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Eixo Temático: Cerâmica: ancestralidade e cultura popular.

PANELA DE BARRO UMA GRIFE E OS DISPOSITIVOS JURÍDICOS DE


PROTEÇÃO AS TECNOLOGIAS, SABERES E
CONHECIMENTOS INDÍGENAS.

Emerson da Silva Rodrigues ¹


Priscilla Cardoso Rodrigues ²

Resumo: A panela de barro, nas últimas décadas, se inseriu como um fenômeno


em vários espaços sociais diversificados ampliando a sua visibilidade como um
produto cultural indígena. Na comunidade Raposa, uma linhagem de mestras
paneleiras mantêm essa técnica, promovendo a produção e circulação das panelas
de barro nas comunidades, regiões, cidades e nas capitais do país. Diversos
dispositivos jurídicos lhes asseguram o direito a manutenção e o status de
detentoras do conhecimento tecnológico tradicional do modo de fazer a panela de
barro.

Palavras Chave: Panela de Barro, Tecnologia Indígena, Dispositivos Jurídicos.

INTRODUÇÃO.
A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida a partir da aglutinação e
sistematização das referências disponíveis sobre o tema. Já o trabalho de campo
vem se desenvolvendo desde 2009, com visitas intermitentes na comunidade
indígena Raposa, localizada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, através do
acompanhamento dos eventos e feiras culturais e rituais ocorridos nessa
comunidade e concomitante na cidade de Boa Vista onde foi identificado o trabalho
de uma mestra paneleira, oriunda dessa mesma comunidade indígena, que obteve
notoriedade através da inserção de suas panelas em vários circuitos, tais como
feiras e exposições, em Roraima quanto no restante do Brasil. A panela de barro
possui um status social e político poderoso como um produto cultural indígena
dentro das comunidades e nas cidades. Ao mesmo tempo, diversos dispositivos
jurídicos asseguram e protegem as mestras paneleiras como detentoras dos
saberes, tecnologias e conhecimentos milenares do modo de fazer a Panela de
¹ Mestre em Antropologia Social, Universidade Federal de Pernambuco UFPE.
² Doutoranda em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC). É Professora Assistente do
Instituto de Ciências Jurídicas e Professora Colaboradora do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade
Federal de Roraima (UFRR).
Barro, possibilitando com que esse importante instrumento politico, cultural e social
passe também a ser reconhecido como uma espécie de “grife étnica”, os dispositivos
jurídicos vêm para reforçar e assegurar a proteção das detentoras sobre o domínio
da técnica e da cultura por parte das mestras paneleiras desse símbolo politico
cultural e social, senão uma grife étnica.

ETNOGRAFANDO A PANELA DE BARRO.

O modo de fazer a Panela de Barro abrange um conjunto de conhecimentos,


técnicas, saberes tradicionais, tecnologias e praxeologias distintas e rituais
milenares. É de domínio de vários povos Arawak e Karib, tais como os Makuxi,
Wapixana, Taurepang no Brasil; os Pemon e Taurepan na Venezuela: e os
Wapixana e Makuxi na Guiana. O domínio dessa técnica passou de geração em
geração durante os séculos e os processos de apreensão foram transmitidos através
das famílias nucleares dentro das comunidades e através das trocas e intercâmbios
de conhecimentos entre as suas regiões.

Además, Lathrap stablece, por primera vez, uma relación entre la tradición
arqueológica de cerámica com incisión fina aplicada y la expansión de las
lenguas Caribe, la cual constituye uma de las ultimas oleadas (a partir de los
500 D.C) que llegaron a la cuenca amazónica...Este tipo de alianza
matrimonial, además de hacer surgir variaciones linguísticas, trajo como
consequência la aparición de estilos cerâmicos regionales bien diferenciados.
(TARBLE, p, 45. 1985).

A panela de barro é produzida em várias regiões dentro das terras indígenas


de Roraima, formando polos de produção nessas regiões. Estudos arqueológicos de
(MENTZ,1997) apontam que na tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Guiana a prática
de fazer a panela de barro é milenar. Os povos indígenas que trabalham com a
cerâmica fazem parte da mesma tradição denominada pelos arqueólogos “fase
Rupunnuni” (EVANS, Clifford; MEGGERS, Betty Jane, 1960), pois possuem muitas
semelhanças embora exista uma distinção das técnicas e das estéticas das peças
produzidas. As panelas sempre tiveram um papel muito importante para a
alimentação indígena (cozimentos de diversos alimentos, como a Damurida,
produção de caxiri dentre outras). Além de ter um papel sociocultural e político-
econômico dentro das relações sociais atomizadas pelas redes de troca e da
economia indígena. Henri A. Coudreau fez uma referência às argilas empregadas
para fazer panelas de barro na Guiana:

¹ Mestre em Antropologia Social, Universidade Federal de Pernambuco UFPE.


