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ANÁLISE RETROSPECTIVA DE INFLAMAÇÕES CERVICOVAGINAIS CAUSADAS

POR AGENTES MICROBIOLÓGICOS NO SUL DO BRASIL

Angelo Viana Weber


Acadêmico do curso de Biomedicina e do curso Técnico em Citopatologia – CNEC/IESA.
Email: angelo.vw15@hotmail.com

Luana Taís Hartmann Backes


Biomédica. Mestre em envelhecimento Humano – UPF. Professora do curso de Biomedicina e do curso Técnico
em Citopatologia – CNEC/IESA. Email: luana.backes@hotmail.com

RESUMO
Inflamação é um conjunto de fenômenos reacionais frente a agressões biológicas, químicas ou físicas,
desempenhando função de defesa do organismo. O sistema genital feminino possui alta susceptibilidade à
inflamações devido à atividade sexual, fase do ciclo menstrual, imunidade, fator socioeconômico, idade e
localização anatômica. Fatores responsáveis pela maioria dos atendimentos ginecológicos, devido agentes
microbiológicos que possam causar danos. O estudo proposto tem como objetivo determinar a prevalência de
infecções cervicovaginais causadas por agentes microbiológicos na região sul do Brasil. A consulta às bases de
dados ocorreu entre julho e outubro de 2015. Foi analisado um total de 4.600 artigos, que passaram por
análise de título, resumo e ano, selecionando os que tiveram maior relação ao tema pesquisado. 72 artigos
foram selecionados, dos quais através de uma leitura na íntegra, restaram 28. Os demais artigos, totalizando
44, foram excluídos por não abordarem a temática pretendida. Com base nos estudos realizados a partir de
diagnósticos citopatológicos, constatou-se que no estado do Rio Grande do Sul a prevalência foi de Gardnerella
vaginalis, correspondendo a 26%. Constatou-se também a presença de demais agentes microbiológicos que
exercem grande importância no diagnóstico laboratorial, como Candida sp, Cocos e Bacilos, Trichomonas
vaginalis, Chlamydia trachomatis, HPV e Herpes vírus. A técnica de Papanicolaou, embora não tendo como
principal objetivo o diagnóstico de agentes microbiológicos, mostra-se ser uma técnica de boa
reprodutibilidade e especificidade, mas com pouca sensibilidade, sendo recomendado o diagnóstico por
técnicas microbiológicas especificas.

Palavras-chave: Vaginose bacteriana. Tricomoníase. Candidíase. Papanicolaou.

ABSTRACT
Inflammation is a set of reaction against biological attacks, chemical or physical phenomena, playing the body's
defense function. The female genital system has high susceptibility to these inflammations due sexual activity,
menstrual cycle phase, immunity, socioeconomic factor, age and anatomical location. Factors responsible for
most gynecological care, because microbiological agents that may constitute this environment and cause
damage. The proposed study aims to determine the prevalence of cervicovaginal infections caused by
microbiological agents in southern Brazil. The query to the database occurred between July and October 2015.
It was found a total of 4,600 articles, which passed by way of analysis, summary and year by selecting those
who had greater Topic searched. 72 articles were selected, of which through a reading in full, remaining 28.
The other articles, totaling 44, were excluded for not addressing the desired theme. Based on studies from
cytological diagnosis, it was found that the Rio Grande do Sul state had the highest index Gardnerella vaginalis,
corresponding to 26%. It was also the presence of other microbiological agents that have great importance in
laboratory diagnosis, such as Lactobacillus sp, Candida sp, Coconuts and Bacilli, Trichomonas vaginalis,

p. 28-40
REVISTA SAÚDE INTEGRADA, v. 9, n. 17 (2016) – ISSN 2447- 7079
http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/saude/index
Chlamydia trachomatis, Herpes and HPV virus. The Papanicolaou technique, although not its main objective the
diagnosis of microbiological agents, shown to be a technique of good reproducibility and specificity but low
sensitivity, for it is recommended diagnosis by specific microbiological techniques.

