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A ORIGEM DO USO DA ESPADA

PARA O OFICIAL MILITAR


ESPADA DO OFICIAL

Histórico

Toda arma metálica, de mão, com lâmina e punho para uma ou duas mãos,
chama-se espada.

Houve tempo em que a espada era símbolo de honra e orgulho. Quebrar a


espada de um homem significava degradá-lo. Entregá-la equivalia a render-
se. Beijá-la era ato de adoração. Jurar sobre ela solenizava um
compromisso.

A origem da espada é muito remota. Entre as relíquias do homem pré-


histórico já se encontram objetos em forma de espada no período neolítico,
de pedra e de chifre de rena. Os homens da idade do bronze usavam-na
desse metal. Na Europa adotou-se a de ferro entre 1700 a.C.

As espadas dos antigos assírios eram retas e delgadas. As dos Gregos, de


metal, alargavam para o centro, tomando a forma de uma folha. É mais
recente o uso da espada como arma de ataque e defesa. Há evidências de
que, originalmente, era utilizada como um dardo, sendo pontiaguda. Em
seguida, tornou-se arma de corte, passando a perfurante com o processo das
civilizações. Tácito descreve as batalhas dos legionários de Agrícola, em
que as pontiagudas espadas dos romanos, que bem as esgrimiam
sobrepujavam as rústicas e rombudas armas dos britânicos. As espadas dos
asiáticos até hoje têm folha curta e usam-se como armas cortantes. As
cimitarras em forma de meia-lua são a arma característica dos cavaleiros
orientais. Há muito tempo, a cidade de Damasco, na Síria, ganhou fama
com a fabricação de resistentes e flexíveis cimitarras de aço.

Os japoneses tinham grande variedade de espadas, quase todas para serem


empunhadas com as duas mãos. No arquipélago Malaio, a arma universal é
o “CRIS”, espada ou adaga que as pessoas de todas as categorias sociais
usam. Os povos maometanos possuem o “ITAGÔ que com a sua dupla
folha curta é arma formidável e extremamente perigosa.

A época das cruzadas foi glória para a espada, que se torna arma
característica dos cavaleiros. No século XVI, a velha espada larga de dois
fios alongou-se e estreitou-se para transformar-se no estoque, que não é
arma cortante, mas perfurante. A esgrima surgiu como arte. Nos séculos
XVII e XVIII quase todos os cavaleiros usavam a espada como parte
indumentária. Fracas demais para a vida militar, foram substituídas por
outras mais largas, de um só fio, com lâminas ligeiramente curvas, como
reminiscência da influência oriental. Tais espadas deram origem ao sabre.

As espadas militares de hoje só se usam como arma de guerra nos países


orientais. Nos demais, geralmente constituem distintivo do Posto de
Oficial. São ostentadas nas solenidades e nas formaturas como símbolo de
dignidade.

COMPONENTES DA ESPADA: (PRINCIPAIS PARTES BÁSICA)

 Lâmina: A extensão de aço que forma a espada.


 Guarda: Peça de metal que impede a espada do oponente deslizar ate o
punho e cortar sua mão.
 Punho: Sendo a empunhadura da espada, um punho é normalmente feito
de couro, arame ou madeira. Ele é preso à espiga da lâmina para
proporcionar uma forma confortável de empunhar uma espada.
 Pomo: a extremidade da espada onde está o punho. Os botões
normalmente são maiores do que o punho e impedem que a espada escape
da mão além de fornecer um pouco de contrapeso para a lâmina.

(1) Da idade de bronze (2) Grega (3) Romana (4) Normanda (5) Dos
cruzados (6) espada longa do séc. XV (7) Florete do Séc. XVI (8) Espada
com guarda mão, de Ferrara, Séc. XVII (9) sabre da cavalaria francesa.
1880 (10) sabre da cavalaria inglesa, 1914 (11) machete centro-americano
(12) espada de Timor (13) Florete (14) Cimitarra indo-persica (15) Talwar
indiano (16) Kukri gurga (17) Kris Malaio (18) Adaga marata (19) espada
sudanesa e bainha (20) espada japonesa e bainha.

