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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E
SISTEMAS – DEPS

APLICAÇÃO DA ANÁLISE ERGONÔMICA DO


TRABALHO NA OFICINA DO VELOCIRAPTOR
BAJA DA UDESC EM JOINVILLE/SC

GRASIELA TAMANINI
LUCAS KANZLER WOHL
LUIZA INACARATO FREIRIA MOREIRA
MARCELO FRANCISCO HABOWSKI

Trabalho apresentado à Ergonomia como


atividade prática, sob a orientação da Prof.
Vanessa Nappi.

Joinville – SC
Novembro, 2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.…………………………………………………………………………... 4

2 ANÁLISE DA DEMANDA.……………………………………………………………… 5

2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EMPRESA…………………………………. 5

2.2 CARACTERÍSTICAS DO POSTO DE TRABALHO…………………………….. 6

2.3 SINTOMAS DO PROBLEMA ERGONÔMICO………………………………….. 6

3 ANÁLISE DA TAREFA……….…………………………………………………………. 7

3.1 PESSOAS…………………………………………………………………………… 7

3.2 ANÁLISE DO EXECUTANTE DA TAREFA ANALISADA……………………… 7

3.3 CONHECIMENTO DAS NORMAS ERGONÔMICAS………………………….. 8

3.4 ANTROPOMETRIA………………………………………………………………… 8

3.5 LAYOUT……………………………………………………………………………… 9

3.6 DESCRIÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO………………………………….. 9

3.7 AÇÕES PRESCRITAS……………………………………………………………... 11

3.8 TIPOS DE DECISÃO………………………………………………………………. 12

3.9 ENTRADAS E SAÍDAS…………………………………………………………….. 12

3.10 ORGANIZAÇÃO GERAL DO PROJETO……………………………………….. 13

3.11 DESCRIÇÃO DA TAREFA E ORGANIZAÇÃO DO POSTO………………….. 13

3.12 CONDIÇÕES AMBIENTAIS……………………………………………………… 14

4 ANÁLISE DA ATIVIDADE……………………………………………………………... 15

4.1 OBSERVAÇÃO DIRETA……………………………………………………………. 15

4.2 CONDIÇÕES AMBIENTAIS………………………………………………………... 19

5 DIAGNÓSTICO E RECOMENDAÇÕES…………………………...…………………. 19
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6 CONCLUSÃO……………………………………………………………………………. 20

7 APÊNDICE……………………..…………….…………………………………………... 21

8 REFERÊNCIAS………………………………………………………………………….. 21
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1 INTRODUÇÃO

A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é uma metodologia que envolve a abordagem


reflexiva e aprofundada da realidade laboral. Seu principal propósito é compreender o
trabalho e seus determinantes, como enfatizado por Wisner (2004), que a descreve como
uma ferramenta destinada a "responder a uma questão precisa" e a se orientar na
"proposição de soluções operatórias" (p. 42). A AET, assim, representa uma abordagem
holística e analítica para a compreensão do ambiente de trabalho, sendo responsável por
buscar soluções práticas e operacionais para questões específicas relacionadas ao
trabalho.

Este estudo acadêmico propõe a análise da implementação da ergonomia na oficina do


Velociraptor Baja em Joinville, Santa Catarina. Serão abordados elementos como
posturas adotadas, esforço físico demandado, ferramentas utilizadas, organização do
ambiente de trabalho, e fatores ambientais. No contexto do desenvolvimento do projeto
UDESC Velociraptor Baja, a aplicação da análise ergonômica do trabalho desempenha
um papel crucial na otimização do desempenho e na promoção da segurança e bem-estar
dos membros envolvidos. Este relatório tem como objetivo fornecer uma visão
aprofundada das considerações ergonômicas incorporadas ao subsistema denominado
suspensão, especificamente relacionado a montagem e desmontagem da mesma.

A busca pela excelência no desempenho off-road do Velociraptor Baja da UDESC é


intrinsecamente vinculada à integração eficiente entre as características do veículo e as
capacidades físicas e cognitivas dos membros da equipe. Nesse contexto, a análise
ergonômica emerge como uma ferramenta essencial, oferecendo uma abordagem
sistemática para avaliar e aprimorar a interação entre os indivíduos e o ambiente de
trabalho.

Assim, através da coleta de dados, observações e entrevistas com os colaboradores, será


possível identificar os desafios ergonômicos predominantes durante o processo de
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montagem e desmontagem da suspensão do Baja. Com base nessa análise, serão


apresentadas recomendações e soluções ergonômicas visando otimizar o processo,
mitigando os riscos de lesões e fomentando o bem-estar dos membros.