Keywords: Bacterial vaginosis. Trichomoniasis. Candidiasis. Papanicolaou.

INTRODUÇÃO

A inflamação é um conjunto de fenômenos reacionais frente a uma agressão


biológica, química ou física, na qual desempenha função de defesa do organismo. Estas
respostas defensivas são geralmente benéficas, agindo para limitar a sobrevivência e
proliferação dos patógenos invasores, promover a sobrevivência do tecido, reparo e
recuperação (LIMA et al., 2007).
A susceptibilidade do sistema genital feminino às inflamações deve-se a atividade
sexual, número de parceiros sexuais, fase do ciclo menstrual, imunidade, fator
socioeconômico, idade e a localização anatômica do trato genital feminino. Em mulheres
com idade reprodutiva, o epitélio escamoso altamente proliferativo serve como barreira
contra lesões. Em crianças e mulheres na pós-menopausa, o epitélio escamoso é usualmente
atrófico e essa condição facilita a instalação de reações inflamatórias. Estas anormalidades
inflamatórias do epitélio do colo uterino nascem de uma proteção do próprio organismo, e
são caracterizadas por reações vasculares, modificações estruturais do epitélio, presença do
agente causal, secreções e alterações morfológicas (CHIUCHETTA et al., 2002).
As infecções e inflamações vaginais correspondem uma das principais causas de
queixas em mulheres que procuram atendimentos ginecológicos (RIBEIRO et al., 2007). Este
fato deve-se ao complexo ecossistema em que a vagina e o colo do útero estão inseridos,
pois há numerosas espécies de bactérias, vírus, fungos e protozoários que possam vir a
constituir este ambiente, podendo ser comensais e durante o processo fisiológico normal do
amadurecimento da mulher, se modificam tornando-se patogênicos, desencadeando
processos inflamatórios e infecciosos (FREITAS et al., 2014).
O equilíbrio e defesa do ecossistema vaginal são mantidos por várias interações,
entre elas: a flora vaginal considerada normal, os produtos do metabolismo microbiano, o
estado hormonal e a resposta imune da mulher. Uma das principais defesas é através do
mecanismo fisiológico do trato genital feminino, caracterizada pela presença de lactobacilos
ou bacilos de Döderlein, que compõem um grupo heterogêneo de bactérias encontradas nas
secreções cérvico-vaginais e que, na sua maioria, correspondem aos Lactobacillus
acidophilus (OLIVEIRA, SOARES, 2007). A população lactobacilar na vagina cresce devido a
um aumento dos níveis de estrogênio que, consequentemente, fazem o glicogênio se
acumular nas células epiteliais pavimentosas, e posteriormente, os lactobacilos convertem
este glicogênio em ácido lático, tornando o pH da vagina ácido (3,8 a 4,5). O predomínio de
Lactobacillus spp. que são capazes de produzir peróxido de hidrogênio (H2O2) e ácido lático,
contribuem significativamente para a inibição do crescimento de vários microrganismos
nocivos à mucosa vaginal, porém, quando há um desiquilíbrio da microbiota vaginal, pode
ocorrer o predomínio de uma determinada flora em detrimento de outra, fazendo com que
essas mulheres passem a apresentar quadros de infecções por um ou mais agentes
microbiológicos (BONFANTI, GONÇALVES, 2010).
Para o diagnóstico citológico é empregado o método de Papanicolaou, na qual exerce
um papel importante no reconhecimento destas alterações inflamatórias e infecciosas do
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trato genital feminino, designadas pelo Sistema Bethesda para diagnósticos citológicos como
alterações celulares reativas. O método permite avaliar a intensidade da reação
