , d. , •u
Diva Luna, e L a genitores o m e 1co Borgenes de
Nelson Bezerra C un a a'e S aúde João XXIII, de Ouricun,· ._,
. • · da as . Ui
Propnetano C "'lho esposa do comerciant e Deolindo
cides de
Castro oe '
r· a lmente Francisco · p e d r o da Silva
. e A]h o e m '
queira oe t e-coronel da Guar da Nacion al coni
Fora ten en . d '
. . 1902 conforme diploma em p o er da fanúlia
e-m1tJda em7d tubr o de 1902, nomeia Antônio Pedro da
ereto de e ~ucomandante do 176°. B a talhão de
tenente. cdoroNnaecional do Município de Ouricur i, Estado de
da Guar a
nambuco.
aa) Artur da Silva Bernardes.
Fernando Setembrino de Ca rvalho".

AN!S/0 COÊLHO RODRIGUES

Sendo Antônio P edr o um temperamento


che10 de impulsos, condições necessárias e salutares
tempo de oposição, o reflexo de uma personalidade fart&
dicionava em contra.partida arrefecimento nas atitudes
dos adversários. Anísio Coêlho, ao contrário, tranquilo,
bora enérgico, sobretudo arregim entador, palavra fácil
volvente, mantinha na adversidade a coesão partidária,
do defecções de correligionários, preparando. se para t
acontec:sse? como rle fato aconteceu, logo depois, ser
convergencia, sobre quem iriam recair os encargos da lid
0
comando do seu grupo político, o p oder municipal
120
do sem ímpo~ição ex~erna, advindo da confiança que hu i-
~s va, um herde!ro _legít1m_o ,d~ uma liderança familiar que nis-
~!ra com .º proprio mumc~p10, chefia do clã padre comenda_
Francisco Pedro. da Silva, sustentada por Antônio Ped
â~\895 a 19~5, mantida por Anísio até 1930 e transmitida ;,':.
este 80 seu filho, deputado estadual Felipe Coélho, a partir de
1946. H
com onora o
t M arm . h
o a política de Ouricuri ficara
vulnerável, ª? sabor ?~ pe~samento do poderoso estadual, déUI
decisões da cupula oligarqu~ca, para ser mais preciso, do arbí-
trio enfe~~do em R~sa e Sllva. Honorato deixava quebrar
uma tradiçao ~e mais de 30 anos, ter Ouricuri um represen-
tante da própria terra, na Assembléia Legislativa. Fora depu.
tado por duas. vezes graç_as a essa tradição, mas, em seguida
se deixou dommar pelos m teresses estranhos ao meio, conten-
tando-se com o ca~go de pref~ito do seu município e o de fiscal
do consumo, se deixando queimar no rosismo, na onda do "pau
é pau" ou "~sfola e sa~g~" em proveito do chefão Rosa e Silva,
embora aqui, uma espec1e de pacto de cavalheiro, amizades de
infância, entrelaçamentos familiares e a presença de bons opo-
sitores, o homem forte, Antônio Pedro e o envolvente Anísio
coêlbo, fariam o barco correr em ondas nem tanto revoltas,
mais suaves, não deixando mágoas profundas, lutas inconse-
quentes que floriam em outros recantos do Estado.
Essa situação de virem as soluções municipais através
das divisões de cúpula partidária ou de mandante do dia, faz
eco e também o general Dantas Barreto, o maior líder de Per-
nambuco, ao assumir o comando do Estado em 1912, utilizou a
vassoura simbólica de sua campanha para destruir o rosismo,
a maior oligarquia já instalada aqui em solo pernambucano,
a contrapartida, "pedra sobre pedra", sendo Honorato Mari-
nho uma das vítimas, perdendo o comando político e o cargo
de fiscal do consumo, que mais tarde recuperou por interfe-
rência de amigos e lhe dá a tranquilidade de funcionário fe_
deral, deixando seu grupo político sob a liderança de Rodrigo
C~tor da Rocha Falcão e, inexplicavelmente, se retira para a
sua fazenda Santarém, na Veneza, município de Parnamirim .
Anísio Coêlho é designado fiscal do consumo, cargo que
perde por força da integração de Honorato Marinho. Anísio
é então nomeado coletor estadual que também vem a perder
mais tarde por não ter comparecido na data marcada para o
concurso em Recife, por se encontrar doente.
É desfeita a sociedade comercial entre Antônio e Anísio
ficando este mais à vontade para as lides políticas, enquanto

121
1t " . se d edicaria melhor aos seua ncg i
A! honi? desempenhado intenso trabalho Pol~t.'-' 6 1 vau,
Ja avia C , l 1(:() '
st. - 0 durante 15 anos . onven1entc seri , UJr,1
3ª.
10opo ç~obrinho e sucessor na prefeitura é~ n lrtg r a
• . s~~tico único fazia nascer entre ambds um191? O
d? po ;~ teresses particulares de alguns correUg·ª t~uro
giam d "'divergências msigm. · 'f1can
· t es d e confonnidton"tt os
ftane"nºcias individuais . Entret anto, os dois tio ªde
ert diam bem e nao
en en
_ . . d •
. . - 1nam e1xar
t t
escapar
f
'
urna e u&ohta de
anos, formando d1v1sa~de pMor an ob~m raquecirnento 1 ,._
taç ão local do parti o. as- sa iam
sen . . d. da exisu . ..._
i.t:ncia
ferências pessoa1s das qua is nao po iam fugir a
t mos altos surgiria a contento, de comum ac~rd 501
t eracão do comando pol't' i ico es t ad ua 1 intervindo
· 0.
u ~ f d
pios, fazendo nascer ou su ocan o 1 er_anças como l'd noa
ram Barbosa Lima (o velho), Rosa e Silva, Dantas
no momento ,
O governador Manoel Borba se insur
. d . ge
Dantas, a criatura co?tra o c~1a or,. atitude que fazia
aos que faziam política do dia a dia no sertão, é que
r iam ver seus esforços tumultu~dos em atenção aos
dos dirigentes estaduais que ~giam em ~eu próprio
puxando brasa para sua sardinha. Na incerteza de ae
para onde a bal~nça iria pender, na escuridão da n
raio poderia surgir para quem tem bom s,.e~so. o p
publicano Democrata era o mesmo, Antonio perrnan
a Dantas Barreto e Anísio apoiaria ~anoel Borba, não
riam que alguém estranho ao grupo viesse a tombá.los.
vence Dantas 1 era o previsto e a luta pelo governo
continuaria com a política pernambucana dividida em 3
principais, o de Manoel Borba, o de Dantas e o de Estácio
bra que absorvera a facção de Rosa e Silva . Era
que continuaria, mas em Ouricuri, os flancos estavam
gidos, Antônio e Anísio, de ponteiros acertados olhando:
turo, de mãos dadas, o clã indivisível . Antônio p~
laborar com o município na qualidade de vereador
quando de sua morte, conforme se lê na ata do Con
nicipal, lavrada pelo seu 1°. secretário: "Termo de j
Aos vinte e nove dias do mês de maio de mil novecent01
e set_e, trigéssimo oitavo da República d os Estados
~rasil, na sala onde funcionam as sessões do Conselho
c~pal de Ouricuri, do Estado de Pernambuco, achand
O
mdo mesmo Conselho em sessão extraordinária ai
ceram _os cidadãos Francisco da Rocha Muniz e Ant&do
lano Lins, conselheiros eleitos e reconhecidos em eleiçio
122
d em 24 de abril próximo passado nas vagas d
zn .ª05 tenente-coronel Antônio Pedro da Silva e Cl'osdfconseG-
Jhe1r Ih · d au o e.
rt1ldO de Carva o, os qu~1s, e ac~rdo co~ 0 artigo 79 da Con•
tituição do Estad? e paragrafo 10 : do artigo 10 da Lei 1733 de
26 de maio de mil. nove~entos e vinte e cinco, perante a mesa
1·oferiram a segumte formula: prometemos guardar a Con
fi tuição da Re_pública dos Estados Unidos do Brasil, a ~
Estado, suas leis,. desempenhar bem e .~ealmente os cargos que
nos forem confend_o~ e sustenta~ a umao e integridade da Re-
pública. 10 . secretapo, o escrev1. Anísi? Coelho Rodrigues _
Presidente. Francisco da Rosa Mumz . Antônio Estolano
Lins".
Anísio tenta eleger um ouricuriense para a Assembléia
e O seu próprio nome é cogitado para o Senado Estadual mas
as maquinações dos diversos grupos da política pernambucan~
impediam face _às composições Z?ªq~iavélicas da cúpula par-
tidária em detrimento das asp1raçoes legítimas do interior
principalmente do sertão com eleitorado pequeno mas. carent~
de voz que clamasse pelo seu desenvolvimento, com presença
efetiva no dia a dia das decisões governamentais.
Um representante de uma terra com falta de estradas,
de grande distância dos centros comerciais, de baixa receita
municipal e sobretudo de pobreza, vendo-se frequentemente a
braços com o problema das secas. Anísio como bom .sertanejo
suportaria a degola, fato comum, corriqueiro, trivial, do ma.
labarismo político. Entendia e não iria se impacientar, não
podia botar banca, bater o pé, exigir, vivia distante do palco
das deliberações, conformava.se, aguçava seu espírito telú-
rico, sua terra necessitava de si no cotidiano dos acontecimen-
tos. Era um chefe político sertanejo, um conse1heiro de famí.
lia, um médico de sua gente.
Com seu chernoviz à mão e na ausência de médicos,
Anísio receítava seus conterrâneos utilizando os meios que a
medicina popular punha à sua disposição, água inglesa, jalapa,
aguardente alemã, elixir cabeça de negro, catugenol, de famo-
sas lavagens intestinais e de outros recursos que seu guia tera-
pêuticc, indicava. Dava assistência aos doentes e para atendê-
los, vinha inclusive de sua fazenda Quixadá, a um quilômetro
da cidade, onde residia. Vencia o percurso a pé, a cavalo ou de
automóvel.
A título de curiosidade informava o tempo gasto do
Quixadá ao centro da cidade. a pé, cavalo ou automóvel e de
CiUa11tas passadas dava no percurso.

123
. O ·meiro proprietário de autom.
Foi P~' por seis contos de réis um ~e! na cid
Em 1924, Ocom~\ oupercorria o município e viaj ord rn0dei:"1e.
anu cum q u;1fc em atenção aos interesses i::~ª- conaiai, d,,
mente ao R_ec re aros no seu fordeco, faltou. llcoi. c,..:_,½.
1
vez para fazer táo O ferreiro Paulino, cabocJ he um i;;•~
nico, chamou en. 8 conclui r ser o defeito reauJta~teCUl'loto ~
fez o conserto apo omento devolvia ao coronel sa· ddo e.:~.::.-•
rle peças que no m ' in o ea~.._,
o seu carro. llor.
malmen te n_ 8 de dezembro de 1923, o povo de
0
No dia_ ta da Conceição, quando o barulho lllicurt cc..
memorava a fe~ ão Era o prim eiro automóvel de um lr.(...
tor chamou ª ª e;~ietário, o fiscal de consumo Drqu~ chega"ª
aqui _com seu ~~~u na casa do seu amigo, o prom~t UreJi
da S1lve1ra · épTomaz de Medeiros Correia. Dr. Aur~r- de
tão, Dr · J otsl . do Rocha (Paraíba ), encontrando
nha de Ca o e . t· O • .
est1:~~
r....., ,._
. vel até Custódia e de 1a a e uncun, veio por ""
auto~o d sendo forçado algumas vezes a cortar matoC3JnL
n~~:r ~rf~s~'a r . o segundo aut~móvel, pertenceu ao ci ~
~lcides Malaquias, apareceu a9-m em maw de 1924, foi até a
v1.1a, d e Santa Cruz pelos cammhos
. deb gado. e lutando co-u, a
.l ama porq Ue neste ano estavamos em om mverno ·
Anísio era alto, f?rte, _de c_or ~or_ena, de ?~ar ti:anquilo
e gesticulação serena, 1mag1~a~a? fer tz!, memoria privilegia.
da, quem melhor relatava a h1ston~ de Ouncun, emprestando
mesma, um cunho pessoal, fantas1av~ os acontecimentos com3
mui to bom humor, prendia a atençao de quem ouvia. Gos.
tava de ler e redigia bem, teria sido um romancista se para
tal tivesse se dedicado, era um contador nato de histórias
prendia seu público ao ouví-lo, expressão verbal atraente'.
Costumava sentar-se à calçada de sua residência, vizinha da
Igreja Matriz, cercado de amigos, sua palavra se sobressaia
e de quando em vez dedilhava o violão fazendo compasso com
o pé . Figura simpática, risonho, usava sua inteligência e bom
senso acomodando gregos e troianos, evitando ressentimentos,
querelas, atuando como moderador, conselheiro, enfim.
Dominou politicamente seu município, prefeito por
duas vezes e vereador em três legislaturas, ocupando a presL
dência do Conselho Municipal. F irme nas suas decisões, teve
sob sua guarda a bandeira do 7°. Batalhão d e Vol untários da
Pátria, trazida em 1869 como doação a Igreja de São Sebas·
tião _de Ouricuri, por seu g enitor, voluntário da guerra dG
Br_as1l contra o Par aguai, tenente coronel F elipe Coêlho Ro-
dngues, comandante do 7º . Batalhão .
0 influente _jornalista Má.rio Melo ~restigiado político
embro do lnst1t~to Arqueo~ogico, Hi~torico e Geográflco
e m ernambuco, des:Java a a_ludida bandeira para O Instituto
de ;. entretanto nao atendia aos seus pedidos insistentes e
~n~;~es grosseiros por ser a única bandeira existentP. em Per.
35
nambuco.De tanto f a1ar, f m
' d ou M'ano
. Melo convencendo
O in.
or Carlos de Lima Cavalcanti a designar uma pessoa
w"entnome do governo conseguir . a bandeira que foi enviada
com um oficio e. a raves a ecret aria
eem ,. t · d S · de Justiça, Educação
e interior, e?cª~in?~da ao M~s_eu ~o Estado onde se encontra
mo relíquia h1?tor1ca. Amsio tmha razão em não querer
~~tregar a ban_dei~a por ser ~ mesma. um patrimônio da Igreja
Matriz de Ouncun embora viesse a ficar sob a guarda do Mu-
u do Estado de Pernambuco .
se A li·aerança d e An'1S10· cresceu tanto que em 1928 não
possuía adversário político e~ Ouricuri. Seus opositores che-
fiados por seu cunhado Rodrigo Castor da Rocha Falcão e por
Jobelino Severiano de Macedo, representantes do grupo polí-
tico de Honorato Marinho Falcão, haviam se aproximado de
Anísio engrossando sua corrente, pondo o município sob dire.
cão única, exclusiva de Anísio.
· No período de 1912 a 1930, foram prefeitos_os seguintes
senhores: Antônio Pedro da Silva, Anísio Coêlho Rodrigues
(duas vezes), Hildebrando Damascena Coêlho, Antônio Soa-
res, J obelino Severiano de Macedo e Rodrigo Castor da Rocha
Falcão .
Rodrigo Castor, homem moderado e hábil, após o afas-
tamento de Honorato Marinho, assumiu em Ouricuri a dire.
ção da corrente de Rosa e Silva, depois transferida para Es.
tácio Coimbra. Era casado com D . Maria Petronila Coêlho
Falcão, conhecida por D. Dondon, irmã de Anísio. Desse ca-
sal nasceram: Delma (faleceu solteiro), Nemésio (coletor fe-
deral) , Rodrigo Filho ( oficial do Registro Civil), João, SL
zelina (casada com o primo Anísio de Matos Coêlho) e Herceli
Coêlho Falcão.
Rodrigo Castor, homem tranquilo, concorria para a
pacificação política do município, mantinha amizade com to.
dos, principalmente com seu cunhado de quem se afastava
apenas nas questões políticas e finalmente unidos por inter-
ferência do governador Estácio Coimbra, em 1928. Ao tempo
d_o governo de Dantas Barreto, fora exigido concurso para efe-
tivação dos tabeliães e criação de mais um cartório nas comar-
cas que possuíam um apenas . Ouricuri estava neste caso • O

tW


como primeiro tabeliüc,
lº. cart6rio te;:raguaí Ru fino J os,:, ua 0 c;tai,; .,
d Guerra do Matos da Cunha, P eur , , un1,,.' 1 ''A
0 1 r,rn&-
maente M ai,oel Doca Aq uino . E m 19 13 Por ~"i :, rj,. 'I\.,.,'
,i,ecido por . 'um cartório e Rodrigo C · } ''ºtia /1,
:rn criado maishabilidade de ser, con, "n8 ,,,, &p.'.'' ~,.
. w teve . . d d 0 oca A. , •·
sicion!s . ao cargo . Foi aJ~ a o Pela arniz;,d 'Wir,,"'
dato uni~o de direito de en tao, Dr . J oão de o/ q11e, •
com o JUIZº artório, com a m or te de Doca iv,,"• !;!
O!: cMarinho F alcão (genro de An·~•<Jllin,, ·!A
para Antonw Id !'no
1
' 1m ente Para" S1s10)
Bezerra e f ina b d~ '

t Euclides sª tinho). o 2°. Car t ór io, depois ~ astiãr, .


Campo_s .\ ~;r Baldomiro Pedro da Silva e e P'°<lrig~
tor,_foi 5t ti u ~scrivã interina, sua filha, IdáJiac~n, a a ' 4i:
dona de e, ~her a ocupar essa fun ção em
8 ·1