Fonte: Nova Enciclopédia Barsa – Vol 2 - 1997 – Pg. 35


A ORIGEM DO USO DA ESPADA NA
MAÇONARIA
O Uso da Espada na Maçonaria Empunhada com a mão direita, representa uma arma: a Ação
Etimologia: Física; a Proteção dos Segredos e dos Princípios da Tradição
espada Maçônica; a Vingança que se abate sobre o traidor e a
[Do gr. spáthe, pelo lat. spatha.] Consciência que atormenta o perjuro; o compromisso de manter o
Substantivo feminino sigilo, de vencer as paixões que o mundo apresenta entre suas
ilusões (as quais o Tempo, inexorável Guardião da Eternidade,
1) Arma branca, formada de uma lâmina comprida e pontiaguda, consome).
de um ou dois gumes. [Aum.: espadão, espadagão. Dim.:
espadim.] Ao penetrarem no Templo, todos os MM.’.MM.’. devem estar
munidos de uma espada introduzida na extremidade inferior da
2) Fig. Poder militar. Faixa de Mestre, no local apropriado, exceto os IIr.’.Cobridor e
M.’. de CCer.’. que terão suas espadas em esquadria.
Acessório muito usado nas cerimônias maçônicas, geralmente
como símbolo do poder e autoridade, e emblema dessipador das Após a abertura dos TTrab.’. , todos os MM.’. que se deslocarem,
trevas da ignorância. Nas reuniões de banquetes ritualísticos, é o exceto quando transportando material litúrgico, estarão portando
nome que se dá à faca. É usada como joia do Primeiro Experto, suas espadas.
Cobridor Interno e Externo.
O Manual do M.’. de CCer.’., na parte que trata da Formação do
Espada Flamígera Pálio, prevê que em Grau de Aprendiz, o Pálio sempre é formado
por um Mestre da Col.’. do Sul e outro Mestre da Col.’. do Norte,
A que tem a lâmina ondulada, qual língua de fogo serpentino. É a convite formal do M.’. de CCer.’., os quais formarão o Pálio
usada pelo Venerável Mestre como símbolo do poder criador do portando suas espadas como extensão de seu Bra.’. Dir.’. em
G.’.A.’.D.’.U.’. Ao seu triplo tinir com os golpes do melhete ângulo de 52º sobre o A.’. dos JJur.’., estando na abertura, a
(símbolo da autoridade, de que o Venerável se acha investido pela espada do M.’.de CCer.’.por baixo das demais, dando
constituição maçônica), é o recipiendário iniciado e admitido nas sustentação, e no encerramento, por cima das demais,
fileiras da Ordem. Em alguns países latinos é também usada pelo sobrepondo-as.
cobridor que assim guarda o Templo qual Cherubim a “guardar o
caminho da árvore da vida” (Gênesis 3:24). Ao permanecerem sentados os citados OOfi.’.seguram suas
espadas com a mão esquerda para a produção da descarga de
energia saturada que todos os AA.’. IIr.’. trazem do Mundo
Profano; com exceção do Cobridor Interno que deve sempre
A espada, em Maçonaria, é a arma da vigilância com a qual o segurar sua espada com a mão direita, aspecto do comando e da
maçom defende a Ordem; representa o poder e a autoridade autoridade, capaz de repelir o intruso seja no plano físico, astral
dirigidos com justiça e equilíbrio. É um símbolo de igualdade ou espiritual que é sua missão em Loja. A lâmina da espada não
entre os MM.’.MM.’.e, no Rito Adonhiramita é usada em todos deve ser tocada para que não se altere sua imantação, interferindo
os graus do simbolismo, apenas por MM.’.MM.’.. no fluxo energético que se estabelece com a ritualística.
Apesar disso, o ato litúrgico que envolve o uso de espadas na
Maçonaria não está ligado à magia ritual primitiva, ainda que os
antigos magos empunhassem numa mão uma vara e na outra uma
espada. Tão pouco se prende exclusivamente ao sentido guerreiro
ou militar! O uso da espada está relacionado a efeitos
geomânticos uma vez que todo ritual interfere em correntes de
energia.