inflamatória, acompanhar sua evolução e até mesmo determinar o agente causal (MARTINS
et al., 2007).
A detecção das inflamações e dos agentes causais são de extrema importância,
principalmente porque a taxa de mulheres infectadas por algum tipo de microrganismo é
freqüentemente elevada. Muitos autores relatam a prevalência de agentes microbiológicos
que mais causam inflamação em exames citopatológicos e dentre eles, os achados
sugestivos de Gardnerella vaginalis, Trichomonas vaginalis e Candida sp., são os mais
comuns (MUSIAL, 2009; LESSA, 2012; CARDONA, 2012).
A prevalência de Gardnerella vaginalis em casos de vaginoses bacterianas representa
até um quarto de todos os atendimentos ginecológicos. O diagnóstico desta infecção deve
atender pelo menos três dos quatro critérios de avaliação, sendo o pH vaginal maior que 4,5,
a presença de “clue cells” que representa as células-alvo no esfregaço vaginal; leucorréia
cinza ou branca e o teste KOH positivo. A vaginose bacteriana resulta de uma alteração da
microbiota vaginal, com o crescimento de bactérias anaeróbicas e redução da flora
lactobacilar normal (NAI et al., 2007).
O agente Trichomonas vaginalis é um protozoário de morfologia trofozoíta causador
da tricomoníase vaginal. Sua transmissão é via sexual ou por meio de fômites contaminados.
A presença deste agente na vagina está associada a um corrimento de aspecto cremoso,
ácido e de cor amarelada caracterizando uma leucorréia persistente (LEMOS, 2008). As
condições físico-químicas de pH, temperatura, tensão de oxigênio e força iônica, afetam o
aspecto de sobrevivência deste agente. O estabelecimento do T. vaginalis na vagina se inicia
com o aumento do pH, já que o pH normal da vagina é ácido (3,8 a 4,5) e o organismo cresce
em pH maior do que 5,0. Esta elevação é evidente, com redução concomitante de
Lactobacillus acidophilus e aumento na proporção de bactérias anaeróbias. O diagnóstico da
tricomoníase é baseado nos aspectos clínicos, no exame Papanicolaou e no método de
cultura como padrão-ouro. No exame Papanicolaou estarão presentes às alterações
citomorfológicas induzidas pelo agente, acompanhado de um esfregaço tipicamente rico em
leucócitos, além da presença de grande número de células epiteliais isoladas. O método de
cultura é baseado em 300 a 500 T. vaginalis/ml de inóculo para iniciar o crescimento e após
alguns dias realiza-se a análise e identificação do parasito para o diagnóstico final (MACIEL,
TASCA, CARLI, 2004).
A Candida sp é um fungo comensal de morfologia leveduriforme que coloniza pele e
mucosas do trato gastrointestinal e sistema reprodutor. A candidíase é uma infecção
oportunista e é a segunda causa mais comum das vaginites depois da vaginose bacteriana.
As suas manifestações clínicas estão associados a prurido genital e corrimento vaginal
esbranquiçado (PEREIRA et al., 2012). O diagnóstico é baseado na citologia e cultura. Na
citologia, poderão ser encontradas morfologias do tipo: leveduras, esporos, blastocinidios e
pseudo-hifas, as quais caracterizam Candida sp. Já na cultura, é realizada a identificação da
espécie através dos meios de cultura específicos para este patógeno além da visualização de
sua morfologia. A espécie mais comumente encontrada é C. albicans e ela desenvolve-se em
meios ácidos, ou seja, no trato vaginal da mulher, onde contém o pH favorável a este
agente. Para o tratamento desta patologia é indicado o uso de alguns antifúngicos a fim de
erradicar o microrganismo (CARNEIRO, 2006).

