Docente: Luiz Carlos CONDUTORES ELÉTRICOS 1. Aplicação conforme a norma da 3. Em eletroduto aparente ou ABNT NBR 5410 embutido 4. Em leitos de cabos e em 2. Tipos eletrocalhas 1. Rígidos e flexíveis, unipolares e multipolares, isolados e nus 4. Descartes adequados de 2. Conexões: emendas e conectores resíduos 3. Características 5. Reciclagem de resíduos 4. Dimensionamento 6. Racionalização do uso dos 5. Simbologia recursos naturais e fontes de 3. Instalação energia 1. Fixados em paredes 2. Sobre isoladores e em linha aérea 1. APLICAÇÃO CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 5410 Para estudar sobre os condutores precisamos conhecer as recomendações da ABNT NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, que estabelece as regras e recomendações para esse tipo de instalação. Essa norma estabelece os valores mínimos no dimensionamento dos condutores na instalação elétrica predial de acordo com a sua utilização nos diferentes tipos de circuitos. A ABNT NBR 5410 estabelece ainda as cores dos condutores terra e neutro, deixando o condutor fase de acordo com o instalador, possibilitando a criação de um padrão na utilização das cores dos condutores, que podem variar em alguns locais. 1. APLICAÇÃO CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 5410 1. APLICAÇÃO CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 5410 1. APLICAÇÃO CONFORME A NORMA DA ABNT NBR 5410 2. TIPOS Existem diversos tipos de condutores para diferentes utilizações, eles se diferem quanto ao material de que são compostos, se rígidos ou flexíveis, quanto à polaridade ou se são condutores sem capa de isolação, chamados de condutores nus ou condutores isolados. 2.1 RÍGIDOS E FLEXÍVEIS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES, ISOLADOS E NUS
a) Fio: é formado por um único condutor de metal sólido, maciço, de
seção circular, com ou sem isolamento; 2.1 RÍGIDOS E FLEXÍVEIS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES, ISOLADOS E NUS
b) Cabo: é um condutor constituído por vários fios encordoados que
podem ser isolados um dos outros ou não. É mais flexível que um fio com mesma capacidade de condução. 2.1 RÍGIDOS E FLEXÍVEIS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES, ISOLADOS E NUS
b) Cabo: é um condutor constituído por vários fios encordoados que
podem ser isolados um dos outros ou não. É mais flexível que um fio com mesma capacidade de condução. 2.1 RÍGIDOS E FLEXÍVEIS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES, ISOLADOS E NUS CABO UNIPOLAR O cabo unipolar é composto por um agrupamento de fios sem isolação entre si e providos de uma cobertura para sua isolação, geralmente de PVC. 2.1 RÍGIDOS E FLEXÍVEIS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES, ISOLADOS E NUS CONDUTORES ISOLADOS É todo condutor, fio ou cabo, que possui camada de materiais isolantes com a finalidade de isolá-lo eletricamente do ambiente, sendo que a isolação de PVC suporta temperaturas de até 70°C de utilização contínua. Os condutores isolados são os condutores permitidos em instalações elétricas prediais por proporcionar maior segurança das instalações. Os condutores isolados também podem ter uma cobertura protetora de PVC além do isolamento ideal, principalmente para as instalações direto no solo ou aérea onde fiquem suscetíveis à ação do tempo. O material que constitui a isolação e a cobertura deve ser empregado de acordo com a utilização do circuito, que pode superaquecer o condutor. 2.1 RÍGIDOS E FLEXÍVEIS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES, ISOLADOS E NUS CONDUTORES ISOLADOS 2.1 RÍGIDOS E FLEXÍVEIS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES, ISOLADOS E NUS CONDUTOR NU
O condutor nu é aquele que não possui qualquer tipo de camada