9111no e·•··
ime,ra mu . Uricur· ""
pr A , •o Coêlho Rodrigues, nasceu em 28Od 1•
dms1 Campinas d1stn. ·to d e N ascente de e ma;o de
fazen a ' d f • ' UJi
na.1 de febre tifóide a 13 e evere1ro de 1 O CUr; e la.
l:c fJade e sepultado na _capela. da fazenda Qui~:~~ 8\ 953
dro riedade. Filho de Felip': Coelho Rodrigues e D a, d_e
~a tetronila Coêlho, fora criado e educado pelo Pad.re~lll
dador Francisco Pedro da S ilv~ d~ quem fora suceSSor~
t.
!CO.
É patrono, de uma das prmc1pa1s ruas de sua .,,., -
B v· b .
de uma outra em oa iagem, a1r_r? da cidade do ~
e,_,
aparecendo nesta com o nome de Anis~o Rodrigues Caêlho'
Era coronel comandante da 59a. Brigada de Infant . ·
Guarda Nacional, de Ouricun. . . ana da
Durante sua liderança manteve prestíg_io e pacífica evo.
Jução de sua comuna. Casado duas vezes, deixou prole nllillt.
rosa. Do seu primeiro matrimônio com sua prima D. Raquel
de Aquino, filha do seu tio, coronel Tomaz Pedro de Aquino,
nasceram: Sinésio (faleceu solteiro) , Herrília (Lili) eSJIOSa
do promotor Inácio Gonçalves Guimarães; Raimunda (Moça)
casada com o desembargador de P ernambuco J osé Tomaz de
Medeiros Correia; Raquel (Dedé) casada com o tabelião An.
tônio Marinho Falcão e J osé (Tosinho) , funcionário dos Cor-
reios e Telégrafos, casado com Ana Maria (Ciana) . Do segun-
do matrimônio com Rufina de Matos Coêlho, nasceram: An.
tôni? Anísio, ex. prefeito e ex-funcionário do Ministério da
Agricultura, casado com Sizelina Falcão Coêlho; padre Aga•
menon, vigário de A ssaré, C eará; Adelmir, ex. coletor .!ede!
casado com a professora Aliete Rocha Coêlho; SebaS!Jao ~ ia
Llh_o _decM!tos, coronel médico do Exército, casado comf~'ora
ucia oelho· s· , • a pro e,.,
, Ines10, comerciante, casado com
126
C ' lho· Lindalva, casada com Moacir Mota, corn~.
_f!icoiice ºlssa~é; Teresa (Sinhá ); Felipe Coêlho, deputado
,if10te em . ado com Hildet e Bezerra Coêlho, filha <lo índus.
e d al c~is , · d e O ur1cun,
. . F ernand o Bezerra e
esta u • hefe pohbco
trin. 1 e ex-eda corn o comercian . t e e ex-veread or, J oaquim An.
• casa .d )
j\,fa~·ia,Filho (ambos faleci os . . .
gelirll D José Tomaz de Medeiros Correia, nascido a 3 de
. . r ·de 1886 na cidade de Itabaiana (Paraíba) , formado
fever;:~uldade de _Di~eito do Re~i~e, turm_a d: 1910, , exerceu
pela otoria de Teixeira e Conceiçao do Pianco, P ara1ba, vin-
a pro~- 0 para Pernambuco, sendo designado promotor na co.
do en ªcte ouricuri, onde se demorou de 1917 a 1925, tendo se
rnarf com a filha do coronel Anísio Coêlho, D. Raimunda
cas!lh~ de Medeiros Correia, (D. Moça) . Em 1925 foi no.
Coe do juiz de direito de Santa Maria da Boa Vista, transfe-
~~~ em 1926 para a comarca de Petrolina e em novembro de
~~30 designado juiz do Recife, ocupando a vara de família
or 'vários anos, sendo em seguida designado desembargador
~o Tribunal de Justiça, função que manteve até falecer a 28
de junho de 1955. D~sse ilustre Gasal n~sc~ra~ 1~ fi~os, u.?1
dos quais, ,urna menma,. faleceu ~a primeira mfanci~.. Sao
íilhos: Sinesio de Medeiros Correia, professor catedratlco de
História do Brasil, do colégio Estadual ( ex-Ginásio Pernam.
bucano) e procurador de justiça, aposentado, tendo tido bri.
lhante atuação como promotor no júri a respeito do rumoroso
crime de morte de D . Expedito Lopes, bispo de Garahuns pelo
padre Hosana de Siqueira e Silva, cujo processo fora desafo-
rado para Recife; Orígenes de Medeiros Correia, agrônomo e
professor catedrático de inglês, aposentado da Escola Técnica
Agamenon Magalhães e professor de desenho e matemática
do Colégio Estadual Oliveira Lima; Felício Coêlho de Medei.
ros, militar da Aeronáutica, reformado e ex-vereador do Re.
cife; Anísio de Medeiros Correia, economista, falecido em
1977; He_rcílio Coêlho de Medeiros, professor em Salvador,
Gerson Coêlho de Medeiros, economista, professor em Recife,
ex-presidente do Sindicato dos Professores; Umbelina Medei.
ros de Aquino (Iaiá) casada com o médico sanitarista da Fun-
dação SESP, do Ministério da Saúde, Raul Aquino, autor
deste livro, José Coêlho de Medeiros, coronel-médico do
Exército, atualmente servindo no Rio de Janeiro; Antônio
Co.êlh~ de Medeiros, procurador de justiça de Pernambuco,
1
: meiro presidente da Fundação Estadual do ~ em Estar d.e,
. enor (FEBEM) e da Fundação de Desenvolvimento Mum-
cipal do Interior de Pernambuco (FIAM), ex.superintendent(;

127
ai
m
d

,,
D

- de 1931
\\lçaO li'tiCO
oetO pO
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;:il"',!jlJCl"~ :t,1:a!ll
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~i;, co!ll .
!ltretanlo se atritar e
,niOS perrepistas para
ttáe estadual Estácio (
uercer influência salu
do-,e aos interesses da
tro,ultor, Anísio Coêll
aos solavancos dos sac
N1 hora precisa do sa
:im um homem hábil
le Abraão. '
il Ointerventor f
ponderações de " .
!ll totalm ni
~vi.lo ente as réd
. ,mas ern
ta pan
tUr1, llilvindo
rnbér
CAP i TU LO 19
4a. CHEFIA POLfTICA

Fernando Bezerra

A Revolução de, ~930, pegou Anísio Coêlho, quase de


surpresa. ? velho _P?lítlco no apogeu de sua liderança muni-
cipal, dificilmente u:1a pre:7er que mouros rondavam às costas
do seu burgo. Mamfestaçoes de adeptos da Aliança, não lhe
pregavam susto. Não parecia ingenuidade, de boa fé confiava
no rebanho que há vários anos apacentava. Seu prestígio lo-
cal não permitia que, de cara, alguém se lhe opusesse. Era
chefe respeitado, de aquém a além mar. No turbilhão dos acon-
tecimentos reformistas exigidos pelos arautos aliancistas e re-
volucionários outubristas, Anísio contornava e indicava para
prefeito municipal um homem do porte de Rodrigo Castor da
Rocha Falcão, probo, respeitado, capaz de neutralizar dissidên-
cias, com lastro-político desde os tempos de líder rosista sem
entretanto se atritar e na hora de pacificar, estendendo as
mãos perrepistas para Anísio com aquiescência do próprio
chefe estadual Estácio Coimbra. Tinha assim, possibilidade de
exercer influência salutar na pacificação municipal, ajustan-
do-se aos interesses da nova ordem revolucionária tendo como
consultor, Anísio Coêlho, de longa experiência e acostumado
aos solavancos dos sacos de gato da política pernambucana.
Na hora precisa do salve-se quem puder, Anísio lançava as-
sim um homem hábil, mas, nem tudo estava em paz no reino
de Abraão.
O interventor federal Carlos de Lima C-avalcanti cedia
às ponderações de Anísio, ouvia-o sem entretanto lhe entre-
gar totalmente as rédeas do município, nada queria fazer sem
ouv_Llo, mas, em panos mornos cozinhava a política de Ouri-
cun, ouvindo também pessoas do seu comando governamen-

129
tal ali a{Jcistas e outubdsius que.: e.:· . .
e ;eus aliados. AJgu ns Uus pulític•J;'~'."'" " " 1
en1avam a eAperança de fazer tom ho aq 01, ; , ,a
cm vão proteger seus flancos.
111 '.' 'ªC1,-,
r " An·111,J

A Revolução de 1930 ao se im
JobeJino Macedo por t er origem n Planto, d
Rodrigo também fora . estacista e por ~- Pf!r-r(.!pj (!rr,t,-t
cima n- ,
sio' mas, tud o df azia crer,
t ' sua b aceitaç-
· ao er~ra e::trr1t'
tanto, jnespera am en e e su sl!tuído a •0z ,,,
de Andrade, em 1931. Era o presente PJ~º cap;tãolltr' 0
,
beliáo de out ubro de 1931, em Recife lll"eg
por Lima CavaJcanti, trazia insatista' _que
revolucionário com sede reformista çeªºrec,~--
era:, ~
do "stai~.. u
Jc,.

tas de 1929, apesar d e comporem um 14II103 doa ◄


nindo velhos , . oposicionistas
. t impedernf" d os e heterr,,,,•,
Po - t:.~
.
trados. An1s10 via que o erreno . ,, lhe fugi· a sobPerrep·1 •~
f
como estar para ver como _,ca , seria uma os _Pi,,~
de enfrentar o problema, nao condizia com : aneu-a • .
de Juta uma brecha teria que encontrar eu tein
marcha'' mas,
" nada certo
. e o próprio . Anís?ar~ io diz contin-·~
nuscritos a gente · vive
t como menmo a co·nsertarem. Roo,. ~
capitão Mun1z en regava a prefeitura em 1 93 ara
ciante
0 de tecidos Adolfo Soares. Cada vez m 1. 0 2, ao
tanciava de Anísio, .ainda . 1 ouvido, t mas' não . ªast,endido barcoA se
são do mando rnun1c1pa se pa enteava, pcré •
de pacificação surgia, Fernando Bezerra oumt' um
. . d S 1 . ' ro co
de tecidos, vmdo , . e a gueiro,t seu amigo parti·cular e

lbáes . "Na revo1uça? ~ de 30 , t'1nh amos um eleitorado


tico. Conta An 1s10 em car a ao governador Agam
enonde
tro mil e tantos
. eleitores,
) semd ter um adversário, os
marretas (Ros_istas meus . a versários, chefiados
cunhado Rodrigo Castor, un1ram-se a mim. Na int:;-
Lima Cavalcanti, entrou em nossa casa o Sr . Fernando
zerra pedindo.me para, com Adolfo Soares, pedir a Lima,
meação dele para prefeito, que com dois ou três meses
garia a mim ou pessoa de minha família, pois quem devia
prefeito era eu por filho da t erra e t er fulcro de família e
tudo faria de acordo comigo . .. pedimos a nomeação .. .'.
uma pá de terra a mais, a prefeit ura não foi devolvida, o
do entornado, a vaca no brejo. Anísio entregara de arma•.
gagem a Fernando que dia a dia se aproximava mais d!
Cavalcanti, inclusive tomando o interventor como pidrinbo
uma filha. Solidificava-se a liderança ·de Fernando que

130
•oria do eleitorado de Anisio, recebia também a
ben °.d a rna1 .
d cornpadre mterven or.
t
simpatia eº nstituição de 16 de julho de 1934, reconst ituciona-
A. ;ís elegia Getúlio Vargas presidente da República
lizava O d~ Í7 atrav és dos r epresentantes da Assembléia Na..
o no ia '
l~gnal Constituinte.
cio A. reeleição de chefe do Executivo era vedada por esta
itui ão, manti:1ha-se a . t:a~ição _republicana, _ porém-, o
c oi:st lo das disposiçoes trans1torias abna uma exceçao naquele
capitu to permitindo aos mesmos, disputar o cargo dE. gov er-
rno:ene 'determinava eleições para Câmara do2 Deput ados e
na . oras Constituintes Estaduais que seriam incumbidas de ela-
pai ªr as respectivas constituições e eleger seus governadores
oora
deputados. Foi· o primeiro
· · test e, a grand e opor t um'dad e d e
~ernando mano~~ar o acerv? eleitoral do m~icípio que r ec:-
bia de mãos beiJadas, proJetar-s~ per~te _Lima C_a v alcantl.
Anísio repetia o gest o d~ 1_91~, ~amdo vitorioso apoiando Ma-
oel Borba quando da d1ssidenc1a deste com Dantas Barre:to .
~esta feita, apoiou João Alberto Lins de Barros, outro dissi -
dente que t endo-lhe escapado o controle da política de São
paulo talvez por não ser paulista, tenta João Alberto recupe-
rar-se' em Pernambuco, sua terra natal . Recifense, porém sem
raízes no Estado, vivera sempre servindo em guarnições m ili-
tares do sul. Entretant o era nome que mer ecia respeito, par _
ticipante dos movimentos rebeldes de 1922, 1924 e 1926 e da
Coluna P restes. Figura ex ponencial da Revolução de 30, um
dos principais articuladores da Aliança Liberal e eleito depu-
tado à Assembléia Nacional Constituinte, por Pernambuco .
Assim como esse p assado d e lutas, disputaria o governo d o
Estado com Lima Cavalcanti . Este, o maior líder pernambu-
cano de 30, com prestígio popular, o Estado sob seu comando
e candidato do situacionista, pôde vencer as eleições para a
Constituinte Estadual, conseguindo dois terços dos componen-
tes da Assembléia e tranquilamente ser eleito governador, por
via indireta.
Anísio n ão desiste da luta lançando seu genro o bacha-
rel Inácio Gonçalves Guimarães, candidato a prefeito, perde
0 segundo teste e passa a comandar a oposição.

. Com apoio do governador, Fernando inicia boa admi -


n15traçã~. Por esse t empo, o sertão pernambucano j á possu ía
regular
sertan · mtercâmbio comercial, o caminha o li~va
o-
comunas
hia) eJas aos cen~ros comerciais de destaque, Juazeiro (Ba -
' Crato (Ceara), Caruaru e Recife . A produção a grícola ,

131
prineipaJm cntc ma mona '41 •
lntcn sificacla
S b e a pccu,:írJa !º~
4 r,, f eiJ''
8 '- U(.!9
'
o e_ ass1rn a receita rn . ~"oJi;(1i, ,1.,
Os comboe1ros primitiv0 8 u Unit:!Pa1 11ti~ 1 · , ,
jumentos no transporte do; ; Ut1Jiza _"t& 1~ ~
mente se extinguindo, vez q u/ºcluto 11
8
:rri
1 ,,J.'-'1r,,
do por estradas ruins e atoJeir' 0 catrii ~1~,,1.t;, 1 •.," 1.
rap1'd ez, provocavam m aior i.ntos se. lrio11 ria,'· -...i,
~
1,r, ~- ,
r ecebia r epresentações de outraser~ªll"tb/ 111r~eiit.'.t~";
lia is como o caso de Coêlho e Ci cictacle 0, 01rte ~;:': , •• f
pelos cearenses OswaJdo R odrigu a·• do 8Cra~cJ!lai,:• 1 r,
Esta filial posteriormente foi ees ~aria aqq·
6 ~• ªr.~:
fundada para comercio . . de ProctutXhnta e8 fittri - •-a·1'J:iunt'
i º ••
ros. Esses senhores se radicaram_ os ª!l'rícoia,.; a1 a t/ e..
zido alg~s irm_ã~s de Crateus, e:º
~ eia, ten "ªl'i«i7"·--
de p1:efe1to_ mu111c1pa_l e Raimundo ara, ~esellJdo O .,,1,! '-i
Osono, .J oao e Otav10 F arias, casado~e
se Odepois para o Estado do Maranhã
O
V1ce_Pr~f~hou
ezn Ouri to. Oi c.r.
~
e so:10· · F ar_ias
· bem suce d'ido cornercia1zn 0, onde cu"1 lliu!l."" ,
negociá'
algodao, aqui permanece com sua fall"tíl' ente cornrti eolli a,,._
A evolução que Sofria O sert- 1a. llianic,:"'I
o processo administrativo municipa/º• taznbéllJ ,_ . ",
escol_as pnman~s,
· · · _meIhorando as Vias d ndo '-"l1a
, cresce n. e-,o
as v1l~s _e substituindo o lampião de ilu e. co~Unicac~'ro O d.
luz eletnca. Era a tar~fa a que Ferna:a.:~Ç~o Púbt!t~
realmente se desincumb1u satisfatoriam te 1r ~ se dedicaiPE!a
1
• lhe eoo,,g,,cen, n, opinião púhlic, " ' ""' !ai, ..:
Em 1936 adquiriu em Recife um motor a .
vendedora se encarregou de adaptá-lo Para nh eo e a ii.'lla
tagem e o entregaria funcionando no dia 20 I .ª•
com a cidade iluminada .
~
01f~a a ll!nn.
e Janeu-o dei937
A inauguração da luz coincidiria com a f •
droeiro São Sebastião. Fernando programou in~ a do pa.
st
dade para esse dia, distribuindo convites para amtgsa dsolEJti.
·•· vi~in
nic1p10s ·-h. os . O mo t or, ent retan tº? não funciona oselllu.
e FE?.
nando, pre1ud1cado nos seus compromissos, dispensou os llla.
cânicos da firma e contratou outros que não descobriam llli.•
tério do motor . Ninguém conseguia fazê-lo funcionarO e
tempo correu de janeiro a junho, com tentativas frustradas.0
O advogado Guedes Filho, pilheriando Fernando, aconselhou
pedir para o motor, uma bênção de Frei Damião que aqui pa.,
sava em missões religiosas. No dia 28 de junho, às 13 hora;,
o frade milagroso atendeu ao pedido, benzeu o motor e_em se.
guida viaj ou para outra cidade. Por co1nc1 encia • ·
• ·d· · ou nao Fer-
132

mecânico improvisado, Deolindo Siqueira Co"lh
tarde ern manob ra s1mp
o e o
... 8J1 d
. 1
es, f.1zeram O motor fune . o,
,, ela ' ·ct d b
11aqu 1·tUIDinaram a c1 a e so surpresa geral. Deolinclo tor-
C10-

nar e roecânico da empresa e esse motor serviu à cidad


11 ou-s~ ? anos, instalado no antigo prédio do mercado cone
và!l 05
por, e!Il 1928, por A n tAomo . Soares. P osteriormente ' pr"s-
_ Laudenor L.ms, const rum
tru1do . novo pred10 ' O v-
, . para a Empresa
feito
LUZ e Força . . .
de O setor educac1on~l cammhava com morosidade aqui
or falta de profe~so_ras ~1p~omadas. _Os educandários que for~
P Jil essas prof1ss10na1s ficavam distantes daqui localizados
mava b . . 1m ,
grandes centros ur anos, prmc1pa ente na capital e dL
nos
. ·1rnente uma moça se avent urava a se deslocar para O ser-
fiel · ' ·to, h avia
. considerad o mosp1 · a ob Jeçao
· - d os pais e além disso
tao,
nas localidades e res1 enc1a e suas f arr:1has,
d ºdA . d ,. encontravam'
sempre um bom mercado de trabalho. Na decada de 1880 viera
de Recife ~ professor <?arlos Ad?lfo de 1:-velar Alchorne para
ensinar latun ª ?s menmos _da vila. A viagem era feita a ca-
valo pelos caminhos de boiada, por lugares onde havia água
permanente. Nas proximidades de Ouricuri, hospedou-se na
casa de um matuto que gostava muito de caçada ·e surpreso
entendeu que o mestre ensinava a latir. O professor interes-
sou-se em ver uma caçada e o tempo era propício. Saíram à
noite munidos de espingardas e acompanhados de dois cachor-
ros. O professor para melhor se proteger na caatinga, vestiu-
se com um fraque e pôs uma cartola. Ao amanhecer do dia,
encontraram uma onça, o caçador sabendo se proteger, nada
lhe aconteceu e o mestre de tanto correr pela mata cheia de
macambira e caroá, rasgou seu fraque e ficou bastante ferido
vindo à vila às pressas para tratamento das feridas . O caça_
dor disse a um amigo:
- Pensei que professor era homem que sabia de tudo.
Em 1917, o Dr. José Tomaz de Medeiros Correia ao re-
ceber na Secretaria do Interior e Justiça o t ítulo de nomeação
de promotor da Comarca de Ouricuri, foi alvo de atenção dos
servidores da Secretaria, admirados de um bacharel ter cora-
gem de ir trabalhar numa região infestada de cangaceiros e
do grupo de Lampião.
Ouricuri, entretanto, sempre foi uma localidade pací-
fica e hospitaleira. Lampião, nunca por aqui passou. No sé-
culo passado e até o primeiro quartel deste, na falta de pro-
fessor titular eram criados cursos de alfabetização, correspon-
dente:s ao curso primário, através de pessoas ~a localidade,
mantidos pelo Estado, município ou escolas particulares como

133
da professora Luisa Aquino que .
era o caso 8 esidência. Para o curso ginasial 1eciollava
sala de 1~ ái~os de Pesqueir:3- _e Crato . • eram Uti]jll
os educlll década de 1920 fm msta lada a escoJa ~
Na ra professora vmda do R ecife e estactua.1 .
de D·O I~~u Pedro Alexandrino P edrosa tenct casando.se111
com vmvl?gi·o Pedrosa, radicados no R.e~ife ~ os filhas ~-'.li
, · e Eu
tog10 , 1o um aumento para duas escolas · "' ~
eh Parr1r de• ""'-
foi possdive ·s com um número de ordem est~bel~ªdas c;,~_.-
ras estaAsuai professoras foram D. M. an_:1- . do Espíritoec1do
Sa Pelo ,-"""-
gr,,.
verno .. Clara do Monte, eram 1rmas, conhecidas nto Monte
e Maria r D Santa e D . I aia, · ' t end o est a, aqui se • res""=
""""Va.
mente po · . C 'd d casad
. , . Bezerra L1ns. om a sai a eIas, viera- D o Corii
Ep1tac10 . B ·t p
h eOe"lho nascida em OnI o, ernarnbuco D " · -"'"14 "' At,.,-
Roet da Ba rros• e Mar1a
for e a .
, G
.das raças • imes Pimentel e 1.lva b.l-
T' ' · "ºetne ue
m em Our1cur1, respectivamente corn Adet-•8 4Ue
se casar
e e·lho Lídio Leal d e Barros, escnvaes . . unir de "
tos o , -1 t da Coletona . .,,a.
F
dera! e Adônis Pedro eia Si va, enente da Polícia Militar
Pernambuco. . ,
d:
0
Na década de 1940 foi construido por Fernando B
grande prédio do Grupo Escolar T:lesfóro Siqueira,
se uma homenagem a esse senhor tido como primeiro
fa::::
O
fessor público da localidade. Mas, quanto a esse fato há Pro.
gano como se vê no Diário de Pernambuco de 14 de n~vem~
de 1961, primeiro caderno, transcreve na coluna. "Há ~
Século" o noticiário de sua edição de quinta-feira, 14 de no
vembro de 1861, o seguinte: "Um homem Bom. Tendo sid~
exonerado do cargo de 2º. suplente do sub-delegado de 0uri-
curi o Sr. Thomaz Pedro de Aquino pela r azão de ser ali pro.
fessor de instrução elementar, foi para o m esmo cargo nomea-
do Sr. Homem Bom de Souza Magalhães". Nesse tempo o
mestre Telesfóro, conhecido por professor Natinho, era meni.
no. A homenagem é justa pelo trabalho aqui executado e não
sob o argumente, de ter sido o primeiro professor da locali-
dade. O professor Natinho viveu vários anos em Ouricuri onde
se casou com uma filha de João Marinho Falcão, irmã de Ho-
norato Marinho, indo depois residir em Juazeiro da Bahia.
Os primeiros professores oficiais de Ouricuri foram 0
cor?nel Tomaz Pedro de Aquino, para alunos do sexo mas•
culino e ª Professora Maria Felícia de Castro e Silva, castda
fcom Ricardo Pedro da Silva lecionava para meninas . A:m 05
oram edu ad , ' .
N e as na Para1ba, de onde vieram . custea-
das pelo ~s sedes dos d!st~itos, eram fundadas e~cola~ive dei-
tado e a maioria pela prefeitura que mclu
134
d piwsom, da cidade par-c:1. lecionarem nas vil
1oc11~e~eu com Adérito de Aq_:1ino Silva que serviu cO: como
acon . na vila de Barra de Sao Pedro. Neste distrito O ~di~·
fe~sor etor de alunos, Aloísio Couto, rapaz inteligente e' dret a
o in~e~ras noivo de Maria Adelaide de Siqueira Coêlho ed oasi
man ' . . S d ad ' . d h ' a e-
dade de Ou~·t ur1. bento te versanod o .c. ef~ político Né Braga
que o host1 iz9a3v5a Aals ,ª~ ' . gedran o .1Il;m1zade pessoal entre
ambos . Em 1 , . 01s1~ saia a res1dencia do coletor esta-
odesto Ferreira Lms, na atual Praça Muniz Falc-
dua1 M d N, B ao, se
d ara na calça a com e raga que vinha da casa vizinh
d:pFernando Bezerra e, tomado d_e violenta emoção ou de legt
tima defesa, matou Ne Braga disparando.lhe quatrc, tii-oi, de
revólver. Trata~do-se de ~e~s?as de destaque, 0 crime teve
crrande repercussao no mumc1p10 sem entretanto, outras víti.
~as. Aloísio foge da cidade, abriga-se sob a proteção do se-
nhor Antônio _de Sá, na !azenda Santa Maria do então juiz dt
direito da capital e dep01s desembargador, José Tomaz de Me-
deiros Correia. Procurado insistentemente pelo delegado, retL
rou-se sob ajuda de amigos para o Ceará onde residia o irmão
Roderick Couto, oficial da polícia daquele Estado. Mudou sua
identidade, esteve durante alguns anos pelos Estados do Nor.
deste, em seguida localizou-se no sul do País, não mais vol-
tandc a Ouricuri, temendo vindita e desfazendo o noivado.
Com ~ implantação do Estado Novo .através do golpe de
10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas _mantém-se presidente
da República, agora com poderes ditatoriais. Lima Cavalcanti
discordando de Vargas entrega o governo ao coronel Amaro
de Azambuja Vilanova, da guarnição da 7a. Região Militar que
assume provisoriamente até a chegada do Interventor Fede.
ral, Agamenon Magalhães, ex-amigo de Lima Cavalcanti e
apontado por este para o cargo de Ministro do Trabalho, no
governo de Vargas, torna-se ferrenho adversário de Lima.
Fernando Bezerra é substituído na prefeitura pelo se-
nhor João Batista Cabral, cidadão do Recife, sem vinculação
política no município.
Lançado no ostracismo, Fernando se isola e passa a
gerir apenas suas atividades comerciais de tecidos, algodão,
mamona e peles . Quando da extinção da Cooperativa Agro-
P3;St~ril de Ouricuri, adquiriu da mesma uma máquina de alu-
mm10 sueco para beneficiamento de algodão. De posse desta
máquina e de outros mais que comprou, fez a montagem de
1:111ª fábrica, industrializando algodão, comercializando c?m
oleo, torta e fibra, além de artigos de cerâmica. A Cooperativa

135
foi fundada e também extinta
tido êxito, como ocorreu na rn-arºIelo, l'rri
D e 1938 a 1947, foram n or n dog tn VI
J oão Batista Cabral, Manoel ~ e.ado. oa Unitf~ 4t
Lins Sobrin~o, José de Oliveira ar; Nunealti trt..'-
Melo que f1cou co'lhecido por D E:Ssoa, l)
drigues de Farias, Laudenor Lin avid Bacur!"Íd
r~s, Antônio Anísio de Matos e \ lh t enente Jn.~ '
Lins . oe o e nov;:_~
Em 1945 com o processo d --...
volta Fernando a vida política ch~redetn<>crau,._
vino Lins de Albuquerque que 8 bªsti d~ ~elo bt"'
lhães designado Ministro da Justt tlllu A.Dai.....--
organização local do Partido Sociif' Jºr ~--;-
presentando o poder estadual do"';- ernoerático
·
simp •
1es ao experiente ~ante
Fernando que e ' to~
tação partidária. Convidado para di;nsegue forte
tado estadual, prefere apoiar Nilo de lautar O car..,-_---Y
clico de Petrolina, filho de Clementino :f; Coêlho, ~
se candidatava pela primeira vez à Ass~bt':1Z& 1
~ 1"
expressiva ~otação obti?a na eleição de Niloe ~2_,i 1 -...':,
xandre J ose Barbosa Lrma Sobrinho, lhe fez j •• •
cial política. Nilo Coêlho mantêm-se ligado vo ~ • - -
Ouricuri, elt:!gendo-se deputado federal nos P~¼ltier,- •
em 1966 assume o governo de Pernambuco e em 1~
senador pela ARENA. -,., .._
Os senhores Hildebrando Damascena Coêlho,
rista e ex-prefeito, Adalberto Pedro da Silva, escrivão
Ietoria Esta~ual e ex~veread_?r-presidente da
t':.
Câmara ..._
pai, com erciantes Felipe Coelho e Laudenor Lina, pe; •
Vitalino F erreira do distrito de Barra de São Pedro, CII . . . .
Alonso e Laudemiro Freira Mororó de Santa Fikaaa ti
padre P edro Modesto que se afastara do integralismo, .._.
do a cargo de Francisco Neto fundar aqui essa agmd f.

=
divergindo de Fernando Bezerra iniciam a oposição, .._
o diretório local da União Democrática Nacional (lJlll).
propagam a candidatura do brigadeiro Eduardo G<IDIL
eleição para prefeito é lançado o nome de Hildebr~do
tendo como candidato a vice-prefeito o Sr_. Bemgno . . . . ~ informante relato\
ves, ex-integralista e indicado por Francisco Ne! no la ~une~to, apenas, no
que foi João e
chefe local do integralismo e inte~~d~s, no moÜ:o ~
tido de Representação Popular, d1r1g1do por P essas ~
~ 1lin lid ?~tor l
!· · Jo·a ~r POhbco ,:
Imprecisões da Lei Eleitoral, fizeram com 9u~osseD1 refil"-. . . º7.UthO 10 J '
ruras bem como as de vereador da UDN, nao ~or d i enc
e sua resid~n
136
sob alegação de pe~ido de registro fora de prazo AP,
d::~ando se elege prefeito pelo PSD, sem concOTrent~ 81m,
F ndr-1 vez assume esse cargo eleva a receita mu . . · Pela
5egu ' . · . mc1pa1 para
eiscentos m11 cruzeiros, - conseguindo desenvolver um t -
~alho de vulto nesta gestao, fez calçamento de uma área~:
cidade, um mercado_ de. carne, um aeroporto, melhoria de ré-
. s escolares dos distritos e de estradas constro'i' 0 G PE
dJO f, s· . 'd d ' rupo s..
colar Teles oro 19-ueira, na ci a e e consegue o Hospital Re-
gional que a partir de 1962 recebe o seu nome . 1: ajudado
esse trabalho pelo governador Barbosa Lima Sobrinh' d
n . btt oe
quem se aproxim~ as an e ~ em face de O mesmo ter auto.
rizado a construçao do hospital, presta-lhe uma homenagem.
apondo seu nome numa praç~ ao centro da cidade e na qual
colocou o busto de Barbosa Lima, esculp~do em pedra. o pró
prio G_overnador compareceu_ ao ato de .mauguraçãc. o busto
foi retirado em 1971 na gestao do prefeito Ulderico Granja
Falcão e neste ano, foi mudado o nome da praça nara gover-
nador Muniz Falcão. ~

Apesar de fazer boa administração, desgostava comrre_


quência seus correligionários por ·motivo de seu temperamento
áspero, fortalecendo assim, a oposição.
O Diário da Noite, do Recife, no dia 3 de fevereiro de
1962, publica a infausta notícia "Débil mental assassina o so-
gro do deputado Felipe Coêlho. Notícias de Ouricuri dão conta
do assassinato, na noite de ontem, naquela cidade, do Sr. Fer-
nando Bezerra, prestigioso chefe político e sogro do deputado
estadual Felipe Coêlho, líder do gove~o na Assembléia Legis-
lativa. Encontrava-se o Sr . Fernando Bezerra em sua resi-
dência quando um indivíduo, cuja identidade a reportagem
não conseguiu ainda esclarecer, alvejancio o velho político e
líder pessedista e prostrando-o sem vida em poucos minutos.
Desconheciam-se até encerrarmos o expediente desta edição, os
móveis do crime. Tudo indica, porém que o mesmo foi pra-
ticado por um débil mental, já que o Sr. Fernando Bezerra não
possuía inimigos políticos ou pessoas que fossem capazes de
tais extremos".

O informante relatou com serenidade e precisão o triste


a~ontecimento, apenas, no momento, omitiu o nome do assas-
smo que foi João Castor Falcão, conhecido por Joãozinho, fi-
lho de um líder político já falecido, Rodrigo Castor da Rocha
Fal~ão. Joãozinho foi encontrado poucos dias depois, morto
no Interior de sua residência, uma casa próxima da cidade.

137
CAPITULO 20
5a. CHEFIA POLffiCA

DEPUTADO FELIPE CO2LHO

O Partido Social Democrático (PSD), organizou.se em

1945 com fort.e contingente eleitoral sob a batuta de um rnaea-


tro ~ ~lítica, ~ernando Bezerra, contando com o apoio do
situac10111smo, onentado por Agamenon Magalhães, 0 man.
dante geral da_ orques~. Tinha bom público para aplaudi-lo,
fincado em alicerces firmes, navegava em mar de bonança.
Representava o poder municipal, fazia as honras do governo
estadual, nomear, remover ou transferir, contava com o fisco
e a policia. Marcou um tento em belo estilo na eleição do Pre.
sidente Eurico Gaspar Dutra, em 1945, enquanto os admiracio-
res locais da candidatura derrotada do brigadeiro Eduardo Go-
mes, conseguiram apenas, um quarto da votação, graças ao
instituto do voto secreto que Getúlio V argas concedeu aos bra-
sileiros e de uma ajuda do candidato a deputado federal Eurico
de Souza Leão, do Partido Republicano. através do ex-prefeito
Adolfo Soares.
Era uma vit.ória esmagadora do PSD, mas. wna 8111·
presa, o número de votos contrários dados por pessoas sem fL
liação partidária. Padre Pedro Modesto Ferraz, hoje monse-
nhor~ havia daiDde há vários anos o integralismo após iucen.
tivar Franciaeo JJetô a divulgar a doutrina de Plínio Salgado,
interpretava ,a , . . _ da votação como um sinal animadol'
e na qua.Udaclt • brigadeirista, cliama Hildebrando ·Coilho,
um ex-p~ . , . . ao mesmo ir ao Recüe e se credenciar
representante a Bniio Democrática Nacional (UDN), em
Ouricuii. mw.a 1 11c cumpre a missão, funda o diret6rio,
assume a prelf tfsrt, ,do Jl\emno ao lado dos diretorianos pa.
139
p dro Modesto, Adalberto Pedr
drP. de~or Lins, Vitalino f erreira, 3.
da 81z~
L:u irmãos Alonso e L~udtmiro M:oro;6 aªtra •• 't
de" 0 coronel AníslO Coêlh,,, já VeÍ d" 8~" .
. - 5 físicas para novas lutas, traz ho, ~ ~
d~ç~fa dos homens, F elipe Coêl~o, gar:lo hraç!Jr,t,
ie faz seu r epresentante no diretório ao de 22 •
e_ ava O filho e se portava com0 ,,.,.. Udettfatà 1 oL'
tTV
p0Iítica pela por t a d a opos1çao,
• - , lu.L't
aos ~ 2111 an~"'Plo,
~ --
hr..._.
Na campanha para governador I:/
de fd.;'
d n o município, •t mas no Estado a a' Ildebra ~
ta o • B Pura - 'Ido ,
1 0 candidato vi orioso, arbosa Lízn Çao dei
JiªNeto c ampelo Júruor, da UDN. Urna~ Sobrtni:
1. pugnadas e uma delas, de uma seção d e ~ da
0~olclore político como a "urna rla patr0~Jlec1fe, ~
gada doméstica votou pela patroa "'-- !!ln q1.i,.- .., .
pre
Regional . d a batalha judiei.
Eleitoral, acirra · uava-se
. n,,· ~
para O Superior . Tribunal_ Eleitoral e se aC:~~QUe ae
rante um ano, vmdo no final a s7r Barbosa Lirn a q
governador do Estacio, e os udemstas continuarna,
Fernando Bezerra colhe o fruto da Vit. , na
a frente, candicfatr.> a prefeito pelo PSD,
brando c~êlho é lançad,o pela UDN, tendo cotnortido.
se:~ e.~

vice-prefeito o Sr. Bemgno Gonçalves, do Partido


sentação Popular (PRP), apresentando por seu ~
cal Francisco Neto. Era uma coligação de opo~~
n~do, entretanto a chapa não foi registrada po~
dido O registro fora_ do prazo. estabelec_ido por fei. ln llicle
t°: .•
eia do grupo, o pedido de registro havia sido solicitad
seguinte ao do prazo fatal. 0 1111

Um apelo ao juiz é rejeitado e a campanha 0


se inicia n_a_ suposiç_ão d: que um r~cu:so para o Tn0111111
deria mod1f1car a s1tuaçao. uma tentativa frustrada.
11111
calor a disputa que no final evidenciava um crescimenta
votação udenista e Felipe Coêlho, o mais votado ca ·
ver-eador. Anulada a votação da UDN, Fernando
todos os candidatos a vereador do PSD, tomaram pos.,e, A
mflia Mororó demonstrara m aioria eleitoral no distrilli
Santa Filomena e isto provocou ciumada de Fernando
aproveitando motivo irrelevante manda o delegado
João Goiana, prender Laudimir~ Mororó, cometendo
erro que refletiu depois. .
Ao tomar conhecimento do ocorrido, Dr. Ga?nel
derley Prazeres, j uiz de direito, sabendo que o motivo da
140
~o era a divergência política, imediatame t li
5ª. ~o Fernando,
JlllI . d' t
irritado com O aconte . n e berta Laudi-
. . cimento repreend
del
egado e 1scu e com o Jmz, amea"ando
. t end o sua autoridade' 11.
~
e .o
r emovt:-lo Dr G
·el r eagm man • b •u
e b aseandO no · ~
· clisp
bri •
tivo legal d~ 1rrem_ov1 1 dade, desafiou a afast ' 1 °5:-.
curi. Recebia convites para _out~as comarcas e ~ 0 ° : ~. Oun-
Chegou sua vez de ser o primeiro da lista de ro c~Itava.