² Doutoranda em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC). É Professora Assistente do
Instituto de Ciências Jurídicas e Professora Colaboradora do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade
Federal de Roraima (UFRR).
La Guvane est par excellence la terre des Argiles. On montre toutes les
variétés d'argile, des plus grossières aux plus fines. La terre à briques, la terre
à poterie sont extrêmement communes. C'est ce qui explique l'état
relativement avancé de la céramique chez les Indiens. Leurs gargoulettes,
leurs pots, la plupart des pièces de leur batterie de cuisine sont façonnées
avec l'argile qu'ils ont retirée de quelque trou pratiqué à côté de leur carbet.
Quelquesunes de ces pièces sont d'un travail artistique assez remarquable.
Le kaolin se trouve dans plusieurs endroits. Il abonde dans certains quartiers.
France equinociale. (COUDREAU. 1883. p. 158).

Os primeiros registros sobre as cerâmicas, potes e panelas de barro datam de


1887 e foram realizados por Sir Everard Ferdinand Im Thurn que descreve e
desenha as cerâmicas e os povos indígenas no entorno do Monte Roraima:

Various degress of skill are show by the women of the different tribes in
making pottery. As has been said, the True Caribs are the most skilful.
Maroaver , the success of the potter seems also in part due to the place from
whence the clay from certain places on the Cuyuni river is said by the Indians
to be the best in the colony; and more goods are always asked in exchance
for a vessel made of this clay. (THURN, 1883, p.275).

As panelas de barro eram artigos de troca, de estreitamento sócio cultural e


político-econômico, além de ampliar a diplomacia política entre os povos indígenas
nas suas regiões. Os tamanhos variados das panelas de barro produzidas no século
XX tinham diversas finalidades: os tamanhos médios eram utilizados para os
alimentos, os grandes para cozinhar mandioca e fazer o caxiri, e os maiores serviam
como urnas funerárias.
A maior referência relacionada a panela de barro é a Ko‟ko (na língua
makuxi „‟vovó‟‟) Damiana matriarca da comunidade Raposa. Nos anos 80, o
Governador de Roraima Ottomar de Souza Pinto visitou a comunidade Raposa,
colocou uma panela na cabeça, tirou uma foto do lado vovó Damiana, levou a
panela e não pagou.
Os desdobramentos e a intensidade do fenômeno sociocultural da panela de
barro nas últimas décadas decorreram de sua inserção no mundo dos karaiwa
(brancos). Mas esse movimento de inserção e aceitação pela sociedade roraimense
conhecida como uma das mais anti indígenas desse país demorou décadas. Os
roraimenses, como em um exercício de apreensão, começaram timidamente a
aceitar, comprar, utilizar, presentear, decorar e fazer comida nas panelas de barro. A
panela de barro se tornou um ícone um produto indígena com valor agregado por
um alto valor étnico, saindo de sua condição marginalizada segundo os karaiwa (que
antes as consideravam coisa de caboco, coisa de índio) para torna-se símbolo de
status social também na cidade.

¹ Mestre em Antropologia Social, Universidade Federal de Pernambuco UFPE.


² Doutoranda em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC). É Professora Assistente do
Instituto de Ciências Jurídicas e Professora Colaboradora do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade
Federal de Roraima (UFRR).
Hoje a panela de barro é, sem dúvida o produto indígena com maior inserção
na cidade, transformando-se em um ícone, pois sua visibilidade conseguiu agregar-
lhe valor social cultural e comercial. Com as panelas de barro, as mestras
conquistaram o respeito como mulheres indígenas, como trabalhadoras, mestras da
técnica de fazer a panela de barro, reforçando a sua identidade e mostrando seus
conhecimentos, saberes e tecnologias. A panela de barro tornou-se uma “grife
indígena” carregada de “mana”, índice sociocultural e de requinte dentro da
sociedade roraimense. Os principais protagonistas, responsáveis por todo esse
processo, são as mestras da comunidade Raposa, em especial a sua representante
na cidade de Boa Vista, a Mestra Lídia Raposo, e o Mestre Terêncio Malaquias, que
inseriram as panelas nas feiras da capital de Roraima e nos eventos nacionais.
Além da sua beleza, conhecimento, saberes tradicionais, técnica, tecnologia e
o domínio de uma prática de fazer milenar, a produção da panela de barro, também
está carregada de ritual, mitologia, crença:

A partir dos trabalhos apresentados, é possível ver a relação que o produto,


no caso as panelas de barro, tem com seu produtor, essa é uma
consideração principalmente voltada ao campo antropológico, justamente por
haver uma dualidade entre estes, como o material estático (a panela) ao seu
modo de fazer (mitologia/crença), do que é invisível, conforme destacado por
Aroni (2010), aproximando assim o sujeito que produz ao objeto produzido,
para termos uma melhor compreensão dessa manifestação cultural, ate
mesmo entender a produção que este objeto está sujeito através da dinâmica
cultural e do tempo. (BRANCO, 2015. p. 42).