de isolamento. Esse tipo de condutor é bastante usado em linhas aéreas e postes de transformação. Existem vários tipos de condutores nus, como barra, vareta, tubo ou outros perfis, de acordo com a utilização. Os condutores nus são utilizados em linhas aéreas para transmissão e distribuição de energia elétrica e sistemas de aterramento. Não devem ser utilizados em instalações elétricas residenciais como condutores vivos. 2.1 RÍGIDOS E FLEXÍVEIS, UNIPOLARES E MULTIPOLARES, ISOLADOS E NUS CONDUTOR NU 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES Como forma de interligar componentes de um mesmo circuito ou fazer alguma derivação, precisamos fazer emendas para unir os condutores. Uma conexão entre dois condutores feita da forma correta pode gerar uma perda de 20% da força de tração do condutor. Uma emenda feita da maneira errada pode gerar perdas significativas na capacidade de condução do condutor, sobreaquecimento e mau contato na instalação. 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÕES DE CONDUTORES ENTRE SI EM PROLONGAMENTO Esse tipo de emenda é usado quando se precisa unir condutores para prolongar linhas. Sua utilização é recomendada para instalações de linha aberta ou em caixas de derivação ou de passagem, levando-se em conta que, se ocorrerem problemas com a conexão, o instalador terá acesso com facilidade à emenda. a) Conexão entre fios rígidos (procedimento): - Remova a capa isolante usando um canivete ou alicate descascador; - Cruze as pontas dos fios, formando um ângulo de 90° entre eles; - Segurando os condutores, inicie as primeiras voltas de um lado dos fios envolvendo o outro condutor; - Use o alicate para ajustar; - Inicie a segunda parte fazendo o mesmo procedimento; - De o aperto final com ajuda de alicates. 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÕES DE CONDUTORES ENTRE SI EM PROLONGAMENTO a) Conexão entre fios rígidos (procedimento): 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÕES DE CONDUTORES ENTRE SI EM PROLONGAMENTO b) Conexão entre condutor rígido e flexível (procedimento): - Remova a capa isolante usando um canivete ou alicate descascador; - Cruze as pontas dos fios, formando um ângulo de 90° entre eles; - Segurando os condutores, inicie as primeiras voltas do cabo flexível sobre o fio rígido; - Comece a fazer espirais sobre o cabo flexível com o fio rígido com a ajuda de um alicate; - Finalize a emenda ajustando bem com o alicate como mostrado na figura seguinte. 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÕES DE CONDUTORES ENTRE SI EM PROLONGAMENTO b) Conexão entre condutor rígido e flexível (procedimento): 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÕES DE CONDUTORES ENTRE SI EM PROLONGAMENTO c) Conexão entre condutores flexíveis (procedimento): - Retire a capa isolante dos condutores com auxílio de um alicate ou canivete; - Divida a quantidade de fios de cada cabo em dois; - Entrelace as 4 pontas de maneira a um condutor abraçar o outro; - Envolva cada condutor com a sobra do outro como mostrado na figura seguinte. 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÕES DE CONDUTORES ENTRE SI EM PROLONGAMENTO c) Conexão entre condutores flexíveis (procedimento): 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO Esse tipo de emenda é necessário quando se precisa interligar o extremo de um condutor a uma rede em região intermediária. Para fazer esse tipo de emenda é necessário desencapar com cuidado o condutor do ramal a ser ligado para não cortar o condutor, mantendo uma distância de 12 vezes o seu diâmetro. a) Conexão entre condutores rígidos em derivação: - Retire a capa isolante dos condutores com auxílio de um alicate ou canivete; - Enrole a extremidade do condutor a ser ligado formando expirais sobre o condutor do ramal, como mostrado na figura seguinte. 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO a) Conexão entre condutores rígidos em derivação: 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO b) Conexão entre condutor rígido com flexível em derivação: - Retire a capa isolante dos condutores com auxílio de um alicate ou canivete; - Enrole a extremidade do cabo flexível a ser ligado formando expirais sobre o condutor rígido do ramal, como mostrado na figura seguinte. 