antiguidade e quando a vaga se dava vinha o cpo mo_çaado p~r
. t b, mumc o d o
Tribuna1 d e J us t iça, am em por 3 vezes recusou dizi.
· h b - ' a que
...... · , de pessoal
era por capric o em ora nao tenha mantido 1·n;u.u.lZa
com Fernan d o que d esse margem a este se julgar pre· cli d
. . , . JU ca o .
V 1veu aqui por varios anos, temperamento al b ·
- · d t d ·t egre, nn-
ca~ao, ami_go e o os, magis rado responsável, atualmente
juiz da capital.
Outro erro político Fernando cometera ao consegui
remoção do esc~ivJo .da Coletoria Estadual Adalberto Pe~~
da Silva, para id~ntico cargo em Quipapá. Funcionário com
boa folha de serviço prestado, com 60 anos de idade radicado
em Ouricuri onde nascera e tinha atividades de pecuarista
não iria se adaptar em .outra região de clima diferente. Dis~
pondo de tempo de serviço usou do seu direito e aposentou-se
no cargo de_coletor, v_oltando a Ouricuri com mais vigor para
a luta udell1:3ta . Depms !?e vem .º problema de sua filha, pro_
fessora Maria Laura Coelho e Silva, removida para São José
do Belmonte em atenção a um pedido do então prefeito Laude-
nor Lins que havia se ligado a Fernanão Bezerra. Maria
Laura conseguiu voltar depois para Ouricuri e atualmente de-
sempenha a função de diretora do Colégio Normal São Sebas-
tião, uma das pessoas da mais alta importância na formação
cultural daqui .
Nova campanha para governador agita q Estado em
1950 Agamenon Magalhães, candidato do PSD e João Cleofa')
de Oliveira, pela UDN. Em Ouricuri, os grupos políticos to-
mam posição p ar tidária. . . .
Cleofas e os irmãos Alde e Lael Sampaio visitam 01;1ri-
curi e na r esidência de Hildebrando Coêlho, lançam Felipe,
candidato a deputado estadual. .
Francisco Neto também concorre a uma cadeira na
Assembléia Legislativ~ inscrito pelo Diretório Estadual do
'
PRP, colocando-se na terceira suplenc1a o par i
,. · d f de, que ele-
geu apenas um rpresentante. . • ra era
Fernan do Bezerra, detentor de uma posiça~ ~e~st~dual
0 senhor de uma v otação certa para eleger O depu ª ...
0

.... . l't' A preferenc1a r e-
de sua simpatia ou conven1enc1a po 1 ica.
141
b ·e Miguel Arrai& de Alencar
caiu s? ~o com o beneplácito do i::ov'e Secrl:tftt
e co~t~: com os quais ~a~ia se dact I"nau.or ]f ~ t
Sobr"?
Pr ox1m a'ção política
.
benef1ca

no senti0'drnu
o u.
.lto ~-ªcc.,_._
-~ ,;:.
,
a tos para Ouncun. e C<,nae• .~.:i:.
ramen Felipe, propriet~ri~ d~ Far.rnácia Co 14lt
S P restando assistencia ao Pov d ê_lho, \H _
nos
. tano
tivo dinam1co, se d es Iocava a qual
0 a c1,1~.;
-<ie ·q,L
e "l
t-
A •

f~•::ite â, ,esidências de doente, pa,a j"" ho,,


u-se assim, mmto conhecido e est;,... l.tls de ,. ~
Torno sua cand~'d a t ur~, assumia
Lançada . de imedia
......,ado Pela'<lbt-ltlr~
t&ci.:" -
anha e tambem a liderança udenista to o ~'.''11'~..
camp • ·• no .. ~
Herdava a sensibilidade política do .lll~,...," ._
moderado e convmcente • e_ que ao lado doPai filh ~luto
"' .-11:ie· . ~
1
d assessoramento lhe ensinava os "pulos d o ezn ~
0
edia, Felipe se encon~rav~ na farmácia aten~egato•. I>i,~
e marcando encont~os a noite em fazendas, se c~do a tre;~
famílias que anter10rm~nte acompanhava seu nt_actan'""'
ass1·m, O contingente eleitoral. Pai, <l!b.p!i~~
Fernando Bezerra, procurava manter
t . 0 não se descm.d ava, respe1•tava o valor do seu d "''"Po
a,,,. rw.
ic , não contasse no seu passad o com nenhtun rea ver~,--
bora . -...10, r,.,..'-
Fiador da eleição de Mig1:1el Arrai~ à Assembié~~ ~-~
contribuiria para garantir a cadeira de Nilo C
~ia para a Câmara Feder al. oe 4Ue ,
-it~
Compromissado assim, teria que se desdob
mentar-se à cata de eleitores, firmar compromissiar,di,,,~
0
nome dos ca:i~ida~os, pre_ssi?n~r, ~cionar meios p~~;·rc-
disposição, policia, fisco e intimidaçao vez que opositor~
"dormia de touca" . O llit
Felipe compra um caminhão já usado que foi apeiw.
do de camapu em aluzão à planta do mesmo nome que
em qualquer parte do sertáo e cujo pequeno fruto, r
de uma cápsula arredondada e oca ao ser batido muna
fície resistente, dá um estalo. Com uma difusora,
roncava por caminhos r uins e poeirentos conduzindo
escolhido para animar os comícios, pessoal este que o ad
sário debochava ser o eleitorado de Felipe, mas, logo a
constatava o engano pelo entusiasmo como era recebido.
Em face disso, teria que funcionar a pressão policial
o delegado de polícia, tenente João Goiana, utilizava o . . ~as eleições de prefeit,
cesso de intimidação para frustrar os comícios, a ~istri t;io, Felipe e Fernando f3
de panfletos, afixação de cartazes e propaganda movel de ::do P~r traz dos bastid
fusora, alegando irregularidades sem fundamentos e a • Jose Patu Sob . h
142 lltnonome de L rin o,
audenor t
ra mantida à custa de coragem, trincheira consciente
9t1ha e
p bravos.
dos Tudo transcorreu entre_tanto, se~ _registro de aconteci-
desagradáveis. _Os el_e~tores paciflc~ente comparece-
rnent? - es eleitorais utilizando
0
seu direito de votar no
rn as seç A f
ra .d to de sua pre erencia.• A - d os votos trazia
apuraçao 0
cand1 : final Felipe vitorioso e eleito deputado estadual e
desfec io d~rrotado, ficando Miguel Arrais com minoria dF:
fernan ' O
votos.
Aqui começa outra história na vida político.admini&,-
t' va de Ouricuri, a disputa do poder municipal dividido ao
tra_i "taco a taco", Fernando contando com as graças dos
meio, ernadores pesse d.is tas que se e1egeram sucessivamente
. ,
apos
i::bosa Lima Sobrinho, A~amenon ~agalhães, Etelvino Lína
0 general Qswaldo Cordeiro de Fanas, cabendo a Felipe, &
~ribuna oposiciqnista da Assembléia, po:ém, importante a lhe
credenciar, pu~ando em defesa _do ~ertao, particularmente da
Região do Aranpe, da qual Ouricun faz parte. Em 1959, as-
sume a posição de líder no governo udenista de Cid Feijó
Sampaio, volta a oposição com a eleição do Governador se-
guinte, Miguel Arrai::; de Alencar, deposto pela Revolução de
1964 que extinguiu os partidos existentes cria a Aliança Re-
novadora Nacional - ARENA - congregando o PSD e a UDN,
partido de apoio ao governo e o Movimento Democrático Bra-
sileiro - MDB - da oposição. Felipe integrante da ARENA
tem tido trânsito livre nos governos seguintes de Paulo Pessoa
Guerra, Nilo de Souza Coêlho, com quem teve arrepios, Eral-
do Gueiros, de quem foi Secretário de Administração e final.
mente com José Francisco de Moura Cavalcanti, sendo o vice-
presidente da Assembléia Legislativa. Felipe eleito deputadv
pela primeira vez em 3 de outubro de 1950, aos 26 anos de
idade, renovando sucessivamente seu mandato por 8 vezes até
1978. Nas duas últimas eleições, obtêm sucessivamente 35 e
32. mil sufrágios, sendo o candidato de maior votação nesses
dois pleitos estaduais. Felipe sempre foi o deputado mais vo-
tado em sua terra e manteve-se entre os 10 de maior número
de votos no Estado.

m. , . Nas .eleições de prefeito' a disputa mais renhida. do mu.


cipio, Felipe e Fernando faziam acordo e permaneciam ma~
~ob.rando por traz dos bastidores . Em 1951 coube a Fernando
indicar José Patu Sobrinho na gestão seguinte, concordaram
corno nome de Laudenor Lins,' sugerido pelo vereador Eu"
ge~
143
nio Mudo, do distrito d e Poço V
Sebastião do S1quefra Campos _crue 0
e l-rt1
No pleito seguinte, l•'el{ ~ nhct:i<l<J ~~¼.
Fernando Bezerra, juntamenL
!
contra Ulderico Granja Falcãt (6ançu e 1 r l!·
: K ~
eco), 0 ,,,,.
~ ' - "t! co
Souza Coelho, 1rmao de Nilo Coêlli0 O 8L'nro clt-trc.
Deco se elege no pleito se . • d 1,:
demiro Marques Soares e Fetflllnte e faz 1'
elegendo Gilvan Coriolano da Sile retorna 0~
A década de 1950 marca ~a, elll 1975 ~ •
infra-estrutura municipal, era umaefª ativi~
Lgentes . Fernando e Felipe, disputan~~a de doia
consegurndo m elhoramentos e portant O Precloin:·
Brigavam_ pela cata de votos, entreti/ese:nvoiv llllo
se. entendiam quando em jogo, interes!º• colllpr~ •
de~ando _descambar para o terreno de ~ _do_ lll~
mais, Fe1:ipe casado c_om Hildete, filha ~zad!!I
se se atritavam na vida política, a netuJi Fe~ 0
pai e avó, em salutar convívio familiar ª Etlna,
Fernando Bezerra faz uma boa· ..
prefeito e estimulou a um bom trabalho atllJllnistração
guiam sua orientação, José Patu Sobrinbo os(P~~ 'lQe
nor Lins. Constrói um mercado de carne diu) e
Telésf?ro. Siqueira, aeropo~to, ~elh?ria n~ :cofpo ..
das vllas e n~ estradas mterdistntais . Conse as
o ~ ospita~ Re~1onal que te~ h~je seu nome se:: do
venano Siqueira Net~, o prrmerro diretor e atua~ Dr.
gido pelo Dr. ~aldom1ro Pedr~ da Silva Aquino. ente
O prefeito Laudenor Lms, então estudante d .
auxiliado pelo inspetor federal de ensino, prof. João ~
de Melo Sobrinho, fundou o primeiro ginásio que f ·
no Grupo Escolar Telésforo Siqueira sob às expensas da
feitura e trouxe do Recife o bacharel em ciências jurídicas.
fessor Arlindo Albuquerque, para dirigente, tendo aqui
zado um trabalho relevante auxiliado por alguns profes.ma
localidade e o jornalista recifense Noraldino Lima que
prestou sua colaboração durante alguns meses, exer~endo
bém atividades de correspondente de jornais da capi~. AI
nal do seu mandato Laudenor doa o Ginásio Mumc1:
todo seu acervo, indlusive certa quantidade de m~~er à
construção do seu prédio já com os alicerces conclw os,
cese de Petrolina, da qual Ouricuri faz parte. / º!dáriD
Campelo Aragão, bispo da Diocese, recebe ~-e ~~o ·
sessão solene, substitui sua designação para m

144
-
sãvio e promete dese_nvolvê-lo,. entretanto, não deu continua-
ão e O profess~r Arlin~o, sent_1do.se sem ajuda resolveu vol-
iar ao Recife. vm~o aqw, de~01s, para receber o título de ci-
dadão de ~~1cur1 que lhe f~1 C?nferido. Dom Campelo extin-
iu O ginas10 e leva seus moveis para outra localidade
gu Felizmente o deputado Felipe Coêlho com apoio d
governador Cid Sam~aio, _de cujo governo, ~m boa hora, er~
o líder, consegue d~ ~ed1ato fundar o Ginásio São Sebastião
e construir s~u, ~red10 sob patrocínio da Prefeitura . Foi di-
retor deste g11:as~o o professor J~a9uim de Castro, também
formado en:i d1re1to, atualment~ JUlz de 2º. entrância, da co-
marca de Aguas B~las . Posteriormente a Prefeitura faz doa-
ção deste estabele:unento de ensino à Fundação de Assistên.
eia Social ~~ Araripe ~ASA .- dirigida pelo promotor de jus.
tiça Adel~<;1~ de Aqumo Silva que também assume a dire-
cão do Gmas10 e funda a Escola Normal, um curso anexo e
depois entrega ~ adminis~.:ação.. estadual co:ID: ~ nome de Colé-
gio Estad~al Sao Sebastiao, a~ualmente dmg1do pela profes.
sora Zule1de Souza, e, o curso anexo, se torna independente
com a designação de Escola Normal São Sebastião, tendo por
diretora, a professora Maria Laura Coêlho e Silva.
Além dos professores Arlindo Albuquerque e Joaquim
de Castro, merecem destaque Adelgício de Aquino Silva, Maria
Laura Coêlho e Silva e Maria das Graças Pimentel e Silva,
três abnegados, também professores e diretores, sem pensa-
rem em compensação financeira, desprovidos de qualquer am.
bição pessoal, fincaram com amor e sacrifício a base sob a
qual pôde evoluir o ensino de nível médio em Ouricuri, hoje
contando com uma equipe de mestres merecedores de consi.
deração.
A atual Escola Fernando Bezerra dirigida pel0 profes-
sor Ademilson de Medeiros Aquino, foi iniciaimente Escola
Artesanal, depois Ginásio Industrial, constitui outrc marco da
atividade de Felipe Coêlho que juntamente com o Dr. Adel-
gício Aquino, criaram a FASA com a finalidade de levar a
instrução primária a qualquer parte do município. Esta Fun.
dação nasceu de uma feliz idéia do Dr. Adelgício que a estru-
turou e Felipe acatou e deu condições para que ela progre-
disse, dispondo atualmente de várias escolas primárias.
Felipe tem se empenhado em dotar Ouricuri de melho-
ramentos vários que propiciam o desenvolvimento d~ sua ter~a
natal, a construção do açude Tamboril para abastecimento pu-
blico vem de um pedido seu em 1951 ao deputado federal de
então, Dias Lins, empenhou-se na instalação das agências do

145

-
Bunco do No rde1-1Le Brasileiro _
Lado d e P ernambuco - BA.NDEpE13111JJ ,
anos e n 22 de dezembro de J 977 ih? IJI;J! ,'1'• 1! ,
. amp l ?, de es l J'l o arqui!:(;u
um cdJ'f•LCJo ' ' '"U"r e . ''I',;, i:,,
..,_,r,,,i1't, '
pavim entos, 1ocalizad? ao centro da 1 ~ 11:,, tr,,.,,~; ~.~
Francisco hPedro da Silva . A.o ato ih P ª~1t r,;,., r, i, 1
tes os sen 01·es N I"Json H ol anda Pres·c.t" ªU"u t1,J t-iti
deste Brasileiro, dep utado estad~aJ J~- ente d,, .;_~r._
,,,,. t,
rr o
Agricultura, r epresentan do o governa~(, li'uJcã,, ~~.:
g or elo E:alad tr~
if' t&'f
Felipe Coêlho, José de Arimatéia C ·OÍ'
do BNB, Dr. Gilvan Coriolano da s ~:ente da li Q! rl • rv 1
Dr. Bórgenes Luna, diret or da casa de ª•. Ptefeit,ge~ -o P - re})&c
dre Jesus Rosado Coêlho, v igário da pa .8 ªUde Joã; ir.
-,\>'
,->_µ0 =""
.,,,,rJ,l>l ~4'3 t ~,.,,.
de '>' ~
ção às instalações e de outras autorict;~qu,a e que ~ li~ J r dO i: ;;-do ~::...tio, . et
O BANDEPE !oi instalado em ~8 10cais_ l!U a -~ ~.,...e-C\--tll>illqü-1 l'.I
ciação Rura l de Ouncurr, onde funciono 197 em Pr~ da ,~~~ d :J$~ eoie
A Associação Rural de Ouricurj _u O BN13_ ~ ~, c.:.t>- . tfO t.Ulg deSl
da iniciativa de Felipe, assim com d: ~Utro lllelho '-,; !)liP~ cO!>~ Í!lg·
Vegetal que inicialmente foi dirigid 0 Pelo erv!ço de ll_
1
':,;,_ cerJl pO! e!:.7ia!ll
,~ .,1, · -- colo i.Il'
Oliveira An tonino,. d a agencia
• . da Companhia0
agronºlllo .-ro• ~ •yr/ /. ~ , asso - 186:J,
_
rais do Estado de Pernambuco (CAGEP) dde AS"' . o,;':., n
;J, , e;.,,
.,,.'.:.,,-~.- e1i
. ...,
de err-.
v o i·
P roteção à Maternidade e à Infância e da 'a : 1?-Ss0cÍaÇàoCt. ,
e:-
Sertanejo. g ncia do Prnj -.-s .,,.. !l ente ~
, . ·, dP- la,.. ad"c
..,.._ ue'""' fof1ll ,.aria!ll em
Felipe Coêlho tem sido voz aitaneir ~ ,.-·e awl'\ de gu
>I' '.t!'-""' \11JUI1·
, d e estiagem
• criando coªernRn,,,,.__ ' ~- te wv
~ d·as no
ser tan ejos nas epocas d' : -wrro .
· d e seu povo e por ser altivo n 1Çoes. qUe ~- tado ·
n oram o sofrimento --~
i.,; ta-o depu · ae '
defesa da região fisiográfica do Araripe, foi co~ V!?ranie na
C~··:ie ª en· cUIIlbênc1a ..,,
0
gre do Araripe, pela imprensa de Pernambuco. 0llll.nado ti.. -- 11 a in ruer~ ..
:, . ' ' Brasil na º
Vice-presidente das Sessões Legislativas de , ,_,;cr o - fo
caca
d,'-ill~
:f'."-"
1964 a 1967 e 1968. L íder do governo Cid Sampaio 196 d convo • 0, l
1962.
m arço de Secretário
1975. de Administração d, 3 d, ab,iJ -~: d
Occe.reto e o e PiaUl.
. df Pê.marobuchomens . Dur'
F elip e Coêlho, nascido na cidade de Ouricun a 6 de ju. . · 403uma moça de
i:,;dtos
lho d e 1924, filho do Coronel da Guarda Nacional Anísio Coê- tcl:rr:tano, e vivia
de !nhamuns qu .
lho R odrig ues e de Rufina de Matos Coêlho. Casado comH1. - -~
d et e B ezerra Coêlho, com os seguintes filhos : Edna, casa:a -~ b•Jco com Piauí. .. Na VI
.. ,.._!l:a de Cmlo Alve
::'3!li11llill 't
~preire próximo de ~º~1 a
com o arquiteto Murilo Arruda; Anís!º: casado _com ~a Lúci&
Costa Carvalho Coêlho; Maria de Fatima, Felipe Jose e fe:.
n ando Antônio Bezerra Coêlho . s! oalher, embora insistisse,
e; seios, mas, o disfarce nã
· na área e como tal foi r
:'.!11) alistado em Ouricuri e
,. """' 1
; .:e ~a para aguardar su
~ª~ Podendo seguir atra,
146 , llltegrar aos volunt , .
ar10:
CAP í TU LO 21
?º. BATALHÃO DE VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA

A Guerra do Paraguai rebentada em novembro de 1864


fl. invasão do Estado de Mato Grosso pelos paraguaios di-
~f~d~s pelo ditador desvaira~o, :mbo.:a bravo, general Fran-
1g Solano Lopes, trouxe mqu1etaçao ao Imperador Pedro
O
~e Contando com um contingente militar pequeno e a Guarda
N;cional formada por pes~oas ~esp~epar~das que viviam das
honrarias do cargo, traziam ir:i,qme~açoes ao Imperador que
éssitava defender nosso solo mvad1do. Pelo decreto impe-
~i~~ 33711 de 7 de janeiro de 1865,. c_ri~ os c~rp?s de voluntá-
. s que seriam formados no terntono brasllerro congregan-
rio
do homem que vol un tanamen
. te se .mcorporanam. ' nossas
as
forças armadas no teatro de guerra .
Coube ao então deputado provincial padre Francisco
Pedro da Silva, a incumbência de reunir em Ouricuri, pessoal
para defender o Brasil na guerra contra o Paraguai.
o decreto
de convocação foi divulgado amplamente nos
sertões de Pernambuco e Piauí. Aberto o alistamento militar,
foram inscritos 408 homens. Durante o alistamento apareceu
como voluntário, uma moça de nome Jovita Alves Feitosa,
cearense de Inhamuns que vivia entre parentes na fronteira
de Pernambuco com Piauí. Na vila de Barra de São Pedro se
encontra a família de Cirilo Alves Feitosa, oficial do registro
civil, parente próximo de J ovita. Não era possível alistá-la
por ser mulher, embora insistisse, em trajes masculinos, amas-
sava os seios, mas, o disfarce não lhe dava condição, era co-
nhecida na área e como tal foi rejeitada . Queria acompanhar
seu noivo alistado em Ouricuri, combater lado a lado com ele
que lhe pedia para aguardar sua volta quando se casariam.
Jovita não podendo seguir através de Ouricuri, foi para Te.
resina se integrar aos voluntários de lá.

147
Guslnvo Burro~~ ~'Tll " ,\ Mur ,,
_ Imprenso Un1vcrs1Lunu do Ceu ~ rn ,,,, 111
que Jovitu nasceu u 8 de março cJ/~k HJl;t ,''4ii
1
4
s eco ser1 ão de lnhamuns, nus 12 ; • ~, r,:,
a ep id emi a de cólera• que graR•ou
r1i1 ~ 1
3
t•~
i,/~"-11, :;1
ern d,,
.., "'' .,,. , A.
,. 1Hf;(J1 11'• 1,c;
11
então r esidir com o tio chamado Rogcrf, •
.,.
fronteiras de P ernam b uco, deixou a ', '-rr, J· '"11 •
léguas a pé até T eresina, vestida de d,, ha~a ;i",,, r,.
ao sistema masc~lmo e . cobrindo a cab~rnern, ta~ ~
ça crirn -t.,,,
couro, de vaqueiro. Ahstou-se com
nha 18 anos de idade,, feições d e ín3iov~Iunf.á.rfo
Algumas pessoa s, porem , notaram e r· falar d, . t,it
u:rt. :

· · carac t ens
os smais ' t·1cos d o Jovem
· icararn
voJUOtarj. ·°'•lt'.
lll'ev
Ih d O lt,LA._
vam ser uma mu er o que um hom que ·"."I
F reitas, chefe de polícia que interrogo ern e .ªvisarIlia
de 1865 o su~osto volunt ~rio, dizendo ctºº dia 16
F eitosa. Jovrta era apelido caseiro V ,rnar-se Í\Jlti,n':"
:1 ao 1),
panhia dos voluntários conduzidos pe1tº de_ Jaicós li>.!
0 ra a G Corde:fll
único fim de ver se podia ser aceita pacapitão 110
guai. T ornara a roupa d e h ornem por 1h . uerra do'
mulher, não seria aceita no exército. e dizerem que, P,,.

Foi identificada na feira de Teresina


ue notara suas orelhas furadas e apalpar por outra lll
q .. E Ih aseus sei
de sua opos1çao. ssa mu er, também avis
era possível se alistar, entr etanto diante
foi f e1·t o requenmen
. t o aos superiores
.
. Os, a
ª
hieráre sua

P~lícia. -
. ll!.s~·. ·•
•t b d quicos e J .
assenta praça se exerci a rece en o as divisas de 1, OVít
e se apresentava nas ruas de Teresina de túnica · _sarget::J
companhi_a de 460 v?luntfrios, embarca a 10 de a;o:ote.
!'.!!.
para o Rio de Janeiro ar chegando no dia g do m· de _lBfõ
pelo navio Tocantins. es segu.'I:!e,
L ogo no dia 16, o Ministro da Guerra e .
ofício ao _comandante d~ !3atalhão de _Yoluntári~ ; ~
nos segumtes termos: Nao havendo disposição algum
permita a mulheres serem praça nos Corpos do Ex~rcitoª qu?
nos da Guarda Nacional, ou de Voluntários da Pátria'.
po?e acompa~h~r o cor~o ~oh o com~n?o de V .S. com ~ qual
n:
ve10 da provmcia do P iau1 a voluntaria Jovita Alves FeitOl:1
na qualidade de praça do mesmo corpo, mas sim corno qual.
quer outra mulher das que se admitem a prestar junto a
Corpos em campanha os serviços compatíveis com a natureza
do seu sexo, serviços cuja importância pode tornar a referida
voluntária tão digna de consideração como louvores o tem s:do

148
elo se
u patriótico oferecimento, o que declaro a
D
v s ,.
. . para
P onbecimento e governo. e us guarde a v s ,,
eu e - f d . . .
s J ovita nao se con orma-:1 o, apela da resolução e O mi-
nistro mantém s~u ponto de vista, louvando seu gesto e ofere-
cendo-Ih; . os meios para retornar condignamente ao seio de
5
ua farmha. , . . _
Jovita so ace1tav~ a cond1çao de combatente, queria
ao lado do seu noivo ou tombar um ao lado do outro
Iutar d · - . ,
am Or da juventu e, .por isso naotí aceitava
.
o oferecimento para
abalbar em serviços _compa veis com a natureza do seu
tr 'º· Fr ustrada no seu mtento, aceita os m eios que lhe são
sex t , . d
oferecidos para ~e orna~ .ªº conv1v10 e seus familiares . A
imprensa do Recife noticia sua estada ali e _comenta da sua
resença no Teatro Santa Isabel em companhia do P residente
~a Província, no seu . camarote, ?casião em que foi saudada
por urn poeta que recita uma poesia a ela dedicadéi, assim ter-
minando:
Peço palmas para a moça
Que ocupa um lugar ali.
Ela vale uma epopéia;
ErgueLvos, nobre platéia:
Essa amazonas, aplaudi !
Retornando a Jaicós demorou-se algum tempo até ser
avisada da morte do seu noivo quando resolveu voltar ao Rio
de J aneiro onde, no anonimato terminou seus dias . Ofereceu
uma fotografia sua em trajes militares ao comandante do 7º.
Batalhão de Voluntários de Ouricuri, coronel Felipe Coêlho
Rodrigues .
Essa fotografia foi guardada pelo seu filho Anísio Coê-
lho Rodrigues que a mantinha no seu álbum, cedeu a um amigo
para tirar cópias e não recebeu de volta, então Anísio escre-
veu no seu local: Jovita Alves Feitosa.
Formado um batalhão em Ouricuri, foi escolhido co-
mandante, o capitão da quarta companhia do corpo de cava-
laria número 3 da Guarda Nacional, do município de OurL
curi, Felipe Coêlho Rodrigues, que manteve a incumbência
de comandar a tropa, a pé até Recife, onde chegou a 16 de
maio de 1865, acampando na Madalena. As despesas de orga-
nização e manutenção dessa tropa até Recife, foram custeadas
pelo padre deputado Francisco Pedro da Silva, numa demons-
tração de espírito altamente patriótico.
Nesse período também chegava ao Recife um outro
grupo de voluntários de Tacaratu, comandados por J oão Bs.-
tista de Vasconcelos, que ficou conhecido por General Cabe-

149


:- 0 ter cortado seus cahelo na ,
.
le1ra, por Pernambuco, e a b e 1c1ra
na
· Em d oficial da p ol'1c1a,
· 8
exc:rct..,•t.,rr,,,
· f 0 1· clelC:gaci
-~ \r~
,.- ~
gua1:
qua!Idade ~e se casou com uma filha do '.' d•~
f
Quricun,, ~ a e· primeiro ta?elião de Oudc;;n 1
rio da Pa ;~endo aqui seu fllho Armando llatÍ lt,lio,,
Cunha, _na . petor de alunos da Faculdade "'- n ta_ d, V
los, a ntigo m s d t .
.do pelos estu an es e amigos Por Cabeil ..~+-
'-lf!
•• 4o
fe, co~~eci de um inspet?r . de alunos" e "U1na •-ra,
"Memor iads Tuiuti" episod10s da Guerra do p . --,'G,Q;lllilllJ
B
ªtalha
dos o genitor.
por seu ' araiti.c
--,
Incorporado às for~as armadas, o batalhão
J eiro onde f01 apresentado ao hnpe ad~
.
Rw dete t:!ipe' Coêlho Rodrigues, indo "1l! b\.lJ~
omandan
0 de batalha.
s:m.~.
camp Em Passo da Pátria, ~orta de entrada da
lh- de Voluntários da P atria, de OuricU!i f .Iut..
Bata ~oOrmando grupos de corpos de voluntário; r ~~
outros militar de carreira. Nosso Batalhão foi 0
do de
ao um comandado pelo coronel Apolinário de ••
grupo qJ.

Maranhão.
Conforme trabalho de _l?esqu isa de Francisco li
blicado no J orna! d~ Comércio, do Re;ife, no C3JnPo : ,
ração, foi o b~tall:ao denominado ,56: corp dE! voi
0
integrando O primeiro corpo do Exe~cito. Através da
do Dia número 502, de 1? _d~ fevereiro de 1866, C<,IJl
0
Corpo dos seguint_e s of1cia1s: . _com~dante tenent
Felipe Coêlho Rodrigues, capitao fiscal Policarpo J
Campos alferes-ajudante Arnaud Holanda Cavalcanti dB
buquercÍue, alferes-secret~io W enceslau ldelfonso J
de Aragão . Capitães: Rufino José da Cunha, Antônio
de Souza, Francisco de Oliveira Cabral, José Firmo F
do Lago, Antônio Victor de B arros Teixeira. Tenentes:
<tino José Barbosa, André Cordeiro Coêlho Cintra, llenj
Beltrão de Alencar, Antônio Rodrigues de Almeida, Joaê
reira de Souza Lira de Mendonça. Alferes: Francisco
des, Manoel de Macedo Bezerra, Antônio Alves da Luz,
Joaquim de Souza, Cândido Tenório Vila-Nova, TorqUIID
Souza Ramalho, Antônio Rodrigues Brasilino Carvalhaes,
Felipe Cavalcanti Albuquerque, Jacinto Ribeiro da
Fr~ncisco
01 Matias Pereira Diniz, Joaquim Luís dos Santos.
P s o ouricuriense Sabino Cesário de Castro é designada
nente, falecendo em combate no posto de capitão.
150
Esse batalhão t omou parte n as pr · .
errnanecen d o em campo de ope _ 1me:iras fa
~ os redut os inimigos . Em 1866 r~ça~ a té a rendiç~es da luta,
rn ~io pela posse d e Estero Bella~o, ~ is;io de sangii
rechaçan do as tropas adversárias 4 na batalha d
!:
últL
2. de
1867 - de 3 a 21 de out~b e T uiuti,
de San Solano e n a luta pela poss rod combates na sub· _
vernbro, Taji . e e Humaitá e em i~gaçao
1868 - Marcha sobre Assu - e no-
araguaias no ororo?ª ar endição
, Chaco.· na luta de nitçao, 5 d das força&
p
a 11 em A vai e nos com bates de 2l 22 25 2 e dezembro
vitória,
. 3O• conqu ist ando L omas. Val' en t mas·' ee d7 que marcaram~
dia e Augustura no
1869 - Combate de J eJ'ui , 30 de maio . p 'b b ,
de agost o e em e ampo Grande n o di 18 · en e ui a 30
Tom· ou parteD o 7° . Bat alhão em a d_.1versas e di -
reco ec1mento.- os 408 integr antes, pouco mais . xpe
d 40çoes de
nh
nararn ao t orrao n atal entre estes vá . . e r etor•
tros, cerca d e 368 fica ram no tú~ulo r~C: m1~ti1ados • Os ou-
cido, mortos em combate ou atingidos pel~o ctle~a desconhe-
sara nas tropas p r ov ocan do gr andes baixas . que gras-
Com
. d aJ v olta· dosD nossos heróis a Ouri·cun , ao passaren:.
pe1o R10 e anerro, . . P edro . II entrega ao coman d ante, te
nente-coronel F ellpe, a bandeira . do nosso batalh-ao, na qual-
ora b_e m b ord a d a a segumte inscr ição: "7º. batalhão d v
fluntár10s da ~á~~a d~ Ouricuri". Essa bandeira, homeneage:
ao nosso mun~c1p10 f~1 depositada no altar de São Sebastião,
.. "" de nossa I greJa Mat riz, guardada por muito t empo pelo vigá-
( rio comendador F rancisco P edr o, após sua m orte pelo coronel
Anísio Coêlho. ·
O influ ente jornalista Már io Melo, prestigiado político
e membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico
de Pernambuco, desejav a a aludida bandeira para o Instituto .
Anísio entretanto não at endia aos seus pedidos insistentes, às
vezes gros~eir0s por ser a única bandeira, do gênero, existente
em P ernambuco . De t an to falar, findou Mário Melo conven-
cendo o interventor Carlos de L ima Cavalcan ti a designar uma
:ie:> pessoa e em nome do governo conseguiu a bandeira _e at:avés
er .í't--'
• de ofício da S e cretaria de J ustiça, Educação e Interior, e ei:-
caminhada ao Museu do Est ado onde se encontra como relí-
r.i quia histórica
· . Anísio tinh a r azãot ·em nãod quIgreJa
A •
ere~ eM n trte~ar
a r1z dae
l ,CI \ bandeira
. p or ser a m esm a . um pa
b rimonio ª
d do Mu::;eu o Es ta-
d
_pf&! O uncur i embora v iesse a ficar so a guar a
!>C,::i'< do de Pernambu co .
..
.~.,, ,)
151
.....1/ .,,, :
V:'~,j
;p rY.
.;•
o 4

c:: !JO •
Os ofícios segu1ntc8, compr
nossa band eira . ovazn a '-'li"
"Exmo. Dr . Arthur Mari ')
Justiça, Educação e Interior. nho, l)J8'n!i
Accuso em meu poder O off • . ·
agosto p. findo, hontem recebido. •cio de V. E
Attendendo ao honroso appeJl ~
~ e _levar ~o v~s~o conhec~ ento que,º de V. e
rnteira d.1spos.1 çao, a bandeu-a-reliquiadescte já, "c'll
doso pae - de que trata o vosso su ~grada~ a
qual. posto que m e per~nça, "jur Ptae11.ldo ~
Mário Melo, insolitamente, se referi~ e d_e ~~~ t,
A bandeira em apreço, glória dos ba ~~ h~ º
. •
our.1cur.1enses, ora so b a m 1•nha guarda ras1Ie,
d .....os (:
meu avô, comen dador Francisco P edro es_de o ta1!~-
poder indevidamente, nem foi trophé' nao se ~~ ~
tem a sua gênese_brilhante na Guerra doupa:.:u~ oU
march a ram daq~.1, 408 h~mens, armados a ba gtlay_..._ f:.:t.
mando do meu mesquec1vel pae, coronel Fe ~lllarte IOo
drigues e as expensas do meu avô, 0 Com llipPe ~ o
Pedro d~ Silva,. º. funda~or de Ouricury . A~dor F' ..
grandes m tempenes, fo.1 exhaustiva pois agein_ alé!n d._
ponto mais próximo de Recife, onde se for'amnaquefie teni1:io
0 ª sobra do grande da Magdalena". ªPresentear, f:1
, . De volta do Par~guay, meu pae solicitou
Osono, v~lver. ao Our~cury ~º~- a bandeira de s do ~
no q ue nao foi attendido . D 1ngiu-se ao Imperad eu~
de ordenar que lhe fosse da?a a bandeira deseja~r que, ~
lhe com o tft ulo de Ca valhe~r c da Ordem da Roza: / ~
avô com 3 titulos - Cavalheiro da Ordem da Roza C ao IDfl
da Ordem de Cnsto . , ava!beiz.
e C_omenda?or, tudo como prêmio llQ5
viços pres ta dos ao Brasil . Aqm chegando, meu pae, em •·
pr~ ento às s ~ ~romessas, ~fferec:u aquelle trophéu 81)CU'!A-
droe1ro de ~ uncun - O Glono~o Sao Sebastião. Deste~
fica esclar ecido o caso da bandeira de Ouricury, já por diva
sas vezes r egeitada de ser vendida, dependendo dos altos .;_
tímentos de V. Excia . a quem affinno a minha elevada estima

Saúde e fraternidade.

Ass. Coronel Anísio Coêlho Rodrigues

Ouricury, 27 d e s etem bro de 1931"

152
CIO DA PRESIDÊNCIA DO ESTADO
,,pi\L!RNAMJ3UC0
p.E PP
Recife, 22 de fevereiro de 1933

Nº· 120
r Mário Mello.
pouto
Tenho o prazer de passar às vossas mãos, a fim de ser
. da à guarda do Museu do Estado, a bandeira que acom-
confia
ha O presente. . .
pan Devo adiantar, que foi a mesma offerec1da pelo Impe-
o 7º. Batalhão de Voluntários de Ouricury, que serviu
rador a
guerra do Paraguay.
na Agora o se~or Anís~o Coêlho Rodrigues, filho do co-

r~eel Fellippe Coelho Rodrigues que comandou aquella uni-


nas operações de guerra, houve por bem ofertá-la ao
E~tado, pelo que faço a presente remessa para o fim já alu-
dido.
Saudações.
Ass. Carlos de Lima Cavalcanti

Interventor Federal n

TRAÇOS BIOGRÁFICOS DE FELIPE COÊLHO RODRIGUES

Nascido no Piauí na fazenda Queima-Rede, do municí-


pio de Jaicós ou Paulistana. Filho de Manoel Florêncio Coêlho
Rodrigues e neto de Lourenço Coêlho Rodrigues, 7°. filho do
português Valério Coêlho Rodrigues, casado com a paulista
Da. Domiciana Vieira de Carvalho, tronco da família Coêlho,
formada no Piauí.
Era alto, alvo e por ser gordo era tratado por seus
adversárois por Felipe do Queima-Rede. Comprou a fazenda
Campinas no atual distrito de Nascente, do município de Ara-
ripina, onde residia com a família . Faleceu em 1894 na então
vila de Ouricuri.
Ao tempo da guerra do Brasil contra o Paraguai, teve
~ incumbência de conduzir 408 voluntários sertanejos que iriam
integrar as forças brasileiras em luta contra o ditador para.
guaio Francisco Solano Lopez que invadiu Mato Grosso, ter-

153
'tório brasileiro. Cumpri u brilhant
t, R . crnenL
do esses homens ~ pe a e ec1fe de onde -e sua .
r1 ,

de Janeiro e de la para os campos de ba ernbar,rn ',


tenente-coronel comandante dessa tro talha ~ ver•
de 7º. Batalhão de Voluntários da P~tª. que l'8Ph.1'• •
voltar à povoaçao - d e O ur1cun,
. . onde pa ria, de ~rx..
Ou"',,
de D P edro II a bandeira de 70 B ªtssou a rc...;~...
·
depositando-a no altar de Sao - Sebastia
· -a alhao- que ""ll<lt, r
d d .d d o,
triz atenden o a pe I o e seus coniand d no5.sa J da
' Atualmente esta bandeira, súnbolo
sertanejo, se encontra no Museu do Estad braVUtó d
~;s. gr~

gênero, portan t o, mes


. t n1;1a_ve
· , I reI'1quia históric ~"' a ~~
o ª""do o
Foi nomeado capitao da 4a. Conipanh· ª·
Cavalaria número 3 da Guarda Nacional, d;\do_ ¾
aos serviços prestados durante a Guerra d p UMcllti e
ciado com a comend a d e cavaIerro · da iniperial0
ara111 ..·
<>"<li,
portanto, detentor de honras de oficial superi Ordein da
. Ca~ou-se 3 _ve:e~, formando uma geraç~:· d
Do primeiro m_atrimon!o com D .. Maria Vitória, ; 17 fi