Dessa forma, ao promover a análise ergonômica na montagem e desmontagem da


suspensão, busca-se contribuir para aprimorar as condições laborais, resultando no
aumento da produtividade e na qualidade do trabalho, além de mitigar riscos relacionados
à saúde e à segurança dos membros.

2 ANÁLISE DA DEMANDA

Na Análise Ergonômica do Trabalho, a análise da demanda envolve a identificação


minuciosa e a compreensão das necessidades específicas relacionadas ao trabalho em
questão.

2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EMPRESA

O Projeto Baja da UDESC é um ambiente para o desenvolvimento integral dos


estudantes. Através da construção de veículos off-road, o projeto visa não apenas
aprimorar habilidades técnicas, mas também promover interações significativas com a
comunidade acadêmica e empresarial. A visão do Projeto Baja delineia a busca por
excelência em qualidade e alta performance, que reflete o compromisso de
aprimoramento contínuo de habilidades e destaque de talentos entre os membros. A
missão do projeto, complementar à visão, enfoca na criação da melhor experiência de
preparação profissional para os estudantes, consolidando o Projeto Baja como um
referencial na integração entre teoria e prática.

O Projeto Baja da UDESC participa ativamente da competição Baja SAE, com o veículo
off-road construído pelos alunos membros e coloca à prova as habilidades dos estudantes
em engenharia, trabalho em equipe e gestão de projetos. A competição oferece um
ambiente dinâmico e estimulante, permitindo a aplicação prática dos conhecimentos
adquiridos. Além disso, a interação com outras equipes e profissionais do setor enriquece
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a experiência dos estudantes, contribuindo para o desenvolvimento profissional.

2.2 CARACTERÍSTICAS DO POSTO DE TRABALHO

A análise será feita na área da suspensão do Baja. O posto de trabalho da atividade é


relacionado ao operador e à suspensão, tanto dianteira quanto traseira. O trabalho é feito
periodicamente com duração em torno de 3,5 horas/dia.

2.3 SINTOMAS DO PROBLEMA ERGONÔMICO

A atividade em questão diz respeito à montagem e à desmontagem das suspensões


traseira e dianteira do veículo. Os problemas ergonômicos levantados são: exigência de
esforço físico e mental; fadiga física; incidentes com relação ao uso do ferramental; risco
de acidentes com relação à postura. Os responsáveis pela atividade relatam desafios
específicos em relação à execução, sendo frequentemente levantadas questões
relacionadas às ferramentas utilizadas no processo, as quais, em alguns casos, podem
não proporcionar o agarre adequado, de modo a tornar a manipulação dos componentes
mais difícil e, por consequência, aumentar a probabilidade de imprecisões e dificuldades
operacionais.

Outra preocupação manifestada pelos colaboradores se refere ao posicionamento durante


a realização das atividades. Encontrar uma postura ergonômica que permita a execução
eficiente da montagem e da desmontagem, sem sobrecarregar determinadas áreas do
corpo se torna um desafio constante. Além disso, a possibilidade de escorregões em
superfícies molhadas, muitas vezes causadas por fluidos do processo, adiciona um
componente de risco à tarefa.

Por fim, o terceiro ponto de destaque é a percepção de fadiga mais acentuada ao realizar
o aperto dos componentes em comparação com o processo de afrouxamento. Essa
fadiga adicional pode influenciar diretamente na eficiência do trabalho, afetando o
desempenho global dos colaboradores durante as operações.
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3 ANÁLISE DA TAREFA

3.1 PESSOAS

As pessoas envolvidas na execução das tarefas são os próprios estudantes da UDESC e


integrantes do Projeto Baja, divididos nas áreas de atuação do projeto. No caso da área
de Suspensão e Direção, a hierarquia, apresentada abaixo, segue o nível de experiência
e conhecimento dos participantes.

