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27 a 29 de setembro de 2021
CONTEÚDO
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 7
2 – DESCRIÇÃO .............................................................................................................................. 10
2.1 – COMPONENTES PRINCIPAIS ........................................................................................ 10
2.2 - DIMENSÕES CARACTERÍSTICAS .................................................................................. 16
2.3 - ABERTURAS E REFORÇOS ............................................................................................ 17
2.4 - PEÇAS INTERNAS DOS VASOS DE PRESSÃO ............................................................. 23
2.5 - ACESSÓRIOS EXTERNOS DOS VASOS DE PRESSÃO ................................................ 24
2.6 - SUPORTES ....................................................................................................................... 26
2.7 - FLANGES .......................................................................................................................... 28
3 – CÓDIGOS DE PROJETO .......................................................................................................... 37
3.1 - INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 37
3.2 - Código ASME – The American Society of Mechanical Engineers ..................................... 40
4 – TENSÕES ADMISSÍVEIS .......................................................................................................... 55
5 – ESPESSURAS PADRONIZADAS E SOBRESPESSURA DE CORROSÃO ............................. 58
6 – DEFINIÇÕES ............................................................................................................................. 61
6.1 – PRESSÕES CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO .................................................. 61
6.2 – TEMPERATURAS CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO ........................................ 64
7 – EFICIÊNCIA DE JUNTAS SOLDADAS ...................................................................................... 65
7.1 – TIPOS DE JUNTAS .......................................................................................................... 65
7.2 – CATEGORIA DE JUNTA .................................................................................................. 67
7.3 – INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO ......................................................................................... 68
7.4 – VALOR DA EFICIÊNCIA DE JUNTAS .............................................................................. 70
8 – DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES PRESSURIZADOS – PRESSÃO INTERNA ....... 73
8.1 – EQUAÇÕES DO CÓDIGO ASME .................................................................................... 73
EXEMPLO 1: Dimensionamento de Costado Cilíndrico – Pressão Interna ............................... 75
EXEMPLO 2: Dimensionamento de Tampo Torisférico – Pressão Interna................................ 79
9 – PROJETO DE VASO DE PRESSÃO – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO A PRESSÃO
INTERNA ......................................................................................................................................... 86
9.1 – OBJETIVO DO DIMENSIONAMENTO ............................................................................. 86
9.2 – DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO ................................................................................... 86
9.3 – PROPRIEDADES DE MATERIAL .................................................................................... 87
9.4 – ESPESSURAS MÍNIMAS REQUERIDAS E NOMINAIS – COMPONENTES PRINCIPAIS
................................................................................................................................................... 87
9.5 – DETERMINAÇÃO DAS PRESSÕES MÁXIMAS ADMISSÍVEIS – COMPONENTES
PRINCIPAIS .............................................................................................................................. 89
9.6 – PRESSÃO DE AJUSTE DA PSV ...................................................................................... 89
FIGURAS
Figura 1 – Armazenamento de Gases ............................................................................................... 7
Figura 2 – Acumulação Intermediária de Produtos ............................................................................ 8
Figura 3 – Processamento de Produtos ............................................................................................. 8
Figura 4 – Esfera de armazenamento de gás .................................................................................. 10
Figura 5 - Fabricação de tampo semi-elíptico (fonte ATB – Itália) ................................................... 12
Figura 6 - Tampo Torisférico de grandes dimensões ....................................................................... 12
Figura 7 - Tampo torisférico de grandes dimensões ........................................................................ 13
Figura 8 - Tampo hemisférico .......................................................................................................... 13
Figura 9 - Preparação de chanfro para soldagem ............................................................................ 13
Figura 10 - Tampo cônico em Tambor de Coque ............................................................................ 14
Figura 11 - Tampo cônico em Silo de Armazenamento de Grãos ................................................... 14
Figura 12 – Reprodução da Figura UG-36 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Large Head Openings
– Reverse-Curve and Conical Shell-Reducer Sections) ........................................................... 15
Figura 13 – Vasos de Pressão e suas Dimensões Características .................................................. 16
Figura 14 – Bocais em equipamentos .............................................................................................. 17
Figura 15 – Reforço de Anel ............................................................................................................ 18
Figura 16 – Reforço com Chapa de Maior Espessura ..................................................................... 18
Figura 17 – Reforço com Peça Forjada Integral .............................................................................. 19
Figura 18 – Reforço com Pescoço de Maior Espessura .................................................................. 19
Figura 19 – Reprodução da Figura UW-16.1 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Some Acceptable
Types of Welded Nozzles and Other Connections to Shells Heads, etc.) ................................. 20
Figura 20 – Peças Internas de Equipamentos ................................................................................. 23
Figura 21 – Escada e Plataforma ..................................................................................................... 24
Figura 22 – Acessórios Externos ..................................................................................................... 24
Figura 23 – Helicoides no topo do equipamento .............................................................................. 25
Figura 24 – Diagrama de seleção do tipo de suporte ...................................................................... 26
Figura 25 – Tipos de Suportes de Sustentação de Equipamentos .................................................. 27
Figura 26 – Flange de pescoço (Welding neck) ............................................................................... 28
Figura 27 – Flange Sobreposto (slip-on) .......................................................................................... 28
Figura 28 – Flange para Solda de Encaixe ...................................................................................... 29
Figura 29 – Flange Long Weld Neck ................................................................................................ 29
Figura 30 – Flange Solto .................................................................................................................. 29
Figura 31 – Flange Cego ................................................................................................................. 30
Figura 32 – Flange Roscado ............................................................................................................ 30
Figura 33 – Rating de Flanges Padronizados (aço carbono) ........................................................... 36
Figura 34 – Explosão de Caldeira em Fábrica ................................................................................. 37
Figura 35 – Subseções do ASME Seção VIII – Divisão 1 (s/ as partes UHX e UIG da Subseção C)
.................................................................................................................................................. 45
Figura 36 – Representação de Pressões do Equipamento .............................................................. 63
Figura 37 – Reprodução da Figura UW-13.1 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Heads Attached to
Shells) ....................................................................................................................................... 66
Figura 38 – Reprodução da Figura UW-3 do ASME Seção Divisão 1 (Illustration of Welded Joint
Locations Typical of Categories A, B, C, and D) ....................................................................... 67
Figura 39 – Reprodução da Figura UG-34 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Some Acceptable
Types of Unstayed Flat Heads and Covers) ............................................................................. 84
Figura 40 – Reprodução da Figura UW-13.2 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Attachment of
Pressure Parts to Flat Plates to Form a Corner Joint) .............................................................. 85
Figura 41 – Tensões em região de descontinuidade geométrica ..................................................... 94
Figura 42 – Indicação das Regiões A e B no equipamento ............................................................. 94
Figura 43 – Grupos de Risco para Isolamento de Vasos de Pressão .............................................. 97
Figura 44 – Procedimento de Teste Hidrostático do Grupo de Risco 1 ........................................... 98
Figura 45 – Procedimento de Teste Pneumático (1º Procedimento) ............................................. 103
TABELAS
Tabela 1 – Classificação de Vasos de Pressão ................................................................................. 9
Tabela 2 – Classificação Didática de Equipamentos ......................................................................... 9
Tabela 3 – Geometrias de Tampos para Vasos de Pressão ............................................................ 11
Tabela 4 – Relações geométricas usuais de tampos torisféricos .................................................... 12
Tabela 5 – Comparação de Espessuras Requeridas em função do Tipo de Tampo ....................... 15
Tabela 6 – Baseada na Tabela 1A do ASME B16.5 (List of Material Specifications) ....................... 31
Tabela 7 – Baseada na Tabela 2-1.1 do ASME B16.5 (Pressure-Temperature Ratings for Group 1.1
Materials) .................................................................................................................................. 34
Tabela 8 – Baseada na Tabela 8 do ASME B16.5 (Dimensions of Class 150 Flanges) .................. 35
Tabela 9 – Códigos de Projeto ......................................................................................................... 39
Tabela 10 – Seções do Código ASME ............................................................................................. 40
Tabela 11 – Subseções do Código ASME Seção VIII – Divisão 1 ................................................... 44
Tabela 12 – Apêndices Obrigatórios do Código ASME Seção VIII – Divisão 1 ............................... 45
Tabela 13 – Apêndices Não Obrigatórios do Código ASME Seção VIII – Divisão 1 ........................ 47
Tabela 14 – Detalhamento de Partes e Subseções do Código ASME Seção VIII – Divisão 1 ........ 48
Tabela 15 – Divisão do Código ASME Seção VIII – Divisão 2 ......................................................... 49
Tabela 16 – Anexos do Código ASME Seção VIII – Divisão 2......................................................... 49
Tabela 17 – Divisão do Código ASME Seção VIII – Divisão 3 ......................................................... 51
Tabela 18 – Apêndices Obrigatórios do Código ASME Seção VIII – Divisão 3 ............................... 53
Tabela 19 – Apêndices Não Obrigatórios do Código ASME Seção VIII – Divisão 3 ........................ 54
Tabela 20 – Critérios para o Estabelecimento das Tensões Admissíveis ........................................ 55
Tabela 21 – Tensões Admissíveis de Diversos Códigos na Temperatura Ambiente ....................... 56
Tabela 22 – Baseada na Tabela de Tensões Admissíveis do ASME Seção II – Parte D (exemplo) 57
Tabela 23 – Padrões de Espessuras para Chapas Finas a Frio ...................................................... 58
Tabela 24 – Padrões de Espessuras para Chapas Finas a Quente ................................................ 58
Tabela 25 – Padrões de Espessuras para Chapas Grossas ........................................................... 59
Tabela 26 – Tipos de Juntas Soldadas ............................................................................................ 65
Tabela 27 – Baseada na Tabela UCS-57 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Thickness above which
full radiographic examination of butt-welded joints is mandatory) ............................................. 69
Tabela 28 – Baseada na Tabela UW-12 – Máximo Valor Admissível de Eficiência de Junta para
Soldas a Gás e Arco ................................................................................................................. 70
Tabela 29 – Equações para Costado Cilíndrico (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição atual)...... 74
Tabela 30 – Equações para Casco e Tampo Hemisférico (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição
atual) ......................................................................................................................................... 77
Tabela 31 – Equações para Tampo Toroesférico (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição atual) ... 78
Tabela 32 – Baseada na Tabela 1-4.2 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Valores do Fator M) ....... 78
Tabela 33 – Equações para Tampo Semielíptico (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição atual) ... 81
Tabela 34 – Baseada na Tabela 1-4.1 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Valores do Fator K) ........ 81
Tabela 35 – Dimensionamento de Tampo ou Seção Cônica (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição
atual) ......................................................................................................................................... 82
Tabela 36 – Fórmulas de Cálculo de Espessura de Tampos Planos ............................................... 83
Tabela 37 – Raio de isolamento de teste hidrostático...................................................................... 97
1 – INTRODUÇÃO
Os vasos de pressão são utilizados em diversos ramos da indústria, podendo-se citar as indústrias
químicas, petroquímicas, de petróleo, alimentícia, farmacêuticas e siderúrgica. São equipamentos
usualmente projetados e fabricados por encomenda (“taylor-made”), específicamente para o
atendimento de condições de processo (pressão e temperatura) e com os materiais construtivos
selecionados e qualificados para operar com fluidos muitas vezes agressivos (corrosividade,
contaminantes).