A panela de barro empodera as mestras de várias formas lhes conferindo um


status social, étnico e a visibilidade enquanto mulheres índigenas trabalhadoras,
guerreiras e mestras da panela de barro. A panela de barro é um instrumento pelo
que as mulheres Makuxi com o seu trabalho diário, transformaram o seu horizonte
cultural, social, econômico e ate mesmo político, pois através da sua cultura
construíram um lugar social dentro da sua própria comunidade e dentro da
sociedade envolvente.

DISPOSITIVOS JURÍDICOS DE PROTEÇÃO ÀS TECNOLOGIAS, SABERES E


CONHECIMENTOS INDÍGENAS.

As panelas de barro são manifestações artísticas com alto valor cultural, pois
refletem a percepção estética e de valores de seu povo, além de expressar a força
social e a visão de mundo de quem as produz. Mas, ao se inserirem no contexto da
sociedade envolvente, adquirem uma nova dinâmica e relevância, que agrega
¹ Mestre em Antropologia Social, Universidade Federal de Pernambuco UFPE.
² Doutoranda em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC). É Professora Assistente do
Instituto de Ciências Jurídicas e Professora Colaboradora do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade
Federal de Roraima (UFRR).
também valor comercial ao seu valor cultural, exigindo, assim, proteção jurídica
específica por parte de distintos regimes jurídicos, em especial: o regime de
salvaguardas do patrimônio cultural imaterial, que permite a proteção dos
conhecimentos tradicionais e das expressões culturais indígenas por meio da sua
identificação, documentação, investigação, preservação, proteção, valorização,
transmissão e revitalização, em seus diversos aspectos (UNESCO, 2003), com a
finalidade de assegurar que esse patrimônio não seja perdido ou degradado; e o
regime de propriedade intelectual, que, através dos direitos autorais e de imagem,
protege os bens e expressões culturais e artísticos indígenas contra a sua
apropriação e uso indevidos por terceiros, através do reconhecimento jurídico da
titularidade desses bens às respectivas comunidades e povos indígenas e
permitindo, dessa maneira, que tenham o controle sobre sua exploração comercial,
decidindo se desejam ou não que a sociedade envolvente tenha acesso a tais bens
e de que maneira (WIPO, 2015).
Há quase cinquenta anos, o regime de salvaguarda do patrimônio cultural
imaterial vem se desenvolvendo e se consolidando no âmbito da UNESCO através
da definição de instrumentos jurídicos – tais como a Convenção para a Proteção do
Patrimônio Mundial, Cultural e Natural (1972), a Convenção para a Salvaguarda do
Patrimônio Cultural Imaterial (2003) e a Convenção sobre a Proteção e a Promoção
da Diversidade das Expressões Culturais (2005) – com vistas à promoção do
reconhecimento, valorização e proteção de expressões culturais como as panelas de
barro que, apesar de se apresentarem como um bem material tangível, passível de
apropriação e de comercialização, incorporam também conhecimentos, saberes e
técnicas cosmológicos intangíveis, de valor inestimável para toda a Humanidade,
que necessitam ser reconhecidos, valorizados e protegidos como patrimônio cultural
de seus povos.
Essa perspectiva foi também incorporada pelo ordenamento jurídico brasileiro
que, através dos artigos 215 e 216 da Constituição Federal, passa a reconhecer a
importância das expressões culturais indígenas, tais como as panelas de barro, para
a formação do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser protegidas e promovidas
através de um sistema de “inventários, registros, vigilância, tombamento e
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação” (art. 216, §1 o),
implementado por meio da instituição do “Registro de Bens Culturais de Natureza
Imaterial”, criado pelo Decreto 3.551/2000 e do Programa Nacional do Patrimônio
Imaterial, que viabiliza projetos de identificação, reconhecimento, proteção e
promoção do patrimônio cultural imaterial brasileiro do qual as expressões indígenas
fazem parte.
Mas quando essas expressões culturais se inserem no contexto capitalista e
passa a ser apropriada como mercadoria pela sociedade envolvente, não-indígena,
como acontece atualmente com as panelas de barro Makuxi, esse patrimônio
material e imaterial indígena precisa ser duplamente protegido, como explica
Villares:

¹ Mestre em Antropologia Social, Universidade Federal de Pernambuco UFPE.