Esta é uma breve explicação sob dois pontos de nossas sessões,


lembre-se de que cada vez que praticamos um ato dentro de loja
as suas consequências se refletem em cada um dos IIr.’., pois a
energia que exalamos é distribuída aos IIr.’. e com eles
compartilhada.

Que o G.’.A.’.D.’.U.’. possa sempre nos iluminar e energizar os


nossos pensamentos para que possamos sempre trilhar o caminho
da verdade, justiça do amor fraternal e nos basear na liberdade,
igualdade e fraternidade para que os nossos pensamentos sejam
justos e as nossas ações perfeitas caminhando pela régua e se
guiando pela esquadria.

Geomancia:
(cí) [Do gr. geomanteía, pelo lat. tard. geomantia.]
Substantivo feminino
1. Adivinhação que se faz deitando pó de terra sobre uma mesa e
examinando as figuras que se formam.

Autor

Enviado pelo Ir.’. Vicen Ferreres Oliveira de Souza •


AP.’.M.’.ARLS Sabedoria, Luz e União Nº 2561 • Feira de
Santana • BA

Bibliografia

Liturgia e ritualística na incensação e uso de espadas


Flávio Dellazzana, M.’.M.’.
ARLS PEDRA CINTILANTE, 60 – GOSC
Dicionário Aurélio Digital – 5
Simbolismo
Liturgia e Ritualística
Organizado por: Ap.’.M.’.Vicen Ferreres
Professor e Jornalista.
AS ESPADAS NA MAÇONARIA encontramos em Gênesis, capítulo 3, versículo 24:
“Assim expulsou ao homem; e ao oriente do Jardim do Éden pôs os
Querubins e o chamejar de uma espada que se volvia por todos os
Helio P. Leite lados, para guardar o caminho da Árvore da Vida.”
Lendo-se com atenção as Sagradas Escrituras, encontramos vários
As Espadas tipos de espadas nas mãos dos auxiliares do Senhor.
A Espada Flamejante ou Flamejante, que não se embainha, foi
Em todos os ritos, o uso de espada constitui uma prática colocada nas mãos dos Querubins; já nas mãos dos Anjos, as
consagrada pelo costume relativamente recente, representando o espadas possuem bainha, como atesta o versículo 27 do capítulo
poder e a força. 21 do Primeiro Livro das Crônicas:
É curial que os Guardas do Templo, Interno e Externo, devam usar “Jeová deu ordem ao Anjo, que tornou a meter a sua Espada na
uma espada; o Porta-Espada é quem simbolicamente zela pelo bainha.”
instrumento. Os Expertos (trolhador, preparador, terrível e A Espada é encontrada nas mãos do povo, dos profetas, dos
sacrificador), por sua vez, circulam munidos de espadas. Todos os sacerdotes, dos discípulos, dos Anjos e Querubins, do próprio
Obreiros, em certas oportunidades, munem-se de suas espadas Senhor, ora em linguagem figurada e simbólica, ora como real
que estão colocadas atrás de suas cadeiras, tanto para defesa instrumento e arma.
(simbólica) como para formar a Abóbada de Aço, quando da Em Juízes 7:20:
entrada de dignidades maçônicas ou visitantes ilustres. “As três companhias tocaram as trombetas, despedaçaram os
cântaros, segurando com as mãos esquerdas as tochas e com as
O uso da espada é meramente simbólico, seja porque é uma arma direitas as trombetas para as tocarem, e clamaram: a Espada de
obsoleta, seja porque a Maçonaria prega a paz, seja porque já não Jeová e de Gedeão!”
há necessidade de defesa armada. I Crônicas 21:12:
A espada, porém, adquire um valor altamente simbólico, quando “Escolhe o que quiseres: ou três anos de fome; ou seres por três
nas mãos do Venerável Mestre e no Altar dos Juramentos. meses consumido diante dos teus adversários enquanto a espada
A sua colocação no Ara é imprópria. No altar dos juramentos, que é dos teus inimigos te alcança; ou senão, a Espada de Jeová por três
