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ATIVIDADE 3 – SERVIÇO SOCIAL – PRÁTICAS EM SERVIÇO SOCIAL II

ANHEMBI MORUMBI - MARIA DO CARMO SANTOS PINTO

A visita domiciliar é um instrumento técnico-metodológico que é empregada na práxis da


profissão, pois facilita a aproximação do profissional à realidade do usuário. Assim, a
intervenção e o estudo social no lócus proporcionam uma coleta de dados mais eficaz. O
estudo social é utilizado amplamente em vários campos, e o Assistente Social por meio
da observação da visita domiciliar e da entrevista realizada, coleta as informações fazendo
a interpretação através do diagnóstico da situação para os interessados. O projeto ético
com seus princípios está sempre presente na visita domiciliar, através do respeito e do
sigilo profissional. Pelo exposto, a abrangência da relação entre o usuário e o profissional
é pautada pela ética. De acordo com Forti podemos dizer que:

“A ética é resultado da passagem da posição que meramente restringe-se às experiências


vividas na esfera moral para uma postura reflexiva diante das mesmas, ou, se melhor
considerarmos, uma relação entre a moral efetiva, vivida e as noções e elaborações
teórico-filosóficas daí originárias. (FORTI, 2005, p. 6) ”

Assim, a ética perpassa para uma postura reflexiva diante dos tipos de experiências que
fazem parte das vivencias dos sujeitos, os quais refletem no seu comportamento perante
a sociedade, e essa estabelece normas e regras de boa convivência. A visita domiciliar
exige do profissional uma preparação antecipada para que seja realizada com seus os
objetivos definidos. A visita domiciliar exige do profissional uma preparação antecipada
para que seja realizada com seus objetivos definidos. A visita domiciliar não possui
caráter formal, assim o usuário expõe com facilidade seus problemas e o assistente social
pode intervir com mais eficácia, informando e orientando os caminhos que o usuário
possa desconhecer para acessar os seus direitos. Com um olhar atento o assistente social
busca atingir a meta da visita, empregando os instrumentais, a observação e a entrevista.

No momento da visita domiciliar podem ocorrer situações que não são coerentes ao
profissional, mas acontece, Amaro (2003, p. 28), discorre que “O fato de a realidade do
outro se revelar para você, ou não, depende, antes de tudo, da sua predisposição. ”
Citaremos três incoerências na visita domiciliar; visita ficcional; visita pensamento
redutor e visita com número elevado.

A primeira é a visita ficcional, onde ocorrem à procura de coisas, provas que dará resposta
de alguma situação, assim a visita finaliza quando a prova aparecer, é essa a descrição
que Amaro (2003, p. 35) faz “Esse tipo de visita não é ficcional; ele existe e é bastante
praticado.” Nessa visita não há diálogo, pois, o entrevistador nem olha para o
entrevistado, ele investiga quantos aparelhos eletrodomésticos tem na casa, porém
existem profissionais que realizam esse tipo de visita, sem intenção. Segundo a mesma
autora (2003, p. 35) “É o caso do profissional, ancorado numa visão parcializada do real
que vai à visita pronto para coletar o que pretende ver.” Aparecendo elementos diferentes
ele não analisará.

A segunda incoerência é o profissional que tem um pensamento redutor não vê a


totalidade, faz uma separação dos elementos que compõem a realidade, restringindo
assim a observação que foi realizada na visita. Essa incoerência, por outro lado, conforme
Amaro (2003, p. 37) “na ultrapassagem do olhar redutor, emerge uma visão baseada num
princípio de complexidade. ”

A terceira ocorre quando o profissional agenda com o usuário a visita e não explica que
irá com mais alguns profissionais. A pessoa que antes estava calma e disposta fica
angustiada, gerando preocupações, antes mesmo de iniciar a visita.

REFERÊNCIAS:
AMARO, Sarita. . Visita Domiciliar: Guia para uma abordagem complexa. Porto Alegre:
Editora AGE, 2003
BARROCO, Maria Lúcia Silva. Ética e Serviço Social: fundamentos sócio históricos. São
Paulo. 3ª edição: Editora Cortez, 2010.
FORTI, Valéria L. Ética e Serviço Social. Caderno Especial nº 27, 2005. Disponível em:
<http://www.assistentesocial.com.br/novosite/cadernos/cadespecial27.pdf>. Acesso em:
16 nov. 2012.
FREITAG, Barbara. A teoria crítica: ontem e hoje. São Paulo. 3ª edição: Editora
Brasiliense, 1990.
GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do Processo de Trabalho e Serviço Social.
Serviço Social e Sociedade. n.62, 20. p.5-34, 2000.
IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e
formação profissional. São Paulo. 22a edição: Editora Cortez, 2012.

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