Os vasos de pressão são usualmente empregados em três condições distintas.
Inúmeros processos de
transformação em líquidos e
gases precisam ser efetuados
sob pressão.
A construção de um vaso de pressão envolve uma serie de cuidados especiais relacionados a seu
projeto, fabricação, montagem e testes. O objetivo de um projeto e fabricação adequada é assegurar
que tais equipamentos possam exercer suas funções, sem risco considerável, submetidos aos
carregamentos, temperaturas e pressões previstas. Isto porque os vasos de pressão representam:
✓ Grande risco - Normalmente opera com grandes pressões e temperaturas elevadas.
✓ Alto investimento - É um equipamento de custo unitário elevado.
✓ Papel importante na continuidade operacional do processo.
✓ Caldeiras; ✓ Fornos.
✓ Reator nuclear
2 – DESCRIÇÃO
A Tabela 3 apresenta os tipos de tampos mais comuns para utilização em vasos de pressão.
Tabela 3 – Geometrias de Tampos para Vasos de Pressão
Geometria 𝑳 𝒓 𝒉
Como existe uma boa concordância de forma entre a geometria de um tampo torisférico falso elipse
e um tampo semielíptico 2:1, o parágrafo UG-32 c) do código ASME Seção VIII – Divisão 1 permite
que o tampo torisférico falso elipse seja dimensionado por meio da equação de cálculo de tampo
semi-elíptico 2:1.
1
Tampo torisférico denominado como “falso elipse”.
Os tampos cônicos possuem resistência mecânica inferior ao costado cilíndrico, o que exige maiores
espessuras. Para cones com semiângulos superiores a 30o é exigida uma análise de tensões para o
dimensionamento, não sendo mais válidas as equações de cálculo do código ASME e outros.
Para tampos cônicos ou transições tronco-cônicas, tem-se uma severa transição de forma, motivo
pelo qual o Código de projeto exige a verificação de necessidade de reforço para compensar as
severas tensões geradas pela descontinuidade de forma. Estes reforços deverão ser localizados
próximos da transição de forma, de maneira a garantir a sua efetividade.
A utilização de uma transição tórica entre o tampo cônico e o costado cilíndrico permite uma melhor
acomodação das tensões existentes nas mudanças geométricas e confere uma resistência maior a
transição entre os componentes.
Figura 12 – Reprodução da Figura UG-36 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Large Head Openings –
Reverse-Curve and Conical Shell-Reducer Sections)
Vaso Horizontal
Os vasos de pressão possuem aberturas (bocais) utilizados para diversas finalidades, tais como:
✓ Ligação com tubulações de entrada e saída de produto.
✓ Instalação de válvulas de segurança.
✓ Instalação de instrumentos, drenos e respiros.
Podem ainda existir aberturas feitas para permitir a ligação entre o corpo do vaso e outras partes do
mesmo vaso; por exemplo, ligação a potes de drenagem (sumps).
Para minimizar o efeito local da perda de material é comum a utilização de reforços junto a abertura.
Os reforços usualmente utilizados são:
✓ Anel de chapa soldado ao redor da abertura;
✓ Utilização de maior espessura na parede do vaso;
✓ Peças forjadas integrais;
✓ Pescoço tubular com maior espessura.
Reforço de uso mais comum e permitido para qualquer diâmetro de abertura. Deve ter limitada a
aplicação para componentes com espessuras elevadas (≥ 50 mm) devido ao volume de solda
exigido. Também possui limitações para serviços cíclicos e operação em baixas temperaturas, ou
para serviços que possam gerar hidrogênio que poderiam se acumular em descontinuidades de
soldagem. A inspeção da solda de ligação do componente, pescoço e anel de reforço usualmente
indica a presença de descontinuidades (falta de fusão e/o falta de penetração), principalmente para
equipamentos mais antigos.
Reforço permitido para qualquer diâmetro e que pode ser usado nos casos em que o anel de chapa
não é permitido ou não é recomendado. Pode ser uma boa solução de manutenção quando se
exige alívio térmico de tensões residuais com a pré-fabricação do conjunto reforço / pescoço do
bocal. Exige uma maior abertura no costado para a instalação da chapa de reforço.
Permitido para qualquer diâmetro, sem limitações, sendo, entretanto sempre de custo elevado. É
uma solução que agrega a qualidade do forjado e é normalmente a opção para equipamentos
operando em baixas temperaturas ou com condições operacionais mais críticas.
Reforço permitido, sem limitações, para diâmetros nominais até 10”, inclusive, devendo o pescoço
tubular ser de tubo sem costura ou, preferencialmente, de tubo forjado.
A Figura UW-16.1 do código ASME Seção VIII Divisão 1 apresenta vários tipos usuais deste reforço.
Figura 19 – Reprodução da Figura UW-16.1 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Some Acceptable Types
of Welded Nozzles and Other Connections to Shells Heads, etc.)
Figura 19 – Reprodução da Figura UW-16.1 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Some Acceptable Types
of Welded Nozzles and Other Connections to Shells Heads, etc.) - continuação
Figura 19 – Reprodução da Figura UW-16.1 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Some Acceptable Types
of Welded Nozzles and Other Connections to Shells Heads, etc.) - continuação
A variedade de tipos e detalhes de peças internas em vasos de pressão e muito grande, dependendo
essencialmente do serviço para o qual o vaso se destina. Todas as peças internas que devam ser
desmontáveis (grades, bandejas, distribuidores, defletores, extratores de névoa, etc...) são
subdivididas em seções, de tal maneira que cada seção possa passar com facilidade através das
bocas de visita dos vasos. A Figuras 20 apresenta detalhes típicos de peças internas dos vasos de
pressão.
Bandeja
Grade
Distribuidor
Figura 20 – Peças Internas de Equipamentos
Os vasos de pressão podem ter diversos tipos de acessórios externos, dentre os quais podemos
citar como exemplo:
✓ Reforços de vácuo.
✓ Anéis de suporte de isolamento térmico externo.
✓ Chapas de ligação, orelhas ou cantoneiras para suportes de tubulação, plataformas, escadas ou
outras estruturas.
✓ Suportes para turcos de elevação de carga.
✓ Turcos para as tampas de bocas de visita e outros flanges cegos.
2.6 - SUPORTES
Existem vários tipos de estruturas de suporte, tanto para vasos verticais como para vasos horizontais.
Os vasos verticais com maiores dimensões (torres e reatores) são usualmente sustentados por uma
“saia” de chapa (cilindro). Os vasos verticais de pequenas dimensões podem ser sustentados por
sapatas ou colunas. A Figura 24 define regiões onde se recomenda a utilização de saias de
suportação ou colunas.
É comum como critério de projeto que a saia de suporte tenha um trecho com 1000 mm de
comprimento, a partir da ligação com o vaso, com o mesmo material do casco nos seguintes casos:
✓ Temperatura de projeto abaixo de 15 oC (possibilidade de fratura frágil).
✓ Temperatura de projeto acima de 340 oC (fluência do material).
✓ Serviços com Hidrogênio (fragilização).
✓ Vasos de aços-liga, aços inoxidáveis e materiais não ferrosos (solda dissimilar).
As esferas para armazenagem de gases também são sustentadas por colunas, soldadas ao casco
aproximadamente na linha do equador da esfera. Para estes equipamentos, além das colunas são
utilizados tirantes que auxiliam em manter a estabilidade de suportação.
A maioria dos vasos horizontais é suportada em dois berços (selas), sendo que para permitir a dilata-
ção do vaso, em um dos berços os furos para os chumbadores são ovalados. São comuns os vasos
horizontais superpostos, principalmente em permutadores de calor. Não é usual a utilização de mais
do que 2 (dois) suportes para a sustentação de vasos horizontais, evitando a formação de uma viga
hiperestática e submetendo o equipamento à tensões elevadas no caso de ocorrência de um
recalque diferencial entre os pontos de suportação.
2.7 - FLANGES
Existem vários tipos de flanges que são empregados para bocais e outras ligações flangeadas:
Flanges de Pescoço (welding neck)
✓ Flange com a maior resistência mecânica e melhor distribuição de tensões;
✓ Conectado ao pescoço / tubulação por meio de solda de topo com facilidade de soldagem e
inspeção;
✓ Devido ao custo elevado por ser uma peça única forjada e usinada, apresenta uso restrito para
diâmetros até 14 polegadas e serviços especiais.