a própria mesa do Venerável Mestre, é usada para nela serem dias, a saber, a peste da terra, e o Anjo de Jeová fazendo estragos
dadas as pancadas simbólicas nos três graus, quando da admissão, em todos os termos de Israel.”
elevação e exaltação. Isaías 34:6:
A Espada Flamejante é a insígnia de mando do Venerável Mestre e “A Espada de Jeová está cheia de sangue, está engrossada com
o símbolo de segurança; portanto, também é usada pelo Irmão gordura, com sangue de cordeiros e de bodes.”
Guarda do Templo. Sua lâmina difere das demais, pois apresenta Jeremias 121:2:
forma ondulada que lembra uma chama de fogo. Ela simboliza “Sobre todos os altos escaldados do deserto são vindos
também a Luz e a fonte de toda ciência maçônica, pois irradia despojadores, porque a Espada de Jeová devora desde uma até
“chamas” em todas as direções. Ela tem a peculiaridade de não outra extremidade da Terra.”
poder ser embainhada, mas permanecer sempre desnuda Jeremias 47:6:
lembrando que a Maçonaria está sempre à mostra, pronta a ser útil “Ó Espada de Jeová, até quando deixarás de repousar? Entra na
e estar ao alcance de quem queira estudar, investigar e progredir. tua bainha, descansa e fica quieta.”
O recipiendário presta seus juramentos a respeito da Espada O Cristianismo usa a Espada com vários significados simbólicos:
Flamejante, porque simbolicamente os presta a todos os maçons Mateus 10:34:
espalhados pelo mundo. “Não pensais que vim trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz,
A primeira notícia que nos chegou a respeito da Espada Flamejante mas a Espada.”
“Não pensais que vim trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz,
mas a Espada.”
Lucas 2:35 e 35:
“Pasmaram o pai e a mãe das coisas que se diziam do Menino.
Bendisse o Simeão, e dirigiu Maria, sua mãe, estas palavras: „“Eis
que este é destinado para ruína e para ressurreição de muitos em
Israel, e para ser alvo de contradição e tua alma será transpassada
de uma Espada para que se manifestem os pensamentos de muitos
corações.”‟
Efésios 6:17:
“Lançai mão do capacete da salvação e da Espada do Espírito.”
Apocalipse 2:16:
“Do contrário, não tardarei a ir ter contigo para luta contra eles com
a Espada da minha boca.”
Apocalipse 6:34:
“Ao romper do segundo sigilo, ouvi o segundo ser vivo dizer: „Vem!‟.
Nisto apareceu outro cavalo, cor de fogo, e ao que nele estava
montado foi dado o poder de tirar a paz da terra, para que os
homens se trucidassem uns aos outros. Pelo que lhe entregaram
uma grande Espada.”
Provérbios 30:14:
“Há gente cujos dentes são como Espadas, e cujos queixais são
como facas, para devorar da terra os pobres, e dentre os homens
os necessitados.”
As Espadas bíblicas eram flamejantes, aguçadas, de um e de dois
gumes. Alguns dos mártires, entre tantos, São João Batista e São
Paulo, foram mortos a espada. Dos Apóstolos, quem portava uma
espada era São Pedro.

J. F. Guimarães

CONTRIBUIÇÃO IRMÃO WAGNER DA CRUZ .`. M .`. I .`.


GRUPO APRENDIZES DA ARTE REAL Isso porque, quando a maçonaria surgiu na França, foram pelas mãos dos
AS ESPADAS NA MAÇONARIA escoceses exilados na França, os stuartistas.

As primeiras Lojas eram compostas de nobres escoceses, nobres


franceses e militares franceses. Todos esses usavam espadas e parece
que elas acabaram adentrando aos templos com certa facilidade.

É fácil entender o raciocínio desses pioneiros na França: eles eram


nobres e militares. Combinaria mais com eles serem sucessores de
cavaleiros medievais do que de pedreiros! Ramsay teria sido apenas o
porta-voz da vontade desses senhores.