filhos: I - Ellas <;oelho Rodrigues, radicado ~
Ceará; 2 - Le?poldm a, casada com Henrique Coê!ho R
gues; 3 - Deollndo Damasceno; 4 - Oldrado· 5 _ ..
6 - Soli~ônio; 7_ - Leônidas; ~ - Elisa; 9 - 'Manoel~
cio, tambem radicado em Jardim; 10 - Leão e 11 _
mira Coêlho Rodrigues.
Em segundas núpcias, com D. Raimunda Coêlho
drigues, nascida Raimunda Petronila da Silva. São filhl!:
- Anísio Coêlho Rodrigues (coronel Anísio Coêlho), r
duas vezes. da primeira com sua prima D. Raquel de Aq ·
Coêlho, filha do coronel Tomaz Pedro de Aquino e da sega
da, com D . Rufina de Matos Coêlho, também sua parente
cida em J ardim , Ceará . Tendo deste consórcio, nascido od
tado F elipe Coêlho . 2 - Raimundo Coêlho Rodrigues, .
com D. Clara Marinho Falcão . 3 - D. Maria Coêlho F_
(D• Dondon), esposa de Rodrigo Castor da R~cha Fakao.
- ~:opold!no, conhecido por Velho de Campmas.
bastiao Coelho Rodrig ues (Bastinho) casado com su
!-·
~
Isab~l de Aquino Coêlho, filha do coronel Tomaz p
Aquino. Gu ·
~ Do t erceiro matrimônio com D . Zulmira. ~~ G~ ·
Coelho, tendo apenas o descendente Castriciano Coe1• colll J>.
con~ecido Por Zuzu, casado duas vezes · Pri1:1~~0M'
Mana Miranda Coê!ho, tendo a filha Zulmira .Coe ,sórt~
casada com o primo Raimundo Coêlho, de cuJO co
154




1
. . .os filh os, radicados em Salvador . Da segunda vez,
cerarn ~: D. Caroli~a . (Calu), .t:ndo v~rios filhos, J osé Cas-
casou e C ' lho, Antonio, Castnciano Filho, Pa ulo Castricia.
trician_? 0 º:x. diret or do DER de Pernambuco, Magcta Coêlho
no Coelh ' d~ com o engenheiro Abelardo Neves, ex-secretá-
N. eves,
rio de Ocabs:s
r d o Estado, Antônio Malan e Walter Castriciano
Coêlho.

155
CAPITULO 22
LEIS
Lei Provincial Nº. 125. Erige em Matriz a capela de
São Sebastião de Ouricuri, na comarca de Boa Vista.
O doutor Pedro Francisco de Paula Cavalcanti de AJ..
buquerque, vice-presidente da Província de Pernambuco. Faço
saber a todos os aeua habitantes, que a Assembléia Legia1a_
tiva Provincial decretou e eu sancionei a lei seguinte: Artigo
1º. Fica erecta em Matriz a capela de São Sebastião, na po-
voação de Om:icmi..
Artip P.. Bata 1reguesia que deve conservar a mesma
invocação, má • \hnite seguint.e: principiará pelo Norte, na
divisão de átau do Araripe, pelo Sul e Nascente, até extre-
mar com a t 91,ssia de Cabrobó e pelo Poent.e, com a fregue,
S18 de Santa . . ., "9 águas do Piauí.
Artiae J!. .Ae pároco desta nova freguesia compete os
mesmos ; ;1Q ili f IY 4o pároco da freguesia do Exu..
Arti1if: O pároco da freguesia do Exu tem opção
ll um& das • •
revogadas todas as leis e disposi.
t.odas as autoridades, a quem o co-
referida lei pertencer, que cum..
· · ament.e como nela se contém.
111m1IIIM!1a a faça imprimir, publicar e cor-
buco, 30 de abril de 1844, vi-
pipmlaeJiccima e do Império.

• •_.ao de Ouricuri a aede do termo


oeta, Preaident.e da Província de Per-
151
1
1
nambuco . Faço saber o. todos
bléia Provincial decretou e eiª seu? h1Jhit,
aanc1on1,j . tl~it.i ,
Artigo único . Fica tra . <t 11 &(b,
O~ricuri. a s':d: do termo do E:~feri~a Par, i,,1:¼:
leis e d1spos1çoes em contrário Mli'1call1. ª a v
autoridades a quem o conhecim~ntoando, p;~J&~'.¾,
pertencer que a cumpram e faça e execuç rtlti, , tr
como nela se contém . O secretár· rn cumprir~ da r' ""
primir, publicar e correr . Cidaa º gesta Pro,,~. 1n~
1

aos 18 de junho de 1849. Vigéss~ 0 ~ecife :feia a ~-""


e do Império. 0 0 itav d e Perr,""à(
0
a InQ .
LEI PROVINCIAL Nº.
260
~ran_sfere a, sede da Comarca de
do Ouncun. Jose Ildefonso de Sou Boa Vista
Província de Pernam~~co. Faço sab!: Rainos, Pr:~ra a
tantes que a Assembleia Legislativa p a _to~os Os ~ le
· · a reso1uçao
sanc10ne1 - segumte:
· rov1nc1a1 decretou
-~,;a ,··

Artigo único - Fica transferida a


Boa V_is!a para a vil~ ~o Ouricuri. Ficains~~e da Cornarca
dispos1çoes em contrario. Mando, portanto vogadas ~ ~
dades a quem o conhecimento e execução a: ;ºª:
d as au~
tencer, que cumpram e façam cumprir tão - t :ferida lei Jler.
nela se 120n tem.
, O secret'ano
· interino
· 1n eirarnent
· da ProVÍn . e
primir, publicar e correr. Cidade do Recife d ci~ ª faça in;.
aos 10 de junho de 1850, vigéssimo nono da r:de eern~b~
do Império. P ndencia e

LEI PROVINCIAL Nº. 601

Artigo 4°. - Ficam desmembrados da freguesia de s:


Sebastião de Ouricuri e anexados a de Santa Maria da ~
Vista, os terrenos banhados pelo riacho Piriquito, compreen.
dendo as fazendas Cacimba de Zacarias Nunes, de João Nu-
nes, Antônio de Araújo, as de Mundão e Cazusa e na exten.
são do riacho da Graça, desde a sua foz até Queimadas, fa.
zenda de João Felipe, compreendidas as do Cavalete, Varzinha,
Alagoa de Dentro e Mandaçaia, assim como todos os terrenos
úa fazenda Estreito. Palácio do Governo de Pernam?~co, acs
13 de maio de 1864, 43º. da Independência e do Imperio. Do-
mingos de Souza Leão.
158
LEI PROVINCIAL Nº. 1057

Arti110 1°. - Ficam criadas nesta província . b


b . d . - 1· . ma1S
cas cuJas enommaçoes e nmtes serão os segumt .
cornar ' . . es.
1º. _ A de Ouncun que se comporá dos termos de o _
. •1. 1:1 Granito . Palácio da Presidência de Pernambuco 7 duo
ricur
·unho de 1872, 51º . d a In d epen d encia
~ · e do Império. Dr.' Ma-
l oe1 do Nascimento Machado Portela.
0
Nota. Com. esta Lei, Ouricuri passava à qualidade de
de de comarca (mstalada em 1873) e de vila embora com
s:quena autonomia administrativa que vem a se completar
~orn a sanção da L_ei Orgânica dos Municípios, Nº. 52, de 3 de
agosto de 1892, a v1go:ar ~ partir ~e. 1 de julho de 1893, quan-
do é instalada sua primeira admm1stração municipal, mas,
permanecendo Ouricuri na condição de vila por força desta
Lei (52) .
LEI ESTADUAL Nº. 606

O Congresso Legislativo do Estado de Pernambuc0


decreta:
Artigo 1°. - Fica elevada à categoria de cidade, a
vila de Ouricuri, sede do município do mesmo nome.
Artigo 2°. - Revogam-se às disposições em contrário.
Senado do Estado de P ernambuco, em 12 de maio de 1903.
Antônio Pedro da Silva Marques, Presidente:. Francisco de
Paula Correia de Araújo - 1°. secretário. Vigário J oão da
Costa Bezerra de Carvalho - 2°. secretário. Palácio do Go-
verno do Estado de Pernambuco, em 14 de maio de 1903. Dr .
Antônio Gonçalves F erreira.

159


CAP I TU Lo 23
PREFEITOS MUNICIPAIS E p
DE 1889 A 1911 ADRES
1°. - Cel. Elias Gomes de Sous _ . .
municipal, estabeleceu o orçamento m~ .. 0 primeiro prefeito
reis. ic1pal em 8 contos de
2º. - Cel. Antônio Marinho Fal -
vice-prefeito na gestão de Elias Gomes cao (o velho) - foi
3º. - Hermógenes Salustiano G~anja
4º. - Honorato Marinho Falcão _ t~ t
Guarda Nacional. nen e-coronel da
5°. - Jobelino Severiano de Macedo
Os 4 últimos correspondem ao perí~do de domínio do
Conselheiro Rosa e Silva, em Pernambuco.
DE 1912 A 1930
6°. - Antônio Pedro da Silva - de 1912 a 1915 . Elevou
o orçamento municipal para 12 contos de reis. Tenente-coro-
nel da Guarda Nacional .
7°. - Anísio Coêlho Rodrigues - de 1916 a 1919. Ge-
nitor do deputado estadual Felipe Coêlho. Coronel da Guar-
da Nacional.
8º. - Hildebrando Damascena Coêlho - de 1920 a
1923. Ainda vivo e lúcido (1979), aos 96 anos de idade ao lado
de sua esposa, Adelaide de Siqueira Coêlho, no momento com
92 anos.
9°. - Cel. Anísio Coêlho Rodrigues - 1924 a 1927 -
2º. mandato eletivo.
10º. - Antônio Soares - de 1928 a 1930.
11º. - Jobelino Severiano de Macedo - de 1930 a 193_1
- 2a. vez . Anteriormente prócer da ala de Honc:ato Man-
nho e conciliado em 1928 com Anísio Coêlho Rodrigues ·
161
12º. - Rodrjgo Castor da n,
rigiu O grup o do _P artido Rcpublic:~:ha F'uJcii,,
do do afastamento de H onorato -P.ir '. de Jii18, ' J1r,,
EI t' . C . .lVJ.ütJnh 4 I! t1 .,,
acompanhan d o s ·a~10 01mbra, vinu o e na oiJ-,•
Anísio Coêlho Rodrigues, seu cunhad O u se ,, :''' , '
o. ~n,r ,i
1:.t,, I;,
DE 1931 A. 1945 ~1

13º - Capitão José Muniz d A.


14º: - Adolfo Soar es - 1932 e ndrade _ 1,,,
. "ui
15º. - Fernando Idalino Bezerra ·
afastado do cargo com o golpe de 10 d - de 1934
e novenibrode~'
16º . - João Batista Cabral _ 1938 ' a~
17º. - Manoel Mário Nunes Peix
0
i r,
do por Manoel Neco, de S erra Talhada. 0 - 1939. C
18º. - Teófilo Lins Sobrinho _ de
1
19º. - José de Oliveira P essoa _ : 4o a 1942.
Inicia um pr~c~sso_ de r emod_elação da cidaa: 19 ~ .a 1~ ...
peito nas res1denc1as e rebaixamento das i
eXJg1ndo Pa:
a antiga cadeia onde construiu o atual pré~~ çadas . Denu,:i.
grande erro seu porque a cidade dispunh;odda Prefei~
q ualquer edificação. Daqui saiu para ser pr fe _terreno !lata
· d e receber
verde. Voltan do em 1977 a f 1m e eito de .ArCG-
n
O 1
ouricuriense, conferido pela Câmara de Vere:d~ 0 de c1~
20º. - David Peixoto de Melo - de 1943re\g
nou-se conhecido por David Bacurim. ª 44 . Tor.
21 º. - Oswaldo Ro?,rigues de Farias - de 1944 a .
22º . - Laudenor L1ns - de 1945 a 1946. 1945-
230.,-:- An:ônio Aní~io de Matos Coêlho - 1946 _ fi.
iho de Ams10 Coelho Rodrigues.
24°. - Tenente José do Rego Barros - 1946.
25º. - Laudenor Lins - 1947 - 2a. vez.
26º. - F ernando Idalino Bezerra - 1947 a 1950 _ '!.
mandato eletivo, do PSD.
27°. - J osé Patu Sobrinho - 1951 a 1953 - do PSD-
eleito em acordo com a UDN .
28°. - Laudenor Lins - 1955 a 1958 - 3a. vez, send;
esta por eleição . Indicado por Eugênio Mudo, PSD do dis.
trito de Poço Verde, atual município de Ipubi, aceit_o pela
UDN. Então estudante da Faculdade de Direito ào Recife, da
Universidade Federal de Pernambuco.
29º. - Sebastião Siqueira Campos - 1959 a 1962. Da
UDN em acordo com o PSD.

162

d
_ Alonso Freire Moror6 - de 1963 a 196$ D·
300 · seu mandato prorrogado por d ois anos fac ·,
. ·t , e a mo
ª
_ do calend,ario
"r Teve
1]0". . •t
e1e1 ora1 m st1 mdo pela Rev 1 • •
~~ o~
de 196\0 _ Ulderico Granja Falcão - de 1969 a 1972
z.
X Originário do PSD e int~grando à Aliança Ren~
pJiEN Nacional (ARENA) . H erdeiro do grupo político de
va.dora do Bezerra.
ferna.!1 º. _ Valdemiro Marques Soares - de 1973 a 1976 _
32
j\.REN1i·_ Gilvan Coriolano da Silva - 1977 - ARENA I.
b el pela Faculdade de Direito de Olinda. Da ala polí-
~a.c li~erada pelo deputado estadual Felipe Coêlho.
uca
VIGARIOS DA P ARóQUIA DE OURICURI

l º. _ Padre Francisco Pedro da Silva - de 1844 a 1910.


v· ário colado. Foi deputado estadual, presidente da Assem-
b{la, cavalheiro da O~dem da Rosa e da de Cristo e comen-
d dor da Ordem de Cristo .
ª 2º. _ Padre Vicente Sóter de Alencar - de 1910 a 1915.
3º. - Padre Sizenando de Sá Barreto . De 1915 a 1925.
4º. _ Padre Joaquim P eixoto de Alencar - de 1925 a
1927. Vigário de Granito e regente de Ouricuri.
5º. - Frei José de Monsanc, - de 1927 a 1929 .
6º. - Padre Mariano de Souza Neto - de 1929 a 1931 .
Vigário de Petrolina e r egendo Ouricuri.
7º. - Padre Nicolau Leite de Souza - de 1931 a 1935.
8º. - Padre Pedro Modestv FE:rra:z - de 1935 a 1968.
Neste período foi regente de Bodocó . Designado cônego e em
i977, monsenhor .
9º. - Padre J esus Rosado Coêlho. De 1968 a 1979.
10°. - Padre Luciano Piumarta, a partir de 1979 . De
nacionalidade italiana.

163
,.

CAPÍTULO 24
GENERALOGIA E HISTóRIA

Na década de 1840, fi~ara~-se no retiro de gado


. uri depois, povoado de Ouncuri, o padre Francisco P edro
Ar
d ICSilva' e seus 1rmaos,
. -
com d est aque, T omaz p edro de Aquino
ªRicardo Pedro da Silva, paraibanos. Além destes, o casal
~tônio Cesário Alves de Castro e sua esposa Joana Bezerra
Lins, também vindos _do sertão da ,Paraíba, ~mbora, ~tônio
fosse cearense de nascimento e na decada segumte, o piauiense
Felipe Coêlho Rodrigues. Essas pessoas, juntamente com seus
descendentes, execu_t8:111 a grande ati:7idade do povoamento da
localidade e se posic10nam de maneira relevante na evolucão
do logradouro de gado Aricuri, transformando em povoação"' e,
em seguida, com os predicamentos de vila e cidade de Ouri.
curi, sede do município do mesmo nome.
Seus descendentes, além de casamentos entre si for-
mando troncos familiares, também se casaram com pessoas
de outras famílias, atraídas ao povoado, surgindo assim outros
nomes de família que vêm se encontrar sob esses troncos pri-
mitivamente instalados aqui e representados pelas pessoas
acima citados, como acontece com os Falcão, Marinho, Granja,
Pimentel, Macêdo, Mororó, Sá, Alencar, Siqueira, C~stor e
outros.

O padre Francisco Pedro da Silva, fundador da cidade


e_ criador do município, fez adoção de 11 parentes seus, admi-
tmdo-os herdeiros, dando-lhes educação em princípios de hon.
r~dez, atitude por demais louvável na criação de uma comu-
nidade, vindo esses adotados a desempenharem trabalho im-
P~rtante no nosso meio 1:; aqui citado como organizador do
1 · tronco familiar.

165


l º. T
:n o :N eo
_ Franc~Co p
S ucessao; l - Apolõn. ~d1 ,._
0
da P etronila da Silva· 3 / 0 Pedro ela ""í,
81
nho); 4 - Isabel Cân'did;;da11:tsco f>ec) lva. ,.
6 - Francisca Petronila da s·/
va; 5 __ ~o ~ s2 J!
8 - Maria P etronila da Silv ~ va; 7 __ J ~Se P,,,,"t
11 (
O A t, . p 9
1 - n omo edro da s1·1v a, -- bC1.0nór·
ºa.o ""'
..l:<lr,1t. ,L
,..
a. 10 pl:<lr, ~

1 - APOLôNio PEDRo D " da Si


. A. Sll.,vA. .
Casado com Ad1lânia c 0 , h (Slt\ho,z;.,
tenente-coronel Felipe Coêlho ~1 ~ ~ 0 drigues . ~"1(.1
Pedr? ?ª Silva (Mirô), Franciscoº drigu.es . sicsil~a. fiir...
Apolomo (Ptmeno), Felipe Mari ª .S!lva Coê~o: ?..: Q

nina (Sinhorinha), Antô~ia (T~· V~tori_a (Si.túia/S~


Coêlho (Seu Lé) . in a) e Sebast~~), ~
Ermiro P edro da Silva casa.d da S.:,,
de Aquino Silva, sem descend~ntes. 0 corn F'rancisca .
Francisco da Silva Coêlho cas d ~
Cav alcante Coêlho, radicados em' Recit c.orn Ana e O
cante Coêlho (faleceu solteiro) l\lJaria ~· Filhos: LUís~ lho
drosa, viúva, de Tiago de CarvaÍho Pedro:aLourd~ Coelho~
v-alcante Coelho, i:.olteira. e Mana Isabel Ca.
Apolônio P~dro da Silva Filho, conhecido
casado com Mana Albuquerque da Silva (Ma ~or _Punenn,
sem descendentes. riqlllnhaJ _

Felipe, Maria Vitória e Eponina da Silva e 'lh


ceram solteiros. oe o, fale.

Antônia da Silva Coêlho de Castro, casada com Antô-


nio Cesário d e Castro (António Órfão) - ver descendentes
de Domingos Cesário Alves de Castro-6 - 2º. tronco.
Sebastião da Silva Coêlho, casado com Maria José Coê-
Jho. radicados na capital de São Paulo.

Filhos: Hamilton e Adelânia Silva Coêlho. Hamilton


Silva Coêlho, oficial da polícia de São Paulo, casad.o com ~ -
dina Silva Coêlho, tem os seguintes filhos: Hamllton Filho
e L etícia Silva Coêlho .

166
RAIMUNDA PETRONILA DA SILVA
2-
lteira e Raimunda Petronila Coêlhc Rodrigues
Em so O tenent e-coronel Felipe Coélho Rodrigues (ve;
casada ~º:a deste, 5°. tronco) .
descenden
_ FRANCISCO PEDRO DA 3ILVA (Chiquinho)
3
C ado com a prima Maria Francelina de Castro e
. n~:a de Ricardo Pedro da Silva. Sucessão: Gastão Pe-
Silva, 1suva (morreu solteiro), Adalberto, Baldomiro, Milton
dro da d Silva Isabel de Castro e Silva (Belinha - morreu
pedr?. ª e Adônis Pedro da Silva.
solten aÁdalberto Pedro da Silva, casA ado com _Laura P etronila
Alh e Silva. Filhos: Osmundo Coelho da Silva, morreu sol-
c~e
teJJ'O,
ºoeolindo Sinésio, Olga, Maria Laura, Gilberto e Eliane
' .
M ia _ Coêlho e Silva.
ar Deolindo Coêlho da Silva (Deó), solteiro, vive em com-
panhia de sua irmã, também solteira, Maria Laura Coêlho e
Silva. Sinésio Coêlho da Silva,
. casa do com I va Bezerra Coe-
A

lho . Filhos: Ivanésio, Adalberto, Humberto, R~sângela, Sílvia,


Sinésio Filho e Euclides Neto -:- Bezerra ~º:lho. A?alber1~o
Bezerra Coêlho, casado com Maria da Conceiçao de Goes Coe,
lho, conhecida por Branca. Os demais filhos são estudantes e
solteiros.
Olga Coêlho da Silva, em solteira e Olga da Silva Lins.
casada com Oscar Lins. Ver descendentes de Fábio Ferreira
Lins, 2°. tronco, 8.
Gilberto Coêlho da Silva, casado com Lindete Ribeiro
Coélho e Silva . Filho: Adalberto José Coêlho e Silva.
Eliane Maria Coêlho Ferreira, casada com Clóvis Fer.
reira de Oliveira. Filhos: Clóvis Filho, Celso e Adalberto -
Coêlho Ferreira.
Baldomiro Pedro da Silva, casado com Francisca Ma-
ria de Aquino Silva, filha do coronel Antônio Pedro da Silva .
Filh?s: Adérito de Aquino Silva, Maria do Socorro, !dália
Aquino e Silva, solteira, Raul Pedro de Aquino Silva, médico,
autor destas notas.
d . Ad_érito de Aquino Silva, casado em 3 núpcias, sendo
ª _Primeira com Adelite de Alencar Peixoto e Silva, tendo
i fl~ho J osé Ulisses Peixoto Neto. Em segundas núpcias com
d~ e ~ezer~a Lins, tendo ~s filh~s: :A,delgício e ~lder~cio. -
quino Silva. Em terceiras nupc1as com Mana Candida

167
de Medeiros, nasceram • A.
Filho, Aldem iro Lúci o ·c.1 clcrnih1on
Aquinc, • ' 1\<lq,,
o li'útirn ,.... (!' P-.. 1,, /
José Uüsses P cixot '117rii1t: \d la,.
sado com Maria Isold·• caº Neto, rn l'.!u· •r 4- ,
'' C "" r tax lt< "I
seia par~axo Peixoto, J osé UJi~s P clx<,t,/ '~~? l,
t axo e1xoto, os dois últ . cs Pei 1· tlh, ✓,
Ulisseia Cartaxo Maia cairndos Solteir; Jt,J r I)~;
em e rato, tendo o filho , ui·
sa a e0 rn o n,.
" e '' l
isses p • c:dre;~ 11-•r.• •
Adelgício de Aquino s ·i eixoto l.x_.ú P,.r.
com Gl 011a. .·
Mana. ·•ia1a
Silveira d i va , Pro-rnotoz,
Alter e Amene. e Aquino Silv Púb,~
Ald , ·
enc~o de Aquino Silva rn . .
ª·
F 1,._•
•~.
com An a M ana Araújo de A . ' ~dico em
Aquino Silva Júnior, Adriano ~uAino ~Ilva. Fi l h ~
Ad em1·1son d e Medeiros A ndre . Ara.. UJo deos.l\q !ta
sado com Léa Maria Ferraz de equino, bacharel
Apolônio, Adleane e Aedna Lisa~~~;_Aquino . Filhos~
Adelmo de Medeiros Aquin
Santos de Aquino. Filhos: Andersi~ ~ª~ª~º com CéU
tos de Aquino. n 5tian e Ade~ e
Adelson de Medeiros Aquin0 .
I pu b 1,· cas ado com Antônia de Oliv •, cirurg· -
A . 1ao.denH ....
, . . eira qmno ..,"
A dento de Aquino Filho solte· ·
nico. Os outros filhos são solteir'os e esirto,d_ engenh~
M an~ - d 8 u antes
o ocorro de Aquino, casada co~ D .
dro de Aqumo. Ver descendentes de 6. Pedro T eollndn P,.
no - 3°. tronco. omaz de~

li na Md
Raul. Pedrod A de Aquino
. . Silva' médico, casado comt m..1.e_
. e e1ros_, e ~umo S1,lva, filha do desembargador
Pernam~u~o, Jª ~alec1do, ~o~e Tomaz de Medeiros Correia. r{
lhos: Rub1a, Ralldo, Ranuzia, Roseane e Ricardo.
Rúbia Medeiros de Aquino Silva, em solteira e R'b4
Aquino Coêlho de Macêdo, casada com Aderval Coêlho deM!-
cêdo, ela cirurgiã-dentista e ele médico, com atividades pro-
fissionais em Recife. Filhos: Romero e Renata.
Milton Pedro da Silva casado com Almerinda Lins ~
Alencar Silva, Filhos: Albert~ que morreu na primeira infâ.~
eia e Almerinda Lins de Alencar e Silva, casada com seu
Raimundo Lins de Alencar. Ver descendentes de 8· m ·
r~
1ina Bezerra Lins - 2º. tronco. . , . de pern3Jll·
Adônis Pedro da Silva, oficial _da pol~::ntel e Sih-S-
buco, casado com Maria das Graças Times P

168
. Sebastião Geraldo, Maria Zuleide Osm d
FJ'Jhos
• ·carmencita,
M ana
· A ntometa,
• Maria• Eneida un M
o Aé. c10,
·
Mana e aria d~
]i'átimªsebastião Geraldo Pimentel e Silva
de souza Guimarães e Silva. ' casado com Zi-
zeuda
osmundo Aécio Pimentel e Silva, engenheh•"~ • .1
· 1 B k s·1 .u.v-civi, ca-
sado com Guiseª. Eoec 'l:i:nann Be ikmva. Filhos: Adônis, Gun-
tber Ernest e Mana m1 1a - oec ann e Silva.
Ma~ia ~~men~ita Pimen~e~ e Silva Lins, casada com
engenheiro-civil Anoswaldo Fllhzola Lins de Araújo tend0
~s filhos: Adônis Pedro da Silva Neto e Amanda. '

4 - ISABEL CÂNDIDA DA SILVA (Tia Bela)

Em solteira e Isabel Cândida Pedrosa casada com Pe


dro Alexandrjno de Almeida Pe~rosa, de Afogados da Inga~
zeira. Sucessao: Pedro Alexandrino de Almeida Pedrosa Jú-
nior, Francisco Alexandrino Pedrosa e Júlia de Almeida Pe-
drosa.
Pedro Alexandrino de Almeida Pedrosa Júnior, casado
com Alexandrina Torres Pedrosa, em primeiras núpcias, filha
de Joaquim Gonçalves Torres, de Cabrobó, radicado em Ouri-
curi, e em segundas núpcias com Alexandrina Marinho Pf:-
drosa e em terceiras núpcias com a professora Isaura Pedrosa,
de Gurjaú - PE. Filhos do 1º. matrimônio: Maria, Isabel e
Hilda P edrosa. Do segundo não teve filhos e do 3°., nasceram:
Eustógio e Eulógio Pedrosa, radicados em Recife.
Maria Pedrosa da Costa, casada com Antônio Bezerra
da Costa . Ver d escendentes de Maria das Mercês Bezerra Lins
- 2°. tronco - 8.
Isabel Pedrosa Lins, casada com Júlio Ferreira Lins
Ver descendentes de Teófilo Ferreira Lins. 8 •- Umbelina Be-
zerra Lins - 2º. tronco.
Hilda Pedrosa de Aquino, casada com Tomaz Pedro de
Aquino (Santo) ver descendentes de 10. Antônio Pedro da
Silva - 1°. tron~o.
Júlia de Almeida P edrosa casada com Teobaldo de Al ·
.
me1da Pedrosa, sem descendentes.
'

5 - JOSÉ PEDRO DA SILVA

Faleceu solteiro .
169
6- FRANCISCA PETRoi,.,
. ILA b
Em solte1~a e Francisca P /\. 8rtv
casada com Deolmdo Damascena etr?nila , . A
descendentes destes, 5°. tronco Coelho 'bCv,.:!~•'> t.
• '1<)(.fl'J r,r
g'J
7- JOÃO PEDRO DA SILVA.
C-asad~ com Rosalina Casto
dência: Rodrigo Castor da Rochar Fcta Rocha t:,
Petrom·1a d a R och a, F ranc1sco
· . o, Juv" ªl":;_
M, alcã "<lfJ,
. ' } . ' ar10 entu,L
Rocha ( os d 01s u t1mos morreram 8 1 .e .Apoló ·""" e ,
Rodrigo Castor da Rocha Fai° ~erros) . llío ped.
Petronila Coêlho Falcão (D. Dondo cao, ~ado
drigo Filho, Adelmar, Maria Herceli nk
Fi_lhos: NC0rn_
Nemésio Castor da Rocha FaÍ - IZelina e Jo~in,
Cavalcanti Castor. Filhos: Manoel Ae'c~o, casado e~·
C}O M • v,q
das Graças Cavalcanti Castor. Maria D ' aria DeUsa
, eusa tu e
Deusa Castor M ororo, casada com O ' ª altnent
Freire M~roró, com uma filha de nom:., ~n~eiro ~ --,11i
São Luís . unia, radi~
Rodrigo Castor da Rocha Falcão Filh
Jota Lins Castor. Filhos: Maria do Socorr o, Ccasado com e.
Carlos Rodrigo, Teodomira Maria, Baltaz~~ ~l'lnezn_ Do~
de Fátima e Humberto Adelmar - Lins Cast arccni, Maria
Marfa do Socorro Lins Castor de Siquº~ ·
. d e S.1que1ra.
Nilson N ogueira . eira' casada coni
Carmem Dolores Lins Castor de Siqueira
Geraldo Nogueira de Siqueira . ' casada co:i
Maria de Fátima Lins Castor de Albuqueroue
com Vicente de ~aula Castor de Albuquerque. Filho~:
zio e Saulo - Lins Castor de Albuquerque.
c:t
Sizelina Coêlho Castor, casada com Antônio Anisio à~
Matos Coêlho. Ver descendentes de Felipe Coêlho Rodrigu~
12 - 5°. tronco .
Adelmar (Delma), Maria Herceli e João Coêlho Castor,
solteiros.
Juventude Petronila da Rocha, casada com Severo ~or.
deiro dos Santos . Filhos: Miguel, Sebastião (morreu soltell'O],
J ose' (sol teiro)
· · ~ em A ~aripm
- sacr1stao · · a, Antônia últirna.5 Maria
Amélia, Celin a e Sizelina - Cordeiro da Rocha (as 3
faleceram solteiras) . tina Nu-
Rodrigo Cordeiro da Rocha, casa~o com ~a~:ivá casa·
nes Cordeiro. Filhos : José, Zilda, Zora1de, Jose '
dos. com descendentes.

170
Cordeiro da Rocha, casado com Alice de Sá fo.
1
J\,11g~e . Filhos: S~bastião, C~rlos, ~bert~, Luís, Adal-
0
81
·s cordeirC Iina Francisca, Mana J ose, Mana da Glória
' ' ·sa In ez' e
de'1·0 · 4 f I"Ihos.
' e mais '
gi
Célͪ a , S' cor · d
. co pedro da Rocha, casa Ei com Edeltru:deg
Francis da Rocha. Filhos: Cloctoaldo, Maria Alvení RL
}Vfaria G~rne~.faria da Felicidade, Alberto, Sueli, Seb~tião
ºªdomes
581va, J da Rocha e Maria Dolores Rocha Marques:
pedro - Francisco Marques.
caSada corn
_ :MARIA PETRONILA DA SILVA
8
E solteira e Maria Petronila Marinho Falcão (D.
. ~asada com ~anoel Ma~~ho Fal;~º e Albuquerque.
Nfarica) '. Antonio, L1dio, Sebastiao, Genes10 (morreu soltei.
sucesMsao. ··ana Teodomira e Leonor - Marinho Falcão.
ro), ar1 ,
Antônio Mari~ho Fal~ão, cas~d~ ~om Raqu~! de Aquino
~lb Falcão (Dede) . Filhos: Smesia, Sebastiao, Geralda,
Coe. 0 Elisa Teresinha, Rafael, Francisco, Tasso, Riverdes
Mar~a Deusilar Antônio - Marinho Falcão.
Marie '
Sebastião Marinho Falcão, casado com Maria Nem
Freire Falcão. Filhos: Marcelo Freire Fa_lcão, Maria Leônia
Falcão Angelim__, casada com Carlos Angellm, Moacir e An tô-
nio Freire Falcao. . . ,
Teresinha de Jesus Fernandes Vieira, casada com Alí-
pio Fernandes Vieira. Filhos: César Augusto; Carlos Eduar-
do e Marco Aurélio.
Rafael Marinho Falcão, casado com Edilza Amaral Fal-
cão. Filhos: Laura e Raquel.
Francisco Marinho Falcão, técnico em administração,
casado com Maria de Lourdes Brito Marinho Falcão . Filhos:
Fabíola, Frederico e Gustavo.
Marie Deusilar Marinho Falcão de Oliveira, casada com
Carlos Alberto Falcão· Oliveira. Filha: Cristiani Marinho FaL
cão de Oliveira.
Lídio Marinho Falcão, casado com Floripes Muniz Fal-
cão. Filhos: Sebastião, Manoel, Maria Alice, Pecf:ro (Camucé),
Expedito, Teodomira, F elisberto, Alcides, Djalma, Teresinha e
José - Marinho Muniz Falcão.
Sebastião Marinho Muniz F alcão - Muniz Falcão, ba-
charel em direito, ex-deputado federal e ex-governador de
Alagoas, casado com Alba Mendes Muniz Falcão. Filha: Rosa
Maria Mendes Muniz Falcão.

171


. Manoel "Morinh M
l\lfar,a de J esus Sunt0 o ' uni, Pai ,
tos Muniz Falcão • F aJc;;u _ ,/,:!'J r: ~

''ª }-i~,l,~ r h., ' •


1
.
"'• ~ ~
. Pedro Marinho l\1u .
Mana do Socorro l-!01
M lllz F'aJcs,
. do Socorro e Patr'
ar1a ª"da. M Un1z , <e.. ;, rr,~..,;;
• · F'aJ
ic,a 1-loJand <a,, I',
Expedita Falcão de a ~-l11r,; I' '., ,
Nunes de Alencar Barros A.J_enca, , . 2 ª<.1.i
Klayton, Williams Cleto C
Filhos: W~• «~
dliams Clécio e Wilma Fa'J _leta WaJct-.~, 'll 1(1., ~
a com Joao - Carlos Albuquer caa de ", 1enca,
"" toll-JUr. · ,, ~.e:;..
Falcão Tde dAlencar Albuque que Neto . r; ·hrr.-.. '1,-
· .
eo om,ro Marinho 1\1 ·. rque
Geraldina_ de So~za Falcão. F~~~/alcão, ~
1 Va ar,
Souza Leao Falcao, Francisca B: · Ma11a de pº•. "-~
Mças. Rúbia, Antônio, Alba Rei·an ugdo Carnucê, ~,:~i:-"
arm· h o M umz · F alca- 0 Junior
• e eL'd•e SoUza Fa1Cão '"'1.la.
...,
. de Fátima Souza Fal ,•'º Marinho Munll
' ?"P
C~ara, ~
Mana .
lema Câmara. Filhos: Telema
Câmara.
Câ;:~
ª Jun,or e And;· •
F I. b er.
e 1s erto M annho. Muniz FaJ .
Nilvanda de _A lenca: Muniz Falcão. ;~~o~~o eon, Ili:,
Alencar Mumz Falcao, Sebastião Marinh Man_geJa t:, ·
brinho e Lídio José Alencar Muniz Falcã~. uniz Falcão~

%~~
Alcides Marinho Muniz Falcão, casado co
~ocorro G?nzaga _Du~rte Muniz_ Falcão. Filhos: it
nnho
niz Mumz Falcao Filho, Andre e Luís Gonzaga ~!"U! ~
Falcão.

Djal~a M~rinh~ Muniz F~~cão, casado com~


Jambo Mumz Falcao. Filhos: Sebastiao Marinho MunizFitii
Sobrinho, Fernando e Analice Jambo Muniz Falcão.
Teresinha Muniz Falcão Saleme, casada com 11'!'.:!r g _ HONóRIO
Salene. Filha: MilenP. Maria Muniz Falcão Saleme.
José Marinho Muniz Falcão, casado com Maria lL ·, Casado com Cai
Muniz F a lcão. Filhos: Sebastião Marinho Muniz Falcão, ~en'.es: Artur, Pec
brinho Ana Alice Patrícia e Rosa Morais Muniz Falcão. Petronila da Si
'Sebastião Marinho
' . be1h
Falcão, casado com E_IIZll de
!!lN da Rocha, com d,
Castro Falcãc. Filhos: Maria Gícia, Manoel, ~tomo,
1
de Lourdes Helda Maria, Hélio e Heliomar Falca~~ Mari.tlo
Maria Gícia Falcão de ~óes, . casada
de Góes . Filhos: Francisco Jose, Ehzabe\h,
doSocollU ~:ia º -ANTôNJ
1• . Casada ern pr
Gícia Maria e Helda Maria Falcão de Goes. ':'tioIU!no
ee
Silva, f"lh
1 a ,
' lll se!;\lndas cc
172

Antônio ,!:<'alcão, casado com Tânia D .


Jindo Falcão. Filhos; Teresa Elizabeth, An , 0 i:iane_ D?rta Ga.-
vio Henri~ue Dorta <?alindo Falcão. tonio Serg10 e Flá-
Heliomar Falcao, casado com Ma 1· M
lhos: Clement mo, . Elº1zab eth e Isabela Mou
r i oura F_a1cao.- Fi-
Mariana Henriqueta Falcão cas d ra Falcao.
. Fºlh .
Barros Muruz . 1 os: Mana da Soledade J ,
, a a com Horac10 , . de
mira, Olga, Guiomar e Manoel Muniz Fal' _ ose, Clara, Teodo-
, M . F 1- cao .
Jose ~lZ a ca~, casado com Maria da . -
niz Falcão. Fllhos: Damela e José Muniz F _ConF~eiçao Mu_
Clara M umz . F a1cao,
- casada com Tem'a1caot ilho ·
Falcão. Filhos: Bartolomeu, Sebastião José H1s -º~1esMGr~nja
. . dora, Maria
Auxilia . d e L ourd es, Mana. das
' Graças
, orac10,
M · D ariana
' T ' t
Cicerc, emIS oc es, 1 Filh o, ara F1lha _ Muniz Fa l - eusa'
Cl · • ana
Bartolomeu Muniz Falcão, casado com Luz· ca~.
Muniz Falcão . Filha: Renata. 1ª ampos
, . quiomar TMuniz Falcão ~e Vasconcelos, casada com An-
toruo Elizeu de vasconcelos . F1lho: Francisco Martê,nio Falcão
de Vasconcelos.
_ Ma:ioel MU1_:iz _Falcã_o, casa?º com Maria Diva Araúj·J
Falcao. Filhos: Leonc10, J oao, Mana do Socorro, Márcia Diva
Manoel Júnior - Araújo Falcão . ' '
Leonor Marinho Falcão Muniz, casada com Antônio Cí-
cero de Barros Muniz . Filhos: Pedro, Francisca, Manoel, Bene.
dito, Onofre, Teodomiro, Heleno, J osé Expedito - Muniz
Falcão.
Pedro Muniz Falcão, casado com Maria J osé Muniz Fal-
cão. Filhos: Ovídio e L eonor - Muniz Falcão .
José Muniz F alcão, casado com Maria Nelu Muniz Fal-
cão . Filhos: José dos Remédios Muniz Fa lcão, este casado com
Marusa Coêlho M uniz Falcão.

9 - HON ó RIO PEDRO DA SILVA

Casado com Carlota Margarida da Rocha Falcão. Des-


cendentes : Artur, Pedro da Silva (morreu solteir~) e Joa.
quina Petronila da Silva casada com Manoel Ferreira Sam.
. '
paio da Rocha, com descendentes.

10 - ANTàNIO PEDRO DA SILVA

easa d o . .
em primeiras , .
nupcias com Maria Romana . de
Aquino Silva filha do coronel Tomaz P edro de AquMmo'. se)u
,
t.10, e em segundas com Maria de Castro e s 1·lva (D · arica .
173
dE
. _l\lVescor
Ce5á!1ºto roolla, CE
.~ .-.;o
t,_t,,-- ce!tl
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- • ' _, Jagú décª
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/ til. eJll ,-,o viUv jJ).S ÓS,
1/1'!0 era -- L tre n
TÀ11 aezt:i-•- ell pra
,...-.~:P- . ori·geJll
J:) , io com s·1· 1
. . daº cesar eis e
~~•a1·or ,i;,.,o R - .o de
• rll aru,,, ;,..,.,001 e
·aern atfu,, oss
., or- pé do P andes P. ua
~~/s~~n~: ~ue co:~:stI
::J-" a faJlll-'"' um dos litic
.! uro béin - eia po
y.e taill eviden R·o Grar
- ~iar de íb e 1 M
:;;;;iw
e na Parai. aCesar ' 1·o, a
::.f!lt "Maior do seu
~rolo gistro t
.·~dade no re testamen i
,- no seu . e
·:e Castro, . "No roteiro
~;ado no. ll;oSebastião de.
·:reeste ' ed tes· do pru
Descen en ~. _
:a esposa), nascera •, 1. (A_.
:.., 2_ Antônio Cesar,? • A

,_;._ Do segundo matnmo


~~ia Felicia Alves de Ca
l:l! Castro; 5 - Francisca l
'::ingos Cesário Alves de C
:e Castro; 8 - padrasto d

CAPITULO
2º. I
Major Cesário
Antônio Cesário Alves de Castro, ou simplesmente, Ma-
jor Cesário, com se tornou conhecido, nascido em Riacho do
Sangue, atual Jaguaretama, Ceará, yeio da Paraíba, fixando-
"seem Ouricuri na década de 1840; até sua morte em 1882.
câsãdo em segundas núpcias com D. Joana Bezerra Lins que
também era viúva e tinha do primeiro matrimônio a filha
Umbelma Bezerra Lins que casada com Antônio Manoel da
Paixão, dão origem entre nós, a numerosa prole.
Major Cesário compra aqui a propriedade pertencente
ao Dr. Bernardino Reis e Silva a qual põe o nome de Bebe-
ribe, ao pé do patrimônio de São Sebastião de Ouricuri, tor.
na.se senhor de grandes posses, rico agro-pecuarista e o tronco
de uma familia que contínua crescendo entre nós, constituin-
do-se também um dos ancestrais dos Maia que formam grupc
familiar de evidência político-social no Nordeste, principaL
mente na Paraíba e Rio Grande do Norte. Conforme se vê no
capítulo "Major Cesário, Maia e outras famílias", houve du-
plicidade no registro do seu nome, Antônio Cesário Alves
de Castro, no seu testamento e Cesário de Vasconcelos Maia,
citado no livro "No roteiro dos Azevedos e outras famílias dü
Nordeste", de Sebastião de Azevedo Bastos.
Descendentes: do primeiro matrimônio (ignoro o nome
da esposa), nasceram: 1 - Francisco Sey~:çiano de Vasconce-
1~2 - A ~ l v e s de Castro Júnio_I.
Do segundo matrimônio com Joana Éezerra Lins: 3 --
Maria Felícia Alves de Castro; 4 - Maria Francilina Alves