Fonte: Sharepoint do Velociraptor Baja

3.2 ANÁLISE DO EXECUTANTE DA TAREFA ANALISADA

A integrante do projeto cuja tarefa foi analisada se chama Mariana Matos Rodrigues. Ela
possui 20 anos de idade e altura de 1,65m, além de cursar a segunda fase do curso de
Engenharia Mecânica na UDESC e fazer parte do projeto há cerca de 1 ano e 3 meses.
Suas atividades são relacionadas aos sistemas de suspensão e direção do veículo,
incluindo montagem, desmontagem, ajuste e limpeza de componentes.
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3.3 CONHECIMENTO DAS NORMAS ERGONÔMICAS

De acordo com a ex-líder do subsistema da suspensão, há um certo conhecimento


relacionado à ergonomia, principalmente voltado à construção do carro, como posição e
inclinação do banco do piloto que são aplicados na competição. Porém, não há
conhecimento das normas relacionadas ao ambiente de trabalho, aos maquinários e às
posições de trabalho. De acordo com a imagem a seguir, o mapa de riscos elaborado
para a oficina não prevê riscos ergonômicos relacionados às tarefas, embora existam.

Imagem 1: Mapa de riscos

Fonte: autoria própria

3.4 ANTROPOMETRIA

Com base na altura da Mariana, foram estimadas as medidas antropométricas através do


software Antroprojeto, desenvolvido por Eduardo Breviglieri Pereira de Castro da
Universidade Federal de Juiz de Fora e disponibilizado pela professora no Moodle. As
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medidas são apresentadas na Figura 1.

Figura 1: Medidas antropométricas

Fonte: autoria própria

3.5 LAYOUT

O layout da oficina do Velociraptor Baja é apresentado na Figura 2. A área destinada à


execução da montagem e da desmontagem da suspensão está integrada ao veículo. As
ferramentas utilizadas estão dispostas na grade da bancada (A19) e no painel de
ferramentas (A13).

3.6 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO

O integrante do projeto, durante a execução das tarefas de montagem e desmontagem


dos sistemas de suspensão e direção, deve ficar disposto ao redor do veículo - próximo
do componente a ser trabalhado - e, quando necessário, transitar pelo local em busca de
ferramentas. Em razão dos diversos componentes e equipamentos, bem como
movimentações de materiais e demais tarefas sendo executadas concomitantemente, os
integrantes do projeto devem tomar certos cuidados, além de, minimamente, fazer uso
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dos equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, óculos e sapatos fechados
com proteção a impactos.

Figura 2: Layout da oficina

Fonte: autoria própria


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3.7 AÇÕES PRESCRITAS

3.7.1 MONTAGEM

Entradas: conjunto desmontado composto por: chassis do veículo, componentes do


sistemas de suspensão, componentes do sistema de direção, rodas e pneus;
Saída: conjunto montado e operante;
Gestos e movimentação previstos: buscar as ferramentas e os componentes
necessários, preparar as ferramentas, preparar os componentes, pré-posicionar e
pré-montar os componentes; transportar e posicionar os componentes, transportar
e posicionar o ferramental; girar o ferramental utilizando da força física para fixar os
componentes;
Posturas previstas: pés apoiados no chão, joelhos flexionados, dorso inclinado
para frente e braços voltados para baixo.

3.7.2 DESMONTAGEM

Entrada: conjunto montado composto por: chassis do veículo, sistemas de


suspensão e direção, rodas e pneus. Todo o conjunto já está posicionado de forma
elevada e segura;
Saída: conjunto desmontado formado por: chassis do veículo, componentes do
sistemas de suspensão, componentes do sistema de direção, rodas e pneus;
Gestos e movimentação previstos: buscar as ferramentas necessárias, preparar as
ferramentas, transportar e posicionar o ferramental; girar o ferramental utilizando
da força física para desafixar os componentes, transportar os componentes;
Posturas previstas: pés apoiados no chão, joelhos flexionados, dorso inclinado
para frente e braços voltados para baixo.
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3.8 TIPOS DE DECISÃO

O posicionamento, a fixação e o estado de conservação dos componentes influenciam


não só o desempenho dos sistemas de forma isolada, como do conjunto veicular. Desta
forma, a substituição de itens desgastados ou fora de especificação, além do
posicionamento e fixação adequados dependem da análise e da decisão do responsável
por determinado sistema.

3.9 ENTRADAS E SAÍDAS

Considerando o processo de montagem dos sistemas de suspensão e direção, temos:


Entradas: conjunto desmontado, composto por: chassis do veículo, componentes
do sistemas de suspensão, componentes do sistema de direção, rodas e pneus.
Adicionalmente, estão as ferramentas, o conhecimento e a energia do integrante
da equipe do projeto.
Saída: conjunto montado e operante, além de ferramentas desgastadas (mesmo
que em baixa intensidade) e integrante desgastado física e mentalmente.