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO b) Conexão entre condutor rígido com flexível em derivação: 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO b) Conexão entre condutor rígido com flexível em derivação: 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO c) Conexão entre condutores flexíveis em derivação: - Retire a capa isolante dos condutores com auxílio de um alicate ou canivete; - Divida os fios do cabo do ramal no meio, formando uma abertura; - Insira o cabo a ser interligado no orifício formado pelo cabo do ramal; - Enrole a extremidade do condutor a ser ligado, formando expirais sobre o condutor do ramal, como mostrado na figura seguinte. 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO c) Conexão entre condutores flexíveis em derivação: 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO Após fazer as emendas é importante finalizar com a isolação usando fita isolante. A fita deve envolver a emenda formando três camadas acima do condutor como mostrado na figura seguinte. 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO
Para realizar conexões de fios rígidos diretamente em bornes de
dispositivos, como os receptáculos, disjuntores, entre outros, deve-se fazer essa operação por meio de olhal. - Desencape o condutor com a ajuda de um alicate ou canivete; - Com o auxílio de um alicate de bico cônico ou de bico meia-cana, faça o olhal como mostrado na figura a seguir. 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO 2.2 CONEXÕES: EMENDAS E CONECTORES CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO Para realizar esse tipo de conexão com condutores flexíveis não é permitida a implementação de olhais. 2.3 CARACTERÍSTICAS As seções nominais são dadas em milímetros quadrados (mm²) e seguem as medidas do padrão IEC (International Electrotechnical Comission ou Comissão Eletrotécnica Internacional.), que é internacionalmente aceita. Podemos ver na tabela seguinte os valores das seções nominais divididos em duas faixas. 2.4 DIMENSIONAMENTO A ABNT NBR 5410, estabelece as seções mínimas dos condutores a serem adotadas em função da aplicação dos circuitos, conforme o quadro a seguir: 2.4 DIMENSIONAMENTO Condutor neutro A norma ABNT NBR 5410:2004 determina algumas regras no dimensionamento desse condutor. São elas: a) O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito; b) O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a mesma seção do condutor fase; c) O condutor neutro de um circuito trifásico, caso os condutores fase sejam superiores a 25mm², podem ter seção inferior a dos condutores fase, seguindo recomendações da norma, conforme a tabela seguinte. 2.4 DIMENSIONAMENTO Seção reduzida do condutor neutro – Tabela 48 da ABNT NBR 5410:2008 2.4 DIMENSIONAMENTO A norma ABNT NBR 5410:2008 define uma relação de métodos de instalação conforme consta na tabela 33 da Norma 2.4 DIMENSIONAMENTO A norma ABNT NBR 5410:2008 define uma relação de métodos de instalação conforme consta na tabela 33 da Norma 2.4 DIMENSIONAMENTO Número de condutores carregados do circuito - Tabela 46 da ABNT NBR 5410:2008 2.4 DIMENSIONAMENTO Seção Nominal (mm²) - Tabela 36 da ABNT NBR 5410:2008 2.4 DIMENSIONAMENTO EXEMPLO 1 Precisamos descobrir qual condutor devemos usar para um circuito de tomadas gerais, cuja carga total encontrada no projeto elétrico foi de 2.100 W. O circuito é monofásico 127 V e o método de instalação utilizado será em eletroduto embutido em alvenaria, com condutores de cobre. 2.4 DIMENSIONAMENTO EXEMPLO 2 Precisamos descobrir qual condutor devemos usar para um circuito de tomadas gerais, cuja carga total encontrada no projeto elétrico foi de 2.100 W. O circuito é monofásico 220 V e o método de instalação utilizado será em eletroduto embutido em alvenaria, com condutores de cobre. 2.4 DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO POR QUEDA DE TENSÃO A norma ABNT NBR 5410:2004 estabelece valores máximos para essa queda de tensão, que não devem ser ultrapassados para que os equipamentos conectados à rede não sejam prejudicados. 