✓ Tipo de flange aplicado para serviço com hidrogênio, seviço letal, serviços sujeitos a corrosão
sob tensão, serviços em baixas temperaturas, serviços com sobrespessura de corrosão superior
a 3 mm.
25Cr-7Ni-3.5Mo-W- A 995
---------- Gr.CD3MWCuN ----------
Cb
25Cr-7.5Ni-3.5Mo-
A 182 Gr.F55 ---------- A 240 Gr.S32760
N-Cu-W
23Cr-12Ni ---------- ---------- A 240 Gr.309S
2.9 2-2.9
25Cr-12Ni ---------- ---------- A 240 Gr.310S
25Cr-12Ni ---------- A 351 Gr.CH8 ----------
2.10 2-2.10
25Cr-12Ni ---------- A 351 Gr.CH20 ----------
2.11 18Cr-10Ni-Cb 2-2.11 ---------- A 351 Gr.CF8C ----------
2.12 25Cr-20Ni 2-2.12 ---------- A 351 Gr.CK20 ----------
Tabela 7 – Baseada na Tabela 2-1.1 do ASME B16.5 (Pressure-Temperature Ratings for Group 1.1
Materials)
Class
NOTAS:
(1) Sob prolongada exposição a temperaturas acima de 425oC, a fase de carbetos do aço pode ser
convertido em grafite. Permitido, mas não recomendado para uso prolongado acima de 425oC.
(2) Não deve ser utilizado acima de 455oC.
(3) Não deve ser utilizado acima de 260oC.
(4) Não deve ser utilizado acima de 370oC.
Espessura Mínima
Diâmetro do Cubo
do Flange Solto, tf
Diâmetro Nominal
Diâmetro Externo
Profundidade do
Raio do Flange
Solto e Tubo, r
do Tubo, NPS
Comprimento
Sobreposto /
Sobreposto /
do Flange, O
(chanfro), Ah
do Flange, tf
Roscado, T
Pescoço, Y
Soquete, B
Soquete, B
Soquete, D
Soquete, Y
Mínimo do
Roscado /
Pescoço /
Solto, B
Solto, Y
X
3 – CÓDIGOS DE PROJETO
3.1 - INTRODUÇÃO
Até a década de 60, os códigos eram baseados em critérios ditados pela experiência, com pouca
base teórica e em mecanismos de falha mais simples. Simplesmente era exigido que a espessura
do equipamento fosse capaz de suportar a tensão máxima atuante, e que o material fosse
suficientemente dúctil de forma a acomodar, sem riscos imediatos, tensões de pico e tensões
geradas em regiões de descontinuidades geométricas.
Ao longo dos anos foram desenvolvidos códigos de projeto que tem por filosofia a adoção de maiores
tensões admissíveis, associadas a uma rigorosa e criteriosa análise de tensões, aplicação de teoria
da plasticidade, conceitos de mecânica da fratura e da avaliação da vida útil à fadiga dos
equipamentos. A motivação para este desenvolvimento decorreu do seguinte:
1) O advento e difusão da tecnologia com a construção de reatores nucleares, que exigiam um
maior conhecimento de mecanismos de falha, análise e a classificação das tensões associadas
a equipamentos, considerando a elevada consequência de um vazamento do fluido;
2) Necessidade de redução do conservadorismo no projeto convencional de vasos de pressão e na
identificação de critérios deficientes para a definição do comportamento estrutural.
Como resultado da abordagem proposta foram identificados 2(dois) diferentes critérios de projeto:
• Projeto convencional (design by rules): que emprega soluções analíticas consagradas para o
dimensionamento de vasos com detalhes padronizados para a geometria dos componentes
(casco, tampo, bocais, ..). Esta é a filosofia de projeto do código ASME Seção VIII – Divisão 1,
por exemplo;
• Projeto alternativo (design by analysis): que inclui componentes com geometrias e/ou
carregamentos não convencionais, onde o dimensionamento depende de uma análise e
classificação das tensões atuantes e comparação com valores admissíveis. O ASME Seção VIII
– Divisão 2 incorporou este critério de projeto em sua primeira edição em 1968.
Os códigos de projeto são textos normativos desenvolvidos por associações técnicas ou sociedades
de normalização públicas ou particulares de diversos países. A filosofia do código é implementada
para a seleção dos materiais, definição dos testes de qualificação necessários, requisitos de
fabricação, detalhes de projeto, ensaios não-destrutivos e destrutivos certificando a fabricação do
equipamento e finalmente os ensaios e testes finais de aceitação do vaso de pressão ou da
tubulação.
As normas e códigos de projeto foram estabelecidos não só com a finalidade de padronizar e
simplificar o cálculo e projeto dos vasos de pressão, como principalmente garantir condições mínimas
de segurança para a sua operação. A experiência comprovou que a observância dessas normas
torna muito baixa a probabilidade de ocorrência de acidentes graves ao início da operação do
equipamento.
Por essa razão, embora muitas vezes não sejam de uso legal obrigatório, nem exima de qualquer
responsabilidade o projetista, são em geral exigidas como requisito mínimo de segurança por quase
todos os projetistas e usuários de vasos de pressão.
Nenhuma norma de projeto destina-se a substituir ou a diminuir a responsabilidade do projetista.
Caberá a ele a aplicação criteriosa do Código e sua será a responsabilidade integral.
Ressalta-se que as normas são documentos dinâmicos, submetidos rotineiramente a revisões e
atualizações, acréscimos e até possíveis correções. Por este motivo, o projetista deve estar atento à
última edição da norma e das variações que ela sofreu. Qualquer norma é um conjunto coerente, ou
seja, suas exigências são todas Inter relacionadas e mutuamente interdependentes. Este ponto é
extremamente importante:
Arbeitsgemeinschaft
Germany AD Merblatter
Druckbehalter
Este é o código tradicionalmente utilizado no Brasil, sendo responsável por ditar os requisitos
necessários para materiais, projeto, fabricação, montagem e testes da maioria dos vasos de pressão,
permutadores e caldeiras utilizadas na indústria do petróleo. Possui diversas seções, abaixo citadas.
Tabela 10 – Seções do Código ASME
Seção Conteúdo
I Caldeiras (Rules for Construction of Power Boilers)
Part A — Ferrous Material Specifications
Part B — Nonferrous Material Specifications
Materiais
II Part C — Specifications for Welding Rods, Electrodes, and Filler Metals
(Materials)
Part D — Properties (Customary)
Part D — Properties (Metric)
Subsection NCA — General Requirements for Division 1 and Division 2
Subsection NB — Class 1 Components
Subsection NC — Class 2 Components
Instalações Division 1 Subsection ND — Class 3 Components
Nucleares Subsection NE — Class MC Components
(Rules for Subsection NF — Supports
III
Construction of
Nuclear Facility Subsection NG — Core Support Structures
Components) Division 2 Code for Concrete Containments
Containments Systems for Transportation and Storage of
Division 3
Spent Nuclear Fuel and High Level Radioactive Material
Division 5 High Temperature Reactors
IV Caldeiras para aquecimento (Rules for Construction of Heating Boilers)
V Ensaios não destrutivos (Nondestructive Examination)
Instalação e recomendações para operação de caldeiras para aquecimento
VI
(Recommended Rules for the Care and Operation of Heating Boilers)
Instalação e recomendações para operação de caldeiras (Recommended Guidelines for
VII
the Care of Power Boilers)
Division 1 Rules for Construction of Pressure Vessels
Vasos de Pressão
(Rules for Division 2 Alternative Rules
VIII
Construction of
Pressure Vessels) Division 3 Alternative Rules for Construction of High Pressure
Vessels
IX Qualificação de soldagem (Welding, Brazing and Fusing Qualifications)
X Vasos de pressão de plástico (Fiber-Reinforced Plastic Pressure Vessels)
Seção Conteúdo
Recomendações para XI.1 – Rules for In-Service Inspection of Nuclear Power
inspeção de instalações Plant Components;
nucleares (Rules for
XI
Inservice Inspection of
XI.2 – Requirements for Reliability and Integrity
Nuclear Power Plant
Management (RIM) Program for Nuclear Power Plants
Components)
Recomendações para fabricação e extensão de uso de tanques transportáveis (Rules for
XII
Construction and Continued Service of Transport Tanks)
BPV. Code Cases: Boilers and Pressure Vessels
NC. Code Cases: Nuclear Components
PCC-1 Guidelines for Pressure Boundary Bolted Flange Joint Assembly
Post
Construction PCC-2 Repair of Pressure Equipment and Piping
Codes
PCC-3 Inspection Plannimg Using Risk-Based Methods
PTB-1 ASME Section VIII – Division 2 (Criteria and Commentary)
Additional PVHO-1 Safety Standard for Pressure Vessels for Human Occupancy
PVHO-2 Safety Standard for Pressure Vessels for Human Occupancy In-Service
Guidelines
ANDE-1 ASME Nondestructive Examination and Quality Control Central
Qualification and Certification Program
É o projeto convencional dos vasos de pressão. A filosofia de projeto da Divisão 1 está bem explícita
no parágrafo UG-23 (c), do código, onde se lê:
“A espessura de parede de um vaso de pressão dimensionado de acordo
com as regras estabelecidas nesta divisão deve ser tal que a tensão máxima
primária geral de membrana, resultante dos carregamentos a que esteja
sujeito o equipamento durante sua operação normal, não exceda os limites
de tensão admissível do material do vaso e que, excetuando-se alguns casos
especiais os carregamentos a que esteja sujeito o vaso, não provoquem uma
tensão primária de membrana mais flexão superior a 1 ½ da tensão máxima
admissível do material do vaso”.
