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ESPADA

Um dos primeiros objetos feitos de ferro, a espada era empregada para perfurar ou golpear.
A espada perfurante desenvolvida como uma lâmina estreita e longa, se afinava na ponta
para furar o corpo. Suas bordas finas eram tão afiadas que podiam servir como instrumento
de corte. A espada golpeante, por outro lado, tinha somente uma borda afiada, com a parte
mais larga da lâmina não no centro mas ao longo de sua borda cega. Essa espada era
quase sempre curva, dando-lhe muitas vezes a aparência de uma foice, mas com a borda
externa, convexa afiada como a lâmina cortante. O amplo uso das espadas de lâmina longa
naquele tempo, explicam a frase repetidamente usada na Bíblia para descrever as
conquistas de Josué sobre os cananitas: Josué os atingiu com a borda da espada (Josué
8:24; 10:28-39). Essa expressão seria imprópria para a ação de uma espada curta, reta e
estreita usada como uma arma contundente. Um excelente exemplar de espada curva foi
encontrado em Gezer na Palestina, no túmulo de um nobre, datando da primeira metade do
século 14 AC. O mesmo tipo de lâmina foi também retratado numa antiga escultura em
marfim de Megido, nos idos do séc 13 AC. Durante aqueles séculos ocorreram avanços na
tecnologia de forjar o ferro, que se refletiram no desenvolvimento de espadas retas, muito
usadas por alguns povos, entre eles os filisteus. No tempo de Saul, os filisteus usaram sua
tecnologia para se estabelecerem como habitantes da cidade e como presença militar
dominante na terra. Sua superioridade militar baseava-se em carruagens e numa infantaria
equipada com armamentos pessoais de alta qualidade. Supervisionavam cuidadosamente a
forjaria do metal bruto e impediam os israelitas de desenvolverem suas próprias forjarias (I
Samuel 13:19-22). A alternância de poder dos filisteus para os israelitas não poderia ocorrer
a menos que essa situação se modificasse.

ESCUDO

Destinado a estabelecer uma barreira entre o corpo de um soldado e a arma de seu inimigo,
o escudo era um dos mais antigos meios de proteção. No tempo dos juízes e dos primeiros
reis israelitas, importantes guerreiros eram freqüentemente protegidos por um escudo bem
grande. Era carregado num suporte especial que permanecia sempre do seu lado direito e
desprotegido, funcionando como um guarda-corpo (Juízes 9:54; I Samuel 14:1; 17:7; II
Samuel 18:15). O lado direito de um combatente armado era desprotegido porque ele
carregava suas armas na mão direita e o escudo na esquerda. O suporte do escudo, no
entanto, tinha que ficar no seu lado mais vulnerável – o direito – para protegê-lo (I Samuel
17:41; Salmo 16:8). Naquele tempo era comum ungir o escudo como parte da consagração
de um guerreiro israelita e suas armas de batalha (II Samuel 1:21).

COURAÇA

A couraça pessoal protegia o corpo do combatente de ferimento enquanto usava suas mãos
livremente para manejar suas armas. O modelo primitivo de couraça deu origem à longa
armadura. Consistia de uma túnica comprida feita de couro ou alguma fibra resistente. Era
relativamente simples de ser produzida, leve o suficiente para permitir total mobilidade e
oferecia proteção para o peito, abdome, costas, coxas e pernas. Equipado dessa forma, o
soldado precisaria ter somente um pequeno escudo para proteger os braços e o rosto. Na
era do Bronze foi desenvolvido o casaco de malha, que consistia em centenas de pequenas
peças sobrepostas de metal unidas como escamas de peixe e costuradas na superfície de
uma túnica de tecido ou couro. Antigos documentos afirmam que entre 400 e 600 grandes
escamas e muitas centenas de escalas menores eram usadas na produção de um único
couraça. Escamas menores e fileiras mais estreitas eram usadas nas partes que requeriam
mais flexibilidade, como a garganta e o pescoço. A peça resultante era relativamente
flexível, permitindo liberdade de movimento, enquanto as escamas de metal rígido
possibilitavam maior proteção pessoal do que o couro e a fibra.

CAPACETE

Considerando-se que a parte mais vulnerável de um soldado em combate era sua cabeça,
havia, desde o fim do quarto milênio AC, preocupação com alguma forma de capacete
protetor. Capacetes de bronze foram usados por Golias e por Saul (I Samuel 17:5, 38).
Embora durante séculos fosse equipamento básico para a infantaria pesada de exércitos
estrangeiros, o capacete não parecia ser uma proteção comum dos soldados do exército
israelita durante o período da monarquia unida. Dentre as reformas militares introduzidas
pelo Rei Uzias no séc. IX AC estava a provisão de capacetes para o exército do reino de
Judá (II Crônicas 26:14).

Entretanto, como a Bíblia deixa claro, Deus é a verdadeira Cabeça e Protetor de seus
guerreiros e quando Israel se esquecia disso, seus soldados eram derrotados.

Fonte: iLúmina

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