E a espada flamejante?

Ela tem tudo a ver com isso. Quem se ajoelha para ser recebido e
consagrado com uma espada sobre a cabeça definitivamente não é o
A verdade é que a espada não tinha presença tão forte e tão variados pedreiro, e sim o cavaleiro.
papeis no Antigo Ofício. Nos rituais mais antigos só há uma única espada
na Loja: a do “Tyler”, do Cobridor. Espada Flamejante??? Nem pensar! E
E numa Loja em que todos têm uma espada, a espada da sagração, visto
essa “escassez de espada” ainda pode ser vista nas Lojas americanas e
inglesas, mesmo quando no grau de Mestre Maçom.
ter exatamente o objetivo de “sagrar”, precisa ser diferente, precisa ser
sagrada, imaculada. Daí então, as Sagradas Escrituras serviram de
Antes de alguém cogitar a ideia de achar estranho um Mestre Maçom sem inspiração para a adoção duma Espada Flamejante, cujo porte pelos
espada ou uma Loja sem Espada Flamejante, raciocinemos: o que é querubins imprime uma imagem sacra e o fogo simboliza purificação. Por
“maçom”? Nossa Maçonaria Especulativa originou-se do que?
isso, esqueça aquela baboseira escrita por um dos grandes “sábios” da
Maçom é pedreiro. A Maçonaria Especulativa originou-se da Maçonaria
maçonaria brasileira, de que a espada flamejante é um “raio jupteriano”
Operativa, ou seja, das associações de artífices, sindicatos de pedreiros. que fulmina o candidato se tocar em sua cabeça. Pelo menos, aconteceu
Por um acaso os pedreiros usavam espada? Espada é uma ferramenta de comigo na minha iniciação e eu não morri!
trabalho de um pedreiro?
Foi assim que as espadas tiveram ingresso na Maçonaria Simbólica,
Se você pensar bem, uma espada entre esquadro, compasso, régua, fugindo da simbologia do Antigo Ofício, mas caindo nas graças da
maço, cinzel, nível, prumo, alavanca, é um objeto um tanto quanto burguesia que, até aquela época, não portava espadas e não se sentava
estranho e dissonante. Isso porque quem usa espada não é pedreiro. É na mesma mesa que os nobres. Característica da cavalaria inclusa nas
cavaleiro. E já está mais do que claro que Maçonaria Simbólica nada tem
antigas tradições maçônicas, vista por uns como aberração e justificada
com Templários, mesmo Ramsay tendo desejado o contrário.
por outros como evolução.
Então de onde surgiram essas espadas presentes no grau de Mestre em
tantos ritos?
Kennyo Ismail
Observa-se que a espada como acessório oficial do Mestre Maçom está
presente nos Ritos de origem francesa: REAA, Moderno, Adonhiramita.
Teoria da Conspiração
As espadas na Maçonaria

Arte: João Guilherme

A verdade é que a espada não tinha presença tão forte e tão variados papeis
no Antigo Ofício. Nos rituais mais antigos só há uma única espada na Loja:
a do “Tyler”, do Cobridor. Espada Flamejante??? Nem pensar! E essa
“escassez de espada” ainda pode ser vista nas Lojas americanas e inglesas,
mesmo quando no grau de Mestre Maçom.