de Castro; 5 - Francisca Romana Alves de Castro; 6 - Do-
mingos Cesário Alves de Castro; 7 - Sabino Sidrônio Alves
de Castro; 8 - padrasto de Umbelina Bezerra Lins.

175
1 - FRANCISCO SEVERIA
DE VASCONCELOS NO ALV.t:3 f

Casado com Maria Olímpia d


ras núpcias e em segundas com a i~'!ascont~I,
-l
/ ~•
. ª ~ E:3t.a , ~r.~
ia de Vasconcelos. Sucessão:, do p r1rne1r
P .
Agripino de V asconce1os, Eneas Olím 1. 0 rnéstt .",.
noel Olímpio de Vasconcelos, Antônt º0 ~e va;; "- ·
los Isabel Olímpia de Vasconcelos Li~ d hrnpía ,1. Gt: 4»
' , O , . d ' n olfo O • I·
concelos, Jose llmp10 e Vasconcelos d lúnp
nio, Antônio Olím?io de yasconcelos . e ~_egundo.rJ~-
1
dicaram-se n a Para1ba e R10 Grande do N caratn.Je
Antônia Olímpia de Vasconcelos e atualmente orte, lE:va(l,.~ P:r-:i
ramo numeruso d os V asconcelos Maia R fonr,-
, . ou t ras f am1'l'ias espalhadas
Maia e varias ' osado ( .:--i..
10 •-<Z.ia,
forme se vê no relat o genealógico organiz~~ Nordet:t,
10
gador Manoel Maia de Vasconcelos, da Paraíba Pi:
roteiro dos Az~vedos e outras famílias do No~d~~ e:: ·.
n ~ U!, aJ . ~
Desse ramo, várias pessoas se distingue -.......:..!:.
lor social, cu~tural ~ !?~lítico, na Paraíba e R %~~ seu
Narte, onde sao dom1c11Iadas. ande ••
2 - ANTôNIO CESARIO ALVES
DE CASTRO JúNIOR

Casado COfil: Tertuliana Seixas de Castro (Teté). 5 .


cessão: J oana Mana Edeltrudes de Castro, Antônio, JOS€ k.
tônia Maria, Joa quim, Cipriano, Clara Maria, Maria ciz:.
Sabino, Mariana Maria, Raimunda Mana, Rita Maria e Ptb
- Alves de Castro .
Joana Maria Edeltrudes de Castro, casada com Modes-.:
Ferreira Lins, sem descendentes.
Antônio Alves de Castro, casado com Francisca k -
reira de Castro, sem ãescendentes.
José Alves de Castro, casado com Olímpia Bez€'!'!'!
Lins . Filhos: Sebastião e Ormecinda - Bezerra de Castro.
Antônia Maria Alves de Castro, casada com o italiar:
Biágio Antônio Calábria . Sem descendentes.
J oaquim Alves d e Castro, faleceu solteiro. An' .1
Cipriano Alves d e Castro casado com Isabel ~
de Castro. Filhos: Wilson, Jorge,' Benja:11im, Jaime,
Durval, Celsina, Heráclita, Amítal, Jufa, Hosana e
i:;:-
Alves de Castro.

176
-
Wilson. Alves de _Castro,, ~asado com Olinclina Bezerra
castro. Filhos: Maria, Eutalla, Hor tência Creuza He r1
de . Auri Antônio e Edvar - Bezerra de Castro ' r '
.Eur1c0 'Eutáha
, -' .B ezerra d ~ c as t;º Ba~bosa, casada com
· Alcin-
do Barbosa. Filhos: Mana Jose, One1de e Suelí __ de Castre,.
J3nrbosa. , d C
Maria Jose e astro Barbosa, casada com João Anto-
nio. Filhos: Fabiano e Fábio de Castro Barbosa. Oneide de
castro Barbosa Machado, casada com Jorge Machado. Filhos:
Leandro, L~onardo e Rafael - de Castro Machado.
Herb ~ezerra .de Castro,, ~asado com Djalva Miranda
d castro . Filhos: DJalva de Fatima, Tânia Maria Franciscc
,vnson, Ro_bson Alexandrino - Miranda Bezerra d~ Castro .
Eurico Bezerra de Castro, casado com Maria do Socorro
Apolinário de Castro. Filhos: Nilma, Vilma, Uma, Cláudio
Wilson e Eurico - Apolinário de Castro.
Auri Bezerra de Castro Lins, casada com Antônio Coê.
lho Lins - ver descendentes de Teófilo Lins Sobrinho _ 2º.
tronco - 8.
Edvar Bezerra de Castro, casado com Erotildes Barros
de Castro. Filhos: Wilson Alves de Castro Neto, Edvânia, Lu-
ciane e Orlando - Barros de Castro.
Clara Maria Alves de Castro, faleceu solteira.
Maria Clara de Castro, casada com Oton Targino Granja
Falcão.
Sabino Sidrônio Alves de Castro, faleceu solteiro .
Mariana Maria. Alves de Castro, casada com João Agra,
radicados em Parnamirim, Pernambuco.
Raimunda Maria Alves de Castro, casada com Antônio
Bezerra Lins. Filhos: Paulo, Euclides, Letícia, Brás, Hermó-
genes, Otília, Etelvina e Maria de Lourdes - Bezerra Lins.
Paulo Bezerra Lins, casado com Maria Pimentel Lins,
viúva de Mário Ferreira Lins de cujo consórcio nasceram:
Cristina, Sebastião (Seu Lins), José e Geraldo Pimentel Lins,
ver descendentes de 8. - Umbelina Bezerra Lins - 2°. tronco
Do segundo matrimônio, nasceram: Dulce, Mário e
Maria - Pimentel Lins.
Mário Pimentel Lins, casado com Maria da Paz Rabelo
Lins.
Maria Pimentel Lins casada com Luís Balbino de
França, conhecido por Fade.' A •

Euclides Bezerra Lins casado com Antoma Bezerra


Lins. Filhos: José e Maria dd Socorro - Bezerra Lins, esta
casada com Eunilson Macedo de Siqueira.

177

b
Letícia Beze.r.ra Lina cas, .,
.
p rimeiras , .
nupc:as.. Fºlh ' ,iuu C!ü rn J,JSi,
•1 os: Ect6sio
Em segundas nupc1as com J oão e Erernit,, ; .Ai.-,1 •
L
resinha, ounva · 1, Oscar, Vilan i10
'A ~ '-'Ir
Pes .ti e I\Je ., 18 /\v,r
•r•• rt,,
Alencar. ' ntonio e 0J~"r; ~... ,.. ir.
Brás
. . Bezerra
, . Lins, casado con, A ~ -.... L"·• le.
em primeiras nupcias, sem descende •~Utea e 1t
Inez Bezerra Lins . Filhos: Zorild•ntes ~ ern 1€ t--~,.
Carlos, Rilmar, Jurandir e Teresinhaª• Jos,1c1a, Su&~r><J.
--- Bezeri, ~ 1, ~
. ~ermêgene~. Bezerr~ Lins, casado e a Li11a_ ,li,
Lms. Filhos; Em11Ia, Evam, .Maria Do! 0 tn Mati
ores Ma . a
Otília Bezerra Lins, solteira. ' tia e An¼
Etelvina Bezerra Lins, casada
de Luna . cozn Joaquim t-;.
Maria de Lourdes Bezerra Lins Fi . 1'at~
Valfredo Figueiredo, residentes em São ffiuetedo, ca8ada
Rita Maria Alves de Castro, casact!u 0 · et.i:i
tista. coin Evaristo ll.
Pedro Alves de Castro, casado com Fran .
Clara de Castro . cisca M~

3 - MARIA FELíCIA ALVES DE CASTRO

Em solteira e Maria F elícia de Castro e Sil


com Ricardo Pedro da Silva . Ver 4º. tronco . va, casada

4 - MARIA FRANCELINA ALVES DE CASTRO

dentes Casada com Manoel Lopes de Siqueira, sem descen.

5 - _________________
.,...,
FRANCISCA ROMANA ALVES DE CASTRO

Em solteira e Francisca Romana de Aquino. casa.d!


com Tomaz
T Pedro de Aquino - ver descendentes - 30. tronco.
-----

Casada com l
6 - DOMINGOS CESARIO ALVES DE CASTRO
· : 'feófilo Ferreir:
Casado com sua sobrinha Francisca Felícia de , ~as~,
~ Umbelina Lin
zen-a Lins.
filha de Ricardo Pedro da Silva . Filho: Antônio Cesano ·
ves de Castro. Antônia 1 ;_ T_eófilo Ferr
'-!!IS. Filhos· Al
. Antônio C~sário Alves d~ Castro, casa_do co~lhos: Do- Lino . · llle
- Seixas Line
A

da Silva Castro, filha de Apolomo P edro da Silva.


A.Jnierinda s'
178
rningos (
Neto) Gercy, Maria, Apolônio (Neto)
'
u l'f-
, aura - ~-
. de castro.
' r10 ' · d C
sa. Domingos CesFa~1oh e Mas~ro Neto, casado com Alzir&
s de Castro. 11 os: de Lourdes Marli V 1m·
Antune .d
1\Aaria Apareci a -
, · ana
c esano d C , , a 1r
e astro, radicados no Ce ,
e ~1 , • ara.
Gercy Cesano de Castro, faleceu solteira em São p 1
' · d C t B' au e,.
Maria Cesan_o . e Mas _ro M ispo, casada com Manoel
Bispo . Filhos: Antomo, ana arly e Marlene _ de Castre,
BisPº· • . · · d C
Apolomo Cesano e . astro Neto - conhecido por Si-
hozinho. Cas~do com Mariana Modesto Ferraz de Castro
(Nenzinha) . Filhos: Carlos Antônio, Léa Maria1 Antôni'J
Edmar e Mary Cléa - Ferraz de Castro.
Léa Maria de Castro Ferraz Aquino, casada com O pro-
fessor Ademilson de :iyredeiros Aquinr.. Ver descendentes de
Baldomiro Pedro da Silva - 1O. tronco - 3.
Carlos Antônio de Castro F erraz, casado com Marga -
rida Maria Couto Ferraz .
Laura Cesário de Castro Luna, casada com Adão Mo.
reira de Luna. Filhos: Maria do Socorro, Odete, Bernadete e
Ricardo - de Castro Luna. Residem em São Paulo.

7- SABINO SIDRôNIO ALVES DE CASTRO

Integrante do 7°. Batalhão de Voluntários da P átria, de


Ouricuri, na guerra contra o Paraguai, morreu em combate na
Batalha de Tuiuti, aos 28 anos de idade, no posto de capitão.
Era solteiro, entretanto deixou o filho Horácio Sidrônio Alves
de Castro, de sua união com Gertrudês Maria da Conceição.
êonforme registra no' seu testamento, lavrado antes de seguir
para o Paraguai. N ascidc em Santo Antônio do Piancó,
Paraíba

8- UMBELINA BEZERRA LINS

Casada com Antônio Manoel Ferreira da Paixão . Suces-


são: Teófilo Ferreira Lins Antônio Lino Ferreira Lins, Fran-
cisca Umbelina Lins, M~ri-a das Mercês Lins e Idalina Be-
zerra Lins .
Teófilo Ferreira Lins casado com Clotildes Seixas
L~ns. Filhos: Almerinda, Alcina Anália, Albertina e Antônio
Lino - Seixas Lins.
Almerinda Seixas Lins. Faleceu solteira, em São Paulo·

179

h
. ~lcina Anália Seixas L'
reira Lins. Ver descendent . ina, casaa
deste tronco. es de Antôri' ª cc,1 tf
Albertina Seixas Lin p · 10
l.tno0 1' ~
de Bodocó. Filhos: José e !, di_res, casacJ, ~te,,• '
A t · . L' i~ a ir - 1 · u <:!Jr
n omo ino Seixas L 1. ins p · n "1& '
Monteiro Lins. ns, casado ir~ . r.,'tl ~
Ant • . L" COll') l ,
omo Ino Ferreira L 1· l'flª?i.l
FCastro Lins, filha de Ricardo p dns, casado , f1
a' b•o
1 ,
M od est o, J u' 1·10, Oscar Cr·e t'ro das·1lva corn F· ,,.'"iQ~
brinho - Ferreira Lins. ' is 1na, Teotónia 11ru-,.
M' . F · e 1't4
F .lh Caz:1ot· erre1ra Lins, casado com 11K • "' •
1 os: ns ~na (morreu solteira), Seb "~~ria Pirnen
e Geraldo Pimentel Lins. .!\faria Pi ª3 tiao (Seu Lilei
segundas núpcias com, Paulo B.ezerr: r.tel Llns, ~ · J,_.
de Raimunda Maria Alves de Castro _ 1~!· Ver descei:.
, . . • tronco_
Jose Pimentel Lins, casado com Ect· 2·
Lins. Ileusa Maga =
Geraldo Pimentel Lins. casado com s b
Lins . u erana Rabt;_
Fábio Fer~eira Lins,_ cas~do com Elisa Luna .
lhos: Oscar, Aquiles e Mana Daria _ Lins. Ltns. F~
Oscar Lins, casado com Olga Coêlho e Silva 1·
~os: Nilse, Adalberto, Nilza, Oscar Filho e Nilda
L1ns.
~:s:Ln
Aquiles Lins, casado com Ivone Bezerra Lins. Filhar.
Ione Bezerra Lins e Fábio Lins Neto. ·
Modesto Ferreira Lins, casado com Alcina Anália Sei-
xas Lins. Filhos: Getúlio Ubirajara (Bira), Adroaldo (lra-
puã), Teófilo Neto (Irandi), Maria Iara, Modesto Filho, Ma-
ria Irani e Mauria Elita - Lins.
Getúlio Ubirajara Lins, casado com Maria Helena Lins
Filhos: Geraldo e Ana Lúcia - Lins. .
Maria Iara Lins Coêlho, casada com Sebastião de Si.
queira Coêlho, ver descendentes de Hildebrando Damasre:.J
Coêlho - 5°. tronco - 3 • . Falcão ~
Júlio Ferreira Lins, casado c?m Teod~~iraM oeL CJ."
em primeiras núpcias. Filhos: Ahce, ~nt?mo, ~ab~l Pe.
Iota e Júlio Lins Filho. Em segundas n~pcias, cf~ tronco. Fi·
drosa Lins, filha de Isabel Cândida da ~1!vaMaria· Isabel, Art-
Ihos: Laudenor, Geraldo, Teresinha, _Mano, rro e Maria de
tônio, Alexandrina, Benildes, Maria do 8 oco
Carmo - Pedrosa Lins.
180

. Lins de Aquino, casada com Lauzimiro J osé de
. Al~=r descendentes de José Tomaz de Aquino . 3º. tr0n -
Aqull'1º·
- 2 • • . e Manoel Lins, faleceram solteiros.
e0 Antonio
lota Lins Castor, casa d a com R od ngo

cha Fale~
e~: · Castor da fü>_
Filho . Ver descendentes de Rodrigo Castor da Ro-
1o tronco - 7 .
cba Falc~l~ -Lin~ Filho, casado com Francisca Siqueira Coélho
Ju ioinha) . Filhos: T eo damua,
. , . 1es Roberto, Carlo,
p er1c
Lins. ~Duz Rui Alberto - Coêlho Lins.
Antoni~eeodomira . Coêlho ~ins Alencar, casa~a co:11 .José Er _
. . Alencar . Filhos: Iur1, lana Carla, Jose Erlamo J únior
lan-1? _ Coêlho de Alencar .
e Vi~:~icles Roberto Coêlho Lins, casado com Egilda Coêlho

Lins · Carlos Antônio Coêlho Lins, casado com Nilza Coêlho


Lins. Laudenor Lins, casad ? co~ H . etem·1 e Guedes Alcofo-
dO Lins. Filho: Laudenor Lms Junior .
ra Geraldo Lins, casado com Albertina Figueiredo Lins.
Filhos: Francisco L~ércio, L:3-ir_, Lairt~n ~ eraldo,. Isabel, Se-
bastião Laidete, Laide e Laercia - Figueiredo Lms.
Lairton Geraldo Figueiredo Lms, casa.do com Maria dt
Lourdes Cavalcanti Lins. Filha: Geraldine Cavalcanti Lins.
Mário Pedrosa Lins, casado com Odete Machado Lins.
Filhos: Maria Cristina, Vera Lúcia, Cláudia Maria, Ana Lú-
cia e Ana Paula - Machado Lins .
Benildes Lins Falcão, casada com Agildo Granja FaL
cão. Ver descendentes de Maria rlas Mercês Bezerra Lins -
2°. tronco - 8.
Maria do Carmo Lins Lira, casada com Luís Gonzaga
de Lira.
Oscar Ferreira Lins, faleceu solteiro.
Teófilo Ferreira Lins Sobrinho, casado com Eudócia
Aquino Coêlho Lins. Filhos: Sebastião, Antônio, Cristiano,
Edmar e Edvan - Coêlho Lins .
Sebastião Coêlho Lins, casado em primeiras núpcias
com Miraci Carvalho Magalhães Lins e em segundas núpcias
co:n. Eretusa Góes Siqueira Lins. Filhos: do primeiro matri-
:~1º: Teófilo Lins Neto, Solange Gláfiton, Zelaine, Manoel
ana Emília - Magalhães Coêlho Lins.
César ~ol~ge M~galhães Coêlho Lins Martins, casada com
artms. Filha: Geórgia Martins .

181
Gltifilon MagaJhiics,. CoéJho Lins
do Socorro Coêlho _L u~s . l • 1Jh_u: DürJf.! é . ttJaa,J,, ,
ZeJain e Magalhaes Coelho Lin úe!f.,, Lin t,.,, Ai
Edvaldo Cab!'aJ. l~iJho: Felipe MagalhtesC"~'~"l, ::
Antônio Coelho Lins, casado corn Cr,•lh0 e~
Lins. Filhos: Aldo, Alba e António FiJh 11.ur; Ca. :"'ll
Aldo d e eas·tr o L'1ns, casa o - C-«at,10 tit:..
· d o corn NiJ·
!'e Lins . Filhos: Wedson e Wactson _ Frei:•te ~ki11q,' 6

Coêlho Lins, casa~o c~m. Algenora Pereira ct!


~ina. eat,
lhos: Maria Goret1, Cristina e Teófilo _ Per . Silva L;,.,.
Edmar Coêlho Lins, casado ern prirn ~ira Lin . · 1J..
Francisca Melo Coê1!1o Lins e em segundas ne~ras núllciaa 1
Caldas Lins . Sem filhos. Pelas C<>rJi ~
E_dvan Coêlh~ Lins ~ odrigues,_casada corn _ 11
gues . Filhos: Cristiano, Teofilo Antonio e Eud . _Joao ~
Coêlho Rodrigues. Ocia V ânia
Maria das Mercês Bezerra Lins, casad '
zerra Lins ( o velh,o ) ·. Filhos:. Vi_cência, Emídfa com !°:É P.e.
dro Olímpia, Hortenc1a e Jose Lins Filho _ B' Antônio, Pe.
' Vicencia
• . Bezerra L.1ns, sol te1ra,. b . t tns.
criou suaezerra ·
tônia Bezerra Lins (Tainha) , filha de Pedro Bez so lloha 4
Emília Bez'.'r.ra Lms;. _casad~ com Antão Lunaerra Lins. ·
Nelson, Elisa, Amelia, Otac1ho, J oao e Lídio _ Bez · Filhos,
NeAlsont· ~ezeprrad Ludna,
filha de n omo e ro a I 1va.
S:~ erra Luna
sado cF0!ll Diva de Castro
11hos: Aldo Bór .....,
Lun.
Edilton - Ltma. ' genes e
Aldo de Ltma, casado com ~'laria Erice Modesto d,,
Luna. Filhos: AJda Maria, A ldo Borgenes, Aldomar Atiane
e AJdiverice - Modesto Luna.
Bórgenes _de Luna, casado com Maria da Natividad,,
Ferraz Luna. F1Jhos: Nelson Luna Neto, Oscar Romero e Mi.
rela Ferraz Luna .
Elisa Bezerra Lins, casada com Fábio Ferreira Lins _
ver descendentes de Antônio L ino Ferreira Lins - 2º. tronCll
- 8.
Amélia Bezerra L ins Falcão, casada com Francisco
Granja Falcão (Vigarinho) . Filhos: Djanira, Hermógenes.
Ulderico, Sílvio, Berenice, Agildo, Lupércio e Francisco Wel-
Jigton - Granja F alcão.

Hermógen es Granja F alcão, casado com Maria Udoci-


des Alencar Falcão. Filhos: F rancisco J ânio, Rose~ne Mana,
Mary Claire, Cecy Amélia, Edilene Maria e Jose Tad~u, -
Alencar Falcão.

182
-
Uderico Granja J!alcão (Deco), casado com Helen B
AIen car Falcão. Filhos: Carlos Francisco Neodal ª Mar-
re•ato 1vla1
1\/f •1
' ·
·a de Fatima, H e1OlSa
· H e1ena - Alencar' va
- . a-
Falcao
F - C .
ri , Neodalv~ A1enc_ar .ª1cao on?lano, casada com Juan.,z
. 0 da Silva. Filhos. Pablo Diogo e P atrícia Hel d
cor101-a~ Falcão Coriolano. ena e
Alencar1\traria de F't' a 1ma AIencar F a1cao - Sampaio casad
lVl S . F' lh . , a com
franc isco Alencar. ampa10. Al S i os:. Silésia
, Helena Fal cao
-
aio e Francisco encar ampa10 Junior.
s-amP Heloisa Helena Alencar Falcão Lins, casada com Aria-
gildo Lins. . -
Sílvio ~ranJa Falcao, ~asado ~º!11 Maria Leide Falcão.
Filhos: Francisco Ar~ur e Lu!za Ame~ia - Granja Falcão.
Berenice Gr~nJa Falcao. Muni~, casada com Geraldo
Granja Muniz. Filhos: :13eremc_e Mana, Francisco Geraldo,
Carlos Fernando - . GranJa_ Mumz.
Agildo GranJa Falcao, casado com Benildes Lins FaL
cão. Filhos: Marluce Amél~a,_ Franc~sco Airon, Marijane, Lu-
ciano Roberto e Geane Robeno - Lms Falcão.
Marluce Amélia Lins Falcão Silva, casada com Paulo
Orlando Vidal Silva.
Lupércio Granja Falcão, casado com Maria do Socorro
Muniz Falcão. Filhos: Teresa Lúcia, Antônio Bosco, Tâni,.
Maria e Lipércio Júnior - Muniz Falcão.
Otacílio Bezerra Luna, casado com Antônia Luna.
João Bezerra Luna, casado com Maria de Jesus Luna
Filhos: Maria, Sebastiana, Iradelmar, Jeferson e José - Lun&.
Lídio Bezerra Llma, casado com Risalva Luna. Filhos:
Elmo, José, Maria de Lourdes, Maria de Fátima e Elbo - Be-
zerra Luna.
Hortência Bezerra Lins, casada com Antônio do Na.; .
cimento Clemente Costa. Filhos: José, Abílio, Antenor, Olin-
dina, Odelina e Antônio Bezerra da Costa (Toinho), e em se-
gundas núpcias Antônio do Nascimento Clemente Costa, ca-
sado com Maria de Sá Costa . Filhos: Zulmira, Adauto, Edé-
sio, Ulisses, Blandina e Sebastião - Sá Costa.
Antônio Bezerra da Costa, casado com Maria Pedrosa
da Costa, filha de Isabel Cândida da Silva - 1°. tronco - 4.
Filhos: Alexandrina, Elza, Geraldo, Sebastião e Francisco -
Pedrosa Bezerra.
Geraldo Pedrosa Bezerra, casado com Edvan Pedr0sa
Bezerra . Filhos: Tânia e Williams - Pedrosa Bezerra.
Francisco Pedrosa Bezerra, casado com Maria das Do-
res Agra Bezerra, com descendentes.

183


Zulmira Sá Costa Alencar ca
de Alencar . Filhos: Erasmo é oêi~:da com "'ra .
Alencar. de A1l'?ic/t1l!e,, ,
Erasmo Coêlho de Alencar r e .\1;,C~
de Souza Alencar. Filh os: Tercsi~h:ª~~do com J "a 8.,i
do, António, Geraldo, Cícera Maria ; , , 1ávia, ;,r, ~a ,
_ Souza de Alencar. ' 1uv,a, M:ar~nC!sv, "li'it
Adauto de Sá Costa, casado . de 1>t:,
Costa : Filhos: Maria Salete, Maria ~º..rn Ade!,na . ~
Francisco, P edro, Osvaldo, Welligton JCº?ce1~ão, t<r,,"
da Costa . ' 08e e Ana ti4! .
WJi~ses Sá_ Costa, . casado coni An -. aa,,,..
Filhos: Ulisses Filho, Wilson, Wilnia W ~ Il.odrigue
Sá Costa. ' u 8<ln e Wii~t 8'
Biandina Sá Costa, casada coni A llta -..
Filhos: Ailton Antônio e Marineide de ~?U;to Casta e
Sebastião Sá Costa, casado com Alieª ?llles. 'll!tta.
Inácia, Francisco, lrenice, Inalda, Flávio e 8Fª Costa. Pilhei.
Sebastião Júnior - Sá Costa . ' ranc1sco Céu :
José Bezerra Lins Filho, casado coni E: .. 0 e
Lins. Filhos: Pedro, Júlia, Elisa, Eunice J/~lllia Bezerr-
José Neto, Epitácio e Eunápio - Bezerra' Linni 1ª- Edmundo°
Idalina Bezerra Lins, casada com Antõn· S. C '
(Casusa Agra) . Filhos: Raimunda, Mariana Ad1~r º5!a Agta
Jacinta, José Artur, Teófilo, Alfredo (falece~ solt ina,)Aurora,
e Isaura - Lins Agra . eiro , Mana
Raimunda Lins Agra, casada com Eudócio Co t A
Filhos: Hermógenes, Américo, Euclides, Emídio M~
dalena (Dondon) e Santina . ' ª a.

Mariana Lins ~gra, c_asada com Manoel d1:: Deus. Fi-
lhos: Raimundo, Gercma, Elc1ra, Durval e Severino Lins Agra
Radicados n os municípios de P arnamirim e Salgueiro.

Adelina Lins Agra, casada com Sebastião Bezerra Lins


neto de Maria das Mercês e José Bezerra Lins . Filhos: Lídio:
Elvira, Modesto, Maria Helena, Maria Dolores, J osé, Geraldo,
Raul, Neuza, Sebastião Filho e Nilza Bezerra Lins.
Lídio Bezerra Líns,
reira Lins. Filhos: Maria casado com Angélica Freire Pe.
tião,
Gilvanete, Ivanete, Celuta Cesarina, Helinete, Sebas-
Lins. Florisberto e Maria de Fátima ·-
Modesto Bezerra
Sem descendentes . L ins, casado com Maria Ferreira Lins.

184
Raul Bezerra. Li~s, casado ~om Maria Per ira Lira
. Arin-ildo, Anag1ldo, Adcacis10, Franciaco d.a, Cha ·
7
filhO~·. Telma Lúcia e Vera Lúcia - Lins . gas,
Anevas1a,
Neuza Bezerra Lins, casada com Modesto Pereira B to
. dos em São Paulo . en '
radica Sebastião Bezerra L~s: . casado com Expedita Bezerra
• com descendente~ dom1c1hados em São Paulo .
5
Llil ' Nilza Bezerra Lms, casada com Antônio José da Silva.
Elvira, Maria Helena, ~faria Dolores, José e Geraldo
Bezerra Lins . Casad?s, residem em São Paulo . Adelina
-: Agra, faleceu solteira.
LIDS L' A . . , .
Aurora ms . gra, em primeiras nupc1as com Idelfonso
ira da Silva. Filhos: Elvira e Augusto (morreu solteiro)
Pere Em d ,. ,
_ Agra Lins. , .segun ,ª~ nu~c1as com Jose Bezerra da Cos-
ta. Filhos: Herc~ba, Anaha, Lmdalva, Savanl, José e Antó-
nio _ Bezerra Lms. . . . ,
Elvira Agra Lms de Aqumo (Smha), casada com An.
tônio José de Aquino. Ver descendentes de José Tomaz de
Aquino - 3°. tronco - ~.
Hercília Bezerra Lms Cabral, casada com Francisco
Cabral. Filhos: Francília, Francineide, Francinete e Maria de
Fátima - Lins Cabral. .
Anália Bezerra Lms Lucena, casada em primeiras núp-
cias com Pedro Paes de Lucena . Filha: Nadege Lins de Lu.
cen~. Em segundas Núpcias com Cícero Regino de Araújo .
Filhos: Francisco (faleceu solteiro) Dalva, Dória, Miguel,
Dagmar, Bernadete e Maria Goreti - Lins Araújo.
Lindalva Bezerra Lins e Silva, casada com Pedro Gre-
gório Silva. Filhos: ~osefra~, Carlos Roberto, Maria de Fá•
tima e Roseana - Lms e Silva.
José Bezerra Lins (Zebinha), solteiro.
Savani Bezerra Lins Correia, casada com Djalma Co1
reia. Filha: Laura Silvana Lins Correia.
Antônio Bezerra Lins, casado com Maria da Conceição
Lins dos Santos Bezerra (Tetinha). Filhos: Marco Antônio e
Andréa Maria - Lins dos Santos Bezerra.
Jacinta Agra Lins, casada com Abdoral Agra, com des.
cendentes no município de Parnamirim.
José Agra Lins, casado com Custódia Rolim Alencar
Agra . Filhos: Raimundo (Seu Dico), Antônio (Ioiô) , José,
Abdoral, Alfredo, Olindina, Argentina, Eulina, Laura e Luís
- Lins de Alencar.

1'85
Raimundo Lins de Alencar
de Alencar Silva. Pilhos, Jos; l<)"•da 'ºo,
faleceu solteira, J ailson e Ma,ia d ' ~•. t1 ~• 0.,,,,_
Jo,., M·1t
• on s·1
de, Le ite Alencar.
1
, va Alen,a, e .., ª tinia 0- ria1.,a
Su --.
• ' " •do eoo, i, '• -1;;' ,
~
Argentina Lins de Alen,a, A .
nio Praneiseo de Aquino_ V"e, dese,J~•no, ""••
'"- "!'.'
m az de Aquino - 3°. tronco _ 1. ente, d, ,,.:,.
Artur Agra Lins, casado co,. Seb .
car Lins. Pilhos, Albertina, Alzi,a e ,.;•.1 'ª'"
""l,.
llou,,, d,
Alfredo Agra Lins, faleeeu '<>!lei,:"'• - •, ~
. !\faria Agra Lin, RoHn,. ""'da ,,,,;, Jo, .
Rohm . F,!hos, Germe], Joaqu,n, /Quino1i , .,.
e Georgina - L>ns de Alencar.
9,., ,1..
•no, ~
Gemie! Lins Alenea,, '""do con, Júlia B pedr1
f<J1riaz
,Albertina Lins de Alencar Silva "'"d eierra ¼.a
·
P edr o da S'1va.
(CMq uin ho)· - 1°. V erfronco
d""n- den e, e F,an,;,,
3.t d ' p'dr
ª conq,rl , ~
da S,,,
de p
pedJO · o F'•
0
0
l ,:1ho de JD_!l
,,.(l!Ilnz ao de.
· Isaura Ag,a Lin,, casada com Seba,1;; B.,,,, ,,_ íb3, 1-L:"º· lrI11 our1,
(neto de Maria das Mercês Bezerra Lins) . 0 ª "llll parai A.quUl u a .
,.,1 a,
Je:91,5 chego- o dª loc,
J. ;:µ,\' pavoaça ·ercen<
"" da · ex ·
dil'S. daqui, to, D . .
i:úbltt:1. 0 enqu~ rof E
roA-st:UJlll . ilneua p
c:ente, a pr as ro eninas.
Jll\'3 para el Aquino.
Coron. a!ITo- pecua
fes.sor, fo, º ande
pro dei:xando gr
l!l{lne,

TOMAZ

Casado com Fran


Francisca Romana Alv~i
Al,es de Castro - MaJc
2°. tronco - 5.
Sucessão: 1 - F
- MariaRomana; 4 - I
7- Francisca (morreu :

186
CAPÍTULO 26
3º. TRONCO

Tomaz P edro de Aquino - Coronel Aquino

ToI?az Pedro _de Aqui~o, nasceu na cidade de Sousa _


paraíba, fl~o de J o_ao Ferreira da Silva e D. Ana Teresa de
Jesus Aqumo. Irmao d? p~dre co~endador Francisco Pedro
da Silva, cheg<:u a Ouric~n, na decada de 1840, nos primór-
dios da povo~çao da localidade, s~n~o o primeiro professor
público_ daqui, exercendo e_ssa rr:i~sao para pessoas do sexo
masculmo, e~qu~nto, D. Mana Feh~ia de Castro e Silva, igual.
mente, a primeira professora de mstrução elementar lecio-
.
nava para as meninas.
'
Coronel Aquino, como se t ornou conhecido, além de
professor, foi agro-pecuarista, aqui casou-se e viveu até sua
morte, deixando grande prole.

TOMAZ PEDRO DE AQUINO

Casado com Francisca Romana de Aquino, em solteira


Francisca Romana Alves de Castro, filha de Antônio Cesário
Alves de Castro - Major Cesário e de Joana Bezerra Lins -
2°. tronco - 5 .
Sucessão: 1 - Francisco Tomaz; 2 - José Tomaz; 3
·_ Maria Romana; 4 - Raquel; 5 - Isabel; _6 - Pedro Tomaz;
7 - Francisca (morreu solteira) - de Aqumo.

1 - FRANCISCO TOMAZ DE AQUINO

Conhecido por Chiquinho, casado com Maria Clen:ente


de Aquino (Mulata) . Filhos: Fábio, Antônio, Pedro e Joao -·
li'rancisco de Aquino .
·187

>
-
Fábio, Pedro e J _
. A n t omo
' · Franc:iscouo' rcsf<.l<!rn
Lms de Alencar Aq . 0 de Aqui tr,1 8
Inaura, La ur inete J euino · Filhos: nJ'J, <::i ;: P4,
Al encar A quino. ' sus A.ni :. OSf 1,, '
' wn io '" . e,,Jt. " .
J , . YY (!J]j t:ir J.
. . ose Bollvar Alenca gtt,r, " '. 1
mancm1 Aquino. Filho· J r_ Aquino r.1;
Maria Natal de· A. ose Boliva; ciliad'>
Marinaldo de Caldas lencar AquinAquinCi rf··· ",
I anura Alencar• d A . o CaJ .t.r •
da.a '·
van Coriolano da Silva eF'l~uino 1 CorioJ ' ~
Alencar de Aquino Cori~la os: Jaquelj~no, ~- ·
. no. e, Ar1 º cr.
L aurmete de Alencar . ne e e.: 1
Claudevar Franklin Bezerra :quino Beze ·"'
Neuma, Al<lo, Alberto, Magd~ A~ihos: Antõni~ªF C¾,Ja
no Bezerra. ' 1 ton, Lui2a e ci!ernar.d.
1<11Jd'1 ,, >..
Jesus Alencar Aquino d ª .... A-~
F'lh
no. 1 a: An p ' casa o co
a aula Alencar A . m ilca Alenca ."R G
Evi~ásia de Alencar Aqui~~- r~
berto Matias de Matos. Filhos· Ed' atos, cas~.i.
F ranc1seo
· H e· 1v10,
· Evandro ,e Luciene · _IleneA'qui·MariMl-ene, C0111
Jlr\1...
no ª¾ ~
2 - JOSÉ TOMAZ DE AQUINO ~
Casado com Lídia Petronila CoêlhO d
são: Antônio, Deolindo, Lauro, Aparício 1 e ~q~ino. ~
Genitl (faleceu solteir.o), José de Aquin~ e ;uzi~ro, Eii!.o,
rinha), Sebastiana (Sinhora) e Julieta _ Co~~~:ª ~ -_1,

. Antôn_io Jos~ d~ Aqu_ino (Totonho), casado com E! .


Lm~ de Aqumo (S11;1ha). F.llhos:_ !osé Rubem, Rivaldo, O:
Regmaldo, Isa Mana, Mana Isalia, Antônio Renes e Man:
Ireneide - Lins de Aquino. ..
Deolindo José de Aquino, casado com Ana Aires
Alencar Aquino, em primeiras núpcias. Filhos: José, Mam
do Socorro, Maria Vilani, Teresinha e Manoel -Aires de AI.t-
ear Aquino . E em segundas núpcias com Belmira Coêlho de
Aquino. Sem descendentes .
José Aquino Aires de Alencar, casado com Maria de
Lourdes Martins de Alencar . Filhos: Ana Maria, Maria Y~·
derez, Selma Maria, Pedro Paulo, Maria das Graças, Macario,
Mar-cone e Verônica. tt lo de Brito
Ana Maria Alencar Sobral, casada com ª
Sobral. Filha: Patrícia Alencar Sobral.

188
..
Maria Valderez Alencar Godoi, casada com Rómulo
0d
oí Vasconcelos . Filhos: Rômulo Filho e Fábio Alencar
de G
Godoi · Selma Mar~a Aires .Mendes, casada com Adilson Ro-
endes . Filhos: Adriano, Anderson e Adilson Júnior
nal do M
Aires Mendes.
- Pedro Paulo Aires de Alencar, casado com Luciana
valcanti Alencar.
ca Maria das Graças Aires de Alencar Martins, casada
Aloísio Martins da Silva. Filhos: Jorge Eduardo e Her-
b rt _ Alencar Mart·ms.
com
e Macário Aires de Alencar Aquino, casado com Dirce
Aquino.
Marcone Aires de Alencar Aquino, casado com Valéria
Rodrigues Alencar. . .
Maria do Socorro de Alencar Aqumo Peixoto, casada
com Jeová Colombo Peixoto.
Maria Vilani Aires Martins, casada com José Valde.
nor Martins. Filhos: Maria do Socorro de Alencar Martins e
Deolindo José de Aquino Neto.
Manoel Aires de Alencar Aquino, casado com Selma
Aires de Alencar. Com descendentes.
Lauro José de Aquino, casado com Celsina de Castro
Aquino . Filhos: José, Raimundo, Juraci e Getúlio - de Cas-
tro Aquino .
Getúlio de Castro Aquino, casado com Teresa Lins de
Aquino. Filhos: Pedro, Osvaldo, Welligton, José e Ana.
Aparício José de Aquino, conhecido por Vigário, ca-
sado com Carlina Moreira Aquino. Filhos: Maria, Maria Na-
zareth, Zilda, Teresinha, Ilmê, Lilete, Raimundo, Carlina, Ma-
ria de Lourdes e N adir - Moreira de Aquino. Todos casados
com descendentes.
Lauzimiro José de Aquino, casado com Alice Lins de
Aquino. Filhos: Francisco e Raimunda Maria - Lins de
Aquino.
Francisco Lins de Aquino, casado com Adalgisa de
Souza Aquino. Filha: Rita de Cássia Souza de Aquino .
Elísio José de Aquino, casado com Raimunda Coêlho
ª.: Aquino . Filhos: Gentil, Francisco, Maria Isabel e Sebas-
tlao - Coêlho de Aquino.
. Maria Isabel de Aquino Coêlho, casada com Anísio Ro-
drigues Coêlho. Ver descendentes de Felipe Coêlho Rodrigues
- 5º. tronco - 15 .

189
3 - MARIA ROMANA
l)Ji: AQlJ
Ver clcsccndcntcs de A , 1111J ti((
tronco - 10. nUmic, 1, •Vi,
f•rJr<J rt,

4 - RAQUEL DE AQUINO Coe


Ver d escenden tes de Ani8 .1 LlicJ
tronco - 12 . º Coí,Jhc,
lt,~1,1
5 - ISABEL DE AQUINO
COE:LJio
Ver descendentes de Sebast·-
tronco - 16. iao Coêlho "•\.UQ.rj
-.

6 - PEDRO TOMAZ DE AQUINO


Casado com Maria Vitória e 'lh
Valdemar, José, Deolindo Antônioº; 1~ d_e Aquino ti
Pedro de Aquino e Francisca e Arlindª eci, Edgar e R.,
- solteiras. ª - Coêlho de ~ ,
Valdemar Pedro de Aquino ~ d
Aquino. F_ilho: Ivan Pedro de Aqulno_.asa O com lri11ta
Jose _Pedro de Aquino, faleceu solteiro
Deo!mdo ~edro de Aquino, casado co~ M .
corro Aqumo . Filhos: Pedro Tomaz de Aq . ana do Se.
Pedro da Silva Aquino, Rose Mary de Aquin~ºº•n B~
rlro de Aquino Filho. e eolindo Pe.
Pedro Tomaz de Aquino, casado com n · e
Aquino. Filhos: Caio e Manuela . ea osta de
. Baldomiro P~dro da_ Silva Aquino, casado com Ana Ma.
ria de Alencar Aqumo. Filhas: Isla e Iélia.
~ntônio_ Valdeci_ de Aquin~, casado com Maria Al.es
de Aqumo. FIihos: G1selda, Gemvaldo, Genildo, Givaneida.
Pedro e Gilvandete - Alves de Aquino .
Edgar Pedro de Aquino, casado com Lívia Matos d
Aquino. Filhos: Francisco das Chagas, Edileuza. Sebas~
Edgar Filho, Lúcia de Fátima e Marizabel - Matos de Aquino
Francisco das Chagas Aquino, casado em. prll;1~
núpcias com Ione de Souza Aquino. Filha: Andrea V!Vlant
de Aquino. Em segundas núpcias com Yasmine Alencar
Aquino . . . da com
Edileuza Maria Matos de Aquino Carnerro, casa de
Joel Carneiro da Silva . Filhos: Ana Cláudia e GuSlavo -
Aquino Carneiro .

190


~ebastião Mato_s de Aq1;1ino, casado com Eliezita Soares
coêJho •d e Aquino.
d Aqumo.
. Fllhos: Michele e Marcelo _ Soares Coê-

Jho e . Pedro de Aquino, casado com Teresinha P essoa de


. t~ilhos: Pedr~ A!iomar, Rui Filho, J?ione, Rildo, Ruth,
Ruivaldo,
Aqum · Teresa Mareia e Eduardo Ramere - Pessoa de
Aquino. . .lh
R . Pedro de Aquino Fi o, casado com Marluce Aqui.
UI M ayana - A quino
. .
no. Filhos: Ruzembergue a
7 _ FRANCISCA DE AQUINO

Faleceu solteira.

191
CAP í TU LO 27
4°. TRONCO

Ricardo Pedro da Silva


Nascido na cidade de Sousa, Paraíba, filho de João
Ferreira da Silv~ e D . Ana Teresa de Jesus Aquino. Chegou
a Ouricuri na decada de 18!0 ao tempo da povoação da loca_
lidade onde permanecel:1 ate a morte. Exerceu as funções de
agente arrecadador ~e 1mpo~tos, sendo assim, o primeiro exa-
tor chefe da coletoria daqm. Casado com a nossa primeira
professora de instrução primária, para meninas, Maria Felí-
cia de Castro e Silva, filha de Antônio Cesário Alves de Cas_
tro conhecido por major Cesário. Era aqui, o presidente do
Pa;tido Liberal, liderado nesta área por seu irmão padre Fran-
cisco Pedro da Silva, deputado provincial.

RICARDO PEDRO DA SILVA

Casado com Maria Felícia Alves de Castro e Silva. Su-


cessão: 1 - Augusto Pedro da Silva (faleceu solteiro); 2 -
Júlio Pedro da Silva (faleceu solteiro) ; 3 - Maria FrancL
lina de Castro e Silva; 4 - Francisca Felícia de Castro; 5 -
Carlota de Castro Lins; 6 - Amélia de Castro Fonseca; 7 -
Antônia Felícia de Castro (faleceu solteira); 8 - Virgínia Fe-
lícia de Castro (faleceu solteira); 9 - Sebastião Pedro da Sil-
va; 10 - Laura de Castro Novais; 11 - Francisca Romana de
Aquino.

3- MARIA FRANCILINA DE CASTRO E SILVA

Ver descendentes de Francisco Pedro da Silva (Chiqui.


nho) - 1º. tronco - 3.

193


4 _ FRANCISCA FELfCIA DE CAsl'llo
Ver descendentes de Domingos Cesário
•ro _ 2º. tronco - 6. J\h,e d
8
5 _ CARLOTA DE CASTRO LINS • e:.._
Casada co!"1 Antônio L (no Firreira Lins
t de Umbelma Bezerra L1ns, 2 . tronc · Ver d
den es o - ~- e,..~.
6 _ AMÉLIA DE CASTRO FONSECA

Casada com Joaquim Gonçalves To


Fonseca. Filhos: Fábio de Castro Fonseca (;;f:c de J\z,,,,
J dith de Castro Fonseca, casada no Estado d eu so1t~'<lc
e u descendentes .
com ~""1
e São P.lllo. ·d•
~iiS~!l-
g _ SEBASTIÃO PEDRO DA SILVA a

Casado com Maria Maia Silva. Sem desce d