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Visto que os sintomas relacionados às infecções cervicovaginais causadas por agentes
microbiológicos possa representar o principal motivo de procura por atendimentos
ginecológicos, o estudo proposto tem como objetivo determinar a prevalência de infecções
cervicovaginais causadas por agentes microbiológicos cervicovaginais na região sul do país.

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo baseia-se em uma revisão bibliográfica conduzida em três etapas. Na


primeira etapa foram definidas as bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google Acadêmico para a identificação dos
artigos. A segunda etapa baseia-se na definição dos descritores inseridos na busca dos
artigos e dos critérios de inclusão. Os termos utilizados na busca foram delimitados a partir
das palavras-chave presentes em artigos adequados ao tema, lidos previamente de forma
não sistemática. O uso dos descritores utilizados em conjunto para a identificação dos
artigos foram os seguintes termos: Papanicolaou; Infecções cervico-vaginais; Vaginose
bacteriana; Tricomoníase; Candidíase A busca se restringiu a artigos publicados a nível
nacional e internacional entre janeiro de 2005 e agosto de 2015, fazendo referência a dados
encontrados na região Sul do Brasil, abrangendo os estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná. A consulta às bases de dados ocorreu entre julho e agosto de 2015.
Um total de 4.600 artigos foi identificado, estes passaram por uma análise de título,
resumo e ano, para então refinar aqueles que estavam mais relacionados ao tema
pesquisado. Após essa análise, foram separados 72 artigos, dos quais foi realizada uma
leitura na íntegra, sendo selecionados 44 artigos. Os demais artigos, totalizando 28, foram
excluídos por não abordarem a temática pretendida nesta revisão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base na análise de prevalência das infecções causadas por agentes


microbiológicos do colo uterino, e nos estudos realizados a partir de diagnósticos
citopatológicos de exames Papanicolaou, constatou-se que o estado do Rio Grande do Sul
teve o maior índice, predominando a infecção causada por Gardnerella vaginalis. No
presente estudo a Gardnerella vaginalis correspondeu a 26% dos achados laboratoriais (Fig.
1). Constatou-se também a presença de outros agentes microbiológicos que exercem grande
importância no diagnóstico laboratorial, como Lactobacillus sp, Candida sp, Cocos e Bacilos,
Trichomonas vaginalis, Chlamydia trachomatis, bem como a presença do vírus HPV e Herpes
vírus (Tab.1).

Tabela 1
Agentes microbiológicos causadores de infecções cervicovaginais encontrados na região Sul
do Brasil.

