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CAXIAS DO SUL
2017
MARCOS TAVARES PORSCH
.
CAXIAS DO SUL
2017
RESUMO
The stamping process enables the manufacture of parts with complex geometries of
great quality, and with high competitiveness compared to other manufacturing processes,
resulting from a large scale production and a low material loss. The progressive stamping
process enables cutting, punching, folding in a single sequential process and with simultaneous
operations through a stepper control. During the conventional development of the tool, various
adjustments are made, until a part is obtained within the specified one, and free from micro-
cracks. This defect can be caused by a variety of factors, such as non-specified raw material,
improper part geometry, and excessive forces to perform operations. Based on this situation,
this work aims to simulate the mechanical conformation process of the part addressed through
the nonlinear analysis using the finite element method using CAE Abaqus software. We intend
to analyze the material properties, the geometric parameters of the part, the components of the
tool, and if the stress data found by the simulation of the process by the finite element method
in the critical regions are compatible, ie if the plastic deformation Occurs in a correct way with
the mechanical request, not allowing the appearance of microcracks.
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 8
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E ESTRUTURA DO TRABALHO .............................................. 8
1.2 AMBIENTE DE ESTAGIO .................................................................................................... 9
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 9
1.4 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 10
1.4.1 Objetivo geral ....................................................................................................................... 10
1.4.2 Objetivos específicos ............................................................................................................ 10
1 INTRODUÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
1.4 OBJETIVOS
A fim de garantir que o objetivo geral proposto seja satisfeito, são sugeridos os seguintes
objetivos específicos para o trabalho:
a) Verificar se a matéria prima atende ao especificado pelo cliente através de um
ensaio metalográfico.
b) Analisar o processo de conformação da peça utilizando um software do Método de
elementos finitos considerando não-linearidades.
c) Avaliar no projeto da ferramenta, se este garante que a peça abordada esteja dentro
do especificado: geometria dos punções, guias e velocidades de corte.
d) Testar e ensaiar possíveis alterações, as quais podem resolver o problema, como
alterações de raio de dobra e de geometria dos componentes da ferramenta.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ESTAMPAGEM
2.1.1.1 Corte
Para e ≤ 3 mm : 𝑏 = 𝑎 ≥ 𝑒 (1𝑎)
Para e ˃ 3 mm : 𝑏 = 𝑎 = 𝑒 (1𝑏)
Através destas componentes são originadas respectivamente uma tensão normal, 𝜎 , e uma
de corte, 𝜏 , cujos valores por unidade de comprimento são dados pelas equações 2 e 3.
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𝐹 𝐹 sin 𝛼 𝐹 𝐹 (2)
𝜎 = = = sin 𝛼 cos 𝛼 = sin 2𝛼
𝐶𝐷 ℎ ℎ 2ℎ
cos 𝛼
𝐹 𝐹 cos 𝛼 𝐹 (3)
𝜏 = = = cos 𝛼
𝐶𝐷 ℎ ℎ
cos 𝛼
enquanto que, pelo contrário, a tensão normal, 𝜎 , se anula, originando o estado de tensão de
cisalhamento puro. Com estas condições, quando o valor da força F atingir o valor necessário
para satisfazer o critério de plasticidade, 𝜏 =𝜏 , será iniciado o escorregamento do
material ao longo da seção vertical, AB, fazendo com que a peça seja empurrada pelo punção
através do furo da matriz. Conforme figura 6.
2.1.1.2 Dobra
𝐼 = 𝑎 + 𝑏 + ∆𝑙 (4)
180 − 𝛽 ℎ (5)
∆𝑙 = 𝜋 𝑟 + 𝑘 − 2(𝑟 + ℎ)
180 2
∆𝑙 = 0 (7)
1 𝑟 𝑟 (8𝑎)
𝑘 = 0,65 + log , 𝑠𝑒 ≤5
2 ℎ ℎ
𝑟 (8𝑏)
𝑘 =1, 𝑠𝑒 >5
ℎ
Durante a operação de dobra, sabe-se que a superfície da tira em contato com o punção,
está sendo sujeita a tensões de compressão, enquanto que na superfície oposta, as tensões são
de tração. A utilização de raios muito pequenos para o punção, induz valores muito elevados
de tensões, as quais podem originar o aparecimento de trincas. (SCHAEFFER, 2004).
Conforme Rodrigues e Martins (2010), a ductilidade é um conceito muito utilizado para
qualificar a capacidade dos materiais em suportarem solicitações no domínio plástico. Para se
determinar o raio mínimo a partir do ensaio de tração, é utilizado como medida de ductilidade,
o coeficiente de redução de área após a fratura, 𝑞, conforme equação 9.
𝐴 −𝐴 (9)
𝑞=
𝐴
𝑟 1 (10𝑎)
= − 1 𝑠𝑒 𝑞 ≤ 0,2
ℎ 2𝑞
𝑟 (1 − 𝑞) (10𝑏)
= 𝑠𝑒 𝑞 > 0,2
ℎ 2𝑞 − 𝑞
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laminação, em especial nos materiais mais frágeis. Quando não for possível aplicar este
requisito de fabricação, será necessário aumentar o raio de dobra para evitar a fratura.
Conforme Rodrigues e Martins (2010), o raio mínimo pode ser determinado através da
equação 11.
𝑟 = 𝐶ℎ (11)
𝑢 (12)
𝑢= 𝑢
𝜕𝑢 (13𝑎)
𝜀 =
𝜕𝑥
𝜕𝑢 (13𝑏)
𝜀 =
𝜕𝑦
𝜕𝑢 𝜕𝑢 (13𝑐)
𝛾 = + =𝛼 +𝛼
𝜕𝑥 𝜕𝑦
Conforme Fish e Belytschko (2009), as equações 13𝑎, 13𝑏 e 13𝑐, podem ser descritas
em termos dos deslocamentos, através de uma única equação matricial, equação 14.
