Universidade Federal do Rio Grande

Faculdade de Medicina

Prova de Bioestatística – 2016 – GABARITO

Instruções gerais:

- Colocar as respostas em folha branca à parte.

- As respostas deverão estar à caneta e com letra legível.
- O tempo de prova é de 1h:30min.
- Não é permitido uso de calculadora.
- Cada questão (ou cada letra) vale 0,4 pontos.

Questão 1) Leia o resumo abaixo e comente sobre os resultados encontrados, dizendo o que falta de
informação no texto e como deveria estar escrito. É preciso mencionar a direção das associações, isto é, a
FPM diminuída foi maior nas mulheres? Nos mais velhos? Caso contrário, a informação fica “vazia”.

Questão 2)

a) Examinando os dados da tabela, a altura apresentou distribuição normal? Sim.

b) Cite dois critérios para avaliar a normalidade da distribuição a partir dos dados da tabela abaixo.
Comparar média e mediana e calcular o coeficiente de variação (se < 50% é simétrico).
Questão 3) A partir da tabela abaixo, responda as seguintes questões:

a) Quais foram os desfechos analisados? Atividade física, consumo de álcool, fumo e excesso de peso.
b) Quais foram as exposições analisadas? Sexo, escolaridade, situação conjugal e cor.
c) Que teste estatístico deve ter sido utilizado nas análises? Qui-quadrado ou teste exato de Fisher.
d) Quais foram as variáveis que não atingiram significância estatística? Escolaridade e fumo e cor
versus todos os desfechos.
e) Está correta a forma de apresentação do valor p da variável situação conjugal versus fumantes?
Justifique. Sim, pois quando ele é baixo se apresenta dessa forma ou então <0,001.
f) Qual a probabilidade de cometer o erro tipo 1 na associação entre cor e excesso de peso? 6%
g) Para que variável(is) poderia ser apresentado o valor p de tendência linear? Escolaridade
h) Como saber entre que grupos há diferença estatisticamente significativa na associação entre
escolaridade e atividade física? Calculando o IC95% e vendo se existe sobreposição.

Questão 4)

a) Que teste estatístico pode ser usado para analisar se há diferença nas médias de IMC, CC e RCQ
conforme a cor da pele? ANOVA ou Kruskall-Wallis.
b) Como saber entre quais grupos de cor de pele há diferença estatisticamente significativa? Rodando
algum teste post-hoc ou calculando os IC95%
c) Calcule o intervalo de confiança de 95% (IC95%) do IMC para mulheres de cor branca. 27,38 a 28,10
Questão 5)

a) Que informações faltam no título da tabela? Ano da coleta, local do estudo e tamanho da amostra.
b) Que variáveis tiveram associação estatisticamente significativa com dengue grave? Todas menos
AST e ALT.
c) Reporte um intervalo interquartil da tabela e faça a leitura do mesmo. 67,0-118,0 > significa que
metade da amostra tem valores de AST situados dentro deste intervalo.
d) Por que os autores usaram o teste de Mann-Whitney? O que este teste faz? Porque provavelmente
as variáveis apresentem distribuição assimétrica. Ele compara a mediana dos postos.

Questão 6)

a) Comente sobre a prevalência encontra de déficit de altura para idade (A/I<-2). Quanto seria
esperado numa população de referência? Foi bem alta, pois o esperado seria de 2,3%.
b) Houve diferença estatisticamente significativa na prevalência de déficit de altura para idade (A/I<-
2) conforme a ascendência indígena e local de moradia? Se sim, entre que grupos? Sim, entre “com
ascendência indígena da área rural” versus os demais.
c) Que teste estatístico poderia ser usado para analisar os dados da tabela abaixo? Qui-quadrado ou
exato de Fisher.
d) Na associação entre ascendência indígena e local de moradia com déficit de peso para idade (P/I<-
2) poderia ser reportado o valor p do teste de tendência linear? Justifique. Não, pois não se trata de
uma variável ordinal.
Questão 7)

a) Que tipo de gráficos são estes apresentados abaixo? Gráficos de dispersão.

b) Em qual deles a correlação foi mais forte? Por quê? No gráfico de 5 meses, pois foi o que teve o
maior coeficiente de correlação.
c) Qual foi a direção da associação (positiva, negativa ou nula)? Explique. Positiva, a medida em que
aumenta o valor da hemoglobina da mãe, aumenta também da criança.