Antes de alguém cogitar a ideia de achar estranho um Mestre Maçom sem


espada ou uma Loja sem Espada Flamejante, raciocinemos: o que é
“maçom”? Nossa Maçonaria Especulativa originou-se do que?
Maçom é pedreiro. A Maçonaria Especulativa originou-se da Maçonaria
Operativa, ou seja, das associações de artífices, sindicatos de pedreiros. Por
um acaso os pedreiros usavam espada? Espada é uma ferramenta de
trabalho de um pedreiro?
Se você pensar bem, uma espada entre esquadro, compasso, régua, maço,
cinzel, nível, prumo, alavanca, é um objeto um tanto quanto estranho e
dissonante. Isso porque quem usa espada não é pedreiro. É cavaleiro. E já
está mais do que claro que Maçonaria Simbólica nada tem com Templários,
mesmo Ramsay tendo desejado o contrário.
Então de onde surgiu essas espadas presentes no grau de Mestre em tantos
ritos? Observa-se que a espada como acessório oficial do Mestre Maçom
está presente nos Ritos de origem francesa: REAA, Moderno,
Adonhiramita. Isso porque, quando a maçonaria surgiu na França, foi pelas
mãos dos escoceses exilados na França, os stuartistas. As primeiras Lojas
eram compostas de nobres escoceses, nobres franceses e militares
franceses. Todos esses usavam espadas e parece que elas acabaram
adentrando aos templos com certa facilidade. É fácil entender o raciocínio
desses pioneiros na França: eles eram nobres e militares. Combinaria mais
com eles serem sucessores de cavaleiros medievais do que de pedreiros!
Ramsay teria sido apenas o porta-voz da vontade desses senhores.
E a espada flamejante? Ela tem tudo a ver com isso. Quem se ajoelha para
ser recebido e consagrado com uma espada sobre a cabeça definitivamente
não é o pedreiro, e sim o cavaleiro. E numa Loja em que todos têm uma
espada, a espada da sagração, visto ter exatamente o objetivo de “sagrar”,
precisa ser diferente, precisa ser sagrada, imaculada. Daí então, as Sagradas
Escrituras serviram de inspiração para a adoção duma Espada Flamejante,
cujo porte pelos querubins imprime uma imagem sacra e o fogo simboliza
purificação. Por isso, esqueça aquela baboseira escrita por um dos grandes
“sábios” da maçonaria brasileira, de que a espada flamejante é um “raio
jupteriano” que fulmina o candidato se encostar em sua cabeça. Pelo
menos, aconteceu comigo na minha iniciação e eu não morri!
Foi assim que as espadas tiveram ingresso na Maçonaria Simbólica,
fugindo da simbologia do Antigo Ofício, mas caindo nas graças da
burguesia que, até aquela época, não portava espadas e não se sentava na
mesma mesa que os nobres. Característica da cavalaria inclusa nas antigas
tradições maçônicas, vista por uns como aberração e justificada por outros
como evolução.
Idade do Bronze
A Idade do Bronze é um período da civilização no qual
ocorreu o desenvolvimento deste metal, resultante da
mistura de cobre e estanho. Iniciou-se no Médio Oriente
em torno de 3300 a.C. substituindo a Idade do Cobre,
embora noutras regiões esta última idade seja
desconhecida e a do bronze tenha sido substituída
directamente pelo período Neolítico (Idade da Pedra Nova
ou Polida).
A data de introdução do bronze variou segundo as diferentes
culturas:
→ Na Ásia central o bronze chega por volta de 2000 a.C.;
→ Na China, foi adoptado entre 1750-1300 a.C.;
→ Na Europa Central, este período iniciou-se a partir de
1800-1600a.C.;
O final da Idade do Bronze ocorreu entre 1300-700 a.C.,
começando a Idade do Ferro
 Apesar das terras que compõe a freguesia,
provavelmente, terem sido ocupadas pelos mesmos
grupos humanos, a cuja autoria pertencem as gravuras
de Foz Côa, o primeiro vestígio fidedigno da ocupação
humana de Castelo Bom data da Idade do Bronze: a
espada de Castelo Bom, encontrada cravada num
barroco (rocha).
 É um excelente exemplo da metalurgia do período do
Bronze Antigo/Médio (c. 1600-1200 a.C.)e prova-nos
que, já por esta altura, o Homem se havia estabelecido
num habiat (povoado proto-histórico?) próximo da
aldeia actual. A espada encontra-se exposta no Museu
Regional da Guarda.
“Idade: Bronze Antigo/ Médio (1600/1200 a.C.)
Tipo: arma de bronze
Localização: Castelo Bom, Almeida, Guarda
708 x l. lingueta 55 x l. folha 48 mm; e. 5 mm; 700 g.