Considerando o processo de desmontagem dos mesmos sistemas, temos:


Entrada: conjunto montado, composto por: chassis do veículo, sistemas de
suspensão e direção, rodas e pneus. Todo o conjunto já está posicionado de forma
elevada e segura. Adicionalmente, estão as ferramentas, o conhecimento e a
energia do integrante da equipe do projeto.
Saída: conjunto desmontado formado por: chassis do veículo, componentes do
sistemas de suspensão, componentes do sistema de direção, rodas e pneus.
Ainda, tem-se ferramentas desgastadas (mesmo que em baixa intensidade) e
integrante do projeto desgastado física e mentalmente.
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3.10 ORGANIZAÇÃO GERAL DO PROJETO

A organização do projeto, considerando apenas os sistemas foco deste trabalho, pode ser
observada no esquema abaixo.

Fonte: Sharepoint do Velociraptor Baja

3.11 DESCRIÇÃO DA TAREFA E ORGANIZAÇÃO NO POSTO DE TRABALHO

Embora as tarefas analisadas sejam de conhecimento explícito, não há Procedimento


Operacional Padrão ou Instrução de Trabalho documentados e disponíveis para consulta
dos integrantes do projeto. Desta forma, o conhecimento é transmitido pelos integrantes
mais experientes que já sabem executar as tarefas.
Já em relação à organização do posto de trabalho, não há claramente um estudo sobre
otimização de espaço ou, ainda, uma análise de tempos e métodos. Há, apenas, a
organização das ferramentas em painéis com localização determinada, que facilitam no
momento da localização do material. No entanto, tais ferramentas ficam a certa distância
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do posto de trabalho e são compartilhadas entre os integrantes, de modo que, além do


tempo e distância de deslocamento, um integrante tenha de esperar a utilização.

3.12 CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Em razão do orçamento, o local utilizado pelo Projeto Baja não possui controle de
temperatura. Além disso, é um ambiente com precário fluxo de ar, tendo apenas um
ventilador disponível para todo o ambiente, localizado acima da estante (A8), como pode
ser observado na imagem a seguir.

Figura 3: Indicação dos pontos de iluminação e do ventilador

Fonte: autoria própria


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Desta forma, e considerando a situação climática da cidade de Joinville, o conforto


térmico dentro das instalações não costuma ser satisfatório, mesmo em períodos
noturnos.
Quanto à iluminação local, a disposição das lâmpadas está próxima das paredes laterais,
num total de seis lâmpadas, três de cada lado do ambiente. É notável a existência de
sombras em diversos pontos do local.
Por fim, em relação à emissão de ruído, são vários os equipamentos disponíveis para fins
de usinagem, pintura, soldagem, entre outros. Nenhum é isolado acusticamente, portanto,
todo o ambiente está sujeito aos seus impactos.

4. ANÁLISE DA ATIVIDADE

Na análise da atividade, todas as informações necessárias foram levantadas na oficina do


BAJA através de registro fotográfico e de vídeo, anotações pessoais, Avaliação Rápida de
Membro Superior (RULA), Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), Verbalizações,
entrevista e medições da temperatura, dos níveis de ruídos e da luminosidade, de acordo
com o protocolo realizado em sala de aula.

4.1 OBSERVAÇÃO DIRETA

Seguem anexas as imagens registradas no local, tanto referentes às posturas realizadas


pela Mariana durante a execução das atividades, quanto imagens das medições de
temperatura, luminosidade e ruído realizadas em 3 pontos do local com o auxílio de
equipamentos específicos fornecidos pela professora.

O primeiro passo executado pela Mariana é a retirada da roda do carro. Após isso,
retira-se a manga, as balanças inferior e superior, os links e o amortecedor. O processo é
realizado para ambos os lados do veículo. Em seguida, retira-se a caixa de direção e o
volante. Na parte traseira, é a mesma sequência. As imagens descrevem todas as
posições de trabalho (em momentos de competição precisa ser tudo feito rapidamente,
portanto a postura pode ficar ergonomicamente pior).
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Figura 4: Posições de trabalho

Fonte: autoria própria

Figura 5: Indicação dos pontos de iluminação e do ventilador

Fonte: autoria própria


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Figura 6: Medições de luminosidade

Descrição: os valores de luminosidade medidos foram: 0,16; 0,19 e 0,98.

Figura 7: Medições de temperatura

Descrição: os valores de temperatura medidos foram: 25,9°C; 26,1°C e 26,3°C. Já para a


umidade relativa do ar: 56,8%; 58,2% e 58,7%.
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Figura 8: Medições de ruído

Descrição: os valores medidos para o ruído foram: 71,6dB; 72,4dB e 76,2dB.