Autores Ano Localização Técnica Agente microbiológico


Gardnerella vaginalis (51%);
DALL’ALBA Santo Candida sp (15%);
& 2014 Expedito do Papanicolaou e Gardnerella vaginalis + Candida
JASKULSKI Sul – RS Bacterioscopia sp (3%);
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Outras (3%);
Normais (28%).
Lactobacillus sp. (44,4%);
Flora mista (24,6%);
SANTOS & 2014 Toledo - PR Papanicolaou Gardnerella vaginalis (11,9%);
ALMEIDA Cocos e bacilos (9%);
Candida sp. (27%)
Trichomonas vaginalis (0,3%).
Lactobacillus sp.(43,3%);
VARGAS et 2013 Porto Alegre Papanicolaou Gardnerella vaginalis (5,7%);
al. – RS Candida sp. (4,3%);
Trchomonas vaginalis (0,3%)
Gardnerella vaginalis (12%);
AMARAL 2012 Fraiburgo – Papanicolaou, Candida spp. (7%);
SC Swab Estéril e Trichomonas vaginalis (3%);
Bacterioscopia Normais (78%).
Gardnerella vaginalis (23,5%);
Inflamação (16,02%);
Candida sp. (2%);
Trichomonas vaginalis (1,8%);
CEOLIN 2011 Ijuí – RS Papanicolaou Chlamydia sp. (0,1%);
Herpes vírus (0,1%);
LSIL (0,3%).
Gardnerella vaginalis (38,2%);
Candida sp. (33,7%);
BONFANTI 2010 Santa Maria Papanicolaou Trichomonas vaginalis (5,9%);
& – RS Cocos e Bacilos (21,5%);
GONÇALVE Leptothrix vaginalis e
S Fuseobacterium sp. (0,5%).
COSTA Lactobacillus sp (60,1%);
BEBER et 2010 Pejuçara – Papanicolaou Cocos e Bacilos (24%);
al. RS Gardnerella vaginalis (11,7%).
Lactobacillus sp. (47,4%);
Cocos e Bacilos (32,2%);
Atrofia com Inflamação (8,5%);
DEWES 2010 Palmitos – Papanicolaou G. vaginalis+Mobiluncus sp.
SC (6,9%);
Candida sp. (2,2%);
Trichomonas vaginalis (2,2%);
Metaplasia escamosa (0,3%).
Gardnerella vaginalis (20,5%);
MIQUELÃO Candida spp. (4,1%);
et al. 2010 Londrina – Papanicolaou Trichomonas vaginalis (2,7%);
PR HPV (1,3%);
Normal (71,4%).
Gardnerella vaginalis (76%);
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COSER et 2009 Espumoso – Papanicolaou Candida spp. (17%);
al. RS Trichomonas vaginalis (7%).
Candida sp. (59,7%);
SANTOS 2009 Praia Papanicolaou Trichomonas vaginalis (23,1%);
Grande - SC Gardnerella vaginalis (13,4%);
Chlamydia sp. (4,8%).
Gardnerella vaginalis (7,6%);
Candida sp. (1,9%);
Leptothrix sp. (0,8%);
TERRES et 2009 Curitiba – Papanicolaou HPV (0,5%);
al. PR Trichomonas vaginalis (0,4%);
Chlamydia trachomatis (0,1%);
Herpes vírus (0,1%);
Outras alterações (88,6%).
Gardnerella vaginalis (90,7%);
KAEFER et 2009 Cruz Alta – Papanicolaou Trichomonas vaginalis (9,0%);
al. RS Chlamydia trachomatis (0,1%).
NASCIMEN Lactobacillus sp. (83,8%);
TO & 2008 Santo Papanicolaou Gardnerella vaginalis (11,2);
VARGA Ângelo - RS Candida spp. (4,7%);
Outros (0,3%).
Candida sp. (14,6%);
Trichomonas vaginalis (0,2%);
CARVALHO 2007 Londrina – Papanicolaou e Gardnerella vaginalis (30,7%);
et al. PR Bacterioscopia Mobiluncus spp. (1,8%);
Vaginose Bacteriana (15,1);
Normal (37,6%).
Candida sp. (18,4%);
Bacterioscopia Gardnerella vaginalis (13,9%);
MARTINS 2007 Paranavaí – e exame a Papilomavirus humano (1,4%);
et al. PR fresco Leptothrix sp. (1,1%);
Trichomonas vaginalis (0,5%);
Casos negativos - Normal
(64,7%).
Gardnerella vaginalis (17,1%);
Candida sp. (12,3%);
Papanicolaou, Trichomonas vaginalis (4,4%);
SANTOS et 2006 Porto Bacterioscopia Mobiluncus sp. (3,1%);
al. Alegre – e exame a G. vaginalis + Mobiluncus sp.
RS fresco (3,4%);
Candida sp. + G. vaginalis
(2,06%);
Candida sp. + T. vaginalis
(0,9%);
Normais (56,5%).

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Pedroso e colaboradores (2009) descrevem a vaginose bacteriana como um dos
problemas ginecológicos mais comuns, sendo o corrimento vaginal uma das razões mais
freqüentes pela qual a mulher observa-se ginecológico, esta infecção corresponde de 40% a
50% dos casos. Os achados correspondentes com diagnóstico de Gardnerella vaginalis neste
estudo (Fig. 1) vem de acordo com os dados da literatura. Entretanto, o número total de
pacientes analisados, é desconhecido nos artigos, justificando um baixo percentual, mas
mesmo assim a sua significância se mostra dentro dos valores esperados.
O suporte laboratorial mais utilizado para o diagnóstico de vaginose bacteriana por
Gardnerella vaginalis é o método de Gram. Contudo, a prevalência da técnica de
Papanicolaou seguido por bacterioscopia, permite ao citologista visualizar melhor as
características citológicas conhecidas por clue cells nos esfregaços cérvico-vaginais, que são
células escamosas recobertas por bactérias, dando um efeito de apagamento nas bordas
celulares. A bacterioscopia evidencia também, a diminuição de lactobacilos e
polimorfonucleares, com numerosos cocobacilos gram negativos ou gram variáveis. Além
disso, observa-se no esfregaço o predomínio de células escamosas maduras (STINGHEN,
2002; NETO, 2011).