2.4 DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO POR QUEDA DE TENSÃO 2.4 DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO POR QUEDA DE TENSÃO É possível calcular o valor da queda de tensão em cada trecho da instalação e verificar se ela está dentro dos limites definidos pela norma, utilizando a fórmula a seguir: 𝑒(%) × 𝑉𝑛 ∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡. = 𝐼𝑃 × 𝐿 Onde: - ∆e (%) = queda de tensão máxima admissível no trecho, em percentual (%); - ∆V unit. = queda de tensão unitária, em Volt por Ampère x quilômetro (V/ A. Km); - IP = Corrente de projeto calculada (A); - L = Distância entre os pontos onde foi fixada a queda de tensão (Km); - Vn = Tensão nominal do circuito, em Volt (V). 2.4 DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO POR QUEDA DE TENSÃO Queda de tensão em V/A.km para cabo Superastic, Suoerastic flex, fio Superastic e Afumex 750 2.4 DIMENSIONAMENTO EXEMPLO 2 Usando os dados do EXEMPLO 1 e considerando que um circuito terminal se encontra a 50 metros do ramal de entrada e está sendo utilizado um eletroduto de PVC, calcule o condutor necessário usando o dimensionamento por queda de tensão. 2.4 DIMENSIONAMENTO EXEMPLO 3 Usando os dados do EXEMPLO 2 e considerando que um circuito terminal se encontra a 50 metros do quadro de distribuição e está sendo utilizado um eletroduto de PVC, calcule o condutor necessário usando o dimensionamento por queda de tensão. 2.5 SIMBOLOGIA A especificação dos condutores g) Ip: corrente do projeto do circuito, tem alguns dados que devem ser em Ampères (A); interpretados de maneira correta e que h) Pn: potência elétrica nominal do são determinados pela simbologia circuito, em watts (W); própria, como vemos a seguir. a) R: resistência ôhmica do condutor, em i) v: tensão elétrica entre fase e neutro, Ohm (Ω); em volts (V); b)r: resistividade do material condutor j) V: tensão elétrica entre fases, em (Ω.mm²/m); volts (V); c) S: seção do condutor, em milímetros k) Ƞ: rendimento; quadrados (mm²); l) cosҨ: fator de potência (cosseno do d)Ø: diâmetro do condutor, em ângulo de defasagem entre a tensão milímetros (mm); e a corrente). e)y: densidade ou peso específico, em (kg/cm³); f) M: massa (kg); 2.5 SIMBOLOGIA 3. INSTALAÇÃO
Em uma instalação elétrica é importante determinar a maneira
como os condutores serão instalados, se em eletrocalhas, bandejas, eletroduto embutido em alvenaria, entre outros modos de instalação. A maneira como uma instalação elétrica é feita exerce influência direta na capacidade de condução dos condutores elétricos e na capacidade térmica entre os condutores. A seguir conheceremos os modos de instalação mais frequentes para instalações elétricas residenciais e a forma correta de realizar cada uma delas. 3.1 FIXADOS EM PAREDES 3.1 FIXADOS EM PAREDES 3.1 FIXADOS EM PAREDES 3.2 SOBRE ISOLADORES E EM LINHA AÉREA 3.2 SOBRE ISOLADORES E EM LINHA AÉREA 3.3 EM ELETRODUTO APARENTE OU EMBUTIDO 3.3 EM ELETRODUTO APARENTE OU EMBUTIDO 3.4 EM LEITOS DE CABOS E EM ELETROCALHAS 3.4 EM LEITOS DE CABOS E EM ELETROCALHAS 4. DESCARTES ADEQUADOS DE RESÍDUOS Quando os condutores são retirados e ainda se percebe uma boa condição de utilização, o mais recomendado é reutilizar os materiais. Quando se trata de condutores com grande desgaste, a forma mais correta de fazer o descarte dos resíduos é direcionar para reciclagem em cooperativas. 5. RECICLAGEM DE RESÍDUOS A reciclagem dos resíduos é uma etapa muito importante, levando em conta que a maioria dos condutores é feito de cobre, alumínio e plástico, materiais de grande valor energético e que têm um nível de desgaste muito pequeno se descartados no meio ambiente. A forma correta de descartar esse tipo de material é encaminhando-o a uma cooperativa que poderá realizar a reciclagem dos condutores elétricos. 6. RACIONALIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS NATURAIS E FONTES DE ENERGIA Com os padrões de consumo e produtividade dos dias atuais, é cada vez mais constante a prática do desperdício, que ultrapassa padrões de classes sociais, estando presente em todas as camadas da população. A economia nacional apresenta índices elevados de desperdício de recursos naturais e de potencial energético.