~~~
(l!> :..,,.,1rl1S-
•d·am em Bodocó,. , onde faleceu SêBastião, aco,,'.1 tedntes. llt_ ·•º ~sado
SI 1 t . •ue I o d
b t iióide _ Sua vmva con ram novas núpcias corr F e fe. '":",,,,ca
g•--c0 d!!-
"fa.J

--- ~::O
re . d S ·t h . ' ran .
Filgueiras Sampaio, e ern a, con ec1do por coronel irall.,,o.
Romão. ~ l)l!C,.... foi o
-,. de O
10 _ LAURA DE CASTRO NOVAIS pátr11' • pa:
trª o
cOl1 tárͺ5
Casada ~~m Numeriano Gome~ de Sá Novais. Filh"S• voll!ll ·es d•
Napoleão e Ab1lio - de Castro _Novais. . operaço . t
Foi
Napoleão de Castro No:va1s, casado com Aúgia dos San. . Nº·
tos Novais . Residem em Recife, sem descendentes. vaiaria
. eID-
Abílio de Castro Novais, casado com Maria Parra N pef!Or (
perial da
vais. Filhos: Selma, Selene, Senir e Tânia Maria _ Pa;; 0
Novais, residentes em S ão P a u lo. 1uta com
cas•
11 - FRANCISCA ROMANA DE AQUINO Maria Viti
menta em
Casada com Tomaz Pedro de Aquino. Ver des~enden- filhos e d
tes destes - 3°. tronco. filho.
lº.
Vitória C
De
do Dama
- Leôni,
dimira _
194
-----■