Dessa forma, as tensões circunferenciais atuantes em um costado cilíndrico pressurizado são
classificadas como tensões máximas de membrana (constante ao longo da espessura), primárias
(tensão gerada para o equilíbrio ao carregamento) e generalizadas (igual em qualquer ponto do
costado, afastado de descontinuidades geométricas). Esta tensão é comparada com o valor
admissível do material para o dimensionamento, permitindo a definição da espessura mínima
requerida.
É sabido que podem ocorrer elevadas tensões nas descontinuidades nos vasos de pressão, mas as
regras de projeto e de fabricação desta divisão foram estabelecidas de modo a limitar, tais tensões,
a um nível seguro consistente com a experiência adquirida. Embora seja dito que os vasos de
pressão devam resistir a todos os esforços solicitantes (pressão interna ou externa, pesos,
sobrecargas, reações de apoio, ação de vento, impactos, esforços de dilatação, etc,...), o código só
fornece fórmulas para o cálculo em função da pressão interna ou externa, ficando o cálculo para os
demais esforços inteiramente a critério do projetista.
Part UG: General Requirements for All Methods of Construction and All Materials:
Scope / Materials / Design / Openings and Reinforcements / Braced and Stayed Surfaces /
Ligaments / Fabrication / Inspection and Tests / Marking and Reports / Overpressure Protection
Part UCS: Requirements for Pressure Vessels Constructed of Carbon and Low Alloy Steels
Part UHA: Requirements for Pressure Vessels Constructed of High Alloy Steel
Part UCL: Requirements for Welded Pressure Vessels Constructed of Material With Corrosion
Resistant Integral Cladding, Weld Metal Overlay Cladding or With Applied Linings
Part UCD: Requirements for Pressure Vessels Constructed of Cast Ductile Iron
Part UHT: Requirements for Pressure Vessels Constructed of Ferritic Steels With Tensile
Properties Enhanced by Heat Treatment
Part ULT: Alternative Rules for Pressure Vessels Constructed Having Higher Allowable Stresses
at Low Temperature
Figura 35 – Subseções do ASME Seção VIII – Divisão 1 (s/ as partes UHX e UIG da Subseção C)
Tabela 12 – Apêndices Obrigatórios do Código ASME Seção VIII – Divisão 1
3: Definitions
4: Rounded Indications Charts Acceptance Standard for Radiographically Determined Rounded
Indications in Welds
5: Flexible Shell Element Expansion Joint
34: Requirements for Use of High Silicon Stainless Steels for Pressure Vessels
35: Rules for Mass-Production of Pressure Vessels
36: Standard Test Method for Determining the Flexural Strength of Certificated Material Using
Three-Point Loading
37: Standard Test Method for Determining the Tensile Strength of Certificated Impregnated
Graphite Materials
38: Standard Test Method for Compressive Strength of Impregnated Graphite
39: Testing the Coefficient of Permeability of Impregnated Graphite
40: Thermal Expansion Test Method for Graphite and Impregnated Graphite
C: Suggested Methods for Obtaining the Operating Temperature of Vessel Wall in Service
G: Suggested Good Practice Regarding Piping Reactions and Design of Supports and Attachments
L: Application of Rules for Joint Efficiency in Shells and Heads of Vessels with Welded Joints
P: Basis for Establishing Allowable Stress Values for UCI, UCD, and ULT Materials
R: Preheating
T: Temperature Protection
Y: Flat Face Flanges With Metal-to-Metal Contact Outside the Bolt Circle
FF: Guide for the Design and Operation of Quick-Actuating and Quick-Opening Closures
GG: Guidance for the Use of U.S. Customary and SI Units in the ASME Boiler and Pressure Vessel
Code
JJ: Flowcharts Illustrating Impact Testing Requirements and Exemptions From Impact Testing by
the Rules of UHA-51
Exemplo: Vaso projetado segundo critérios do código ASME Seção VIII – Divisão 1, Construção
soldada com material base em aço carbono. Seções a consultar: U - UG - UW – UCS.
Tabela 14 – Detalhamento de Partes e Subseções do Código ASME Seção VIII – Divisão 1
Part UG: General Requirements for All Part UW: Requirements for Pressure Vessels
Methods of Construction and All Materials Fabricated by Welding
Ligamentos Materiais
Procedimentos para tratamento térmico após
Tolerâncias de fabricação
soldagem
Requisitos para teste de impacto Operação em baixa temperatura
Teste hidrostático
Teste pneumático
“Proof test” para estabelecimento de pressões
máximas admissíveis
O código ASME - Seção VIII - Divisão 2 se baseia em um projeto alternativo de vasos de pressão.
Na Divisão 2 as regras são mais restritivas quanto ao tipo de material a ser utilizado, mas permite-
se a utilização de maiores valores de tensões admissíveis de projeto na faixa de temperaturas na
qual este valor é limitado pelo limite de resistência ou escoamento; procedimentos mais precisos de
cálculo são necessários; os procedimentos permissíveis de fabricação são especificamente
delineados e mais completos métodos de inspeção e teste são exigidos.
Tabela 15 – Divisão do Código ASME Seção VIII – Divisão 2
Annex 1-C – Guidance for the Use of U.S. Customary and SI Units in the ASME BPVC
Annex 2-I – Establishing Governing Code Editions and Cases for Pressure Vessels and Parts
Annex 4-B – Guide for the Design and Operation of Quick-Actuating (Quick-Opening) Closures
Annex 4-C – Basis for Establishing Allowable Loads for Tube-to-Tubesheet Joints
Annex 5-B – Histogram Development and Cycle Counting for Fatigue Analysis
Annex 5-C – Alternative Plasticity Adjustment Factors and Effective Alternating Stress for Elastic
Fatigue Analysis
Annex 5-E – Design Methods for Perforated Plates Based on Elastic Stress Analysis
Annex 7-A – Responsibilities and Duties for Inspection and Examination Activities
Annex 9-A – Best Practices for the Installation and Operation of Pressure Relief Devices
O código ASME - Seção VIII - Divisão 3 complementa as regras da Divisão 2, definindo critérios
adicionais para equipamentos de altas pressões de trabalho. Além de requisitos de material, são
previstos critérios para a utilização da mecânica da fratura no projeto. A Divisão 3 está dividida da
seguinte forma:
Tabela 17 – Divisão do Código ASME Seção VIII – Divisão 3
Article KG-5 – Additional General Requirements for Composite Reinforced Pressure Vessels
(CRPV)
Article KD-6 – Design Requirements for Closures, Integral Heads, Threaded Fasteners, and Seals
Article KD-7 – Design Requirements for Attachments, Supports, and External Heating and Cooling
Jackets
Article KD-9 – Special Design Requirements for Wire‐Wound Vessels and Wire‐Wound Frames
Article KD-13 – Additional Design Requirements for Composite Reinforced Pressure Vessels
(CRPV)
Article KF-6 – Additional Fabrication Requirements for Quenched and Tempered Steels
Article KF-9 – Special Fabrication Requirements for Wire‐Wound Vessels and Frames
Article KF-11 – Additional Fabrication Requirements for Welding Age‐Hardening Stainless Steels
Article KF-12 – Additional Fabrication Requirements for Composite Reinforced Pressure Vessels
Article KE-5 – Additional Examination Requirements for Composite Reinforced Pressure Vessels
Article KT-5 – Additional Testing Requirements for Composite Reinforced Pressure Vessels
(CRPV)
1: Nomenclature
8: Establishing Governing Code Editions and Cases for Pressure Vessels and Parts
B: Suggested Practice Regarding Extending Life Beyond the Cyclic Design Life
E: Construction Details
F: Approval of New Materials Under the ASME Boiler and Pressure Vessel Code
I: Guidance for the Use of U.S. Customary and SI Units in the ASME Boiler and Pressure Vessel
Code
J: Stress Concentration Factors for Cross-Bores in Closed-End Cylinders and Square Blocks
4 – TENSÕES ADMISSÍVEIS
Menor valor entre: 100% da tensão média que provoca uma velocidade de
ASME Seção deformação de 0,01% em 1000 h
Sr / 3,5 (@Tprojeto)
VIII – Divisão 12 67% da tensão média que provoca ruptura após 100000 h
(2/3)Sy (@Tprojeto) 80% da tensão mín. que provoca ruptura após 100000 h
2
Antes da edição de 1998, o código ASME Seção VIII – Divisão 1 utilizava um fator 4,0 ao lugar de 3,5, aplicado ao limite de resistência
do material para a definição das tensões admissíveis para cálculo.
3
Antes da edição de 2007, o código ASME Seção VIII – Divisão 2 utilizava um fator de 3,0 ao lugar de 2,4 aplicado ao limite de
resistência do material para a definição das tensões admissíveis. Na edição de 2017 foi estabelecido 2 Classes de equipamentos. O
fator 3,0 é aplicado para equipamentos Classe 1 (Projeto conforme Part 4) e o fator 2,4 é aplicado para equipamentos Classe 2 (Projeto
conforme Part 4 e/ou Part 5).
A Tabela 22 reproduz parcialmente informações definidas pelo código ASME Seção II Part D para
materiais utilizados para a fabricação de componentes de vasos de pressão.
Tabela 22 – Baseada na Tabela de Tensões Admissíveis do ASME Seção II – Parte D (exemplo)
TABLE 1A - Section I; Section III, Classes 2 and 3;* Section VIII, Division 1; and Section XII Maximum
Allowable Stress Values S for Ferrous Materials (*See Maximum Temperature Limits for Restrictions on
Class)
Designação Dimensão/
Num. Composição Forma Num. Tipo/ Classe/ P- Group
da Liga/ Espessura,
Linha Nominal Produto Espec. Grau Condição No. No.
Num. UNS in.