² Doutoranda em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC). É Professora Assistente do
Instituto de Ciências Jurídicas e Professora Colaboradora do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade
Federal de Roraima (UFRR).
Em primeiro lugar, por ser a criação indígena fruto do amadurecimento de
gerações e de vivencias únicas, que traz consigo um vínculo muito mais forte
que a mera possibilidade de lucro, pois nasce em espaço onde existem
valores maiores que os do mercado capitalista; segundo, por ainda hoje ser
essa apropriação farta de reproduções das arbitrariedades das relações
interétnicas, faltando o respeito necessário ao índio e sua cultura (2013, p.
321)

Nesse sentido, o regime de propriedade intelectual tem sido utilizado como o


principal instrumento de proteção do patrimônio cultural dos povos indígenas, seja
ele material ou imaterial, contra a sua apropriação indevida ou utilização sem
autorização e/ou sem qualquer compensação pelo seu uso. Por força da Lei
9.610/1998, que regulamenta os direitos autorais, o autor e criador da obra tem
reconhecido o seu direito de decidir sobre a utilização da sua criação, obtendo a
exclusividade de explora-la economicamente, bem como de protegê-la e defende-la
contra abusos por parte de terceiros, que se poderão utiliza-la com o consentimento
prévio e expresso do autor.
Entretanto, tal regime de propriedade intelectual, concebido a partir de uma
lógica individual e privatística, típica das sociedades ocidentais, não tem conseguido
abarcar, de forma adequada, a complexidade e as peculiaridades das expressões
culturais indígenas.
Diferentemente da noção ocidental moderna que concebe as obras artísticas,
científicas e intelectuais como uma criação exclusiva de seu autor, uma obra
indígena, ainda que seja reconhecida como a criação de um indivíduo ou de um
grupo determinado de pessoas, ela traz, em sua essência, a particularidade de ser o
resultado de um processo complexo e coletivizado de produção artística e cultural,
que implica a produção e reprodução de conhecimentos tradicionais por diversas
gerações e entre uma quantidade indeterminada de pessoas que fazem parte de um
determinado povo ou comunidade indígena.
Por esse motivo, e na falta de uma legislação mais adequada à realidade
complexa das expressões culturais indígenas, é importante que tanto o regime de
salvaguardas do patrimônio cultural imaterial quanto o regime de propriedade
intelectual vigentes sejam aplicados em cada caso concreto a partir de uma
perspectiva que leve em consideração tanto as peculiaridades de uma obra indígena
quanto as necessidades, anseios e expectativas desses povos para que seja
possível o reconhecimento, a valorização e a proteção do patrimônio cultural
indígena contra práticas de exploração e apropriação indevida que eventualmente
possam surgir em situações de intercâmbio cultural com a sociedade não-indígena.

¹ Mestre em Antropologia Social, Universidade Federal de Pernambuco UFPE.


² Doutoranda em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC). É Professora Assistente do
Instituto de Ciências Jurídicas e Professora Colaboradora do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade
Federal de Roraima (UFRR).
REFERÊNCIAS.

COUDREAU, Henri. A. La France Equinoxiale. II. Voyage à Travers les Guyanes


et L'Amazonie. Paris. 1883.
IM THURN, Everard. F. Among the Indians of Guiana. New York: Dover
Publications, 1883.
BRANCO, Maria, Ximenes, C. Patrimonialização das panelas de barro Macuxi:
Saberes e fazeres na cidade de Boa Vista-RR. Monografia, UFRR. Boa Vista-RR.
2015.
EVANS, Clifford; MEGGERS, Betty Jane. Archaeological Investigations in
Bristish Guiana. Washington D.C, 197, Bureau of American Ethnology,197,
Smithsonian Instituition, 1960.
IM THURN, Everard. F. Among the Indians of Guiana. New York: Dover
Publications, 1883.
MENTZ RIBEIRO, Pedro Augusto. Arqueologia em Roraima: histórico e
evidências de um passado distante. Módulo 1. In: BARBOSA, R. I., FERREIRA, E.
J. G & CASTELLÓN, E. G. (eds) Homem, Ambiente e Ecologia no Estado de
Roraima. INPA: 1997.
TARBLE, Key. Un nuevo modelo de expansión Caribe para la época
prehispánica – Antropológica. 63−64:45−82 – ICAS & Fundación La Salle –
Caracas. 1985.
UNESCO. Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial.
2003.
VILLARES, Luiz Fernando. Direito e Povos Indígenas. 1 ed. 2 reimp. Curitiba:
Juruá, 2013.
WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION (WIPO). Intellectual
Property and Genetic Resources, Traditional Knowledge and Traditional
Cultural Expressions: Overview. Genebra: WIPO, 2015.

¹ Mestre em Antropologia Social, Universidade Federal de Pernambuco UFPE.


² Doutoranda em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC). É Professora Assistente do
Instituto de Ciências Jurídicas e Professora Colaboradora do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade
Federal de Roraima (UFRR).

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