CAP 1 TU LO 28
5°. TRONCO

Felipe Coêlho Rodrigues

Nascido no Piauí, aqui


. chegout na década
. .
de 1850 ,
, apos
rar a fazenda eampmas,. 1:1º a ua1 distrito de Nascent
cornP m· bo município de Araripma. Filho de Manoel Flo • e,
do viz u f .lh d t . , . ren-
c10 Rodrigues, 7 . i ? o por ugue~ Valeno Coêlho RodrL
casado com a paullsta D. Domociana Vieira de Carvalho
f:0~~0
da "família Coêlho, formada no Piauí e oeste pernam~
bucano.Foi comandant e do 7°. B a t a Ih-ao de Voluntários da
O
Pátria, de Qurict1:i, ao temp~ da g~erra q~e ? Brasil manteve
ra Paragua1. Teve assim, a mcumbencia de dirigir 408
cont O . . t , f ,
voluntários sertaneJos que m egraram as orças brasileiras em
operações de gu:rra , . _ .
Foi tambem capitao da 4a. Companhia do Corpo de Ca.
valaria Nº. 3, da Guarda Nacional e teve honras de oficial su-
perior em virtude de ter sido agraciado com a comenda im-
perial da Ordem d~ Rosa, face aos seus serviços prestados na
Juta com o Paraguai.
Casou-se 3 vezes. Do primeiro casamento com D.
Maria Vitória, em 1849, nasceram 11 filhos; do segundo casa-
mento em 20 de julho de 1871, com D. Raimunda, nasceram 5
filhos e do 3°. casamento com D . Zulmira, nasceu apenas 1
filho.
1°. matrimônio de Felipe Coêlho Rodrigues com Marü,
Vitória Coêlho Rodrigues, nascida Maria Vitória Damascena.
Descendência: 1 - Elias; 2 - Leopoldina; 3 - Deolin-
do Dam~scena; 4 - Oldrado; 5 - Adilânia; 6 - Solidônio; 7
- Leômdas; 8 - Elisa· 9 - Manoel· 10 - Leão; 11 - Lau-
dimira - Coêlho Rodrigues . '

195

>
-
20. mutrim é}n jo com T-ttdmunúa p
g ucs, n ascid a r:,ui r,:i_u_nda Pctroni l_a du SiJ~tr,_Jf1iJa t:..,:
Dcsccndc n c_rn . 12 - An ís10; la_ ª·. r~~ ►
do; 15 - Lcop~ld~n ~ e 16 - ,:3cbnstiãv _Mª!I~• 1 ",1

3º. m at nm?nJO: com Z ulmira Gúu.;':'-·I~.,.,4 Jt, ~ •


gues. D escen dência: 17 - CastrJciano C .'-ria (jié. ~, ~
'-><!lh,.., J-,".,_;r ,, J-.,.-..
1 _ ELIAS CO:€LHO RODR!GlJEs '~ ...-
Radicado na cidade de Jardim e .
zes, tendo do primeiro m atrimônio, t7~r:•.cétaad,"' d·
0 '8
José _ Coêlho _e do s~gundo m a trimónio co8 · Cícer,J ~J~
Santa, Teresa J' Joaqu;n •:• .
,.