1 C-Si Plate SA-515 60 K02401 ... ... 1 1
2 C-Mn-Si Plate SA-516 60 K02100 ... ... 1 1
3 C-Si Wld. Pipe SA-671 CB60 K02401 ... ... 1 1
4 C-Mn-Si Wld. Pipe SA-671 CC60 K02100 ... ... 1 1
5 C-Mn-Si Wld. Pipe SA-671 CE60 K02402 ... ... 1 1
Num. Máxima Tensão Admissível, ksi, para a Temperatura de Metal, oF, Não Excedendo
Linha -20 a 100 150 200 250 300 400 500 600 650 700 750 800 850 900
1 17.1 17.1 17.1 … 17.1 17.1 17.1 16.4 15.8 15.3 13.0 10.8 8.7 5.9
2 17.1 17.1 17.1 … 17.1 17.1 17.1 16.4 15.8 15.3 13.0 10.8 8.7 5.9
3 17.1 … 17.1 … 17.1 17.1 17.1 16.4 15.8 15.3 … … … …
4 17.1 … 17.1 … 17.1 17.1 17.1 16.4 15.8 15.3 … … … …
5 17.1 … 17.1 … 17.1 17.1 17.1 16.4 15.8 15.3 … … … …
Num. Máxima Tensão Admissível, ksi, para a Temperatura de Metal, oF, Não Excedendo
Linha 950 1000 1050 1100 1150 1200 1250 1300 1350 1400 1450 1500 1550 1600
1 4.0 2.5 … … … … … … … … … … … …
2 4.0 2.5 … … … … … … … … … … … …
3 … … … … … … … … … … … … … …
4 … … … … … … … … … … … … … …
5 … … … … … … … … … … … … … …
O Group Number é associado ao P Number dos materiais. Os Group Numbers dividem os materiais do mesmo
P Number em grupos com o objetivo de qualificação do procedimento de soldagem quando o teste de impacto
é uma exigência do código de projeto.
A indústria no Brasil possui limitações de fornecimento de chapas para qualquer valor de espessura.
Devem ser adotadas, para as chapas de componentes do vaso, espessuras nominais (comerciais).
As Tabelas 23 a 25 apresentam os valores nominais de chapas finas e grossas. Em destaque, as
chapas mais usuais e com maior facilidade de fornecimento para utilização na construção de vasos
de pressão.
Tabela 23 – Padrões de Espessuras para Chapas Finas a Frio
18 1,20 9,60
16 1,50 12,00
14 2,00 16,00
13 2,25 18,00
12 2,65 21,20
11 3,00 24,00
10 3,35 26,30
9 3,75 30,00
8 4,25 34,00
7 4,50 36,00
3/16" 4,75 38,00
- 5,00 40,00
Para espessuras superiores a 50,0 mm devem ser adotados valores inteiros em milímetros.
As tolerâncias de fornecimento das chapas não precisam ser consideradas, desde que as chapas
estejam de acordo com os seguintes parágrafos do código ASME Seção VIII:
— UG-16 para vasos projetados pela Division 1;
— 4.1.3.2 para vasos projetados pela Division 2.
Para tampos abaulados e outras peças prensadas ou conformadas, deve ser previsto um adequado
acréscimo na espessura das chapas, para compensar a perda de espessura na prensagem ou na
conformação, de forma que a espessura final da peça acabada tenha no mínimo o valor calculado.
Nos vasos em que forem previstas diferentes espessuras de chapas para os diversos anéis, permite-
se ao projetista modificar para mais essas espessuras, com a finalidade de acertar as alturas dos
anéis, com as dimensões comerciais das chapas.
Deve sempre ser acrescentada uma adequada sobrespessura para corrosão exceto quando, para o
serviço e o material em questão, a corrosão for reconhecidamente inexistente ou desprezível, ou
quando houver um revestimento interno anticorrosivo adequado.
A sobrespessura para corrosão deve ser baseada na vida útil do equipamento, conforme a tabela a
seguir. Como regra geral, quando a taxa de corrosão prevista for superior a 0,3 mm/ano recomenda-
se que seja considerado o emprego de outros materiais mais resistentes a corrosão.
Deve ser adotada uma sobrespessura mínima para corrosão de 1,5 mm para componentes do vaso
de aço-carbono ou de aços de baixa liga, mesmo quando a taxa de corrosão estimada resultar em
um valor inferior.
Exceto quando especificado de outra forma, devem ser adotados os seguintes valores mínimos para
a sobrespessura para corrosão, para as partes construídas em aço carbono ou em aços de baixa
liga:
(a) Torres, vasos e permutadores em geral para serviços hidrocarbonetos: 3 mm;
(b) Potes de acumulação (botas) para os vasos acima: 6 mm;
(c) Vasos em geral para vapor e ar: 1,5 mm;
(d) Vasos de armazenamento de gases liquefeitos de petróleo: 1,5 mm
6 – DEFINIÇÕES
A pressão atuante num vaso pode ser definida em várias etapas ao longo do ciclo de operação do
equipamento, de tal forma que definimos uma série de conceitos para identificar cada etapa:
✓ Mínima e Máxima de operação;
✓ Projeto;
✓ Máxima de admissível;
✓ Abertura da válvula de segurança;
✓ Teste hidrostático.
A pressão máxima admissível por ser ainda definida para diversas condições diferentes da vida útil
e da condição operacional do equipamento:
✓ PMACQ – equipamento totalmente corroído (último dia de operação) e na temperatura de projeto;
✓ PMACF – equipamento totalmente corroído (último dia de operação) e na temperatura ambiente;
✓ PMANQ – equipamento novo (primeiro dia de operação) e na temperatura de projeto;
✓ PMANF – equipamento novo (primeiro dia de operação) e na temperatura ambiente.
As pressões máximas admissíveis são utilizadas também pelo código de projeto para a definição das
condições de teste hidrostático do equipamento na fábrica:
✓ PMACQ – utilizada para a determinação da pressão de teste hidrostático padrão;
✓ PMANF – utilizada para a determinação da pressão de teste hidrostático alternativo.
✓ PMACF e PMANQ – não são normalmente calculadas
As pressões de teste hidrostático definidas para o equipamento na fábrica são denominadas Padrão
e Alternativa. A pressão de teste hidrostático Padrão utiliza a pressão máxima admissível do
equipamento na condição corroída e quente e é validada até o último dia de operação. A pressão de
teste hidrostático Alternativa utiliza as pressões máximas admissíveis dos componentes principais
do equipamento na condição novo e frio e é validada para o primeiro dia de operação.
– PRESSÃO DE OPERAÇÃO:
É a pressão no topo de um vaso de pressão em posição normal, correspondente a uma determinada
temperatura de operação. A pressão é definida como medida no topo do vaso, devendo-se quando
for o caso, acrescentar a pressão equivalente à coluna hidrostática do líquido contido no vaso.
Devemos distinguir os valores normais de operação dos valores máximos. Os primeiros são valores
de regime normal, enquanto os outros são os valores máximos que podem ocorrer ao equipamento,
mesmo em condições transitórias.
Eventualmente, um vaso poderá estar sujeito a mais de uma condição de operação. Quando for este
o caso, todas as condições deverão ser consideradas, inclusive para dimensionamento do
equipamento à fadiga (ASME Seção VIII - Divisão 2).
Observação: A pressão e temperatura de operação são as suas “condições de
operação”, isto é, os pares de valores simultâneos de pressão e temperatura nos quais
o vaso deverá operar em condições normais. Quando num equipamento podemos
delimitar zonas com diferentes temperaturas de operação, podemos estabelecer
condições de projeto distintas para cada uma dessas zonas.
– PRESSÃO DE PROJETO:
É a pressão que será utilizada no dimensionamento do vaso, devendo ser considerada como atuando
no topo do equipamento. O Código ASME, Seção VIII, estabelece que a pressão de projeto deverá
ser determinada considerando-se a condição de pressão e temperatura mais severas que possam
ocorrer em serviço normal.
Observação: Quando aplicável, a altura estática do líquido armazenado deve ser
adicionada a pressão de projeto para dimensionar-se qualquer parte do vaso
submetida a esta coluna de líquido.
Denominam-se “Condições de Projeto” ao par pressão e temperatura que definiram o
dimensionamento do equipamento, bem como para seleção do material de construção.
De acordo com o parágrafo UG-21 do Código, a condição de projeto é a “pressão correspondente às
condições mais severas de pressão e temperatura coincidentes que possam ser previstas em serviço
normal”.
Poderá ocorrer que determinado equipamento possa vir a ser submetido às condições simultâneas
de pressão interna e externa, por exemplo, equipamentos submarinos. Ora, em condição tal que é
garantida a existência de simultaneidade nas pressões interna e externa, então o equipamento
poderá ser calculado pela pressão diferencial. Em condições normais, tal não ocorre e o
equipamento deverá ser projetado considerando-se separadamente cada condição.
Para vasos submetidos à pressão externa é usual considerar-se a condição de vácuo total, embora
isto não seja exigido pelo Código. Esta situação poderá prevenir a ocorrência de condensação de
produto em um ambiente confinado, provocando redução do volume específico com consequente
geração de vácuo parcial.
Situações anômalas a serem consideradas no projeto, se existentes:
✓ Despressurização súbita de gás a alta pressão, devida a falha de uma junta de vedação,
✓ Geração de vácuo, devida à interrupção da fonte quente em uma torre fracionadora, provocando
a condensação das frações gasosas;
✓ Condição de “explosão” dentro do vaso, provocada pela vaporização súbita de um líquido, ou
pela ruptura completa de um tubo em um trocador de calor, gerando uma onda de choque devida
à súbita expansão.
O código ASME Seção VIII - Divisão 1 aborda os requisitos para dispositivos de alívio de pressão,
em sua parte UG, parágrafos UG-125 a UG-136 e em seu Apêndice 11. Em um vaso de pressão
instalamos dispositivos de alívio de pressão para proteção contra condições anormais de operação
e contra o excesso de pressão provocado por fogo.