Espada de folha muito estreita ou estoque do tipo 2c de Almagro Gorbea e


considerada uma forma evoluída de espada «argárica» segundo uns
autores, ou unicamente uma espada estilizada com nervo central (sem
influência meridional). Tem lingueta curta e larga, com cinco orifícios para
acabamento. Foi achado numa pedreira, ao fazer explodir um penedo.
A folha é provida de aresta central e de secção losângica. Apresenta marcas
superficiais que podem derivar do embainhamento. A folha encontra-se
soldada, pois foi partida aquando do achado. É considerada um dos
e4xpoentes máximos da metalurgia ibérica do bronze Médio”.
A espada é longa e, segundo, os especialistas a sua origem é meridional (Sul
da P. Ibérica) do II milénio a.C.

A espada é triangular e simples, deveria ter caído por uma fenda do


barroco/penedo, e lá permaneceu mais de três mil anos…

Foi encontrada em 1957 durante uns trabalhos de extracção de pedra próximo


da aldeia de Castelo Bom; O objecto foi depois negociado numa taberna por
meio litro de vinho…

A lâmina tem uma inscrição recente com letras mal alinhadas e gravadas com
o objecto contundente; que dizem CAESAR. Quem escrevera aquilo? Fora
o novo proprietário, pois já lhe tinha levado algumas moedas, que diziam
CAESAR e tinham-no recompensado bem. Por isso, escrevera ali aquela
palavra para a vender com grande lucro.
O.H.A.- Já ouviu falar na Espada de Castelo Bom?
A.R.G.- Já, sim senhor!
O.H.A.- Sabe onde ela foi encontrada?
A.R.G.- Perto do cruzamento de Aldeia de S. Sebastião, e de uma
propriedade minha.
O.H.A. – Sabe qual é o exacto nome do sítio?
A.R.G. – É Martianes.
O.H.A.- Sabe quem a encontrou?
A.R.G.- Penso que foram uns trabalhadores quando cortavam pedra.
O.H.A.- O que é que contam as pessoas mais idosas de Aldeia de S.
Sebastião e de Castelo Bom?
A.R.G.- Falam que a espada está no Museu da Guarda.

Nota: OHA, Oficina da História e Arqueologia; professor da Escola EB 2,3/s de Vilar Formoso
 AAVV, A Idade do Bronze em Portugal, discursos de poder, 1ªEdição, SEC/IPM/MNA, 1995
 AAVV, Dossier Documental de História/Museus e Instituições de Defesa e Conservação do Património
Histórico, Editorial O Livro
 AAVV, Roteiro do Museu da Guarda, 1ªEdição, IPM/MG, 2004
 NUNES, J. de Castro, RODRIGUES, Adriano Vasco, “Dos Nuevas Espadas del Bronze Final au
Portugal”, in ZEPHYRVS/VIII-2, Salamanca, Universidade de Salamanca, 1957
 PERESTRELO, Manuel Sabino G., A Romanização na bacia do rio Côa, Edição, PAVC, 2004
 RODRIGUES, Adriano Vasco, “Idade do Bronze Descoberta, Há pouco, em Castelo Bom”, Porto, Jornal
Primeiro de Janeiro, 17/04/1957
 RODRIGUES, Adriano Vasco, Contributo para o Estudo da Idade do Bronze em Portugal, Viseu,
Separata Beira Alta, 1961
 RODRIGUES, Adriano Vasco, “Memórias de um Arqueólogo/VII”, Guarda, Diário da
Guarda, 17 de Abril de 1997
 VILAÇA, Raquel, “Notas soltas sobre o Património Arqueológico do Bronze Final da Beira Interior”, in
Beira Interior História e Património, Actas das I Jornadas de Património da Beira Interior, Guarda, 2000
 Ana Sofia Santos Baptista, 5ºB
 Miguel Santos Pinto, 6ºA
 João Silvestre Alexandre Fabião, 6ºA
 Bruno Antunes Neto, 6ºA

 Escola EB 2,3/S de Vilar Formoso

 Abril 2009
 CONTRIBUIÇÃO
 IRMÃO
 WAGNER DA CRUZ .`. M .`. I .`.

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