Coêlho, os seguintes filhos:


Felipe, Francisca e Júlio - Coê!ho. ' lisses, Jo~ t, •½
Felipe Coêlho conhecido por Maroto . · e.,.,
Jina, casado, com descendentes. ' residiu err, P"lto.
2 - LEOPOLDINA COJl:LHo RODR!GlJEs
Casada com seu primo, Henrique Co']h
Filho: Urbano Rodrigues Coêlho. e O R.octrigu,,.

3 - DEOLINDO DAMASCENA COÊL!io


RODRIGUES

· Casado . com Francisca Petroni]a Coêlho .


nascida Francisca P etromla da Silva . Filhos· Li'd• R.Jodng ~
(Quininha), A bdon (solte1ro• ) , Mana,
. Aristeu
· Laia,d'tioaquina,

debrando, Laura, Julieta (Juju - solteira) ~ El~a1
- solteira) - Petron!la Damascena Coê!ho.
Hü. •t
5L'lha
Lídia Petronila Coêlho. Ver sucessão de José T
Aquino - 3°. tronco - 2. omaz d,
Hildebrand~ Damasc_ena _Coêlho: conhecido por Seu Dé
casado com Adelaide de Siqueira Coelho (Bainha). Filh :
Adelaide, Deol_in_do, Loll:riva~, An!ônio, Be!mira, Franci~:
Sebastião e Luc1a - Siqueira Coelho. '
D eolindo de Siqueira Coêlho, casado com Alcides ~e
Castro Coêlho (Leia). Filh os: Ivanise, Hildebrando Neto, Ar-
tônio, Adelaide Maria, Sebastião, Jesus Vital, Maria do Carmo,
Elizabeth Maria, José Ademilson e Maria do Rosário - Castro
Coêlho.
Ivanise Coêlho Bezerra, casada com J osé Isnard Muni1 Casou
Bezerra . Filhos: Ivana, lnalda, Sebastião César '= Paula Ro- Fenelon, Joi:
berta.
t • io de Castro Co~lho, casado com Ana Maria Di
~ê~o . Filho: Antôo10 ~o Castro Coêlho Filho. -
Jntiere C Vital de Castro Coelho, casado com Maria L .
Jesus u1za
CoêlhO, C •1h C 1 t'
c arnes :Maria do CarmMo , o~ o Rava tcanC1,êcasada com Caval-
Filhos: Alexa, areia e ena o o lho Cavalcanti.
canti.
ourival de Siqueira Coêlho, casado com Cecy Bar-
1. lho Filha: Suely Barbosa Coêlho.
bosa Coe
Antônio. de .s·1que1r~
· Coe'Iho, casado com T eresinha d".?
Coêlho. Filhos: Hildebrando Neto, Maria das Graçaf!
Alencar Hugo _ Alencar Coêlho. ·,
hO
o• n ~aria das Graç_as Alen:a~ Coêlho_ Libório, casada com
, Zelizio Libório. F1lhcs: Moma e Denise - Coêlho Libório .
Jose Belmira de s·1queira . Coe'lho A qumo,
· casada com Deo-
. . d José de Aquino . Sem descendentes.
lm° Francisca Coêlho Lins (Duzinha), casada com Júlio
Lins Fil.p.o. Filhos: Teto~raL ;1:'éricles Roberto, Carlos An-
tônio e Rui Alberto :- oe_ o ms.
Teodomira Coelho Lms Alencar, casada com José Erlâ-
nio Alencar. Filhos: Yuri, Yana. Carla, J osé Erlânio Júnior e
Yitsac _ Coêlho de Alenc8:'. .
Péricles Roberto Coelho Lms, casado com Egilda Coê_
lho Lins.
· Carlos Antônio Coêlho Lins, casado com Nilza Coêlho

Lins. Sebastião de Siqueira Coêlho, casado com Iara Lins


Coêlbo. Filhos: Carlos Eduardo e Maria Lúcia - Lins Coêlho.
Lúcia Coêlho de Macêdo, casada com Eraldo Lira de
Macédo . Filhos: Aderval, Alaô, Aron. Alan e Ana Lúcia _
Coêlbo de Macêdo.
Aderval Coêlho de Macedo, casado com Rúbia Aquino
Coêlho de Macêdo. Nascida Rúbia Medeiros de Aquino
Silva. Filhos: Romero e Renata .
Laura Petronila Coêlho e Silva, casada com Adalberto
Pedro da Silva. Ver sucessão de Francisco Pedro da Silva
•(Çhiquinh()) - 1°. tronco - 3.

4 - OLDRADO COtLHO RODRIGUES

Casou-se no Estado do Piauí e deixou os descendente!>.


Fenelon, Joao (Juca) , Epaminondas e Raimundo (Mundico).

5 - ADILÃNIA COtLHO RODRIGUES E SILVA

197


e

Cus ou-sc com Apol6ni0 Pedro d


den tes d csLc, 1°. tronco - 1. 8 8 Ih,,. \' ,

6 - SOLIDôN IO CO~ HO RODitlGlJl,,a


P erman eceu durante a lg um tcmrv.
nas, do s eu pai. e em segui·a a, ra<l icou-se
' n.a
.,,.,1ml
OU!rc, t-~
7 _ L EôNIDAS CO:tl:LHO RODRIGt.JEg ·--....
Casou.se com Brígida Coêlho, sern i
8 - ELISA CO:tl:LHO RODRIGUES ~
Casad a com Martinho Cor r eia J aques. F·
José Martinho, Ra imundo (Mundico), D onana ~ ,;;;oe.
e Ma ria Vitória - J a ques Coêlho . ' 1-, ~
g - MANOEL COtLHO RODRIGlJEs
Radicou-se em Jardim, Ceará.

10 - LEAO COÊLHO RODRIGUES

Casa~~ com ~e~ronila Co~lho. Filhos: Sin. . .


Pedro, Genes10, Antomo e Zulmira - L eão Coêlho_esío, Jllio,
11 - LAUDIMIRA COÊLHO RODRIGlJES

Permaneceu na fazenda Campinas onde caso



xou os filhos: Raimundo •
(Mund1co), ' Antôniou-se
Anísio, J e~.i..:

e Elisa - Coêlho. ' Olq111a.

12 - ANfSIO COÊLHO RODRIGUES

. Conh~cid? por Coronel Anísio Coêlho,. ex-chefe poli.


tico de Ouncun casou-se dua::; vezes. Do pruneiro matrimô,.
nio com sua prima Raquel de Aquino Coêlho, nasceram: Si-
nésio (faleceu solteiro), Hercília (Lili), Raimunda (Moça),
Raquel (Dedé) e José (Tosinho) - de Aquino Coêlho. Da
segundo matrimônio com Rufina de Matos Coêlho, nascida na
cidade de Jardim, Ceará. Nasceram: Antônio Anísio, Agamr-
non (vigário de Assaré), Adelmir, Adísio (faleceu solteiro),
Teresa (Sinhá - solteira), Sebastião, Sinésio (Tina) , Lin-
198
. . e (deputado estadual) e Maria _ de M to
Fe11p a s
da1va'
coêlhOJ-I
· 'lia Coêlho Guimarães, casada com Inácio G-o 1
erc1 , bl' . nça -
uimarães, ex-promotor pu ic~. Filha : Raquel CoéJho
ves G .~ Bar bosa, casada com Jose Barbosa, n ascendo os fi'
·rnar aes b ·-
Gur T lma Salete, Se astiao e
In acro
, · - Coêlh o Guimarãe -
lhos: e s
05
j3arb ~·aimunda Coêlho de ~edeiros Correia, casada com
, Tomaz de Me~eiros C?r~e!a, ex-~esembargad? ~ de Estado
Jose . mbuco. Filhos: Smes10, Origenes, Fehc10, Anísio
'li Gerson, Umb e1·ma, J ose,' AntA
de perna · Cnstovão,
omo, · , Raq uel '
_Ber~i · ºT'omaz e Euclides - Coêlho de Medeiros Correia. '
Mana,
Sinésio de Medeiros Correi~, em p_rimeiras núpcias com
.· de Lourdes Caldas de Medeiros. Filhos: João José, Luís
, . J ose, T omaz e Teresa Cristina
Maila Ana Elizabeth, A ms10,
Felipe, .
_ de Medeiros Correr,a. . . .
Em segundas nupcias com Ellzabeth Maia Medeiros .
Filhos: Alexandre e Adr~ana - ~aia de Medeiros Correia.
João José de Medeiros Correia, casado com Maria Auxi-
liadora Magalhães de Medeiros Correia. Filhos· André e
Tiago. . C . d
0 rígenes de Medeiros orrera, casa o com Hilda Mo-
raes de Medeiros Correia, nascendo a filha: Verônica Morais
de Medeiros Correia . .
Felício Coêlho de Medeiros, casado com Isabel Pelle-
grini de Medeiros . Filha: Felisa Pellegrini de Medeiros.
Anísio de Medeiros Correia, casado com Iracy Freitas
de Medeiros. Sem descendentes .
Hercilio Coêlho de Medeiros, casado com sua prima
Umbelina de Medeiros Correia . Filhos: Wagner e Sóstenees
·- de Medeiros Correia.
Gerson Coêlho de Medeiros, casado com Maria Emília
Monteiro de Medeiros Correia. Filhos: Fátima do Rosário e
Gustavo - Monteiro de Medeiros Correia.
Umbelina Medeiros de Aquino Silva, casada com se\,
p_rimo Raul Pedro de Aquino Silva. Ver descendentes de Fran.
cisco Pedro da Silva (Chiquinho) - 1º. tronco - 3.
José Coêlho de Medeiros casado com Janete Parente
de Medeiros. Filhos: José Carlo;, Roberto Luís e Jorge - Pa-
rente de Medeiros.
. . Antônio Coêlho de Medeiros casado com Dilane Sil-
veirad . de Medeiros. Filhos: Daniell~ e Danilo - Silveira de
Me erros .

199
Cri_stóvão Coêlho de Medeir os,_ casado
eiros. Filhos: Roberto e Angela Raimunct c,1rn r,
d
Raquel Md .
e e1ros d e C arvalho Lopes ª - 11cttifa
l.YJE;tJ~
lh L . . ' casar],
do Torres de Carva o opes, JUIZ de direito .ª crJTn
r'.is
Rejane, Alberto, Adailton e Alcindo Júnior .· _:Ilh'11: Á\ft·
Carvalho Lopes. ME:cle,r, · ,
Rejane Lopes de Carvalho Vilanova "
Félix Cavalcan ti Vilanova . Filha: Leila Mca~ada co,-11 L
ana Lo •
nova. Pea V,•
Maria de Medeiros G arcia, em primeira , ,,~
Rubens Fer?andes Garcia, nasce,nd~ o filho: &~UPcia,,
deiros Garcia e em segundas nupcias com seu on de •
Fernandes Garcia . F ilho: Randal de Medeiros Gcun~ado J~
areia.
Tomaz Coêlho de Medeiros, casado com M .
ria Coêlho de Medeiros. Filhos: José Tomaz e F:na da Gló
tônio - Coêlho de Medeiros. rnando 4
Euclides Coêlho de Medeiros, casado com An,,- . .
. . F 1'lh as: C ns. t·ma e Andréa _ ...Rodri
ue1a1 n.
drigues de Me d eiros <\O,

de Medeiros . guea
Raquel_ Coêlho Marinho Falcão, c~sada com An . .
Marinho F alcao, ver descendentes de Mana Petronila da ~ 10
- 1º. tronco - 8. ilva
José de Aquino Coêlho, casado com Ana Maria Coêlho
Com descendentes. ·
Ant~nio AI_iísio de Matos ~~êlho, <;_as_ado com Sizelina
Castor Coelho .. Filhos:, ! esus, Ams10 AntAomo, J osé Aldemar.
Ivanildo e Mana de Fat1ma - Castor Coelho.
Adelmir de Matos Coêlho, em primeiras núpcias com
Aliete Rocha Coêlho. Filhos: Sebastião, Adísio, Ismar, AJme-
rinda, José Aluízio e Francisco. Em segundas núpcias com
Maria do Socorro. Filhos: Ubir ajara, Ruth, Maria Helena
Umberto, Rufina Abigail, Maria do Socorro e Adelmir Filho'.
Adísio Rocha Coêlho, casado com Regina Borges Coê.
lho. Com descend entes.
Os demais filhos do 1°. matrimônio são casados, com
descendentes, radicados no Rio de J aneiro.
Maria Helena Coêlho, casada com José Carlos Farias
Silva.
Sebastião de Matos Coêlho, coronaj. médico do Exér.
cito, casado com Maria Lúcia Coêlho . Filhas: Marúcia, Ma·
rusa e Márcia. Casadas com descendentes •
Sinésio de Matos Coêlho casado com Ricolice Coelho.
Filhos: Anísio, Ana Mércia e Sidênia - Coêlho .

200

d
Lindalva Coêlho Mota, casada com M .
dentes na cidade de Assaré _ Ceara' oacir Mota . Com
descen Felipe C oe"lh o, casad o com Hildete Be
. .
. Edna Anísio, Maria de Fátima Felip z~rr~ Coelho . Fi.
J.b0t5;nio _ ' Bezerra Coêlho. ' e ose e Fernando
An ° Maria · C oeAlh o Ange1·1m, casada com J O 1•
F"lh0 Filhos: Carmem Lúcia, Carlos Luiz e
C~êlh~ Angelim.
::tt~m Angelim
ma Maria _ _

13 _ MARIA RODRIGUES CO~LHO F ALCAO


conhecida
-
por Dondon,, casada
F 1h . N ·
com
.
Rod.ri·go c astor da
Rocha Falca?·s· ilinos. Je:nes10, Rodrigo Filho, Adelmar
Maria Helec1, ize a e oao . '
NemésM io Cas toA
r ,, ':asaMdo ':ºm Benildes Cavalcanti Cas-
tor. Filhos: anoe1 ec10, ana Deusa e Maria das Graças
_ c avalcanti Castor.
Maria Deusa Castor Mororó, casada com Ariovaldo
Freire Mororó, com descendentes, no Estado do Maranhão
Rodrigo Castor F'üho, casado com Carlota Lins Cast~r.
Filhos: _Maria ~o Socorro, Carme~ Dolo_res, Carlos Rodrigo,
Teodom1ra Maria, Baltazar Marconi, Maria de Fátima e Um-
berto Adelmar - Lins Castor.
Maria do Socorro Lins Castor, .:asada com Nilson No.
gueira de Siqueira.
Carmem Dolores Lins Castor Siqueira, casada com Ge.
raldo Nogueira de Siqueira.
Maria de Fátima Castor Albuquerque, casada com Vi·
cente de Paula Costa Albuquerque. Filhos: Sânzio e: Saulo - ·
Castor Albuquerque.
Sizelina Castor Coêlho, casada com Antônio Anísio de
Matos Coêlho. Ver descendentes de Anísio Coêlho Rodrigues
- 5°. tronco - 12.
14 - RAIMUNDO CO:€LHO RODRIGUES

Conhecido por Mundico, casado com Clara M~rinho


Falcão. F ilhos: Cleómenes, Cleodon e Raimunda, rad1cados
no Estado do Ceará, com descendentes.

15 - LEOPOLDINO CO:E:LHO RODRIGUES

. Conhecido por Velho de Campinas. Ca~ado c~m L eo•


nila Maria Rodrigues. Filhos: Sebastião, Antônio, Jose Lauro,
201
Cristiano, Raimundo, Maria, Geralcina Lui• G
cisca Maria - Coêlho Rodrigues . ' z on-¼ga
t
Sebastião, casado com Rufina Maria e ,
· • . (T h . ) Ot:lhc,
Ant,o~o on e1: , casado c~m Maria M<i<J;~t,:
MM~r1a Lacerda Ct.Jêl'-~ e, .
~o~et· auro, cadsa o com
cn.s 1ano, casa o com ana Raimunda Coéi•w.
Raimundo, casado com Hermínia Lacerda ·~.
Geralcina, casada com Abílio Modesto. Coi:Jho.
Luís Gonzaga, casado com Isaura Coêlho
Fr~~cisca ~~ria, ca~ada :ºm J osé Benedi~ Coé
,lhos: Ams10, Almz10, Mana Alice, Francisco de Ass· lho. ..
nio, Claézia e Deusimar - Rodrigues Coêlho IS, At.•·

Anízio Rodrigues Coêlho, casado com M .


Aquino Coêlho. Filhos: Leonardo José e Anna K~Ual;eJ
Aquino Coêlho. na -

. · _16 - SEBAS!IAO CÓÊLHO RODRIGUES

. Con?ecid.o por Bastin,h~ . Casa~o com Isabel Maria


~m~o Coelho. Filhos: Eudocia (Docmha) casada com T -~
Ferreira Lins Sobrinho. Ver descendentes .de Umbelin:ºBe..
zerra Lins. 2°. tronco - 8.

Cristiano, vigário de Santanópole_ Ceará .


. Pedro (Neno) soiteiro.
Francisca (Dondon) solteira.
, · Raimunda · (Mun:dinha) casada com Elísio José de Aqui•
110 : Ver descendentes de José Tomaz de Aquino - 3" tronco
-2.

17 - · CASTRICIANO GOUVEIA COÊLHO

'· ·· Conhecido por zu·zu, casado em primeiras núpcias com


Máría · Miranda Coêlho, tende a filha: Zulmira, casada com
seu primo Raimundo Coêlho, com descendentes radicados em
Salvador. Em .segundas núpcias com Carolina (Calu), n~~
ram: José ·c-astdciano, 'Antônio, Castriciano Filho, AntoDIO
Malan, Walter, Paulo Castriciano Coêlho (ex-diretor do DER
de Pern_ambuc~) e Magna Neves casada com Abelardo Neves,
(éx·-·secretário dé Obras do Estado).
VIOLÃO DO AÇUDE

Adeluício Aquino
o primeiro de todos
dentro de minha vida
(como o sangue do boi
está no corpo do boi,
tão íntimo dele
que nasce com ele),
foi o velho Quixadá,
da infância, lindo mar.

Agua limpa, paradinha,


refletindo o céu azul,
mostrava as nuvens bolindo
sem nunca querer parar,
oásis chamando o gado
para o cenário mudar,
velho açude com piaba
onde a seca se acaba.

XXX

Os primeiros alumbramentos
da minha alma infantil
ficaram gravados no barro
do pequenino açude
como a saudade da gente
fica atolada no peito,
como o primeiro amor da gente
que de tão fundo não se desmente.

Ouricuri - Pernambuco - Sertão do Araripe - · Micro.


Região - Araripina (101) .
. População estimada para 1979 - Cidade - 14.286 ha.
b1tantes - Município - 80 .100 habitantes .
Cruzamento das rodovias BR-122 - km 95 com BR-316
- km 83 .
Altitude 512 metros acima do nível do mar .

203
tNDJCE
Pé.p.
uma explicação .. .. ..... '1
cAPfTULO 1
Origens 11

CAPITULO 2
Toponímia • • • • · · • · • · · • • • • • • • ..... . 17
CAPITULO 3
Divisão das terras de João Pereira Goulart . . . . . . . . . . . . . . . 21

CAPITULO 4
De Arlcurt a Ourlcurl 2'1

cAPíTULO 5
Património de São Sebastião de Ourlcuri 35

CAPITULO 6
Os dois Italianos e o patrimônio de São Brás

CAPITULO 7
Major Cesário . . . . ..

CAPITULO 8
Vultos J)Opulares

a ) sineiro Abdon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5'1


b) seresteiro Durval . . . . . . . . . . . .. . ... . . . 60
e) o bobo Januarlnho . . . . . . . . . . . . . . . . .. 64
d) o político José Adriano . . . . . . . . . . . . . . . . .. 66

CAPíTULO 9
O drama das secas .. . ......... ... ... ... ...
CAPíTULO 10
O matuto ... .. . ... . .. . . . ... ..... . ... ... ... '13

CAPíTULO 11 7'l
Parteiras ...

CAPtTULo 12
. .. . . . ... ... . .. . ..... ... ...
a1
Vaqueiros . •.
cAPl TULO la
os revoltosos . • • · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · • . . . . ..
cAPlTULO 14
Expecta tiva de Lampião ... ... .. .. . ...
CAPlTULO 15
Dia da feira .... . ... .. . ... .. .. .. .. .
. .....
9i
CAPíTULO til
la. chefia política - Padre Comendador F rancisco Pedro ..
101
CAPlTULO 17
2a. chefia politlca - Honorato Marinho Falcão . . . . . .

CAP:tTOLO 18

3a. chefia polftlca - Antônio Pedro e An!slo Coêlho . . . . . .


113
CAPITULO 19
4a. ch efia política - Fernando Bezerra
129
CAPfi1JLO 2tJ
5a. ch efia política - F elipe Coêlh.i ...
139
CAPITULO 21
79 Batalhão de Voluntários da Pátria . . . . . . . . . . . . . . .
147
CAP:tTOLO 22
Leis ... 157
CAPITlJLO 23
Prefeitos municipais e padres . . . . . . . . . . . . ..... . .. . ... ... 161

CAPITULO 24
Genealogia e história - l ? tronco - Adoção de Francisco Pedro
da Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165

CAPITULO 25
2º tronco - Antôn io Cesãrio Alves de Castro . . . . . . . . . . . . . . . 175

CAPITULO 26
3° tronco - Tomaz P edro de Aquino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187

CAPíTULO 27
4º tronco Ricardo Pedro da Silva • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193

C4P1TULO 28
59 tronco - Felipe Coêlho Rodrigues 195
Violão do açude - Adelgfcio Aquino 203
Ouricuri - Sertão do Araripe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
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Igreja Matriz de São Sebastião de Ouricuri. Con strução iniciada em 1847 e concluída
em 1865
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PATRINONIO 0[ sÃo SEBASTIÃO DE OURICURI

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DOADO POR MARIA GOULART- 1839

~LTO DO GOSTOSO
ESCALA
1 : 15 ºº O

Croqui do patrimônio de São Sebastião de Ourlcurl


Capela de São Brás, no alto Paraíso, construção Iniciada em 27 de agosto
de 1893 e concluída em 13 de março de 1895
Des_em bargador José Tomaz de Medeiros Correia, promotor d8 ouricurl,
~ · í918 a 1925, ' e sua esposa D. Raimunda Coêlho de MAdeiros
· Correia, {dona Moça), ti lha do coronel Anísio Coêlho AodrlgiJel
Voluntário da Pátria na Guerra do Paraguai, capitão Sabino Sidrõnlo Alves
de Castro, morto na Batalha de Tuiuti, aos 28 anos de idade
Banda de pífanos, da direita para esquerda: Francisco Caltano, An!ôni~
Silvino, Francisco Sabino Pereira (mestre Chiquito) e Manoel Pedro Caitan
Escrava Teotônia, genitora da professora municipal Lulza Aquino que
lecionou muitos anos em Ourlcurl
Vaqueiro Júlio Pereira, conhecido por Júlio Aureliano, da fazenda Limoeiro,
com vestimenta própria de sua eroflssão
Aspectos da feira semanal de o urlcuri
Vigário Francisco Pedro da Silva, portando da direita para esquerda, suas
3 comendas imperiais: de cavaleiro das Ordens de Cristo e da Rosa e a
de comendador da Ordem de Cristo
Padre Francisco Pedro da Silva em trajes de com endador e
mão esquerda seu anel de vigário colado
Residência do Vigário Comendador Francisco Pedro da Silva, por ele construída,
atualmente na praça do seu nom'J. No momento, pertence a família de Teófilo Llns
Sobrinho
...

..

Tenente-coronel da Guarda Nacional Honorato Marinho Falcão, chefe


político de Ouricuri quando da liderança em Pernambuco, do Conselheiro
Rosa e Silva
Sargento Antônio Marcelino da Silva, delegado de polícia de Ouricuri ao
tempo da chefia política de Honorato Marinho Falcão
'
T
enente-coronel da Guarda Nacional Antônio Pedro
da S·11va, chefe poll-
tico, prefeito e vereador
Coronel da Guarda Nacional Anlsio Coêlho Rodrigues ao lado do então
prefeito Antônio Soares, numa praça do Recife
Fernando ldalino Bezerra, um dos mais prestigiados lideres sertanejos no
exercício da 4a. chefia polltica de Ourlcurl
9 nd
Deputado estadual Felipe Coêlho, atualmente exercendo o 8 ma ato
legislativo, grande líder político do sertão do Arar\pe
Cavaleiro da imperial Ordem da Rosa, tenente-coronel da Guarda Nacional
Felipe Coêlho Rodrigues, comandante dos voluntários de Ourlcuri, na
Guerra do Paraguai
Coronel da Guarda N a cional Anfs io Coêl ho Rodrigues, em punha a bandeira d o 79 Bata-
lh ão d e V o lun1 ários da Pátria, d e O uri c url, t e ndo à esquerda Gerei de Castro, estud..=mte
Adé rito Aquino e semin a ris t a Aga m e non Coêlho. A direita , estudante Munlz Falcllo (e , -
gove rna dor d e A la g oas ) e o s o m ln ar/s ta Cr/s tltm o Co lHho

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