Para condições anormais de operação, o dispositivo de alívio de pressão, quando 1 (um) só
dispositivo é utilizado, deve ter sua pressão de ajuste não superior a pressão máxima admissível de
trabalho do equipamento, nem inferior a sua pressão de projeto.
– TEMPERATURA DE OPERAÇÃO:
– TEMPERATURA DE PROJETO:
O Código ASME permite a utilização dos seguintes tipos de juntas soldadas (Tabela UW-12).
Tabela 26 – Tipos de Juntas Soldadas
Juntas de topo com cordão Juntas de topo com cordão Juntas de topo com cordão
duplo simples e cobre junta simples
Tipo 4 Tipo 5 Tipo 6
Figura 37 – Reprodução da Figura UW-13.1 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Heads Attached to
Shells)
A categoria da junta define a localização no equipamento, não define o tipo de junta soldada. A partir
da categoria da junta, o código de projeto estabelece requisitos especiais quanto ao tipo de junta e
o grau de inspeção a que estarão sujeitas determinadas juntas num vaso de pressão. Estes requisitos
especiais serão estabelecidos em função do serviço, material e espessura do vaso. As categorias de
juntas definidas pelo código são as seguintes:
• Categoria A: Juntas longitudinais do costado e botas, transições de diâmetros, pescoço de
bocais. Todas as juntas do corpo da esfera. Soldas circunferenciais ligando tampos hemisféricos
ao costado;
• Categoria B: Juntas circunferenciais do costado e botas, transições de diâmetros, pescoço de
bocais. Soldas de ligação entre tampos, exceto o hemisférico, ao costado;
• Categoria C: Juntas conectando flanges, espelhos, tampos planos;
• Categoria D: Juntas de ligação de pescoço de bocais e botas ao costado.
A Figura 38 apresenta as categorias de juntas definidas acima.
Figura 38 – Reprodução da Figura UW-3 do ASME Seção Divisão 1 (Illustration of Welded Joint
Locations Typical of Categories A, B, C, and D)
O código ASME Seção VIII – Divisão 1, parágrafo UW-11, estabelece para juntas soldadas as
seguintes exigências para realização de exame radiográfico:
a) Radiografia Total (Conforme UW-51)
(1) Todas as juntas de topo do equipamento que contém substância letal (UW-11(a)).;
(2) Todas as juntas de topo em componentes pressurizados de vasos em que a espessura
nominal na região da junta exceda 1 ½ in, ou exceda os limites estabelecidos em UCS-57,
UNF-57, UHA-33, UCL-35 ou UCL-36;
(3) Todas as soldas de topo em costado e tampos em “unfired steam boilers” tendo pressão de
projeto superior a 50 psi ou não excedendo 50 psi, mas com espessura nominal na região
da junta excedendo o especificado em (2) acima;
(4) Todas as soldas de topo em bocais, botas, etc,..., com espessura nominal na região da junta
excedendo o especificado em (2) acima ou conectando em seções de vasos ou tampos que
exigem radiografia total conforme itens (1), (2) ou (3) acima;
(5) Todas as juntas de Categorias A & D em seções de vasos ou tampos onde a eficiência
utilizada no projeto é permitida por UW-12(a) (Radiografia Total), neste caso:
a. Soldas de Categorias A & B conectando seções de vasos ou tampos deverão ser do Tipo
(1) ou Tipo (2) da Tabela UW-12;
b. Soldas de Categorias B ou C que interceptam juntas de Categoria A em seções de vasos
ou tampos ou conectando seções ou tampos sem costura devem ser, no mínimo,
radiografadas por pontos de acordo com UW-52;
(6) Todas as soldas de topo unidas por eletro gás com passe único maior que 1 ½ in e todas as
soldas por eletro escória;
(7) Todas as soldas Categoria A em espelhos devem ser do Tipo 1 da Tabela UW-12;
(8) A inspeção radiográfica poderá ser substituída pela inspeção pelo ultrassom, conforme
parágrafo UW-53, para a solda de fechamento de vaso que não permite a interpretação da
inspeção radiográfica;
(9) Exceções do exame radiográfico para certas soldas em bocais e comunicação entre câmaras
como descrito em (2), (4) e (5) acima tem precedência aos requisitos radiográficos da
Subseção C.
b) Radiografia por Pontos (Conforme UW-52)
Exceto quando radiografia por pontos é requerida para juntas de Categoria B ou C por (a)(5)(b)
acima, juntas de topo dos Tipos (1) ou (2) da Tabela UW-12 que não requerem radiografia total,
conforme item (a) acima, podem ser examinadas por pontos. Se radiografia por pontos é especificada
para o vaso inteiro, ensaio radiográfico não é requerido para as juntas de Categorias B & C em bocais
ou botas que não excedam nem NPS 10 nem 1 1/8 in de espessura.
c) Sem Radiografia
Exceto como requerido em (a) acima, nenhuma radiografia é requerida para juntas de vasos
projetados apenas para pressão externa, ou quando o projeto da junta está de acordo com UW-12
(c).
Tabela 27 – Baseada na Tabela UCS-57 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Thickness above which full
radiographic examination of butt-welded joints is mandatory)
1 Gr. 1, 2, 3 1 ¼ (32)
5A Gr. 1, 2 0 (0)
5B Gr. 1 0 (0)
5C Gr. 1 0 (0)
A tabela UW-12 do ASME Seção VIII – Divisão 1 fornece a eficiência de junta “E” a ser utilizada nas
fórmulas de cálculo desta Divisão para juntas obtidas por soldagem. O valor de “E” depende apenas
do Tipo de junta e grau de inspeção empregado. O usuário/cliente deverá selecionar o Tipo de junta
e grau de inspeção conveniente, a menos que outras regras ditem esta seleção.
Tabela 28 – Baseada na Tabela UW-12 – Máximo Valor Admissível de Eficiência de Junta para Soldas
a Gás e Arco
Observação Importante:
O ASME Seção VIII Divisão 1, em sua Adenda 2011 item UW-51 (4), passou a permitir a utilização
de Inspeção por Ultrassom em lugar da Inspeção Radiográfica, em todas as soldas com
espessura de ½ in (12.7 mm) ou acima, seguindo o mesmo critério já permitido pelo ASME Seção
VIII Divisão 2 desde 2007 (a Inspeção por Ultrassom deve atender aos requisitos definidos no item
7.5.5 da Divisão 2, tanto para vasos Divisão 1 como Divisão 2). Em 2013 o ASME passou a permitir
a utilização do UT em todas as soldas com espessura de ¼ in (6 mm) ou acima.
As fórmulas existentes no código ASME Seção VIII – Divisão 1 para dimensionamento à pressão
interna de componentes pressurizados se baseiam na teoria de membrana. A notação abaixo é
utilizada:
𝑡 – Espessura requerida, calculada em função das condições de projeto.
𝑃 – Pressão de projeto ou pressão máxima admissível do componente;
𝑆 – Tensão admissível na temperatura de projeto e tensão atuante no componente;
𝑅 – Raio interno do componente;
𝑅𝑜 – Raio externo do componente;
𝐷 – Diâmetro interno do componente;
𝐷𝑜 – Diâmetro externo do componente;
𝐿 – Raio int. para o tampo hemisférico ou raio int. da região central para o tampo toroesférico;
𝐿𝑜 – Raio ext. para o tampo hemisférico ou raio ext. da região central para o tampo toro-esférico;
- Semi-ângulo interno da parte cônica, de um tampo cônico ou toro-cônico, em relação ao centro;
𝑟 – Raio interno da parte tórica;
ℎ – Semi-eixo menor do tampo elipsoidal ou sua profundidade medida a partir da linha de tangência;
𝐸 – Eficiência de junta (função do tipo de junta e do exame radiográfico)
𝑀 – Fator geométrico de tampos torisféricos
𝐾 – Fator geométrico de tampos semi-elípticos
Tabela 29 – Equações para Costado Cilíndrico (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição atual)
𝑷 𝟎, 𝟑𝟖𝟓𝑺𝑬 𝑷 𝟏, 𝟐𝟓𝑺𝑬
𝑃 𝑅𝑜 (𝑍1/2 − 1)
𝑡 = 𝑅 [𝑒𝑥𝑝 ( ) − 1] 𝑡 = 𝑅(𝑍1/2 − 1) =
Espessura mínima 𝑆𝐸 𝑍1/2
requerida −𝑃 𝑃
= 𝑅𝑜 [1 − 𝑒𝑥𝑝 ( )] 𝑍= +1
𝑆𝐸 𝑆𝐸
𝑅+𝑡 𝑆𝐸 (1 − 𝑏2 )
𝒕 > 𝑹/𝟐 𝑃 = 𝑆𝐸. 𝑙𝑛 ( ) 𝑃 = 𝑆𝐸 (𝑎2 − 1) =
Pressão máxima 𝑅 𝑏2
admissível 𝑅𝑜 𝑡 𝑡
= 𝑆𝐸. 𝑙𝑛 ( ) 𝑎= +1 𝑏= −1
𝑅𝑜 − 𝑡 𝑅 𝑅𝑜
𝑃 1 𝑃 1
𝑆= = 𝑃 𝑃 (1 + 𝑏 2 )
Tensões atuantes 𝐸 𝑙𝑛 (𝑅 + 𝑡 ) 𝐸 𝑙𝑛 ( 𝑅𝑜 ) 𝑆= =
𝑅 𝑅𝑜 − 𝑡 𝐸 (𝑎 2 − 1) 𝐸 (1 − 𝑏 2 )
Pressão Máxima Admissível 𝑀𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 [31,4 𝑘𝑔𝑓⁄𝑐𝑚2 (𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 );
(corroída e quente): 64,6 𝑘𝑔𝑓⁄𝑐𝑚2 (𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠)] = 31,4 𝑘𝑔𝑓⁄𝑐𝑚2
Tabela 30 – Equações para Casco e Tampo Hemisférico (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição atual)
Tabela 31 – Equações para Tampo Toroesférico (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição atual)
Tabela 32 – Baseada na Tabela 1-4.2 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Valores do Fator M)
L/r 1,0 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50
M 1,00 1,03 1,06 1,08 1,10 1,13 1,15 1,17 1,18 1,20 1,22
L/r 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
M 1,25 1,28 1,31 1,34 1,36 1,39 1,41 1,44 1,46 1,48 1,50
L/r 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 16 2/3
M 1,52 1,54 1,56 1,58 1,60 1,62 1,65 1,69 1,72 1,75 1,77
Tabela 33 – Equações para Tampo Semielíptico (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição atual)
Tabela 34 – Baseada na Tabela 1-4.1 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Valores do Fator K)
D/2h 3,0 2,9 2,8 2,7 2,6 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 2,0
K 1,83 1,73 1,64 1,55 1,46 1,37 1,29 1,21 1,14 1,07 1,00
D/2h 1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1,0
K 0,93 0,87 0,81 0,76 0,71 0,66 0,61 0,57 0,53 0,50
Tabela 35 – Dimensionamento de Tampo ou Seção Cônica (ASME Seção VIII – Divisão 1 – Edição
atual)
Espessura mínima 𝑃𝐷
𝑡=
requerida 2𝑐𝑜𝑠𝛼(𝑆𝐸 − 0,6𝑃)
𝑃(𝐷 + 1,2𝑡𝑐𝑜𝑠𝛼)
Tensões atuantes 𝑆=
2𝑡𝐸𝑐𝑜𝑠𝛼
Nomenclatura
𝐶 – Fator que depende do tipo de tampo, método de ligação, dimensões, etc,... Este fator, para
tampos soldados, inclui um fator igual a 0,667 o que efetivamente aumenta a tensão admissível, em
tais construções para 1,5𝑆.