Figura 9: Tabela de posturas métodos Ovako Working Posture Analysis


System (OWAS)

Fonte: Moodle
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De acordo com o método OWAS, a Mariana ficava com uma perna ajoelhada, dorso
inclinado e torcido com um braço para cima (código 425) e às vezes os dois para baixo
(código 445).

4.2 CONDIÇÕES AMBIENTAIS

As condições ambientais da oficina onde são executadas as atividades não são muito
favoráveis, mas devem estar dentro dos níveis estabelecidos: níveis de ruído de acordo
com o estabelecido na NBR 10152 - aceitável 65dB; A Curva de Avaliação de Ruído - NC
- não superior a 60dB; Índice de temperatura efetiva entre 20º e 23ºC; Velocidade do ar
não superior a 0,75m/s; Umidade relativa do ar não inferior a 40%. Conforme as análises
realizadas no local definido, podemos perceber que, as três medições de ruídos ficaram
em um nível acima de 60dB, ademais, os índices de temperatura ficaram acima dos 23ºC
estabelecidos e a umidade relativa do ar ficou acima dos 40%. Então, temos que os níveis
de ruídos e temperatura ficaram fora dos níveis estabelecidos onde são executadas as
atividades principais de suspensão e também a iluminação que não atingiu o mínimo
exigido pela NBR 5413.

5. DIAGNÓSTICO E RECOMENDAÇÕES

Tomando como base as análises detalhadas neste AET, os levantamentos de dados feitos
com os equipamentos disponibilizados e observação direta, as respostas dos formulários
e análise via planilha contidos nos Apêndices A, B e C, as seguintes recomendações
damos as seguintes recomendações:

5.1 ERGONOMIA FÍSICA

● Considerar a aquisição de móveis mais confortáveis e mais indicados para as


atividades, e/ou melhoria dos móveis já utilizados.
● …
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5.2 ERGONOMIA MENTAL

● A gestão realizar um planejamento que englobe a resolução de


necessidades/interesses dos colaboradores, como: férias, diminuição e/ou
esquematização da demanda, trabalho em cima do relacionamento interno.
Visando a diminuição da carga mental.

5.3 CONDIÇÕES AMBIENTAIS

● É recomendada a compra de equipamentos para o controle de temperatura, como


ar condicionado e outros ventiladores.
● Considerar a construção de mais pontos para janelas, ajudando no fluxo de ar no
ambiente e iluminação.
● Instalar outros pontos de luz.
● Adquirir equipamentos para proteção auricular para membros da equipe e
instalação de isolamento acústico para evitar a propagação de ruídos.

5.4 RECOMENDAÇÕES GERAIS

● Avaliar a obtenção de novas ferramentas, tanto para troca de ferramentas antigas e


aumentando a eficiência, quanto tornar possível que os colaboradores consigam
realizar de forma simultânea suas tarefas.
● Criação de documentos que visam estabelecer procedimentos padrões para as
atividades realizadas.

6. CONCLUSÃO


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7. APÊNDICE

7.1 APÊNDICE A

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT):


https://forms.office.com/Pages/DesignPageV2.aspx?subpage=design&FormId=qOS2pY7Fik6Xqaf
1ZBWhHRI8LVBAMsRNsmuQ3CyvLzJUNFQ3QVY3RzE0MDZJRjM5QjFMUzg2MUlOSC4u&Toke
n=b5b522b8496f45ff94f735c68fe8fbac

7.2 APÊNDICE B

Verbalizações:
https://forms.office.com/Pages/ShareFormPage.aspx?id=qOS2pY7Fik6Xqaf1ZBWhHXAUTHrjJXV
CqeIsWwah0PZURUQxTlJONDc0NzJNMEZDNllIUklPVVkyNS4u&sharetoken=DEoYs3X3C3pQb
Wd6gtpD

7.3 APÊNDICE C

Avaliação Rápida de Membro Superior (RULA):


https://udesc-my.sharepoint.com/:x:/r/personal/12714583903_edu_udesc_br/Documents/Rula%20(
1).xlsx?d=w20c0d4061ae543acb2be1d7f89c091aa&csf=1&web=1&e=Fbc5oa

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WISNER, A. Diagnosis in ergonomics or the choice of operating models in field research.


Ergonomics, 15, 6, 60-620, 1972.

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