𝜀 (14)
𝜀= 𝜀
𝛾
Conforme Fish e Belytschko (2009), o estado de tensão é descrito por duas tensões
normais, 𝜎 e𝜎 e duas tensões cisalhantes, 𝜎 e 𝜎 , quando o corpo é bidimensional.
Partindo do equilíbrio do momento em um quadrado unitário, pode ser definido que 𝜎 =𝜎 .
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𝜕𝜎 𝜕𝜏 𝜕𝜏 (15𝑎)
+ + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝜏 𝜕𝜎 𝜕𝜏 (15𝑏)
+ + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝜏 𝜕𝜏 𝜕𝜎 (15𝑐)
+ + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Forma abreviada,
𝜕𝜎 (16)
=0
𝜕𝑥
2.1.3.2 Plasticidade
Conforme Alves Filho (2012), flexionando a extremidade de uma chapa por intermédio
de uma carga, a região superior é tracionada e a inferior é comprimida, antes de ser atingido o
limite de escoamento nestas regiões, o material comporta-se dentro do regime elástico. Com o
aumento progressivo da carga, as regiões extremas superior e inferior plastificaram antes das
regiões internas da chapa, isto é decorrente de que a região engastada estará sujeita a tensões
maiores. Quando o elemento plastifica, a sua rigidez se altera, consequentemente a rigidez da
estrutura também se altera, assim, perdendo progressivamente a sua rigidez até o colapso.
Conforme Alves Filho (2012), o escoamento não ocorre em um sólido contínuo, quando
este é somente submetido à pressão hidrostática. Qualquer estado de tensões em torno de um
ponto pode ser definido pelo somatório de um estado hidrostático de tensões e mais uma tensão
desvio. Experimentalmente, sabe-se que a tensão hidrostática não provoca escoamento, mas
sim este é provocado pela tensão desvio. Em um estado complexo de tensões, a componente
hidrostática não influência a tensão na qual ocorre o escoamento, por isto se associa a tensão
desvio ao escoamento. E ainda para um material isotrópico, o critério de escoamento não pode
ser dependente do sistema de eixos de coordenadas, ou seja, deve ser uma função invariante.
Conclui-se então que o critério de escoamento deve ser uma função invariante da tensão desvio.
Conforme Alves Filho (2012), a curva de escoamento fornece a tensão necessária para
causar o escoamento plástico do metal a qualquer nível de deformação, foram desenvolvidas
várias formas de ajustar as equações matemáticas a esta curva. A mais comum é a equação 17.
𝜎 = 𝑘𝜀 (17)
Onde, 𝑢 – Matriz de deslocamentos nodais; 𝑘 – Matriz de rigidez do elemento; F – Matriz das forças
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A interação entre as cargas axiais e laterais não é considerada na análise linear, isto
origina a necessidade de termos extras na matriz de rigidez, que dependem das forças que atuam
nos elementos, as quais dependem dos deslocamentos nodais, ou seja, a rigidez varia com o
carregamento. Estes termos extras dão origem à matriz de rigidez geométrica, 𝐾 , a qual é
adicionada à matriz inicial já conhecida. Esta matriz contabiliza o efeito na mudança de rigidez
da estrutura decorrente de sua própria deformação, as grandes deflexões que causam a
deformação, são determinantes na contabilização da rigidez da estrutura. Este processo permite
a atualização da rigidez da estrutura à medida que ocorre o carregamento desta conforme a
equação 19. (ALVES FILHO, 2012).
Amaral et al. (2016), simulou o processo de conformação mecânica de uma peça, a qual
é composta de uma liga de alumínio AA5182-O, através da análise não-linear pelo método
explicito de elementos finitos, utilizando o software CAE Abaqus. Foram utilizados nesta
análise elementos do tipo R3D3 e C3D8R, os quais estão contidos na biblioteca do Abaqus. Os
resultados ilustrados pela figura 12 demonstram os pontos críticos de tensão, nestes pontos
possivelmente a deformação plástica irá exceder o limite à ruptura, ocasionando microtrincas.
INICIO DA
FRATURA
FRATURA
3 PROPOSTA DE TRABALHO
O material utilizado para a produção da peça é o aço SAE 1080 relaminado e coalescido,
com as propriedades mecânicas e químicas conforme tabela 2.
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No caso da simulação deste estudo, a malha dos elementos avaliados foi composta por
elementos estruturais contínuos sólidos, lineares com oito nós com integração reduzida
(C3D8R) e de quatro nós (C3D4), conforme ilustrado na figura 19.
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS
ALVES, Avelino. A base da tecnologia CAE: análise não linear. 1. ed. São Paulo: Érica, 2012.
320 p.
AMARAL, Rui; TEIXEIRA, Pedro; AZINPOUR, Erfan; SANTOS, Abel; SA, Cesar.
Evaluation of ductile failure models in Sheet Metal Forming. MATEC Web of Conferences
80, 2016.
FIRAT, Mehmet. Computer aided analysis and design of sheet metal forming processes: Part I
– The finite element modeling concepts. Materials and Design, 1298-1303, 2007.
FISH, Jacob; BELYTSCHKO, Ted. Um primeiro curso em elementos finitos. 1. ed. Rio de
Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos, 2009.
SCHAEFFER, Lirio. Conformação mecânica. 2. ed. Porto Alegre: Impressora livre editora,
2004. 167 p.
ZHANG, Li; ZHANG, Tao; WU, Kaiteng. The Nonlinear Dynamic Behavior Analysis and
Research for Sheet Steel Stamping Forming Problems Based on Finite Element Method. The
Open Materials Science Journal, 2015.