𝐷 – dimensão maior de um tampo não circular, medida perpendicularmente à dimensão menor;
𝑑 – diâmetro ou menor dimensão para tampos não circulares;
ℎ𝐺 – braço do momento da junta, distância radial entre a linha de centro dos parafusos à linha de
reação da junta;
𝐸 – eficiência de junta;
𝐿 – perímetro medido ao longo da linha de centro dos parafusos de um flange não circular;
𝑚 – relação 𝑡𝑟 /𝑡𝑠 ;
𝑃 – pressão de projeto (na condição de operação: 𝑃 ≠ 0 e na de assentamento: 𝑃 = 0);
𝑆 – tensão máxima admissível;
𝑡 – espessura requerida para o tampo;
𝑡𝑟 – espessura requerida para o casco cilíndrico, sem costura;
𝑡𝑠 – espessura de fabricação do casco, excluída a sobrespessura de corrosão;
𝑊 – carga total dos parafusos;
𝑍 – fator para tampos não circulares.
Tabela 36 – Fórmulas de Cálculo de Espessura de Tampos Planos
𝑡 = 𝑑√𝑍𝐶𝑃⁄𝑆𝐸
Não circular, sem ligação aparafusada
𝑍 = 3,4 – 2,4. 𝑑/𝐷 𝑍 2,5
A figura UG-34 apresenta alguns tipos de tampos planos normalmente utilizados. Outras
abreviaturas, referenciadas na figura UG-34, estão definidas no parágrafo UG-34 e na figura UW-
13.2 do código.
Figura 39 – Reprodução da Figura UG-34 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Some Acceptable Types of
Unstayed Flat Heads and Covers)
Figura 40 – Reprodução da Figura UW-13.2 do ASME Seção VIII – Divisão 1 (Attachment of Pressure
Parts to Flat Plates to Form a Corner Joint)
Dados do Equipamento
𝐶 = 3,0 𝑚𝑚 𝑑 = 0,80
Num. Máxima Tensão Admissível, ksi, para a Temperatura de Metal, oF, Não Excedendo
Linha -20 a 100 150 200 250 300 400 500 600 650 700 750 800 850 900
2 17.1 17.1 17.1 … 17.1 17.1 17.1 16.4 15.8 15.3 13.0 10.8 8.7 5.9
1 1
1 𝐿 2 1 2.260,0 2
Condição não corroída: 𝑀 = ( ) [3 + ( ) ] = ( ) 𝑥 [3 + ( ) ] = 1,321
4 𝑟 4 432,5
1 1
1 𝐿 2 1 2.260,0 + 3,0 2
Condição corroída: 𝑀 = ( ) [3 + ( ) ] = ( ) 𝑥 [3 + ( ) ] = 1,319
4 𝑟 4 432,5 + 3,0
(8,0 + 0,625)
Pressão de cálculo: 𝑃 = 𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 + 𝑃 = 1,23 + 0,0981 𝑥 0,80 𝑥 = 1,30 𝑀𝑃𝑎
10,0
A pressão de ajuste da PSV poderá ser definida em qualquer valor entre a pressão de projeto e a
pressão máxima admissível corroída e quente do equipamento. Como valor limite, adequada para
toda a vida útil estimada do equipamento, a pressão máxima admissível corroída e quente é definida
como: menor valor entre [PMAcq(componentes)]refer. topo do equipamento
Pressão [MPa]
A pressão máxima admissível do equipamento, para a condição corroída e quente é 1,26 MPa, que
pode ser definida como a pressão máxima de ajuste da PSV.
(8,0 + 0,625)
Pressão de cálculo: 𝑃 = 𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 + 𝑃 = 1,26 + 0,0981 𝑥 0,80 𝑥 = 1,33 𝑀𝑃𝑎
10,0
𝑃𝐿𝑀 1,33 𝑥 (2.260,0 + 3,0) 𝑥 1,319
Espessura mínima requerida: 𝑡 = = = 26,1 𝑚𝑚
2𝑆𝐸 – 0,2𝑃 (2 𝑥 89,7 𝑥 0,85 – 0,2 𝑥 1,33)
A pressão de teste hidrostático a ser aplicada na fábrica, poderá ser o qualquer valor entre as
pressões de teste padrão e alternativa, determinadas de acordo com o código de projeto (ASME
Seção VIII – Divisão 1). A tensão atuante em cada componente durante o teste hidrostático não
poderá ultrapassar um valor limite equivalente a 90% da tensão de escoamento do material, na
temperatura ambiente.
9.8.1 – Pressão de Teste Hidrostático Padrão
PMAnf(componente) H Págua
Componente 1,3.PMAnf(componente) - Págua [MPa]
[MPa] [m] [MPa]
A pressão de teste hidrostático a ser aplicado na fábrica poderá corresponder ao valor máximo,
calculado entre a pressão de teste padrão e a alternativa. 𝑃𝑡ℎ = 2,42 𝑀𝑃𝑎. A tensão atuante em cada
componente durante o teste hidrostático não poderá ultrapassar um valor limite equivalente a 90%
da tensão de escoamento do material, na temperatura ambiente.
A pressão de 2,42 MPa = 24,7 kgf/cm2 pode ser aplicada durante o teste hidrostático do equipamento,
na fábrica.
A pressão de teste hidrostático deverá corresponder ao valor calculado da pressão de teste padrão.
𝑃𝑡ℎ = 2,15 𝑀𝑃𝑎. A tensão atuante em cada componente durante o teste hidrostático não poderá
ultrapassar um valor limite equivalente a 90% da tensão de escoamento do material, na temperatura
ambiente.
A pressão de 2,15 MPa = 21,9 kgf/cm2 pode ser aplicada durante o teste hidrostático do equipamento,
ao final de sua vida útil.
10 – TESTES DE PRESSÃO
10.1 – CONCEITOS
O teste de pressão em equipamentos novos é a última prova por que passam os vasos de pressão
antes que sejam entregues para o transporte (fábrica) ou a operação (montagem no campo). São
realizados para verificar a estanqueidade de todas as juntas soldadas e conexões do equipamento
e submete-lo a um nível de tensões superior ao que estará sujeito em condições normais, pela
primeira vez, promovendo alívio de tensões em descontinuidades geométricas (incompatibidade de
componentes).
De acordo com os códigos de projeto, o teste de pressão não elimina a necessidade do tratamento
térmico de alívio de tensões quando exigida a redução do nível de tensões residuais de soldagem.
Para equipamentos em serviço, quando necessário, o teste de pressão tem o objetivo de avaliar a
integridade do equipamento e reparos executados.
Pode-se realizar testes hidrostáticos, pneumáticos ou mistos, sendo os mais comuns os primeiros.
O teste pneumático ou o misto, só deverá ser realizados em casos excepcionais, devido ao grande
perigo que representa.
O teste de pressão foi estabelecido historicamente pelos códigos de projeto com o objetivo inicial de
avaliar a qualidade de fabricação e a capacidade dos materiais em resistir ao carregamento de
pressão.
Os materiais naquela época possuiam reduzidas tenacidade e ductilidade, o que representava a falha
do equipamento na presença de algum defeito mais severo de fabricação. Os materiais atualmente
empregados na fabricação de equipamentos já oferecem uma capacidade de absorver deformações
plásticas e resistir à propagação de defeitos de característica planar. Dessa forma, o teste
hidrostático de fábrica, realizado após finalizada a construção do equipamento, não pode ser
considerado como uma ferramenta para avaliar a qualidade do equipamento.
Os equipamentos recém fabricados, antes de submetidos ao teste de pressão, possuem tensões no
material oriundas de 2 fontes básicas: conformação mecânica do material (fabricação de tampos,
calandragem de cilindros,...) e tensões residuais de soldagem.