Figura 1 - Prevalência de agentes microbiológicos causadores de inflamações


cervicovaginais.
Segundo a Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas
(2006), a presença de Lactobacillus sp, Cocos e Bacilos, representam a flora normal da
microbiota vaginal, sendo assim, não caracterizam infecções. Os outros achados como
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Candida sp, Trichomonas vaginalis e Chlamydia trachomatis são considerados potenciais
causadores de inflamação resultando em um desequilíbrio biológico da microbiota vaginal
(NETO, 2011).
O suporte laboratorial mais comumente empregado para o diagnóstico de Candida
sp. é a microscopia à fresco associado aos testes de Whiff, KOH à 10% e cultura vaginal. A
sua prevalência varia de 25% a 37% (SIMÕES, 2005). No entanto, a prevalência em teste de
Papanicolaou seguido por bacterioscopia, reproduziu resultados diferentes de acordo com
os dados citados na literatura, representando uma prevalência de 13,8% de achados
citológicos contendo Candida sp. O resultado encontrado deve-se ao método de
Papanicolaou, que é um método específico para a detecção de câncer de colo uterino,
porém, considerado de baixa sensibilidade para o diagnóstico de Candida sp. (STINGHEN,
2002).
O diagnóstico da Candida sp. deve ser feito através da medida do pH vaginal, teste de
Whiff, microscopia à fresco e o teste com hidróxido de potássio (KOH) à 10%. A sua
confirmação deve ser pelos meios de cultura vaginal específico, na qual a cultura determina
a espécie de cândida envolvida e permite a realização dos testes de susceptibilidade
(SIMÕES, 2005; ANDRIOLI et al., 2009).
Adad et al., (2001) estudaram a freqüência do parasito Trichomonas vaginalis
utilizando a técnica de Papanicolaou em 20.356 mulheres atendidas na Universidade Federal
do Triângulo Mineiro (UFTM) e observaram a prevalência de 3,4% do protozoário
Trichomonas vaginalis, resultados semelhantes com os dados obtidos através da análise
realizada na região Sul, que foi de 3,59%, similar aos dados de Miller et al. (2005) que
verificaram 2,3% dos achados de Trichomonas vaginalis. Já, Michel et al., (2006) em estudo
realizado na Vila dos Papeleiros em Porto Alegre – Rio Grande do Sul, verificou uma
prevalência de 20% de mulheres infectadas por Trichomonas vaginalis, utilizando dois
métodos, exame direto a fresco e cultura.
A infecção por Trichomonas vaginalis possui estimativas que variam devido a diversos
fatores como: as populações estudadas, diferenças ambientais e métodos de diagnósticos,
alguns com baixa sensibilidade, como o Papanicolaou, e outros com boa sensibilidade
quando trabalhadas em conjunto, como métodos diretos a fresco, cultura, aglutinação em
látex, métodos imunológicos (ELISA) e, mais recentemente, técnicas moleculares de Reação
em Cadeia da Polimerase (PCR) (MICHEL et al., 2006; RADONJIC et al., 2006).
O exame microscópico a fresco possui algumas vantagens como rapidez, facilidade de
execução, baixo custo e diagnóstico imediato com a identificação do parasito, quando
presente. Entretanto, possui baixa sensibilidade, variando entre 50 a 80% quando
comparado à cultura (SOPER, 2004). De acordo com Michel et al., (2006), o método de
cultura é o padrão-ouro para o diagnóstico por ser uma técnica simples de interpretar e que
necessita de um pequeno inóculo (300 a 500 Trichomonas/mL) para iniciar o crescimento.
O Papanicolaou é o método mais empregado no diagnóstico e utilizado em exames
ginecológicos para triagem de anormalidades citológicas, no entanto, os esfregaços
contendo o parasito costumam exibir sinais inflamatórios, como: halos perinucleares,
polimorfonucleares, núcleos aumentados, hiperceratose e pseudoeosinofilia (LEMOS, 2008).
A técnica de Papanicolaou não é considerada padrão-ouro para o diagnóstico de
Trichomonas vaginalis como relata Michel et al. (2006), mas devido ao seu baixo custo e por
ser de ampla utilização nos sistemas de saúde pública, acaba se tornando um dos métodos
mais simples para a detecção do parasito.
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A Chlamydia trachomatis é uma das mais frequentes doenças sexualmente
transmissíveis (DST) por ser um a infecção que pode cursar de forma assintomática no
homem, e principalmente, na mulher, causando problemas graves de saúde, até mesmo a
infertilidade. O agente microbiológico passa incólume ao exame clínico e, por consequência,
não leva as pessoas infectadas a buscar o atendimento. O diagnóstico deste agente é através
de testes laboratoriais, já que seus sinais clínicos são escassos. A identificação da Chlamydia
trachomatis no exame de Papanicolaou deve-se a competência do examinador, o qual
necessita estar bem preparado. No teste de Papanicolaou é aconselhável para um melhor
diagnóstico, a utilização conjunta do método de detecção do ácido nucleico pelo sistema de
captura, na qual apresenta vantagens de sensibilidade. Entretanto, vale a ressalva que o
diagnóstico correto da infecção por Chlamydia trachomatis é através dos exames de cultura
celular, imunofluorescência direta (DFA), ELISA e reação em cadeia da polimerase (PCR)
(MARQUES; MENEZES, 2005; MATOS et al., 2014).
Em diferentes estudos é empregado o método de Papanicolaou, sendo esta técnica
mais disseminada aos métodos microbiológicos para o diagnóstico dos mesmos. Isso se deve
ao fato de ser um método de menor custo e boa sensibilidade, sendo, portanto, importante
na prevenção do câncer cervical. Desta forma, por permitir a identificação de alguns agentes
infeciosos, o método pode ser útil na detecção de outras doenças causadas por estes
agentes, como por exemplo, a identificação de Gardnerella vaginalis, na qual esta técnica
apresenta alta sensibilidade e especificidade, porém, para a investigação de Trichomonas
vaginalis, Candida spp. e Chlamydia trachomatis, o método demonstra ser bastante
específico, mas pouco sensível (STINGHEN, 2002; RODIO et al., 2010).

CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou que o método de Papanicolaou foi o método de


escolha mais utilizado para o diagnóstico dos agentes microbiológicos causadores das
infecções e inflamações cervicovaginais. Esta técnica que tem por objetivo o diagnóstico de
processos pré-malignos e malignos do epitélio cérvico-vaginal, vem proporcionando uma
boa reprodutibilidade não somente nos resultados aqui encontrados, mas também na saúde
pública brasileira, por ser um método simples e de baixo custo. A técnica permite aos
citologistas a visualização de agentes microbiológicos, suas alterações inflamatórias, na qual
possam levar a diferentes estados mórbidos, ou até mesmo contribuir no desenvolvimento
de doenças malignas. Este método é empregado na maioria dos estudos por resultar boa
sensibilidade no diagnóstico de alguns agentes, como por exemplo, a Gardnerella vaginalis,
a qual foi mais prevalente neste estudo. Embora não seja o seu principal objetivo a detecção
destes agentes, ainda assim, mostra-se uma técnica de boa precisão nos resultados,
entretanto, sabe-se que para o diagnóstico correto destes agentes, devem ser baseados por
técnicas microbiológicas.
As infecções e inflamações por Gardnerella vaginalis, Trichomonas vaginalis, Candida
spp., Chlamydia trachomatis e entre outros, têm um grande impacto na saúde da mulher,
podendo evoluir para um quadro patológico, para isso, a melhor forma de reverter esta
situação é a partir da prevenção e controle dessas infecções, que na grande maioria das
vezes são tratáveis e curáveis. Desta maneira, torna-se importante e fundamental o papel
dos programas de saúde da mulher, na qual deverá realizar o acompanhamento destas

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pacientes, instigando-a a participar de projetos de educação em saúde, para a orientação e
condutas de promoção a saúde a serem executados.

REFERÊNCIAS
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Recebido em: 04/04/2016

Revisões requeridas em: 11/05/2016

Aceito em: 18/05/2016

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