Com a aplicação da pressão alguns efeitos ocorrem no equipamento:
1. Alívio de tensões em regiões de concentração de tensões;
2. Alívio mecânico de tensões residuais (não relevante);
3. Alívio de tensões devido a incompatibilidade de deslocamentos e rotações em regiões de
descontinuidade geométrica (componentes com diferentes geometrias).
O maior efeito estrutural ocorre com o item 3, onde a plastificação do material é induzida com o
objetivo de compatibilizar o comportamento de componentes com diferentes geometrias (por
exemplo: costado e tampo).
Diferentemente de dutos, que são estruturas de geometria essencialmente regular, os vasos de
pressão possuem descontinuidades geométricas definidas pela interseção entre o costado cilíndrico
e os tampos ou a região de ligação de bocais aos componentes principais do equipamento.
Região B
Região A
L.T.
Durante os testes de pressão é importante que sejam atendidos requisitos mínimos e consideradas
medidas de segurança necessárias para o controle da situação e sejam evitados acidentes. Entre
essas medidas incluem-se as seguintes:
- Ocasião do Teste:
Para equipamentos sem TTAT (Tratamento Térmico de Alívio de Tensões) o teste só deve ser
realizado depois de decorrido um prazo de 48 horas após a execução da última soldagem em partes
pressurizadas e partes de sustentação do equipamento. Para equipamentos com TTAT o teste só
deve ser realizado quando o equipamento atingir a temperatura ambiente, não sendo permitido o
resfriamento forçado com água.
- Água (Teste Hidrostático):
As características do fluido de teste não devem provocar a deterioração do equipamento nem causar
incrustação ou acúmulo de sedimentos. Caso haja exigências no projeto relativas às características
de pureza da água, as mesmas devem ser controladas. O teor máximo de cloretos permitido na água
deve ser definido pelo projetista, porém nunca superior a 50 ppm para equipamento de aço inoxidável
austenítico ou com revestimento interno deste material.
- Temperatura do Teste:
A temperatura da água deve estar compatível com a temperatura de projeto, para equipamentos que
operam em baixas temperaturas. Para evitar risco de fratura frágil durante o teste, devem ser
respeitadas condições mínimas para a temperatura do metal do equipamento.
Conforme o código ASME Seção VIII – Divisão 1, parágrafo UG-99 (Standard Hydrostatic Test), item
h), a temperatura de metal do equipamento deverá ser 17 oC superior a temperatura mínima de
projeto, não precisando ultrapassar 48 oC. Esta recomendação é similar a definida pelo ASME
PCC-2. Critério alternativo, descrito abaixo, é usualmente utilizado para equipamentos em operação.
a) Equipamentos com espessura de parede maior ou igual a 50,8 mm (2”):
- A temperatura do metal deve ser mantida a, pelo menos, 17 oC acima da temperatura de
projeto mínima do metal ou, no mínimo, a 15oC, o que for maior;
b) Equipamentos com espessura de parede menor que 50,8 mm (2”):
- A temperatura do metal deve ser mantida a, pelo menos, 6 oC acima da temperatura de
projeto mínima do metal ou, no mínimo, a 15 oC, o que for maior.
Nota 1: A temperatura de teste deve ser igual ou superior aos valores estabelecidos, a menos que
existam informações sobre características frágeis do material do equipamento, indicando que uma
temperatura de teste diferente da recomendada seja aplicável.
Nota 2: Caso a temperatura da água esteja próxima ao limite mínimo, deve ser instalados
termômetros na região inferior do equipamento.
Nota 3: Para materiais diferentes de aço-carbono e aço liga, a temperatura da água de teste deve
ser estabelecida no projeto do equipamento em função de suas propriedades.
Grupo de
Recomendação de Isolamento de Área
Risco
1 Equipamentos isolado em um raio mínimo de 4 m durante o teste de pressão
2 Equipamentos isolado em um raio mínimo de 1 m durante o teste de pressão
3 Equipamento que não requer isolamento durante o teste hidrostático
Exemplo:
Equipamento com volume útil de 8 m3 e pressão de teste de 40 bar ➔ Classificado
como Grupo de Risco 2. Para estas condições, o raio mínimo de isolamento é de
1,0 m.
Grupo de Risco 1
a) Elevar a pressão até 50 % da Pressão de Teste Hidrostático (PT) e executar a inspeção inicial
do equipamento (Taxa de pressurização máx. 20%PT / min);
b) Elevar a pressão até 80 % da Pressão de Teste Hidrostático (P T) e permanecer nesta pressão
durante, no mínimo, 5 min para estabilização (Taxa de pressurização máx. 10%PT / min);
c) Elevar a pressão até 100% da Pressão de Teste Hidrostático (P T) e permanecer na pressão de
teste hidrostático durante 30 min, no mínimo (Taxa de pressurização máx. 5%PT / min);
d) Reduzir a pressão até 77 % da PT e executar a inspeção final (Taxa de despressurização máx.
20%PT / min);
e) Reduzir gradativamente a pressão até atingir a pressão atmosférica e abrir os bocais superiores
para evitar vácuo no esvaziamento (Taxa de despressurização máx. 20%PT / min).
Para equipamentos novos, os valores de pressão de teste devem ser determinados pelo projeto
mecânico do equipamento em atendimento aos critérios do código de projeto.
Para equipamentos em serviço, a pressão de teste deve ser definida pelo Profissional Habilitado,
responsável pelo acompanhamento da integridade. Os fatores abaixo relacionados devem ser
considerados para esta definição:
1. Código e norma de projeto de fabricação;
2. Código de inspeção em serviços aplicáveis;
3. Relação entre as condições de projeto e condições de operação;
4. Potencial de risco e localização do vaso na unidade industrial;
5. Histórico de resultados das inspeções de segurança internas e externas anteriores;
6. Histórico de resultados de testes de pressão anteriores;
7. Possibilidade da existência de defeitos subcríticos;
8. Avaliação da PMTA na condição atual do equipamento.
A pressão de teste alternativo, atuando no topo do vaso, será calculada da seguinte forma:
- Determina-se a PMA para cada parte constituinte do equipamento, na condição não corroída e na
temperatura do teste (PMAnf. para cada componente) ; multiplicamos cada um desses valores por
1,3 ou 1,5, a depender da edição do código; desconta-se a altura hidrostática atuando em cada parte,
em relação ao topo do equipamento, adota-se o menor valor calculado.
𝑃𝑡𝑎 = 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 [𝐹𝑡ℎ . 𝑃𝑀𝐴𝑛𝑓(𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒) − 𝑃á𝑔𝑢𝑎 ]
A aplicação de teste pneumático deve ser avaliada com cuidado em função do potencial de
consequência, e caso de falha durante a pressurização. Esta observação é válida para vasos novos
ou em serviço. Para equipamentos em serviço, cabe ao Profissional Habilitado avaliar as condições
de risco e aprovar ou não a alternativa de aplicação do teste com fluido compressível. No caso de
aplicação, o teste deve ser supervisionado por Profissional Habilitado. É um teste de grande
periculosidade e substituirá o teste hidrostático quando:
✓ O vaso ou seus suportes não forem dimensionados para suportar o peso do teste hidrostático.
✓ Qualquer traço d’água ou do fluído utilizado no teste prejudicar o processo.
O documento ASME PCC-2 apresenta equação para a estimativa da Energia Armazenada durante
o Teste Pneumático.
(𝑘−1)
1 𝑃𝑎 [ 𝑘
]
𝐸=[ ] 𝑃𝑎𝑡 𝑉 [1 − ( ) ]
𝑘−1 𝑃𝑎𝑡
Para equipamentos novos, os valores de pressão de teste devem ser determinados pelo projeto
mecânico do equipamento em atendimento aos critérios do código de projeto.
Para equipamentos em serviço, a pressão de teste deve ser definida pelo Profissional Habilitado,
responsável pelo acompanhamento da integridade. Os fatores abaixo relacionados devem ser
considerados para esta definição:
a) Código e norma de projeto de fabricação;
b) Código de inspeção em serviços aplicáveis;
c) Relação entre as condições de projeto e condições de operação;
d) Potencial de risco e localização do vaso na unidade industrial;
e) Histórico de resultados das inspeções de segurança internas e externas anteriores;
f) Histórico de resultados de testes de pressão anteriores;
g) Possibilidade da existência de defeitos subcríticos;
h) Avaliação da PMTA na condição atual do equipamento.
A pressão do teste pneumático será no mínimo:
𝑃𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 = 𝐹𝑡𝑝 . 𝑃𝑀𝐴𝑐𝑞 . (𝑆𝑓 / 𝑆𝑞 )
𝐹𝑡𝑝 = 1,25 para vasos projetados anteriormente à edição de 1998;
𝐹𝑡𝑝 = 1,10 para vasos projetados posteriormente à edição de 1998 do ASME Divisão 1.
NOTA: Para vasos projetados pelo ASME Seção VIII – Divisão 2, 𝐹𝑡𝑝 = 1,25 para vasos projetados
antes de 2007 (após 2007 o valor passou para 1,15).
– 1º PROCEDIMENTO
A descrição do ciclo de pressurização para o teste é apresentado esquematicamente na Figura 45 e
detalhado abaixo.
1º Procedimento
a) Elevar a pressão até 102 kPa (1,02 kgf/cm2) ou 10 % da Pressão de Teste (PTP), o que for
menor e executar a inspeção inicial do equipamento (Taxa de pressurização máx. 20%PTP /
min);
b) Elevar a pressão até 100% da Pressão de Teste (P TP) e permanecer na pressão durante 30
min, no mínimo (Taxa de pressurização máx. 20%PTP / min);
c) Reduzir a pressão até 80 % da PTP e executar a inspeção final (Taxa de despressurização máx.
20%PTP / min);
d) Reduzir gradativamente a pressão até atingir a pressão atmosférica e abrir os bocais superiores
para evitar vácuo no esvaziamento (Taxa de despressurização máx. 20%PTP / min).